Destrua as desculpas que as pessoas apresentam para não crer em Jesus e no Evangelho | Parte 3
HTML-код
- Опубликовано: 3 фев 2025
- Sou um escritor, não profissional, mas amador, não por ter alguma obra publicada, mas por entender que, ao escrever, organizo melhor os meus pensamentos e ideias. Os meus sermões, por exemplo, são inteiramente escritos: o manuscrito da última pregação contava com mais de 7500 palavras. Todo escritor, profissional ou amador, quando se vê diante de uma grande citação, sente uma certa “inveja” de não ter sido ele a formular aquela passagem brilhante. Fui culpado desta “inveja” ao ler uma frase erroneamente atribuída a George Orwell, famoso escritor e jornalista britânico: “numa época de engano universal, dizer a verdade é um ato revolucionário”.
Sim, a verdade é revolucionária, especialmente quando estamos cercados e acuados pelo engano. Esta citação me lembrou de outra, de origem anônima, presente no filme A Grande Aposta: “a verdade é como a poesia, e a maioria das pessoas odeia poesia”. Quem foi enganado pela mentira odiará necessariamente a verdade. Sim, a verdade é revolucionária, e sendo revolucionária, ela traz tamanha ofensa aos que estão enganados pela mentira a ponto de levá-los a odiar a verdade que poderia libertá-los da tirania do engano.
Talvez você tenha se ofendido com a verdade afirmada na pregação passada, de que os teus familiares, amigos, vizinhos e conhecidos são pessoas más. Comparados com o pior que a humanidade tem a oferecer, certamente os teus familiares, amigos, vizinhos e conhecidos serão tidos como bons. Ocorre que, no dia em que estas pessoas, a quem você ama, comparecerem diante do trono para serem julgados por Jesus Cristo, elas não serão comparados com o pior que a humanidade pode oferecer. No dia do juízo, eles serão comparados com o caráter bom e justo de Deus, revelado na sua Lei, e exemplificado perfeitamente por Jesus Cristo neste mundo caído em pecado, desde o dia do seu nascimento até o dia em que, tendo subidos aos céus, assentou-se à destra de Deus com autoridade e poder para governar céus e terra.
Conforme Paulo afirma em 1 Coríntios 15, é necessário que Cristo reine, à destra de Deus, sobre os céus e a terra, até que todos os seus inimigos, incluindo a morte, sejam postos debaixo dos seus pés. Quando todos os seus inimigos de Jesus estiverem derrotados sob os seus pés, a própria morte será tragada pela vitória de Cristo sobre aqueles que se lhe opunham. Com a morte tendo sido destruída, os mortos ressuscitarão para serem, com os vivos, apresentados ante o trono de Cristo para por Ele serem julgados.
Lá estará você, e com você estarão os teus familiares, amigos, vizinhos e conhecidos, para serem serão julgados por Cristo. E o próprio Cristo será o κανών (cânon), a régua, o padrão contra o qual todos serão medidos e julgados. Comparados a Cristo, os teus familiares, amigos, vizinhos e conhecidos são pessoas más. E a condenação exigida pela justiça divina, encarnada em Cristo, para pessoas más como os teus familiares, amigos, vizinhos e conhecidos é o inferno, e a condenação infernal será eterna.
Há quem se diga cristão e argumente contra a eternidade do juízo de Deus no inferno sobre os pecadores incrédulos e impenitentes. Esta heresia foi popularizada nos últimos anos por Daniel Mastral, antes da sua morte, segundo quem, a duração máxima do juízo divino no inferno deve ser o tempo que cada indivíduo viveu em pecado neste mundo. Se alguém viveu por oitenta anos pecando contra Deus, por exemplo, o castigo máximo desta pessoa no inferno não poderia passar de oitenta anos. Este argumento, no entanto, é idólatra, pois desconsiderando a primazia e centralidade de Deus sobre toda a realidade criada, entrega esta centralidade e primazia à humanidade. Idolatria semelhante é perpetrada pelo Adventismo do Sétimo Dia e demais seitas que afirmam que o inferno e os que para lá forem mandados serão aniquilados quase que instantaneamente.
A idolatria destas posições antibíblicas acerca da condenação do inferno decorre do seu desprezo pela eternidade e santidade de Deus, bem como a infinitude da sua dignidade e honra. Considere, por exemplo, a ofensa causada por um tapa no rosto de alguém. Se um cidadão comum for esbofeteado, dificilmente o autor do tapa enfrentaria alguma sanção jurídica. Mas, se a vítima do tapa for um presidente da república, a ofensa não se limita a pessoa do presidente, mas se estende à honra e dignidade do cargo por ele ocupado. Neste caso, é bem provável que o ofensor, o autor do tapa, sofra consequências jurídicas em decorrência da ofensa causada pelo tapa desferido. O tamanho da ofensa e o castigo do ofensor serão proporcionais à honra e dignidade da pessoa que foi esbofeteada.
Cada pecado cometido pelos teus familiares, amigos, vizinhos e conhecidos ofende a dignidade e a honra de Deus, as quais são infinitas, em função da sua eternidade e infinitude intrínsecas. Aqueles que ofenderam o Deus eterno e santo, cuja dignidade e honra são infinitas, devem receber castigo igualmente eterno e infinito.
Continua na pregação...