É irônico mais eu ACHO que uma das melhores reflexões que podemos tirar desses casos é que não importa se você é contra o sistema, enquanto você estiver dentro dele ele vai te usar de qualquer forma
Se não me engano, tem o caso do Bill Watterson, Criador de Calvin e Haroldo. ele conseguiu não se vender ao capitalismo e a obra dele ainda é conhecida. Ele era totalmente contra a comercialização de seus personagens, como aconteceu com Snoop e Garfield.
É bem mais fácil quando o sujeito já consegue tirar 'algum' com os direitos do trabalho dele e vive com um mínimo de conforto, mas nada como um choro de criança pra fazer a gente rever posições. Tem um samba muito legal do Trio Calafrio, chamado Na Hora que a Barriga Ronca, vale a pena conhecer, ha, ha!
sendo artista e alguém que vive se auto criticando compreendo bem esses dois casos. é aquele meme já meio saturado: -não existe consumo ético no capitalismo. todos temos que ganhar o pão de cada dia e cabe a nós determinar o limite ético e moral do que a gente vai fazer pra isso XD
Acho que tem duas coisas aí: a primeira, é exigir que o artista seja 'verdadeiro' e não um 'vendido', qual seria a medida desse tipo de coisa? Por que não se exige isso de um médico ou de um açougueiro? O que seria um açougueiro vendido? Aquele que está vendendo peixe??? Ha, ha! A segunda coisa é apontar o dedo para o "capitalismo".... quando não existia propriamente um "capitalismo", o artista também tinha que viver e tinha que ficar pintando imagens sacras ou retratos da nobreza, no caso da Europa. Sem falar que, nos regimes socialistas ditatoriais, a margem para o artista era menor ainda! Acho que todo mundo tem que entender quando o sujeito quer pagar o leite das crianças com um trabalho honrado, respeitando, é claro, esses limites éticos utilizando as margens de liberdade para retratar o seu estilo ou sua visão de mundo.
@@br273k Perfeito. Principalmente quando a gente tá falando em querer pagar as contas fazendo algo que vc gosta de fazer como no caso quadrinhos ou ilustração. Vejo gente críticar quem desenha pornografia por encomenda exatamente por esse fator de q n é mais arte pq vc só tá fazendo pela grana. Hoje tbm tem um policiamento grande de gente que faz freela pra quem é do Comicsgate no mercado americano. Mas é isso assim, eu por exemplo to há um ano sem freela de quadrinho, quando aparece a vaga é preenchida em minutos, não vai ter ninguém chateado pq vc n ta trabalhando, mas sempre vai dependendo aonde vc estiver
@@halaneverson4549 Pois é, essa questão de “arte” é complicada, envolve uma série de preconceitos, tipo: se o cara desenha marmanjos bombados e mulheres peitudas de colant e se esmurrando, chamam de “arte”; se estão pelados, já é “pornografia”... às vezes é melhor deixar o termo “arte” fora da discussão. Tem desenhista que desenha pornografia “por encomenda”, sim, mas tem aqueles que a desenham por paixão, como manifestação própria, como Kim Jung Gi. Eu já encontrei coisas de alto nível no material “especializado” e dá pra perceber que muitos artistas (ou desenhistas, como queira) colocam o coração no seu trabalho. E se a gente for pensar que a “verdadeiro artista” é marginal, é “maldito”, é “fora do mercado”, de certa forma esse é o artista da pornografia, que tem clientela muito limitada e sempre vai encontrar muito preconceito e dificuldades para expor ou vender o seu trabalho, tendo muitas vezes que usar um pseudônimo para assinar e poder continuar frequentando as festinhas da escola do filho.
Assunto muito delicado que traz interpretações e/ou afirmações bem radicais na maior parte dos casos. Criar "arte" com uma perspectiva desligada do contexto comercial é algo quase impossível nos dias de hoje (até em um passado não tão recente, diga-se de passagem), o que muitas vezes corrobora para uma romantização das relações do trabalho artístico. Essa polêmica ainda vai render muito...
Como diria o Grant Morrison no Sete Soldados da Vitória "Que essa seja a sua primeira lição sobre política real, garoto. *Todos são um no Lado Negro* " A banca sempre ganha, mas ultimamente as pessoas não têm tido tanta paciência com o crupiê.
Não há contradição nenhuma entre ser contra o sistema e vender sua força de trabalho, como muita gente está sugerindo nos comentários. Essa idéia de artista "vendido" é equivocada porque parte da suposição de que há condições materiais para uma existência individual e completamente anticapitalista, ainda mais de um artista, que é uma profissão tão desvalorizada quanto necessária. Se Cuba que é Cuba, que rompeu com o Capitalismo lá em 1959 e a partir daí passou a sofrer além de inúmeras ofensivas militares um violento embargo econômico que dura até hoje, teve que se virar pra conseguir seringas pra vacinar a população porque nem isso os EUA estavam deixando passar, se Fidel Castro que foi aplaudido na ONU, que se encontrou com grandes pensadores, artistas, escritores do século XX como Ernest Hemingway e Gabriel García Márquez, que se encontrou com Papas, que recebeu até o Jimmy Carter em Havana, sofreu 638 tentativas de assassinato por parte da CIA! Fora os golpes de Estado pelo globo, Operação Condor, a porra toda. Essa idéia de "salvar o planeta economizando água no banho", "boicotar marcas", "recusar desenhar a capa do LP dos Rolling Stones", "cancelar seu próprio personagem de sucesso" etc pra "combater o sistema" é pensar pelo próprio viés dominante e individualista liberal. A mudança só é possível (pelo menos nas experiências históricas que testemunhamos) através uma intensa construção coletiva e estratégica. E olhe lá! Mesmo a China que em poucas décadas foi de um dos países mais pobres do mundo para a segunda maior economia do planeta sabe - isso o próprio Mao Tsé-Tung já dizia - que eles não podem fazer uma completa e definitiva transição enquanto houver imperialismo, enquanto há mais de 800 bases estadunidenses espalhadas pelo mundo, enquanto existe órgãos de propaganda contrarrevolucionária com injeção de bilhões de dólares. Enquanto houver OTAN, CIA, Radio Free Asia etc e neocolonialismo. Os Estados Unidos se aproveitaram de uma ocupação fascista do Japão pra ocupar a República Popular da Coréia desde 1945 até hoje! A política Songun não existe porque eles acham bonito ter arma nuclear, é uma questão de assegurar a soberania! Pra finalizar, Robert Crumb é um puta artista, adoro, tenho seus livros, mas considerando o risco de ser anacrônico ou soar como julgamento moral... sujeito reacionário, viu hehehe pra efervescência cultural, intelectual, tecnológica que ele viveu em seu auge, por mais que tenha se tornado um ícone da contracultura, sempre se mostrou um sujeito agarrado ao passado, avesso às tecnologias, ao Feminismo, bem ignorante à questão racial e aos debates políticos realmente emancipatórios (até onde eu sei!). Outras figuras, mesmo nos Estados Unidos, foram bem mais revolucionárias que ele nos anos 1960/70. A maioria delas nos movimentos negros, como os Panteras Negras, Malcom X e o saudoso Mohammed Ali.
tô numa fase da carreira de ilustradora que sempre faço a mesma pergunta "que fim tá levando a minha arte?". Acho que é maravilhoso trabalhar com o que eu curto fazer porque dessa forma meio que me "forço" a fazer ilustrações todos os dias, mas se pudesse voltar no tempo eu diria a mim mesma do passado que pra ser artista não preciso trabalhar com isso, necessariamente, dá pra levar a ilustração como um hobby e ser artista assim (talvez até com mais liberdade criativa e qualidade...)
Não sei se o filme "Agonia e Extase", sobre Michelangelo e a pintura da Capela Sistina, corresponde aos fatos históricos, mas, no filme, Mick não queria nem mesmo pintar, ele se dizia escultor... teve que fazer pela grana, mas alterou o projeto, colocou algo de si. Não há problema algum no artista vender o seu trabalho e trabalhar no projeto de outro é também desafiador, eu acho... ainda há bastante espaço para ser verdadeiro. Parece que há uma romantização excessiva sobre o artista solitário, de barriga vazia e que morre antes dos 35, de tuberculose. Ah, e o filme é lindo!
Artista vendido, preferia quando ele passava fome em vez de usar a sua arte pra ganhar dinheiro. Eu acho que a gente tem uma visão romantizada do artista que faz a sua arte pra tornar o mundo mais bonito e alegre em vez do que ganhar dinheiro para alcançar seus objetivos próprios, alguns até tratam isso como um sacrilégio (quem sabe desenhar sabe do que estou falando).
@@lucassaba9121 E ironicamente, ao meu ver, quem "trabalha de graça" geralmente é bancado pelos pais ou pela prefeitura de uma determinada cidade(como e o caso dos "artistas de rua" e os da "secretaria cultural do estado" da minha)
Aí o artista não se vende em vida , é desrespeitado, humilhado, passa fome, dificuldades absurdas, não consegue tratamento psiquiatrico, tem vários surtos durante toda a vida... E depois toda essa miséria é romantizada pela galerinha de agora KKKKKKKKK galera vendendo brinco da orelha cortada do van Gogh e se achando o máximo. É triste.
@@ender5892 Bixo, clareou minha mente. Aquele episódio do Dr Who dando um final feliz pra ele tipo programa do rodrigo faro no domingo é mto isso. Quantos Van Goghs n tem aí do lado de gente que faz exatamente isso né
cara, encontrei seu canal recentemente e adorei, conteúdo sensacional To há uns 2 anos escrevendo o roteiro de um longa de super-herói, uma sátira ambientada na cidade fictícia de Little Town, onde um moleque merdeiro acaba ganhando uma bússola moral baseada em valores americanos (uma espécie de "detector de bandidos" nos punhos) após um encontro místico com o fantasma do fundador dessa cidade. É um filme sobre mídia, greve, luta de classes e sobre qual é o papel da figura do super herói na nossa sociedade atualmente. Gostaria muito de trocar uma ideia contigo sobre esses temas, caso possível, abraços!
Tem que dançar conforme a música queira ou não (muitas vezes). Lembro de já ter tido contato com pessoas que "denunciavam" a incoerência de pensadores contrários ao sistema capitalista e cobravam deles uma atitude delirante onde eles que tinham que ser coerentes com suas críticas como quem fingisse que a realidade fosse outra. Minha vontade era de dizer pra elas que viver uma realidade que não existe pode ser probleminha psiquiátrico.
Acredito que artista vendido , seria um artista q se modela pra ser outra coisa q ela inicialmente não é, em busca de grana :/ tipo: um artista que desenha macacos, se ele para de desenhar macacos , pq desenhar bananas esta na moda , ele se torna um artista vendido. em outras palavras , artista vendido e aquele q se deixa levar pelas tendências q lucram mais, e acaba por serem artistas de mesmo rosto e tals @-@ alguem entendeu o mei ponto ? msmss
Compreendo... O artista vendido é aquele que trai a sua visão artística e de mundo; ele trai as suas próprias convicções em nome do lucro! Não importa se o pato é macho... ele quer o ovo de qualquer jeito!!
Você também não largaria o teu emprego atual se surgisse um outro que pagasse o dobro do teu salário? Todo mundo pode e faz isso quando, mas se um artista faz é criticado.
@@lucassaba9121 vida artística e muito diferente da vida de trabalho comum. No trabalho comum , e normal vc trabalhar em algo e mudar por algo q paga mais , e da melhores condições de vida. mas na vida artistica , a pessoa trabalho com tudo q serca ele, tudo q faz dele ser ele , ela ta trabalhando. sabe quando vc esta em um debate , e vc começa defendendo q que rosas são vermelhas , e vc ve q as pessoas estao indo no papo q rosas sao Pink, no lugar vc defender sua tese, vc larga a tese q vc construiu e fez ao longo de algum tempo , pra se deleitar com q esta dando mais papo sabe. @-@ ser artista e trabalhar com muitos fatores q vc nao pode se contra dizer. o q aconteceu com os dois artistas ditados no video , foi q eles criticaram algo q fez deles o q são !! apesar q o segundo artista , so queria abordar algo para um objetivo , e foi pra outro :/ me perdi todo aqui agora @-@
Conheci seu canal a pouco tempo e to amando cada vídeo, trazendo discussões e opiniões que eu pouco vejo por aí sendo dadas, principalmente quando se refere a quadrinhos. Conteúdo muito bom!
Aí você vai ver os críticos dos artistas vendidos e pasme, todos trabalham pra ganhar dinheiro pra pagar as contas e realizar os próprios sonhos. Mas quando um artista faz o mesmo é "nossa, que absurdo, está matando a arte."
E quanto ao Bill Watterson? Ele também poderia ser enquadrado nesta categoria? Sim, afinal, ele não permitiu que Calvin & Haroldo fossem transformados em produtos de merchandising. Um outro caso interessante é o de Charles Monroe Schulz, o criador de Peanuts,que soube conciliar a sua visão artística e de mundo com um tino comercial. Eu penso que os bons artistas devem ser assim: realizar tanto obras comerciais,ou aquelas de encomenda, quanto obras mais autorais e/ou experimentais.
Se você é artista, venda sua força de trabalho, ganhe reconhecimento e se é contra o sistema, maravilha, levante essa bandeira sem medo de ser feliz, use sua arte para isso. Contanto que você não seja herdeiro, dificilmente vai se tornar um burguês por causa disso. Crumb viajou na maionese.
@@renatomism Tecnicamente, é mais porque eu não sirvo pra vender. Gosto de escrever e desenhar histórias e perspectivas, mas não tenho alma de vendedor pra isso, e tampouco o que escrevo são histórias acessíveis ou fáceis de ler, muito pelo contrário. Tudo que escrevo é um soco no estômago a cada palavra lel. Bem da verdade, não ligo pra tornar minha obra mais famosa por meios necessários. Só que, inerentemente, minhas histórias são "invendíveis" de verdade lel Minha arte é igual morador de rua ou trabalhador negro na África do Sul: Ninguém quer, ninguém precisa.
Uma coisa que acho que tem um pouco a ver com a sua reflexão nesse vídeo é a crítica rasa que muitas vezes se faz a indústria cultural (a partir de uma leitura apressada da Escola de Frankfurt), como se fossem sinônimos a indústria de massas e baixa arte, sem entender que também faz parte da indústria cultural vender bens de prestígio.
Essa ideia do artista como alguem acima de tudo é uma grande piada, a gente é um trabalhador como outro qualquer e merece reconhecimento, é por conta dessa ideia ludica extremamente romantizada que nego chega dizendo que vai pagar divulgando nossa arte "pra provar ao mundo o quando nosso talento é foda" tem que vender arte mesmo e cobrar caro reconhecimento vem quando voce se respeita. Inclusive colocar a culpa de tudo no capitalismo é facil, quero ver é tentar criar um sistema economico funcional que seja incorruptível. O comunismo é a mesma merda, vc tira o poder dos empresarios escravistas e da pra políticos burgueses, ai essa casta de políticos em vez de nos beneficiar em um sistema de utópico de esquerda, acabam endurecendo as leis ainda mais criando um regime distopico de direita. O grande problema da esquerda progressista, é que ela não é progressista, ela quer implantar o comunismo que é uma ideia ruim e mega batida, cria a porra de um sistema novo, temos tecnologia pra isso, o proprio povo poderia criar boas regras de governo...
E Bill Waterson? Pelo que sei não deixou sua obra virar merchan da indústria capitalista como bonecos, desenhos etc, sua obra até onde eu sei permaneceu pura, somente em sua tiras. Tendo inclusive a família respeitado seu desejo póstumo de deixar sua criação em paz. É o único nome conhecido que me vem à mente.
Porra, bicho, teu conteúdo é muito diferenciado. Descobri há muito pouco tempo, mas sou um entusiasta do seu trabalho. Essa sua última frase acerca de quando o capitalismo perde.... daria uma ótima camiseta!!! Parabéns, meu amigo, de verdade. Vc é diferente
Bom demais , eu mesmo num certo período era cheio do Papinho de jamais se vender ....... Hoje eu trabalho com mkt digital e tento fazer minhas artes falando menos bobagem hahaha
Sei que não deve ser o seu caso, por que já tá tirando grana, mas acho que tem uma pá de gente que vem com esse papo de não se vender, justamente por que ninguém quer comprar, he, he....
@@br273k acontece isso aí TB , uma certa amargura de não vender , eu sempre gostei de desenhar coisas feias , não posso reclamar que ninguém quer botar na sala de casa hhaahahha
Quanto mais eu vejo essas posturas que cobram uma superioridade moral da arte e dos artistas, mais tarde u acho que se trata de um mero desenrolar do culto a personalidade.
esse primeiro artista que achou que se vendeu, forçou a barra na definição de "se vender". ele seguiu os valores dele e foi recompensado por te-lo feito, ele não tinha como saber qual seria o resultado da decisão, então não tomou ela a troco desse resultado logo não foi uma troca, uma venda, e não há garantia nenhuma que a visibilidade dele não teria crescido ainda mais trabalhando pra banda que ele não gostava. se vender seria se ele tivesse medo a vida toda das consequências de não seguir o dinheiro e o arrependimento só seria maior ao descobrir que não precisava te-lo feito, teria feito um sucesso tão grande quanto se não até maior ao seguir seus valores.
Muito instigante sua reflexão: só posso dizer que me espanta ainda existir essa idealização romântica do "artista-herói". Em primeiro lugar, pois se trata de uma visão rançosa, capitalizada por Hollywood, periodicamente atualizada e repetida pelos avatares da moda, desde pelo menos os anos 1940, com "The Fountainhead". Acreditar na "integridade" de um artista contemporâneo seria como aquela do poeta Thomas Chatterton, que se matou aos 17 anos para escapar do fracasso e da fome, e que esse tipo de "integridade" poderia ser um modelo me parece muito ingênuo. E de uma ingenuidade perigosa, pois é sabido que um dos elementos narrativos mais recorrentes do fascismo (aliás, especialmente do nazismo) é justamente uma versão própria do "artista-herói", que desafia o "sistema" em nome de um "ideal para viver". Recomendo, nesse sentido, a leitura do artigo abaixo, escrito pelo professor Luiz Nazario, abordando o cinema cooptado pelos nazistas produzido na França sob o jugo alemão (especialmente a análise feita do filme "A mão do diabo", e Maurice Tourneur, que cheguei a assistir no Telecine e que possui como herói um artista que luta contra açambarcadores cruéis): luiznazario.blog/2011/02/25/os-viloes-fantasmaticos-da-ocupacao/
2 года назад+2
é impossível viver fora do sistema econômico onde vivemos, porque todas as relações econômicos-sociais são moduladas por isso. mas acho interessante atos de resistência como do bill waterson, alan moore, robert crumb, não no sentido de "negar" o capitalismo, mas de tentar manter uma mínima coerência artística. a arte inevitavelmente terá que virar produto para que os artistas possam viver dela, mas a forma como isso se torna comércio é que vai do critério ético de cada um. na minha opinião o debate não deveria ser sobre a comercialização - inevitável - da obra, mas sim da INTEGRIDADE na sua produção. e os artistas que buscam ela é que realmente são os que "não se vendem".
Eu sinceramente sou incapaz de enteder essas crítica, vejo muitos problemas na crítica, no crítico e na visão sobre os criticados, é uma visão tão idealizada e romântica que me incomoda.
Acho que se vender é fazer algo fora de sua natureza, fora do que tua alma artística clama... Mas acho essencial que sejamos maleáveis o suficientemente para que role um diálogo entre retorno financeiro / agradar o público e seu "desejo de alma".
É um erro considerar todo tipo de comércio, inclusive da Arte, como sinônimo de Capitalismo. Artistas q ganham dinheiro e ficam famosos com o próprio trabalho estão fazendo exatamente o oposto da essência do Capitalismo q é a exploração. O problema maior desse sistema é a dominação política das elites econômicas através do Estado, sacrificando o bem estar da maioria p garantir lucros cada vez maiores. N é a ação de um artista individualmente q vai manter ou romper com isso.
@@Red-Kido Na minha visão sim. O burguês individualmente é um problema menor, a treta é a burguesia enquanto classe, exercendo o poder político p garantir seus interesses msm q a população como um todo seja prejudicada. Um exemplo atual são os acionistas da Petrobras lucrando absurdamente causando aumento do custo de vida através do PPI (paridade de preço de importação) adotado pelo Temer e continuado por Bolsonaro. Capitalismo = Estado burguês.
@@Red-Kido Q coincidência, eu acabei de ver tbm kkkkk no flow? Mas acho q o projeto q Ciro defende (ou qquer "nacionalismo econômico") é praticamente impossível sem uma revolução p se defender do Imperialismo e da sabotagem da burguesia. Se as forças armadas, p exemplo, forem contra esse projeto, quem vai impedir um golpe de Estado?
Acabei de ver umas (antigas) campanhas da 'Lubrax' (pros que não conhecem, um oleo para motor) num posto BR com os artistas Cauby Peixoto, Tetê Espíndola e Tim Maia transformando seus sucessos num hino para o óleo. hehehehehehe Lá atrás os Mutantes (Rita e irmãos Dias) já tinham feito pro posto Shell! É a vida, hã?
O Cioran falava algo mais ou menos parecido sobre isso. O Artista, e ele como escritor é um farsante. Se ele tivesse vivido a sua arte ele tinha se matado, pq quem conhece Cioran sabe do que ele falava, mas ele ta escrevendo livros tristes e vendendo esses livros. Ele não sucumbiu a sua filosofia.
Acho que o problema não está no adjetivo vendido, se não se discute o preço mediante o qual você se vende. Tem gente que se vende caro, a muito custo, como o Crumb. E há quem se venda por um valor tão rasteiro que acaba não valendo nada como pessoa. Vale citar os que se venderam por uma camiseta da seleção brasileira em 2018. Quanto será que valem hoje? 🤔
Boa analise, só vou discordar da conclusão de que o artista que nunca se vende é o que fracassou: porque a pessoa pode “se vender” e não vingar. Essa questão do se vender ou não é na realidade uma questão qualitativa. Fica claro que o único artista que “não se vende” é aquele que não tem a intenção de ganhar dinheiro com o trabalho dele e que não atende a uma expectativa do publico. Mas aí os exemplos mais a mão que me vem são os “artistas” de manicômio como o Bispo do Rosario, a chamada “outsider art”. Portanto um artista que “não se vende” na pratica é algo sempre relativo e proporcional ao tanto que ele sofrendo o assédio, não vende seu trabalho de forma indiscriminada. O exemplo mais imediato desse contraste é o calvin e haroldo e o garfield. Nesse contraste podemos chamar o primeiro como obra nao vendida e o segundo sim.
8:20 mesmo se sairmos do capitalismo plenamente dito, os artistas ainda terão que "vender" a sua arte, afinal, os financiadores precisariam ver algum tipo de valor na arte apresentada, mesmo que no final a arte não se torne algo das massas, em algum momento a arte foi vendida.
Tem autores que ainda não são vendidos só porque ainda não morreram. Vi o vídeo anterior da Claveloux (não nasci na França, tenho direito de escrever errado, é aquela do tubérculo sensualizando como felina) e lembrei do Crumb pelos traços nos desenhos em p&b mas evitei a comparação pra não expor um laivo machista como subtexto. Enfim, referenciar uma feminista por um homem, mesmo que seja o Crumb (que é um ser humano bem peculiar e admirável) é denunciar a minha ignorância sobre o tema "mulheres fodásticas que desenham fodasticamente" e macho que é macho não deve dar esta munição para as inimigas, já passo muita vergonha desenhando pessoas como uma convergência de palitos, só sobra tempo pra ser ridículo escrevendo aqui.
O q dizer de Bill Watterson? Ja tem um video dele no canal, eu sei, mas acho q ele eh um exemplo de revolta total ao capitalismo, ao contrario desses artistas ele realmente parou
@@nome3296 oh amigo, vc ta bem? Nao sei se vc entendeu meu ponto, mas ele parou cm os quadrinhos e proibiu de capitalizarem a obra dele fora os proprioa quadrinhos
Sim, tem muita coisa moralista nos fãs de Hunter X Hunter, mas também devemos lembrar que o quadro do Togashi é muito semelhante ao quadro do Miura... E com o Miura a gente já sabe no que isso levou.
@@MacondoEraEntaoUmaCidade pelo que o miura falava nós volumes antigos de berserk, ele tinha uma vida muito triste, ele demostrava ser uma pessoa que só vivia de trabalho, ele chega a dizer que se não sabia mais "mastigar" em público, algo assim, por coecidencia, na época que os hiatos começou, foi a época onde ele começou a cuidar mais da vida(nos últimos 12 anos)
Acho que um debate interessante de se acrescentar a isso é justamente um trazido por Crumb em Blues e já comentado aqui. Que é a categoria de artista do sistema capitalista como aquele profissional que vende sua força de produção artística por dinheiro. Porém existem muitos aspectos artísticos cotidianos que não estão desligados da vida privada, quando começamos a pensar da arte de rangoli, no artesanato indigena, no próprio blues privado, no grafite underground, certamente essa arte hoje em dia ela pode ser vendida e autorada (feiras, canais de RUclips, exposições, etc...), mas ainda é muito vista como um aspecto cotidiano anônimo do espaço em que está inserida, e muitos desses artistas não são inseridos, e nem querem estar, na categoria "artista". Sempre me pego pensando sobre isso.
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É irônico mais eu ACHO que uma das melhores reflexões que podemos tirar desses casos é que não importa se você é contra o sistema, enquanto você estiver dentro dele ele vai te usar de qualquer forma
Estava aqui pensando esses dias em como o sistema é maior que o indivíduo, por maior que possa se tornar o indivíduo o sistema sempre é maior
Se não me engano, tem o caso do Bill Watterson, Criador de Calvin e Haroldo. ele conseguiu não se vender ao capitalismo e a obra dele ainda é conhecida. Ele era totalmente contra a comercialização de seus personagens, como aconteceu com Snoop e Garfield.
É bem mais fácil quando o sujeito já consegue tirar 'algum' com os direitos do trabalho dele e vive com um mínimo de conforto, mas nada como um choro de criança pra fazer a gente rever posições. Tem um samba muito legal do Trio Calafrio, chamado Na Hora que a Barriga Ronca, vale a pena conhecer, ha, ha!
sendo artista e alguém que vive se auto criticando compreendo bem esses dois casos.
é aquele meme já meio saturado:
-não existe consumo ético no capitalismo.
todos temos que ganhar o pão de cada dia e cabe a nós determinar o limite ético e moral do que a gente vai fazer pra isso XD
Acho que tem duas coisas aí: a primeira, é exigir que o artista seja 'verdadeiro' e não um 'vendido', qual seria a medida desse tipo de coisa? Por que não se exige isso de um médico ou de um açougueiro? O que seria um açougueiro vendido? Aquele que está vendendo peixe??? Ha, ha! A segunda coisa é apontar o dedo para o "capitalismo".... quando não existia propriamente um "capitalismo", o artista também tinha que viver e tinha que ficar pintando imagens sacras ou retratos da nobreza, no caso da Europa. Sem falar que, nos regimes socialistas ditatoriais, a margem para o artista era menor ainda! Acho que todo mundo tem que entender quando o sujeito quer pagar o leite das crianças com um trabalho honrado, respeitando, é claro, esses limites éticos utilizando as margens de liberdade para retratar o seu estilo ou sua visão de mundo.
@@br273k Perfeito. Principalmente quando a gente tá falando em querer pagar as contas fazendo algo que vc gosta de fazer como no caso quadrinhos ou ilustração. Vejo gente críticar quem desenha pornografia por encomenda exatamente por esse fator de q n é mais arte pq vc só tá fazendo pela grana. Hoje tbm tem um policiamento grande de gente que faz freela pra quem é do Comicsgate no mercado americano. Mas é isso assim, eu por exemplo to há um ano sem freela de quadrinho, quando aparece a vaga é preenchida em minutos, não vai ter ninguém chateado pq vc n ta trabalhando, mas sempre vai dependendo aonde vc estiver
@@halaneverson4549
Pois é, essa questão de “arte” é complicada, envolve uma série de preconceitos, tipo: se o cara desenha marmanjos bombados e mulheres peitudas de colant e se esmurrando, chamam de “arte”; se estão pelados, já é “pornografia”... às vezes é melhor deixar o termo “arte” fora da discussão. Tem desenhista que desenha pornografia “por encomenda”, sim, mas tem aqueles que a desenham por paixão, como manifestação própria, como Kim Jung Gi. Eu já encontrei coisas de alto nível no material “especializado” e dá pra perceber que muitos artistas (ou desenhistas, como queira) colocam o coração no seu trabalho. E se a gente for pensar que a “verdadeiro artista” é marginal, é “maldito”, é “fora do mercado”, de certa forma esse é o artista da pornografia, que tem clientela muito limitada e sempre vai encontrar muito preconceito e dificuldades para expor ou vender o seu trabalho, tendo muitas vezes que usar um pseudônimo para assinar e poder continuar frequentando as festinhas da escola do filho.
Assunto muito delicado que traz interpretações e/ou afirmações bem radicais na maior parte dos casos. Criar "arte" com uma perspectiva desligada do contexto comercial é algo quase impossível nos dias de hoje (até em um passado não tão recente, diga-se de passagem), o que muitas vezes corrobora para uma romantização das relações do trabalho artístico. Essa polêmica ainda vai render muito...
Como diria o Grant Morrison no Sete Soldados da Vitória "Que essa seja a sua primeira lição sobre política real, garoto. *Todos são um no Lado Negro* " A banca sempre ganha, mas ultimamente as pessoas não têm tido tanta paciência com o crupiê.
Propaganda sem vergonha é foda !
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣se fude!!!! 🤣🤣🤣
Não há contradição nenhuma entre ser contra o sistema e vender sua força de trabalho, como muita gente está sugerindo nos comentários.
Essa idéia de artista "vendido" é equivocada porque parte da suposição de que há condições materiais para uma existência individual e completamente anticapitalista, ainda mais de um artista, que é uma profissão tão desvalorizada quanto necessária.
Se Cuba que é Cuba, que rompeu com o Capitalismo lá em 1959 e a partir daí passou a sofrer além de inúmeras ofensivas militares um violento embargo econômico que dura até hoje, teve que se virar pra conseguir seringas pra vacinar a população porque nem isso os EUA estavam deixando passar, se Fidel Castro que foi aplaudido na ONU, que se encontrou com grandes pensadores, artistas, escritores do século XX como Ernest Hemingway e Gabriel García Márquez, que se encontrou com Papas, que recebeu até o Jimmy Carter em Havana, sofreu 638 tentativas de assassinato por parte da CIA! Fora os golpes de Estado pelo globo, Operação Condor, a porra toda.
Essa idéia de "salvar o planeta economizando água no banho", "boicotar marcas", "recusar desenhar a capa do LP dos Rolling Stones", "cancelar seu próprio personagem de sucesso" etc pra "combater o sistema" é pensar pelo próprio viés dominante e individualista liberal. A mudança só é possível (pelo menos nas experiências históricas que testemunhamos) através uma intensa construção coletiva e estratégica. E olhe lá! Mesmo a China que em poucas décadas foi de um dos países mais pobres do mundo para a segunda maior economia do planeta sabe - isso o próprio Mao Tsé-Tung já dizia - que eles não podem fazer uma completa e definitiva transição enquanto houver imperialismo, enquanto há mais de 800 bases estadunidenses espalhadas pelo mundo, enquanto existe órgãos de propaganda contrarrevolucionária com injeção de bilhões de dólares. Enquanto houver OTAN, CIA, Radio Free Asia etc e neocolonialismo. Os Estados Unidos se aproveitaram de uma ocupação fascista do Japão pra ocupar a República Popular da Coréia desde 1945 até hoje! A política Songun não existe porque eles acham bonito ter arma nuclear, é uma questão de assegurar a soberania!
Pra finalizar, Robert Crumb é um puta artista, adoro, tenho seus livros, mas considerando o risco de ser anacrônico ou soar como julgamento moral... sujeito reacionário, viu hehehe pra efervescência cultural, intelectual, tecnológica que ele viveu em seu auge, por mais que tenha se tornado um ícone da contracultura, sempre se mostrou um sujeito agarrado ao passado, avesso às tecnologias, ao Feminismo, bem ignorante à questão racial e aos debates políticos realmente emancipatórios (até onde eu sei!). Outras figuras, mesmo nos Estados Unidos, foram bem mais revolucionárias que ele nos anos 1960/70. A maioria delas nos movimentos negros, como os Panteras Negras, Malcom X e o saudoso Mohammed Ali.
👏👏👏👏👏
Na real, ele diz que detestava a música da banda da Janis Joplin, mas gostava muito dela. Ah, e professor em fim de ano é isso, correr até janeiro.
Eu ouvi em algum lugar que ele deu a capa como um presente pra uma amiga, mas não sei se é verídico.
No documentário "Crumb" ele fala que deu a capa de presente pra Joplin, que era amiga dele.
O que eu acho legal é que ele fez uma capa e uma contracapa. Todo mundo achou a capa uma merda e adoraram a contracapa (que virou a capa definitiva).
tô numa fase da carreira de ilustradora que sempre faço a mesma pergunta "que fim tá levando a minha arte?". Acho que é maravilhoso trabalhar com o que eu curto fazer porque dessa forma meio que me "forço" a fazer ilustrações todos os dias, mas se pudesse voltar no tempo eu diria a mim mesma do passado que pra ser artista não preciso trabalhar com isso, necessariamente, dá pra levar a ilustração como um hobby e ser artista assim (talvez até com mais liberdade criativa e qualidade...)
Não sei se o filme "Agonia e Extase", sobre Michelangelo e a pintura da Capela Sistina, corresponde aos fatos históricos, mas, no filme, Mick não queria nem mesmo pintar, ele se dizia escultor... teve que fazer pela grana, mas alterou o projeto, colocou algo de si. Não há problema algum no artista vender o seu trabalho e trabalhar no projeto de outro é também desafiador, eu acho... ainda há bastante espaço para ser verdadeiro. Parece que há uma romantização excessiva sobre o artista solitário, de barriga vazia e que morre antes dos 35, de tuberculose. Ah, e o filme é lindo!
Onde posso acompanhar o seu trabalho artístico?
É ai que a RBU vai ser top!
Obrigado por esse comentário
Ah, então eu tô vencendo o capitalismo e não sabia.
Artista vendido, preferia quando ele passava fome em vez de usar a sua arte pra ganhar dinheiro.
Eu acho que a gente tem uma visão romantizada do artista que faz a sua arte pra tornar o mundo mais bonito e alegre em vez do que ganhar dinheiro para alcançar seus objetivos próprios, alguns até tratam isso como um sacrilégio (quem sabe desenhar sabe do que estou falando).
Mas é isso né. Se vc tá fazendo por grana, na cabeça da maioria, já nem é mais arte
@@halaneverson4549
Pra mim isso é coisa de quem quer usufruir do trabalho alheio de graça.
@@lucassaba9121 E ironicamente, ao meu ver, quem "trabalha de graça" geralmente é bancado pelos pais ou pela prefeitura de uma determinada cidade(como e o caso dos "artistas de rua" e os da "secretaria cultural do estado" da minha)
Aí o artista não se vende em vida , é desrespeitado, humilhado, passa fome, dificuldades absurdas, não consegue tratamento psiquiatrico, tem vários surtos durante toda a vida... E depois toda essa miséria é romantizada pela galerinha de agora KKKKKKKKK galera vendendo brinco da orelha cortada do van Gogh e se achando o máximo. É triste.
@@ender5892 Bixo, clareou minha mente. Aquele episódio do Dr Who dando um final feliz pra ele tipo programa do rodrigo faro no domingo é mto isso. Quantos Van Goghs n tem aí do lado de gente que faz exatamente isso né
cara, encontrei seu canal recentemente e adorei, conteúdo sensacional
To há uns 2 anos escrevendo o roteiro de um longa de super-herói, uma sátira ambientada na cidade fictícia de Little Town, onde um moleque merdeiro acaba ganhando uma bússola moral baseada em valores americanos (uma espécie de "detector de bandidos" nos punhos) após um encontro místico com o fantasma do fundador dessa cidade. É um filme sobre mídia, greve, luta de classes e sobre qual é o papel da figura do super herói na nossa sociedade atualmente. Gostaria muito de trocar uma ideia contigo sobre esses temas, caso possível, abraços!
Tem que dançar conforme a música queira ou não (muitas vezes). Lembro de já ter tido contato com pessoas que "denunciavam" a incoerência de pensadores contrários ao sistema capitalista e cobravam deles uma atitude delirante onde eles que tinham que ser coerentes com suas críticas como quem fingisse que a realidade fosse outra. Minha vontade era de dizer pra elas que viver uma realidade que não existe pode ser probleminha psiquiátrico.
Todo artista tem que comer.
Acredito que artista vendido , seria um artista q se modela pra ser outra coisa q ela inicialmente não é, em busca de grana :/
tipo: um artista que desenha macacos, se ele para de desenhar macacos , pq desenhar bananas esta na moda , ele se torna um artista vendido.
em outras palavras , artista vendido e aquele q se deixa levar pelas tendências q lucram mais, e acaba por serem artistas de mesmo rosto e tals
@-@ alguem entendeu o mei ponto ? msmss
@@lucianoandrade7798 @-@ sinto a ironia em sua fala , precinto um leve toque de arrogância seila @-@
Compreendo... O artista vendido é aquele que trai a sua visão artística e de mundo; ele trai as suas próprias convicções em nome do lucro! Não importa se o pato é macho... ele quer o ovo de qualquer jeito!!
@@dyel1975 :,3 exatamente
Você também não largaria o teu emprego atual se surgisse um outro que pagasse o dobro do teu salário?
Todo mundo pode e faz isso quando, mas se um artista faz é criticado.
@@lucassaba9121 vida artística e muito diferente da vida de trabalho comum.
No trabalho comum , e normal vc trabalhar em algo e mudar por algo q paga mais , e da melhores condições de vida.
mas na vida artistica , a pessoa trabalho com tudo q serca ele, tudo q faz dele ser ele , ela ta trabalhando.
sabe quando vc esta em um debate , e vc começa defendendo q que rosas são vermelhas , e vc ve q as pessoas estao indo no papo q rosas sao Pink, no lugar vc defender sua tese, vc larga a tese q vc construiu e fez ao longo de algum tempo , pra se deleitar com q esta dando mais papo sabe.
@-@ ser artista e trabalhar com muitos fatores q vc nao pode se contra dizer.
o q aconteceu com os dois artistas ditados no video , foi q eles criticaram algo q fez deles o q são !!
apesar q o segundo artista , so queria abordar algo para um objetivo , e foi pra outro :/
me perdi todo aqui agora @-@
Eu amo seus vídeos. Adoro essas reflexões que você propõe.
Conheci seu canal a pouco tempo e to amando cada vídeo, trazendo discussões e opiniões que eu pouco vejo por aí sendo dadas, principalmente quando se refere a quadrinhos. Conteúdo muito bom!
Basicamente, todo mundo tem um preço, até os artistas.
Ai, ai, ai.... sim... porque ganhar grana com sua arte é "ser um artista vendido". Ok. Vivam de sua fotossíntese então!
Aí você vai ver os críticos dos artistas vendidos e pasme, todos trabalham pra ganhar dinheiro pra pagar as contas e realizar os próprios sonhos.
Mas quando um artista faz o mesmo é "nossa, que absurdo, está matando a arte."
@@lucassaba9121 Exatamente
E quanto ao Bill Watterson? Ele também poderia ser enquadrado nesta categoria? Sim, afinal, ele não permitiu que Calvin & Haroldo fossem transformados em produtos de merchandising. Um outro caso interessante é o de Charles Monroe Schulz, o criador de Peanuts,que soube conciliar a sua visão artística e de mundo com um tino comercial.
Eu penso que os bons artistas devem ser assim: realizar tanto obras comerciais,ou aquelas de encomenda, quanto obras mais autorais e/ou experimentais.
Você podia fazer um vídeo sobre a HQ Estranhos no Paraíso! Adoraria ver!!
Ter q ralar é foda mesmo.
Se você não se vende, acaba tão famoso quanto eu.
Não me conhece? Pois é, esse é o preço que pago por não me vender lelelel
Se você é artista, venda sua força de trabalho, ganhe reconhecimento e se é contra o sistema, maravilha, levante essa bandeira sem medo de ser feliz, use sua arte para isso. Contanto que você não seja herdeiro, dificilmente vai se tornar um burguês por causa disso. Crumb viajou na maionese.
@@renatomism Tecnicamente, é mais porque eu não sirvo pra vender. Gosto de escrever e desenhar histórias e perspectivas, mas não tenho alma de vendedor pra isso, e tampouco o que escrevo são histórias acessíveis ou fáceis de ler, muito pelo contrário. Tudo que escrevo é um soco no estômago a cada palavra lel.
Bem da verdade, não ligo pra tornar minha obra mais famosa por meios necessários. Só que, inerentemente, minhas histórias são "invendíveis" de verdade lel
Minha arte é igual morador de rua ou trabalhador negro na África do Sul: Ninguém quer, ninguém precisa.
Linck de um ano atrás bem contido, nos videos de hoje bem solto 😂
Se vendeu pro sistema kkkkkk.
Uma coisa que acho que tem um pouco a ver com a sua reflexão nesse vídeo é a crítica rasa que muitas vezes se faz a indústria cultural (a partir de uma leitura apressada da Escola de Frankfurt), como se fossem sinônimos a indústria de massas e baixa arte, sem entender que também faz parte da indústria cultural vender bens de prestígio.
Essa ideia do artista como alguem acima de tudo é uma grande piada, a gente é um trabalhador como outro qualquer e merece reconhecimento, é por conta dessa ideia ludica extremamente romantizada que nego chega dizendo que vai pagar divulgando nossa arte "pra provar ao mundo o quando nosso talento é foda" tem que vender arte mesmo e cobrar caro reconhecimento vem quando voce se respeita. Inclusive colocar a culpa de tudo no capitalismo é facil, quero ver é tentar criar um sistema economico funcional que seja incorruptível. O comunismo é a mesma merda, vc tira o poder dos empresarios escravistas e da pra políticos burgueses, ai essa casta de políticos em vez de nos beneficiar em um sistema de utópico de esquerda, acabam endurecendo as leis ainda mais criando um regime distopico de direita. O grande problema da esquerda progressista, é que ela não é progressista, ela quer implantar o comunismo que é uma ideia ruim e mega batida, cria a porra de um sistema novo, temos tecnologia pra isso, o proprio povo poderia criar boas regras de governo...
Dinheiro infelizmente é importante 💰
E Bill Waterson? Pelo que sei não deixou sua obra virar merchan da indústria capitalista como bonecos, desenhos etc, sua obra até onde eu sei permaneceu pura, somente em sua tiras. Tendo inclusive a família respeitado seu desejo póstumo de deixar sua criação em paz. É o único nome conhecido que me vem à mente.
Van Gogh foi um artista vendido?
Aten que enfim um título duro e rasgado
como vc quer vender algo sem vendelo? a ideia em sí e tola pois o manga gibi e disco ou seja lá o que for e um produto no fim!
é só lembrar do basquiat, o cara, virou o bambam tão jovem, e não deu conta queria a todo momento fugir desse mercado da arte e no fim não venceu
Mas pelo menos basquiat é conhecido até hj
@@devilwhite7185 van gogh, e gauguin tbm kkkk agr pergunte se valeu a pena a miséria que passaram em vida.
Faltou falar no final do artista que se vende barato e também não é conhecido.
O Capitalismo é pura esperteza mesmo, absorve as críticas e faz-las trabalhar ao seu favor. Durma-se com tal barulho.
É graças ao capitalismo que você tem esse celular pra enviar essa mensagem.
Das desgraças do capitalismo, o oprimido dando suporte ao opressor.
Alias, não vejo só no capitalismo a evolução da Ciência e da tecnologia.
Me lembrou muito o rap nacional
não julgo, todo mundo precisa de comida na mesa e pagar conta no fim do dia.
Porra, bicho, teu conteúdo é muito diferenciado. Descobri há muito pouco tempo, mas sou um entusiasta do seu trabalho. Essa sua última frase acerca de quando o capitalismo perde.... daria uma ótima camiseta!!! Parabéns, meu amigo, de verdade. Vc é diferente
Obrigado e seja bem-vindo!
@@QuadrinhosNaSarjeta Uma sugestão veja os vídeos do jones manuel no youtube acho que você esta precisando .
É uma loucura tudo isso 😅
Bom demais , eu mesmo num certo período era cheio do Papinho de jamais se vender ....... Hoje eu trabalho com mkt digital e tento fazer minhas artes falando menos bobagem hahaha
Sei que não deve ser o seu caso, por que já tá tirando grana, mas acho que tem uma pá de gente que vem com esse papo de não se vender, justamente por que ninguém quer comprar, he, he....
@@br273k acontece isso aí TB , uma certa amargura de não vender , eu sempre gostei de desenhar coisas feias , não posso reclamar que ninguém quer botar na sala de casa hhaahahha
@@filipemecenas Coisas feias ou "coisas feias", tem espaço e mercado pra tudo, ha, ha!
Escher deu uma ré no Mick Jagger também 😂😂😂
Quanto mais eu vejo essas posturas que cobram uma superioridade moral da arte e dos artistas, mais tarde u acho que se trata de um mero desenrolar do culto a personalidade.
Acredito que tem muito a ver com sorte também ai vai de cada um artista tem uns que mesmo fazendo uma porcaria ou uma bela merda se da bem na vida.
esse primeiro artista que achou que se vendeu, forçou a barra na definição de "se vender".
ele seguiu os valores dele e foi recompensado por te-lo feito, ele não tinha como saber qual seria o resultado da decisão, então não tomou ela a troco desse resultado logo não foi uma troca, uma venda, e não há garantia nenhuma que a visibilidade dele não teria crescido ainda mais trabalhando pra banda que ele não gostava.
se vender seria se ele tivesse medo a vida toda das consequências de não seguir o dinheiro e o arrependimento só seria maior ao descobrir que não precisava te-lo feito, teria feito um sucesso tão grande quanto se não até maior ao seguir seus valores.
Voltou show
Recomendo ler as 6 lições de Mises pra aprender sobre capitalismo.
Tudo gira entorno do 💸💸💸💸💰💰💰💰
Muito instigante sua reflexão: só posso dizer que me espanta ainda existir essa idealização romântica do "artista-herói". Em primeiro lugar, pois se trata de uma visão rançosa, capitalizada por Hollywood, periodicamente atualizada e repetida pelos avatares da moda, desde pelo menos os anos 1940, com "The Fountainhead". Acreditar na "integridade" de um artista contemporâneo seria como aquela do poeta Thomas Chatterton, que se matou aos 17 anos para escapar do fracasso e da fome, e que esse tipo de "integridade" poderia ser um modelo me parece muito ingênuo. E de uma ingenuidade perigosa, pois é sabido que um dos elementos narrativos mais recorrentes do fascismo (aliás, especialmente do nazismo) é justamente uma versão própria do "artista-herói", que desafia o "sistema" em nome de um "ideal para viver". Recomendo, nesse sentido, a leitura do artigo abaixo, escrito pelo professor Luiz Nazario, abordando o cinema cooptado pelos nazistas produzido na França sob o jugo alemão (especialmente a análise feita do filme "A mão do diabo", e Maurice Tourneur, que cheguei a assistir no Telecine e que possui como herói um artista que luta contra açambarcadores cruéis):
luiznazario.blog/2011/02/25/os-viloes-fantasmaticos-da-ocupacao/
é impossível viver fora do sistema econômico onde vivemos, porque todas as relações econômicos-sociais são moduladas por isso. mas acho interessante atos de resistência como do bill waterson, alan moore, robert crumb, não no sentido de "negar" o capitalismo, mas de tentar manter uma mínima coerência artística. a arte inevitavelmente terá que virar produto para que os artistas possam viver dela, mas a forma como isso se torna comércio é que vai do critério ético de cada um. na minha opinião o debate não deveria ser sobre a comercialização - inevitável - da obra, mas sim da INTEGRIDADE na sua produção. e os artistas que buscam ela é que realmente são os que "não se vendem".
Eu sinceramente sou incapaz de enteder essas crítica, vejo muitos problemas na crítica, no crítico e na visão sobre os criticados, é uma visão tão idealizada e romântica que me incomoda.
Acho que se vender é fazer algo fora de sua natureza, fora do que tua alma artística clama...
Mas acho essencial que sejamos maleáveis o suficientemente para que role um diálogo entre retorno financeiro / agradar o público e seu "desejo de alma".
É um erro considerar todo tipo de comércio, inclusive da Arte, como sinônimo de Capitalismo. Artistas q ganham dinheiro e ficam famosos com o próprio trabalho estão fazendo exatamente o oposto da essência do Capitalismo q é a exploração. O problema maior desse sistema é a dominação política das elites econômicas através do Estado, sacrificando o bem estar da maioria p garantir lucros cada vez maiores. N é a ação de um artista individualmente q vai manter ou romper com isso.
Então jogadores de futebol também entram nessa lógica ??
Eles também ganham dinheiro sem explorar ninguém.
@@Red-Kido Na minha visão sim. O burguês individualmente é um problema menor, a treta é a burguesia enquanto classe, exercendo o poder político p garantir seus interesses msm q a população como um todo seja prejudicada. Um exemplo atual são os acionistas da Petrobras lucrando absurdamente causando aumento do custo de vida através do PPI (paridade de preço de importação) adotado pelo Temer e continuado por Bolsonaro. Capitalismo = Estado burguês.
@@Willian1995 Eu vi o Ciro Gomes falando sobre isso aí.
@@Red-Kido Q coincidência, eu acabei de ver tbm kkkkk no flow?
Mas acho q o projeto q Ciro defende (ou qquer "nacionalismo econômico") é praticamente impossível sem uma revolução p se defender do Imperialismo e da sabotagem da burguesia. Se as forças armadas, p exemplo, forem contra esse projeto, quem vai impedir um golpe de Estado?
@@Willian1995 sim, no flow.
Você tem um ponto, mas eu gosto do projeto do Ciro.
Underground até chegar no "preço" certo🤑🤘🏾.
Acabei de ver umas (antigas) campanhas da 'Lubrax' (pros que não conhecem, um oleo para motor) num posto BR com os artistas Cauby Peixoto, Tetê Espíndola e Tim Maia transformando seus sucessos num hino para o óleo. hehehehehehe Lá atrás os Mutantes (Rita e irmãos Dias) já tinham feito pro posto Shell! É a vida, hã?
Tenho certeza de q deve haver um vídeo por aqui sobre isso, mas lá vai: seria Crumb um misógino escroto?
Todo artista vive o conflito entre o pão e a poesia, no mínimo a poesia precisa do papel que embrulha o pão para se manifestar e perdurar.
O Cioran falava algo mais ou menos parecido sobre isso. O Artista, e ele como escritor é um farsante. Se ele tivesse vivido a sua arte ele tinha se matado, pq quem conhece Cioran sabe do que ele falava, mas ele ta escrevendo livros tristes e vendendo esses livros. Ele não sucumbiu a sua filosofia.
Acho que o problema não está no adjetivo vendido, se não se discute o preço mediante o qual você se vende. Tem gente que se vende caro, a muito custo, como o Crumb. E há quem se venda por um valor tão rasteiro que acaba não valendo nada como pessoa. Vale citar os que se venderam por uma camiseta da seleção brasileira em 2018. Quanto será que valem hoje? 🤔
Não peguei a referencia da camiseta, qual foi o rolê?
@@izzy6865 meu filho, as eleições de 2018?
Boa analise, só vou discordar da conclusão de que o artista que nunca se vende é o que fracassou: porque a pessoa pode “se vender” e não vingar. Essa questão do se vender ou não é na realidade uma questão qualitativa. Fica claro que o único artista que “não se vende” é aquele que não tem a intenção de ganhar dinheiro com o trabalho dele e que não atende a uma expectativa do publico. Mas aí os exemplos mais a mão que me vem são os “artistas” de manicômio como o Bispo do Rosario, a chamada “outsider art”. Portanto um artista que “não se vende” na pratica é algo sempre relativo e proporcional ao tanto que ele sofrendo o assédio, não vende seu trabalho de forma indiscriminada. O exemplo mais imediato desse contraste é o calvin e haroldo e o garfield. Nesse contraste podemos chamar o primeiro como obra nao vendida e o segundo sim.
MUITO BOM
Os cara acham ruim o fato de fazerem sucesso. Estranho.
Acho que ele deveria ter vendido seu trabalho também para a banda inglesa e pego uma boa grana rsrs
perfeito o video embora tenha me dado um receio como artista , mas fazer o que né kkk !
Parabéns! Outra análise muito sensata!!
As pessoas se doendo como gatos esfolados...
Excelente como sempre! Obrigado pelas suas ponderações sobre como podemos pensar a arte.
8:20 mesmo se sairmos do capitalismo plenamente dito, os artistas ainda terão que "vender" a sua arte, afinal, os financiadores precisariam ver algum tipo de valor na arte apresentada, mesmo que no final a arte não se torne algo das massas, em algum momento a arte foi vendida.
Tem autores que ainda não são vendidos só porque ainda não morreram.
Vi o vídeo anterior da Claveloux (não nasci na França, tenho direito de escrever errado, é aquela do tubérculo sensualizando como felina) e lembrei do Crumb pelos traços nos desenhos em p&b mas evitei a comparação pra não expor um laivo machista como subtexto. Enfim, referenciar uma feminista por um homem, mesmo que seja o Crumb (que é um ser humano bem peculiar e admirável) é denunciar a minha ignorância sobre o tema "mulheres fodásticas que desenham fodasticamente" e macho que é macho não deve dar esta munição para as inimigas, já passo muita vergonha desenhando pessoas como uma convergência de palitos, só sobra tempo pra ser ridículo escrevendo aqui.
Viva a contradição.
baita vídeo.
O q dizer de Bill Watterson? Ja tem um video dele no canal, eu sei, mas acho q ele eh um exemplo de revolta total ao capitalismo, ao contrario desses artistas ele realmente parou
mas entra na parte que falou da cultuação.. Harold ganha "mil readições" do msmaterial.
ele acaba se beneficiando tbm
Mas vai viver de quê ? Como que ganha dinheiro ? Ou não ganha dinheiro e vive de água e sol (igual planta) ? kkkkkkk
@@nome3296 oh amigo, vc ta bem? Nao sei se vc entendeu meu ponto, mas ele parou cm os quadrinhos e proibiu de capitalizarem a obra dele fora os proprioa quadrinhos
essa vai diretamente para os fãs incondicionais de Hunter X Hunter.
Sim, tem muita coisa moralista nos fãs de Hunter X Hunter, mas também devemos lembrar que o quadro do Togashi é muito semelhante ao quadro do Miura... E com o Miura a gente já sabe no que isso levou.
@@MacondoEraEntaoUmaCidade pelo que o miura falava nós volumes antigos de berserk, ele tinha uma vida muito triste, ele demostrava ser uma pessoa que só vivia de trabalho, ele chega a dizer que se não sabia mais "mastigar" em público, algo assim, por coecidencia, na época que os hiatos começou, foi a época onde ele começou a cuidar mais da vida(nos últimos 12 anos)
Viva o capitalismo
fala isso quando tiver gibizinho sendo vendido por 500 reais no mercado livre rsrs
@@takezosan felizmente existe a concorrência
@takezosan isso aí é mais culpa de especulador mal caráter e idiota que aceita isso do que do sistema capitalista kkk
@Daniel Átilla Viva o capitalismo!
viva ao sistema que vai nos levar a extinção prematura :P
.
Acho que um debate interessante de se acrescentar a isso é justamente um trazido por Crumb em Blues e já comentado aqui. Que é a categoria de artista do sistema capitalista como aquele profissional que vende sua força de produção artística por dinheiro. Porém existem muitos aspectos artísticos cotidianos que não estão desligados da vida privada, quando começamos a pensar da arte de rangoli, no artesanato indigena, no próprio blues privado, no grafite underground, certamente essa arte hoje em dia ela pode ser vendida e autorada (feiras, canais de RUclips, exposições, etc...), mas ainda é muito vista como um aspecto cotidiano anônimo do espaço em que está inserida, e muitos desses artistas não são inseridos, e nem querem estar, na categoria "artista". Sempre me pego pensando sobre isso.
booa