Livros são os olhos do passado, nunca modifique-os para agradar o agora. Aumente a classificação para 18 anos mas deixe as pessoas serem livres para lerem as mentes antigas.
Concordo plenamente. Gente imbecil vai ter em todas as idades. Digo no sentido de ser incapaz de distinguir uma história, uma versão de pensamento, sem agressão e ódio gratuito.
Minha opinião: acho que TODOS os livros citados (mudando ou não o livro) deveria ter textos de apoio que explicam o contexto históricos, o que foi mudado ou o que deveria ser mudado e etc. Mas de jeito nem um se deve alterar uma obra e fingir que ela sempre foi assim ou negar o debate sobre esses temas em livros.
Quem escreveria esses "textos de apoio"? Seria mais um foco de controvérsia. Talvez fosse melhor o leitor procurar informação por si.mesmo a respeito do que lê.
@@marialuciacalazans6564 professores qualificados, mas mesmo tendo textos de apoio o leitor poderia pesquisar (com cuidado é claro), mas esses livros que ela citou não tem opinião muito diversa a seu respeito e sim um consenso geral, porque quase todo mundo concorda que o livro de Hitler fala um bocado de coisa ruim, sítio do pica pau amarelo é meio racista e que não existe Bruxas, e se existir não precisamos queimar elas, o que tornaria fácil fazer textos de apoio.
@@marialuciacalazans6564 seria o ideal realmente, mas dificilmente as pessoas procuram, infelizmente. Seja por falta de "bagagem" literária, preguiça ou por querer um viés de confirmação para ideias retrogradas. Um texto base, como um prefácio ou algo assim, poderia servir para auxiliar o leitor.
Eu poderia ler Monteiro Lobato, pois tenho visão crítica sobre o racismo, mas não leria pra um filho pequeno que não saberia diferenciar essas questões.
@@isabelagusmao6504 pois é, sei que não existe manual de idade certa pra isso e aquilo, mas se os pais leem pra criança é sinal de que ela nem é alfabetizada, então muito pequena pra entender. Talvez quando comece a ser alfabetizada seria o momento pra introduzir esses temas já que ela vai começar a escolher o que quer ler sozinha. Mas, enfim, isso é individual.
@@evamara11 sim sim, depende muito da idade. Mas mesmo pra crianças muito pequenas tem livros infantis que falam sobre racismo, machismo, preconceito, de um jeito adequado pra faixa etária. Acho importante os responsáveis e educadores não fugirem de falar sobre essas coisas, não subestimar a capacidade da criança de entender. E com o passar do tempo, começar a trabalhar com obras mais complexas. Monteiro Lobato seria bom usar lá pelo 7°, 8° ano do fundamental. No ensino médio já dá pra ler obras mais difíceis como "o cortiço" por exemplo.
@@isabelagusmao6504 Na hora de ler pra criança, você muda as palavras ofensivas e quando a criança for ler o livro, é só dizer que antigamente essas palavras eram usadas mas hoje não pode usar pois machuca os outros. Simples! A complexidade da explicação depende do entendimento de mundo da criança.
De todos os livros citados, eu só li "As aventuras de Huckleberry Finn". Achei um livro muito bom, muito bem escrito. Acho esse tipo de livro muito importante para a gente entender como era a sociedade daquela época. É claro que eu acho horrorosa a forma como as personagens negras são tratadas no livro, mas não acho que nós devamos tentar tampar o sol com peneira. A escravidão existiu, foi uma coisa horrível, e nós precisamos saber disso para não repetir os mesmos erros.
Sim. Todos os livros são retratos da sua época. Em acontecimentos e narrativa. Censurar é tapar o sol com a peneira. Próximo passo desse "cancelamento" : queimar livros.
Nesse caso em especial acho os comentários contra a obra até meio ridículos, pois a mensagem do livro é justamente denunciar o racismo na sociedade da época, não defende-lo
Duas coisas me chamaram a atenção nesse livro: O primeiro é o “dilema moral” que o Huck sente quando percebe que tá ajudando o Jim a fugir. Nesse momento do livro eu tava tão apegado ao Jim que ver o Huck pensando nele como uma “propriedade” foi um soco na boca do estômago. A segunda coisa que vc observa é que todos os homens brancos que o Huck encontra nessa aventura são trapaceiros, assassinos, bebados, vigaristas... O Jim era melhor pessoa que qualquer um deles. Agora, o que o Tom Sawyer fez com ele no final do livro foi sacanagem! Ow personagem que eu detesto!
@@TheCleberslowhand Cara, não tinha parado para pensar por esse lado, mas faz bastante sentido. O que Tom fez foi sacanagem mesmo, mas eu ri tanto com aquelas maluquices dele. Hahahaha
Ainda deve-se acabar com a escravidao na África, em alguns lugares não acabou. Acabou na América por causa dos brancos que tiveram essa ideia depois de mais de 300 anos, mas na África a escravidão ainda resiste. Aliás nos EUA os jovens brancos eram levados como escravos antes dos negros, podem pesquisar, não é brincadeira. Como não apoiamos escravidão nem por raça nem por nada, esse resquício de escravatura precisa ser combatido no continente africano.
Acho que se a pessoa não quiser ler mais determinado autor é direito dela. Não posso julgar aquilo que eu sequer vivo na minha pele. É mais fácil separar autor da obra quando não é a sua imagem sendo retratada como criminosa, maldosa, burra, inferior, feia, etc.
Sim, é realmente complicado. Eu, que nem me enquadro como alvo dessa ofensas preconceituosas, me sinto muito desconfortável e não consigo ficar bem como um livro com o nome do Lovecraft na estante, por exemplo. E pior que gosto de algumas obras dele, mas ainda tenho receio de compra-las de forma física. Uma coisa que ameniza isso, é o fato dele já ter morrido e outra coisa que me conforta, é que ele morreu sem usufruir nada do sucesso que ela viria a ter. Morreu sem nada e sem nem saber o que conquistaria.
Eu concordo com a Isa. Não devemos deixar as obras para trás, e nem deixar de ter pensamento crítico quanto aos autores e obras. Hibris, meu povo. Equilíbrio!
Tenho raiva das pessoas que amam ficar cancelando os outros, como se todo mundo fosse perfeitos, cristais de ouro, a pessoa que cancela não é perfeita, só se acha, todo mundo se acha perfeito e obviamente não é, ninguém é
Concordo contigo, Isa. Temos que ler de forma crítica e estimular a reflexão, afinal o pensamento do autor não nos define. É apenas um pensamento. O problema é não refletir, tomar como verdade e transformá-los em ação. Certa vez, ao ler um livro do Monteiro Lobato com minha filha, na época com 10 anos, a personagem Emília se referia a Tia Natáscia de forma pejorativa. Ela parou automaticamente e disse abismada "como pode... que absurdo!". Então expliquei a ela que esse é o pensamento da época, que mostra de como as pessoas eram terrivelmente discriminadas apenas por ter a pele negra. Daí em diante, a importância de não mostrar apenas o lado bom das coisas ganhou maior relevância. Minha filha, hoje com 12 anos, passou a pontar as passagens preconceituosas em outras obras que leu, dentre ela Dom Casmurro, Triste Fim de Policarpo Quaresma, O Sol é Para Todos e tantos outros. Temos que mostrar sim! E estimular o pensamento crítico!
Importante tbm estimular leitura de obras de autores negros, com protagonistas negros, escritos pela perspectiva negra P.s.: ler dom casmurro com 12 anos não é pra qualquer um hein, bem avançada sua filha
@@luizafernandes3955 verdade!! fiquei muito orgulhosa dela. Ainda disse que é seu livro preferido. Também incentivei a seguir Isabela e acompanhar as resenhas. Ela gosta muito:)
Concordo demais. Ficar escondendo as partes ruins da vida só cria gente abobada e temos que formar cidadãos críticos. Ler não é só absorver passivamente, tem que refletir e questionar.
Acredito que a subjetividade importa muito e o modo como cada um se sente deve ser levado em conta. Falar de modo generalista sobre cancelar ou não, ler ou não algo que pode apresentar estímulos hostis pra pessoa é uma forma de desconsiderar isso, então cada um escolhe o que lê ou não, só vamos lembrar de não dar lucro pra um pessoal preconceituoso :)
Eu sou mais rígido com a política de cancelamento, sou decididamente contra. Acho que chega a ser perigoso liberar geral, e infelizmente o nível de deseducação e preconceito que temos hoje não dá segurança pra simplesmente deixar rolar, mas acho que não devemos cancelar justamente por isso, devemos mostrar o valor artístico das obras mas principalmente chamar atenção pra suas partes problemáticas, é a melhor forma de lidar com isso, e educar as pessoas de maneira antirracista mas não ingênua.
Tem uma famosa palestra do Mário Cortella que ele conta uma história muito curiosa sobre ter sido professor de uma senhora que foi cozinheira de Monteiro Lobato. Vale a pena assistir.
@@JhonataPactio Não sei se não permitiu é a palavra correta, na palestra não fica claro se ele sabia ou não que sua cozinheira era analfabeta. Mas uma coisa que fica clara é que ele não se interessava pelo nível de instrução de seus empregados. O que é uma contradição, ele como escritor, dono de editora.
@@janenog8761 É contraditório até pensarmos que ele era racista e via negros como inferiores e sem os mesmos direitos que os brancos. Acredito que o racismo seja a única explicação pra ele não se importar com o grau de instrução de seus empregados.
O mais grave que qdo a gente lia Monteiro Lobato ( o qual me colocou no mundo dos livros)não encontrava erro algum ,era natural ouvirmos esses tipos de comentários.
o meu ranço c o Lobato e n c os outros em relação ao racismo é q ele era racista sabendo q era, querendo ser. Ele n estava apenas reproduzindo racismo pq n tinha consciência ou acesso à informação. Tanto q ele escreveu um livro futurista defendendo a superioridade branca e como vc disse TB defendeu a KKK. JA LI NEGRINHA várias vezes, (A menina me lembra a garotinha cosete d'os Miseráveis) mas nesse caso, acho q n é denuncia não, acho q é reforçar o que já existe pra continuar existindo.
@Dona Chica sim, foi esse sim. Eu curto livros c pegada futurista/distópica e numa busca esbarrei nele. Mas n comprei não, n quis gastar meu $$ ele haha
@@luanacardeal9407 infelizmente essa análise ainda não saiu em artigo. O que já foi publicado é sobre Gavroche comparado com os capitães da areia de Jorge Amado. Na revista Afluentes. O título do artigo é: Donos da cidade... Autores: Alfredo Victor e Alana El Fahl
Tive uma coleguinha na escola(anos 70), que sofreu horrores por causa desse livro do Lobato. As crianças corriam atrás dela gritando as nojeiras do livro...ela chorava muito e chegou a ser agredida por esses alunos...nenhum adulto ajudou...éramos crianças(8 anos) e jamais me esqueci disso.
Todo texto tem um contexto. Como você bem disse, o correto é discutir e formar leitores críticos. Cancelar é fácil. Melhor refletir, comparar épocas e a evolução da luta contra o racismo.
Estou comentando aqui pq a Isa mandou!!! Hehehe Brincadeira.....Falando sério, a dificuldade é rever cada caso! Como não gostar das obras citadas?? Como cancelar ?? Acho que o mais inteligente é separarmos o que é autor e o que é o ser humano por trás desse autor!! Parabéns Isa por tratar com tanta maestria esse assunto tão polêmico!⚘⚘
Eu também sou contra. Acho que cada obra obedece a uma época e é um retrato dela. Não podemos querer que um livro do século XIX seja escrito com um pensamento do século XXI. Isso é uma coisa impensável. Isso não quer dizer que a gente tenha que concordar com o que se fazia anos e séculos atrás.
@@joaovictoralvesvieiradealm9508 Exatamente. E acho muito legal esse diálogo entre as épocas,essa reflexão que fazemos a respeito de obras inseridas num contexto totalmente diferente do nosso.Acho os canceladores as pessoas mais chatas do mundo. Discutir as obras é o caminho e nao apaga-las,isso é um erro assombroso.
Tenho 62 anos, sou uma das crianças que se encantaram com Lobato, e também, claro, não tinha a percepção que tenho hoje. Mas lembro que me incomodava um pouco a maneira como Emília tratava a Tia Anastácia. Não algo explícito na minha cabeça, mas o fato é que eu adorava a Emília em tudo, menos na sua arrogância (palavra que eu nem conhecia) com a Tia Anastácia. Há muito não sou uma daquelas pessoas mais velhas que só veem pureza e inocência nesses livros, concordo demais com você quando diz que não apresentar às crianças muito pequenas pode ser justificável, mas cancelar não parece uma boa ideia (vale também para o Huckleberry Finn e quantos sejam). A meu ver, jovens lerem livros que apresentam problemas e debaterem sobre esses problemas pode ser muito enriquecedor, e pode ajudar a combater os preconceitos talvez mais do que cancelar as obras ajudaria, se é que o cancelamento pura e simples combate preconceito. Apesar de estar muito longe da infância quando eles foram lançados, fui uma das pessoas que se encantaram com Harry Potter, e a J. K. Rowling me decepcionou profundamente com suas declarações transfóbicas. Mas, tanto quanto a ela quanto ao Lovecraft (entre outros autores, músicos e artistas de todas as áreas) sempre lembro um trecho da música Choro Bandido, do Chico Buarque: "Mesmo que os cantores sejam falsos como eu / Serão bonitas, não importa / São bonitas as canções".
Creio que assuntos sensíveis (crimes de ódio, crimes sexuais entre outros) devem ser lidos por pessoas maduras e com consciência. Ou seja, eu não leria para crianças, mas creio que com senso crítico, devemos ler para analisarmos o pensamento da época em que a obra foi produzida.
A maioria das pessoas que se incomodam com essa mudança mudança título de "O Caso dos Dez Negrinhos/E não sobrou nenhum", a maioria dessas pessoas são brancas e não entendem o que é para uma pessoa negra passar por casos de racismo. Sinceramente não falo para mudar e passar pano pro autor, até pq todo mundo que gosta de ler ou da Agatha sabe desse caso.
Exato! A maioria das pessoas que acham "bobagem", "detalhe", curiosamente são brancas rs. Agatha é minha autora predileta, mas tão certos msm em mudarem o título dessa bagaça rs. Gosto mto dos livros dela, mas sim, é inegável que tem ideias e estereótipos que não fazem o menor sentido com o nível de esclarecimento que temos hj em dia... Não acho que devemos cancelar, mas é entender que não é legal e não passar pano.
@@daniellegoncalves1990 acho legal eles nO mudarem o conteúdo por dentro do livro, por notas de rodapé explicando as passagem e o contexto da época e tal, mas o título é o que chama atenção do leitor, e qurendo ou nao é um título título racista principalmente no original. Essas pessoas que fala q antigamente era melhor q n tinha essa de politicamente correto elas que são as verdadeira mimizentas pa querem que os tempos que elas faziam piadas racistas, xenofobicas, homofobicas e machistas voltem para usar a desculpa de "é só piadas, relaxa ai".
Esse ano eu li todos os contos de Sherlock Holmes, e me surpreendi positivamente com um conto chamado de "A Face Amarela", que me marcou por tratar do racismo com uma mensagem que pode ser considerada anti-racista, além de ser muito bonita. Fiquei com um frio na barriga em algumas partes da história, com um certo receio de encontrar coisas racistas, mas pensei errado!
@@JoaoGuilherme-or5cf Não, é de um inglês que se casa com uma americana branca, mas não sei agora se posso falar o resto porque acho que vai ser spoiler kkkkk mas é muito bom
@@JoaoGuilherme-or5cf quaase isso, ela esconde a filhinha negra dela de um outro casamento dentro de uma casa e faz ela usar uma máscara amarela pra proteger ela do preconceito das pessoas, e o marido dela descobre esse segredo com a ajuda do Sherlock e acolhe a menina como filha numa cena muito linda
Dá até um quentinho no coração ver alguem ponderado falando! Super concordo com vc Isa. Tbem acho que não podemos simplesmente deletar a existencia de pessoas (sejam elas famosas ou não) por coisas que ainda acreditam. NÓS MESMOS ontem éramos racistas, transfóbicos, ainda conseguimos admitir pouco que temos um racismo, lgbtfobia, capacitismos INTRÍNSECOS que precisamos nos atentar todos os dias...crescemos ouvindo essas discriminações, é difícil ser completamente respeitoso e inclusivo com todos!! Como podemos nos achar no direito de CANCELAR alguém e negar a oportunidade de um dia aprender? Sendo que nós mesmos aprendemos todos os dias? Tem uns 'cabeça-dura' tipo JK que tá difícil de explicar pra ela porque é errado kkk mas cada um é cada um, cada um no seu tempo. Também queremos impor nosso ritmo aos outros...os 'valores' que ela aprendeu devem ser muito mais antigos e fortes do que os nossos (que moramos em grandes cidades, em interiores muitas vezes o ritmo tbem é beeem outro). Tambem acho que podemos ler e apreciar as obras, mas sempre criticamente. Sempre pontuando a questao sobre o autor, anexando tipo um sobrenome hahaha "A JK, escritora de HP mas é transfóbica, tem um novo livro e tal" hahaha
Eu vou ser bem sincera: não tenho coragem de cancelar livros. Se houverem problemas na própria história eu vou julgá-los como devo, mas não vou jogar a história toda fora e declará-la como ruim (caso seja boa ou mais que isso, lógico) por isso. E quanto a problemas com autores, eu tento ignorar a existência de autores kkkkk gosto de fingir que livros brotam no mundo, como flores.
O caso de Harry Potter é delicadíssimo justamente por se tratar de uma autora contemporânea. Minha melhor amiga é uma mulher trans, crescemos lendo e admirando Harry Potter, e sinceramente, é extremamente decepcionante ler e assistir algo que você gosta tanto quando sabe que a mulher que criou despreza pessoas como você. Toda a magia que a história um dia trouxe de repente sumiu. Lógico que todo mundo decide o que faz da sua vida, mas não acho certo simplesmente ditar que o correto é separar autor e obra quando você não faz parte do grupo atacado pelo escritor. Certas coisas são muito particulares pra cada pessoa.
Não é necessário desculpar-se pela geração que curtiu Caçadas de Pedrinho por exemplo. Sou dessa geração e tenho a obrigação de hoje perceber o racismo que, na época, eu não percebia.
Lovecraft realmente tinha desprezo e achava outros povos que não fossem anglo saxões como inferiores. Allan Poe já não tinha esse desprezo por pessoas que não fossem anglo saxões e nasceu e viveu tempos antes que o Lovecraft.
Se uma pessoa super militante fosse nos tempos antigos só ia passar raiva porque todos eram assim racistas, poucos ouros escondidos defendia as pessoas negras, tem que respeitar o tempo das pessoas
Concordo com o que o Matheus Galetti comentou mas também concordo com o capítulo 14 do livro "O mundo assombrando pelos demônios" de Carl Sagan, onde ele não usa o termo cancelamento, mas fala das coisas importantíssimas que perderíamos caso fossemos considerar detalhes da vida de diversas pessoas que ele cita. O autoconhecimento é importante, eu sei o que me dói e quando me dói. Algumas coisas, alguns vídeos, alguns livros trazem coisas dolorosas que eu, por enqto, não estou pronta pra lidar, embora não tenha a ver com racismo, no meu caso. Então cancelar é perigoso, mas cuide-se!
Tem onça no interior de São Paulo sim, viu Isa? Em São Miguel Arcanjo não é incomum, afinal a região abriga a reserva florestal do Carlos Botelho, onde vivem várias espécies de animais selvagens, entre outras reservas de vida selvagem.
Eu , hoje com 15 anos , guardo um carinho muito especial pelas obras de Monteiro Lobato. O modo como fui apresentada ao Sítio do Pica-Pau Amarelo foi o principal motivo . Meus pais e professoras passavam a versão da série da Globo e mais para frente a versão animada , líamos muitos contos do autor , para só depois , aos meus 10/11 anos ler realmente os livros . Acho importante pontuar que a partir do 2⁰ e 3⁰ ano escolar as questões de racismo são mais estudadas pelos alunos e apresentadas como algo desprezível , e obviamente em casa isso acontece ainda mais cedo . O fato é que aos 11 anos as pessoas já sabem com clareza o que é o racismo , e ler obras que o trazem é parte importante para aprendermos sobre história e saber que mesmo pessoas com o dom incrível da escrita tinham ideias horríveis que na época eram dadas como aceitáveis.
O problema é esse! Quando começa, todo mundo quer cancelar alguém pq cada um se ofende com uma coisa diferente … assim cancelam-se todos! A questão é que, enquanto eu discordo dos cancelados, tá tudo bem… mas e quando os cancelados forem aqueles com quem eu concordo?! Porque, pode ter certeza, o perigo q corre o pau, corre o Machado Excelente vídeo, Isa, vindo de uma pessoa esclarecida e que conta com a boa vontade de mtos desses “canceladores” pra tentar alerta-los
Concordo com você, Isa. Não podemos cancelar mas também não podemos passar pano, mas ler criticamente. Esses livros, como tantos outros, devem permanecer não como exemplo ou modelo, mas como memória. Só assim nos asseguraremos de não repetir os seus erros. Mesmo porque, também muito do que escrevemos e pensamos hoje será um dia considerado errado. E aí, vamos entrar nessa espiral de não olhar nunca para o nosso passado? Não, mas devemos aprender com ele.
Este canal é fantástico, além da ótima comunicação da apresentadora, ele é altamente útil para motivar novos leitores no Brasil, estamos precisando de novos pensadores! Parabéns pelo ótimo trabalho e disposição!!
Na licenciatura em história aprendemos bastante sobre isso. O quanto uma obra é importante para entendermos o contexto histórico que ela foi escrita, no entanto, devemos sempre problematiza-lo. Ótimo vídeo, como sempre 💙
Há de se contextualizar a obra no seu tempo histórico. É possível fazer a crítica de uma obra sob a luz do conhecimento de hoje e, ainda assim, reconhecer seus méritos. O perigo maior é a hegemonia do pensamento. Se lermos só o que vai ao encontro de nossos valores, como sair da zona de conforto? como conhecer outras formas de pensar? como provocar a reflexão?
Comprei no sebo e li esse ano O Caso dos dez negrinhos. Apesar de ser o livro mais vendido da Agatha Christie, um outro sebo se interessou em comprar meu exemplar. Caiu a ficha que deve ser justamente porque o livro com esse título vai se tornar cada vez mais raro.
Acho que há muitas pessoas que se esquecem que, em primeiro lugar, todos os livros estão inseridos num contexto e que isso os enriquece ainda mais, pois nos permite ver a sociedade da época (ou até mesmo da nossa) através dos olhos de alguém que realmente viveu nesse período e que, como toda a gente, foi influenciado por ele e teve experiências únicas àquela pessoa. E, em segundo lugar, acabam por se esquecer também que os livros são na verdade o meio de transporte e não o destino! Não é como se ler um livro significasse que esse livro é uma verdade absoluta e que nós temos que nos identificar com ele em tudo ou pelo menos em alguma coisa. Ler é um exercício de carácter porque nos permite conhecer uma história, personagens imperfeitos e que pensam de maneira diferente da nossa, um estilo de escrita, a época e o contexto daquele livro e muito mais. Quem lê tem que saber diferenciar o pensamento do autor (ou do personagem) do pensamento próprio, refletir sobre o que está a ler e depois tirar as suas próprias conclusões. Se eu for ler um livro que propaga valores diferentes dos meus não quer dizer que eu vá abandonar os meus próprios valores e substituí-los com os do livro; na verdade, apenas vou ser confrontada com outras ideias que me vão desafiar intelectualmente ou até emocionalmente e que, obrigatoriamente, me vão tornar uma pessoa mais sábia e convicta daquilo em que acredita, porque ou mudei o meu pensamento depois de ler aquela história ou ela acabou por fortalecer o meu pensamento anterior. Ou até me apresentou àquela ideia, que eu ainda terei que explorar mais tarde. Enfim, sinto que atualmente há uma grande escassez de procura de conhecimento e que ao invés de se promover a auto-reflexão e exercícios de consciência e de debate interno, estão a propagar a ideia de que tudo o que não entra no politicamente correto é mau e deve ser “cancelado”. Isso não demonstra mais uma falta de carácter, ânsia por conhecimento ou esforço intelectual do próprio leitor do que do livro em si?🤔 Muito obrigada por este vídeo e por me motivar a pôr em palavras o que tenho vindo a sentir há muito tempo. Muito amor de Portugal💛
Concordo com sua posição. É um sintoma dos nossos tempos, as pessoas querem conforto e ver seu pensamento refletido no que chega até elas, estamos deixando de evoluir emocional e intelectualmente pela rejeição de tudo o que nos contraria. Isso é a política do cancelamento. Muitas dessas coisas estão erradas, mas devem ser exploradas e trabalhadas, o cancelamento apenas exclui, e assim o assunto fica em aberto, não entra na minha bolha mas fica na do outro, que reproduz e piora os preconceitos, enquanto quem cancelou perdeu a chance de se aprofundar no seu próprio posicionamento e demonstrá-lo, o que teria sido benéfico para todas as partes.
Excelente e necessário esse vídeo.Li o livro O caso dos dez n e g r i n h o s. que foi o primeiro da Agatha Christie e gostei muito.Isso foi a mais de 40 anos. Na época não havia essa censura com as obras literárias ao contrario de hoje.O importante e que gostei muito da historia e pretendo lê_lo de novo.A biografia da autora também e muto bonita.Recomendo.Parabéns por tudo que disse no vídeo, uma verdadeira aula.👍👏🌹
Comecei a ler Lovecraft...e no "O Chamado do Cthulhu" vi algumas palavras racistas. Eu já sabia das polêmicas do autor, mas mesmo assim tenho vontade de ler, porque gosto da história e não do autor.
Um livro é uma obra no tempo, marca dos traços de sua própria época. Acho que adaptar livros é o mesmo que queima-los. Todo bom leitor deve antes de tudo entender a obra e seu tempo, caso contrário a Bíblia hoje não deveria mais ser lida, por exemplo.
Eu sou um inscrito rescente, mas digo que através das suas resenhas hoje tenho exelentes livros na minha galeria, tanto lidos como pendentes para ler... Enfim um ótimo canal que agrega cultura e incentiva a leitura então meus parabéns pelo canal.
ISA, esses livros do Monteiro Lobato marcaram minha infância e deu até uma emoção quando vc pegou nele, as ilustrações etc. A minha coleção tinha 16 volumes.
O caso do Lovecraft e a releitura da série me lembrou outro caso parecido. Na peça Hamilton que fez muito sucesso na Broadway, os "pais fundadores" dos EUA são interpretados por atores negros, mestiços ou de origem latino-americana. Acho muito bacana essa forma de releitura e de resignificar. Os chamados pais fundadores dos EUA, como G. Washington, B. Franklin, T. Jefferson, etc, eram sim homens brancos, ricos e donos de escravos. Mas nem por isso devem ter suas histórias e nomes "cancelados".
Não concordar com as opiniões das pessoas que escreveram é uma ótima maneira de mostrar como algumas pessoas são maduras. Todos tem coisas para ensinar e para aprender, o ser humano erra e eu não concordo de jeito nenhum com essa cultura de cancelamento. Você é muito inteligente e incrível. Obrigada pelos conteúdos de extrema relevância ♥️
Isa, olá, muito obrigada pela riqueza de conteúdo e a forma agradável, sensível com a qual o compartilha. Felicidades e saúde para você e os seus! Um grande e grato abraço de Lisboa 🌸
O problema com o Lobato é que geralmente se esquece que quem se referia à tia Nastácia dessa forma era apenas a Emília, que era debochada e desrespeitosa com TODO mundo. As crianças e até a d. Benta sempre se referiam tanto a ela quanto o tio Barnabé, com muito respeito e carinho. Mas são tempos modernos, só se vê o que reafirma nossas próprias convicções. No mais, ótimo vídeo!
No início deste ano comecei a ler "Nas montanhas da loucura", do Lovecraft. Achei muito chato e dei uma pausa na leitura pra ler quando tivesse vontade, mas agora com essa informação de que ele era racista me desanimei ainda mais kkkk Isa, seu vídeo foi muito necessário. Também acredito que devemos separar autor da obra e considerar também a época em que a obra foi concebida, mas tem casos que eu acho muito difícil fazer isso. Tentei ler alguns livros do Monteiro Lobato e não consegui prosseguir com a leitura pq me sentia realmente muito mal com algumas falas racistas.
@Fabíola Pimenta vc acertou! Esse foi meu primeiro contato com Lovecraft e dps q assisti algumas resenhas aqui no youtube tanto de "Nas montanhas da loucura" quanto do "Cthulhu" e fiz comparações, pensei: puts, acho q fiz a escolha errada kkkkk O Cthulhu me pareceu muito mais interessante, mas mesmo assim muito obrigada pelas indicações! Vou tentar dar mais uma chance pra esse autor!
Eu acho que livros devem ser lidos e compreendidos. Mas justamente pelo entendimento, é necessário saber quando apresentar determinadas obras (relidas e observadas com os olhos de hoje), para crianças ou jovens. Com a guiada certa, é uma parada necessária, até para o estudo de tendências de outras épocas. Encontrar o equilíbrio, e até uma certa maturidade; como você bem disse. Cancelamento é um absurdo, é fazer algo muito estranho pra qualquer indivíduo aqui da terra que é feito de carne e osso. Quem tem tal autoridade? Precisamos entender e criticar; cancelamento é outra coisa, é achar que se tem o mundo nas mãos.
Agatha Christie já foi chamada "a mulher que mais lucrou com o crime desde Lucrécia Borgia". Seus livros são ótimos e de todos os seus personagens, sou apaixonado por Miss Jane Marple.
Isa, adorei seu vídeo! Mas quando você fala separar autor da obra, você não comentou, por exemplo, que ainda estamos dando dinheiro para esses autores (ou a pessoa/companhia que detém os direitos das obras)! No caso da JK, ela continua viva e riquíssima obviamente, mas não tenho interesse nenhum em enriquecer mais 1 centavo do cofrinho dela! Eu acho que só esse tema já dá um vídeo inteiro! Beijos!
Concordo com você. Temos que ser leitores competentes e inteligentes para sabermos distinguir o autor da obra e as ideologias de ambos, o que exige interpretar adequadamente o texto de acordo com o contexto em que foi escrito, incluindo o ambiente moral em que vivia o(a) escritor(a). Ler uma obra com ideias nocivas não necessariamente significa que nós leitores nos identificamos com estas ideias. Bom leitor é aquele que filtra aquilo que lê.
eu acho que esses livros devem continuar sendo lidos nas escolas, sempre com a devida contextualização histórica e problematização. como vamos formar leitores críticos se não ensinarmos os alunos a identificarem os problemas nessas obras? "o cortiço" por exemplo é um livro extremamente racista, e por isso mesmo é importante trabalhar com ele em sala de aula. as pessoas subestimam demais os alunos, pensam que eles não são capazes de entender discussões complexas, mas o professor está lá justamente pra complexificar o pensamento do jovem! é difícil usar "o cortiço" pra ensinar sobre racismo científico e eugenismo? é! mas se o professor não fizer isso, o aluno dificilmente vai aprender a identificar narrativas racistas e eugenistas... enfim, estou dando esse exemplo porque é um livro que eu conheço e que dialoga muito com a minha área, a história.
As visões dos autores, deve ser reportada à época deles...como vamos corrigir a história das sociedades hj? Ela serve para evoluirmos e não para cancelar...
@@vaniapradebon1413 sim, os pontos de vista dos autores sempre estão inseridos em um contexto histórico... mas isso não deve ser justificativa para relevar racismo, machismo etc. o nazismo também existiu em seu próprio contexto histórico, mas ninguém passa pano pra hitler dizendo que ele era "um homem do seu tempo" né? problematizar é diferente de cancelar
"Afrodescendentes, mestiços, seja lá o QUE for" soou de um descaso... realmente mto a se desconstruir. E não existe politicamente correto existe RESPEITO na linguagem que tem q ser cobrado msm
Eu concordo plenamente com você, Isa! Li HP no início do ano, e senti falta de personagens negros, entendo o contexto histórico e geográfico da história, mas não passo pano para a falta de diversidade, apenas entendo. Outra coisa que eu percebi na leitura de HP foi alguns palavras ofensivas para descrever o Duda, confesso que a autora não tem um lugar marcado no meu coração por causas dessas coisas, mas reconheço suas genialidade em criar todo o universo do Mundo dos Bruxos e a maravilhosa Hogwarts. Gosto dos livros da série. Mas não pretendo ler o os outros da J.K, porque simplesmente não tenho vontade de ler coisas ofensivas.
Saudade do tempo em que a gente não tinha Internet, então não dava pra acompanhar escritores que a gente ama destruindo as próprias carreiras com declarações intolerantes.
Acho que isso de separar a obra do autor não serve quando o autor cometeu um crime grave e está vivo pois ao comprar uma obra dele, você está literalmente dando seu dinheiro para um criminoso.
Antes de iniciar o comentário, meus parabéns! Tudo o que você afirmou sobre a Censura é extremamente pertinente! Os livros existem para serem lidos. Simples assim. Não existem livros ruins em si. Podem existir livros mal escritos ou mal traduzidos. Mas, TODOS se prestam à leitura e à crítica. Mesmos os livros com mensagens racistas, xenófobas, sexistas, etc., PRECISAM ser lidos e devidamente contextualizados e criticados. A censura e o cancelamento são atitudes de pessoas medrosas e preguiçosas !!! Pois para combater o Mal e propagar o Bem é preciso ter coragem, conhecimento e disposição. Para os Canceladores é mais fácil "queimar" os livros de Lobato que ler, contextualizar, analisar, denunciar e sugerir MELHORES atitudes. Isso dá trabalho!!! Isso é para poucos... O que me assusta é ver tantos esquerdistas assumirem atitudes ditatoriais, como a Censura ideológica, que aconteceu na recente História do Brasil. Dá para confiar em quem "queima" livros? Será que não "queimarão" pessoas??!!
O problema é que algumas pessoas não sabem desvincular o que é ficção / de opinião. A patrulha do politicamente correto cancelará qualquer obra e/ou autor que por ventura desagrade a opinião e/ou a sensibilidade delas. Outro problema é não considerar a época que a obra foi escrita. Cancelar talvez seja um erro ... Pode se trabalhar mostrando as mudanças / evoluções dos pensamentos (e comportamentos) da nossa espécie humana. Ahhh e parabéns pelo vídeo! =)
As pessoas que estão tentando cancelar livros na verdade querem encontrar revolucionários do passado que tenham os mesmos pensamentos atuais, sendo que muitos eram somente pessoas comuns. Um anacronismo descarado. Sou totalmente à favor de rodapés explicando determinados comentários problemáticos e também apoio mudanças de títulos claramente preconceituosos. Se não medirmos a literatura e pensadores baseados em seu contexto historico, chegará um dia que as academias não vão mais estudar Aristóteles, uma vez que era a favor da escravidão.
Eu sou da nova geração , na biblioteca da escola tinha vários do Monteiro Lobato eu admirava muito a forma como ele divertia e ensinava ao mesmo tempo , como eu não lia em ordem os primeiros livros que li apesar de não lembrar com clareza o nome de todos não se notava essas falas tortas como a que você citou , depois de um tempo quando eu comecei a ler os mais antigos percebe que os personagens não era exatamente do jeito do que eu estava acostumada ,e que tinham um tratamento com tia Nastácia que me chateou e decepcionou muito , entre outras coisas ! Mas lendo as histórias percebo mudanças nos personagens como a Emília por exemplo que no começo chegava a certas horas ser até má , mas que depois de um tempo ela vai "virando gentinha" e até se mete a acabar com as guerras e etc . É como vc diz no vídeo , temos que ser equilibrados ,eu continuo gostando das obras mas não concordo com várias coisas das mesmas porque é impossível pelo menos pra mim passar pano pra certas coisas .
Concordo com tudo. Algumas obras ficam datadas e embora tenham feito sucesso por um tempo acabam deixando de ser relevantes. Talvez não usar um livro de Monteiro Lobato por ser racista não seja um cancelamento mas um planejamento já que existem outros livros mais atuais que serão melhores para a nova juventude. Eu vivi os anos 80 e era outro mundo, imagina à 100 anos atrás. Eu era criança mas se fosse mais velho e tivesse escrito um livro com opiniões sobre a vida naquela época, eu teria vergonha. Racismo, homofobia, machismo faziam parte da nossa vida e quem não sofria na pele achava natural, nem enxergava. Evoluímos séculos em 20 anos. É natural uma cultura do cancelamento por estarmos agora recebendo esse choque de realidade. A tendência é termos mais esse "equilíbrio" citado no vídeo com o tempo. Eu espero.
@Ana Paula minha mãe, estudou na roça e a professora batia nos alunos. Eu lembro de na primeira série aluno bagunçeiro ia pra quina da sala e ficava de costas pra turma uns minutos de castigo. Espero que não usem isso ainda kkkk sobre bulling, ontem encontrei uma trans que praticamente entrou na escola na mesma época que eu. Ela não conseguiu estudar porque era um jovem com trejeitos femininos e a humilhação era muito grande. Mal conseguiu se alfabetizar, família muito simples. O Bulling acabou com a vida dela. Hoje temos uma evolução, não dá pra negar.
Excelente vídeo Isa, e bem necessário para os leitores e ainda mais aqueles que estão começando agora, porque nós precisamos sim ler essas obras mas SEMPRE com um olhar crítico porque é daí que surge o nosso conhecimento e a maneira de julgar o certo e o errado para aprendermos a viver nesse mundo. Eu estou no segundo livro da saga Harry Potter, nunca tinha lido, e ler esses livros hoje, adulta e no século XXI, também percebo muito preconceito, por exemplo, possui muitos comentários extremamentes gordofóbicos por causa da família trouxa do harry e muitas outras coisas. Admiro muito seu canal e seu trabalho, não comento sempre mas estou sempre assistindo aos vídeos
É duro/difícil entrar nesses temas literários, mas não podemos nos furtar de olhar nossa história, nossas cruas realidades do passado, e - por que não dizer? - da atualidade, porque ainda há muito para consertar e concertar em nossa sociedade... Obrigado por nos fazer refletir!
Concordo contigo. Essa onda de cancelamento empobrece a cultura. Devemos ler de forma crítica. Eu cresci assistindo o Sítio do Pica Pau na TV, li vários dos s livros de Monteiro Lobato, e amava.
@@almerindocenoura3409 , quando assistia, sim. Amava todas as personagens. Lógico que na TV, esses trechos não foram explorados. Hoje, já adulta, não tenho mais contato com esses textos infantis do Monteiro Lobato, nem conheço seus textos pra adultos, também não tinha ouvido falar desse " cancelamento" oficial de sua obra. Mas não me arrependo de ter lido, assistido, e recomendaria, a meus filhos, assistir sim, o Sítio do Pica Pau Amarelo. Sou da geração do Pica Pau, do Tom e Jerry, do Donald, do Papa Léguas, da Mônica e sua turminha. Nem tudo era politicamente correto nesses desenhos e gibis.
@@patricialima0702 Ahahah... grande Patrícia, contra as mordaças. A minha memória de 56 anos não é lá muito boa... Pernalonga não era o Bip Bip, era outro... era o Bugs Bunny! (um coelho)
Excelente vídeo! Penso que muitas coisas que foram consideradas aceitáveis no passado, hoje precisam ser discutidas. Algumas obras antigas precisam ser CONTEXTUALIZADAS sim, CENSURADAS jamais!!! Sou completamente contra as alterações nos livros clássicos.... por menores que sejam! As alterações podem nublar, ocultar os elementos polêmicos. Os clássicos devem ser apresentados(respeitando as faixas etárias, obviamente!) sem cortes ou alterações. Só assim, penso eu, pode haver uma discussão SÉRIA e AUTÊNTICA em relação aos temas de inclusão.
Olhar com um olhar crítico para as obras e seus criadores do passado é essencial, mas não devemos deixar de ler seus livros. Embora existam na atualidade muitos escritores que escrevam coisas absurdas, que são intragáveis, aí isso deve ser evitado, na minha opinião. Como o do guru do atual governo...
Pra mim isso é reflexo de uma sociedade imatura que não sabe separar as coisas. Não sabem reconhecer uma obra apesar de não concordarem com a posição do autor, e qualquer coisa que elas discordem tem de automaticamente ser banido.
Pois é, felizmente a censura já acabou no Brasil. Mas agora querem vir com essa "censura do bem". Já somos adultos e podemos pensar por nós mesmos. Cada um que leia e tire suas conclusões.
Exatamente. Depois reclamam de quem defende a volta da ditadura. Nem se tocam que na era da ditadura, o que os militares faziam com os livros que eles consideravam impróprios era exatamente isso: cancelamento/banimento.
@@janenog8761 será? Por que, vejamos, a crítica à obra do monteiro lobato é a sua recomendação como obra juvenil ou infantil não a adultos, não houve uma censura impositiva. De resto esses cancelamentos são individuais, não institucionais e sim feitos por adultos em suas redes privadas, mas quando uma pessoa cancela outra ela não ta impedindo ninguém de continuar seguindo a... penso que é algo pessoal mas que tem um certo efeito manada, mas nesse caso o problema é outro...
@@ricardoaureliodossantos4570 De fato, a origem da censura é diferente. Na época dos militares era algo institucionalizado e estatal. Hoje, a censura parte do indivíduo. No final das contas, o raciocínio é o mesmo. Eu sou contra qualquer tipo de alteração em obras (exceto aquelas necessárias para uma boa tradução)
Preciso de mais videos assim, com alguém realmente sensato em ambas as partes para falar sobre esse assunto. Traga mais videos com outros exemplos Isa, apesar de não ser algo "divertido" de assistir é muito necessário.
Monteiro Lobato foi o primeiro autor que eu li na vida, guardo na memória afetiva histórias de fantasias que tanto amei. Porém, acho necessário sim debatermos o racismo existente em suas obras. Fui professora de história e utilizava o conto Negrinha quando discutíamos sobre a violência da escravidão. Parabéns e obrigada Isa, por essa excelente e oportuna análise!
Boa noite, Isa! Achei o video muito interessante! Sou contra o cancelamento de obras, mas entendo as pessoas que querem selecionar mais suas leituras. São tantos livros! A escolha é uma decisão individual.
Minha mãe sempre dizia que precisamos conhecer ou saber sobre alguém ou alguma coisa para podermos ter nossa opinião e criticar ou não. Acredito que as polêmicas geradas por esses autores faz muito sentido e são necessárias. Por outro lado lê-los com esse olhar critico é melhor ainda. Como vc disse, a indicação das leituras para crianças pequenas, de Monteiro Lobato, não devem ser indicadas , e serem lidas com mais maturidade para entender o contexto que ele vivia. Embora já houvessem pessoas naquela época, que eram contrarias ao absurdo da escravidão, tbm. O mesmo ocorre com filmes, como foi o caso de E o vento levou, ou as esculturas que agora estão sendo derrubadas. Acredito que essas obras, seja que linguagem for, devem sim ser lidas, vistas e colocadas em museus de horror. Para que as gerações possam aprender sobre aquilo que não deve ser repetido.
Ter visão crítica e nuance sobre tudo é sempre necessário e fundamental. Agora eu vejo um problema em tratar alguns autores como "indispensáveis"; assim como as "ideiais" deles sobre o mundo evoluíram, nós também crescemos e evoluímos. (Acho necessário também lembrar que nem todo mundo pensava e concordava com eles mesmo na época que viveram, muitas pessoas especialemente as que eram diretamente atingidas pelos seus preconceitos, já não subescreviam às mesmas visões. É fácil ver de uma "perspectiva" de fora quando não se é diretamente atingido). Enfim, o meu ponto é que acho que já evoluímos bastante para ficar reféns de obras e autores asquerosos para sempre; casos como o do Monteiro Lobato e JK Rowling, eles são mesmo necessários nos dias de hoje? Acho que precisamos disassociar essa necessidade da nossa memória afetiva. É bom ler e ter visão crítica, mas também se não quiser ler, tudo bem.
O caso dos dez negrinhos faz referência a uma música de crianças da época. E não sobrou nenhuma faz referência a mesma música, só que outra estrofe (politicamente correta hj no título).
Isa, não foi a J. K. quem escolheu a Hermione negra pro elenco de Cursed Child. Ela apoiou a escolha quando disseram que era "errado" ter uma Hermione negra. E ela disse que nunca descreveu a cor da pele da Hermione, então pq ela não poderia ser negra? E também as questões de escolha de elenco do Harry Potter, ela não tinha poder de decisão total, né?! Seja pra ter um elenco mais ou menos diverso. E quanto a Sangue Revolto: alguém chegou a ler? Pra ver as passagens transfobicas e o que é esse psicopata que se veste de mulher? Ou todo mundo saiu divulgando a opinião de uma pessoa que leu como verdade absoluta? Sei não, hein. Não curto muito isso de ver alguém falando uma coisa sobre um livro e depois dizer que aquilo.que ele falou é verdade sem eu mesmo conferir.... Espero que não entenda esse comentário como ataque pois não é. Admiro demais o trabalho da Isa e acho ela um produtora de conteúdo incrivel!
Pode ir lá ler o livro também. Você também pode estar defendendo um livro(claramente foi escrito como tiração de sarro de quem combate transfobia) sem ter lido.
Livros são os olhos do passado, nunca modifique-os para agradar o agora. Aumente a classificação para 18 anos mas deixe as pessoas serem livres para lerem as mentes antigas.
Concordo plenamente. Gente imbecil vai ter em todas as idades. Digo no sentido de ser incapaz de distinguir uma história, uma versão de pensamento, sem agressão e ódio gratuito.
Muito boa sua colocação!
A maldade não deixa de existir só porque paramos de falar nela.
Pelo contrário.
"Quem não sabe lidar com a ficção, não está preparado para viver a realidade"
- Wendel Bezerra
Minha opinião: acho que TODOS os livros citados (mudando ou não o livro) deveria ter textos de apoio que explicam o contexto históricos, o que foi mudado ou o que deveria ser mudado e etc. Mas de jeito nem um se deve alterar uma obra e fingir que ela sempre foi assim ou negar o debate sobre esses temas em livros.
Isto!
Quem escreveria esses "textos de apoio"? Seria mais um foco de controvérsia. Talvez fosse melhor o leitor procurar informação por si.mesmo a respeito do que lê.
@@marialuciacalazans6564 professores qualificados, mas mesmo tendo textos de apoio o leitor poderia pesquisar (com cuidado é claro), mas esses livros que ela citou não tem opinião muito diversa a seu respeito e sim um consenso geral, porque quase todo mundo concorda que o livro de Hitler fala um bocado de coisa ruim, sítio do pica pau amarelo é meio racista e que não existe Bruxas, e se existir não precisamos queimar elas, o que tornaria fácil fazer textos de apoio.
@@marialuciacalazans6564 seria o ideal realmente, mas dificilmente as pessoas procuram, infelizmente. Seja por falta de "bagagem" literária, preguiça ou por querer um viés de confirmação para ideias retrogradas. Um texto base, como um prefácio ou algo assim, poderia servir para auxiliar o leitor.
Eu poderia ler Monteiro Lobato, pois tenho visão crítica sobre o racismo, mas não leria pra um filho pequeno que não saberia diferenciar essas questões.
mas o papel de quem educa não é justamente ensinar a criança a diferenciar?
@@isabelagusmao6504 pois é, sei que não existe manual de idade certa pra isso e aquilo, mas se os pais leem pra criança é sinal de que ela nem é alfabetizada, então muito pequena pra entender. Talvez quando comece a ser alfabetizada seria o momento pra introduzir esses temas já que ela vai começar a escolher o que quer ler sozinha. Mas, enfim, isso é individual.
@@evamara11 sim sim, depende muito da idade. Mas mesmo pra crianças muito pequenas tem livros infantis que falam sobre racismo, machismo, preconceito, de um jeito adequado pra faixa etária. Acho importante os responsáveis e educadores não fugirem de falar sobre essas coisas, não subestimar a capacidade da criança de entender. E com o passar do tempo, começar a trabalhar com obras mais complexas. Monteiro Lobato seria bom usar lá pelo 7°, 8° ano do fundamental. No ensino médio já dá pra ler obras mais difíceis como "o cortiço" por exemplo.
@@isabelagusmao6504 lemos para minhas filhas Menina Bonita do Laço de Fita e elas amaram.
@@isabelagusmao6504 Na hora de ler pra criança, você muda as palavras ofensivas e quando a criança for ler o livro, é só dizer que antigamente essas palavras eram usadas mas hoje não pode usar pois machuca os outros. Simples! A complexidade da explicação depende do entendimento de mundo da criança.
De todos os livros citados, eu só li "As aventuras de Huckleberry Finn". Achei um livro muito bom, muito bem escrito. Acho esse tipo de livro muito importante para a gente entender como era a sociedade daquela época. É claro que eu acho horrorosa a forma como as personagens negras são tratadas no livro, mas não acho que nós devamos tentar tampar o sol com peneira. A escravidão existiu, foi uma coisa horrível, e nós precisamos saber disso para não repetir os mesmos erros.
Sim. Todos os livros são retratos da sua época. Em acontecimentos e narrativa. Censurar é tapar o sol com a peneira. Próximo passo desse "cancelamento" : queimar livros.
Nesse caso em especial acho os comentários contra a obra até meio ridículos, pois a mensagem do livro é justamente denunciar o racismo na sociedade da época, não defende-lo
Duas coisas me chamaram a atenção nesse livro: O primeiro é o “dilema moral” que o Huck sente quando percebe que tá ajudando o Jim a fugir. Nesse momento do livro eu tava tão apegado ao Jim que ver o Huck pensando nele como uma “propriedade” foi um soco na boca do estômago.
A segunda coisa que vc observa é que todos os homens brancos que o Huck encontra nessa aventura são trapaceiros, assassinos, bebados, vigaristas... O Jim era melhor pessoa que qualquer um deles.
Agora, o que o Tom Sawyer fez com ele no final do livro foi sacanagem! Ow personagem que eu detesto!
@@TheCleberslowhand Cara, não tinha parado para pensar por esse lado, mas faz bastante sentido. O que Tom fez foi sacanagem mesmo, mas eu ri tanto com aquelas maluquices dele. Hahahaha
Ainda deve-se acabar com a escravidao na África, em alguns lugares não acabou. Acabou na América por causa dos brancos que tiveram essa ideia depois de mais de 300 anos, mas na África a escravidão ainda resiste.
Aliás nos EUA os jovens brancos eram levados como escravos antes dos negros, podem pesquisar, não é brincadeira.
Como não apoiamos escravidão nem por raça nem por nada, esse resquício de escravatura precisa ser combatido no continente africano.
Acho que se a pessoa não quiser ler mais determinado autor é direito dela. Não posso julgar aquilo que eu sequer vivo na minha pele. É mais fácil separar autor da obra quando não é a sua imagem sendo retratada como criminosa, maldosa, burra, inferior, feia, etc.
Exato! Muito fácil relevar as condutas preconceituosas de um autor qnd vc não é a pessoa diretamente afetada pelo preconceito dele
Concordo contigo
Isso! Sou a favor de encarar leituras desconfortáveis, mas apenas quando esse desconforto instiga o leitor, não quando o ofende
Sim, é realmente complicado. Eu, que nem me enquadro como alvo dessa ofensas preconceituosas, me sinto muito desconfortável e não consigo ficar bem como um livro com o nome do Lovecraft na estante, por exemplo. E pior que gosto de algumas obras dele, mas ainda tenho receio de compra-las de forma física. Uma coisa que ameniza isso, é o fato dele já ter morrido e outra coisa que me conforta, é que ele morreu sem usufruir nada do sucesso que ela viria a ter. Morreu sem nada e sem nem saber o que conquistaria.
Perfeito!
Eu concordo com a Isa. Não devemos deixar as obras para trás, e nem deixar de ter pensamento crítico quanto aos autores e obras.
Hibris, meu povo. Equilíbrio!
E' um pensamento perfeito para um "Mundo Perfeito". Acontece que na PRàTICA,o resultado é ESTE mundo que vemos ao nosso redor.
Tenho raiva das pessoas que amam ficar cancelando os outros, como se todo mundo fosse perfeitos, cristais de ouro, a pessoa que cancela não é perfeita, só se acha, todo mundo se acha perfeito e obviamente não é, ninguém é
Por isso é importante não idealizar nenhum autor, mas é sempre importante fazer o exercício da crítica, ela é nossa grande amiga.
Concordo contigo, Isa. Temos que ler de forma crítica e estimular a reflexão, afinal o pensamento do autor não nos define. É apenas um pensamento. O problema é não refletir, tomar como verdade e transformá-los em ação.
Certa vez, ao ler um livro do Monteiro Lobato com minha filha, na época com 10 anos, a personagem Emília se referia a Tia Natáscia de forma pejorativa. Ela parou automaticamente e disse abismada "como pode... que absurdo!". Então expliquei a ela que esse é o pensamento da época, que mostra de como as pessoas eram terrivelmente discriminadas apenas por ter a pele negra.
Daí em diante, a importância de não mostrar apenas o lado bom das coisas ganhou maior relevância. Minha filha, hoje com 12 anos, passou a pontar as passagens preconceituosas em outras obras que leu, dentre ela Dom Casmurro, Triste Fim de Policarpo Quaresma, O Sol é Para Todos e tantos outros.
Temos que mostrar sim! E estimular o pensamento crítico!
Concordo plenamente !!!! Temos que estimular pensamento critico
Importante tbm estimular leitura de obras de autores negros, com protagonistas negros, escritos pela perspectiva negra
P.s.: ler dom casmurro com 12 anos não é pra qualquer um hein, bem avançada sua filha
@@luizafernandes3955 verdade!! fiquei muito orgulhosa dela. Ainda disse que é seu livro preferido. Também incentivei a seguir Isabela e acompanhar as resenhas. Ela gosta muito:)
Concordo demais. Ficar escondendo as partes ruins da vida só cria gente abobada e temos que formar cidadãos críticos. Ler não é só absorver passivamente, tem que refletir e questionar.
Palavras perfeitas! Leitura e criticidade, sempre!
Acredito que a subjetividade importa muito e o modo como cada um se sente deve ser levado em conta. Falar de modo generalista sobre cancelar ou não, ler ou não algo que pode apresentar estímulos hostis pra pessoa é uma forma de desconsiderar isso, então cada um escolhe o que lê ou não, só vamos lembrar de não dar lucro pra um pessoal preconceituoso :)
Eu sou mais rígido com a política de cancelamento, sou decididamente contra. Acho que chega a ser perigoso liberar geral, e infelizmente o nível de deseducação e preconceito que temos hoje não dá segurança pra simplesmente deixar rolar, mas acho que não devemos cancelar justamente por isso, devemos mostrar o valor artístico das obras mas principalmente chamar atenção pra suas partes problemáticas, é a melhor forma de lidar com isso, e educar as pessoas de maneira antirracista mas não ingênua.
Tem uma famosa palestra do Mário Cortella que ele conta uma história muito curiosa sobre ter sido professor de uma senhora que foi cozinheira de Monteiro Lobato. Vale a pena assistir.
Se eu não me engano o Monteiro Lobato falava tanto de educação, mas não permitiu que essa mulher estudasse
@@JhonataPactio Não sei se não permitiu é a palavra correta, na palestra não fica claro se ele sabia ou não que sua cozinheira era analfabeta. Mas uma coisa que fica clara é que ele não se interessava pelo nível de instrução de seus empregados. O que é uma contradição, ele como escritor, dono de editora.
@@janenog8761 saber do analfabetismo fica meio evidente com a convivência constante. Mas concordo contigo no geral
@@janenog8761 É contraditório até pensarmos que ele era racista e via negros como inferiores e sem os mesmos direitos que os brancos. Acredito que o racismo seja a única explicação pra ele não se importar com o grau de instrução de seus empregados.
O mais grave que qdo a gente lia Monteiro Lobato ( o qual me colocou no mundo dos livros)não encontrava erro algum ,era natural ouvirmos esses tipos de comentários.
Sim
o meu ranço c o Lobato e n c os outros em relação ao racismo é q ele era racista sabendo q era, querendo ser. Ele n estava apenas reproduzindo racismo pq n tinha consciência ou acesso à informação. Tanto q ele escreveu um livro futurista defendendo a superioridade branca e como vc disse TB defendeu a KKK. JA LI NEGRINHA várias vezes, (A menina me lembra a garotinha cosete d'os Miseráveis) mas nesse caso, acho q n é denuncia não, acho q é reforçar o que já existe pra continuar existindo.
Tenho uma pesquisa sobre a presença do romance hugoano na literatura brasileira. Uma das análises compara Negrinha e Cosette.
@@alffvictor vc pode me passar a fonte? É q eu pesquiso o Victor Hugo haha
@Dona Chica sim, foi esse sim. Eu curto livros c pegada futurista/distópica e numa busca esbarrei nele. Mas n comprei não, n quis gastar meu $$ ele haha
@@luanacardeal9407 infelizmente essa análise ainda não saiu em artigo. O que já foi publicado é sobre Gavroche comparado com os capitães da areia de Jorge Amado. Na revista Afluentes. O título do artigo é: Donos da cidade... Autores: Alfredo Victor e Alana El Fahl
Na ÉPOCA QUE ELE VIVEU 👈🏽TODOS ERAM.. ERA oq ue era Pregado na ÉPOCA
Parabéns, Isa, você segue como uma das booktubers mais necessárias e luminosas nesses tempos tão sombrios que atravessamos
Só tenho uma coisa a dizer: Por que demorei tanto tempo pra descobrir este canal? 🤔🤔🤔 Menina, vc é 10!
Tive uma coleguinha na escola(anos 70), que sofreu horrores por causa desse livro do Lobato. As crianças corriam atrás dela gritando as nojeiras do livro...ela chorava muito e chegou a ser agredida por esses alunos...nenhum adulto ajudou...éramos crianças(8 anos) e jamais me esqueci disso.
Todo texto tem um contexto. Como você bem disse, o correto é discutir e formar leitores críticos. Cancelar é fácil. Melhor refletir, comparar épocas e a evolução da luta contra o racismo.
Estou comentando aqui pq a Isa mandou!!! Hehehe Brincadeira.....Falando sério, a dificuldade é rever cada caso! Como não gostar das obras citadas?? Como cancelar ?? Acho que o mais inteligente é separarmos o que é autor e o que é o ser humano por trás desse autor!! Parabéns Isa por tratar com tanta maestria esse assunto tão polêmico!⚘⚘
Concordo.E o contexto histórico da época em que foi escrito.
Também concordo que tem que separar a obra, seja ela literária, musical ou alguma outra arte do autor(a).
Parabéns pelo vídeo Isa.
@@LSH298 Exatamente
Totalmente contra o cancelamento. Concordo muito com tudo que você falou,Isa.
Já vi gnt querendo cancelar o Tolstói, vê se pode isso.🤦
@Swellen Carla acusaram ele de ser machista.💁
@@moniquea.oliveira5842 Isso existe até hoje
Eu também sou contra. Acho que cada obra obedece a uma época e é um retrato dela. Não podemos querer que um livro do século XIX seja escrito com um pensamento do século XXI. Isso é uma coisa impensável. Isso não quer dizer que a gente tenha que concordar com o que se fazia anos e séculos atrás.
Tem de tudo mesmo! Aff
@@joaovictoralvesvieiradealm9508 Exatamente. E acho muito legal esse diálogo entre as épocas,essa reflexão que fazemos a respeito de obras inseridas num contexto totalmente diferente do nosso.Acho os canceladores as pessoas mais chatas do mundo. Discutir as obras é o caminho e nao apaga-las,isso é um erro assombroso.
Tenho 62 anos, sou uma das crianças que se encantaram com Lobato, e também, claro, não tinha a percepção que tenho hoje. Mas lembro que me incomodava um pouco a maneira como Emília tratava a Tia Anastácia. Não algo explícito na minha cabeça, mas o fato é que eu adorava a Emília em tudo, menos na sua arrogância (palavra que eu nem conhecia) com a Tia Anastácia. Há muito não sou uma daquelas pessoas mais velhas que só veem pureza e inocência nesses livros, concordo demais com você quando diz que não apresentar às crianças muito pequenas pode ser justificável, mas cancelar não parece uma boa ideia (vale também para o Huckleberry Finn e quantos sejam). A meu ver, jovens lerem livros que apresentam problemas e debaterem sobre esses problemas pode ser muito enriquecedor, e pode ajudar a combater os preconceitos talvez mais do que cancelar as obras ajudaria, se é que o cancelamento pura e simples combate preconceito. Apesar de estar muito longe da infância quando eles foram lançados, fui uma das pessoas que se encantaram com Harry Potter, e a J. K. Rowling me decepcionou profundamente com suas declarações transfóbicas. Mas, tanto quanto a ela quanto ao Lovecraft (entre outros autores, músicos e artistas de todas as áreas) sempre lembro um trecho da música Choro Bandido, do Chico Buarque: "Mesmo que os cantores sejam falsos como eu / Serão bonitas, não importa / São bonitas as canções".
Creio que assuntos sensíveis (crimes de ódio, crimes sexuais entre outros) devem ser lidos por pessoas maduras e com consciência. Ou seja, eu não leria para crianças, mas creio que com senso crítico, devemos ler para analisarmos o pensamento da época em que a obra foi produzida.
A maioria das pessoas que se incomodam com essa mudança mudança título de "O Caso dos Dez Negrinhos/E não sobrou nenhum", a maioria dessas pessoas são brancas e não entendem o que é para uma pessoa negra passar por casos de racismo.
Sinceramente não falo para mudar e passar pano pro autor, até pq todo mundo que gosta de ler ou da Agatha sabe desse caso.
Exato! A maioria das pessoas que acham "bobagem", "detalhe", curiosamente são brancas rs. Agatha é minha autora predileta, mas tão certos msm em mudarem o título dessa bagaça rs. Gosto mto dos livros dela, mas sim, é inegável que tem ideias e estereótipos que não fazem o menor sentido com o nível de esclarecimento que temos hj em dia... Não acho que devemos cancelar, mas é entender que não é legal e não passar pano.
@@daniellegoncalves1990 acho legal eles nO mudarem o conteúdo por dentro do livro, por notas de rodapé explicando as passagem e o contexto da época e tal, mas o título é o que chama atenção do leitor, e qurendo ou nao é um título título racista principalmente no original. Essas pessoas que fala q antigamente era melhor q n tinha essa de politicamente correto elas que são as verdadeira mimizentas pa querem que os tempos que elas faziam piadas racistas, xenofobicas, homofobicas e machistas voltem para usar a desculpa de "é só piadas, relaxa ai".
Não se deve mutilar uma obra, quem não gosta não lê.
Esse negócio de politicamente correto é muito chato AFFF!!
@@jerma5pbr139 O mundo tá chato né? Pois pra minorias sempre foi, se acostume
Esse ano eu li todos os contos de Sherlock Holmes, e me surpreendi positivamente com um conto chamado de "A Face Amarela", que me marcou por tratar do racismo com uma mensagem que pode ser considerada anti-racista, além de ser muito bonita. Fiquei com um frio na barriga em algumas partes da história, com um certo receio de encontrar coisas racistas, mas pensei errado!
Esse é o conto que tem um cara que se casa com uma mulher negra? Acho esse conto bem legal mas não sei se é esse que você se refere.
@@JoaoGuilherme-or5cf Não, é de um inglês que se casa com uma americana branca, mas não sei agora se posso falar o resto porque acho que vai ser spoiler kkkkk mas é muito bom
@@Manteiga0808 sim, exatamente, se eu não me engano essa americana na verdade usava maquiagem pra esconder que era negra, esse é o final, não é?
@@JoaoGuilherme-or5cf quaase isso, ela esconde a filhinha negra dela de um outro casamento dentro de uma casa e faz ela usar uma máscara amarela pra proteger ela do preconceito das pessoas, e o marido dela descobre esse segredo com a ajuda do Sherlock e acolhe a menina como filha numa cena muito linda
@@Manteiga0808 ah realmente, li essa história há um ano e não me lembrava dos detalhes, mas lembro que achei muito boa.
Dá até um quentinho no coração ver alguem ponderado falando! Super concordo com vc Isa. Tbem acho que não podemos simplesmente deletar a existencia de pessoas (sejam elas famosas ou não) por coisas que ainda acreditam. NÓS MESMOS ontem éramos racistas, transfóbicos, ainda conseguimos admitir pouco que temos um racismo, lgbtfobia, capacitismos INTRÍNSECOS que precisamos nos atentar todos os dias...crescemos ouvindo essas discriminações, é difícil ser completamente respeitoso e inclusivo com todos!!
Como podemos nos achar no direito de CANCELAR alguém e negar a oportunidade de um dia aprender? Sendo que nós mesmos aprendemos todos os dias? Tem uns 'cabeça-dura' tipo JK que tá difícil de explicar pra ela porque é errado kkk mas cada um é cada um, cada um no seu tempo. Também queremos impor nosso ritmo aos outros...os 'valores' que ela aprendeu devem ser muito mais antigos e fortes do que os nossos (que moramos em grandes cidades, em interiores muitas vezes o ritmo tbem é beeem outro).
Tambem acho que podemos ler e apreciar as obras, mas sempre criticamente. Sempre pontuando a questao sobre o autor, anexando tipo um sobrenome hahaha "A JK, escritora de HP mas é transfóbica, tem um novo livro e tal" hahaha
Eu vou ser bem sincera: não tenho coragem de cancelar livros. Se houverem problemas na própria história eu vou julgá-los como devo, mas não vou jogar a história toda fora e declará-la como ruim (caso seja boa ou mais que isso, lógico) por isso. E quanto a problemas com autores, eu tento ignorar a existência de autores kkkkk gosto de fingir que livros brotam no mundo, como flores.
Bonito: "livros brotam no mundo, como flores"
O caso de Harry Potter é delicadíssimo justamente por se tratar de uma autora contemporânea. Minha melhor amiga é uma mulher trans, crescemos lendo e admirando Harry Potter, e sinceramente, é extremamente decepcionante ler e assistir algo que você gosta tanto quando sabe que a mulher que criou despreza pessoas como você. Toda a magia que a história um dia trouxe de repente sumiu.
Lógico que todo mundo decide o que faz da sua vida, mas não acho certo simplesmente ditar que o correto é separar autor e obra quando você não faz parte do grupo atacado pelo escritor. Certas coisas são muito particulares pra cada pessoa.
Friamente, é possível dizer que a obra é uma maravilha e certa opinião de quem a fez é nojenta.
Não é necessário desculpar-se pela geração que curtiu Caçadas de Pedrinho por exemplo. Sou dessa geração e tenho a obrigação de hoje perceber o racismo que, na época, eu não percebia.
Muito obrigado, Isabela. Boa semana, bom final de ano, saúde a todas(os) que você ama.
Lovecraft realmente tinha desprezo e achava outros povos que não fossem anglo saxões como inferiores. Allan Poe já não tinha esse desprezo por pessoas que não fossem anglo saxões e nasceu e viveu tempos antes que o Lovecraft.
Gente escrota existe desde o início dos tempos e, infelizmente,continuarão a existir.
Vc quer dizer: os livros de Poe não tinham esse desprezo, né?
Lovecraft e Agatha Christie tinham esse mesmo pensamento, eu lembro de ter me incomodado na primeira vez que li, mas eram outros tempos.
@@fernandamelo7084 santo...
Se uma pessoa super militante fosse nos tempos antigos só ia passar raiva porque todos eram assim racistas, poucos ouros escondidos defendia as pessoas negras, tem que respeitar o tempo das pessoas
Concordo com o que o Matheus Galetti comentou mas também concordo com o capítulo 14 do livro "O mundo assombrando pelos demônios" de Carl Sagan, onde ele não usa o termo cancelamento, mas fala das coisas importantíssimas que perderíamos caso fossemos considerar detalhes da vida de diversas pessoas que ele cita.
O autoconhecimento é importante, eu sei o que me dói e quando me dói. Algumas coisas, alguns vídeos, alguns livros trazem coisas dolorosas que eu, por enqto, não estou pronta pra lidar, embora não tenha a ver com racismo, no meu caso.
Então cancelar é perigoso, mas cuide-se!
Tem onça no interior de São Paulo sim, viu Isa? Em São Miguel Arcanjo não é incomum, afinal a região abriga a reserva florestal do Carlos Botelho, onde vivem várias espécies de animais selvagens, entre outras reservas de vida selvagem.
Aqui no interior do Rio tem a onça parda mas é muito raro aparecer.
As falas da Isa são tão pertinentes
Eu , hoje com 15 anos , guardo um carinho muito especial pelas obras de Monteiro Lobato. O modo como fui apresentada ao Sítio do Pica-Pau Amarelo foi o principal motivo . Meus pais e professoras passavam a versão da série da Globo e mais para frente a versão animada , líamos muitos contos do autor , para só depois , aos meus 10/11 anos ler realmente os livros . Acho importante pontuar que a partir do 2⁰ e 3⁰ ano escolar as questões de racismo são mais estudadas pelos alunos e apresentadas como algo desprezível , e obviamente em casa isso acontece ainda mais cedo . O fato é que aos 11 anos as pessoas já sabem com clareza o que é o racismo , e ler obras que o trazem é parte importante para aprendermos sobre história e saber que mesmo pessoas com o dom incrível da escrita tinham ideias horríveis que na época eram dadas como aceitáveis.
Meu Deus, eu não sabia dessa da Agatha! Só no seu canal eu vejo essas informações, Isa. Vc arrasa!
Sobre Monteiro Lobato faltou também "Geografia de Dona Benta" onde você vê o escárnio do Monteiro Lobato a Ásia e África
O problema é esse! Quando começa, todo mundo quer cancelar alguém pq cada um se ofende com uma coisa diferente … assim cancelam-se todos!
A questão é que, enquanto eu discordo dos cancelados, tá tudo bem… mas e quando os cancelados forem aqueles com quem eu concordo?! Porque, pode ter certeza, o perigo q corre o pau, corre o Machado
Excelente vídeo, Isa, vindo de uma pessoa esclarecida e que conta com a boa vontade de mtos desses “canceladores” pra tentar alerta-los
Concordo com você, Isa. Não podemos cancelar mas também não podemos passar pano, mas ler criticamente. Esses livros, como tantos outros, devem permanecer não como exemplo ou modelo, mas como memória. Só assim nos asseguraremos de não repetir os seus erros. Mesmo porque, também muito do que escrevemos e pensamos hoje será um dia considerado errado. E aí, vamos entrar nessa espiral de não olhar nunca para o nosso passado? Não, mas devemos aprender com ele.
Este canal é fantástico, além da ótima comunicação da apresentadora, ele é altamente útil para motivar novos leitores no Brasil, estamos precisando de novos pensadores! Parabéns pelo ótimo trabalho e disposição!!
Na licenciatura em história aprendemos bastante sobre isso. O quanto uma obra é importante para entendermos o contexto histórico que ela foi escrita, no entanto, devemos sempre problematiza-lo. Ótimo vídeo, como sempre 💙
Há de se contextualizar a obra no seu tempo histórico. É possível fazer a crítica de uma obra sob a luz do conhecimento de hoje e, ainda assim, reconhecer seus méritos. O perigo maior é a hegemonia do pensamento. Se lermos só o que vai ao encontro de nossos valores, como sair da zona de conforto? como conhecer outras formas de pensar? como provocar a reflexão?
Comprei no sebo e li esse ano O Caso dos dez negrinhos. Apesar de ser o livro mais vendido da Agatha Christie, um outro sebo se interessou em comprar meu exemplar. Caiu a ficha que deve ser justamente porque o livro com esse título vai se tornar cada vez mais raro.
Isa, faz mais vídeos assim! Contextualizando livros e trazendo informações e curiosidades, ficou muito bom!!!
Acho que há muitas pessoas que se esquecem que, em primeiro lugar, todos os livros estão inseridos num contexto e que isso os enriquece ainda mais, pois nos permite ver a sociedade da época (ou até mesmo da nossa) através dos olhos de alguém que realmente viveu nesse período e que, como toda a gente, foi influenciado por ele e teve experiências únicas àquela pessoa. E, em segundo lugar, acabam por se esquecer também que os livros são na verdade o meio de transporte e não o destino! Não é como se ler um livro significasse que esse livro é uma verdade absoluta e que nós temos que nos identificar com ele em tudo ou pelo
menos em alguma coisa. Ler é um exercício de carácter porque nos permite conhecer uma história, personagens imperfeitos e que pensam de maneira diferente da nossa, um estilo de escrita, a época e o contexto daquele livro e muito mais. Quem lê tem que saber diferenciar o pensamento do autor (ou do personagem) do pensamento próprio, refletir sobre o que está a ler e depois tirar as suas próprias conclusões. Se eu for ler um livro que propaga valores diferentes dos meus não quer dizer que eu vá abandonar os meus próprios valores e substituí-los com os do livro; na verdade, apenas vou ser confrontada com outras ideias que me vão desafiar intelectualmente ou até emocionalmente e que, obrigatoriamente, me vão tornar uma pessoa mais sábia e convicta daquilo em que acredita, porque ou mudei o meu pensamento depois de ler aquela história ou ela acabou por fortalecer o meu pensamento anterior. Ou até me apresentou àquela ideia, que eu ainda terei que explorar mais tarde. Enfim, sinto que atualmente há uma grande escassez de procura de conhecimento e que ao invés de se promover a auto-reflexão e exercícios de consciência e de debate interno, estão a propagar a ideia de que tudo o que não entra no politicamente correto é mau e deve ser “cancelado”. Isso não demonstra mais uma falta de carácter, ânsia por conhecimento ou esforço intelectual do próprio leitor do que do livro em si?🤔 Muito obrigada por este vídeo e por me motivar a pôr em palavras o que tenho vindo a sentir há muito tempo. Muito amor de Portugal💛
👏👏👏
Concordo 👏👏
Penso também assim.
👏👏👏corretíssimo
Concordo com sua posição. É um sintoma dos nossos tempos, as pessoas querem conforto e ver seu pensamento refletido no que chega até elas, estamos deixando de evoluir emocional e intelectualmente pela rejeição de tudo o que nos contraria. Isso é a política do cancelamento. Muitas dessas coisas estão erradas, mas devem ser exploradas e trabalhadas, o cancelamento apenas exclui, e assim o assunto fica em aberto, não entra na minha bolha mas fica na do outro, que reproduz e piora os preconceitos, enquanto quem cancelou perdeu a chance de se aprofundar no seu próprio posicionamento e demonstrá-lo, o que teria sido benéfico para todas as partes.
Excelente e necessário esse vídeo.Li o livro O caso dos dez n e g r i n h o s. que foi o primeiro da Agatha Christie e gostei muito.Isso foi a mais de 40 anos.
Na época não havia essa censura com as obras literárias ao contrario de hoje.O importante e que gostei muito da historia e pretendo lê_lo de novo.A biografia da autora também e muto bonita.Recomendo.Parabéns por tudo que disse no vídeo, uma verdadeira aula.👍👏🌹
É fácil entender os autores do século XIX pra trás, porém autores contemporâneos, vivos em pleno séc XXI não perdôo não.
Comecei a ler Lovecraft...e no "O Chamado do Cthulhu" vi algumas palavras racistas. Eu já sabia das polêmicas do autor, mas mesmo assim tenho vontade de ler, porque gosto da história e não do autor.
Um livro é uma obra no tempo, marca dos traços de sua própria época. Acho que adaptar livros é o mesmo que queima-los. Todo bom leitor deve antes de tudo entender a obra e seu tempo, caso contrário a Bíblia hoje não deveria mais ser lida, por exemplo.
Eu sou um inscrito rescente, mas digo que através das suas resenhas hoje tenho exelentes livros na minha galeria, tanto lidos como pendentes para ler... Enfim um ótimo canal que agrega cultura e incentiva a leitura então meus parabéns pelo canal.
Literatura é arte, assim como a música, a pintura, a dança, o teatro, o cinema, etc. Cancelar manifestações da arte, pra mim, é censura.
ISA, esses livros do Monteiro Lobato marcaram minha infância e deu até uma emoção quando vc pegou nele, as ilustrações etc. A minha coleção tinha 16 volumes.
O caso do Lovecraft e a releitura da série me lembrou outro caso parecido. Na peça Hamilton que fez muito sucesso na Broadway, os "pais fundadores" dos EUA são interpretados por atores negros, mestiços ou de origem latino-americana. Acho muito bacana essa forma de releitura e de resignificar. Os chamados pais fundadores dos EUA, como G. Washington, B. Franklin, T. Jefferson, etc, eram sim homens brancos, ricos e donos de escravos. Mas nem por isso devem ter suas histórias e nomes "cancelados".
Imagine cancelar figura históricakkkkkkkk
@@Necrolucius Era só o que faltava né...
David Copperfield, o filme mais recente, tb! É tão legal!
Não concordar com as opiniões das pessoas que escreveram é uma ótima maneira de mostrar como algumas pessoas são maduras. Todos tem coisas para ensinar e para aprender, o ser humano erra e eu não concordo de jeito nenhum com essa cultura de cancelamento.
Você é muito inteligente e incrível. Obrigada pelos conteúdos de extrema relevância ♥️
Isa compartilho da sua opinião! Vc é 10 e eu sou muito fã do seu trabalho. Parabéns e obrigada por acrescentar tanto sempre ❤️
Isa, olá, muito obrigada pela riqueza de conteúdo e a forma agradável, sensível com a qual o compartilha. Felicidades e saúde para você e os seus! Um grande e grato abraço de Lisboa 🌸
Amei a lista! Só faltou O Caderno Rosa de Lori Lamby 🤭 haha
Parabéns pelo vídeo, querida, caprichadíssimo como sempre 💛👏🏼
O problema com o Lobato é que geralmente se esquece que quem se referia à tia Nastácia dessa forma era apenas a Emília, que era debochada e desrespeitosa com TODO mundo. As crianças e até a d. Benta sempre se referiam tanto a ela quanto o tio Barnabé, com muito respeito e carinho. Mas são tempos modernos, só se vê o que reafirma nossas próprias convicções.
No mais, ótimo vídeo!
No início deste ano comecei a ler "Nas montanhas da loucura", do Lovecraft. Achei muito chato e dei uma pausa na leitura pra ler quando tivesse vontade, mas agora com essa informação de que ele era racista me desanimei ainda mais kkkk Isa, seu vídeo foi muito necessário. Também acredito que devemos separar autor da obra e considerar também a época em que a obra foi concebida, mas tem casos que eu acho muito difícil fazer isso. Tentei ler alguns livros do Monteiro Lobato e não consegui prosseguir com a leitura pq me sentia realmente muito mal com algumas falas racistas.
@Fabíola Pimenta vc acertou! Esse foi meu primeiro contato com Lovecraft e dps q assisti algumas resenhas aqui no youtube tanto de "Nas montanhas da loucura" quanto do "Cthulhu" e fiz comparações, pensei: puts, acho q fiz a escolha errada kkkkk O Cthulhu me pareceu muito mais interessante, mas mesmo assim muito obrigada pelas indicações! Vou tentar dar mais uma chance pra esse autor!
Você é ótima, seu canal é muito bom. Tratou de questões importantes e sensíveis com muita autenticidade. Parabéns.
Eu acho que livros devem ser lidos e compreendidos. Mas justamente pelo entendimento, é necessário saber quando apresentar determinadas obras (relidas e observadas com os olhos de hoje), para crianças ou jovens. Com a guiada certa, é uma parada necessária, até para o estudo de tendências de outras épocas. Encontrar o equilíbrio, e até uma certa maturidade; como você bem disse.
Cancelamento é um absurdo, é fazer algo muito estranho pra qualquer indivíduo aqui da terra que é feito de carne e osso. Quem tem tal autoridade?
Precisamos entender e criticar; cancelamento é outra coisa, é achar que se tem o mundo nas mãos.
Além de um excelente canal literário, quanto aprendizado! Parabéns!
Eu recomendo fortemente Black Tom, que é uma releitura de um dos contos do Lovecraft. É incrível, e inclusive até melhor do que a obra original.
Agatha Christie já foi chamada "a mulher que mais lucrou com o crime desde Lucrécia Borgia". Seus livros são ótimos e de todos os seus personagens, sou apaixonado por Miss Jane Marple.
Isa, adorei seu vídeo! Mas quando você fala separar autor da obra, você não comentou, por exemplo, que ainda estamos dando dinheiro para esses autores (ou a pessoa/companhia que detém os direitos das obras)! No caso da JK, ela continua viva e riquíssima obviamente, mas não tenho interesse nenhum em enriquecer mais 1 centavo do cofrinho dela! Eu acho que só esse tema já dá um vídeo inteiro! Beijos!
Concordo com você. Temos que ser leitores competentes e inteligentes para sabermos distinguir o autor da obra e as ideologias de ambos, o que exige interpretar adequadamente o texto de acordo com o contexto em que foi escrito, incluindo o ambiente moral em que vivia o(a) escritor(a).
Ler uma obra com ideias nocivas não necessariamente significa que nós leitores nos identificamos com estas ideias. Bom leitor é aquele que filtra aquilo que lê.
eu acho que esses livros devem continuar sendo lidos nas escolas, sempre com a devida contextualização histórica e problematização. como vamos formar leitores críticos se não ensinarmos os alunos a identificarem os problemas nessas obras? "o cortiço" por exemplo é um livro extremamente racista, e por isso mesmo é importante trabalhar com ele em sala de aula. as pessoas subestimam demais os alunos, pensam que eles não são capazes de entender discussões complexas, mas o professor está lá justamente pra complexificar o pensamento do jovem! é difícil usar "o cortiço" pra ensinar sobre racismo científico e eugenismo? é! mas se o professor não fizer isso, o aluno dificilmente vai aprender a identificar narrativas racistas e eugenistas... enfim, estou dando esse exemplo porque é um livro que eu conheço e que dialoga muito com a minha área, a história.
Amo o Cortiço. Sou professora de História.😁
@@Fernanda-wn4rm foi um dos livros que fez eu me interessar por história do brasil!
As visões dos autores, deve ser reportada à época deles...como vamos corrigir a história das sociedades hj? Ela serve para evoluirmos e não para cancelar...
@@vaniapradebon1413 sim, os pontos de vista dos autores sempre estão inseridos em um contexto histórico... mas isso não deve ser justificativa para relevar racismo, machismo etc. o nazismo também existiu em seu próprio contexto histórico, mas ninguém passa pano pra hitler dizendo que ele era "um homem do seu tempo" né? problematizar é diferente de cancelar
"Afrodescendentes, mestiços, seja lá o QUE for" soou de um descaso... realmente mto a se desconstruir. E não existe politicamente correto existe RESPEITO na linguagem que tem q ser cobrado msm
besteira
Eu concordo plenamente com você, Isa! Li HP no início do ano, e senti falta de personagens negros, entendo o contexto histórico e geográfico da história, mas não passo pano para a falta de diversidade, apenas entendo. Outra coisa que eu percebi na leitura de HP foi alguns palavras ofensivas para descrever o Duda, confesso que a autora não tem um lugar marcado no meu coração por causas dessas coisas, mas reconheço suas genialidade em criar todo o universo do Mundo dos Bruxos e a maravilhosa Hogwarts. Gosto dos livros da série. Mas não pretendo ler o os outros da J.K, porque simplesmente não tenho vontade de ler coisas ofensivas.
Realmente, quando é uma pessoa que vive no mesmo mundo que a gente e vê as mesmas coisas, doi muito mais
Saudade do tempo em que a gente não tinha Internet, então não dava pra acompanhar escritores que a gente ama destruindo as próprias carreiras com declarações intolerantes.
O problema é da falta de discernimento de quem não separa o autor da obra.
É preciso separar as coisas amigão, e como a Isa falou, é questão de época, menos a autora do Harry Potter.
Acho que isso de separar a obra do autor não serve quando o autor cometeu um crime grave e está vivo pois ao comprar uma obra dele, você está literalmente dando seu dinheiro para um criminoso.
@@elizabethcarvalho6867 criminoso grave tem q ficar preso e quem manda em meu dinheiro sou eu. Vá trabalhar pra ganhar o seu.
@@elizabethcarvalho6867 vc não acha a palavra "criminoso" muito forte cidadão?
Antes de iniciar o comentário, meus parabéns! Tudo o que você afirmou sobre a Censura é extremamente pertinente!
Os livros existem para serem lidos. Simples assim. Não existem livros ruins em si. Podem existir livros mal escritos ou mal traduzidos. Mas, TODOS se prestam à leitura e à crítica. Mesmos os livros com mensagens racistas, xenófobas, sexistas, etc., PRECISAM ser lidos e devidamente contextualizados e criticados. A censura e o cancelamento são atitudes de pessoas medrosas e preguiçosas !!! Pois para combater o Mal e propagar o Bem é preciso ter coragem, conhecimento e disposição. Para os Canceladores é mais fácil "queimar" os livros de Lobato que ler, contextualizar, analisar, denunciar e sugerir MELHORES atitudes. Isso dá trabalho!!! Isso é para poucos...
O que me assusta é ver tantos esquerdistas assumirem atitudes ditatoriais, como a Censura ideológica, que aconteceu na recente História do Brasil. Dá para confiar em quem "queima" livros? Será que não "queimarão" pessoas??!!
Um vídeo da Isa, para melhorar meu dia.
O problema é que algumas pessoas não sabem desvincular o que é ficção / de opinião.
A patrulha do politicamente correto cancelará qualquer obra e/ou autor que por ventura desagrade a opinião e/ou a sensibilidade delas. Outro problema é não considerar a época que a obra foi escrita. Cancelar talvez seja um erro ... Pode se trabalhar mostrando as mudanças / evoluções dos pensamentos (e comportamentos) da nossa espécie humana.
Ahhh e parabéns pelo vídeo! =)
As pessoas que estão tentando cancelar livros na verdade querem encontrar revolucionários do passado que tenham os mesmos pensamentos atuais, sendo que muitos eram somente pessoas comuns. Um anacronismo descarado. Sou totalmente à favor de rodapés explicando determinados comentários problemáticos e também apoio mudanças de títulos claramente preconceituosos. Se não medirmos a literatura e pensadores baseados em seu contexto historico, chegará um dia que as academias não vão mais estudar Aristóteles, uma vez que era a favor da escravidão.
Sou contra o cancelamento do nome dos livros, que apoias.
Eu sou da nova geração , na biblioteca da escola tinha vários do Monteiro Lobato eu admirava muito a forma como ele divertia e ensinava ao mesmo tempo , como eu não lia em ordem os primeiros livros que li apesar de não lembrar com clareza o nome de todos não se notava essas falas tortas como a que você citou , depois de um tempo quando eu comecei a ler os mais antigos percebe que os personagens não era exatamente do jeito do que eu estava acostumada ,e que tinham um tratamento com tia Nastácia que me chateou e decepcionou muito , entre outras coisas ! Mas lendo as histórias percebo mudanças nos personagens como a Emília por exemplo que no começo chegava a certas horas ser até má , mas que depois de um tempo ela vai "virando gentinha" e até se mete a acabar com as guerras e etc . É como vc diz no vídeo , temos que ser equilibrados ,eu continuo gostando das obras mas não concordo com várias coisas das mesmas porque é impossível pelo menos pra mim passar pano pra certas coisas .
Tentamos ler Monteiro Lobato pras minhas filhas. Não dá. Dá nojo.
A visão da Agatha Christie não era apenas eurocêntrica, mas RACISTA mesmo, independente da época que ela viveu.
Concordo com tudo. Algumas obras ficam datadas e embora tenham feito sucesso por um tempo acabam deixando de ser relevantes. Talvez não usar um livro de Monteiro Lobato por ser racista não seja um cancelamento mas um planejamento já que existem outros livros mais atuais que serão melhores para a nova juventude.
Eu vivi os anos 80 e era outro mundo, imagina à 100 anos atrás. Eu era criança mas se fosse mais velho e tivesse escrito um livro com opiniões sobre a vida naquela época, eu teria vergonha. Racismo, homofobia, machismo faziam parte da nossa vida e quem não sofria na pele achava natural, nem enxergava. Evoluímos séculos em 20 anos. É natural uma cultura do cancelamento por estarmos agora recebendo esse choque de realidade. A tendência é termos mais esse "equilíbrio" citado no vídeo com o tempo. Eu espero.
@Ana Paula minha mãe, estudou na roça e a professora batia nos alunos. Eu lembro de na primeira série aluno bagunçeiro ia pra quina da sala e ficava de costas pra turma uns minutos de castigo. Espero que não usem isso ainda kkkk sobre bulling, ontem encontrei uma trans que praticamente entrou na escola na mesma época que eu. Ela não conseguiu estudar porque era um jovem com trejeitos femininos e a humilhação era muito grande. Mal conseguiu se alfabetizar, família muito simples. O Bulling acabou com a vida dela. Hoje temos uma evolução, não dá pra negar.
Isabela espero que de continuidade a esse assunto sobre
esses tipos de livros.Muito interessante.👍
Excelente vídeo Isa, e bem necessário para os leitores e ainda mais aqueles que estão começando agora, porque nós precisamos sim ler essas obras mas SEMPRE com um olhar crítico porque é daí que surge o nosso conhecimento e a maneira de julgar o certo e o errado para aprendermos a viver nesse mundo. Eu estou no segundo livro da saga Harry Potter, nunca tinha lido, e ler esses livros hoje, adulta e no século XXI, também percebo muito preconceito, por exemplo, possui muitos comentários extremamentes gordofóbicos por causa da família trouxa do harry e muitas outras coisas.
Admiro muito seu canal e seu trabalho, não comento sempre mas estou sempre assistindo aos vídeos
É duro/difícil entrar nesses temas literários, mas não podemos nos furtar de olhar nossa história, nossas cruas realidades do passado, e - por que não dizer? - da atualidade, porque ainda há muito para consertar e concertar em nossa sociedade... Obrigado por nos fazer refletir!
Concordo contigo. Essa onda de cancelamento empobrece a cultura. Devemos ler de forma crítica. Eu cresci assistindo o Sítio do Pica Pau na TV, li vários dos s livros de Monteiro Lobato, e amava.
Já não amas?
@@almerindocenoura3409 , quando assistia, sim. Amava todas as personagens. Lógico que na TV, esses trechos não foram explorados. Hoje, já adulta, não tenho mais contato com esses textos infantis do Monteiro Lobato, nem conheço seus textos pra adultos, também não tinha ouvido falar desse " cancelamento" oficial de sua obra. Mas não me arrependo de ter lido, assistido, e recomendaria, a meus filhos, assistir sim, o Sítio do Pica Pau Amarelo. Sou da geração do Pica Pau, do Tom e Jerry, do Donald, do Papa Léguas, da Mônica e sua turminha. Nem tudo era politicamente correto nesses desenhos e gibis.
@@patricialima0702 Estou de acordo, Patrícia, e também sou da mesma geração. Papa Léguas deve ser o nosso Perna Longa, ou Bip Bip, aqui de Portugal.
@@almerindocenoura3409 é o Bip Bip. 😁 Pernalonga também é ótimo. Corrida Maluca era ótima também. Tudo piticamente incorreto, bem ao meu gosto.
🤝
@@patricialima0702 Ahahah... grande Patrícia, contra as mordaças. A minha memória de 56 anos não é lá muito boa... Pernalonga não era o Bip Bip, era outro... era o Bugs Bunny! (um coelho)
Excelente vídeo! Penso que muitas coisas que foram consideradas aceitáveis no passado, hoje precisam ser discutidas. Algumas obras antigas precisam ser CONTEXTUALIZADAS sim, CENSURADAS jamais!!! Sou completamente contra as alterações nos livros clássicos.... por menores que sejam! As alterações podem nublar, ocultar os elementos polêmicos. Os clássicos devem ser apresentados(respeitando as faixas etárias, obviamente!) sem cortes ou alterações. Só assim, penso eu, pode haver uma discussão SÉRIA e AUTÊNTICA em relação aos temas de inclusão.
Olhar com um olhar crítico para as obras e seus criadores do passado é essencial, mas não devemos deixar de ler seus livros. Embora existam na atualidade muitos escritores que escrevam coisas absurdas, que são intragáveis, aí isso deve ser evitado, na minha opinião. Como o do guru do atual governo...
Tudo bem? Só queria avisar que tem muita onça no interior e SP, sim. Também tem na Serra do Mar. No mais, parabéns pelo vídeo. Muito bom!
Pra mim isso é reflexo de uma sociedade imatura que não sabe separar as coisas. Não sabem reconhecer uma obra apesar de não concordarem com a posição do autor, e qualquer coisa que elas discordem tem de automaticamente ser banido.
Pois é, felizmente a censura já acabou no Brasil. Mas agora querem vir com essa "censura do bem". Já somos adultos e podemos pensar por nós mesmos. Cada um que leia e tire suas conclusões.
Exatamente. Depois reclamam de quem defende a volta da ditadura. Nem se tocam que na era da ditadura, o que os militares faziam com os livros que eles consideravam impróprios era exatamente isso: cancelamento/banimento.
Sim
@@janenog8761 será? Por que, vejamos, a crítica à obra do monteiro lobato é a sua recomendação como obra juvenil ou infantil não a adultos, não houve uma censura impositiva. De resto esses cancelamentos são individuais, não institucionais e sim feitos por adultos em suas redes privadas, mas quando uma pessoa cancela outra ela não ta impedindo ninguém de continuar seguindo a... penso que é algo pessoal mas que tem um certo efeito manada, mas nesse caso o problema é outro...
@@ricardoaureliodossantos4570 De fato, a origem da censura é diferente. Na época dos militares era algo institucionalizado e estatal. Hoje, a censura parte do indivíduo. No final das contas, o raciocínio é o mesmo.
Eu sou contra qualquer tipo de alteração em obras (exceto aquelas necessárias para uma boa tradução)
Preciso de mais videos assim, com alguém realmente sensato em ambas as partes para falar sobre esse assunto. Traga mais videos com outros exemplos Isa, apesar de não ser algo "divertido" de assistir é muito necessário.
Monteiro Lobato foi o primeiro autor que eu li na vida, guardo na memória afetiva histórias de fantasias que tanto amei. Porém, acho necessário sim debatermos o racismo existente em suas obras. Fui professora de história e utilizava o conto Negrinha quando discutíamos sobre a violência da escravidão. Parabéns e obrigada Isa, por essa excelente e oportuna análise!
Boa noite, Isa! Achei o video muito interessante! Sou contra o cancelamento de obras, mas entendo as pessoas que querem selecionar mais suas leituras. São tantos livros! A escolha é uma decisão individual.
Defender banheiro misto e trans no MMA feminino é safadeza que não tem como passar pano.
Minha mãe sempre dizia que precisamos conhecer ou saber sobre alguém ou alguma coisa para podermos ter nossa opinião e criticar ou não. Acredito que as polêmicas geradas por esses autores faz muito sentido e são necessárias. Por outro lado lê-los com esse olhar critico é melhor ainda. Como vc disse, a indicação das leituras para crianças pequenas, de Monteiro Lobato, não devem ser indicadas , e serem lidas com mais maturidade para entender o contexto que ele vivia. Embora já houvessem pessoas naquela época, que eram contrarias ao absurdo da escravidão, tbm. O mesmo ocorre com filmes, como foi o caso de E o vento levou, ou as esculturas que agora estão sendo derrubadas. Acredito que essas obras, seja que linguagem for, devem sim ser lidas, vistas e colocadas em museus de horror. Para que as gerações possam aprender sobre aquilo que não deve ser repetido.
Essa mulher tem uma alma cristalina! Tem elegância na fala.
Concordo com tudo que você disse, Isabella! O que mais me entristece é a J.K.
Eu não cancelo, eu faço críticas. Sou contra o cancelamento.
Ter visão crítica e nuance sobre tudo é sempre necessário e fundamental. Agora eu vejo um problema em tratar alguns autores como "indispensáveis"; assim como as "ideiais" deles sobre o mundo evoluíram, nós também crescemos e evoluímos. (Acho necessário também lembrar que nem todo mundo pensava e concordava com eles mesmo na época que viveram, muitas pessoas especialemente as que eram diretamente atingidas pelos seus preconceitos, já não subescreviam às mesmas visões. É fácil ver de uma "perspectiva" de fora quando não se é diretamente atingido).
Enfim, o meu ponto é que acho que já evoluímos bastante para ficar reféns de obras e autores asquerosos para sempre; casos como o do Monteiro Lobato e JK Rowling, eles são mesmo necessários nos dias de hoje? Acho que precisamos disassociar essa necessidade da nossa memória afetiva. É bom ler e ter visão crítica, mas também se não quiser ler, tudo bem.
O caso dos dez negrinhos faz referência a uma música de crianças da época. E não sobrou nenhuma faz referência a mesma música, só que outra estrofe (politicamente correta hj no título).
Concordo contigo. Temos que saber separar o autor de sua obra. E o mais importante levar em consideração a época que a obra foi escrita.
Isa, não foi a J. K. quem escolheu a Hermione negra pro elenco de Cursed Child. Ela apoiou a escolha quando disseram que era "errado" ter uma Hermione negra. E ela disse que nunca descreveu a cor da pele da Hermione, então pq ela não poderia ser negra? E também as questões de escolha de elenco do Harry Potter, ela não tinha poder de decisão total, né?! Seja pra ter um elenco mais ou menos diverso.
E quanto a Sangue Revolto: alguém chegou a ler? Pra ver as passagens transfobicas e o que é esse psicopata que se veste de mulher? Ou todo mundo saiu divulgando a opinião de uma pessoa que leu como verdade absoluta?
Sei não, hein. Não curto muito isso de ver alguém falando uma coisa sobre um livro e depois dizer que aquilo.que ele falou é verdade sem eu mesmo conferir....
Espero que não entenda esse comentário como ataque pois não é. Admiro demais o trabalho da Isa e acho ela um produtora de conteúdo incrivel!
não é só o que ela escreve nos livros, já chegou a ver o twitter dela por acaso?
Pode ir lá ler o livro também. Você também pode estar defendendo um livro(claramente foi escrito como tiração de sarro de quem combate transfobia) sem ter lido.
@@samjosten-minyard7971 exatamente
Excelente, pra variar. Obrigado por você existir e levar muitos ao ESCLARECIMENTO (luz).