Esse sentimento é muito comum. A sensação de nada haver mais para conhecer, pode resultar da generalizada insatisfação, ansiedade, e melancolia que esta sociedade e a sua superficialidade produz. Nada nos preenche e nada nos gratifica suficientemente. Mas também nenhum destino nos é suficientemente aliciante, suficientemente longe, e nenhum nos preenche . Só estou bem onde não estou, como cantava o António Variações. Porém a aviagem não é o destino; é o processo de viajar; como se vive o viajar e como se pode fruir da viagem. Não depende dos outros, nem dos grupos , nem de densidade geográfica de motards numa dada área. muito menos das ideias e da sua falta. Pode acontecer que a sensação derive da mota, do excesso da sua potência , ou das suas acelerações. Com motas potentes, os meus percursos eram limitados a estradas consentâneas com elas. Quando voluntariamente passei a escalões mais baixos, dei por mim a explorar outro tipo de estradas; os sítios desconhecidos, os "quelhos", as terriolas perdidas, apenas motivadas por uma singera placa de sinalização , ganharam realce e a motivação passou a ser onde vai dar e como é a estrada. Passei a deixar-me voluntariamente perder, sem GPS, passei a gostar de comer um farnel num banco de uma qualquer área de merendas de uma aldeia, de falar com quem se encontra num café, de apanhar sol numa pequena paragem com panorámica , de saborear os silêncios das paragens e os ruídos da água que corre na valeta ou jorra de uma fonte. Tudo se torna comtemplação e paz interior. E para isso bastam-me os 27 CV da minha Royal Enfield 500 com os seus alforges de lona e ás vezes, quando o tempo convida, a tenda. E assim tenho andado nos últimos anos, a partir do Porto, cujo trãnsito caõtico desmotiva até de sair da cidade. A questão é de base existencial. Não é grave.
Boa noite, companheiro. Desde já obrigado pelo comentário, com ideias que também partilho. De facto, existe aquela apatia e desinteresse generalizado, porque de tanto faltar contextualmente, nada do resto satisfaz realmente. E embora concorde em parte com a ideia que a viagem é mais importante que o destino, vejo-me a percorrer inúmeras vezes as mesmas estradas para chegar a sítios que pouco diferem geograficamente. Vejo-me a olhar para o mapa à procura de estradas rudimentares para chegar a sítios tão simples com baloiços ou miradouros em zonas que já antes fui. É curioso esse tema da descida de cilindrada. Isto porque também já o senti. Aquando certos passeios maiores com uma 125 já dei por mim a pensar que naqueles regimes de velocidade vejo coisas que com a Tracer não me tinha apercebido antes. Talvez porque com a Tracer eu consigo chegar mais longe em menos tempo, então o objectivo é o local mais afastado e não tanto pormenores da viagem até lá. Com a scooter vejo vilarejos na zona, com a Tracer vejo lugares a 200, 300 ou 400km de distância da origem. A principal questão ainda é os lugares seja na zona ou a centenas de km, lugares esses que já visitei e que agora já não me dão interesse para pegar em qualquer das motas para ir revisitar. Enfim, pode ser só uma fase. Agora com os dias mais compridos, pode ser que me dê ânimo para explorar mais longe. Saudações, companheiro, e obrigado. ✌
Conheces o canal do Rob Hamilton? Recentemente ele disse que quando começou mais a apreciar as motas, foi quando começou a fazer outro tipo de conteudo que nao fazia antes. Ele, a mota e uma tenda. Só os sons da natureza. E cada vez mais esse tipo de conteudo explode. A sociedade nao tem nada de novo, cada vez está mais podre, outros a tentar fazer de tudo para se exibirem. Ng te faz falta a nao ser família chegada. O resto são ignorantes e podridão. Ve 2 ou 3 vídeos dele, e vais perceber o que ele quis dizer. Abraço, até ao próximo
Boa noite, companheiro. Confesso que não conhecia e desde já obrigado pela sugestão. Já subscrevi, e ando a ver o conteúdo que ele produz. Já antes seguia um youtuber com conteúdo muito parecido. De facto o que é preciso é mentalizar de aproveitar onde se está, como está, e desfrutar dessa beleza de momentos. Infelizmente pode-se dizer que sofro de ansiedade, e não consigo estar num local muito tempo simplesmente a aproveitar a envolvência. Mas tenho de trabalhar isso. Obrigado pelo comentário e pela presença. Saudações, companheiro... ✌
Boas, companheiros. De facto há imenso por ver em Portugal e ainda me falta conhecer imenso também. Mas acredito que sejam locais "pontuais", como disse no vídeo. Género do que fiz há dias, andei na zona da Guarda, já tinha visitado Sortelha, mas fui ver as Termas de Radium. Já tinha explorado parte daquela zona, só não tinha ido às ruínas das Termas. E como este, muitos outros casos. Do género ter visitado zonas mas não ter visto aquele spot específico. Mas fazer centenas de km para ver um spot específico? A logística tem de ser outra, englobar o passeio em mais coisas para ver. Enfim, é o dilema... Saudações... 😉✌
Boa noite, companheiro. Sugestões são sempre bem vindas. Dos lugares que mencionaste, só ainda não visitei Aracellis, mas já pus na lista para visitar quando andar nessa zona. Obrigado pelas dicas. Saudações... ✌
Infelizmente tive de despachar a minha Tracer, por isso mas também á falta de tempo e não só "€". Tive de comprar uma 125 elétrica para ir para o trabalho e as voltas pequenas. Abraço
Boa noite, companheiro. Lamento saber disso, não tinha noção. Agora com a scooter andas mais limitado de passeios, mas se é o que precisas e é-te útil de igual modo, fizeste a escolha certa. Quem sabe, daqui a uns tempos, voltes a ter uma moto mais capacitada para passeios maiores. Força aí. Saudações...✌
Boa noite, companheiro. Ainda não cheguei ao ponto de pensar realmente vender a Tracer. Isto porque a outra moto que tenho é a scooter 125 e essa não me permite fazer grandes passeios. Talvez se tivesse uma maxi scooter, uma 400 ou 500, talvez ficasse na indecisão. Mas por enquanto, o problema mesmo é haver sítios para ir visitar. Pode ser que surjam ideias. Obrigado pelo comentário e presença. Saudações, companheiro. ✌
Boa noite, companheiro. Acredito. É um sentimento um bocado desanimador. Mas veremos se é só uma fase. Espero que sim. Força aí, e ânimo. Saudações....✌
A Mota está paga certo? Se a venderes vão-te dar o valor que achas justo por ela? Tens urgência em fazer dinheiro? A mota parada tem uma despesa irrisória! Deixa estar isso quieto e espera que essa fase passe!!!
Está paga sim senhor. Lá nisso nada a tratar. Para já não me está a fazer falta o valor que poderia fazer com ela, por isso é que ainda não pensei realmente em vender. Vou dar mais um tempo e esperar que a fase passe. Abraço
Esse sentimento é muito comum. A sensação de nada haver mais para conhecer, pode resultar da generalizada insatisfação, ansiedade, e melancolia que esta sociedade e a sua superficialidade produz. Nada nos preenche e nada nos gratifica suficientemente. Mas também nenhum destino nos é suficientemente aliciante, suficientemente longe, e nenhum nos preenche . Só estou bem onde não estou, como cantava o António Variações. Porém a aviagem não é o destino; é o processo de viajar; como se vive o viajar e como se pode fruir da viagem. Não depende dos outros, nem dos grupos , nem de densidade geográfica de motards numa dada área. muito menos das ideias e da sua falta. Pode acontecer que a sensação derive da mota, do excesso da sua potência , ou das suas acelerações. Com motas potentes, os meus percursos eram limitados a estradas consentâneas com elas. Quando voluntariamente passei a escalões mais baixos, dei por mim a explorar outro tipo de estradas; os sítios desconhecidos, os "quelhos", as terriolas perdidas, apenas motivadas por uma singera placa de sinalização , ganharam realce e a motivação passou a ser onde vai dar e como é a estrada. Passei a deixar-me voluntariamente perder, sem GPS, passei a gostar de comer um farnel num banco de uma qualquer área de merendas de uma aldeia, de falar com quem se encontra num café, de apanhar sol numa pequena paragem com panorámica , de saborear os silêncios das paragens e os ruídos da água que corre na valeta ou jorra de uma fonte. Tudo se torna comtemplação e paz interior. E para isso bastam-me os 27 CV da minha Royal Enfield 500 com os seus alforges de lona e ás vezes, quando o tempo convida, a tenda. E assim tenho andado nos últimos anos, a partir do Porto, cujo trãnsito caõtico desmotiva até de sair da cidade. A questão é de base existencial. Não é grave.
Boa noite, companheiro. Desde já obrigado pelo comentário, com ideias que também partilho. De facto, existe aquela apatia e desinteresse generalizado, porque de tanto faltar contextualmente, nada do resto satisfaz realmente. E embora concorde em parte com a ideia que a viagem é mais importante que o destino, vejo-me a percorrer inúmeras vezes as mesmas estradas para chegar a sítios que pouco diferem geograficamente. Vejo-me a olhar para o mapa à procura de estradas rudimentares para chegar a sítios tão simples com baloiços ou miradouros em zonas que já antes fui.
É curioso esse tema da descida de cilindrada. Isto porque também já o senti. Aquando certos passeios maiores com uma 125 já dei por mim a pensar que naqueles regimes de velocidade vejo coisas que com a Tracer não me tinha apercebido antes. Talvez porque com a Tracer eu consigo chegar mais longe em menos tempo, então o objectivo é o local mais afastado e não tanto pormenores da viagem até lá. Com a scooter vejo vilarejos na zona, com a Tracer vejo lugares a 200, 300 ou 400km de distância da origem.
A principal questão ainda é os lugares seja na zona ou a centenas de km, lugares esses que já visitei e que agora já não me dão interesse para pegar em qualquer das motas para ir revisitar.
Enfim, pode ser só uma fase. Agora com os dias mais compridos, pode ser que me dê ânimo para explorar mais longe.
Saudações, companheiro, e obrigado. ✌
Conheces o canal do Rob Hamilton? Recentemente ele disse que quando começou mais a apreciar as motas, foi quando começou a fazer outro tipo de conteudo que nao fazia antes. Ele, a mota e uma tenda. Só os sons da natureza. E cada vez mais esse tipo de conteudo explode. A sociedade nao tem nada de novo, cada vez está mais podre, outros a tentar fazer de tudo para se exibirem. Ng te faz falta a nao ser família chegada. O resto são ignorantes e podridão. Ve 2 ou 3 vídeos dele, e vais perceber o que ele quis dizer. Abraço, até ao próximo
Boa noite, companheiro. Confesso que não conhecia e desde já obrigado pela sugestão. Já subscrevi, e ando a ver o conteúdo que ele produz. Já antes seguia um youtuber com conteúdo muito parecido.
De facto o que é preciso é mentalizar de aproveitar onde se está, como está, e desfrutar dessa beleza de momentos. Infelizmente pode-se dizer que sofro de ansiedade, e não consigo estar num local muito tempo simplesmente a aproveitar a envolvência. Mas tenho de trabalhar isso.
Obrigado pelo comentário e pela presença.
Saudações, companheiro... ✌
Epá há tanto mas tanto por ver em Portugal... Mas claro... É tudo uma opinião pessoal.... E tudo é válido... 😊 Percebo a toda questão....
Boas, companheiros. De facto há imenso por ver em Portugal e ainda me falta conhecer imenso também. Mas acredito que sejam locais "pontuais", como disse no vídeo. Género do que fiz há dias, andei na zona da Guarda, já tinha visitado Sortelha, mas fui ver as Termas de Radium. Já tinha explorado parte daquela zona, só não tinha ido às ruínas das Termas. E como este, muitos outros casos. Do género ter visitado zonas mas não ter visto aquele spot específico. Mas fazer centenas de km para ver um spot específico? A logística tem de ser outra, englobar o passeio em mais coisas para ver. Enfim, é o dilema...
Saudações... 😉✌
Portas de Ródão, Minas de São Domingos. Aracellis, Monsanto (zona das aldeias históricas), é algo que te interesse?
Boa noite, companheiro. Sugestões são sempre bem vindas. Dos lugares que mencionaste, só ainda não visitei Aracellis, mas já pus na lista para visitar quando andar nessa zona. Obrigado pelas dicas. Saudações... ✌
Infelizmente tive de despachar a minha Tracer, por isso mas também á falta de tempo e não só "€". Tive de comprar uma 125 elétrica para ir para o trabalho e as voltas pequenas. Abraço
Boa noite, companheiro. Lamento saber disso, não tinha noção. Agora com a scooter andas mais limitado de passeios, mas se é o que precisas e é-te útil de igual modo, fizeste a escolha certa. Quem sabe, daqui a uns tempos, voltes a ter uma moto mais capacitada para passeios maiores. Força aí.
Saudações...✌
Eu já senti um pouco isso. Tinha uma NC 750 e troquei por uma ADV 350. Da para tudo. Não tenho tempo para passear e quando tiver a ADV também o faz.
Boa noite, companheiro. Ainda não cheguei ao ponto de pensar realmente vender a Tracer. Isto porque a outra moto que tenho é a scooter 125 e essa não me permite fazer grandes passeios. Talvez se tivesse uma maxi scooter, uma 400 ou 500, talvez ficasse na indecisão. Mas por enquanto, o problema mesmo é haver sítios para ir visitar. Pode ser que surjam ideias.
Obrigado pelo comentário e presença. Saudações, companheiro. ✌
Bom dia.. nada como arranjar uma mota de enduro para explorar novos caminhos! Ou agarrar na tracer e simplesmente ir, depois logo se vê…abraço
O mesmo aqui…
Boa noite, companheiro. Acredito. É um sentimento um bocado desanimador. Mas veremos se é só uma fase. Espero que sim. Força aí, e ânimo. Saudações....✌
A Mota está paga certo?
Se a venderes vão-te dar o valor que achas justo por ela?
Tens urgência em fazer dinheiro?
A mota parada tem uma despesa irrisória!
Deixa estar isso quieto e espera que essa fase passe!!!
Está paga sim senhor. Lá nisso nada a tratar. Para já não me está a fazer falta o valor que poderia fazer com ela, por isso é que ainda não pensei realmente em vender. Vou dar mais um tempo e esperar que a fase passe. Abraço