Cenair Maicá - Bolicho

Поделиться
HTML-код
  • Опубликовано: 8 фев 2025
  • Bolicho
    (Cenair Maicá, Gilberto Carvalho)
    No balcão cheiro de risos de taboa velha riscada
    Maço de palha e o fumo numa estopa remangada
    Poeirada, muita cachaça e alguma rusga entaipada.
    O rádio que se desmancha num tangaço de Gardel
    Peça de chita floreada, renda, alpargata, pastel.
    E um gato velho brasino que a cuscada dá quartel.
    Bolicho beira-de-estrada, na solidão da campanha
    Onde o índio solitário afoga mágoas na canha.
    Morada dos cruzadores, onde o andejo sem rumo
    Busca na canha e no fumo matar saudades de amores.
    Lá fora tava que sobe, cá dentro trago que desce
    A goela da oito baixos canta até o que não conhece
    O truco bem orelhado desde segunda amanhece.
    Ninguém passa sem chegar no bolicho beira-estrada
    E o bolicheiro alarife tem a cara preparada,
    Às vezes sua livreta cobra quem não comprou nada.
    Bolicho beira-de-estrada, na solidão da campanha
    Onde o índio solitário afoga mágoas na canha.
    Morada dos cruzadores, onde o andejo sem rumo
    Busca na canha e no fumo matar saudades de amores.
  • ВидеоклипыВидеоклипы

Комментарии • 48