Eu sou do interior da Bahia, a religião evangelica é realmente comum, embora eu ainda ache que o Catolicismo seja mais comum no sentido que é so uma instituição, e há muitos católicos ditos 'não praticantes', idependente da raça (se é que se pode falar em alguma maioria racial de brancos ou pretos, a mistura aqui é tao difsua que pais pardos tem filhos de duas cores diferentes), a questao agraria não chega a ser uma questão no sentido domiante da sociedade, culturamente falando, os proprios fazenderiros são mais do tipo MEDICO, EMPRESÁRIO, fica na cidade, e em alguns casos suas terras sao usada para alugel, não há conflito porque não existe essa mentalidade, e a religiao de matriz africana existe, embora nao no meu povoado, mas em alguns próximos é bem popular, mas geralmente é muito concentrado, e geralmente nao é tão bem visto, as pessoas associam a macumba, além de que em tempos de festa quem mora perto de terreiro sabe que o batuqe dura as noites todas, as vezes durante uma semana, não há conflito religioso propriamente dito, embora também se veja como 'idolatria' ou 'coisa do diabo', mas pra pessoas não tão religiosas é associado a macumba, tem um certo 'medo', por quem alguem pode ter encomendar uma macumba. E dificilmente a tensão racial vai ser tão definida, embora eu acredite que haja estigma, principlamente estético, mas veja só, em toda minha vida eu estudei em escola pública, com pardos pretos e mais brancos do que eu, e preto mesmo sempre foi minoria mesmo, mas os pardos são abundantes, a maior parte da mesma escala social, senão, até parente, só pra constar há quatro casamentos interraciais na minha familia, isso falando com pretos... O livro é tosco no fato de que do nada solta um "eu pari a terra" e a pergunta é, baixou Clarice Lispector no tronco.
EU SINCERAMENTE COM MEU PRECONCEITO AS PESSOAS COM VISÃO DE MUNDO IRRESTRITA, ENTÃO PASSEI POR ESSE CANAL UMAS DUAS VEZES, ACHANDO QUE ERA PESSOAS QUE AMA, E RESPEITA SEGUNDO OS MOLDI DO LIVRO 1984, ATÉ QUE VI O LIVRO QUE ELA ESTAVA FALANDO, AI ENTÃO PAREI E MEIO QUE FOI UMA FELIZ DESCOBERTA.
Sou de Salvador, e eu nunca vi um cristão com mais preconceito com as religiões de matriz africanas, do que os cristãos que conheci no interior da minha família, dentre outros ao redor. O panorama que esse livro traz, sendo o que você contou no vídeo, é mais que fictício, é absurdo, é mais uma vez o nordeste se tornando uma caricatura do que querem para ser usado como panfleto político. É muito triste, sinceramente. O povo do interior da Bahia é muito cristão, e o resto é ocupado demais com o trabalho no campo pra pensar em religião e politicagem. Essa é a mais pura realidade. Mesmo aqui na capital baiana, existe um forte preconceito com religiões de matriz africana. E não, eu não acho correto, mas é a mais pura realidade. A parte mais bizarra pra mim é o livro tratar o cristianismo como algo vindo de fora. Eu não lembro de ter visitado um interior da Bahia que não tivesse uma grande igreja católica numa praça, como se toda cidade tivesse sido construída ao redor dela. Não sou muito inteligente, mas é nítido um revisionismo histórico absoluto nessa parte... No mais, adorei o vlog! Imagino o desgaste e o trabalhão. Você é demais!
Caro conterrêneo, acredito que a leitura desse livro te seria de grande valor. Peço que reconsidere e, para isso, gostaria de trazer algumas reflexões. A prática religiosa trazida pelo livro não é nem um pouco abstrata, muito menos descolada da realidade. O Jarê, faz parte do Camdomblé, mas mistura influências do espiritismo e (quem diria?) do próprio cristianismo. Itamar é um estudioso das religiões da nossa amada Bahia, portanto, conhece a materialidade do Jarê e o selecionou para compor seu livro. Poxa, mas, como você mesmo pontuou, o cristianismo é tão disseminado pelo interior do estado, por que escolher uma prática tão restrita como o Jarê? Eu não sou Itamar, mas tenho algumas ideias a respeito... Antes da invasão dos europeus à nossa terra, quando éramos nós apenas nativos indígenas, havia aqui menção a Jesus? à Palestina? à Bíblia? Acredito que concorde comigo de que não. Por que então na sua fala você diz que o cristianismo não é algo vindo de fora? Imagino que não se veja na figura dos indígenas. Tenho uma teoria para explicar isso: eles sofreram e sofrem genocídio, estão num número absurdamente reduzido populacional, por esse motivo, talvez você considere que eles não podem ser a figura do baiano. Pois bem, a Bahia é o estado com maior população africana fora da África. Se o critério for populacional, esse sim deve ser o povo representante. Contudo, os africanos de Angola, Nigéria e Moçambique trazidos à força por esses mesmos invasores europeus também não cultuavam o cristianismo... Por que será então, que você se identifica mais com o cristianismo do que com as religiões africanas (maioria populacional)? Ou do que com as religiões indígenas (os habitantes originais)? Meu amigo baiano, esse sentimento de pertencimento na cultura europeia que você sente não surgiu espontaneamente, tampouco esse preconceito contra religiões de matiz africana que você relata. Se hoje, como você bem pontuou, são igrejas que ocupam o centro de nossos municípios, é porque os terreiros foram queimados e destruidos. Se hoje a planta ilustrada na capa de Torto Arado é chamada de Espada de São Jorge, é porque esse foi o nome usado para disfarçar o original: Espada de Ogum! Não me entenda mal. Acredito que o cristianismo, embora tendo sido implantado em nossa cultura como fruto de muita violência, deve sim ser visto como parte essencial de nossa história. Tanto o catolicismo quanto as religiões pentecostais. Sendo assim, acredito que Itamar resgata nossas raízes, nos lembra de quem somos nós. Nos lembra da nossa resistência materializada no Jarê da Chapada Diamantina. Como o cristianismo que nos foi forçado guela a baixo foi fagocitado pelos africanos e indígenas no sincretismo tão próprio de nossa terra. Nós somos agentes da nossa própria luta. A escravidão que é retratada no livro não é revisionismo nenhum, é uma realidade que persiste em toda a Bahia. Revisionismo é achar que o cristianismo não veio de fora, é apagar o histórico de invasão e violência que o trouxe para cá... É repetir o apagamento de nossa cultura indígena e africana. O que tento te dizer, meu amigo Pedro, é que nós somos o Jarê.
@@joaobaiao8127 meu querido conterrâneo, concordo com o senhor neste ponto. Cultos religiosos muscigenados eram relativamente comuns à época no interior da nossa amada Bahia. Entretanto, no geral, não gostei da obra (embora aprecie muito o estudo cultural prévio que precedeu sua escrita). Achei a narrativa extremamente panfletária. No geral, acredito que a obra tenha seu valor. Apenas não apeteceu este singelo leitor. Um abraço,
@@tiagobatistafreitas O gosto por um produto de mídia qualquer é pessoal e subjetivo. Meu ponto no comentário anterior foi instigar o Pedro a ler a obra que desconsiderou por um motivo que acredito ser fruto da colonização de pensamento e identidade. Explicitado pelo não reconhecimento do cristianismo como influência exógena. Abraço!
@@joaobaiao8127 compreendo perfeitamente. Acredito que, mesmo para criticar, é necessário primeiro conhecer. Creio que Itamar é uma pessoa talentosa, mas se preocupou demais em fazer propalar ideologia. E isso, no meu modestíssimo sentir, estragou o livro. Um abraço.
Tenho familiares no interior de Sergipe, coladinho com a Bahia, lá o povo é 100% cristão, um cristão supersticioso, que tem medo de assombração e que se protege usando santo e as vezes orixá.
@@academiabocault E os índios daqui são cristãos também, uma vez eles foram fazer uma apresentação na UFS e em dado momento fizeram uma oração para Deus, era bem diferente, de um jeito muito particular e tradicional deles, muitos militantes ficaram revoltados com aquilo "Inadimissível eles acreditarem numa religião que os maltratou e blá blá blá" kkkkkkkkkk
@@claytonsantos2532 você é da UFS, colega? Assisti a uma palestra recente na Universidade Federal de Sergipe de indígenas e realmente concebem um Deus Único somado a espíritos.
Admiração total pela Débora conseguir ler vários livros, cuidar do filho e dar conta de marido. Eu não leio metade do que ela lê, mesmo tendo menos responsabilidades
Ler antes de morrer é um canalzinho associado às Universidades. E isso foi dito por lá, claramente com todas as letras. Por isso não vejo mais . Poderia ser um canal bom, mas ela nunca faz uma crítica honesta quando a coisa adentra por críticas aos livros que a Universidade tem em alta conta ( como este Torto. Arado, por exemplo) em que ela jogou confete do início ao fim. Enfim, a gente sabe que cada um tem seu viés político. Mas, a literatura não permite nem perdoa esse tipo de enviesamrnto.
@@MariaCarvalho-ks5ixjá gostei. Hoje não assisto. Eu não sei se ela realmente fala o que pensa, ou precisa agradar algum público. Já percebi em alguns vídeos e fiquei descontente. Mas ela nem de longe é ruim...só eu mesma que prefiro outro perfil 😂😂
Meus Deus esse final foi tudooo. Tem como curtir 1000 vezes? Obrigada Debs por nos presentear com uma maravilha dessas no feriado, e por nos poupar o trabalho de ter que ler o livro 😂❤️
Eu sempre fujo de livros que estão no hype, fica naquela bolha todo mundo postando e falando que é bom, mas ninguem tem a coragem de falar o que realmente acha, apenas reproduz o que viu no post de outra pessoa. Que bebê mais lindo.
Literatura é arte. Livro é um produto que se vende. Marketing ajuda a vender. Mas...podemos tambem escrever livros e guardar na gaveta, porque afinal, o marketing é o vilão, melhor ninguém ler mesmo.
O livro provavelmente se passa alguns bons anos atrás e naquela época a umbanda e o candomblé eram as religiões mais populares naquela região, como podemos ver por exemplo em "capitães de areia", que foi escrito nos anos 30 e é dito por muitos críticos como um reflexo da sociedade daquela época. A religião evangélica teve seu crescimento no país nos últimos anos, aliás a pouco tempo eram vistos com preconceito por suas ideologias ortodoxas e julgamentos do certo e errado. A sua crítica foi totalmente emotiva levando em conta as suas crenças ideológicas, algo que é bastante normal e atual na sociedade brasileira.
Ttabalhei como assistente social mo interior do Maranhão em comunidades quase identicas à do livro. até as paisagens são iguais (não por acaso desconri que o autor se inspirou no mesmo cenário pois ja trabalhou no MA). A religião de matriz africana convive com o cristianismo e SIM, muitos terreiros sao o centro das comunidades. As mulheres ANALFABETAS têm esse perfil forte e autônomo embora o meio seja machista? SIM, e eu, quando tive contato com elas me senti uma menina frágil, do alto do meu diploma acadêmico e letramento feminista. Os jovens que mal frequentam a escola têm engajamento político? Sim. Esse livro é a mais fidedigna descrição do Brasil profundo. Ao meu ver fica ao lado se obras de Darcy Ribeiro e Gilberto Freyre.
Gostei muito das observações da Dra. Débora sobre o vídeo. Ela, como sempre, é muito atenta. Gostaria, contudo, de pontuar que, na Bahia, o sincretismo religioso é muito, muito comum e popular. Cultos miscigenados como o descrito pelo autor eram relativamente comuns à época (com o crescimento das igrejas neopentecostais nos últimos 40 anos, tornaram-se mais escassos). Mas ela foi muitíssimo feliz ao afirmar que a migração do povo para o cristianismo neopentecostal não foi algo imposto, mas sim algo descentralizado, que surgiu nas camadas populares.
Moro fora do Brasil, paguei uma fortuna de frete para ter este livro, atendendo o pedido de uma sobrinha, li e assim como você Debs, acabei irritada com a pobreza na construção e desenvolvimento da história do "tal livro que nasceu um clássico". Hoje, olho para o livro na estante e fico refletindo que poderia ter usado aquele dinheiro para qualquer coisa, mas não para este garbage.
achei meio tosco ela reclamar que “é claro que ele escolheu uma religião de matriz africana” como se esse fosse um problema na narrativa, porque se os personagens vivem em situação análoga à escravidão, provavelmente vêm de gerações de pessoas negras, escravizadas, e que certamente foram trazidas para o Brasil com sua própria cultura, portanto, pelo menos PRA MIM, a escolha da religião foi muito importante e bem colocada, valorizando a história dos personagens e gerando identificação do público afro-brasileiro.
Ela ñ foi meio tosca, foi completamente tosca durante toda a resenha, pelos comentários que vemos aqui e pelo tom debochado, fica claro pra mim qual a religião que ela e seus seguidores praticam...
Sobre ideia mal desenvolvida em livro nacional: vou afirmar que quem realmente sabe português e sabe escrever na língua, hoje, tem mais de sessenta anos. Quando essa geração ir mesmo pro saco, só quero saber o que vai ser das letras brasileiras.
Sem ler o livro e apenas vendo o vídeo deu pra detectar que a análise foi direcionada. Infelizmente, tava esperando uma análise de formato geral e de conhecimento do Brasil, mas me deparei com um enviesamento ideológico 🤷♂
Honestamente, achei o livro bem arrastado, teve partes do livro que até embalava, mas em sua maioria senti que me esforçava para continuar a leitura com muitas pausas.
Eu gostei da primeira e da segunda parte do livro. A terceira parte achei um pouco arrastada, não esperava aquele final. Parece que ele escreveu com pressa.
Muito legal o vídeo. Assisti tudo e até fiquei preocupado com a tensão na hora em que o marido fecha a porta. . Não li o livro mas, pela capa, as vezes, a gente julga e acerta. Era o que eu imaginava.
Qual o problema da capa? Não entendi. Parece que vc atesta aquela velha frase tão batida de não julgar pela capa, pela aparência...e vc faz isso... será que vc julga não só os livros, mas também as pessoas pela "capa"?
Kkkkkk. Muito boa observação. Golpe mesmo. Como se , com a nossa cultura, fosse possível encontrar um Machado de Assis prontinho em cada esquina. Aliãs, até Machado de Assis escreveu Helena , por exemplo e outros livros, antes de fazer Dom Casmurro e Memórias.... Mas, nossos intelectuais do país das bananas acreditam que um livro clássico nasce de um autor enquanto alguém pisca....
Estava aguardando por essa resenha. Já tinha visto outras, mas , apesar de todos elogiarem, eu ficava sempre com o pé atrás. Várias vezes senti tentada em ler, mas ao mesmo tempo tinha dúvidas se iria valer a pena. Vc falou o que realmente me desanimava em ler. Agora sei que fiz bem em não comprar... Outra coisa, meu marido é baiano e a família dele é toda católica, e na cidade que ele nasceu, a maioria e de católicos, seguidos por evangélicos e uma minoria espiritas.
Graciliano Ramos era comunista, mas passou longe da literatura panfletária.Muito pelo contrário.Em algumas de suas obras pode até ser confundido com um conservador convicto.O mesmo não se pode dizer de Jorge Amado.Infelizmente,com o avanço da mentalidade marxista nas escolas um grande número de promissores escritores acabou se perdendo no vazio dessas pautas identitárias.
Isso acontece porque esse escritores, por mais comunistas que fossem, estavam interessados em contar histórias, ao contrário da maioria dos adeptos do identitárismo...
*Graciliano Ramos e Jorge Amado receberam estadia e passagens gratuitas para Praga, da STB (espécie de KGB tcheca), na época da Guerra Fria, assim como milhares de "intelectuais" de todo o Ocidente, para verem as"maravilhas do comunismo"* !
Isso não são argumentos mas opiniões sem embasamento, surpreendentemente de uma pessoa nova demais para ser já tão ressentida e cheia de preconceitos. Falta humildade e empatia para reconhecer o trabalho valioso que enfoca com inteligência emocional e histórica aspectos cruciais e ainda atuais da realidade brasileira. Infelizmente perdeu minha assinatura (que, claro, ela diria que não faz falta em tom mais uma vez esnobe). Definitivamente com esses (des)valores essa não é minha praia.
Fiquei com vontade de ler este livro desde quando começaram a pipocar resenhas pra tudo quanto é lado. Pelas resenhas parecia ser um livro muito bom e isso me animou, mas fui postergando, postergando... até que durante uma aula de literatura brasileira na faculdade a professora citou esse livro e disse: "ele não é isso tudo o que dizem" e falou tbm da questão do marketing e aí q eu tive interesse mesmo de pegar e ler. Parei no primeiro capítulo, mas não por ter achado ruim, sim por ter me dado agonia a cena da faca kkkkk sou fraca pra essas coisas. Ainda assim, vou tentar concluir a leitura, apesar da sua (ótima) resenha.
Aconteceu o mesmo comigo. Parei depois do “acidente” depois de um temp9 retomei a leitura e não gostei tb. Nós, simples mortais, tendemos a sempre duvidar de nós mesmos quando as “sumidades” estão aclamando um livro.
Parabéns pelo vídeo. Não li o referido livro, porém, de cara, meu "instinto imaginativo" já detectava o chorume panfletário. Parabéns pelo canal; um oásis no deserto!
Pois é, não é prática, mas exceção. Depois de avaliar algumas críticas e leituras com análise, percebi que se tratava de mais um desses livros superestimados e que vira modinha. Como de praxe, a cada década, a literatura brasileira decai em conteúdo. Então, como o livro já não me interessava, optei por abandona-lo dez vez. É como deixar de ver um filme ruim depois de assistir o trailer com spoiler.
@@bibliotecaDBabel Só por ser modinha? Então vc não assiste nenhum filme badalado, nem mesmo ouve as músicas de algum cantor super badalado e famosinho, só por ser "modinha"? Seja claro e direto. O que te incomoda no conteúdo do livro?
@@cesarmatossilva A modinha é só consequência. O livro não me incomoda, o que me incomoda é o panfletarismo para obras de baixa qualidade, algo cada vez mais corriqueiro no Brasil. O livro apenas não me interessa como leitura obrigatória. Caso eu tenha algum motivo para escrever uma resenha crítica ou ensaio da obra, daí sim irei ler e reler o livro fazendo as devidas pontuações; e terei o prazer em deixar um vídeo sobre a obra em meu canal Biblioteca D Babel. Mas no momento, tenho outros livros bem mais relevantes e alguns para releitura. Mas obrigado pelo incentivo.
@@bibliotecaDBabel Realmente, vc não consegue ser claro. Todo mundo fala em panfletarismo aqui mas não diz qual é. Vc não precisaria escrever resenha critica nem nada, bastaria umas 10 palavras e poderia dizer qual tipo de panfletarismo no livro te incomoda. Mas tudo bem, um abraço.
Não sei não Débora, acho que a maioria dos booktobers não tem essa base social pra ter uma opinião crítica a respeito do livro. Vi outras resenhas, a maioria muito positiva, e nenhuma delas levantou os problemas que vc citou. Amei sua resenha 💙
No caso, a base ideológica falou mais alto e por isso fez questão de falar mal. Não q o livro seja bom, mas o viés foi outro q não a precariedade da escrita. Os outros canais são pagos pra hipar os livros e vão falar bem sempre, o mais difícil é ver uma análise negativa sincera. Esses dias no canal do intrínseca, a pessoa grava um vídeo falando sobre um livro mega clássico, disse inclusive q nem estava com o livro reeditado em mãos, mas q tinha lido pouco sobre, e indicava elencando infinitos elementos de forma magistral hehehehehehehe Deu pra perceber ali q não leu, mas falou bonito, q é o q importa pra editora. E assim caminha a humanidade.
A Literatura brasileira tem produzido tão pouco de alto nível que qualquer livro, com bom marketing, logo faz sucesso. Mas ser grande obra prima, clássico, tem caminhos a percorrer.
Muito bom o vídeo, Debs! Ainda não tinha encontrado ninguém salientando os erros desta narrativa. Quanto a religião do Jerê, é uma religião muito pequena que existe apenas na Chapada Diamantina, praticada essencialmente pelos descendentes dos escravizados, então acredito que faça sentido sim o Itamar escrever sobre ela, visto que o livro se passa nessa região e com esses povos. O Itamar trabalhava em algum órgão geográfico do estado com demarcação de terras, então ele tem certo conhecimento sobre esse povo ainda remanescente. A título de curiosidade, após o "boom" do livro, o jornal A Tarde se Salvador, postou uma longa matéria sobre essa religião, que se encontra na íntegra caso alguém se interesse em ler, basicamente é uma mistura do catolicismo, do espiritismo e do cadomblé, e que hoje se encontra em crise após seu principal líder morrer em 2020
Tô sabendo, tenho parentes por ali é uma religião super hiper mega localizada. Como eu disse, a escolha da religião dissidente como ser fosse única é uma escolha do autor que eu pessoalmente não concordo
@@academiabocault Mas pq foi uma escolha ruim falar sobre uma religião localizada? Não entendi. Q eu saiba a proposta do livro não era retratar a religião da maioria da população da Bahia, e justamente por ser uma religião não conhecida que levou à curiosidade e admiração (no meu caso)
@@academiabocault Qual o problema de retratar essa religião no livro? O autor não a trata como se fosse única, não entendi, explique melhor o que vc quer dizer com isso. Única? Ele retrata a religião que é daquela região, nada de errado nisso.
@@cesarmatossilva O que eu achei da obra: Pontos positivos: O enredo, em si, foi uma boa história. Talvez houvesse falhas na forma como foi organizado, mas a história tinha potencial. Gostei da sensibilidade expressa nas atitudes do pai, Zeca Chapéu Grande, e na admiração de Belonísia por ele. Também achei tocante a descrição do sofrimento de Bibiana com a morte de Severo, especialmente na cena em que sua filha, Ana, pergunta: "Mamãe, que horas o papai volta?". Sobre o fato de a obra abordar o jarê, acho que isso contribuiu para situar a narrativa em uma região específica. O autor quis fazer uma análise de um Brasil pouco explorado, uma minoria, um Brasil profundo. A representação dessa comunidade e suas tradições foi bem escolhida. Pontos negativos: Achei a obra muito panfletária, como se tivesse sido feita especificamente para "lacrar". Não me entendam mal: eu amo temáticas sociais e a visibilidade das minorias, mas é muito difícil narrar e construir uma história com essas temáticas, trazendo denúncias sociais, sem que pareça um panfleto político. Para que o leitor realmente se insira na narrativa, entenda o lugar do outro e se sensibilize com a vida dos invisíveis, é preciso mais sutileza. O autor não conseguiu fazer isso com tanto sucesso. As falas das meninas analfabetas e simples eram muito bem elaboradas para a sua condição social. Não que eu defenda aqueles livros caricatos, com uma linguagem regional exagerada, mas o autor poderia ter trazido mais da vivência dessas meninas nas suas falas, de forma mais autêntica. Outra coisa que me incomodou foi a repetição frequente na narrativa, o que diminui o ritmo e impede o leitor de sentir aquela vontade crescente de continuar a leitura. Além disso, achei estereotipada a visão apresentada sobre o protestantismo, como se ele não fosse popular entre os pobres e fosse algo exclusivo das classes dominantes. Na obra, há uma parte que diz algo como "E o pastor começou a falar alto, como todo pastor faz...". Poxa, todo pastor? Esse tipo de generalização cria um estereótipo e oferece uma visão negativa sobre toda uma religião. É como eu dizer que as religiões de matriz africana são ruins porque todos os adeptos realizam "macumbas e feitiços contra as pessoas". Veja como isso reduz toda a complexidade de uma crença a alguns exemplos negativos! Sabemos que há coisas usadas para o bem e outras, não. O autor luta contra estereótipos, mas acaba reforçando outros. São poucas as obras e autores que conseguem abordar uma pauta social de forma sensível, sem parecer um panfleto político. Graciliano Ramos, por exemplo, era de esquerda, mas suas obras são maravilhosas. No episódio da morte de Baleia, em Vidas Secas, eu chorei. A linguagem dura e seca do narrador combina com o ambiente árido e a realidade dos personagens, sendo ao mesmo tempo sensível. Guimarães Rosa, com seus neologismos e a sensibilidade para transformar o regional em algo universal, é incrível. No geral, a obra está longe de ser um clássico, mas é boa. Ela permite essa alteridade com o outro. Gostei da inclusão de comidas regionais, como jabuti e dendê, pois ajudam a compartilhar esse universo micro com o macro.
Veja bem, moro em Floresta Azul - Ba uma cidade minúscula onde TODAS as pessoas que eu conheço são cristãs ou já foram. E realmente religião de matriz africana são longe de ser a maioria
Caraca, a coisa é pior do que eu pensava. Mas esse tipo de narrativa com mulheres negras que se tornam heroínas sem nenhum desenvolvimento humano me lembra o famigerado Underground Railroad. Personagens mal construídos, mal desenvolvidos e que só existem para cumprir uma agenda militante. Parabéns pela iniciativa. Vou te mandar um pote de antiácido. Bjs no Jorge.
Eu achei o tema do livro legal, tem tudo pra ser bom, mas achei muito repetitivo e ideológico, vidas secas tem uma sensibilidade maior, chorei no episódio de baleia, tem outros que Tb são políticos, mas são sei lá, parece que vc entra mais na narrativa
Expressou a minha alma. O hype desse livro me deu nojinho. Aplausos para a sua coragem de ser sincera e verdadeira, nadando contra a correnteza dos “chupa saco” de modinha marketeira de livros “clássicos” tupiniquins.
Terminei hoje esse livro. Muito superficial, cheio de jargões e surfando na onda identitária da maneira mais rasa possível. "Vidas Secas" e "Capitães de Areia" são, na minha opinião, livros que tem uma carga ideológica e sabem fazer literatura com maestria. Vi pessoas comparando Torto Arado a Lavoura Arcária rs. Jamais!!!! Adorei seu canal, já estou inscrita!
tentei ler de novo pq pensei que talvez eu estivesse sendo crítica demais, mas não me desceu. parece que ele esta escrevendo de fora, fazendo uma caricatura, e ainda por cima escrevendo como um funcionário público escreve os e-mails da repartição. chamarem esse livro de clássico do regionalismo só mostra a loucura em que estamos embebidos. perdeu-se a noção do que é boa escrita.
Meu pai é do interior da Bahia e lá as pessoas se dizem cristãs normalmente católicas mas acabam as vezes recorrendo aos orixás e espíritos na Bahia há um sincretismo religioso muito característicos do Brasil mas apesar desse sincretismo a população mesmo é católica.
A "leitura dinâmica" que a mocinha realiza e que a informa nas considerações que faz tem seu valor bem representado na comicidade manca que a tagarelice encena. Não sei se o livro é raso, talvez seja, mas a leitora, fica patente, é de una debilidade dificilmente igualável... Fingindo letramentos, campo aberto e estrumado da boçalidade orgulhosa de si!
@@academiabocault Putz... A única coisa de real nesse seu agarrar delirante de legitimidade (as lorotas de desempenho e quantificação) é a sua mediocridade. Com o velhaco do horóscopo falecido, o bosta do Olavo, quem sabe você não consiga mesmo abocanhar algo desse âmbito pestilento, rentável e pestilento. Se é tudo o que pode, siga a rodar a bolsinha. Relincha, braZil!
Realmente, uma "análise" carregada de piadinhas, tentando esconder o despreparo da moça. Bom, só por ela ter dito que odiava o livro antes mesmo de ter lido, eu é que deveria ter desistido do vídeo antes de assistir. Só ouvi verborragia burra.
De fato, análise cheia de um viés ideológico próprio, ao mesmo tempo que critica o tal "viés ideológico" do livro. Um amontoado de deboche para fingir uma certa intelectualidade falsa.
A terceira parte do livro ser narrada por uma "encantada" é de uma incriatividade marmotada infeliz por demais. Não, definitivamente, não tem a menor condição de arado torto entortar ainda mais. Show de re....s....enh......aaaaa.
Se Tolstoi fosse brasileiro, provavelmente, iria dizer que era um panfletário, um louco religioso, que deixou sua riqueza e passou a viver na pobreza... Vc conhece a vida de Tolstói?
Teor panfletário, suspeitei desde o princípio. Adorei sua vida familiar entremeando essa coisa dificil que é ler um livro num fim de semana com um filho pequeno. E claro, adorei sua coragem de ser sincera. Pelo jeito, não falar bem desse livro dá problema. Ah! Estrutura Frankenstein é a prova do teor panfletário
Perfeita. Sua resenha é PERFEITA. É exatamente isso, sem tirar nem por. Comecei a leitura achando que seria um romance impecável, pelas avaliações (não só sobre a história, mas também sobre a escrita do autor). Parei na página 40 e vim pro youtube verificar se alguém que teve a mesma sensação e de alguma forma conseguiu concluir essa leitura, miserável pra dizer o mínimo. Confirmei que não era apenas meu cansaço ou indisposição do momento. Que leitura horrível. O autor sequer tem conhecimento do uso das palavras, as joga na página como se tivesse copiado e colado de outros romances, porque não surgem do âmago (nem dele, nem das personagens, nem do contexto que, inclusive, não vibra nem toma forma). Muito obrigada por expor sua crítica em vídeo, é necessária.
O livro foi traduzido e virou uma febre aqui na Bulgária. Eu tinha vergonha de ser brasileira e não ter lido enquanto muitos búlgaros estavam amando. Agora eu tenho orgulho é de não ter perdido meu tempo 😂 mesmo assim, obrigada pelo vlog, foi bem útil!
A menina simplesmente leu e entendeu tudo errado. O livro não é perfeito, mas intragável é a opinião de alguém que deixa suas influências pessoais interferir em suas leituras. Ou seja, péssimo né. Beijos
Exatamente! Não conseguiu pegar a essência da obra, já leu carregada de preconceitos e discriminação...Eu vejo os mais jovens sofrendo para pegar todas as nuances desse livro, li logo quando lançou e tive que me abastecer de alguns referenciais que não tinha na época, por viver em centro urbano, mas a minha ancestralidade e a lembrança das histórias que minha mãe contava, me permitiram aproveitar bem, algumas vezes senti um quê de cinema, que a gente se imagina assistindo, participando de algumas passagens.
@@aondeosolnaobaterapaz, a escrita eh tristonha. vc lê um graciliano ramos, um josé lins, um guimarães rosa, uma rachel de queiroz e vê como esse livro é ruim. a história poderia ser interessante, mas a escrita dele não transmite nada, é uma pobreza narrativa que me dá nos nervos. pode ser bom pro tipo de coisa que anda sendo publicada por agora, mas chamar isso de clássico é doloroso.
Eu não sei quem iludiu essa criatura. A internet traz à tona tanta bizarrice. A única capaz de fazer uma resenha decente se chama Tatiana Feltrin. Não sei como esse povo perde tempo vendo esses “conteúdos” ao invés de pegar o livro e ler por conta própria.
Nasci e cresci no interior da Bahia e posso falar com propriedade: o povo é 100% cristão, houve um decréscimo do catolicismo por motivos de as igrejas evangélicas tinham programas de assistencialismo para o povo carente durante a seca e a fé, aos poucos, foi migrando para a religião que mais era caridosa e parecia com a bondade de Deus na vida das pessoas. O candomblé no interior da Bahia e como na maioria do Nordeste foi dissolvido pelos próprios escravos e mais tarde pelos próprios ex-escravos dentro do catolicismo. Os orixás passaram a ter nome de santos e os rituais de ir a missa celebrar como cristão passaram a ver celebrados também em festas e rodas de samba pelo povo local, não havendo portanto uma religião africana entre os descendentes de escravos, mas sim uma fusão de crenças que culminou por uma cultura rica e cheia de festividades pluralizadas. Obviamente que os católicos não se importavam em comemorar o dia de Cosme e Damião, mas os evangélicos demonizam totalmente essas datas, o que fez com que, atualmente, o candomblé dentro do contexto cultural baiano deixasse de ser difundido entre católicos, pois os evangélicos afastaram a cultura dos festejos com a justificativa de ser algo voltado para rituais malignos.
A pessoa que acha que mal terminou o livro e ele já nasce clássico é a definição de pretensão. Essa mesma pessoa é tão vaidosa e gosta tanto dela mesma que vai pro motel sozinha.
Não entendi um detalhe em sua fala: a lei (feita por brancos, ricos e proprietários) proíbe que os "meeiros" construam casas de alvenaria. Por sua vez, essa mesma lei só reconhece a propriedade para quem "deseja ser proprietário" e constrói casas de alvenaria (o que, muitas vezes é difícil para os "meeiros" e quilombolas, que são muito pobres)... Estranha lei... Nem tudo que é legal é legítimo. Nem tudo que é legal é moral.
Tentei ler duas vezes e até ouvir o áudio livro, mas sem sucesso e quem leu me criticando por não gostar e não ter vontade de continuar lendo. Muito feliz de alguém estar falando o que pensei.
Esse pessoal que quer escrever livro com múltiplas perspectivas tem que ler Faulkner, "O som e a fúria". Se bem que apenas isso (não desenvolver as vozes) não é um defeito que destrói o livro, o "Crônica da casa assassinada" é meio assim e ainda é um livro espetacular. Ainda assim, é um livro de 70 anos atrás, né? Já poderíamos ter aprendido a fraqueza. Enfim, vendo seu vídeo eu sinto alívio por ter abandonado a carreira em Estudos Literários após o doutorado. Posso ver vários colegas tendo orgasmos múltiplos com essa narrativa. Socorro...
É bem verdade.... acredito que o autor fez um bom estudo cultural prévio para escrever a obra. Mas, ao fazer uma narrativa panfletária, acabou por estragar tudo.
@@tiagobatistafreitas temos um longo histórico de narrativas panfletárias no Brasil, pelo menos desde o romantismo. Quantas se tornaram clássicas? Até o meu professor mais marxista dizia que obras panfletárias não passam no teste do tempo.
Precisei ler Torto Arado para fazer o vestibular; terminei a obra recentemente e pesquisei resenhas na internet para enriquecer o contexto histórico e críticas contidas no livro (embora fique muito claro o viés marxista de superestrutura, infraestutura e revolução do proletariado). Então, eis que me deparo com a resenha da Debs!! Irei ver o lado que o vestiba cobra e depois ver essa pérola! Hahaha
Eu sou do interior da Bahia, a religião evangelica é realmente comum, embora eu ainda ache que o Catolicismo seja mais comum no sentido que é so uma instituição, e há muitos católicos ditos 'não praticantes', idependente da raça (se é que se pode falar em alguma maioria racial de brancos ou pretos, a mistura aqui é tao difsua que pais pardos tem filhos de duas cores diferentes), a questao agraria não chega a ser uma questão no sentido domiante da sociedade, culturamente falando, os proprios fazenderiros são mais do tipo MEDICO, EMPRESÁRIO, fica na cidade, e em alguns casos suas terras sao usada para alugel, não há conflito porque não existe essa mentalidade, e a religiao de matriz africana existe, embora nao no meu povoado, mas em alguns próximos é bem popular, mas geralmente é muito concentrado, e geralmente nao é tão bem visto, as pessoas associam a macumba, além de que em tempos de festa quem mora perto de terreiro sabe que o batuqe dura as noites todas, as vezes durante uma semana, não há conflito religioso propriamente dito, embora também se veja como 'idolatria' ou 'coisa do diabo', mas pra pessoas não tão religiosas é associado a macumba, tem um certo 'medo', por quem alguem pode ter encomendar uma macumba. E dificilmente a tensão racial vai ser tão definida, embora eu acredite que haja estigma, principlamente estético, mas veja só, em toda minha vida eu estudei em escola pública, com pardos pretos e mais brancos do que eu, e preto mesmo sempre foi minoria mesmo, mas os pardos são abundantes, a maior parte da mesma escala social, senão, até parente, só pra constar há quatro casamentos interraciais na minha familia, isso falando com pretos... O livro é tosco no fato de que do nada solta um "eu pari a terra" e a pergunta é, baixou Clarice Lispector no tronco.
Kkkk morri com o final do seu comentário
Esse é o único canal com pessoa de cabelo colorido, que não tem visão de mundo irrestrita! 🤣
Verdade! 😃
EU SINCERAMENTE COM MEU PRECONCEITO AS PESSOAS COM VISÃO DE MUNDO IRRESTRITA, ENTÃO PASSEI POR ESSE CANAL UMAS DUAS VEZES, ACHANDO QUE ERA PESSOAS QUE AMA, E RESPEITA SEGUNDO OS MOLDI DO LIVRO 1984, ATÉ QUE VI O LIVRO QUE ELA ESTAVA FALANDO, AI ENTÃO PAREI E MEIO QUE FOI UMA FELIZ DESCOBERTA.
@@cassicriandolendoepensando9100 Débora é maravilhosa,veja os vídeos dela e comprovarás
@@cassicriandolendoepensando9100 A Débora é top!
@@cassicriandolendoepensando9100 comigo também foi assim kkkkkkkkkk
"Todos canaizinhos com pessoas de cabelo colorido" kkkkkkkkkkkkkkkkkkk eu ri
Não me aguentei tbm kkkkkk
Esse formato ficou muito bacana, adorei!
Hahahahahah, que fofura o Jorge!
Sou de Salvador, e eu nunca vi um cristão com mais preconceito com as religiões de matriz africanas, do que os cristãos que conheci no interior da minha família, dentre outros ao redor. O panorama que esse livro traz, sendo o que você contou no vídeo, é mais que fictício, é absurdo, é mais uma vez o nordeste se tornando uma caricatura do que querem para ser usado como panfleto político. É muito triste, sinceramente. O povo do interior da Bahia é muito cristão, e o resto é ocupado demais com o trabalho no campo pra pensar em religião e politicagem. Essa é a mais pura realidade. Mesmo aqui na capital baiana, existe um forte preconceito com religiões de matriz africana. E não, eu não acho correto, mas é a mais pura realidade.
A parte mais bizarra pra mim é o livro tratar o cristianismo como algo vindo de fora. Eu não lembro de ter visitado um interior da Bahia que não tivesse uma grande igreja católica numa praça, como se toda cidade tivesse sido construída ao redor dela. Não sou muito inteligente, mas é nítido um revisionismo histórico absoluto nessa parte...
No mais, adorei o vlog! Imagino o desgaste e o trabalhão. Você é demais!
Caro conterrêneo, acredito que a leitura desse livro te seria de grande valor. Peço que reconsidere e, para isso, gostaria de trazer algumas reflexões.
A prática religiosa trazida pelo livro não é nem um pouco abstrata, muito menos descolada da realidade. O Jarê, faz parte do Camdomblé, mas mistura influências do espiritismo e (quem diria?) do próprio cristianismo. Itamar é um estudioso das religiões da nossa amada Bahia, portanto, conhece a materialidade do Jarê e o selecionou para compor seu livro.
Poxa, mas, como você mesmo pontuou, o cristianismo é tão disseminado pelo interior do estado, por que escolher uma prática tão restrita como o Jarê?
Eu não sou Itamar, mas tenho algumas ideias a respeito...
Antes da invasão dos europeus à nossa terra, quando éramos nós apenas nativos indígenas, havia aqui menção a Jesus? à Palestina? à Bíblia?
Acredito que concorde comigo de que não.
Por que então na sua fala você diz que o cristianismo não é algo vindo de fora?
Imagino que não se veja na figura dos indígenas.
Tenho uma teoria para explicar isso: eles sofreram e sofrem genocídio, estão num número absurdamente reduzido populacional, por esse motivo, talvez você considere que eles não podem ser a figura do baiano.
Pois bem, a Bahia é o estado com maior população africana fora da África. Se o critério for populacional, esse sim deve ser o povo representante. Contudo, os africanos de Angola, Nigéria e Moçambique trazidos à força por esses mesmos invasores europeus também não cultuavam o cristianismo...
Por que será então, que você se identifica mais com o cristianismo do que com as religiões africanas (maioria populacional)? Ou do que com as religiões indígenas (os habitantes originais)?
Meu amigo baiano, esse sentimento de pertencimento na cultura europeia que você sente não surgiu espontaneamente, tampouco esse preconceito contra religiões de matiz africana que você relata. Se hoje, como você bem pontuou, são igrejas que ocupam o centro de nossos municípios, é porque os terreiros foram queimados e destruidos. Se hoje a planta ilustrada na capa de Torto Arado é chamada de Espada de São Jorge, é porque esse foi o nome usado para disfarçar o original: Espada de Ogum!
Não me entenda mal. Acredito que o cristianismo, embora tendo sido implantado em nossa cultura como fruto de muita violência, deve sim ser visto como parte essencial de nossa história. Tanto o catolicismo quanto as religiões pentecostais.
Sendo assim, acredito que Itamar resgata nossas raízes, nos lembra de quem somos nós. Nos lembra da nossa resistência materializada no Jarê da Chapada Diamantina. Como o cristianismo que nos foi forçado guela a baixo foi fagocitado pelos africanos e indígenas no sincretismo tão próprio de nossa terra.
Nós somos agentes da nossa própria luta. A escravidão que é retratada no livro não é revisionismo nenhum, é uma realidade que persiste em toda a Bahia. Revisionismo é achar que o cristianismo não veio de fora, é apagar o histórico de invasão e violência que o trouxe para cá... É repetir o apagamento de nossa cultura indígena e africana.
O que tento te dizer, meu amigo Pedro, é que nós somos o Jarê.
@@joaobaiao8127 meu querido conterrâneo, concordo com o senhor neste ponto. Cultos religiosos muscigenados eram relativamente comuns à época no interior da nossa amada Bahia. Entretanto, no geral, não gostei da obra (embora aprecie muito o estudo cultural prévio que precedeu sua escrita). Achei a narrativa extremamente panfletária. No geral, acredito que a obra tenha seu valor. Apenas não apeteceu este singelo leitor. Um abraço,
@@tiagobatistafreitas O gosto por um produto de mídia qualquer é pessoal e subjetivo. Meu ponto no comentário anterior foi instigar o Pedro a ler a obra que desconsiderou por um motivo que acredito ser fruto da colonização de pensamento e identidade. Explicitado pelo não reconhecimento do cristianismo como influência exógena. Abraço!
@@joaobaiao8127 compreendo perfeitamente. Acredito que, mesmo para criticar, é necessário primeiro conhecer. Creio que Itamar é uma pessoa talentosa, mas se preocupou demais em fazer propalar ideologia. E isso, no meu modestíssimo sentir, estragou o livro. Um abraço.
Vão ler João Ubaldo Ribeiro, Viva...Se esse livro for clássico, quem dirá serão nossos tataranetos. Fato.
Tenho familiares no interior de Sergipe, coladinho com a Bahia, lá o povo é 100% cristão, um cristão supersticioso, que tem medo de assombração e que se protege usando santo e as vezes orixá.
Obrigada :)
@@academiabocault E os índios daqui são cristãos também, uma vez eles foram fazer uma apresentação na UFS e em dado momento fizeram uma oração para Deus, era bem diferente, de um jeito muito particular e tradicional deles, muitos militantes ficaram revoltados com aquilo
"Inadimissível eles acreditarem numa religião que os maltratou e blá blá blá" kkkkkkkkkk
@@claytonsantos2532 chora gado
@@claytonsantos2532 você é da UFS, colega? Assisti a uma palestra recente na Universidade Federal de Sergipe de indígenas e realmente concebem um Deus Único somado a espíritos.
Que "tistreza". Todo mundo virando cristão. 🤨
Admiração total pela Débora conseguir ler vários livros, cuidar do filho e dar conta de marido. Eu não leio metade do que ela lê, mesmo tendo menos responsabilidades
Dra. Débora é a leitora que eu gostaria de ser. Fera! 👏👏👏👏👏
Não estava esperando esse vídeo. Você e a Tati estão deixando a gente muito mal acostumados( agora vamos querer mais vlogs) 😂
Novo fetiche: ver críticas de livros famosos aqui e no canal da Tati Feltrin hahahah
Tem Isa ótima!
@@MariaCarvalho-ks5ix Isa é a melhor
@@thaysf canal Ler Antes de Morrer
Ler antes de morrer é um canalzinho associado às Universidades. E isso foi dito por lá, claramente com todas as letras. Por isso não vejo mais . Poderia ser um canal bom, mas ela nunca faz uma crítica honesta quando a coisa adentra por críticas aos livros que a Universidade tem em alta conta ( como este Torto. Arado, por exemplo) em que ela jogou confete do início ao fim.
Enfim, a gente sabe que cada um tem seu viés político. Mas, a literatura não permite nem perdoa esse tipo de enviesamrnto.
@@MariaCarvalho-ks5ixjá gostei. Hoje não assisto. Eu não sei se ela realmente fala o que pensa, ou precisa agradar algum público. Já percebi em alguns vídeos e fiquei descontente. Mas ela nem de longe é ruim...só eu mesma que prefiro outro perfil 😂😂
Meus Deus esse final foi tudooo. Tem como curtir 1000 vezes? Obrigada Debs por nos presentear com uma maravilha dessas no feriado, e por nos poupar o trabalho de ter que ler o livro 😂❤️
Cada vez mais admiro minha avó, que sempre dizia: "Nunca critique um livro sem que o tenha lido antes!"
Fico feliz em ver uma resenha desse nível. Parabéns pelo trabalho 💙💙💙
Esse canal é maravilhoso! Uma excelente descoberta!
Eu sempre fujo de livros que estão no hype, fica naquela bolha todo mundo postando e falando que é bom, mas ninguem tem a coragem de falar o que realmente acha, apenas reproduz o que viu no post de outra pessoa. Que bebê mais lindo.
Melhor coisa desse vídeo: Jorge jogando as roupas na máquina. ❤️
O sucesso desse livro tem a mesma receita de muitos outros sucessos: marketing.
?
Exatamente
Literatura é arte. Livro é um produto que se vende. Marketing ajuda a vender. Mas...podemos tambem escrever livros e guardar na gaveta, porque afinal, o marketing é o vilão, melhor ninguém ler mesmo.
O livro provavelmente se passa alguns bons anos atrás e naquela época a umbanda e o candomblé eram as religiões mais populares naquela região, como podemos ver por exemplo em "capitães de areia", que foi escrito nos anos 30 e é dito por muitos críticos como um reflexo da sociedade daquela época. A religião evangélica teve seu crescimento no país nos últimos anos, aliás a pouco tempo eram vistos com preconceito por suas ideologias ortodoxas e julgamentos do certo e errado. A sua crítica foi totalmente emotiva levando em conta as suas crenças ideológicas, algo que é bastante normal e atual na sociedade brasileira.
Capitães de Areia também é panfletagem ideológica 😅
@@academiabocault Por que seria panfletagem ideológica?
@@academiabocault Qual panfletagem ideológica?
Desrespeitar você sabe. 👏🏽👏🏽👏🏽
Ttabalhei como assistente social mo interior do Maranhão em comunidades quase identicas à do livro. até as paisagens são iguais (não por acaso desconri que o autor se inspirou no mesmo cenário pois ja trabalhou no MA). A religião de matriz africana convive com o cristianismo e SIM, muitos terreiros sao o centro das comunidades. As mulheres ANALFABETAS têm esse perfil forte e autônomo embora o meio seja machista? SIM, e eu, quando tive contato com elas me senti uma menina frágil, do alto do meu diploma acadêmico e letramento feminista. Os jovens que mal frequentam a escola têm engajamento político? Sim.
Esse livro é a mais fidedigna descrição do Brasil profundo. Ao meu ver fica ao lado se obras de Darcy Ribeiro e Gilberto Freyre.
Gostei muito das observações da Dra. Débora sobre o vídeo. Ela, como sempre, é muito atenta. Gostaria, contudo, de pontuar que, na Bahia, o sincretismo religioso é muito, muito comum e popular. Cultos miscigenados como o descrito pelo autor eram relativamente comuns à época (com o crescimento das igrejas neopentecostais nos últimos 40 anos, tornaram-se mais escassos). Mas ela foi muitíssimo feliz ao afirmar que a migração do povo para o cristianismo neopentecostal não foi algo imposto, mas sim algo descentralizado, que surgiu nas camadas populares.
Moro fora do Brasil, paguei uma fortuna de frete para ter este livro, atendendo o pedido de uma sobrinha, li e assim como você Debs, acabei irritada com a pobreza na construção e desenvolvimento da história do "tal livro que nasceu um clássico". Hoje, olho para o livro na estante e fico refletindo que poderia ter usado aquele dinheiro para qualquer coisa, mas não para este garbage.
É tão ruim assim?
Este garbage, que chique.
Pobreza na construção e desenvolvimento da história? Fico pensando nos livros que vc escreveu como devem ser bons pra dizer que esse é uma pobreza 😂
Muito legal esse estilo de vídeo Debs, parabéns 😍
Lá nos comentários do livro na Amazon, tem um cara que compara esse livro com crime e castigo do Dostoievski ahahah
Pqp. Nada a ver…
Nossa, o cara fumou muita folha de bananeira kkkkkkk
Hahahhahahahha
Mamma mia....rs. Dostoiévski vai levantar do túmulo...
HUAHUAUHHUAHUAUHAUUAHUHAUUHAUHUHAUAHUHAUHUAHUUAUAHUHUAHUUAUAUHHUAHUHUUHAHUAHUAUHAHUAHUAHUAHUAHAHAUUHAHUAHUAUHAHUA
achei meio tosco ela reclamar que “é claro que ele escolheu uma religião de matriz africana” como se esse fosse um problema na narrativa, porque se os personagens vivem em situação análoga à escravidão, provavelmente vêm de gerações de pessoas negras, escravizadas, e que certamente foram trazidas para o Brasil com sua própria cultura, portanto, pelo menos PRA MIM, a escolha da religião foi muito importante e bem colocada, valorizando a história dos personagens e gerando identificação do público afro-brasileiro.
Umbanda é religião de branco.
@@joaovitorfafaroncete7223o que a composição étnica da religião altera os fatos?
Ela ñ foi meio tosca, foi completamente tosca durante toda a resenha, pelos comentários que vemos aqui e pelo tom debochado, fica claro pra mim qual a religião que ela e seus seguidores praticam...
Enfim, alguém que fala umas boas verdades. \o/
Agora precisamos de um quadro teu lendo livros "famosinhos" kkkkk
Debs: "Dá um tchauzinho pra câmera!"
Irmão da Debs: "Eu n preciso disso, eu tenho um emprego!" *Joga a franja divamente!*
🤣🤣🤣🤣🤣
Obrigado, deixei passar e também tinha certeza da bomba.
Obrigado por postar! 🙏🏽 Eu comecei a achar que sou problemático por não considerar esse romance um "clássico", como muitos dizem.
Sobre ideia mal desenvolvida em livro nacional: vou afirmar que quem realmente sabe português e sabe escrever na língua, hoje, tem mais de sessenta anos. Quando essa geração ir mesmo pro saco, só quero saber o que vai ser das letras brasileiras.
Vai ser auto auto ajuda com versões de "ligue o foda-se".
Ligue o foda-se é o neo nilismo dessa geração.
Vc expressou em palavras todo o meu incômodo com este livro. Odiei, mas não sabia dizer porque. É isso... Obrigada.
Chora gado
Sem ler o livro e apenas vendo o vídeo deu pra detectar que a análise foi direcionada. Infelizmente, tava esperando uma análise de formato geral e de conhecimento do Brasil, mas me deparei com um enviesamento ideológico 🤷♂
Honestamente, achei o livro bem arrastado, teve partes do livro que até embalava, mas em sua maioria senti que me esforçava para continuar a leitura com muitas pausas.
Eu gostei da primeira e da segunda parte do livro. A terceira parte achei um pouco arrastada, não esperava aquele final. Parece que ele escreveu com pressa.
Já garantir o caminho da servidão nessa edição e agora só falta dois livros do módulo 3
Guerreira demais, jamais faria uma leitura em algo do tipo. Parabéns.
Muito legal o vídeo. Assisti tudo e até fiquei preocupado com a tensão na hora em que o marido fecha a porta.
.
Não li o livro mas, pela capa, as vezes, a gente julga e acerta. Era o que eu imaginava.
Chora gado
Qual o problema da capa? Não entendi. Parece que vc atesta aquela velha frase tão batida de não julgar pela capa, pela aparência...e vc faz isso... será que vc julga não só os livros, mas também as pessoas pela "capa"?
Eu evito esses livros de hype e com alcunha de "clássico" com todas as forças da minha alma. Geralmente é golpe 😂😂😂😂
Eu também kkkkkk
Kkkkkk. Muito boa observação. Golpe mesmo. Como se , com a nossa cultura, fosse possível encontrar um Machado de Assis prontinho em cada esquina. Aliãs, até Machado de Assis escreveu Helena , por exemplo e outros livros, antes de fazer Dom Casmurro e Memórias....
Mas, nossos intelectuais do país das bananas acreditam que um livro clássico nasce de um autor enquanto alguém pisca....
Respeito quem perde tempo em ler este livro, mas os escritores brasileiros, estes que seus livros já nascem clássicos, já diz tudo.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk o próprio nome do livro já é horrível
@@Gabriel-mm9vc Chora gado
@@LucasCosta-jh5yl quem é gado?
@@LucasCosta-jh5yl Vtnc comunista de bosta
No começo pensei ser como FOGO MORTO de José Lins do Rego. Mas não chega perto.
Eu tive essa sensação de que depois da segunda parte o livro ficou "estranho".
Finalmente alguém tem coragem de falar a verdade sobre esse livro 👏
Comecei a ler e abandonei. Achei que havia algo de errado comigo ou não tinha entendido o livro.
@@prisciladoprado9838 por qual motivo?
O sucesso desse livro demonstra que a especulação não é prerrogativa somente do mercado financeiro.
E é prerrogativa de quem, de que?
Estava aguardando por essa resenha. Já tinha visto outras, mas , apesar de todos elogiarem, eu ficava sempre com o pé atrás. Várias vezes senti tentada em ler, mas ao mesmo tempo tinha dúvidas se iria valer a pena. Vc falou o que realmente me desanimava em ler. Agora sei que fiz bem em não comprar...
Outra coisa, meu marido é baiano e a família dele é toda católica, e na cidade que ele nasceu, a maioria e de católicos, seguidos por evangélicos e uma minoria espiritas.
Vc é mais uma que não leu e não gostou? Não gostou sem ter lido...
Graciliano Ramos era comunista, mas passou longe da literatura panfletária.Muito pelo contrário.Em algumas de suas obras pode até ser confundido com um conservador convicto.O mesmo não se pode dizer de Jorge Amado.Infelizmente,com o avanço da mentalidade marxista nas escolas um grande número de promissores escritores acabou se perdendo no vazio dessas pautas identitárias.
Isso acontece porque esse escritores, por mais comunistas que fossem, estavam interessados em contar histórias, ao contrário da maioria dos adeptos do identitárismo...
Verdade. Sempre achei Jorge Amado medíocre. Um anão, se comparado com Clarice Lispector ou Guimarães Rosa.
*Graciliano Ramos e Jorge Amado receberam estadia e passagens gratuitas para Praga, da STB (espécie de KGB tcheca), na época da Guerra Fria, assim como milhares de "intelectuais" de todo o Ocidente, para verem as"maravilhas do comunismo"* !
@@blackfriday2023 José de Alencar, autor de O GUARANI? Ou é um homônimo?
@@tiagobatistafreitas ops! *Graciliano Ramos
Ganhei de presente de uma bibliotecária, gostei bastante.😮😮😮❤❤❤
Como eu gosto da visão da Debs. Adorei o vlog e sim, seu irmão é gatinho rsrsrsr
Isso não são argumentos mas opiniões sem embasamento, surpreendentemente de uma pessoa nova demais para ser já tão ressentida e cheia de preconceitos. Falta humildade e empatia para reconhecer o trabalho valioso que enfoca com inteligência emocional e histórica aspectos cruciais e ainda atuais da realidade brasileira.
Infelizmente perdeu minha assinatura (que, claro, ela diria que não faz falta em tom mais uma vez esnobe). Definitivamente com esses (des)valores essa não é minha praia.
Seu comentário é um dos poucos lúcidos nesse vídeo repleto de ironia barata.
Fiquei com vontade de ler este livro desde quando começaram a pipocar resenhas pra tudo quanto é lado. Pelas resenhas parecia ser um livro muito bom e isso me animou, mas fui postergando, postergando... até que durante uma aula de literatura brasileira na faculdade a professora citou esse livro e disse: "ele não é isso tudo o que dizem" e falou tbm da questão do marketing e aí q eu tive interesse mesmo de pegar e ler. Parei no primeiro capítulo, mas não por ter achado ruim, sim por ter me dado agonia a cena da faca kkkkk sou fraca pra essas coisas. Ainda assim, vou tentar concluir a leitura, apesar da sua (ótima) resenha.
Aconteceu o mesmo comigo. Parei depois do “acidente” depois de um temp9 retomei a leitura e não gostei tb. Nós, simples mortais, tendemos a sempre duvidar de nós mesmos quando as “sumidades” estão aclamando um livro.
Parabéns pelo vídeo. Não li o referido livro, porém, de cara, meu "instinto imaginativo" já detectava o chorume panfletário. Parabéns pelo canal; um oásis no deserto!
Não leu e não gostou?
Pois é, não é prática, mas exceção. Depois de avaliar algumas críticas e leituras com análise, percebi que se tratava de mais um desses livros superestimados e que vira modinha. Como de praxe, a cada década, a literatura brasileira decai em conteúdo. Então, como o livro já não me interessava, optei por abandona-lo dez vez. É como deixar de ver um filme ruim depois de assistir o trailer com spoiler.
@@bibliotecaDBabel Só por ser modinha? Então vc não assiste nenhum filme badalado, nem mesmo ouve as músicas de algum cantor super badalado e famosinho, só por ser "modinha"? Seja claro e direto. O que te incomoda no conteúdo do livro?
@@cesarmatossilva A modinha é só consequência. O livro não me incomoda, o que me incomoda é o panfletarismo para obras de baixa qualidade, algo cada vez mais corriqueiro no Brasil. O livro apenas não me interessa como leitura obrigatória. Caso eu tenha algum motivo para escrever uma resenha crítica ou ensaio da obra, daí sim irei ler e reler o livro fazendo as devidas pontuações; e terei o prazer em deixar um vídeo sobre a obra em meu canal Biblioteca D Babel. Mas no momento, tenho outros livros bem mais relevantes e alguns para releitura. Mas obrigado pelo incentivo.
@@bibliotecaDBabel Realmente, vc não consegue ser claro. Todo mundo fala em panfletarismo aqui mas não diz qual é. Vc não precisaria escrever resenha critica nem nada, bastaria umas 10 palavras e poderia dizer qual tipo de panfletarismo no livro te incomoda. Mas tudo bem, um abraço.
Já sabe que você fez uma confusão entre Remanso no Vale do São Francisco com o povoado quilombola do Remanso de Lençóis (Chapada Diamantina), né?
Sensacional esse vídeo!
Não sei não Débora, acho que a maioria dos booktobers não tem essa base social pra ter uma opinião crítica a respeito do livro. Vi outras resenhas, a maioria muito positiva, e nenhuma delas levantou os problemas que vc citou. Amei sua resenha 💙
No caso, a base ideológica falou mais alto e por isso fez questão de falar mal. Não q o livro seja bom, mas o viés foi outro q não a precariedade da escrita. Os outros canais são pagos pra hipar os livros e vão falar bem sempre, o mais difícil é ver uma análise negativa sincera. Esses dias no canal do intrínseca, a pessoa grava um vídeo falando sobre um livro mega clássico, disse inclusive q nem estava com o livro reeditado em mãos, mas q tinha lido pouco sobre, e indicava elencando infinitos elementos de forma magistral hehehehehehehe Deu pra perceber ali q não leu, mas falou bonito, q é o q importa pra editora. E assim caminha a humanidade.
A Literatura brasileira tem produzido tão pouco de alto nível que qualquer livro, com bom marketing, logo faz sucesso. Mas ser grande obra prima, clássico, tem caminhos a percorrer.
Chora gado
Pela primeira vez assisti uma análise racional sem viés ideológico. Parabéns ! Continue com o bom trabalho, você é muito boa no que faz.
Fico espantado vc achar que a análise dela não tem viés ideológico!! É o que mais tem...
Muito bom o vídeo, Debs! Ainda não tinha encontrado ninguém salientando os erros desta narrativa.
Quanto a religião do Jerê, é uma religião muito pequena que existe apenas na Chapada Diamantina, praticada essencialmente pelos descendentes dos escravizados, então acredito que faça sentido sim o Itamar escrever sobre ela, visto que o livro se passa nessa região e com esses povos. O Itamar trabalhava em algum órgão geográfico do estado com demarcação de terras, então ele tem certo conhecimento sobre esse povo ainda remanescente. A título de curiosidade, após o "boom" do livro, o jornal A Tarde se Salvador, postou uma longa matéria sobre essa religião, que se encontra na íntegra caso alguém se interesse em ler, basicamente é uma mistura do catolicismo, do espiritismo e do cadomblé, e que hoje se encontra em crise após seu principal líder morrer em 2020
Tô sabendo, tenho parentes por ali é uma religião super hiper mega localizada. Como eu disse, a escolha da religião dissidente como ser fosse única é uma escolha do autor que eu pessoalmente não concordo
@@academiabocault Mas pq foi uma escolha ruim falar sobre uma religião localizada? Não entendi. Q eu saiba a proposta do livro não era retratar a religião da maioria da população da Bahia, e justamente por ser uma religião não conhecida que levou à curiosidade e admiração (no meu caso)
@@academiabocault Qual o problema de retratar essa religião no livro? O autor não a trata como se fosse única, não entendi, explique melhor o que vc quer dizer com isso. Única? Ele retrata a religião que é daquela região, nada de errado nisso.
@@cesarmatossilva O que eu achei da obra:
Pontos positivos:
O enredo, em si, foi uma boa história. Talvez houvesse falhas na forma como foi organizado, mas a história tinha potencial. Gostei da sensibilidade expressa nas atitudes do pai, Zeca Chapéu Grande, e na admiração de Belonísia por ele. Também achei tocante a descrição do sofrimento de Bibiana com a morte de Severo, especialmente na cena em que sua filha, Ana, pergunta: "Mamãe, que horas o papai volta?".
Sobre o fato de a obra abordar o jarê, acho que isso contribuiu para situar a narrativa em uma região específica. O autor quis fazer uma análise de um Brasil pouco explorado, uma minoria, um Brasil profundo. A representação dessa comunidade e suas tradições foi bem escolhida.
Pontos negativos:
Achei a obra muito panfletária, como se tivesse sido feita especificamente para "lacrar". Não me entendam mal: eu amo temáticas sociais e a visibilidade das minorias, mas é muito difícil narrar e construir uma história com essas temáticas, trazendo denúncias sociais, sem que pareça um panfleto político. Para que o leitor realmente se insira na narrativa, entenda o lugar do outro e se sensibilize com a vida dos invisíveis, é preciso mais sutileza. O autor não conseguiu fazer isso com tanto sucesso.
As falas das meninas analfabetas e simples eram muito bem elaboradas para a sua condição social. Não que eu defenda aqueles livros caricatos, com uma linguagem regional exagerada, mas o autor poderia ter trazido mais da vivência dessas meninas nas suas falas, de forma mais autêntica.
Outra coisa que me incomodou foi a repetição frequente na narrativa, o que diminui o ritmo e impede o leitor de sentir aquela vontade crescente de continuar a leitura. Além disso, achei estereotipada a visão apresentada sobre o protestantismo, como se ele não fosse popular entre os pobres e fosse algo exclusivo das classes dominantes. Na obra, há uma parte que diz algo como "E o pastor começou a falar alto, como todo pastor faz...". Poxa, todo pastor? Esse tipo de generalização cria um estereótipo e oferece uma visão negativa sobre toda uma religião. É como eu dizer que as religiões de matriz africana são ruins porque todos os adeptos realizam "macumbas e feitiços contra as pessoas". Veja como isso reduz toda a complexidade de uma crença a alguns exemplos negativos! Sabemos que há coisas usadas para o bem e outras, não. O autor luta contra estereótipos, mas acaba reforçando outros.
São poucas as obras e autores que conseguem abordar uma pauta social de forma sensível, sem parecer um panfleto político. Graciliano Ramos, por exemplo, era de esquerda, mas suas obras são maravilhosas. No episódio da morte de Baleia, em Vidas Secas, eu chorei. A linguagem dura e seca do narrador combina com o ambiente árido e a realidade dos personagens, sendo ao mesmo tempo sensível. Guimarães Rosa, com seus neologismos e a sensibilidade para transformar o regional em algo universal, é incrível.
No geral, a obra está longe de ser um clássico, mas é boa. Ela permite essa alteridade com o outro. Gostei da inclusão de comidas regionais, como jabuti e dendê, pois ajudam a compartilhar esse universo micro com o macro.
Seu cabelo tá lindo e gostei do formato do vídeo.
Excelente formato!
Amei o título do vídeo 🗣🗣
Veja bem, moro em Floresta Azul - Ba uma cidade minúscula onde TODAS as pessoas que eu conheço são cristãs ou já foram. E realmente religião de matriz africana são longe de ser a maioria
Caraca, a coisa é pior do que eu pensava. Mas esse tipo de narrativa com mulheres negras que se tornam heroínas sem nenhum desenvolvimento humano me lembra o famigerado Underground Railroad. Personagens mal construídos, mal desenvolvidos e que só existem para cumprir uma agenda militante. Parabéns pela iniciativa. Vou te mandar um pote de antiácido. Bjs no Jorge.
Esse Underground Railroad é BEM PARECIDO!
sem nenhum desenvolvimento humano?
Adorei o formato do vídeo, mais legal para acompanhar. 👍🏻
Crítica literária gospel KKKKKK
Eu achei o tema do livro legal, tem tudo pra ser bom, mas achei muito repetitivo e ideológico, vidas secas tem uma sensibilidade maior, chorei no episódio de baleia, tem outros que Tb são políticos, mas são sei lá, parece que vc entra mais na narrativa
Expressou a minha alma. O hype desse livro me deu nojinho. Aplausos para a sua coragem de ser sincera e verdadeira, nadando contra a correnteza dos “chupa saco” de modinha marketeira de livros “clássicos” tupiniquins.
Vc leu?
Traz mas literatura ruim e análise maravilhosa.
Kkkkkkkkkkkkk melhor definição
Traga mais...
Meu ego suporta o mundo!
Terminei hoje esse livro. Muito superficial, cheio de jargões e surfando na onda identitária da maneira mais rasa possível. "Vidas Secas" e "Capitães de Areia" são, na minha opinião, livros que tem uma carga ideológica e sabem fazer literatura com maestria. Vi pessoas comparando Torto Arado a Lavoura Arcária rs. Jamais!!!! Adorei seu canal, já estou inscrita!
tentei ler de novo pq pensei que talvez eu estivesse sendo crítica demais, mas não me desceu. parece que ele esta escrevendo de fora, fazendo uma caricatura, e ainda por cima escrevendo como um funcionário público escreve os e-mails da repartição. chamarem esse livro de clássico do regionalismo só mostra a loucura em que estamos embebidos. perdeu-se a noção do que é boa escrita.
Adorei Lavoura Arcaica . Achei lindo!
@@TheFernandazilda Comparar a escrita desse livro com email de repartição foi a coisa mais maluca que já li.
Gostei do estilo do vídeo
Agora eu quero ver a Dona Olá Bocós lendo "Os supridores" de José Falero.
Meu pai é do interior da Bahia e lá as pessoas se dizem cristãs normalmente católicas mas acabam as vezes recorrendo aos orixás e espíritos na Bahia há um sincretismo religioso muito característicos do Brasil mas apesar desse sincretismo a população mesmo é católica.
A risadinha de desdém no final, já demonstra que o livro torto arado é atual...
A "leitura dinâmica" que a mocinha realiza e que a informa nas considerações que faz tem seu valor bem representado na comicidade manca que a tagarelice encena. Não sei se o livro é raso, talvez seja, mas a leitora, fica patente, é de una debilidade dificilmente igualável... Fingindo letramentos, campo aberto e estrumado da boçalidade orgulhosa de si!
Leitura dinâmica onde? Li abaixo da média de leitura de uma pessoa com QI médio. Você tem atraso?
@@academiabocault Putz... A única coisa de real nesse seu agarrar delirante de legitimidade (as lorotas de desempenho e quantificação) é a sua mediocridade. Com o velhaco do horóscopo falecido, o bosta do Olavo, quem sabe você não consiga mesmo abocanhar algo desse âmbito pestilento, rentável e pestilento. Se é tudo o que pode, siga a rodar a bolsinha. Relincha, braZil!
Realmente, uma "análise" carregada de piadinhas, tentando esconder o despreparo da moça. Bom, só por ela ter dito que odiava o livro antes mesmo de ter lido, eu é que deveria ter desistido do vídeo antes de assistir. Só ouvi verborragia burra.
De fato, análise cheia de um viés ideológico próprio, ao mesmo tempo que critica o tal "viés ideológico" do livro. Um amontoado de deboche para fingir uma certa intelectualidade falsa.
@@academiabocault tá reagindo apenas à critica da leitura dinâmica, mas o comentário dele tem outras questões e vc nem se preocupou em comentar.
A terceira parte do livro ser narrada por uma "encantada" é de uma incriatividade marmotada infeliz por demais. Não, definitivamente, não tem a menor condição de arado torto entortar ainda mais. Show de re....s....enh......aaaaa.
Eu evito esses livros de hype, ufa ainda bem que não gastei dinheiro , e principalmente meu tempo valioso.
Essa mulher é louca
lelezinha
Tá aí um livro q, apesar de todo o marketing, eu não tenho a mínima vontade de ler.
A MELHOR FRASE DESSE LIVRO É 'EU PARI A TERRA", NEM KAFKA CHEGA PERTO DESSAS GENIAS SALUBRES
Quem é Scarlett O’hara perto dessas deusas da terra
AHAHAHAHA
não li e não gostei. Já imaginava que ia ser assim .. só tava esperando a resenha , mais um tiro certeiro! E o formato de vlog é muito bom!
Incrível que o Tolstoi discute TODOS os temas da Rússia no séc. XIX em Anna Kariênina sem fazer o livro virar uma peça de militância boba.
Se Tolstoi fosse brasileiro, provavelmente, iria dizer que era um panfletário, um louco religioso, que deixou sua riqueza e passou a viver na pobreza... Vc conhece a vida de Tolstói?
@@lidicearaujo9462 não colega, só vc conhece a vida dele. As outras pessoas só conhecem a vida do Karnal e do Itamar Vieira. 🙄🙄🙄
Teor panfletário, suspeitei desde o princípio. Adorei sua vida familiar entremeando essa coisa dificil que é ler um livro num fim de semana com um filho pequeno. E claro, adorei sua coragem de ser sincera. Pelo jeito, não falar bem desse livro dá problema. Ah! Estrutura Frankenstein é a prova do teor panfletário
Perfeita. Sua resenha é PERFEITA. É exatamente isso, sem tirar nem por. Comecei a leitura achando que seria um romance impecável, pelas avaliações (não só sobre a história, mas também sobre a escrita do autor). Parei na página 40 e vim pro youtube verificar se alguém que teve a mesma sensação e de alguma forma conseguiu concluir essa leitura, miserável pra dizer o mínimo. Confirmei que não era apenas meu cansaço ou indisposição do momento. Que leitura horrível. O autor sequer tem conhecimento do uso das palavras, as joga na página como se tivesse copiado e colado de outros romances, porque não surgem do âmago (nem dele, nem das personagens, nem do contexto que, inclusive, não vibra nem toma forma). Muito obrigada por expor sua crítica em vídeo, é necessária.
Obs: não que seja relevante para a crítica, mas eu sou indiscutivelmente de esquerda (o que torna tudo ainda mais decepcionante)
O livro foi traduzido e virou uma febre aqui na Bulgária. Eu tinha vergonha de ser brasileira e não ter lido enquanto muitos búlgaros estavam amando. Agora eu tenho orgulho é de não ter perdido meu tempo 😂 mesmo assim, obrigada pelo vlog, foi bem útil!
A menina simplesmente leu e entendeu tudo errado. O livro não é perfeito, mas intragável é a opinião de alguém que deixa suas influências pessoais interferir em suas leituras. Ou seja, péssimo né. Beijos
Exatamente! Não conseguiu pegar a essência da obra, já leu carregada de preconceitos e discriminação...Eu vejo os mais jovens sofrendo para pegar todas as nuances desse livro, li logo quando lançou e tive que me abastecer de alguns referenciais que não tinha na época, por viver em centro urbano, mas a minha ancestralidade e a lembrança das histórias que minha mãe contava, me permitiram aproveitar bem, algumas vezes senti um quê de cinema, que a gente se imagina assistindo, participando de algumas passagens.
@@aondeosolnaobaterapaz, a escrita eh tristonha. vc lê um graciliano ramos, um josé lins, um guimarães rosa, uma rachel de queiroz e vê como esse livro é ruim. a história poderia ser interessante, mas a escrita dele não transmite nada, é uma pobreza narrativa que me dá nos nervos. pode ser bom pro tipo de coisa que anda sendo publicada por agora, mas chamar isso de clássico é doloroso.
E tem como suas influências pessoais não influírem na leitura? Kkk
Eu não sei quem iludiu essa criatura. A internet traz à tona tanta bizarrice. A única capaz de fazer uma resenha decente se chama Tatiana Feltrin. Não sei como esse povo perde tempo vendo esses “conteúdos” ao invés de pegar o livro e ler por conta própria.
Amei o formato do vídeo
Nem esperei você respirar...
Estou aqui 👀
Análise sensacional 👏🏻👏🏻
Amei ! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
" pessoal do cabelos cabelos coloridos??" O seu está cor de rosa
Ótima resenha.
É mais fácil dizer que não gostou por ser escrito por alguém de esquerda abraços!
Mas fez sucesso justamente por isso.
faz mais sentido.... rs
Pois é, em vez de dizer logo! Faz um video tão longo, mostrando e falando bobagens, debochada, podia dizer logo.
Eu entendi o título "Tô Tarado" kkkk
Nasci e cresci no interior da Bahia e posso falar com propriedade: o povo é 100% cristão, houve um decréscimo do catolicismo por motivos de as igrejas evangélicas tinham programas de assistencialismo para o povo carente durante a seca e a fé, aos poucos, foi migrando para a religião que mais era caridosa e parecia com a bondade de Deus na vida das pessoas. O candomblé no interior da Bahia e como na maioria do Nordeste foi dissolvido pelos próprios escravos e mais tarde pelos próprios ex-escravos dentro do catolicismo. Os orixás passaram a ter nome de santos e os rituais de ir a missa celebrar como cristão passaram a ver celebrados também em festas e rodas de samba pelo povo local, não havendo portanto uma religião africana entre os descendentes de escravos, mas sim uma fusão de crenças que culminou por uma cultura rica e cheia de festividades pluralizadas. Obviamente que os católicos não se importavam em comemorar o dia de Cosme e Damião, mas os evangélicos demonizam totalmente essas datas, o que fez com que, atualmente, o candomblé dentro do contexto cultural baiano deixasse de ser difundido entre católicos, pois os evangélicos afastaram a cultura dos festejos com a justificativa de ser algo voltado para rituais malignos.
Obrigada ❤️
é um romance transtemporal, Debs!
A pessoa que acha que mal terminou o livro e ele já nasce clássico é a definição de pretensão. Essa mesma pessoa é tão vaidosa e gosta tanto dela mesma que vai pro motel sozinha.
Não entendi um detalhe em sua fala: a lei (feita por brancos, ricos e proprietários) proíbe que os "meeiros" construam casas de alvenaria. Por sua vez, essa mesma lei só reconhece a propriedade para quem "deseja ser proprietário" e constrói casas de alvenaria (o que, muitas vezes é difícil para os "meeiros" e quilombolas, que são muito pobres)... Estranha lei... Nem tudo que é legal é legítimo. Nem tudo que é legal é moral.
Tentei ler esse livro. Parei no capítulo 14, e tinha me achado muito estranha por não ter conseguido terminar, tendo em vista o sucesso dele.
Tentei ler duas vezes e até ouvir o áudio livro, mas sem sucesso e quem leu me criticando por não gostar e não ter vontade de continuar lendo. Muito feliz de alguém estar falando o que pensei.
Esse livro só tem 3 capítulos moça, como tu leu até o 14? Kkkkkkkkkk
@@sara-t8r6y tem 3 partes, cada parte é dividida em capítulos, não?
@@sara-t8r6y O livro tem três parte e é dividido em vários capítulos.
Esse pessoal que quer escrever livro com múltiplas perspectivas tem que ler Faulkner, "O som e a fúria". Se bem que apenas isso (não desenvolver as vozes) não é um defeito que destrói o livro, o "Crônica da casa assassinada" é meio assim e ainda é um livro espetacular. Ainda assim, é um livro de 70 anos atrás, né? Já poderíamos ter aprendido a fraqueza.
Enfim, vendo seu vídeo eu sinto alívio por ter abandonado a carreira em Estudos Literários após o doutorado. Posso ver vários colegas tendo orgasmos múltiplos com essa narrativa. Socorro...
É bem verdade.... acredito que o autor fez um bom estudo cultural prévio para escrever a obra. Mas, ao fazer uma narrativa panfletária, acabou por estragar tudo.
@@tiagobatistafreitas temos um longo histórico de narrativas panfletárias no Brasil, pelo menos desde o romantismo. Quantas se tornaram clássicas? Até o meu professor mais marxista dizia que obras panfletárias não passam no teste do tempo.
@@alinotic concordo.
O livro é escrito em 1 e 3 pessoas?
@@danielmagal8716 diferentes partes são narradas em primeira pessoa por diferentes personagens
2:30 "canais de pessoas de cabelo colorido" 🤔
Esse livro é muito raso, só quem leu muito pouco na vida gosta desse panfleto.
Vc já está julgando meus hábitos com a literatura sem nem me conhecer?
Gostaria muito de uma resenha de tudo e rio da Carla madeira! Outro que está famosinho por aí!
Precisei ler Torto Arado para fazer o vestibular; terminei a obra recentemente e pesquisei resenhas na internet para enriquecer o contexto histórico e críticas contidas no livro (embora fique muito claro o viés marxista de superestrutura, infraestutura e revolução do proletariado). Então, eis que me deparo com a resenha da Debs!! Irei ver o lado que o vestiba cobra e depois ver essa pérola! Hahaha