Sobre a "teoria" da banalidade do mal desenvolvida por Arendt nesse livro, ela diz respeito a três pilares sociais que fornecem um ambiente para a propagação de um novo tipo de sujeito, esses pilares são: a engrenagem (burocracia), culpa coletiva (onde todos são culpados ninguém é culpado) e consciência (perda da capacidade de julgamento moral). "O problema com Eichmann era exatamente que muitos eram como ele, e muitos não eram nem pervertidos, nem sádicos, mas eram e ainda são terrível e assustadoramente normais. Do ponto de vista de nossas instituições e de nossos padrões morais de julgamento, essa normalidade era muito mais apavorante do que todas as atrocidades juntas, pois implicava que como foi dito insistentemente em Nuremberg pelos acusados e seus advogados- esse era um tipo novo de criminoso, efetivamente hostis generis humani, que comete seus crimes em circunstâncias que tornam praticamente impossível para ele saber ou sentir que está agindo de modo errado..." (P.299) "...a essência do governo totalitário, e talvez de toda burocracia, seja transformar homens em funcionários e meras engrenagens, assim os desumanizando." (p. 312-313)
Otima colocação; em contramão a Eichmann, ela (a autora) acompanhou o julgamento de outro nazista: Franz Stangel (comandante do campo de exterminio de Treblinka) que tinha sangue nas mãos e gostava de matar. Ela inclusive o entrevistou e escreveu sobre ele (acho que o livro: Dentro do Abismo). Em fim, acho que Eichmann sabia que fez algo errado, pois teve a malicia de se esconder. E sinceramente, os métodos do MOSSAD (sequestro) foram "um mal necessário"; pois dizem que Justiça é apenas um nome bonito que damos para a vingança...
Muito bom comentário, acrescentando que os nazistas, todos sabiam que estavam praticando crimes terríveis por isso no término da guerra procuram disfarce e refúgio em países da América do sul até aqui no Brasil. Sobre o sequestro de Eichmann foi necessário, o governo da Argentina da época jamais permitiria a extradição de nazistas CRIMINOSOS da HUMANIDADDE. A teoria da banalidade do mal dita por Hannah Arendt é válida até hoje, veja os negacionistas, os revisionistas da história tentando justificar o nazismo, a banalidade de mortes no Brasil. Temos que ficar atentos e denunciar.
Pode ate ter algum embasamento nas ideias que a autora expõe (nao li o livro mas sei por alto do quê se trata) MAS... Essa Arendt com certeza nao estudou porra nenhuma sobre a vida de Otto Adolf Eichmann antes de fazer esse livro pra achar que ele era simplesmente um burocrata inocente, que fazia seu trabalho sem pensar nas consequências ou ignorando a máquina da qual ele supostamente seria somente um peão. ESTAVA ERRADA. Eichmann era alemão mas cresceu em Vienna e era membro do partido nazista Austriaco (o austro-fascismo nao era exatamente o mesmo que o alemão antes de 38 mas enfim..), quando do banimento do partido na Austria ele voltou pra Alemanha e ingressou na SS e um ano depois na SD, subiu de patente e foi juntando influência graças a seu forte ANTISEMITISMO (tão inocente..). Foi um dos poucos selecionados a tomar parte na famosa Conferência de Wanzsee aonde se decidiu finalmente o destino dos judeus. (Menos de 20 figurões participaram dessa reunião, todos chefes de setores políticos estratégicos do Reich, mas Eichmann que estava lá era um ingênuo e somente um burocrata simples né Hanna!?) RESPONSÁVEL DIRETO pela organização dos trens que levavam judeus de toda Europa para as máquinas da morte na Polônia, ele fiscalizou em pessoa alguns desses transportes, em certa ocasião viu com os próprios olhos as filas de judeus hungaros que seriam enviados para os campos e ele sabia o que os esperava. Um de seus subordinados testemunhou que ele se gabava de ter sido o responsável por ter cunhado o termo "Solução final", e de que o nome "Eichmann" tinha moral por conta do seu trabalho. Quando de sua execução suas ultimas palavras foram: "eu espero que vcs todos me sigam em breve" (algo parecido, nao lembro das palavras originais) Só um inocente burocrata nao é Hanna!? Meu Pal.
Também li esse livro durante o curso de direito e lembro-me de ter ficado muito reflexiva sobre a banalidade do mal. Não é necessário que exista nenhum traço psicótico ou diabólico em uma pessoa para que ela seja capaz de fazer as piores coisas possíveis. Em uma sociedade de medíocres, a catástrofe moral está à espreita a todo instante.
Tatiana, tem tbem o livro A casa da rua Garibaldi que mostra como Eichmann foi descoberto na Argentina. Ele é muito bem escrito e acho que vale a leitura. Bejios aqui da Bahia. Rsrs
Tati, recomendo fortemente o livro DESOBEDECER, de Frederic Gros que analisa a desobediência/obediência com base (entre outros mas, principalmente) nesse livro da Hannah Arendt.
Tati, o livro O Cérebro que não Sabia de Nada do neurocientista Dean Burnett, apresenta uma experiência onde a neurociência explica que é possível pessoas comuns fazerem coisas horríveis por "obediência". Ele comenta sobre o nazismo e apresenta um experimento onde as pessoas tinha que dar choques em outra (que era um ator, mas elas não sabiam). Mais da metade das pessoas infligiam dor à outra justificando que era apenas por obedecer ordens. Muito interessante! Inclusive o livro todo é maravilhoso!!! Recomendo fortemente!!! Bjs. Amo seu canal!!!!
Uma coisa é não lembrar, outra é não querer lembrar, ou seja "se fez de abestado" Nem ele ( Eichmann) admitiu o tipo de monstruosidade que foi praticado pelo regime, do qual ele participou ativamente. Acho que ele deu uma de esperto, tentando escapar da forca. Uma pessoa normal e honesta se arrependeria, teria assumido suas faltas e aceito a condenação. Tipo o ladrão na cruz. que reconheceu seus erros. Eichmann, um covarde, com medo da morte, se dizia inocente, no fundo ele sabia a verdade. Poderia ter dito não ao seus superiores, não quis dizer por interesse de subir na carreira militar. Achava que o regime iria durar 1000 anos. Não durou e se lascou.
Tati, bom dia ! Não sei se vc tem o hábito de ouvir podcast mas tem um, chamado República do Medo que vai tratar do Experimento de Milgram em um de seus episódios. É interessante pq a discussão vai muito de encontro ao que vc discutiu sobre a banalidade do mal e até onde o ser humano pode ir quando se ampara nas ordens de outra pessoa.
Essa questão de " Eu estava apenas cumprindo ordens", lembrou muito o livro As benevolentes, frase citada várias vezes pelo carrasco. Já vou colocar este título para minha lista de leituras. Obrigada pelo vídeo incrível, Tati!
Perfeito! Por exemplo, smj, existe um certo paralelo entre o facínora do EICHMANN e muitas personagens bíblicas como MOISÉS , DAVI, SAUL e JOSUÉ que tb "cumpriam ordens" para dizimarem vária tribos...
Queria tanto ter tempo e maturidade pra ler tudo que você indica!😁 Mas obrigada por poder saber um pouquinho desses livros pelas tuas maravilhosas resenhas.😘
Tenho esse livro, desde os tempos do curso de História. O Eichmann, juntamente com o Joseph Mengele, Klaus Barbie e outros nazistas, que fugiram pra América do Sul. Foram indivíduos que foram ajudados na fuga pós guerra, por uma rede de simpatizantes nazistas espalhados pelo continente. Esse episódio é narrado em livro chamado "Operação Odessa".
Tive diversas discussões a respeito desse livro na disciplina Filosofia do Direito. Houve um debate a respeito da supralegalidade da dignidade humana. Além disso, falamos sobre a vedação ao tribunal de excessão.
Caramba, estou lendo Exodus e meu marcador está parado justamente na parte do livro que fala sobre essa decisão final de Eichmann. Que timing!! Uau, é por isso que eu adoro esse canal Aliás, Exodus (Leon Uris) é um livro muito interessante que relata muitos acontecimentos do nazismo
5 лет назад+9
Tati, tem um filme na netflix sobre a captura do Eichmann na argentina: Operação Final. Muito bom. Parabéns pelo vídeo e pelo seu trabalho.
Uma coisa nada a ver com o conteúdo em si é ver que uma série de textos de tamanho volume saíram numa REVISTA e foram lidos. Seria como se um livro fosse dividido em algumas partes e fosse publicado numa Veja da vida... E tenha sido LIDO pelo público. Realmente involuimos muito em certos aspectos. Hoje é difícil conseguir que um texto curto seja lido num blog, imagine isso, num jornal ou revista. Eu recomendaria, ainda, assistir a dois filmes em sequência: primeiro o Hannah Arendt, cinebiografia que aborda justamente o período da cobertura da Hannah ao julgamento de Eichmann; e Operação Final, que trata do sequestro dele e condução ao seu julgamento. Este último está na Netflix, e o primeiro aqui no RUclips.
Para quem se interessar pelo tema, sugiro o documentário "Vita Activa: The Spirit of Hannah Arendt" da Ada Ushpiz. 68 minutos de puro mergulho nas relações de Hannah com judaísmo, incluindo seu romance com Martin Heidegger, que fora seu professor e atuante no partido Nazista alemão. Sugiro também as duas biografias, uma mais recente e mais completa, "Nos Passos de Hannah Arendt" da Laure Adler e uma mais resumida e mais teórica, "Por Amor ao Mundo" de Elisabeth Young-Bruehl. Cruciais para a compreensão da mente de Hannah é entender de onde ela sai, como foi forjada. Desde a fenomenologia de Husserl, as aulas de Heidegger e as relações com Karls Jaspers e outros judeus.
Tem um filme no Netflix chamado Operação Final (que por coincidência assisti ontem) e fala exatamente sobre a captura do Eichmann. Gostei bastante. O Ben Kinsley interpreta o nazista foragido na Argentina e sua atuação é magnífica. Fiquei muito intrigada com o filme e seus personagens então essa resenha veio num momento muito fortuito pra mim. :) Sou frequentadora recente do seu canal mas já gosto muito. Queria muito te agradecer pelo seu trabalho. Obrigada.
Tati, mto bom o vídeo. Hannah passa muitas dificuldades para sair da Europa, sobretudo quando ela estava na França. Salvo engano ela consegue ir aos EUA via Portugal. Ela sai praticamente no último dia em que foi permitido que as pessoas passassem por ali. Recomendo duas excelentes biografias sobre ela: Hannah Arendt, Por amor ao mundo, de Elizabeth Young Bruehl, ed. Relume Dumará; Nos Passos de Hannah Arendt, Laure Adler, Ed. Record
O filme "Hannah Arendt", de 2012, retrata esse período em que a Dra. Arendt foi a Jerusalém fazer a cobertura jornalística (ou estudo sociológico) do julgamento de Eichmann.
Eu fiz um trabalho de direito internacional público falando sobre esse caso e que todo o julgamento e todo o transporte dele pra Jerusalém é muito questionado.
Quais foram os questionamentos!? Ele era culpado total, totalmente envolvido, foi um dos poucos a participar da seleta da conferência de Wansee, responsável mor pela logística da morte, se gabava de ter criado o termo solução final e etc.. Qualquer mal trato que ele tenha sofrido foi merecido.
Esse é uma baita livro mesmo. Recomendo, para quem quiser, o filme "Hannah Arendt" (2012) que narra exatamente o momento da coberta feita pela autora para a NY.
Oi Tati, tudo bem? Só uma coisinha: a gente chama ela de filosofa, mas sempre que a chamavam assim, ela corrigia a pessoa dizendo que não era filosofa, mas sim uma pensadora política. Amo esse livro, li ele em dezembro pra minha dissertação de mestrado, e foi a resenha mais difícil que tive que fazer hahahaha beijocas
Vídeo muito bom, lembrando que existe o filme Hannah Arendt, onde boa parte da vida dela é relatado. O filme mostra a juventude dela, mostra seu envolvimento amoroso com o filósofo Martin Heidegger, e também mostra todo esse processo de prisão, deportação e julgamento de Eichman, inclusive, com cenas e áudios reais do julgamento. A Netflix fez também um filme chamado A Solução Final, tendo nada menos que Ben Kingsley no papel de Eichmann, mas o filme da Hannah é melhor.
Ouvi alguns relatos de antigos Nazistas que por incrível que pareça, eles dizem não "saber" que estavam fazendo errado, para muitos cometer aquelas atrocidades era fazer o certo pq isso que era ensinado na época. Se essas declarações são verdadeiras ou não, é relativo pois se trata de milhares de pessoas. Enfim, Excelente resenha e ctz vai entrar na minha Wishlist Tati! 🍀
@@autorapriscilagomes pera lá.. Os alemães Não executavam seus proprios soldados que se recusassem a participar do "Holocausto de balas" cometidos pelos Einzatskommando, participava quem queria. Se um dissesse que nao ia ele era simplesmente transferido. Depende da situação. Criaram as câmeras de gás justamente porque estava afetando o psicologico dos soldados "obrigados" a atirarem em judeus. Mas como eu disse, a recusa pra tomar parte em tais exterminios nao resultava em morte do soldado, geralmente era transferência ou no máximo batalhao penal.
Tatiana, o filme "Operação Final" também é excelente como fonte complementar ao livro. Trata-se de como se deu o processo de rapto para levar Eichmann a Israel.
Vale a pena o livro CAÇANDO EICHMANN. Conta detalhes da fuga e exílio na Argentina. Especial destaque para a rede de proteção que os nazistas fugitivos tinham à disposição: clubes, jornais, empregos públicos para todos. Era muito nazista. Inclusive aquelas casinhas alemãs lindas de Bariloche não era outra coisa senão reflexo da colônia nazista no sul do país.
Recomendo duas excelentes biografias sobre ela: Hannah Arendt, Por amor ao mundo, de Elizabeth Young Bruehl, ed. Relume Dumará; Nos Passos de Hannah Arendt, Laure Adler, Ed. Record
Tatiana, tem um filme de 2012 chamado "Hannah Arendt", que fala justamente dessa reportagem que ela escreveu pra New Yorker. Vale a pena ver! Abraços, adoro seu canal.
Nunca li esse livro, mas destaco a boa explicação e resumo da autora do vídeo, mas confesso que não entendo o teor de isenção dos crimes contra os judeus por parte do Eichmann
Não é q é esquisito. Volta muitos anos atrás, quando tinha mais guerras, as pessoas n fazia guerra n pq eram maus em si, mas pq pra eles aquilo era o "NORMAL" era o q eles viviam n tinham outro exemplo, parâmetro diferente q mostrasse q matar era algo ruim, feio e desnecessário.
Tati, um livro sobre o nazismo que me chamou muito a atenção foi "Ravensbruck" da Sarah Helm. Fala de um campo de concentração quase exclusivo para mulheres, inclusive notórias criminosas de guerra como a guarda Irma Grese foram treinadas neste campo. Acho que vale a pena dar uma lida
Ao ver você relatar a "normalidade" do Eichmann me veio a mente a seguinte frase dita pelo Coringa em The Killing Joke: "Basta um dia ruim para reduzir o mais são dos homens a um lunático"
Esse livro é muito bom mesmo. Caso queira conhecer um pouco mais acerca das ações furtivas e dissuasórias do recém-criado Estado de Israel (1948) e sua inicial demonstração de força ao mundo, no intuito de localizar, capturar e exfiltrar Eichmann da Argentina, busque a única e essencial obra: A Casa da Rua Garibaldi, de Isser Harel.
Tati, sobre a banalização é interessante ver o Experimento de Aprionamento de Milgram... tem o filme na Netflix e vários outros documentários! Vale a pena.
Eu li esse livro agora pouco, putz, o bagulho ficou muito louco quando a Hanna cita os einsatzgruppen e os trens que saiam sem rumo com judeus dentro e não parava enquanto eles estivessem mortos
Este livro é realmente excelente, assim como a obra da Hanna Arendt. Recomendo muito o Origens do Totalitarismo. É uma grande análise destes tipos de governo. A Hanna Arendt sofreu bastante crítica da comunidade judaica, que achou que ela foi muito benevolente na narrativa do caso Eichmann. Além disso, o fato de ter sido amante de Heidegger também não ajudou muito...rs Ele foi um reconhecido filósofo alemão, que esteve ligado em um bom período ao partido nazista. Pessoalmente, acho que a análise dela é imparcial e correta em grande parte. Mas muita gente acha que ela falava uma coisa e “dormia com o inimigo”. Vale a pena ler e tirar as próprias conclusões! Abraços!
Bom dia. Sem palavras. Não vou dizer que sou um 'especialista em Segunda Guerra' e pós guerra. Longe de mim isso, mas eu gosto pra caramba da temática. Vale lembrar, que repúdio 'a filosofia nazi' e não glorifico nem um personagem. Vários livros (relacionados ao tema) estão na minha lista. Já li alguns dos aposentados aqui. E mt me encantou ver 'uma dama' lendo esses 'monstros', como Sussurros, O Livro Negro do Comunismo etc etc 👏🏻👏🏻👏🏻 parabéns sempre
Parabens pela Resenha, há um filme muito bom chamado "HANNA ARENDT", de Margareth Von Trotta que explica esse momento da vida dela, durante a escritura das reportagens sobre o julgamento de Eichman. Inclusive o isolamento que a autora sofre por causa de suas teses, a própria comunidade judaica se afasta dela por isso. O tema do filme, alias sai da boca do personagem Heidegger, que foi professor dela e amante: "Pensar diferente nos deixa solitarios". ruclips.net/video/qeGg-ZwkCTA/видео.html ruclips.net/video/LYGVAFKpvXM/видео.html
Excelente vídeo. Para o ano que vem, tenho um projeto de ler só livros sobre a segunda guerra mundial. Para me aprofundar no assunto. Esse livro é muito provável que encabece a minha lista ao lado da biografia completa de Hitler.
Já li, mas fiquei com a impressão que não absorvi tudo. Preciso reler.
5 лет назад
Esse tipo de livro me interessa bastante. Esse Eichmann devia ser um vil e volúvel. Sou a favor de pena perpétua com serviço forçado e sem visita íntima e sou contra pena de morte, mesmo em julgamento de guerra. Abraço e boa semana para ti. 🙋♀️💚🌼🍀
Tati, como é a tradução desse livro? Pq, eu leio em inglês e, é muito difícil? Eu moro em Londres e, até meus professores do mestrado dizem que ler Arendt é muito mais challenging to que ler Foucault. Estou perguntando pq se for mais “tranquilo”, vou comprar em português. :-). Ótima resenha como sempre. 😊
Olha, li The Human Condition em inglês e o livro não tem uma linguagem tão difícil assim... corrigindo o colega aqui, The New Yorker não é um jornal de grande circulação. É uma espécie de revista literária e tem como alvo um público mais intelectualizado mesmo. Não é um inglês fácil, mas não chega a ser uma bíblia King James e imagino que vá conseguir ler tranquilamente. Inclusive, recomendo a leitura no original. Arendt costuma usar vários argumentos linguísticos e traduções nem sempre fisgam isso direito...
Oi Tati,ano passado li um livro muito bom(e enorme) Pós Guerra, uma história da Europa desde 1945(Tony Judt) que mostra,entre outras coisas, um pouco como o terror não acabou com o fim da guerra.Muitas populações de minorias étnicas foram desterritorializadas e massacradas e continuaram a sofrer com a Cortina de Ferro.Tenho outro livro,Continente Selvagem,que é sobre estes conflitos que continuaram depois de 1945,você conhece algum deles?
Oi Tati! Maravilhoso o vídeo, mais um para a listinha! ;) , Vc me inspira sempre a ler mais e a ler grandes obras, obrigada pelo seu trabalho super bem feito e com tanto carinho! Beijão
O filme Hannah Arendt (apesar de seus defeitos) também mostra toda a repercussão que esse livro teve na época. Foi um livro bem rejeitado na época justamente por essa humanização do outro lado, dizendo que ela foi muito permissiva.
Sobre a "teoria" da banalidade do mal desenvolvida por Arendt nesse livro, ela diz respeito a três pilares sociais que fornecem um ambiente para a propagação de um novo tipo de sujeito, esses pilares são: a engrenagem (burocracia), culpa coletiva (onde todos são culpados ninguém é culpado) e consciência (perda da capacidade de julgamento moral).
"O problema com Eichmann era exatamente que muitos eram como ele, e muitos não eram nem pervertidos, nem sádicos, mas eram e ainda são terrível e assustadoramente normais. Do ponto de vista de nossas instituições e de nossos padrões morais de julgamento, essa normalidade era muito mais apavorante do que todas as atrocidades juntas, pois implicava que como foi dito insistentemente em Nuremberg pelos acusados e seus advogados- esse era um tipo novo de criminoso, efetivamente hostis generis humani, que comete seus crimes em circunstâncias que tornam praticamente impossível para ele saber ou sentir que está agindo de modo errado..." (P.299)
"...a essência do governo totalitário, e talvez de toda burocracia, seja transformar homens em funcionários e meras engrenagens, assim os desumanizando." (p. 312-313)
excelente comentário!!! vamos aplicar isto nos nossos dias atuais!! ABS!
Otima colocação; em contramão a Eichmann, ela (a autora) acompanhou o julgamento de outro nazista: Franz Stangel (comandante do campo de exterminio de Treblinka) que tinha sangue nas mãos e gostava de matar. Ela inclusive o entrevistou e escreveu sobre ele (acho que o livro: Dentro do Abismo). Em fim, acho que Eichmann sabia que fez algo errado, pois teve a malicia de se esconder. E sinceramente, os métodos do MOSSAD (sequestro) foram "um mal necessário"; pois dizem que Justiça é apenas um nome bonito que damos para a vingança...
De perto, ninguém é normal, mas, com certeza, assustador...
Muito bom comentário, acrescentando que os nazistas, todos sabiam que estavam praticando crimes terríveis por isso no término da guerra procuram disfarce e refúgio em países da América do sul até aqui no Brasil. Sobre o sequestro de Eichmann foi necessário, o governo da Argentina da época jamais permitiria a extradição de nazistas CRIMINOSOS da HUMANIDADDE. A teoria da banalidade do mal dita por Hannah Arendt é válida até hoje, veja os negacionistas, os revisionistas da história tentando justificar o nazismo, a banalidade de mortes no Brasil. Temos que ficar atentos e denunciar.
Pode ate ter algum embasamento nas ideias que a autora expõe (nao li o livro mas sei por alto do quê se trata)
MAS...
Essa Arendt com certeza nao estudou porra nenhuma sobre a vida de Otto Adolf Eichmann antes de fazer esse livro pra achar que ele era simplesmente um burocrata inocente, que fazia seu trabalho sem pensar nas consequências ou ignorando a máquina da qual ele supostamente seria somente um peão.
ESTAVA ERRADA.
Eichmann era alemão mas cresceu em Vienna e era membro do partido nazista Austriaco (o austro-fascismo nao era exatamente o mesmo que o alemão antes de 38 mas enfim..), quando do banimento do partido na Austria ele voltou pra Alemanha e ingressou na SS e um ano depois na SD, subiu de patente e foi juntando influência graças a seu forte ANTISEMITISMO (tão inocente..).
Foi um dos poucos selecionados a tomar parte na famosa Conferência de Wanzsee aonde se decidiu finalmente o destino dos judeus. (Menos de 20 figurões participaram dessa reunião, todos chefes de setores políticos estratégicos do Reich, mas Eichmann que estava lá era um ingênuo e somente um burocrata simples né Hanna!?)
RESPONSÁVEL DIRETO pela organização dos trens que levavam judeus de toda Europa para as máquinas da morte na Polônia, ele fiscalizou em pessoa alguns desses transportes, em certa ocasião viu com os próprios olhos as filas de judeus hungaros que seriam enviados para os campos e ele sabia o que os esperava.
Um de seus subordinados testemunhou que ele se gabava de ter sido o responsável por ter cunhado o termo "Solução final", e de que o nome "Eichmann" tinha moral por conta do seu trabalho.
Quando de sua execução suas ultimas palavras foram: "eu espero que vcs todos me sigam em breve" (algo parecido, nao lembro das palavras originais)
Só um inocente burocrata nao é Hanna!?
Meu Pal.
Também li esse livro durante o curso de direito e lembro-me de ter ficado muito reflexiva sobre a banalidade do mal.
Não é necessário que exista nenhum traço psicótico ou diabólico em uma pessoa para que ela seja capaz de fazer as piores coisas possíveis.
Em uma sociedade de medíocres, a catástrofe moral está à espreita a todo instante.
Se eu continuar assim, querendo ler todos os livros que a Tati indica, não sei onde vou parar.
Não pare, amigo!
Longe, com certeza.
Estamos juntos, amigo... Kkkk
Kkkkkkkkkkk compradores compulsórios, mas amo
Tatiana, recomendo também o filme "operação final" que conta a história do sequestro do Eichman na Argentina. É muito bom.
Acabei de assistir, por isso estou aqui. Muito bom!!!
Exatamente o filme e
ótimo está na Netflix
Conheci a Hannah Arendt na faculdade de Direito, estudando sobre o totalitarismo.
Me impactou bastante a leitura de "A condição humana", embora eu tb tenha lido "As origens do totalitarismo".
@@Astak1000 Clássicos! Hannah Arendt sempre me deixa desconfortável pela sinceridade brutal de suas ideias.
Seu vídeo calhou na hora certíssima, estou estudando sobre Eichmann e nada melhor que um vídeo seu falando sobre o livro
Tatiana, tem tbem o livro A casa da rua Garibaldi que mostra como Eichmann foi descoberto na Argentina. Ele é muito bem escrito e acho que vale a leitura. Bejios aqui da Bahia. Rsrs
Ops, BA tb, tmj. Leiam "Dentro do Abismo" (da mesma autora).
Tati, recomendo fortemente o livro DESOBEDECER, de Frederic Gros que analisa a desobediência/obediência com base (entre outros mas, principalmente) nesse livro da Hannah Arendt.
Tati, o livro O Cérebro que não Sabia de Nada do neurocientista Dean Burnett, apresenta uma experiência onde a neurociência explica que é possível pessoas comuns fazerem coisas horríveis por "obediência". Ele comenta sobre o nazismo e apresenta um experimento onde as pessoas tinha que dar choques em outra (que era um ator, mas elas não sabiam). Mais da metade das pessoas infligiam dor à outra justificando que era apenas por obedecer ordens. Muito interessante! Inclusive o livro todo é maravilhoso!!! Recomendo fortemente!!! Bjs. Amo seu canal!!!!
Uma coisa é não lembrar, outra é não querer lembrar, ou seja "se fez de abestado" Nem ele ( Eichmann) admitiu o tipo de monstruosidade que foi praticado pelo regime, do qual ele participou ativamente. Acho que ele deu uma de esperto, tentando escapar da forca. Uma pessoa normal e honesta se arrependeria, teria assumido suas faltas e aceito a condenação. Tipo o ladrão na cruz. que reconheceu seus erros. Eichmann, um covarde, com medo da morte, se dizia inocente, no fundo ele sabia a verdade. Poderia ter dito não ao seus superiores, não quis dizer por interesse de subir na carreira militar. Achava que o regime iria durar 1000 anos. Não durou e se lascou.
Tati, bom dia ! Não sei se vc tem o hábito de ouvir podcast mas tem um, chamado República do Medo que vai tratar do Experimento de Milgram em um de seus episódios. É interessante pq a discussão vai muito de encontro ao que vc discutiu sobre a banalidade do mal e até onde o ser humano pode ir quando se ampara nas ordens de outra pessoa.
Essa questão de " Eu estava apenas cumprindo ordens", lembrou muito o livro As benevolentes, frase citada várias vezes pelo carrasco. Já vou colocar este título para minha lista de leituras. Obrigada pelo vídeo incrível, Tati!
Interessante que em vários momentos da história "estava apenas cumprindo ordens".....
O Diabo veste Prada kkkkkkk
Perfeito! Por exemplo, smj, existe um certo paralelo entre o facínora do EICHMANN e muitas personagens bíblicas como MOISÉS , DAVI, SAUL e JOSUÉ que tb "cumpriam ordens" para dizimarem vária tribos...
é a consequência do comportamento de manda..
@@ronniecortex4936 boa comparação
Verdade essa é a pior desculpa a ser dada
Você é radiante! Maravilhosa! Me traz alegria e paz te ouvir! Obrigado por existir!
Queria tanto ter tempo e maturidade pra ler tudo que você indica!😁 Mas obrigada por poder saber um pouquinho desses livros pelas tuas maravilhosas resenhas.😘
Tenho esse livro, desde os tempos do curso de História. O Eichmann, juntamente com o Joseph Mengele, Klaus Barbie e outros nazistas, que fugiram pra América do Sul. Foram indivíduos que foram ajudados na fuga pós guerra, por uma rede de simpatizantes nazistas espalhados pelo continente. Esse episódio é narrado em livro chamado "Operação Odessa".
Tive diversas discussões a respeito desse livro na disciplina Filosofia do Direito. Houve um debate a respeito da supralegalidade da dignidade humana. Além disso, falamos sobre a vedação ao tribunal de excessão.
Estou começando a gostar de ler por causa desse canal. Parabéns por seu trabalho. Forte abraço.
Caramba, estou lendo Exodus e meu marcador está parado justamente na parte do livro que fala sobre essa decisão final de Eichmann. Que timing!! Uau, é por isso que eu adoro esse canal
Aliás, Exodus (Leon Uris) é um livro muito interessante que relata muitos acontecimentos do nazismo
Tati, tem um filme na netflix sobre a captura do Eichmann na argentina: Operação Final. Muito bom. Parabéns pelo vídeo e pelo seu trabalho.
Uma coisa nada a ver com o conteúdo em si é ver que uma série de textos de tamanho volume saíram numa REVISTA e foram lidos. Seria como se um livro fosse dividido em algumas partes e fosse publicado numa Veja da vida... E tenha sido LIDO pelo público. Realmente involuimos muito em certos aspectos. Hoje é difícil conseguir que um texto curto seja lido num blog, imagine isso, num jornal ou revista. Eu recomendaria, ainda, assistir a dois filmes em sequência: primeiro o Hannah Arendt, cinebiografia que aborda justamente o período da cobertura da Hannah ao julgamento de Eichmann; e Operação Final, que trata do sequestro dele e condução ao seu julgamento. Este último está na Netflix, e o primeiro aqui no RUclips.
Para quem se interessar pelo tema, sugiro o documentário "Vita Activa: The Spirit of Hannah Arendt" da Ada Ushpiz. 68 minutos de puro mergulho nas relações de Hannah com judaísmo, incluindo seu romance com Martin Heidegger, que fora seu professor e atuante no partido Nazista alemão. Sugiro também as duas biografias, uma mais recente e mais completa, "Nos Passos de Hannah Arendt" da Laure Adler e uma mais resumida e mais teórica, "Por Amor ao Mundo" de Elisabeth Young-Bruehl. Cruciais para a compreensão da mente de Hannah é entender de onde ela sai, como foi forjada. Desde a fenomenologia de Husserl, as aulas de Heidegger e as relações com Karls Jaspers e outros judeus.
Tem um filme no Netflix chamado Operação Final (que por coincidência assisti ontem) e fala exatamente sobre a captura do Eichmann. Gostei bastante. O Ben Kinsley interpreta o nazista foragido na Argentina e sua atuação é magnífica.
Fiquei muito intrigada com o filme e seus personagens então essa resenha veio num momento muito fortuito pra mim. :)
Sou frequentadora recente do seu canal mas já gosto muito. Queria muito te agradecer pelo seu trabalho. Obrigada.
Banalidade do mal em uma frase: "se vai morrer inocente, tudo bem"
LIVRAÇO! RELIDO E REFICHADO (se é que existe essa palavra!) EM 2021! Professora Tati é show de bola! 👏👏👏👏👏
Tati, mto bom o vídeo. Hannah passa muitas dificuldades para sair da Europa, sobretudo quando ela estava na França. Salvo engano ela consegue ir aos EUA via Portugal. Ela sai praticamente no último dia em que foi permitido que as pessoas passassem por ali. Recomendo duas excelentes biografias sobre ela: Hannah Arendt, Por amor ao mundo, de Elizabeth Young Bruehl, ed. Relume Dumará; Nos Passos de Hannah Arendt, Laure Adler, Ed. Record
O filme "Hannah Arendt", de 2012, retrata esse período em que a Dra. Arendt foi a Jerusalém fazer a cobertura jornalística (ou estudo sociológico) do julgamento de Eichmann.
O filme Operação Final fala de como os judeus conseguiram capturar Eichman. Vale conferir também. Ótimo vídeo, Tati 😘
Eu fiz um trabalho de direito internacional público falando sobre esse caso e que todo o julgamento e todo o transporte dele pra Jerusalém é muito questionado.
Quais foram os questionamentos!?
Ele era culpado total, totalmente envolvido, foi um dos poucos a participar da seleta da conferência de Wansee, responsável mor pela logística da morte, se gabava de ter criado o termo solução final e etc..
Qualquer mal trato que ele tenha sofrido foi merecido.
Esse é uma baita livro mesmo. Recomendo, para quem quiser, o filme "Hannah Arendt" (2012) que narra exatamente o momento da coberta feita pela autora para a NY.
Oi Tati, tudo bem?
Só uma coisinha: a gente chama ela de filosofa, mas sempre que a chamavam assim, ela corrigia a pessoa dizendo que não era filosofa, mas sim uma pensadora política. Amo esse livro, li ele em dezembro pra minha dissertação de mestrado, e foi a resenha mais difícil que tive que fazer hahahaha beijocas
Vídeo muito bom, lembrando que existe o filme Hannah Arendt, onde boa parte da vida dela é relatado. O filme mostra a juventude dela, mostra seu envolvimento amoroso com o filósofo Martin Heidegger, e também mostra todo esse processo de prisão, deportação e julgamento de Eichman, inclusive, com cenas e áudios reais do julgamento. A Netflix fez também um filme chamado A Solução Final, tendo nada menos que Ben Kingsley no papel de Eichmann, mas o filme da Hannah é melhor.
Amo as tuas análises Tati!
Suas resenhas são sempre deliciosas de assistir!
O livro é muito bom é necessário porém faltou pe de página para explicar vários termos e fatos que não sabemos!
Ouvi alguns relatos de antigos Nazistas que por incrível que pareça, eles dizem não "saber" que estavam fazendo errado, para muitos cometer aquelas atrocidades era fazer o certo pq isso que era ensinado na época. Se essas declarações são verdadeiras ou não, é relativo pois se trata de milhares de pessoas. Enfim, Excelente resenha e ctz vai entrar na minha Wishlist Tati! 🍀
Uma época com dois lados, pois era necessário cumprir as missões, senão morreria.
@@autorapriscilagomes pera lá..
Os alemães Não executavam seus proprios soldados que se recusassem a participar do "Holocausto de balas" cometidos pelos Einzatskommando, participava quem queria.
Se um dissesse que nao ia ele era simplesmente transferido.
Depende da situação. Criaram as câmeras de gás justamente porque estava afetando o psicologico dos soldados "obrigados" a atirarem em judeus. Mas como eu disse, a recusa pra tomar parte em tais exterminios nao resultava em morte do soldado, geralmente era transferência ou no máximo batalhao penal.
Estou lendo, vou fazer meu TCC no pensamento de Hannah Arendt! Estou gostando muito da leitura!
Tatiana, o filme "Operação Final" também é excelente como fonte complementar ao livro. Trata-se de como se deu o processo de rapto para levar Eichmann a Israel.
Vale a pena o livro CAÇANDO EICHMANN. Conta detalhes da fuga e exílio na Argentina. Especial destaque para a rede de proteção que os nazistas fugitivos tinham à disposição: clubes, jornais, empregos públicos para todos. Era muito nazista. Inclusive aquelas casinhas alemãs lindas de Bariloche não era outra coisa senão reflexo da colônia nazista no sul do país.
Adoro a Hannah Arendt. Ela tem uma escrita vigorosa e apaixonada
Saudades de acordar às 9 no domingo e já virar pro lado pra ver o vídeo da Tati... Hahahahahaha
Videos incríveis o da Tati.
Recomendo duas excelentes biografias sobre ela: Hannah Arendt, Por amor ao mundo, de Elizabeth Young Bruehl, ed. Relume Dumará; Nos Passos de Hannah Arendt, Laure Adler, Ed. Record
O ser humano é, em sua essência, mal. A maioria luta contra, muitos outros se entregam...
Tatiana, tem um filme de 2012 chamado "Hannah Arendt", que fala justamente dessa reportagem que ela escreveu pra New Yorker. Vale a pena ver!
Abraços, adoro seu canal.
Nunca li esse livro, mas destaco a boa explicação e resumo da autora do vídeo, mas confesso que não entendo o teor de isenção dos crimes contra os judeus por parte do Eichmann
Não é q é esquisito. Volta muitos anos atrás, quando tinha mais guerras, as pessoas n fazia guerra n pq eram maus em si, mas pq pra eles aquilo era o "NORMAL" era o q eles viviam n tinham outro exemplo, parâmetro diferente q mostrasse q matar era algo ruim, feio e desnecessário.
Tati, um livro sobre o nazismo que me chamou muito a atenção foi "Ravensbruck" da Sarah Helm. Fala de um campo de concentração quase exclusivo para mulheres, inclusive notórias criminosas de guerra como a guarda Irma Grese foram treinadas neste campo. Acho que vale a pena dar uma lida
SOBRE "A BANALIDADE DO MAL" VER O FILME "O LEITOR".
Ao ver você relatar a "normalidade" do Eichmann me veio a mente a seguinte frase dita pelo Coringa em The Killing Joke:
"Basta um dia ruim para reduzir o mais são dos homens a um lunático"
Não. É no estado de lucidez mesmo que se praticam o pior que a vida pode praticar.
basta um dia ruim para reduzir o mais san dos homens a um lunático
Eu amo que não há um livro que eu queira, pesquise no RUclips e não tenha uma resenha de Tati sobre o mesmo hahaha ❤
Tatiana você é incrível. Sou seu fan!!!
Ou seja, ele era a perfeição em forma humana.
Parabéns pelo seu trabalho Tatiana!!!!!
Esse livro é muito bom mesmo. Caso queira conhecer um pouco mais acerca das ações furtivas e dissuasórias do recém-criado Estado de Israel (1948) e sua inicial demonstração de força ao mundo, no intuito de localizar, capturar e exfiltrar Eichmann da Argentina, busque a única e essencial obra: A Casa da Rua Garibaldi, de Isser Harel.
Tati, sobre a banalização é interessante ver o Experimento de Aprionamento de Milgram... tem o filme na Netflix e vários outros documentários! Vale a pena.
Eu li esse livro agora pouco, putz, o bagulho ficou muito louco quando a Hanna cita os einsatzgruppen e os trens que saiam sem rumo com judeus dentro e não parava enquanto eles estivessem mortos
Este livro é realmente excelente, assim como a obra da Hanna Arendt. Recomendo muito o Origens do Totalitarismo. É uma grande análise destes tipos de governo. A Hanna Arendt sofreu bastante crítica da comunidade judaica, que achou que ela foi muito benevolente na narrativa do caso Eichmann. Além disso, o fato de ter sido amante de Heidegger também não ajudou muito...rs Ele foi um reconhecido filósofo alemão, que esteve ligado em um bom período ao partido nazista.
Pessoalmente, acho que a análise dela é imparcial e correta em grande parte. Mas muita gente acha que ela falava uma coisa e “dormia com o inimigo”. Vale a pena ler e tirar as próprias conclusões! Abraços!
Li Hannah Arendt no semestre passado sobre políticas e totalitarismo. Preciso ler esse
Excelente. Tem um bom filme na Netflix de nome, Operação Final que retrata a operação de resgate do sujeito da Argentina, e posterior julgamento.
Tem um filme na Netflix que conta a história a Eichmann, chama se Operação Final com Ben Kingsley. Vale apena assistir.
Tati, o filme Operação Final da Netflix, fala da operação de captura do Eichmann na Argentina! Vale assistir!
Eu sei que é clichê dizer isso mas, me parece um livro essencial pra se ler hoje em dia
Tem um filme no Netflix muito interessante a respeito da capitura do Eirchmann em Buenos Aires... "Plano final", penso que é esse o nome do filme
Bom dia. Sem palavras. Não vou dizer que sou um 'especialista em Segunda Guerra' e pós guerra. Longe de mim isso, mas eu gosto pra caramba da temática. Vale lembrar, que repúdio 'a filosofia nazi' e não glorifico nem um personagem. Vários livros (relacionados ao tema) estão na minha lista. Já li alguns dos aposentados aqui. E mt me encantou ver 'uma dama' lendo esses 'monstros', como Sussurros, O Livro Negro do Comunismo etc etc 👏🏻👏🏻👏🏻 parabéns sempre
Ela é idêntica a uma atriz de Supernatural. Linda!
Parabens pela Resenha, há um filme muito bom chamado "HANNA ARENDT", de Margareth Von Trotta que explica esse momento da vida dela, durante a escritura das reportagens sobre o julgamento de Eichman. Inclusive o isolamento que a autora sofre por causa de suas teses, a própria comunidade judaica se afasta dela por isso. O tema do filme, alias sai da boca do personagem Heidegger, que foi professor dela e amante: "Pensar diferente nos deixa solitarios".
ruclips.net/video/qeGg-ZwkCTA/видео.html
ruclips.net/video/LYGVAFKpvXM/видео.html
Tatiana, com todo o respeito, você está linda.
Interessante! tem o filme Operação Final na Netflix que mostra a captura do Eichman e o julgamento e condenação.
Esse livro me assombra sempre que estudo um pouco mais sobre ele. Assombra porque o vilanismo é marcada por pessoas comuns.
A Netflix também fez um filme sobre a captura do Eichmann...muito bom
Tati, você é "A Booktuber"... Só você para trazer essa perola...
Parabéns! Excelente análise. Grata.
Hannah dá uma aula de imparcialidade nesse livro. Recomendo.
Muito bom, o ponto principal de livro creio que seja filosoficamente "o homem comum idiotamente realizar um grande mal por motivos mínimos'.
Também Conheci a Hannah na faculdade de direito ahaha obrigado tati eu estava louco para ler esse livro
Excelente vídeo. Para o ano que vem, tenho um projeto de ler só livros sobre a segunda guerra mundial. Para me aprofundar no assunto. Esse livro é muito provável que encabece a minha lista ao lado da biografia completa de Hitler.
Um dos melhores livros do século passado!! E bem atual em nosso contexto.
Showww! Por mais livros nessa linha histórica!
Arendt, que mulher espetacular!
Tem um documentario na Netflix que fala sobre como os romenos tambem foram crueis com os judeus. Se chama: EINSATZGRUPPEN o Esquadrao da Morte.
Estou usando este livro na minha tese de doutorado em Psicanálise! Excelente análise, Tati!
O livro sobre o Totalitarismo dela seria uma boa agora!! obrigado.
Já li, mas fiquei com a impressão que não absorvi tudo. Preciso reler.
Esse tipo de livro me interessa bastante. Esse Eichmann devia ser um vil e volúvel. Sou a favor de pena perpétua com serviço forçado e sem visita íntima e sou contra pena de morte, mesmo em julgamento de guerra. Abraço e boa semana para ti. 🙋♀️💚🌼🍀
Tati, como é a tradução desse livro? Pq, eu leio em inglês e, é muito difícil? Eu moro em Londres e, até meus professores do mestrado dizem que ler Arendt é muito mais challenging to que ler Foucault. Estou perguntando pq se for mais “tranquilo”, vou comprar em português. :-). Ótima resenha como sempre. 😊
Olha, li The Human Condition em inglês e o livro não tem uma linguagem tão difícil assim... corrigindo o colega aqui, The New Yorker não é um jornal de grande circulação. É uma espécie de revista literária e tem como alvo um público mais intelectualizado mesmo. Não é um inglês fácil, mas não chega a ser uma bíblia King James e imagino que vá conseguir ler tranquilamente. Inclusive, recomendo a leitura no original. Arendt costuma usar vários argumentos linguísticos e traduções nem sempre fisgam isso direito...
Tirou sim! De milhões!
Oi Tati,ano passado li um livro muito bom(e enorme) Pós Guerra, uma história da Europa desde 1945(Tony Judt) que mostra,entre outras coisas, um pouco como o terror não acabou com o fim da guerra.Muitas populações de minorias étnicas foram desterritorializadas e massacradas e continuaram a sofrer com a Cortina de Ferro.Tenho outro livro,Continente Selvagem,que é sobre estes conflitos que continuaram depois de 1945,você conhece algum deles?
amo suas resenhas!!
Tatiana é empolgante
Oi Tati! Maravilhoso o vídeo, mais um para a listinha! ;) , Vc me inspira sempre a ler mais e a ler grandes obras, obrigada pelo seu trabalho super bem feito e com tanto carinho! Beijão
O filme Hannah Arendt (apesar de seus defeitos) também mostra toda a repercussão que esse livro teve na época. Foi um livro bem rejeitado na época justamente por essa humanização do outro lado, dizendo que ela foi muito permissiva.
Ótimo! Já tinha vivido demais!
O grande filósofo do Século XX não terá sido o Mário Ferreira dos Santos?!
Tatiiiiiiiiiii, você ja leu '' Não verás pais nenhum '' de Ignacio Loyola ??? É uma distopia brasileira FANTÁSTICA !"
Ela era um homem medíocre mesmo... não mediu esforços para subir de vida e obedecia as ordens sem questionar.
O show de Eichmann na Netflix! Muito bom
Comhecir os escritos de Hannah Arendt no curso de história
O filme Operação Final da Netflix apresenta a captura do Eichmann.
Aiii bem tenso ! Acho que vou ler !
Já quero!