Entendendo a Biópsia de Próstata- Gleason , ISUP , ASAP ?
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- Опубликовано: 9 фев 2025
- Os tumores da próstata apresentam diferentes graus de agressividade. Tal como outros tumores, quanto mais “diferenciadas” forem as células tumorais, menos agressivo será o tumor. Quanto “menos diferenciadas” (menos parecidas com as células normais ) forem estas células, mais agressivo será o comportamento do tumor, ou seja, mais rápida e mais grave será a sua evolução.
A diferença de comportamento ou “agressividade” pode manifestar-se através de uma maior tendência para o crescimento local do tumor ou através de uma maior tendência para se disseminar para outros orgãos à distância, através de metástases - mais frequentemente, ósseas.
Atualmente são utilizadas duas Classificações para o câncer de próstata : o Gleason ( mais antiga ) e o ISUP ( mais atual )
A Classificação de Gleason / ISUP
Esta classificação é feita em função das características celulares e histológicas que constituem o tumor. As células que, embora tumorais e malignas, são “mais parecidas” com as da próstata normal, mais diferenciadas e menos agressivas, são classificadas como grau “1”. Aquelas que apresentam características celulares já muito distintas das normais, por isso muito mais agressivas, são classificadas como de grau “5”. A classificação final (“score” de Gleason) é atribuída em função dos dois tipos celulares predominantes no tumor. O resultado final resulta da soma dos graus dos dois graus mais frequentes.
O grau histológico mais frequente ou predominante aparece em primeiro lugar. O segundo tipo histológico mais frequente aparece mencionado em segundo lugar. Assim e por exemplo, nos relatórios dos exames histológicos das biópsias da próstata, pode ser mencionado um score de “Gleason 6” resultante da soma de dois graus “3” (adenocarcinoma da próstata, Gleason 6 (3+3)). O mesmo score 6 pode resultar da soma de um “4” com um “2”, embora estas diferenças não sejam tão frequentes. Um Gleason score 7 pode resultar da soma 3+4 ou 4+3. Neste último caso o prognóstico é pior porque neste caso o padrão mais agressivo surge em primeiro, o que quer dizer que é o predominante.
O score de Gleason 6 (3+3) é designado com “bem diferenciado” e têm um melhor prognóstico do que os tipos mais agressivos. Isto quer dizer que a sua evolução é, mais favorável do que a de outros tumores de score superior.
O score 7 é um score intermédio, que corresponde aos tumores “moderadamente indiferenciados”. Estes tumores apresentam características e agressividade intermédias entre os bem diferenciados e os indiferenciados.
Os scores de 8 a 10 traduzem os tumores mais agressivos, porque são tumores “indiferenciados”. Nestes casos, há uma maior probabilidade do tumor se comportar de uma forma localmente agressiva e/ou de metastizar mais precocemente.
Recentemente, foi adotado um novo sistema de graduação, o ISUP, com intuito de melhorar a acurácia da estratificação de risco de cada paciente. Essa nova graduação utiliza os dados do Gleason para classificar os pacientes em 5 grupos:
ISUP 1 : Gleason 6 (3+3)
ISUP 2 : Gleason (3+4)
ISUP 3 : Gleason (4+3)
ISUP 4 : Gleason 8 ( 5+3 ) ou ( 3+5)
ISUP 5 : Gleason 9 ou 10
O grupo 1 corresponde aos pacientes portadores de tumores de próstata histologicamente bem diferenciados e biologicamente indolentes, e que os classificados como sendo Grupo 5, são os tumores mais indiferenciados e agressivos.