no minuto 32:12 (PArábola do Bom Samaritano) existe também a interpretação do contexto judaico. O motivo dos Sacerdotes, do levita e do judeu em não acudir aquele homem foi devido à observancia de não se tornar impuro ao tocar em corpo morto de estranhos. Embora o sacerdote, ou kohen esteja proibido de entrar em contato com um cadáver , ele pode se contaminar se o corpo for de um de seus parentes mais próximos: pai, mãe, irmão, irmã solteira, filho ou esposa. No caso, a indiferença do sacerdote e de outros foi devido ao fato de eles nem se quer terem pensado: "E se esse homem for um dos meus parentes, um dos meus próximos?"
no minuto 44:15 sobre o caso do adultério, além desse contexto de herodes antipas tem a questão da lei de moisés. Pois o julgamento da mulher estava completamente errado. PRIMEIRO eles não levaram a mulher para quem deveria realmente julgar o caso (Sacerdote) e deve existir testemunhas~ SEGUNDO no caso de adultério tanto o homem como a mulher tem que ser apedrejados (NÂO TINHA O HOMEM) e TERCEIRO onde está o marido da mulher para que a acusação fosse realmente verificada? e QUARTO o autor do texto afirma que DIZIAM ISSO PARA EXPERIMENTAR A JESUS PARA TER O QUE O ACUSAR. Ou seja foi tudo montado, pois queriam pegar jesus em Erro. Então quando Jesus disse: QUEM TEM PECADOS QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA. As pessoas que levaram a mulher eram Fariseus e Mestres da Lei, homens que sabiam muito bem o que fazer, tanto é que eles mesmo dizem que A LEI DE MOISÉS ORDENA QUE ELA SEJA APEDREJADA. Se a lei ordena, pq levaram até jesus? Se a lei ordena, porque não cumpriram a lei eles mesmos? Não fizeram pq sabiam que estavam fazendo uma falsa acusação e estavam tramando o mal. A resposta que deu Jesus foi também bem neutra no caso. Ele diz: Onde estão? Não te condenaram? Nem eu condeno. Vai e não peques.
@@alissonpedrosa3713 A questão de se entender o contexto social é óbvio, mas no caso em voga, Jesus não fez a pergunta devido ao fato de não terem condenado Herodes antipas no caso do adultério, pois nem mesmo Jesus comentou sobre esse pecado de Herodes. Mas a resposta dele ao texto abordado foi de forma casuística. As informações do texto são claras: 1 - João 8:4,5 "disseram, mestre, ESTA MULHER foi APANHADA, NO PRÓPRIO ATO, ADULTERANDO. E, NA LEI, nos ORDENA moisés que TAIS MULHERES sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?" 1.1 - Aqui eles estavam com uma mulher pessoa pega no ato de adultério. Levou para Jesus julgar o que estava escrito na lei de moisés. Mas a lei fala que tanto o homem quanto a mulher devem ser apedrejados. Eles estavam ali cientes da forma que deveria ser o julgamento, eles sabiam o que deveria ser feito e como fazer o julgamento. "certamente serão mortos o adúltero e a adúltera." Levítico 20:10 2 - João8:6 "os escribas diziam isso tentando-o, para que tivessem de que o acusar." 2.2 - aqui o narrador do texto deixa claro que a intenção daquela cena era apenas para provar o conhecimento de Jesus e ver se eles podiam acusar Jesus de alguma coisa. Era um cena armada para testar os conhecimentos de Jesus sobre a lei e se fosse dado um julgamento errado, ele poderia ser então desqualificado na frente de toda a mutidão, pois da mulher não se sabe realmente se ela estava adulterando ou se ela foi pega aleatoriamente pelos fariseus para tentar acusar Jesus de algo. Pois jesus como mestre deveria saber que a lei exige testemunha, exige julgamento pelo sinédrio para determinar a pena e exige a presença do marido. Isso é o que exige a lei de Moisés.
@@alissonpedrosa3713 compreendi agora. Pois havia entendido a referência como se tivesse sido a João no vídeo. Eu compreendia que o início da explicação de Jesus para a pergunta dos fariseus em Mateus 19 fosse apenas sobre divórcio e a questão do adultério no texto fosse apenas uma expansão da interpretação rabínica de Jesus sobre o guet (Carta de divórcio). E devido a esta exposição da condição do homem para com a mulher, os discípulos se espantaram por descobrirem uma condição muito mais exigente na interpretação de Jesus sobre esse preceito da Torah. E via a questão de Mateus 19 como divórcio apenas, pois havia um debate extenso entre grandes rabinos sobre o tema e um tempo antes do nascimento de Jesus as casas de SHAMMAI e de HILLEL discutiram muito essa questão, como se é notado aqui no MISHNAH GITTIN 9:10 que diz: Beit Shammai diz: Um homem não pode divorciar-se de sua esposa a menos que descubra que ela se envolveu em uma relação sexual proibida [ devar erva ], ou seja, ela cometeu adultério ou é suspeita de fazê-lo, como é afirmado: “Porque ele encontrou nela alguma coisa imprópria [ erat davar ] e escreveu-lhe um livro de indenização” ( Deuteronômio 24:1 ). E Beit Hillel diz: Ele pode se divorciar dela mesmo devido a um problema menor, por exemplo, porque ela queimou ou salgou demais o prato dele, como é afirmado: “Porque ele encontrou alguma matéria imprópria nela”, significando que ele encontrou qualquer coisa tipo de deficiência nela. E ainda na MISHNAH GITTIN 8:9 Se uma mulher foi casada por seu segundo marido com base no recebimento de uma carta de divórcio simples, ou seja, uma carta de divórcio dobrada e amarrada sem assinaturas, ela deve deixar o primeiro marido, e aquele, o segundo marido. . E todas as formas mencionadas anteriormente de penalizar uma mulher que se casou novamente com base nas declarações de divórcio detalhadas na mishna anterior (79b) também se aplicam a ela neste caso
@@alissonpedrosa3713 E só para constar, sua aula foi riquíssima, aprendi muito. Só estou colocando esses pontos para expandir ainda mais a aplicação do que você magistralmente explicou no vídeo.
Quanto mais se aprofundar no texto mais claro fica.
no minuto 32:12 (PArábola do Bom Samaritano) existe também a interpretação do contexto judaico. O motivo dos Sacerdotes, do levita e do judeu em não acudir aquele homem foi devido à observancia de não se tornar impuro ao tocar em corpo morto de estranhos. Embora o sacerdote, ou kohen esteja proibido de entrar em contato com um cadáver , ele pode se contaminar se o corpo for de um de seus parentes mais próximos: pai, mãe, irmão, irmã solteira, filho ou esposa. No caso, a indiferença do sacerdote e de outros foi devido ao fato de eles nem se quer terem pensado: "E se esse homem for um dos meus parentes, um dos meus próximos?"
Eu gostaria de fazer o curso pago mencionado na aula, mas não o mestrado, é possível?
no minuto 44:15 sobre o caso do adultério, além desse contexto de herodes antipas tem a questão da lei de moisés. Pois o julgamento da mulher estava completamente errado. PRIMEIRO eles não levaram a mulher para quem deveria realmente julgar o caso (Sacerdote) e deve existir testemunhas~
SEGUNDO no caso de adultério tanto o homem como a mulher tem que ser apedrejados (NÂO TINHA O HOMEM) e
TERCEIRO onde está o marido da mulher para que a acusação fosse realmente verificada? e
QUARTO o autor do texto afirma que DIZIAM ISSO PARA EXPERIMENTAR A JESUS PARA TER O QUE O ACUSAR. Ou seja foi tudo montado, pois queriam pegar jesus em Erro.
Então quando Jesus disse: QUEM TEM PECADOS QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA.
As pessoas que levaram a mulher eram Fariseus e Mestres da Lei, homens que sabiam muito bem o que fazer, tanto é que eles mesmo dizem que A LEI DE MOISÉS ORDENA QUE ELA SEJA APEDREJADA. Se a lei ordena, pq levaram até jesus? Se a lei ordena, porque não cumpriram a lei eles mesmos? Não fizeram pq sabiam que estavam fazendo uma falsa acusação e estavam tramando o mal.
A resposta que deu Jesus foi também bem neutra no caso. Ele diz: Onde estão? Não te condenaram? Nem eu condeno. Vai e não peques.
O caso de adultério mencionado na aula não é a perícope da mulher adúltera. Mas sim a pergunta que os fariseus levam a Jesus a respeito do adultério.
@@alissonpedrosa3713 A questão de se entender o contexto social é óbvio, mas no caso em voga, Jesus não fez a pergunta devido ao fato de não terem condenado Herodes antipas no caso do adultério, pois nem mesmo Jesus comentou sobre esse pecado de Herodes. Mas a resposta dele ao texto abordado foi de forma casuística.
As informações do texto são claras:
1 - João 8:4,5 "disseram, mestre, ESTA MULHER foi APANHADA, NO PRÓPRIO ATO, ADULTERANDO. E, NA LEI, nos ORDENA moisés que TAIS MULHERES sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?"
1.1 - Aqui eles estavam com uma mulher pessoa pega no ato de adultério. Levou para Jesus julgar o que estava escrito na lei de moisés. Mas a lei fala que tanto o homem quanto a mulher devem ser apedrejados. Eles estavam ali cientes da forma que deveria ser o julgamento, eles sabiam o que deveria ser feito e como fazer o julgamento.
"certamente serão mortos o adúltero e a adúltera." Levítico 20:10
2 - João8:6 "os escribas diziam isso tentando-o, para que tivessem de que o acusar."
2.2 - aqui o narrador do texto deixa claro que a intenção daquela cena era apenas para provar o conhecimento de Jesus e ver se eles podiam acusar Jesus de alguma coisa. Era um cena armada para testar os conhecimentos de Jesus sobre a lei e se fosse dado um julgamento errado, ele poderia ser então desqualificado na frente de toda a mutidão, pois da mulher não se sabe realmente se ela estava adulterando ou se ela foi pega aleatoriamente pelos fariseus para tentar acusar Jesus de algo.
Pois jesus como mestre deveria saber que a lei exige testemunha, exige julgamento pelo sinédrio para determinar a pena e exige a presença do marido. Isso é o que exige a lei de Moisés.
@@alissonpedrosa3713 compreendi agora. Pois havia entendido a referência como se tivesse sido a João no vídeo. Eu compreendia que o início da explicação de Jesus para a pergunta dos fariseus em Mateus 19 fosse apenas sobre divórcio e a questão do adultério no texto fosse apenas uma expansão da interpretação rabínica de Jesus sobre o guet (Carta de divórcio). E devido a esta exposição da condição do homem para com a mulher, os discípulos se espantaram por descobrirem uma condição muito mais exigente na interpretação de Jesus sobre esse preceito da Torah.
E via a questão de Mateus 19 como divórcio apenas, pois havia um debate extenso entre grandes rabinos sobre o tema e um tempo antes do nascimento de Jesus as casas de SHAMMAI e de HILLEL discutiram muito essa questão, como se é notado aqui no MISHNAH GITTIN 9:10 que diz:
Beit Shammai diz: Um homem não pode divorciar-se de sua esposa a menos que descubra que ela se envolveu em uma relação sexual proibida [ devar erva ], ou seja, ela cometeu adultério ou é suspeita de fazê-lo, como é afirmado: “Porque ele encontrou nela alguma coisa imprópria [ erat davar ] e escreveu-lhe um livro de indenização” ( Deuteronômio 24:1 ). E Beit Hillel diz: Ele pode se divorciar dela mesmo devido a um problema menor, por exemplo, porque ela queimou ou salgou demais o prato dele, como é afirmado: “Porque ele encontrou alguma matéria imprópria nela”, significando que ele encontrou qualquer coisa tipo de deficiência nela.
E ainda na MISHNAH GITTIN 8:9
Se uma mulher foi casada por seu segundo marido com base no recebimento de uma carta de divórcio simples, ou seja, uma carta de divórcio dobrada e amarrada sem assinaturas, ela deve deixar o primeiro marido, e aquele, o segundo marido. . E todas as formas mencionadas anteriormente de penalizar uma mulher que se casou novamente com base nas declarações de divórcio detalhadas na mishna anterior (79b) também se aplicam a ela neste caso
@@alissonpedrosa3713 E só para constar, sua aula foi riquíssima, aprendi muito. Só estou colocando esses pontos para expandir ainda mais a aplicação do que você magistralmente explicou no vídeo.