Arquitetura Hostil: Quando as Ruas Falam
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- Опубликовано: 30 ноя 2024
- Você já se sentiu rejeitado por um banco de praça?
Ou teve a sensação de não ser bem-vindo em certos espaços urbanos?
Esse é o contexto no qual se encaixa o termo 'Arquitetura Hostil' - onde cada ângulo da cidade e dos edifícios têm algo a dizer.
Mas será que estamos ouvindo a mensagem por trás desses projetos?
Dos separadores e braços em bancos que impedem que alguém descanse confortavelmente até à luminária de segurança que afasta certos grupos, a arquitetura hostil está presente em todas as ruas.
Mas a questão vai além do desconforto físico - ela se estende para além do concreto, refletindo questões sociais, econômicas e até éticas que merecem nossa atenção.
A arquitetura (e alguns falam também em urbanismo) hostil é um conjunto de dispositivos construtivos que têm como objetivo impedir a permanência de pessoas, especialmente daquelas pessoas em situação de rua, em bancos de praças, espaços residuais em fachadas e outras áreas livres do espaço público.
Existe uma lei federal que pauta estas questões, o Estatuto da Cidade, e em seu art 2, inciso XX diz que a cidade deve garantir: promoção de conforto, abrigo, descanso, bem-estar e acessibilidade na fruição dos espaços livres de uso público, de seu mobiliário e de suas interfaces com os espaços de uso privado, vedado o emprego de materiais, estruturas, equipamentos e técnicas construtivas hostis que tenham como objetivo ou resultado o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros segmentos da população.
Ou seja, arquitetura hostil é uma prática que fere uma lei federal.
Mas este não é apenas um vídeo sobre bancos desconfortáveis.
É um chamado para repensar a maneira como projetamos nossas cidades.
Precisamos questionar: a arquitetura hostil é realmente a solução?
Estamos construindo barreiras físicas que se refletem como barreiras sociais?
É hora de repensar o significado de segurança urbana, levando em consideração inclusão, acessibilidade e coletividade.
E o tema aqui não é moradores de rua, viu?
Não estamos aqui discutindo se é melhor ou pior ter o morador de rua embaixo do viaduto ou não, estamos debatendo as questões urbanas.
Temos que pensar que a cidade é o território onde conflitos e diferenças acontecem, e isso é o reflexo da sociedade que a constrói.
Se a cidade é violenta e segregadora, é provável que a estrutura social também o seja. Isso se chama indução da demanda.
A cidade precisa educar o cidadão através do exemplo, e no momento, nossas cidades estão mais preocupadas em esconder os conflitos do que em solucioná-los.
Mas há esperança.
Movimentos de projetos baseados nas pessoas estão se levantando, chamado placemaking - temos outro vídeo aqui no canal que trata do assunto.
Projetos que redefinem os espaços hostis em lugares acolhedores estão ganhando força.
É a hora de repensar nossa relação com a arquitetura e urbanismo e o impacto que tudo isso tem em nossas vidas e comunidades.
Este é um convite para uma discussão mais ampla.
Compartilhe, comente, questione.
Juntos, podemos moldar um futuro em que nossas cidades não sejam apenas estruturas de concreto, mas verdadeiros lares para todos.
É hora de ouvir o que as ruas têm a dizer.
Eu espero que o vídeo tenha te passado corretamente o conceito de arquitetura hostil, e que através desse entendimento, tu possas fazer bons projetos.
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Bancos desconfortáveis....bebedouros com pouca ou nenhuma pressão....locais publicos de Alta rotatividade sem banheiros publicos..............
Excelente didática, vídeo muito informativo!
obrigada ☺️
Ótimo vídeo. Discussão importantíssima !!!
A que ponto que nós chegamos , nunca pensei que fosse ver esse tipo de arquitetura bem parecido com o perfil de nossa sociedade Moderna: abusiva e pouco inclusiva e convidativa. Que Novas políticas públicas possam moldar essa visão distorcida de como as pessoas podem se acomodar, ter confortos. Não só em bancos de praças mas também dentro de casas que é o lugar onde todos merecem descansar. Infelizmente Essa percepção de futuro para idosos, crianças, jovens , ... Ainda é um sonho que está distante de realização. O mundo parece que está retrocedendo mesmo ou muito moderno Em prol dos interesses alheios ( Pessoas que não se importa, do alto escalão principalmente) Esse tipo de coisa acontece. Muito triste saber desse modelo de pensamento bem arcaico. Da construção no caso. Não a sua 🌸☘️🌵🌖
Verdade! É necessário repensar essas questões.
Assunto importante demais! Obrigado por abordá-lo tão bem
obrigada pelo apoio
Parabéns Izabele, visão de muita sensibilidade e humanismo para com os cidadãos vulneráveis. Resumiu como o urbanismo deve ser norteado. Gratidão.
Obrigada pelo comentário.
A melhor arquitetura que existe é essa!!!
não entendi o comentário...
@@IzabeleColusso Quanto vc tem de Q.I?
Certo.. deveriam cobrar do Estado, moradia. De preferência, com ajuda de custo dos hipócritas. Acham lindo alguém.irar na rua, mas não oferecem a casa para abrigar alguém.
um video interessante que aborda essa questão com uma perspectiva diferente é o third place do canal just not bikes
O único que descansa nesses lugares são os mendigos. Quando a gente ver vandalismo nas paradas você acha que foi o pobre que fez isso ? Claro que não, foi os moradores de rua e drogados. Eu concordo plenamente na construção de abrigos para essas pessoas morar, pois isso evita muitas coisas que eu prefiro nem falar por aqui. Se quebrar vidro de parada é uma forma de se expressar tá acertando o lugar errado.