Fui ao GOUCHA falar sobre Perturbação Obsessivo-Compulsiva

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  • Опубликовано: 10 янв 2022
  • Conversar com o Manuel Luís Goucha foi um privilégio imenso. É conversar com alguém que tem plena consciência de que somos todos iguais e que todos temos demónios. E que estamos ali para os explicar. Para ajudar. Para, de certa forma, educar. Em 40 minutos, falei da minha maior inimiga - a POC - Perturbação Obsessivo-Compulsiva, com a ajuda da minha mãe e da minha psicóloga, a Dra. Sara Cruz. Não houve lugar para medos. Olhei de frente para o que esta doença traz ao meu dia-a-dia e mostrei que, dentro do que é ridículo, inesperado, ilógico, há uma parte racional que não tem capacidade para lutar. Fiz também questão de mostrar o pior lado das pessoas. Das empresas. Os carimbos que alguém com uma doença mental leva, seja algo que afete a sua vida enquanto cidadão ou não. Estamos em 2021 e continuamos a olhar de lado (ou a não olhar de todo) para a saúde mental. Continuamos a aceitar esteriótipos na sociedade. Continuamos a aceitar a magreza como beleza. Continuamos a aceitar maus tratos no trabalho, porque precisamos de trabalhar. Continuamos a aceitar trabalhar mais do aquilo para que somos pagos. A troco do medo. E a troco de algo que pode ser irreversível. Temos que saber quando pedir ajuda. Quando estamos a ultrapassar as nossas capacidades. Quando sentimos que as nossas capacidades estão a ficar afetadas. Temos que saber parar. Conseguir parar. Há muito para ensinar, muito para aprender. Mas, principalmente, muita mentalidade para mudar. E espero tê-lo conseguido fazer. Chegando a mais ou menos pessoas, espero que tenha tocado alguém. Que alguém tenha percebido que "esta necessidade estúpida de ter que limpar o telemóvel" ou o que quer que seja que um doente com POC sente necessidade de fazer causa (muito) sofrimento. Põe a vontade de viver em perspectiva. Mata-nos por dentro. E que temos que ser nós a ganhar força. Garra. Para lutar. Para não desistir. Para vencer o que não é lógico. Para vencer pela racionalidade. Porque nós, jovens, não trabalhamos menos por termos, genericamente, trabalhos menos físicos. As redes sociais e a tecnologia trouxeram-nos muito. Mas também tiraram muito. E é essa mensagem que gostava de deixar. Nós estamos cansados. E o cansaço não precisa de ser físico. Pode ser mental. E, acreditem, dói muito mais. Um enorme obrigado à equipa do programa 'Goucha' e à TVI. Cuidem da vossa saúde mental e pensem que, ao vosso lado, pode estar alguém que parece bem. Mas que sofre muito por dentro.
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