Meu amado avô, João Maroti, tocou tudo isso, sob o didatismo intelingentíssimo do maestro Delicato. Foi feliz, tocando baixo e bombardino. Nasceu em 1903 e morreu (ai, que saudades vivas!) em 1984. Conversamos muito, ele e eu - até meus 16 anos - sobre música.
Tenho (graças) esse vinil. Eis o maxixe, puro, instrumental. Imagine isso nos coretos das cidades, a banda toca, praça vive, alguns se arriscam a dançar. Bom demais!
Será que se tocava nos coretos ou nos salões à noite? Não sei precisar, mas eu imagino o povo daquela época, escandalizado com a ousadia da dança. Assim como fez Nair de Teffé, a primeira dama que levou o maxixe ao Palácio do Catete.
Muitas "polcas" com as batidas próximas lundu tocadas pelas bandas de antes da Odeon; e aproveitavam o rítmo, com menos ousadia. O resto ficava por conta da interpretação, como as danças europeias do renascimento; que nas cortes ficaram mais comedidas, e dançadas com distanciamento e com formalidades. Já em fins do século XIX, as operetas (com música ligeira eram sucesso) e de fato, a moralidade rígida proibia o quanto podia os "excessos". Mas sua questão está levantada. Os preconceitos predominavam mas o lundu o maxixe e o samba ganhavam a assinatura do povo, nos salões, dissimulados nos dobrados, valsas, polcas etc "lunduzentos e já amaxixados..." .
parabéns aos maestros Duprat, esse disco é um resgate da cultura popular.
Meu amado avô, João Maroti, tocou tudo isso, sob o didatismo intelingentíssimo do maestro Delicato. Foi feliz, tocando baixo e bombardino. Nasceu em 1903 e morreu (ai, que saudades vivas!) em 1984. Conversamos muito, ele e eu - até meus 16 anos - sobre música.
As músicas ancestrais do Brasil são tão desprezadas. Quase não se fala do maxixe na mídia.
Infelizmente é verdade.
Tenho (graças) esse vinil. Eis o maxixe, puro, instrumental. Imagine isso nos coretos das cidades, a banda toca, praça vive, alguns se arriscam a dançar. Bom demais!
Ilustrasse bem, amigo. Imaginei um coreto e uma formada a executar o Maxixi.
Será que se tocava nos coretos ou nos salões à noite? Não sei precisar, mas eu imagino o povo daquela época, escandalizado com a ousadia da dança. Assim como fez Nair de Teffé, a primeira dama que levou o maxixe ao Palácio do Catete.
Muitas "polcas" com as batidas próximas lundu tocadas pelas bandas de antes da Odeon; e aproveitavam o rítmo, com menos ousadia. O resto ficava por conta da interpretação, como as danças europeias do renascimento; que nas cortes ficaram mais comedidas, e dançadas com distanciamento e com formalidades. Já em fins do século XIX, as operetas (com música ligeira eram sucesso) e de fato, a moralidade rígida proibia o quanto podia os "excessos". Mas sua questão está levantada. Os preconceitos predominavam mas o lundu o maxixe e o samba ganhavam a assinatura do povo, nos salões, dissimulados nos dobrados, valsas, polcas etc "lunduzentos e já amaxixados..." .
Que alegria aos ouvidos!
Música de qualidade.
Genialidades!
Pérolas, maravilha , Raíz.
Muito bom.
Que lindo, obrigado pela postagem.
Não encontro essa pérola no Spotify. Se não é possível ter o álbum à venda, poderiam disponibilizá-lo em alguma plataforma de música. Será que há?
O Carimbó é um tipo de maxixe?