Um fato que vale a pena mencionar. O Watson deixou praticamente todo o material original aos cuidados do Billy Ireland Cartoon Library & Museum, que faz parte da Universidade Estadual de Ohio. Está tudo lá, não aberto ao público mas acessível mediante cadastro prévio, creio eu. Salvo uma ou ou duas tiras que ele deu de presente. Eles também tem um selo editorial e publicam umas coisas que parecem interessantes.
O nome original dos dois faz menção ao filósofo Thomas Hobbes e o teólogo João Calvino, duas bases do imaginário norte americano e sua relação com o capitalismo.
Comentário muito pertinente, e a decisão do Bill Watterson foi ousada e arriscada, mas foi a decisão dele, optou por um caminho que poucos autores sequem cogitam: a reclusão. A obra é um clássico; tiras muito perspicazes e inteligentes.
Eu tô relendo essas tirinhas essa semana. Foi a casa da minha mãe e resgatei todos os Calvin e Haroldo que tinha lá. E é maravilhoso como ele reflete o adulto no Calvin em todos os momentos sem perder de vista que é uma criança de 6 anos. As discussões sobre guerra e violência são muito bem colocadas e mostrando o quando infantil são as disputas de poder. Vídeo muito bom.
Cara, boa tarde! Você é massa e seus vídeos são excelentes. Uma postura e abordagem completamente diferente do mesmo que a gente encontra por aí. Valeu mesmo!
Na faculdade, escrevi pro jornal laboratório do curso um texto comparando a experiência do Bill Watterson com a do Henfil, que foi o primeiro autor a publicar tiras nos EUA e pedir essa cláusula no contrato impedindo o merchandising (claro que no caso dele a tira foi muito longe de ser considerada um sucesso, mas mesmo assim ele foi pioneiro)
@@QuadrinhosNaSarjeta Segundo o livro de memórias dele sobre a experiência vivendo nos EUA, Diário de um Cucaracha, o Henfil foi o primeiro artista distribuído por aquele syndicate a exigir essa proibição de merchan no contrato
Excelente vídeo. Além disso tudo, o Watterson travou durante muitos anos uma briga bastante pesada e até mesmo agressiva contra os donos dos jornais sobre propriedade intelectual e liberdade criativa. Ele ganhou, ao lado de outros quadrinistas, a briga pra ter mais espaço nas tiras de domingo e também a estabilização do tamanho nas tiras diárias que estavam diminuindo com o tempo. Conseguiu até mesmo impedir via sindicato que editores dessem pitaco, coisa que era muito comum quando ele começou a trabalhar com isso. E aí entra o assunto do vídeo: Ao mesmo tempo ele argumentava que permitir interferências nos personagens era deixar a essência deles à mercê de engravatados que não entendem nada de arte. E isso inclui comercializar, transformar arte em marcas e mercadorias sobre as quais o autor não terá mais controle criativo, com suas obras se tornando qualquer coisa diferente do original. E ele cita Peanuts, Garfield e Hagar nessa lista de personagens que se prostituiram ao capitalismo e venderam suas almas à fama. Nesses termos. Para ele a criação e o controle devem ser únicos e exclusivos do criador, e qualquer mudança é desvirtuar o que eles, ambos, são. Ele diz que o artista perde o poder e a individualidade de sua expressividade, já que as coisas se misturam, e nesse processo o próprio autor não sabe mais quem ele é, porque suas criações passam a responder também ao mercado e não mais aos seus sentimentos e ideias. Ele fica refém de outras variáveis que não controla. Watterson nunca aceitou isso e esse é o motivo dele encerrar o Calvin em apenas 10 anos de trabalhos. Não aguentava mais, estava estafado desse mundo corporativo, jornais, revistas, editoras, fãs e mercado onde sua arte transitava. Doou os originais a um instituto e museu de arte e deixou o licenciamento das publicações com um único editor, tudo sob regras bastante rígidas. Não fala com o público, não responde cartas e não dá entrevistas. Sequer permite fotos. Ele próprio evita virar uma mercadoria no mundo dos fãs, embora seja inevitável porque acaba gerando escassez. Muito raramente aparece alguma coisa em colaboração com algum outro artista. Muito, muito raramente. O provável é que com o passar dos anos a tira caia no esquecimento conforme nós, as pessoas que a admiramos, formos envelhecendo. Enquanto outras que se tornaram marcas famosas vão continuar na cultura pop muito muito mais tempo. Talvez tenha sido esse o objetivo dele. Desde o início mesmo quando não sabia do potencial carismático de sua criação... Aparecer, expressar, causar rebuliço, mudar o que for possível e descansar porque o trabalho foi feito. A gente pode até não concordar com certos posicionamentos e ideias dele ao longo dos anos em que produziu Calvin and Hobbes. Mas temos que admitir a integridade de sua fibra, convicção e determinação ideológicas. É um dos raros casos em que sou fã tanto da obra quanto do autor. Porque conhecer seus ídolos é estragar a imagem idealizada que criamos deles. Eles nunca são o que está na mídia. Nunca. No caso do Watterson não temos essa chance além do que ele mesmo publicou e do que concedeu de material para as mídias nos anos em que foi muito famoso. E é dessa idealização de alguém íntegro e tenaz que gostamos.
Essa parte sobre as crianças fabularem me fez lembrar o arco das crianças perdidas de Berserk, tem passagens muito fortes sobre o que elas entendem do que é ser adulto
Incrível! Admito que na infância não achava Calvin & Haroldo interessante, preferia mais o Turma da Mônica e o Charlie Brown, mas depois dessa analise esse quadrinho ganhou um novo ar para mim. Tenho de correr atrás pra me inteirar melhor nessa leitura. Muito obrigado!
Vale lembrar que o Watterson iniciou sua carreira publicando charges políticas, além de ter estudado política na sua graduação de artes. E os nomes "Calvin" (de João Calvino) e "Hobbes" (de Thomas Hobbes) não parecem uma mera coincidência... Mas talvez pros nerds despolitizados o "Calvin" deve vir de Calvin Klein... rs
Watterson é um dos poucos autores 100% coerentes que eu já vi. Ele poderia facilmente ter se tornado bilionário licenciando "Calvin and Hobbes". Preferiu ser honesto consigo mesmo, inclusive interrompendo a produção de tiras quando achou que seu personagem saturou. Quem mais (além do Quino) fez isso???
Calvin e Haroldo.... os traços e acho que ate a época que era publicado, me lembra mto o Hagar, o Horrivel (ou terrivel?) ... é aquela lembrança da infância, mas que, pelo menos no meu imaginario, tinha uma critica à sociedade da época, como quase toda tirinha, ou estou viajando mto? heheheh
Muito interessante! Eeeh, amigo. Você sabe onde eu compro as tiras do Calvin e Haroldo no Brasil? Geralmente eu lia as mesmas esporadicamente em algum jornal.
Tem muita coisa nas tiras que estão além da compreensão das crianças. E não só no Calvin & Haroldo. Phineas é Ferb, Mafalda, Padrinhos Mágicos e até Bob Esponja. Tudo no subtexto. Ps. Camiseta do Calvin eu ja tive(pirata).
Sócio-político eu não consigo ver, mas neurótico e obsessivo sim. Krazy Kat é um dos melhores retratos do desejo em quadrinhos, e isso sem ser uma HQ erótica!
@@QuadrinhosNaSarjeta Alexandre não sei se você vai ler esta resposta, mas acredito que você se confundiu aí quando falou de um quadrinho de tirinhas eróticas de gato. Acredito que você quis dizer de Squeak The Mouse do Massimo Mattioli, mas eu falei do Krazy Kat do George Herriman, bem mais antigo que esse, quiçá influenciou o Mattioli, e foleando aqui ele tem sim uma pegada de crítica social. Fala do George Herriman depois se tiver tempo fiquei interessado pelo autor.
@@foxmementoart777 opa. Não me confundi não. Falei de desejo, não de erotismo. O jogo obsessivo do triângulo amoroso da tira já foi bastante analisado. Além disso, ela é bastante experimental.
Tranquilo, amigo?! Bem, pensei uma coisa: Os personagens são infantis. No imaginário, eles podem ser de qualquer criança. Na materialidade, talvez eles fossem personagens de algumas crianças (quantas vezes a gente não se sentiu frustrado por não ter aquele brinquedo. Para outros, as vezes até brinquedos simples, dependendo da classe social da criança). Talvez exista alguma poesia nisso. Mas, só o autor poderia dizer seus motivos.
eu sei q são ideologicamente divergentes, ou assim espero, mas a posicao do watterson me lembra a do ditko, de se isolar etc. Ou assim fui levada a achar^^
Só vi o video hoje e me veiomuma reflexão: Pq diabos quando eu vejo a Turma da Monica num produto alimenticio automaticamente me vem na cabeça qualidade
Achei muito interessante a atitude do escritor. Nunca achei as ideias do comunismo muito interessantes mas no capitalismo tem muitos abusos como no caso de comerciais direcionados para crianças acho isso um absurdo.
se ele e tão anti licenciamento assim por que ele nao guardou suas tiras para si?? pq ele vende livros? pode parecer que eu estou sendo rude, mas eu acho que o autor como ele poderia muito bem ter licenciado para mostrar sua obra em outras midias, por que uma boa mensagem deve chegar ao maximo de pessoas possiveis. se ele tem essa ideia de nao vender bichos de pelucia por que seu personagem tinha um bicho de pelucia?? meio controverso nao acha??
Sobre o bicho de pelúcia a resposta é bem obvia,ele não tem nada contra pelúcia ele é contra usar de um personagem dele para contribuir com a cultira consumista (sobre os livro,as tiras ainda são tiras mesmo ganhando dinheiro com elas)
Um fato que vale a pena mencionar. O Watson deixou praticamente todo o material original aos cuidados do Billy Ireland Cartoon Library & Museum, que faz parte da Universidade Estadual de Ohio. Está tudo lá, não aberto ao público mas acessível mediante cadastro prévio, creio eu. Salvo uma ou ou duas tiras que ele deu de presente. Eles também tem um selo editorial e publicam umas coisas que parecem interessantes.
O nome original dos dois faz menção ao filósofo Thomas Hobbes e o teólogo João Calvino, duas bases do imaginário norte americano e sua relação com o capitalismo.
Nunca tinha reparado nisso! O Hobbes me parecia sugestivo ou uma coincidência muito grande. Mas agora tudo faz sentido. Obrigada pela informação!
Mentira. O nome "Haroldo" foi inspirado no Grande personagem do Chico Anísio, "Harold Hetero".
@@sirborges acho que ele fez uma piada
@@Diegolobobranco KAKAKAKAKAKAKAKAKKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKA MELHOR COMENTÁRIO QUE EU JÁ VI HOJE KAKAKAKAKA
@@sirborges Eu tava zoando, cara. Kkkkk...
Eu nunca vou me acostumar 100% com a postura do Linck os vídeos antigos hahhahaah
Ótiimo vídeo, a propósito!
Comentário muito pertinente, e a decisão do Bill Watterson foi ousada e arriscada, mas foi a decisão dele, optou por um caminho que poucos autores sequem cogitam: a reclusão. A obra é um clássico; tiras muito perspicazes e inteligentes.
Artista bom é artista arteiro.
Eu tô relendo essas tirinhas essa semana. Foi a casa da minha mãe e resgatei todos os Calvin e Haroldo que tinha lá. E é maravilhoso como ele reflete o adulto no Calvin em todos os momentos sem perder de vista que é uma criança de 6 anos. As discussões sobre guerra e violência são muito bem colocadas e mostrando o quando infantil são as disputas de poder.
Vídeo muito bom.
Cara, boa tarde! Você é massa e seus vídeos são excelentes.
Uma postura e abordagem completamente diferente do mesmo que a gente encontra por aí.
Valeu mesmo!
Na faculdade, escrevi pro jornal laboratório do curso um texto comparando a experiência do Bill Watterson com a do Henfil, que foi o primeiro autor a publicar tiras nos EUA e pedir essa cláusula no contrato impedindo o merchandising (claro que no caso dele a tira foi muito longe de ser considerada um sucesso, mas mesmo assim ele foi pioneiro)
Legal. Mas Henfil foi o primeiro estrangeiro ou o primeiro artista dos EUA? Tens a fonte disso?
@@QuadrinhosNaSarjeta Segundo o livro de memórias dele sobre a experiência vivendo nos EUA, Diário de um Cucaracha, o Henfil foi o primeiro artista distribuído por aquele syndicate a exigir essa proibição de merchan no contrato
@@QuadrinhosNaSarjeta A tira era a versão americana dos Fradins, o Mad Monks
Recomendo assistirem o documentário "Dear Mr. Watterson".
Como faço para assistir a esse documentário?
Esse documentário tem ao menos com legendas em português
Bill Watterson e Quino fizeram com q Calvin e a Mafalda fossem sensacionais na leitura da minha infância.
Excelente vídeo.
Além disso tudo, o Watterson travou durante muitos anos uma briga bastante pesada e até mesmo agressiva contra os donos dos jornais sobre propriedade intelectual e liberdade criativa. Ele ganhou, ao lado de outros quadrinistas, a briga pra ter mais espaço nas tiras de domingo e também a estabilização do tamanho nas tiras diárias que estavam diminuindo com o tempo. Conseguiu até mesmo impedir via sindicato que editores dessem pitaco, coisa que era muito comum quando ele começou a trabalhar com isso.
E aí entra o assunto do vídeo:
Ao mesmo tempo ele argumentava que permitir interferências nos personagens era deixar a essência deles à mercê de engravatados que não entendem nada de arte. E isso inclui comercializar, transformar arte em marcas e mercadorias sobre as quais o autor não terá mais controle criativo, com suas obras se tornando qualquer coisa diferente do original. E ele cita Peanuts, Garfield e Hagar nessa lista de personagens que se prostituiram ao capitalismo e venderam suas almas à fama. Nesses termos. Para ele a criação e o controle devem ser únicos e exclusivos do criador, e qualquer mudança é desvirtuar o que eles, ambos, são. Ele diz que o artista perde o poder e a individualidade de sua expressividade, já que as coisas se misturam, e nesse processo o próprio autor não sabe mais quem ele é, porque suas criações passam a responder também ao mercado e não mais aos seus sentimentos e ideias. Ele fica refém de outras variáveis que não controla.
Watterson nunca aceitou isso e esse é o motivo dele encerrar o Calvin em apenas 10 anos de trabalhos. Não aguentava mais, estava estafado desse mundo corporativo, jornais, revistas, editoras, fãs e mercado onde sua arte transitava. Doou os originais a um instituto e museu de arte e deixou o licenciamento das publicações com um único editor, tudo sob regras bastante rígidas. Não fala com o público, não responde cartas e não dá entrevistas. Sequer permite fotos. Ele próprio evita virar uma mercadoria no mundo dos fãs, embora seja inevitável porque acaba gerando escassez.
Muito raramente aparece alguma coisa em colaboração com algum outro artista. Muito, muito raramente.
O provável é que com o passar dos anos a tira caia no esquecimento conforme nós, as pessoas que a admiramos, formos envelhecendo. Enquanto outras que se tornaram marcas famosas vão continuar na cultura pop muito muito mais tempo.
Talvez tenha sido esse o objetivo dele. Desde o início mesmo quando não sabia do potencial carismático de sua criação... Aparecer, expressar, causar rebuliço, mudar o que for possível e descansar porque o trabalho foi feito.
A gente pode até não concordar com certos posicionamentos e ideias dele ao longo dos anos em que produziu Calvin and Hobbes. Mas temos que admitir a integridade de sua fibra, convicção e determinação ideológicas.
É um dos raros casos em que sou fã tanto da obra quanto do autor. Porque conhecer seus ídolos é estragar a imagem idealizada que criamos deles. Eles nunca são o que está na mídia. Nunca. No caso do Watterson não temos essa chance além do que ele mesmo publicou e do que concedeu de material para as mídias nos anos em que foi muito famoso. E é dessa idealização de alguém íntegro e tenaz que gostamos.
Excelente texto. Foi o mais completo que encontrei sobre o autor. Parabéns!
@@edermarra7205 obrigado!
A minha tira preferida. Meu primeiro contato foi em um livro didático em algum ano do fundamental (primário).
Essa parte sobre as crianças fabularem me fez lembrar o arco das crianças perdidas de Berserk, tem passagens muito fortes sobre o que elas entendem do que é ser adulto
Incrível! Admito que na infância não achava Calvin & Haroldo interessante, preferia mais o Turma da Mônica e o Charlie Brown, mas depois dessa analise esse quadrinho ganhou um novo ar para mim. Tenho de correr atrás pra me inteirar melhor nessa leitura. Muito obrigado!
Até pq o texto não é bem infantil. Mas eu sempre amei.
@@lucas-prado interessante
Amei muito o video, parabéns pela qualidaxd no conteúdo
O senhor viu um documentário sobre ele? Eu assisti no Netflix faz um bom tempo, muito bom mesmo!
Muito bom comentário!
Comprei meu box importado por r$ 134,00. Uma historia sensacional.😍😍😍😍 O Calvin é um capeta kkkkk. Excelente reflexão!👏👏👏👏
Mais uma vez, analise impecável
Calvin e Haroldo é incrível ^_^
Vale lembrar que o Watterson iniciou sua carreira publicando charges políticas, além de ter estudado política na sua graduação de artes. E os nomes "Calvin" (de João Calvino) e "Hobbes" (de Thomas Hobbes) não parecem uma mera coincidência... Mas talvez pros nerds despolitizados o "Calvin" deve vir de Calvin Klein... rs
Linck, você poderia revisitar e aprofundar Calvin e Haroldo num novo vídeo. Adoro a obra.
Vim do Futuro dizer que seu desejo foi realizado
esse episodio merece um remake. ta muito bom, mas acredito que com a desenvoltura e edicoes atuais do Linck, melhoraria muito esse ep
Muito bom, professor Alexandre! Preciso buscar este material. Obrigado. Abraço 👍🏻
Calvin... Excelente - acompanhei desde o início... Mas a análise sempre profunda e esclarecedora!
Olha a qualidade do prof 🤩😍
Spu apaixonado pelo Calvin meu quadrinho favorito
caraca man, fico impressionado como vc consegue colocar varias coisas pesadas nos seus vídeos que dão mais impacto para a discussão.
Agradeço!
Discussão muito relevante apresentada no video.
Estava ciente desta discussão.
eu jurava que eu ja tinha visto um tigre de pelucia do Haroldo sksksksksksksk
Watterson é um dos poucos autores 100% coerentes que eu já vi. Ele poderia facilmente ter se tornado bilionário licenciando "Calvin and Hobbes". Preferiu ser honesto consigo mesmo, inclusive interrompendo a produção de tiras quando achou que seu personagem saturou. Quem mais (além do Quino) fez isso???
Excelente conteúdo
Amo Calvin e Haroldo
Calvin e Haroldo.... os traços e acho que ate a época que era publicado, me lembra mto o Hagar, o Horrivel (ou terrivel?) ... é aquela lembrança da infância, mas que, pelo menos no meu imaginario, tinha uma critica à sociedade da época, como quase toda tirinha, ou estou viajando mto? heheheh
Linck você e calvin
Muito interessante!
Eeeh, amigo. Você sabe onde eu compro as tiras do Calvin e Haroldo no Brasil? Geralmente eu lia as mesmas esporadicamente em algum jornal.
Estão saindo nas livrarias pela editora Conrad.
Calvin é demais!
Ent foi esse cara que ferrou minhas provas de português
Canal incrível
Tem muita coisa nas tiras que estão além da compreensão das crianças. E não só no Calvin & Haroldo. Phineas é Ferb, Mafalda, Padrinhos Mágicos e até Bob Esponja. Tudo no subtexto.
Ps. Camiseta do Calvin eu ja tive(pirata).
Eu lia em tiras de jornal.
Legal, o vídeo apareceu justamente pq estou lendo e procurando mais encadernados
Calvin e Hobbes não têm alguma cousa a ver com João Calvino e Thomas Hobbs?
Comprei recente um livrinho do Krazy Kat. É bom Alexandre? Tem algo com cunho sócio-político no Krazy Kat?
Sócio-político eu não consigo ver, mas neurótico e obsessivo sim. Krazy Kat é um dos melhores retratos do desejo em quadrinhos, e isso sem ser uma HQ erótica!
@@QuadrinhosNaSarjeta Alexandre não sei se você vai ler esta resposta, mas acredito que você se confundiu aí quando falou de um quadrinho de tirinhas eróticas de gato. Acredito que você quis dizer de Squeak The Mouse do Massimo Mattioli, mas eu falei do Krazy Kat do George Herriman, bem mais antigo que esse, quiçá influenciou o Mattioli, e foleando aqui ele tem sim uma pegada de crítica social.
Fala do George Herriman depois se tiver tempo fiquei interessado pelo autor.
@@foxmementoart777 opa. Não me confundi não. Falei de desejo, não de erotismo. O jogo obsessivo do triângulo amoroso da tira já foi bastante analisado. Além disso, ela é bastante experimental.
@@QuadrinhosNaSarjeta Ah massa. Eu não havia pensado por esse viés do desejo.
Calvin e haroldo é genial
Não vendia brinquedo mas ferrava nossas provas de português
Esse ai não é aquelas tirinha que aparecia nas provas e nos livros das escolas publicas? 2008/2017
Ja leu black sad?
Kkk, li diversas edições quando mais novo
Provocações Franciscanas. 👍🏿
Pela primeira vez percebi que tá escrito "Heimat" no livro ao fundo, e não "hentai"...
Eu e minha mente poluída...
🤣
Então aqueles adesivos do Calvin com a camisa da gaviões mijando no Palmeiras eram todos paralelos?
Tranquilo, amigo?!
Bem, pensei uma coisa:
Os personagens são infantis. No imaginário, eles podem ser de qualquer criança. Na materialidade, talvez eles fossem personagens de algumas crianças (quantas vezes a gente não se sentiu frustrado por não ter aquele brinquedo. Para outros, as vezes até brinquedos simples, dependendo da classe social da criança). Talvez exista alguma poesia nisso. Mas, só o autor poderia dizer seus motivos.
Legal
eu sei q são ideologicamente divergentes, ou assim espero, mas a posicao do watterson me lembra a do ditko, de se isolar etc. Ou assim fui levada a achar^^
Só vi o video hoje e me veiomuma reflexão:
Pq diabos quando eu vejo a Turma da Monica num produto alimenticio automaticamente me vem na cabeça qualidade
Pq é bom msm
'Ele é um crítico da sociedade' Bill, deve ser como mtos de nos, 'ODEIA gente'. so isso.
É bom ter uns caras assim que confundem a metafísica global e mensageiam profundidades para além do óbvio ululante.
Achei muito interessante a atitude do escritor. Nunca achei as ideias do comunismo muito interessantes mas no capitalismo tem muitos abusos como no caso de comerciais direcionados para crianças acho isso um absurdo.
se ele e tão anti licenciamento assim por que ele nao guardou suas tiras para si?? pq ele vende livros? pode parecer que eu estou sendo rude, mas eu acho que o autor como ele poderia muito bem ter licenciado para mostrar sua obra em outras midias, por que uma boa mensagem deve chegar ao maximo de pessoas possiveis. se ele tem essa ideia de nao vender bichos de pelucia por que seu personagem tinha um bicho de pelucia?? meio controverso nao acha??
Sobre o bicho de pelúcia a resposta é bem obvia,ele não tem nada contra pelúcia ele é contra usar de um personagem dele para contribuir com a cultira consumista (sobre os livro,as tiras ainda são tiras mesmo ganhando dinheiro com elas)
É incrível como incautos comentando só mostram o tamanho de sua burrice
Nada a ver isso aí foi invenção dos professor de português
Quê?😑"Invenção"?? Até parece que vou acreditar em falácia líquida.
@@euvoltarei8367 Man e piada
@@kaklixo kkk. Desculpa. É um pouco difícil interpretar corretamente em um ambiente o só tem palavras.
@@euvoltarei8367 e q sempre nos livro de português tem essas tirinhas, essa e a piada
Quem usa as palavras militar ou lactação no contexto social quase smp é uma pessoa que está errado
Isso não é uma crítica ao capitalismo. Esta mais para a cobiça (o que é comum em qualquer sistema).
Não tinha muitos personagens secundários pra desenvolver, por isso saturou