Tenho 56 anos, sou paulistano e lembro muito bem quando a música foi lançada. Dizer que não é xenófoba é querer tampar o sol com a peneira : a letra é explícita ! Os caras do Ira! teriam uma atitude mais digna se admitissem isso e dissessem que foi uma fase juvenil da banda e que hoje pensam diferente (podem até não pensar, mas deveriam fazer esse “mea culpa”)
Exatamente. E esse papinho de que "todo mundo deveria fazer mea culpa ou ninguém" é típico de moleque de prédio que não faz a mais remota ideia do que é preconceito.
Tem toda razão, aliás essa xenofobia não era um problema exclusivo do IRA, isso sempre foi um calo no pé da "paulistada"... até hj eles chamam de forma bem pejorativa todo e qualquer nordestino de "baiano"... os Garotos podres e o Olho Seco (duas bandas de São Paulo) também tem algumas letras lá no começo da carreira bem problemáticas pra dizer o mínimo... Todo mundo dá umas mancadas quando mais jovem
Depois de ver tanta (tentativa de) explicação, tantas versões diferentes, a conclusão q eu chego é q a música é sim preconceituosa e acho muito difcil q não tenha sido escrita com essa intenção. Se hj pensam diferente e tem vergonha dessa bobagem escrita qdo eram adolescentes, ainda q com um certo atraso, vida q segue. Parabéns ao Júlio por não ter ficado em cima do muro e pelo posicionamento no fim do vídeo. Ganhou um inscrito cearense.
Se eles se arrependeram dessa musica e nem tocam, até acho valido. A mente de um adolescente é inconsequente. Pior é esta na fase adulta e pensar o mesmo. Daqui a pouco vao me chamar de mimizento. Mas acho muito ruim discriminar qualquer pessoa de outra regiao
☝️☝️☝️ Cara... Eu me lembro de um Show deles na Fábrica do Som, e o que me chamou a atenção foi como o Edgard Scandurra estava vestido com uma camisa branca com uma braçadeira no braço com a bandeira de São Paulo... Acho (espero sinceramente) que eles tenham se inspirado no Sex Pistols para chocar... e não outra coisa muito pior...
Sou de uma família descendente de imigrantes Italianos que veio para São Paulo no início do século passado e posso afirmar: na década de 70 e 80 os paulistanos tinham sim muito preconceito em relação aos nordestinos que migraram para o estado, principalmente para a capital. Tinham piadas pesadas, agressões verbais, tinham grupos violentos que agrediam fisicamente, muita associação dos nordestinos ao crime, a bebedeira, ao desrespeito as mulheres… tudo de ruim! Aí vem os caras e elegem uma prefeita, a Luísa Erundina, uma nordestina! Essa foi a gota d’água! Eu, particularmente, nunca tive o menor preconceito com ninguém e tenho entre os meus melhores amigos nordestinos, sulistas e gente de tudo que é lugar. Acho que isso ficou num passado bem distante…
Me lembro muito bem da eleição da Erundina, o ódio que foi. Eu, paulistano, tinha menos de 10 anos e nunca esqueci os discursos contra os nordestinos, aquilo me marcou porque estudava em colégio público com crianças nordestinas, eram meus amigos, aquele ódio que eu via nos adultos era assustador, ao ponto de eu me lembrar até hoje. Aliás, ATÉ HOJE, quando falam da Erundina por aqui (uma prefeita que lutou como pôde pela cidade), sempre soltam algo como "encheu a cidade de nordestinos"...
Certíssimo! Eu, vindo de Curitiba, chego em SP em 1986, mas sendo branco e sem sotaque nordestino nada sofro, muito pelo contrário, as pessoas achavam curioso e logo se tornavam amistosas, inclusive compartilhando bastante preconceito com os nordestinos, na época todos reduzidos a um único estereótipo: "BAIANO"
Eu acho que é sim. Até evitam de tocar ela em shows. Eu estava neste show. Jogaram uma bandeira de SP no Nasi e ele não pegou a bandeira. Inclusive haviam percussionistas nordestinos neste show. O Scandurra começou mesmo a tocar e o Nasi ficou calado. Foi em 2005 mesmo. O nome IRA sempre achei que tinha relação com o grupo separatista irlandês! Tenho sangue paraibano, com muito orgulho e SP é Grande, justamente por ser um pouco de tudo!
A música é explicitamente genocida, o nome parece inspirado no grupo fascista Ira!, o Nasi aceitou esse apelido, enfim, uma coisa casa com outra, MAS, pelo menos mudaram, ao menos Nasi e Edgar hoje em dia tem uma postura bem à esquerda e anti-fascista, o que mostra que todo mundo pode amadurecer...
Em 2002 fui ao festival Ceará Music, e tive a oportunidade de assistir ao show do Ira!, Na oportunidade falei com o Edgard Sacadura sobre como eu achava essa música racista e ele me respondeu que fez a música quando era adolescente e que não pensava que era racista e que a banda já tinha deixado de tocar essa música
Concordo contigo. Já vi o João Gordo (que era do movimento punk) admitindo que teve posições facistóides, no entanto, hoje, o cara se coloca completamente contra. Acho que essa deveria ser a postura do Irá.
@@notasgeografia Sei lá se vocês tem algum problema mental ou fazem isso de propósito (repetem a mesma coisa o tempo todo). Eu sei que é proposital em muitos casos.
A letra é preconceituosa, não tem malabarismo semântico que desfaça isso, mas sem querer passar pano, o cara tinha 17 anos e hoje tanto o autor quanto o cantor já riscaram a música do repertório. Sou otimista, acredito que as pessoas possam mudar com o tempo
Acredito que seja preconceituosa sim, a primeira vez que eu ouvi essa música eu percebi isso, porém também acredito que Edgar mudou, amigos meus aqui de Pernambuco foram ao camarim do Ira!, após um show, e Edgar os tratou muito bem. As pessoas amadurecem essa letra foi numa época juvenil de Edgar que estava impregnado de revolta e hoje ele tem outra mentalidade. Aliás, por muito tempo Edgar tocou com um Pernambucano, o André Jung.
Como vocês confundem as coisas. Nunca foi um preconceito contra nordestinos, foi sim a expressão de um adolescente que dentro de sua pequena bolha se sente ameaçado por uma "invasão" que ele nem sabe definir o que é, por sua imaturidade e pouca vivência de mundo. Não tem nada a ver com xenofobia ou ódio contra algum povo.
Minha leitura: ele fez a letra de forma preconceituosa... depois que cresceu, amadureceu e se arrependeu. E desde então fica criando diversas versões para justificar.
Como arrependeu? Se tivesse se arrependido não cantava ela nunca mais, ela foi gravada ao vivo muito tempo depois de ser lançada e em todos os shows. A não ser que vc está considerando que eles cresceram depois dos 40 anos
Belissima reflexão. Curti e curto o Ira! desde a minha adolescência. Fui ingênuo, curti muita está canção pelo som, na época não havia me aprofundado na letra. Confesso que hoje não dá mais para cultuar esta canção. De toda forma, continuo fã da banda. E procuro entender o contexto daquela época. O Edgard era apenas um adolescente vivendo as agruras do seu tempo.
Pois é, mas ainda acho que ficaria melhor pra eles admitirem o erro, dizer que era coisa de adolescente e que se arrependeram. Dar essas desculpas não engana ninguém. Sou fã da banda e os assistia desde a época do Aeroanta em Pinheiros mas essa letra é uma das coisas mais explicitamente abomináveis na história da música brasileira.
Like garantido e antecipado. Parabéns pelo canal Júlio sucesso meu bom. Terminando de ouvi a tua presença no podcast do Vilela. Muito foda cara. Uma enciclopédia do rock nacional. Muito orgulho do Brasil, da nossa história musical de tantas bandas sendo celebradas, descobertas e relembradas. Muito obrigado por todo o esforço. Tamojunto sucesso
Não vou perder, porque sempre interpretei essa música como o olhar que os outros tem de nós. Principalmente Paulistanos. Fiquei impressionada quando uma nordestina me falou que o sonho dela era largar tudo e mudar pra São Paulo. Sei que nosso estado tem muitas oportunidades, mas quem vier pra Sampa venha com os pés no chão.
Fala Etttore!! Bem que você poderia fazer um vídeo contando um pouco da história do Madame Satã, ou sobre as bandas que tocaram lá e fizeram parte da cena do rock de SP... Local de grande importância na noite paulistana e que permanece vivo até hoje
Assisti ao show do Ira! em Fevereiro de 2000, na época do lançamento do álbum "Isto é Amor", de versões de músicas brasileiras. Este show, foi realizado no Centro Cultural São Paulo, na Rua Vergueiro. O show era as 15h ou 16h. O auditório estava cheio de adolescentes e jovens adultos (considero-me parte deste grupo, na época). O grosso do show foi das músicas do álbum em questão; No final, gritávamos em plenos pulmões para que tocasse "Pobre Paulista" e, realmente, via o desconforto do Nasi e do Edgard para tocar a música. Eles tocaram outras duas, antes de realmente render-se e encerrar o show com Pobre Paulista.
Eu tendo nascido no interior paulista na adolescência fui muito pro lado do integralista da cidade, que aqui é muito grande, mas logo eu percebi que era apenas sobre ódio. Mas são sentimentos que você custa pra se livrar. Não duvido que esse som era sobre preconceito, pq era muito querida entre os integralismo
Como Paulista , pela proximidade, Sempre curti as músicas do Ira! E sempre coloquei Pobre Paulista como um dos maiores sucessos da banda. Fui a um show da banda em Guarulhos /SP, em '07 e cantei-a a plenos pulmões. Não pela mensagem que ela expressa. Mas sim pela lembrança afetiva que ela traz, a quem a ouvia desde os 3 pra 4 anos, em ' 87, por influência de um tio então punk. O Ira! , na minha opinião, sempre teve posicionamentos corretos musical e politicamente, na maior parte do tempo. É uma banda de origem punk , que passou ao Mod ao longo dos tempos. Mas acredito que seria melhor pra banda assumir a verdadeira história da banda (que tem até melodia do Hino Constitucionalista de '32, a Revolução Paulista, em parte da música). E convenhamos, foi escrita por um então garoto de 17 anos (Scandurra), morador da Zona Sul Paulistana, que queria expelir suas raivas, aversões e contradições às musicas de MPB de Caetano e Gil (ótimas , em sua maioria , por sinal). Maduro, viu que não precisava de tanto. Até poderia se redimir disso, mas acho que a banda perdeu o "timing" . Não tocá-la talvez seja um caminho paliativo. Ao menos evita maiores burburinhos sobre a música de rock nacional mais controversa da história, provavelmente. Eu vou continuar ouvindo-a , com o mesmo entusiasmo e inocência de um garotinho de 3 anos, que a ouvia em uma fita VAT gravada , dentro da então Brasília '77 vermelha que o meu pai tinha. Júlio, Valeu pela postagem! 👍
tenho o mesmo pensamento, eu tinha uns 6 anos de idade quando ela foi lançada e eu pirei nela desde a primeira vez que eu ouvi no rádio, fui me dando conta do significado da letra já nos 90 por volta dos 12 ou 13 anos até então ainda meio que na dúvida até que lá pelos 15 eu finalmente me convenci de que a letra era racista e xenofóbica, mas aí já era tarde demais...o que me deixa mais triste nessa história é que o som dela é muito foda, não é aquela musiquinha meia boca que nem faz falta, ela é só um dos maiores hinos da minha infância e da história do Rock BR, nessa brincadeira eu escuto ela no talo até hj mesmo com a letra sendo bizarra, o som é bom pra caralho e eu não tenho como apagar ele da minha vida.😎🤘🍺
@@evandrock81 é exatamente isso, camarada ! Quem conheceu a música na infância ou adolescência, dificilmente deixa de ouvi-la, agora . Ainda mais , por causa do puta som que ela tem. Pesado e direto. Puta dum clássico BR ! Valeu, camarada ! Abraço!
Embora eu seja fã do IRA! tbm,nunca parei pra analisar essa música.São opiniões diferentes do Nasi e do Edgar Scandurra.Mas tem tanta letra por aí que se for levar a ferro e fogo agente fica maluco! Então o negócio é escutar o som e curtir !Fica a dica😉
Júlio ia fazer um comentário sobre a música...mas lendo os comentários, percebi não ser necessário...já disseram o que eu ia dizer. Fiquei feliz pela posição da maioria das pessoas, colocações conscientes e não passaram pano para o, horrível, tropeço do Edgard. Espero que ele tenha se arrependido de fato. Recém casados, eu e minha esposa tivemos uma briga feia quando ela comprou o CD que tinha Pobre Paulista e tentou ouvir aqui em casa! Até hoje, do Ira!, só consigo gostar de Tarde Vazia, por uma questão bem particular. Agora o ponto ALTO do vídeo foi sua POLIDEZ para tratar dessa música, que foi o PIOR momento desse período, riquíssimo, do Rock Nacional ! PARABÉNS, Cara! Muito classe, você! E aos que comentaram, também !
Sobre o apelido Nasi: naquele tempo tinha uma conotação para pessoa violenta, autoritária, julgadora. Tínhamos acabado de sair dos anos 1970. Lembrem da discussão do Lulu Santos com Humberto. Lulu não queria dizer que Humberto tinha Real afeição ao regime alemão, mas que ele era um julgador. Lulu era dos anos 70, em que as pessoas deixavam as outras serem como queriam (os debundados, claro)
@@jediroquer mas ele sabia o que era o nazismo. Todos nós sabíamos. Era uma zoeira. Se a zoeira ofende a geração mais nova, não é problema dele, mas dos jovens de hoje
Veja a quantidade de desculpas diferentes que eles deram ao longo do tempo... Coisa de quem quer esconder o passado. Dizer que não dá pra saber qual era a intenção do cara quando fez a letra chega a ser forçado.
não acho que seja "esconder o passado"... me passou mais a impressão de uma contradição, de que eles têm vergonha e se constranger de um dia terem pensado assim ao mesmo tempo que deve causar incômodo de jogar fora uma das principais músicas que os projetaram...
É, mas isto exige um certo cuidado. Não se trata de passar pano, mas de tentar enxergar a mecânica da coisa. Eu também não sou o mesmo cara que fui a 10 anos atrás, e o entendimento que tenho sobre coisas que fiz aos meus 20 e 30 anos também mudou. Se pegarmos um lívro sobre a História do Brasil editado em 1970, ele trará também diferenças de abordagem e de interpretação sobre os mesmos eventos se comparado a um livro escrito a 10 anos atrás.
Desde a primeira vez que escutei em 1985 não questionei se era isso ou àquilo, gente feia pra mim era gente careta e ignorante era aquele que não aceitava o desconhecido.
Foda-se se é preconceito contra nordestino. Até hoje estão pobres e fodidos e continuam votando noa mesmos sanguessugas de sempre e migrando sul-sudeste.
Olá Júlio Bom dia, Boa tarde, Boa noite😁 sou aqui de Curitiba. Então vc enriquece a nossa mentalidade Musical, com Histórias Fantasticas! e Goste ou não de uma determinada banda ou Artista , temos que admitir que as histórias são Facinantes. Parabèns julio, Curto de mais seu trabalho e passei a respeitar mais o Ira depois desse video. Parabéns👏👏👏Show de bola⚽️
E sou paulista (e pobre rsrs) e desde meus 16 anos ou coisa do tipo quando ouvi essa música pela primeira vez imediatamente associei a um preconceito contra nordestinos, isso muito antes de termos youtube e saber a história dessa música. E de cara detestei a letra rs. Sempre gostei do Ira mas essa música me causava mal-estar, a letra já nasceu como leite estragado e envelheceu mais ainda. Este vídeo resumiu muito bem o meu veredicto quando comecei a ler as entrevistas com o Scandurra e o Nasi sobre a composição dessa música; ainda que não tenha havido a intenção (o que eu duvido) ela atrai um tipo de gente escabrosa e de quem eu não quero estar perto.
Júlio (me permita chamá-lo assim), seus vídeos são extremamente esclarecedores e reveladores, sobre uma fase inesquecível da música brasileira que marcou a minha adolescência (só para dar exemplos: tinha 16 anos quando "Você não soube me amar" da Blitz estourou; 18 quando saiu diretamente para a pista de dança das nossas festas "O Passo do Lui" do Paralamas; 19 no advento do Rock In Rio I; 20 quando "Tempo perdido" da Legiao saiu; e por aí vai). Congratulações por este trabalho primoroso. Gostaria de sugerir a você uma análise sobre alguns artistas ou bandas desta geração como: Radio Táxi de "Com o rádio ligado" e "Um amor de verão"; Cinema A Dois de "Não me iluda"; Herva Doce de "Volta meu bem" e "Amante profissional"; Nico Rezende de "Perigo" e "Esquece e vem"; Vinicius Cantuária de "Só você" e "Na canção"; Kiko Zambianchi de "Rolam as pedras" e "Primeiros erros". Sugestoes.
É verdade. Fazer burrada na adolescência faz parte do ato de crescer. Lembro que em 1980 tinha um rapaz afrodescendente na escola que usava uma braçadeira com a cruz gamada e cumprimentava os amigos estendendo o braço e gritando "heil hitler" (escrever o nome desse merda com letra maiúscula é falta de respeito com a humanidade). Imagino como esse rapaz deve ter se sentido quando compreendeu o significado das coisas que estava fazendo na adolescência. Mas a questão é essa. A gente faz merda na adolescência e depois se arrepende (eu cheguei a usar paletó roxo com enchimento no ombro - imagina a vergonha). O problema é que a gente não viu esses caras do Ira, depois de adultos, assumirem e se envergonharem da merda que fizeram. Mudam as versões das desculpas esfarrapadas e pedem desculpas com o lamentável clichê dos não arrependidos "peço desculpas a quem se sentiu ofendido". Que vergonha fazer isso depois que se é adulto. Além do mais, eu tenho a idade desses caras e, garanto, em 1980 todo mundo sabia o significado de ser nazista e o movimento dos skin heads estava bem conhecido. Ninguém ia se deixar chamar de nazi só por curtição. Tinha alguma identificação ali mesmo. E usar este nome depois de adulto. Vai se catar meu chapa. Vai me dizer que você ainda não sabe o que isso significa. Nos anos 80 eu costumava ir no Madame Satã em São Paulo. Só não ia quando o Ira tocava lá. Nesses dias, a porcentagem de neo-nazi no público aumentava muito e eu sei que eles sabiam disso. Não dava pra não perceber.
Sugestão: Poderia fazer um vídeo sobre os filmes BRrock dos anos 80 como: Areias escaldantes, tropclip, banana split, o sonho não acabou, bete balanço, rock estrela, rádio pirata, menino do Rio, garota dourada, rockmania
É impressionante, porque essa letra é complicada, mas o ritmo e outras partes da letra são muito boas. Eu a entendia apenas como o ódio juvenil contra tudo e todos, mas o mundo não é ideal e é impossível descontextualizar, ainda mais quando existem grupos que realmente sequestram tudo o que puderem para se fortalecer, pior ainda sendo uma música que literalmente defende idéias erradas. O refrão "pobre são paulo/pobre paulista" é forte, se os moleques na época pensassem um pouco mais é provável que conseguissem montar uma letra melhor ao redor disso. Ao menos eles cresceram e parecem mesmo ter aprendido algo. Seria injusto cruxificar alguém eternamente pelos erros da juventude.
Gosto da música em si mas não tenho preconceito com pessoas de outras regiões do Brasil. Inclusive, uma das melhores empresas em que trabalhei é Nordestina e devo muito a eles pois se hoje cheguei onde estou foi por ter passado anos incríveis por lá. Inclusive tenho amizade até hoje com meus antigos chefes, que são pessoas abençoadas. Acredito que o Ira! teve o seu momento de erros e acertos e acabou "surfando nesse hype negativo" daquela época. O que importa é reconhecer o erro e não insistir no mesmo. Parabéns pelo vídeo @julioettore, seu canal é mega importante para manter a verdadeira "música brasileira" viva! Grande abraço.
O tal Orelha citado no vídeo, ao meu ver, é o Régis Tadeu. No podcast "Inteligência Ltda.", do Rodrigo Vilela, estavam os dois, Nasi e Régis Tadeu. O Régis Tadeu contou que é amigo do Nasi e do Edgar há muitos anos e era conhecido como Orelha.
Год назад+6
Júlio, parabéns pelo vídeo. Você é top demais. Uma outra canção que daria um bom vídeo talvez seja “Fé Nenhuma” do primeiro disco dos Engenheiros. Deu o que falar na época tanto que eles praticamente não tocaram nunca mais. Abraços!!
Sobre o uso da bandeira: não há problema nenhum em fazer isso. O Engenheiros faz e ninguém acha que eles são fascistas. A turma de Brasília também mostrava seu orgulho de ser de lá. Nos anos 80, tudo era distante e cada estado era uma ilha. A explicação de Edgard é a correta: o Rio se impunha culturalmente e os grupos de fora do Rio, queriam mostrar seu valor. Ter amor por São Paulo foi uma coisa boa naquela época, pois os cariocas só falavam mal da nossa cidade. Foi absolutamente normal usar a bandeira.
Era o que eu sentia mesmo criança lá no começo dos anos 90. RJ tendo grande domínio cultural, bandas gaúchas, mineiras e brasilienses mostrando de onde eram, e raríssimo ver alguém mostrando e exibindo algo sobre SP. Hoje a produção e o protagonismo cultural está muito mais presente em São Paulo, e a galera mais nova talvez nem entenda essa "necessidade" de mostrar de onde é.
" Os cariocas só falavam mal de SP"? Oi? Não, não mesmo. Paulistas sempre implicaram muito mais com o RJ do que o contrário. SP nunca ficou de fora de nada. Nunca soube dos festivais de músicas que se concentravam em SP? Os meios de comunicação, que dominam as massas, muitos eram sediados em SP. O pessoal do RJ sofreu muito com o desdém e visão preconceituosa da mídia paulista.
@@paulomattos6292 naquela época falavam mal sim, que a cidade era feia, ruim de se viver, sem praia, sem cultura. Morei nas duas cidades nos anos 1970. Naquela época, o Rio ditava a cena cultural, era a nossa Califórnia. Mas são Paulo não era ainda a nossa nova York
Nasci em São Paulo, sou filho de nordestinos, pai e mãe. Digo que Sao Paulo nada seria sem o povo nordestino. Orgulho de ter sangue nordestino em minhas veias.
Sou cearense e fã do ira,moro hoje em dia na região centro oeste e já sofri preconceito sim, várias vezes,acho q a música faz um espécie de mea culpa,se vc reparar na integralidade dela,olha só, adolescente fala merda mesmo,eu mesmo fiz e disse muita coisa nessa época das quais não me orgulho, enfim,o ira é uma banda boa demais, significa demais p ser reduzida por uma música,q aliás é uma das melhores do ira!
A violência, sobrepopulação, favelização, crime organizado (including igrejas), trânsito, degradação dos serviços públicos... tudo piorou por causa de um fluxo migratório insano de milhares de pessoas em poucos anos que agoram correspondem perto de 30% da população do estado e cujo estado de origem é um caos.
@@vitordelima caos do fluxo migratorio, desde que nao seja dos italianos né? quem assume os cargos altos dos serviços publicos, sao justamente os que o vandalizam de dentro pra fora, justamente os descendentes privilegiados de sangue europeu. Os nordestinos construiram são paulo e herdaram a sua marginalidade estrutural. so na cabeça do 'paulista'(nao de todos) faz sentido que classe trabalhista seja o alvo das atrocidades do estado em relação a todos os problemas urbanos, talvez entao faltem ainda mais nordestinos para construir o resto do que falta e concertar oque voces não conseguem. se quiser falar de corrupçao, fale de quem a causa, nao de que a vivenciou sempre, hipocrita!
Parabéns ao Ira por ter parado de tocar a música, em contrariedade aos grupos extremistas que a adotaram como hino. É uma grande prova de amadurecimento dos seus integrantes como artistas e seres humanos dotados de sensibilidade o bastante para corrigir os seus erros do passado. Sou nordestino e, após conhecer essa polêmica, ainda mais fã da banda. Um grande abraço ao Nasi, Scandurra e companhia.
Não precisa passar a vida inteira pedindo desculpas. Basta uma vez Mas não pode ser o modo hipócrita: "peço desculpas a quem se sentiu ofendido ". Tem que ser o modo sincero: "peço desculpas porque fiz merda". Até hoje os caras não pediram desculpas. Só inventaram desculpas. Querem continuar vendendo essa merda de música, que claramente tem uma inspiração neo-nazi. Só não vê quem não quer. Aliás, quem é neo-nazi percebe facilmente isso e curte a música. Quem não é neo-nazi e curte, fica passando pano pra música. Mas isso ainda é uma atitude de passar o pano pra si mesmo. Algo como dizer: Eu não sou neo-nazi, mas curto Pobre Paulista porque gosto da melodia. Sei.
@@OsorioThomaz1 nossa, como você é ressentido. Procura se tratar. Gosto da música e da letra porque ela retrata um pedaço da história e que se confunde com a minha história também. Se você tem ódio assim de uma música também não pode ver filmes polêmicos, muito menos ler livros com temática sensível. Você só aceita o que lhe agrada dentro da sua esfera moral.
@@OsorioThomaz1 olha só que ridículo você julgando o cara porque ele aos 17 anos escreveu uma letra cheia de energia e expressão. Como se os moleques dessa idade não falassem o que bem entendessem. Na minha turma a gente gritava que ia m@t@r o papa e f0d3r a professora, éramos um bando de imbecis como todo adolescente é. Daí aparece um jovem que escreve uma letra com tanta energia que vai impactar milhões, onde ele expressa puramente o que sente sem nenhuma censura, mas também sem a menor maturidade, em um outro contexto, em outra época, e daí surge você e outros que se acham no direito de rotulá-lo como isso ou aquilo 30, 40 anos depois? Você percebeu no vídeo o constrangimento dele ao falar dessa música? Não deve ser pela música, mas ele deve se sentir constrangido por tanta gente fazendo justamente o que ele criticou, julgando com intolerância, de uma forma muito feia. Gente feia, gente ignorante. Essa é a mensagem, aprenda com ela, pare de querer julgar uma obra de arte por uma gota de tinta que você não gostou.
Concordo com a análise.Acredito que as pessoas podem mudar, principalmente jovens, por isso a gente dialoga tanto e fornece informação.Espero que além de parar de tocar, a mudança seja de coração.
Eu tinha uns 11-12 anos qdo ouvi pela primeira vez e gostava muito da melodia e principalmente do refrão. Aí depois de um tempo, já mais velho, que fui percebendo o resto da letra e realmente tem uma conotação de xenofobia. O Edgar Scandurra escreveu numa fase da vida que ele já deve ter superado, não precisa ficar criando versão. Nos dias atuais não se aceita mais esse tipo de discurso, mas ficou uma música muito foda. Talvez devessem mudar as partes da letra igual os americanos qdo tiram os palavrões pra tocar no rádio.
Impossível não perceber a xenofobia evidente na letra...O Edgard poderia ter dito que ele era preconceituoso naquela época, e mudou de opinião conforme o tempo foi passando. Claro que ele deveria pedir perdão pelo erro ao compor essa letra, embora a música (tão somente o INSTRUMENTAL) seja boa.
Vc tem razão, mas comercialmente, caso admitisse a xenofobia da letra, seria o fim da banda. O cancelamento sempre existiu e, poucos lembram, mas nos anos 80/90 o cancelamento era pior porque era do chamado "boca à boca", um "telefone sem fio", que no final até aumentavam todos os fatos. Resumo: o Ira! acabaria.
Gosto desta música, e sempre a cantei em plenos pulmões, mas nunca com o intento de ser preconceituoso, apenas pq gosto mesmo. Ah e a primeira vez que a ouvi nem foi com o Ira e sim de um cover de uma banda na MTV.
Povo preconceituoso. Ter orgulho de sua terra ja se torna preconceito. Sou paulistano e me orgulho de ser paulistano, assim como o sulista tem orgulho da sua terra.... assim como nordestino tem orgulho do nordeste.... isto é LINDO. Acho bonito as culturas do Brasil.... Incrivel.... Sao Paulo cresceu e assim uma grande variedade cultural se manisfestou. Se eu fosse para o nordeste ou para o sul ou para o Japao ou para arabia ou fosse vizitar uma tribo indigina, com certeza eu iria curtir aquele momento com as musicas da cultura de cada lugar, porem na minha casa eu ouviria a musica que eu gosto. SP É MINHA CASA e realmente me senti sendo invadido por diversas culturas diferentes... a mais forte foi o forró tipo... calcinha preta.... pra onde eu olhava tinha cartaz deste tipo de musica... foi nos anos 90, pra mim um choque, eu nao gostava do que via e ouvia... apartir dai as coisas so pioraram... sertanojo... forro univercitario.... hoje temos SOFRENCIA E FUNK..... pra mim é um pior que o outro.... Resultado que hoje continuo ouvindo POBRE PAULISTA.... POREM SOU ECLETICO KKKK OUÇO TODOS OS TIPOS DE ROCK. e aprendi a respeitar o gosto musical de cada um.... Mesmo que seja escroto no país dos coloridinhos.... SOMOS TODOS BRASILEIROS E TEMOS COISAS POLITICAS IMPORTANTES PARA RESOLVER E TORNAR ESTE PAÍS MELHOR...... OI
c@r@lh0, você está dizendo que o Edgard Scandurra é racista ou xenófobo? Se for isso, tenha coragem e acuse na cara. Pelo menos dê a ele a chance de te processar, se bem que ele não vai ligar para um insignificante como você.
Eu sempre amei essa música, por ingenuidade nunca reparei na letra, mas não dá pra negar que ela tem um ritmo e energia incríveis. Hoje fica claro que era uma atitude rebelde de adolescente tão comum à epoca. Edgar poderia assumir um mea culpa tardio, reescrever a letra e voltar a tocar, resignificando-a finalmente. Belíssimo vídeo, a propósito!
Tem horas que agente tem só que admitir os erros e seguir em frente. Ninguém é uma pura flor nascida em campos virgens, a gente fala merda a vida inteira, a real diferença é reconhecer e seguir em frente. Não acho que devemos censurar ou "cancelar" tudo, especialmente sem pensar o contexto, por outro lado também não podemos ficar numa demagogia cínica.
Gostava demais do som do Ira mas me sentia mal ao ouvir essa canção (sou nordestino), aí acabei deixando de ouvir a banda. Fico feliz em saber que o cara se arrependeu, que eles não tocam mais etc. mas essa letra é exatamente o que parece ser (criminosa), não tem nem o que "interpretar". Parabéns pelo vídeo, Júlio.
Revolta de adolescente. E adolescente pode ser preconceituoso. Pelo visto lá em 86 eles já tinham se arrependido dessa música, e seguraram até onde deram, tocando em shows e tudo mais. Quando eu era mais novo até gostava de "Pobre Paulista", pois de fato existiam poucas referências "estéticas" à São Paulo, mas fui percebendo a carga negativa que a letra carregava, e já sentia meio que uma vergonha alheia. Enfim, é uma mancha da história da banda, que não é perfeita, mas ainda marca presença.
Júlio, “pobre paulista” bebe da vertente streetpunk/Oi!, que é uma vertente do punk muito associada aos skinheads/hooliganismo. Daí esse caráter “anti-imigração” - ironicamente importado de um movimento londrino. Com o tempo, a pegada do Ira! Se mudou gradativamente de Sham 69 para The Jam, e essa música ficou deslocada como um filho feio e anacrônico.
aqui noz RS muitas vezes ouvi "chega de baiano " em rodas de violão ou em conversa com músicos. sempre com referência à mafia do dendê, nunca ao baiano em si. ps: eu mesmo amo a mpb e toda música do nordeste.
Mas tem o famoso ditado gaúcho quando acontece algo ruim. Pior que a filha casar com nordestino. Preconceito sempre existiu, até nos EUA rola isso entre pessoas de estados diferentes.
@@irenebibiano7653 Sem dúvidas! Preconceito há e é nojento, além de revelar a ignorância de quem o comete. A arrogância, travestida de preconceito, é típica dos fracos, dos inseguros. Mas nem por isso deve deixar de ser combatido onde quer que se apresente. Particularmente, gosto de bem mais baianos e nordestinos que de gaúchos. Na Musica e na cultura, então, dão de lavada! Algumas expressões, no entanto, contextualizadas, não são sintomas de preconceito. Abraços.
Nos anos 80 e 90 nós ouvíamos a musica e essa parte sempre incomodou . Era e é explicito. Concordo com quem falou que era melhor a banda assumir a fatura e reconhecer isso de uma vez.
Tinhorão é um dos maiores musicólogos do Brasil. Até hoje seus livros ainda são estudados em muitos cursos superiores de música a respeito da música brasileira principalmente Chorinho. Sobre aqui a região nordeste, só uma atenção - "não são todos os estados que fazem parte do chamado polígono da seca". O Maranhão que é o estado que eu moro, é dos 9 estados com maior regime de chuva já que por aqui começa a transição do cerrado para a floresta amazônica. Mesmo os estados do polígono da seca tem cidades que estão acima do nível do mar, em serras que chegam em alguns pontos a 0 graus por conta do clima de altitude. E mesmo as regiões que não estão acima do nível do mar é válido lembrar que o litoral não sofre com a seca. Logo o fenômeno de estiagem não é massificado aqui nos 9 Estados. Infelizmente telenovelas nacionalmente mistificaram muito a questão do que é seca aqui na região nordeste para todo o Brasil que ainda vive de uma visão mistificada do resto do Brasil.
Júlio! O Movimento Mangue na década de 90 aqui em Recife Pernambuco, possibilitou um intercâmbio musical com vários músicos e bandas de vários estados e cidade do país, a principal delas foi São Paulo, por causa das suas gravadoras, que acabaram assinando contratos com algumas bandas daqui. Neste períodos aconteceu muitos encontros e intercâmbios musicais tanto em São Paulo quanto em Recife, com Edgar . Até onde eu sei, o Ira e os seus integrantes, em especial o Edgar, sempre foram bem recebidos por aqui. Inclusive no ano passado, os 40 anos da banda, foram comemorarados numa cidade rural chamada Camaragibe, bem próxima do Recife. Além da participação da banda e do Edgar no Abril pro Rock do Paulo André, em algumas edições do mesmo. Bem, o Ira e a cena musical paulistana, sempre foi bem acolhida aqui em Recife Pernambuco. Eu sou integrante da banda Cascabulho, que acabou de completar 28 anos de muito som😊
Eu nunca parei pra pensar no significado dessa canção. Duvido que teria sido um preconceito puro contra migrantes, e talvez contra a cultura de fora de SP. Realmente é uma letra bem "adolescente" parando pra pensar. Tenho a biografia do Nasi e ainda quero lê-la. De qualquer forma, gosto muito do Edgar e náo acho que ele compactue com isso hoje em dia. A banda ter repensado tanto e evitar a música revela maturidade e preocupação também com o que ela pode simbolizar, além de que eles não querem ser marcados por isso. Tem tanta banda que não toca uma canção famosa, por exemplo: Radiohead com Creep, que isso é bem normal. Muito bom o vídeo, Julio!
Eu gostaria muito que vc falasse da banda Smack ou Mercenárias onde Scandurra participou também. Foi ali no contexto do pós punk underground dos anos 80.
@@mundounderground951 muito bom ! Não adianta eles quererem passar pano ! Eu nasci na Frega eu andava na vila Carolina ! A verdade eh está ! Os caras eram do movimento punk e a letra era contra nordestinos mesmo !
Legal suas informações. Na época, eu era adolescente e a gente gostava muito de cantar essa música, mas não tinha essa consciência. Achava que gente feia era crítica a ditadura mesmo e era sobre choque de gerações. E como paulista, era legal cantar. Um pouco mais madura, comecei a me tocar da letra. Pior que a música é muito boa. Tem essa rebeldia na letra e melodia "Todos os nãos se agitam, toda a adolescência acata" etc é muito bom. Punk. Diz o que leva ao ódio. Depois não cantei mais rsrsrs
Adoro o Ira!, dito isto, a musica é preconceituosa sim e muito ruim, não ouço ela e acredito seriamente que o Edgar se pudesse voltar atrás não a teria feito. Parabéns pelo conteudo Julio, sou muito seu fã!
Bom dia Júlio!!! O Ira! Tbm não tocava em Santos "Pobre Paulista", pelo sarro q a plateia daqui fazia com os ditos "paulistas" q invadiam as praias e o litoral todo, trazendo muitos problemas como subida de preços e falta de produtos nos mercados. Para nós da baixada, o termo "PAULISTA" é pejorativo, não chamávamos de PAULISTANOS como é o certo, qq coisa errada ou comentário de mal gosto feito por um turista, já vinha a frase "Porra tinha q ser Paulista"!!!! Num show deles no Caiçara Clube, entre a frase pobre Paulista e a honomatopeia "OOOOOOO O" vinha uma frase da plateia criticando o "paulista", Qdo a música acabou o Nazi tipo chamou a atenção do povo, algo tipo "pô meu!! eu tbm sou paulistano não é assim". Kkkkk Isso foi nos anos 80, e o Ira! voltou algumas vzs a Santos e eles não tocaram. Ou seja pararam de tocar aqui na Baixada antes de cortar a música do set. Kkkkk nunca vi a música por esse lado, via como a vida de correria e a cidade te engolia se vc não tivesse o mesmo ritmo daqueles q acompanhavam SP.
o IRA no começo tinha uma proximidade com o Punk Oi e os Carecas dos anos 80 que ao contrário do que mta gente pensa nao tem a ver com raça e sim com xenofobia, por isso tem mto Careca negro. Sao nascionalistas e regionalistas, é só ver como o visual dos Carecas é mto parecido com o militar (roupas camufladas, cuturno, mtos servem o exército) Na época eles os nordestinos pela falta de emprego em São Paulo
A minha leitura é: atualmente, o Nasi opta pela tranquilidade ao falar da canção, relevando qualquer má interpretação. É óbvio que ele não curte a canção e o Edgard se arrependeu de a ter escrito. No entanto, a banda voltou a estar em paz e não existe motivo pra novas brigas. Vale dizer que à época, esses tipos de (preconceituosos) comentários contra os nordestinos que "invadiam em massa" o Sudeste à procura de trabalho - principalmente em São Paulo, pelas oportunidades -, eram comuns. É isso. Não tentem colocar o Ira! como fascistas ou qualquer porcaria só porque vocês querem. Eram OUTROS tempos e tudo era levado às letras conforme os pensamentos. lembrando que eram tempos dicíceis de ditadura. Caso insistam nesse bairrismo, vamos pegar letras de Engenheiros e Legião? Tem gente que vai levar um susto grande querendo rebobinar 40 anos pra colocar aquela vida em 2023.
Como todo cara que viveu a adolescência nos anos 80 sou apaixonado pelas nossas bandas que dominaram a FM, foi uma época única, uma efervescência maluca . . . MAAAAASSSSS . . . não dá pra negar que, em sua "grande maioria", quem tinha grana pra não trabalhar, comprar instrumentos e montar banda, repito "na grande maioria" (não todos), eram burguesinhos ou filhinhos de papai como chamávamos na época (acho que tinha "playboyzinho" também kkkkk) Essa galera tinha uma visão social e política muito melhor do que a nossa das camadas inferiores, onde o governo militar filtrava tudo que nos chegava . . . MAAAAAASSSSS . . . sim eram preconceituosos, elitistas e intelectualóides várias vezes. Nos shows não era raro xingarem seu próprio público (Renato Russo fazia muito isso). Uma exceção que faço questão de registrar é o Paralamas, pareciam sempre apaixonados por tocar, não tinham muito discursinho, chegavam, mandavam seu recado e caiam fora, bem do jeito que a juventude pós-punk, enojada de tietagem, gostava! Salve os 80 e 80tistas sempre!!!
Curiosidade adicional: o baterista Orelha, citado no vídeo, é o Régis Tadeu (não, eu não sabia)
Sim, o Regis é o orelha, amigo de infancia/adolescência. "Edgard e Nasi são incapazes de me chamar de Régis".
Exatamente. Orelha é o Régis Tadeu.
Já ia comentar isso rs
O Nazi entregou esse apelido do Regis no INTELIGÊNCIA LTDA
Se isso fosse "vazado" no vídeo, não conseguiria mais prestar atenção no conteúdo do episódio, rs
Tenho 56 anos, sou paulistano e lembro muito bem quando a música foi lançada. Dizer que não é xenófoba é querer tampar o sol com a peneira : a letra é explícita !
Os caras do Ira! teriam uma atitude mais digna se admitissem isso e dissessem que foi uma fase juvenil da banda e que hoje pensam diferente (podem até não pensar, mas deveriam fazer esse “mea culpa”)
Concordo. Mas o Edgard Scandurra, que é um baita artista, é claramente alguém debochado e que mente.
Exatamente. E esse papinho de que "todo mundo deveria fazer mea culpa ou ninguém" é típico de moleque de prédio que não faz a mais remota ideia do que é preconceito.
Tem toda razão, aliás essa xenofobia não era um problema exclusivo do IRA, isso sempre foi um calo no pé da "paulistada"... até hj eles chamam de forma bem pejorativa todo e qualquer nordestino de "baiano"... os Garotos podres e o Olho Seco (duas bandas de São Paulo) também tem algumas letras lá no começo da carreira bem problemáticas pra dizer o mínimo... Todo mundo dá umas mancadas quando mais jovem
Boa joicy
Pois num é? concordo com vc. Ah, eu não conhecia o que era nazismo naquela época, fala sério. kkkkk
Depois de ver tanta (tentativa de) explicação, tantas versões diferentes, a conclusão q eu chego é q a música é sim preconceituosa e acho muito difcil q não tenha sido escrita com essa intenção. Se hj pensam diferente e tem vergonha dessa bobagem escrita qdo eram adolescentes, ainda q com um certo atraso, vida q segue. Parabéns ao Júlio por não ter ficado em cima do muro e pelo posicionamento no fim do vídeo. Ganhou um inscrito cearense.
Não só a música é preconceituosa, como a atitude da banda naquela época.
Se eles se arrependeram dessa musica e nem tocam, até acho valido.
A mente de um adolescente é inconsequente.
Pior é esta na fase adulta e pensar o mesmo.
Daqui a pouco vao me chamar de mimizento.
Mas acho muito ruim discriminar qualquer pessoa de outra regiao
@@Emerson-bq8xo qual foi a atitude preconceituosa da banda?
☝️☝️☝️ Cara... Eu me lembro de um Show deles na Fábrica do Som, e o que me chamou a atenção foi como o Edgard Scandurra estava vestido com uma camisa branca com uma braçadeira no braço com a bandeira de São Paulo... Acho (espero sinceramente) que eles tenham se inspirado no Sex Pistols para chocar... e não outra coisa muito pior...
Sou de uma família descendente de imigrantes Italianos que veio para São Paulo no início do século passado e posso afirmar: na década de 70 e 80 os paulistanos tinham sim muito preconceito em relação aos nordestinos que migraram para o estado, principalmente para a capital. Tinham piadas pesadas, agressões verbais, tinham grupos violentos que agrediam fisicamente, muita associação dos nordestinos ao crime, a bebedeira, ao desrespeito as mulheres… tudo de ruim!
Aí vem os caras e elegem uma prefeita, a Luísa Erundina, uma nordestina!
Essa foi a gota d’água!
Eu, particularmente, nunca tive o menor preconceito com ninguém e tenho entre os meus melhores amigos nordestinos, sulistas e gente de tudo que é lugar. Acho que isso ficou num passado bem distante…
Me lembro muito bem da eleição da Erundina, o ódio que foi. Eu, paulistano, tinha menos de 10 anos e nunca esqueci os discursos contra os nordestinos, aquilo me marcou porque estudava em colégio público com crianças nordestinas, eram meus amigos, aquele ódio que eu via nos adultos era assustador, ao ponto de eu me lembrar até hoje. Aliás, ATÉ HOJE, quando falam da Erundina por aqui (uma prefeita que lutou como pôde pela cidade), sempre soltam algo como "encheu a cidade de nordestinos"...
e nos dias atuais, a projeção deles confirmam os fatos, eles estavam defendendo o território deles, e que hoje em dia fugiu do controle
Ainda hoje existe bastante, tanto SP, como RJ, SC e RS, tem muito preconceitos sobre nordestinos, entre outros "forasteiros".
@@ricardoanibal9346 Puta merda. Que lembrança triste e pesada.
Certíssimo! Eu, vindo de Curitiba, chego em SP em 1986, mas sendo branco e sem sotaque nordestino nada sofro, muito pelo contrário, as pessoas achavam curioso e logo se tornavam amistosas, inclusive compartilhando bastante preconceito com os nordestinos, na época todos reduzidos a um único estereótipo: "BAIANO"
Eu acho que é sim. Até evitam de tocar ela em shows. Eu estava neste show. Jogaram uma bandeira de SP no Nasi e ele não pegou a bandeira. Inclusive haviam percussionistas nordestinos neste show. O Scandurra começou mesmo a tocar e o Nasi ficou calado. Foi em 2005 mesmo. O nome IRA sempre achei que tinha relação com o grupo separatista irlandês! Tenho sangue paraibano, com muito orgulho e SP é Grande, justamente por ser um pouco de tudo!
SP e dos paulistas
A música é explicitamente genocida, o nome parece inspirado no grupo fascista Ira!, o Nasi aceitou esse apelido, enfim, uma coisa casa com outra, MAS, pelo menos mudaram, ao menos Nasi e Edgar hoje em dia tem uma postura bem à esquerda e anti-fascista, o que mostra que todo mundo pode amadurecer...
@@Dom0077👏👏👏 concordo
Edgard muda o significado da letra dependendo de seu humor! Toda hora ele fala uma coisa! No fim, o significado é mesmo o que todos pensamos!
Como todo branco paulistano fazem m@rda e pedem desculpas. Obs.. sou paulistana.
Ficaria desconfiado se ele tivesse ao lado dessa turma fascista que comandou o país por 4 anos. Mas não, muito pelo contrário.
As vezes ele só escreveu e nem pensou no qie escreveu, o problema é cantar ela por todos esses anos e não perceber
A explicação sobre o apelido também é meio sem pé nem cabeça. A gente dá o desconto da época. Mas não cola muito, não.
Claro que era preconceito. Ainda mais com todas essas versões dele sobre o que realmente significa.
pois é... todos os símbolos estão lá
E é um discurso que até hoje existe. Quem é do Nordeste é vai lá percebe na primeira conversa com qualquer bolsonarista sudestino.
Fora o argumento do Edgard. “Eu morei no Recife, sofria bullying por ser paulista”… E daí????
La vem os lacras
@@alissoncampos3633 passando um.paninho basico/ malabarismo pq é uma banda de esquerdistas...au, ai...
Pra quem não sabe:
Orelha, aquele que apresentou Nasi ao Edgar, é o Regis Tadeu. Sim, aquele crítico.
Em 2002 fui ao festival Ceará Music, e tive a oportunidade de assistir ao show do Ira!, Na oportunidade falei com o Edgard Sacadura sobre como eu achava essa música racista e ele me respondeu que fez a música quando era adolescente e que não pensava que era racista e que a banda já tinha deixado de tocar essa música
Vivi a época e sim era comum o preconceito! Isso é um fato!
e mesmo assim SP elegeu uma nordestina como prefeita
@@luizhp sim, nem todo mundo é preconceituoso
@@luizhp E foi uma droga.
Concordo contigo. Já vi o João Gordo (que era do movimento punk) admitindo que teve posições facistóides, no entanto, hoje, o cara se coloca completamente contra. Acho que essa deveria ser a postura do Irá.
@@notasgeografia Sei lá se vocês tem algum problema mental ou fazem isso de propósito (repetem a mesma coisa o tempo todo). Eu sei que é proposital em muitos casos.
A letra é preconceituosa, não tem malabarismo semântico que desfaça isso, mas sem querer passar pano, o cara tinha 17 anos e hoje tanto o autor quanto o cantor já riscaram a música do repertório. Sou otimista, acredito que as pessoas possam mudar com o tempo
Acredito que seja preconceituosa sim, a primeira vez que eu ouvi essa música eu percebi isso, porém também acredito que Edgar mudou, amigos meus aqui de Pernambuco foram ao camarim do Ira!, após um show, e Edgar os tratou muito bem. As pessoas amadurecem essa letra foi numa época juvenil de Edgar que estava impregnado de revolta e hoje ele tem outra mentalidade. Aliás, por muito tempo Edgar tocou com um Pernambucano, o André Jung.
Como vocês confundem as coisas. Nunca foi um preconceito contra nordestinos, foi sim a expressão de um adolescente que dentro de sua pequena bolha se sente ameaçado por uma "invasão" que ele nem sabe definir o que é, por sua imaturidade e pouca vivência de mundo. Não tem nada a ver com xenofobia ou ódio contra algum povo.
@@leocarvalho2606kkkkkkkk tem não pô, CONFIA.
Quem muito tenta esconder, acaba se perdendo.
Minha leitura: ele fez a letra de forma preconceituosa... depois que cresceu, amadureceu e se arrependeu. E desde então fica criando diversas versões para justificar.
Também acho isso! Seria mais honesto ele admitir isso e assumir que a cabeça dele hoje em dia é outra!
Verdade musica preconceituosa contra nordestinos
Perfeito
Como arrependeu? Se tivesse se arrependido não cantava ela nunca mais, ela foi gravada ao vivo muito tempo depois de ser lançada e em todos os shows. A não ser que vc está considerando que eles cresceram depois dos 40 anos
🎯
Belissima reflexão. Curti e curto o Ira! desde a minha adolescência. Fui ingênuo, curti muita está canção pelo som, na época não havia me aprofundado na letra. Confesso que hoje não dá mais para cultuar esta canção. De toda forma, continuo fã da banda. E procuro entender o contexto daquela época. O Edgard era apenas um adolescente vivendo as agruras do seu tempo.
SP dos paulistas vaza daqui
Cara, desculpa, mas vc quer dizer que todo mundo dos anos 80 tinha uma visão nazista de mundo?
@@Dom0077 olhaí vc nazistinha
Continuo curtindo!
Júlio sempre nos trazendo um bom conteúdo. Tô curtindo demais o teu canal, cara. Minha infância foi nos anos 80 e curtia demais as bandas da época.
O baterista "Orelha" não seria o Régis Tadeu? O Nazi só o chama de "Orelha".
O próprio
Sério?! Caráio!! 😆
A letra e para os nordestinos mesmo, obviamente eles não vão admitir nunca,os caras arrumaram uma desculpa para todas as hipóteses
Pois é, mas ainda acho que ficaria melhor pra eles admitirem o erro, dizer que era coisa de adolescente e que se arrependeram. Dar essas desculpas não engana ninguém. Sou fã da banda e os assistia desde a época do Aeroanta em Pinheiros mas essa letra é uma das coisas mais explicitamente abomináveis na história da música brasileira.
@@carloss.6847 verdade, ficaria melhor mesmo
@@ricardorocha3846 existem hipócritas de direito também
@@ricardorocha3846 Quem que geralmente crítica os nordestinos? São os esquerdista o animal?
Nazi, esse é o cara que critica o Bolsonaro ainda, um puta de um xenófobo hipócrita
Like garantido e antecipado.
Parabéns pelo canal Júlio sucesso meu bom.
Terminando de ouvi a tua presença no podcast do Vilela.
Muito foda cara.
Uma enciclopédia do rock nacional.
Muito orgulho do Brasil, da nossa história musical de tantas bandas sendo celebradas, descobertas e relembradas.
Muito obrigado por todo o esforço.
Tamojunto sucesso
este pra mim foi um dos melhores vídeos do canal até hj!
tinham que fazer um podcast com o Júlio o Clemente do corredor 5 o Gastão Moreira e o Luiz Felipe Carneiro seria uma aula de cultura..
Adoro a música pobre paulista, toda obra do Ira! ate o 4° disco eu gosto demais, são canções maravilhosas...
Não vou perder, porque sempre interpretei essa música como o olhar que os outros tem de nós.
Principalmente Paulistanos.
Fiquei impressionada quando uma nordestina me falou que o sonho dela era largar tudo e mudar pra São Paulo.
Sei que nosso estado tem muitas oportunidades, mas quem vier pra Sampa venha com os pés no chão.
Terra das ilusões..
O Brasil todo tá governado pelo PT, não tem lugar seguro.
Eles vem cá pra vota no Lula
Fala Etttore!! Bem que você poderia fazer um vídeo contando um pouco da história do Madame Satã, ou sobre as bandas que tocaram lá e fizeram parte da cena do rock de SP... Local de grande importância na noite paulistana e que permanece vivo até hoje
Assisti ao show do Ira! em Fevereiro de 2000, na época do lançamento do álbum "Isto é Amor", de versões de músicas brasileiras. Este show, foi realizado no Centro Cultural São Paulo, na Rua Vergueiro. O show era as 15h ou 16h. O auditório estava cheio de adolescentes e jovens adultos (considero-me parte deste grupo, na época). O grosso do show foi das músicas do álbum em questão; No final, gritávamos em plenos pulmões para que tocasse "Pobre Paulista" e, realmente, via o desconforto do Nasi e do Edgard para tocar a música. Eles tocaram outras duas, antes de realmente render-se e encerrar o show com Pobre Paulista.
Amei o conteúdo!!! IRÁ fez e deixou história! Ammmo !minha adolescência 😘👏🏻🫶🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻🫶🏻🥰❤️❤️❤️❤️😊
Que conclusão foda Júlio!!! Amo o Ira e esse vídeo foi a redenção...
Seu comentário final foi arrebatador! Parabéns pelo trabalho de pesquisa e bom senso, Júlio.
Eu tendo nascido no interior paulista na adolescência fui muito pro lado do integralista da cidade, que aqui é muito grande, mas logo eu percebi que era apenas sobre ódio. Mas são sentimentos que você custa pra se livrar. Não duvido que esse som era sobre preconceito, pq era muito querida entre os integralismo
Júlio Ettore, meu nobre, seria interessante um vídeo sobre o Rádio Táxi, banda paulista, ou paulistana, sei lá, que fez o maior sucesso nos anos 80.
Banda Paulista que criou um dos maiores hits cariocas, que é a música "garota dourada"😂😂
Sério? Os caras eram muito bons, e, se vc for oitentista, cantou a plenos pulmões EVA, como todos naquela época.
Várias versões do Scandurra sobre o significado. Eu posso ser muito ruim de interpretação, mas não consigo ver outro significado.
Parabéns pelo Canal, vim por causa de sua participação no Podcast Inteligente Ldta.
Como Paulista , pela proximidade, Sempre curti as músicas do Ira! E sempre coloquei Pobre Paulista como um dos maiores sucessos da banda. Fui a um show da banda em Guarulhos /SP, em '07 e cantei-a a plenos pulmões. Não pela mensagem que ela expressa. Mas sim pela lembrança afetiva que ela traz, a quem a ouvia desde os 3 pra 4 anos, em ' 87, por influência de um tio então punk.
O Ira! , na minha opinião, sempre teve posicionamentos corretos musical e politicamente, na maior parte do tempo. É uma banda de origem punk , que passou ao Mod ao longo dos tempos.
Mas acredito que seria melhor pra banda assumir a verdadeira história da banda (que tem até melodia do Hino Constitucionalista de '32, a Revolução Paulista, em parte da música). E convenhamos, foi escrita por um então garoto de 17 anos (Scandurra), morador da Zona Sul Paulistana, que queria expelir suas raivas, aversões e contradições às musicas de MPB de Caetano e Gil (ótimas , em sua maioria , por sinal). Maduro, viu que não precisava de tanto. Até poderia se redimir disso, mas acho que a banda perdeu o "timing" . Não tocá-la talvez seja um caminho paliativo. Ao menos evita maiores burburinhos sobre a música de rock nacional mais controversa da história, provavelmente.
Eu vou continuar ouvindo-a , com o mesmo entusiasmo e inocência de um garotinho de 3 anos, que a ouvia em uma fita VAT gravada , dentro da então Brasília '77 vermelha que o meu pai tinha.
Júlio, Valeu pela postagem! 👍
Eita, corinthiano, até aqui acho vc kkk Vc realmente tem bom gosto não só no futebol. Acho Pobre Paulista um clássico.
@@theworldismine411 hahahha. É nóis, camarada! Valeu pelas palavras ! Concordo contigo! Sucesso e um grande abraço!
tenho o mesmo pensamento, eu tinha uns 6 anos de idade quando ela foi lançada e eu pirei nela desde a primeira vez que eu ouvi no rádio, fui me dando conta do significado da letra já nos 90 por volta dos 12 ou 13 anos até então ainda meio que na dúvida até que lá pelos 15 eu finalmente me convenci de que a letra era racista e xenofóbica, mas aí já era tarde demais...o que me deixa mais triste nessa história é que o som dela é muito foda, não é aquela musiquinha meia boca que nem faz falta, ela é só um dos maiores hinos da minha infância e da história do Rock BR, nessa brincadeira eu escuto ela no talo até hj mesmo com a letra sendo bizarra, o som é bom pra caralho e eu não tenho como apagar ele da minha vida.😎🤘🍺
@@evandrock81 é exatamente isso, camarada !
Quem conheceu a música na infância ou adolescência, dificilmente deixa de ouvi-la, agora .
Ainda mais , por causa do puta som que ela tem. Pesado e direto.
Puta dum clássico BR !
Valeu, camarada ! Abraço!
Embora eu seja fã do IRA! tbm,nunca parei pra analisar essa música.São opiniões diferentes do Nasi e do Edgar Scandurra.Mas tem tanta letra por aí que se for levar a ferro e fogo agente fica maluco! Então o negócio é escutar o som e curtir !Fica a dica😉
Júlio ia fazer um comentário sobre a música...mas lendo os comentários, percebi não ser necessário...já disseram o que eu ia dizer. Fiquei feliz pela posição da maioria das pessoas,
colocações conscientes e não passaram pano para o, horrível, tropeço do Edgard. Espero que ele tenha se arrependido de fato. Recém casados, eu e minha esposa tivemos uma briga feia
quando ela comprou o CD que tinha Pobre Paulista e tentou ouvir aqui em casa! Até hoje, do Ira!, só consigo gostar de Tarde Vazia, por uma questão bem particular. Agora o ponto ALTO do
vídeo foi sua POLIDEZ para tratar dessa música, que foi o PIOR momento desse período, riquíssimo, do Rock Nacional ! PARABÉNS, Cara! Muito classe, você! E aos que comentaram, também !
Sobre o apelido Nasi: naquele tempo tinha uma conotação para pessoa violenta, autoritária, julgadora. Tínhamos acabado de sair dos anos 1970. Lembrem da discussão do Lulu Santos com Humberto. Lulu não queria dizer que Humberto tinha Real afeição ao regime alemão, mas que ele era um julgador. Lulu era dos anos 70, em que as pessoas deixavam as outras serem como queriam (os debundados, claro)
então, mas aí o cara tem uma carreira consolidada , aprende o que foi o nazismo e tal e não muda o nome artístico .....
@@jediroquer mas ele sabia o que era o nazismo. Todos nós sabíamos. Era uma zoeira. Se a zoeira ofende a geração mais nova, não é problema dele, mas dos jovens de hoje
@@camilozahar6899 🎯
Eu achava que "Nazi" seria pelo fato dele ter a voz anazalada, tipo Bob Dylan e Belchior.
Veja a quantidade de desculpas diferentes que eles deram ao longo do tempo... Coisa de quem quer esconder o passado. Dizer que não dá pra saber qual era a intenção do cara quando fez a letra chega a ser forçado.
Também acho
não acho que seja "esconder o passado"... me passou mais a impressão de uma contradição, de que eles têm vergonha e se constranger de um dia terem pensado assim ao mesmo tempo que deve causar incômodo de jogar fora uma das principais músicas que os projetaram...
🎯
É, mas isto exige um certo cuidado. Não se trata de passar pano, mas de tentar enxergar a mecânica da coisa. Eu também não sou o mesmo cara que fui a 10 anos atrás, e o entendimento que tenho sobre coisas que fiz aos meus 20 e 30 anos também mudou. Se pegarmos um lívro sobre a História do Brasil editado em 1970, ele trará também diferenças de abordagem e de interpretação sobre os mesmos eventos se comparado a um livro escrito a 10 anos atrás.
Como o Julio disse, a letra permite várias interpretações. Vai da cabeça de cada um. Sempre gostei e não vou deixar de gostar dessa música.
Pobre sp, pobre paulista 🎶🎶
Sou Nordestino e estou cagando para o sentido da letra, só sei que a melodia é muito louca Fodasse o preconceito o problema é de quem tem e não meu.
Mais explícito é impossível! E ainda mais vergonhoso se desculpar pela pouca idade...
Desde a primeira vez que escutei em 1985 não questionei se era isso ou àquilo, gente feia pra mim era gente careta e ignorante era aquele que não aceitava o desconhecido.
Foda-se se é preconceito contra nordestino. Até hoje estão pobres e fodidos e continuam votando noa mesmos sanguessugas de sempre e migrando sul-sudeste.
Ainda bem que não dá mais tempo de pedirem explicação ao Tom Jobim sobre o que ele falava quando escreveu Inútil Paisagem...
Como assim?
Discora sobre 🤔
...pessoas querendo parecer "cult" ao escrever "descorra sobre" ao invés de pesquisar sobre...
@@meedseguros oxente tem nada de cult nisso,uai
Olá Júlio Bom dia, Boa tarde, Boa noite😁 sou aqui de Curitiba. Então vc enriquece a nossa mentalidade Musical, com Histórias Fantasticas! e Goste ou não de uma determinada banda ou Artista , temos que admitir que as histórias são Facinantes. Parabèns julio, Curto de mais seu trabalho e passei a respeitar mais o Ira depois desse video. Parabéns👏👏👏Show de bola⚽️
E sou paulista (e pobre rsrs) e desde meus 16 anos ou coisa do tipo quando ouvi essa música pela primeira vez imediatamente associei a um preconceito contra nordestinos, isso muito antes de termos youtube e saber a história dessa música. E de cara detestei a letra rs. Sempre gostei do Ira mas essa música me causava mal-estar, a letra já nasceu como leite estragado e envelheceu mais ainda. Este vídeo resumiu muito bem o meu veredicto quando comecei a ler as entrevistas com o Scandurra e o Nasi sobre a composição dessa música; ainda que não tenha havido a intenção (o que eu duvido) ela atrai um tipo de gente escabrosa e de quem eu não quero estar perto.
Júlio (me permita chamá-lo assim), seus vídeos são extremamente esclarecedores e reveladores, sobre uma fase inesquecível da música brasileira que marcou a minha adolescência (só para dar exemplos: tinha 16 anos quando "Você não soube me amar" da Blitz estourou; 18 quando saiu diretamente para a pista de dança das nossas festas "O Passo do Lui" do Paralamas; 19 no advento do Rock In Rio I; 20 quando "Tempo perdido" da Legiao saiu; e por aí vai). Congratulações por este trabalho primoroso. Gostaria de sugerir a você uma análise sobre alguns artistas ou bandas desta geração como: Radio Táxi de "Com o rádio ligado" e "Um amor de verão"; Cinema A Dois de "Não me iluda"; Herva Doce de "Volta meu bem" e "Amante profissional"; Nico Rezende de "Perigo" e "Esquece e vem"; Vinicius Cantuária de "Só você" e "Na canção"; Kiko Zambianchi de "Rolam as pedras" e "Primeiros erros". Sugestoes.
É verdade. Fazer burrada na adolescência faz parte do ato de crescer. Lembro que em 1980 tinha um rapaz afrodescendente na escola que usava uma braçadeira com a cruz gamada e cumprimentava os amigos estendendo o braço e gritando "heil hitler" (escrever o nome desse merda com letra maiúscula é falta de respeito com a humanidade). Imagino como esse rapaz deve ter se sentido quando compreendeu o significado das coisas que estava fazendo na adolescência.
Mas a questão é essa. A gente faz merda na adolescência e depois se arrepende (eu cheguei a usar paletó roxo com enchimento no ombro - imagina a vergonha). O problema é que a gente não viu esses caras do Ira, depois de adultos, assumirem e se envergonharem da merda que fizeram. Mudam as versões das desculpas esfarrapadas e pedem desculpas com o lamentável clichê dos não arrependidos
"peço desculpas a quem se sentiu ofendido".
Que vergonha fazer isso depois que se é adulto.
Além do mais, eu tenho a idade desses caras e, garanto, em 1980 todo mundo sabia o significado de ser nazista e o movimento dos skin heads estava bem conhecido.
Ninguém ia se deixar chamar de nazi só por curtição. Tinha alguma identificação ali mesmo.
E usar este nome depois de adulto. Vai se catar meu chapa. Vai me dizer que você ainda não sabe o que isso significa.
Nos anos 80 eu costumava ir no Madame Satã em São Paulo. Só não ia quando o Ira tocava lá. Nesses dias, a porcentagem de neo-nazi no público aumentava muito e eu sei que eles sabiam disso. Não dava pra não perceber.
Muito bom o seu comentário
Sugestão: Poderia fazer um vídeo sobre os filmes BRrock dos anos 80 como: Areias escaldantes, tropclip, banana split, o sonho não acabou, bete balanço, rock estrela, rádio pirata, menino do Rio, garota dourada, rockmania
É impressionante, porque essa letra é complicada, mas o ritmo e outras partes da letra são muito boas. Eu a entendia apenas como o ódio juvenil contra tudo e todos, mas o mundo não é ideal e é impossível descontextualizar, ainda mais quando existem grupos que realmente sequestram tudo o que puderem para se fortalecer, pior ainda sendo uma música que literalmente defende idéias erradas.
O refrão "pobre são paulo/pobre paulista" é forte, se os moleques na época pensassem um pouco mais é provável que conseguissem montar uma letra melhor ao redor disso.
Ao menos eles cresceram e parecem mesmo ter aprendido algo. Seria injusto cruxificar alguém eternamente pelos erros da juventude.
Gosto da música em si mas não tenho preconceito com pessoas de outras regiões do Brasil.
Inclusive, uma das melhores empresas em que trabalhei é Nordestina e devo muito a eles pois se hoje cheguei onde estou foi por ter passado anos incríveis por lá. Inclusive tenho amizade até hoje com meus antigos chefes, que são pessoas abençoadas.
Acredito que o Ira! teve o seu momento de erros e acertos e acabou "surfando nesse hype negativo" daquela época. O que importa é reconhecer o erro e não insistir no mesmo.
Parabéns pelo vídeo @julioettore, seu canal é mega importante para manter a verdadeira "música brasileira" viva!
Grande abraço.
Julio boa noite ,curto seu canal ,vi o podcast que vc foi no inteligência artificial ,foi top
Bom gostaria de ver algo sobre a banda 365,
Valeu
Simmm!!!!!!!! 365, por favor!!!!!!
Final do vídeo digno de aplausos!👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
O tal Orelha citado no vídeo, ao meu ver, é o Régis Tadeu. No podcast "Inteligência Ltda.", do Rodrigo Vilela, estavam os dois, Nasi e Régis Tadeu. O Régis Tadeu contou que é amigo do Nasi e do Edgar há muitos anos e era conhecido como Orelha.
Júlio, parabéns pelo vídeo. Você é top demais. Uma outra canção que daria um bom vídeo talvez seja “Fé Nenhuma” do primeiro disco dos Engenheiros. Deu o que falar na época tanto que eles praticamente não tocaram nunca mais. Abraços!!
Sim, o próprio Humberto parou de cantar, assim como ele mudou versos de Toda Forma de Poder e Anoiteceu em Porto Alegre
@@camilozahar6899Quais versos?
Sensacional!! Pensem o que quiserem, mas essa música é ótima!! Edgar é mto talentoso! Ótimo vídeo!!
Parabéns pelo vídeo, Julio. E ainda o fechou com chave de ouro!
Sobre o uso da bandeira: não há problema nenhum em fazer isso. O Engenheiros faz e ninguém acha que eles são fascistas. A turma de Brasília também mostrava seu orgulho de ser de lá. Nos anos 80, tudo era distante e cada estado era uma ilha. A explicação de Edgard é a correta: o Rio se impunha culturalmente e os grupos de fora do Rio, queriam mostrar seu valor. Ter amor por São Paulo foi uma coisa boa naquela época, pois os cariocas só falavam mal da nossa cidade. Foi absolutamente normal usar a bandeira.
Era o que eu sentia mesmo criança lá no começo dos anos 90. RJ tendo grande domínio cultural, bandas gaúchas, mineiras e brasilienses mostrando de onde eram, e raríssimo ver alguém mostrando e exibindo algo sobre SP.
Hoje a produção e o protagonismo cultural está muito mais presente em São Paulo, e a galera mais nova talvez nem entenda essa "necessidade" de mostrar de onde é.
" Os cariocas só falavam mal de SP"? Oi? Não, não mesmo. Paulistas sempre implicaram muito mais com o RJ do que o contrário. SP nunca ficou de fora de nada. Nunca soube dos festivais de músicas que se concentravam em SP? Os meios de comunicação, que dominam as massas, muitos eram sediados em SP. O pessoal do RJ sofreu muito com o desdém e visão preconceituosa da mídia paulista.
@@paulomattos6292 perfeito.
@@paulomattos6292 naquela época falavam mal sim, que a cidade era feia, ruim de se viver, sem praia, sem cultura. Morei nas duas cidades nos anos 1970. Naquela época, o Rio ditava a cena cultural, era a nossa Califórnia. Mas são Paulo não era ainda a nossa nova York
Concordo! Esse lance da bandeira de SP foi uma viagem. É a mesma coisa nos dias de hoje dizer que quem usar a bandeira do Brasil é fascista.
Sua pesquisa é extraordinária 👏👏👏👏👏!!!!!!
Nasci em São Paulo, sou filho de nordestinos, pai e mãe. Digo que Sao Paulo nada seria sem o povo nordestino. Orgulho de ter sangue nordestino em minhas veias.
Sou cearense e fã do ira,moro hoje em dia na região centro oeste e já sofri preconceito sim, várias vezes,acho q a música faz um espécie de mea culpa,se vc reparar na integralidade dela,olha só, adolescente fala merda mesmo,eu mesmo fiz e disse muita coisa nessa época das quais não me orgulho, enfim,o ira é uma banda boa demais, significa demais p ser reduzida por uma música,q aliás é uma das melhores do ira!
A violência, sobrepopulação, favelização, crime organizado (including igrejas), trânsito, degradação dos serviços públicos... tudo piorou por causa de um fluxo migratório insano de milhares de pessoas em poucos anos que agoram correspondem perto de 30% da população do estado e cujo estado de origem é um caos.
@@vitordelima caos do fluxo migratorio, desde que nao seja dos italianos né? quem assume os cargos altos dos serviços publicos, sao justamente os que o vandalizam de dentro pra fora, justamente os descendentes privilegiados de sangue europeu. Os nordestinos construiram são paulo e herdaram a sua marginalidade estrutural. so na cabeça do 'paulista'(nao de todos) faz sentido que classe trabalhista seja o alvo das atrocidades do estado em relação a todos os problemas urbanos, talvez entao faltem ainda mais nordestinos para construir o resto do que falta e concertar oque voces não conseguem. se quiser falar de corrupçao, fale de quem a causa, nao de que a vivenciou sempre, hipocrita!
Parabéns ao Ira por ter parado de tocar a música, em contrariedade aos grupos extremistas que a adotaram como hino. É uma grande prova de amadurecimento dos seus integrantes como artistas e seres humanos dotados de sensibilidade o bastante para corrigir os seus erros do passado. Sou nordestino e, após conhecer essa polêmica, ainda mais fã da banda. Um grande abraço ao Nasi, Scandurra e companhia.
Kkkk eles fizeram isso pra não serem processados e correrem o risco de linchamento virtual e consequentemente serem presos.
Parabéns pelo vídeo, assistam até o final antes de comentarem.
👏👏👏👏👏👏👏
O preconceituoso precisa passar a vida toda negando que é preconceituoso. Que prisão.
Não precisa passar a vida inteira pedindo desculpas. Basta uma vez
Mas não pode ser o modo hipócrita:
"peço desculpas a quem se sentiu ofendido ".
Tem que ser o modo sincero:
"peço desculpas porque fiz merda".
Até hoje os caras não pediram desculpas. Só inventaram desculpas.
Querem continuar vendendo essa merda de música, que claramente tem uma inspiração neo-nazi. Só não vê quem não quer.
Aliás, quem é neo-nazi percebe facilmente isso e curte a música.
Quem não é neo-nazi e curte, fica passando pano pra música. Mas isso ainda é uma atitude de passar o pano pra si mesmo. Algo como dizer:
Eu não sou neo-nazi, mas curto Pobre Paulista porque gosto da melodia.
Sei.
🎯
@@OsorioThomaz1 nossa, como você é ressentido. Procura se tratar. Gosto da música e da letra porque ela retrata um pedaço da história e que se confunde com a minha história também. Se você tem ódio assim de uma música também não pode ver filmes polêmicos, muito menos ler livros com temática sensível. Você só aceita o que lhe agrada dentro da sua esfera moral.
@@leocarvalho2606 Não sou sensível, mas realmente o meu espectro moral não aceita nazistas.
@@OsorioThomaz1 olha só que ridículo você julgando o cara porque ele aos 17 anos escreveu uma letra cheia de energia e expressão. Como se os moleques dessa idade não falassem o que bem entendessem. Na minha turma a gente gritava que ia m@t@r o papa e f0d3r a professora, éramos um bando de imbecis como todo adolescente é. Daí aparece um jovem que escreve uma letra com tanta energia que vai impactar milhões, onde ele expressa puramente o que sente sem nenhuma censura, mas também sem a menor maturidade, em um outro contexto, em outra época, e daí surge você e outros que se acham no direito de rotulá-lo como isso ou aquilo 30, 40 anos depois? Você percebeu no vídeo o constrangimento dele ao falar dessa música? Não deve ser pela música, mas ele deve se sentir constrangido por tanta gente fazendo justamente o que ele criticou, julgando com intolerância, de uma forma muito feia. Gente feia, gente ignorante. Essa é a mensagem, aprenda com ela, pare de querer julgar uma obra de arte por uma gota de tinta que você não gostou.
Concordo com a análise.Acredito que as pessoas podem mudar, principalmente jovens, por isso a gente dialoga tanto e fornece informação.Espero que além de parar de tocar, a mudança seja de coração.
Júlio faz um vídeo ou vídeos sobre músicas que nunca foram lançadas. Uma legal seria a "porque não" dos engenheiros.
Concordo.
Eu tinha uns 11-12 anos qdo ouvi pela primeira vez e gostava muito da melodia e principalmente do refrão.
Aí depois de um tempo, já mais velho, que fui percebendo o resto da letra e realmente tem uma conotação de xenofobia.
O Edgar Scandurra escreveu numa fase da vida que ele já deve ter superado, não precisa ficar criando versão.
Nos dias atuais não se aceita mais esse tipo de discurso, mas ficou uma música muito foda. Talvez devessem mudar as partes da letra igual os americanos qdo tiram os palavrões pra tocar no rádio.
Impossível não perceber a xenofobia evidente na letra...O Edgard poderia ter dito que ele era preconceituoso naquela época, e mudou de opinião conforme o tempo foi passando. Claro que ele deveria pedir perdão pelo erro ao compor essa letra, embora a música (tão somente o INSTRUMENTAL) seja boa.
exatamente
a música é xenofóbica e boa? Se é xenofóbica, não é boa.
@@abublu, o instrumental.
Vc tem razão, mas comercialmente, caso admitisse a xenofobia da letra, seria o fim da banda. O cancelamento sempre existiu e, poucos lembram, mas nos anos 80/90 o cancelamento era pior porque era do chamado "boca à boca", um "telefone sem fio", que no final até aumentavam todos os fatos. Resumo: o Ira! acabaria.
@@theworldismine411, acho q não. Mas o assunto é bem complexo.
Trabalho de pesquisa impecável, parabéns pelo vídeo e obrigado por compartilhar!
Gosto desta música, e sempre a cantei em plenos pulmões, mas nunca com o intento de ser preconceituoso, apenas pq gosto mesmo. Ah e a primeira vez que a ouvi nem foi com o Ira e sim de um cover de uma banda na MTV.
Povo preconceituoso. Ter orgulho de sua terra ja se torna preconceito. Sou paulistano e me orgulho de ser paulistano, assim como o sulista tem orgulho da sua terra.... assim como nordestino tem orgulho do nordeste.... isto é LINDO. Acho bonito as culturas do Brasil.... Incrivel.... Sao Paulo cresceu e assim uma grande variedade cultural se manisfestou. Se eu fosse para o nordeste ou para o sul ou para o Japao ou para arabia ou fosse vizitar uma tribo indigina, com certeza eu iria curtir aquele momento com as musicas da cultura de cada lugar, porem na minha casa eu ouviria a musica que eu gosto. SP É MINHA CASA e realmente me senti sendo invadido por diversas culturas diferentes... a mais forte foi o forró tipo... calcinha preta.... pra onde eu olhava tinha cartaz deste tipo de musica... foi nos anos 90, pra mim um choque, eu nao gostava do que via e ouvia... apartir dai as coisas so pioraram... sertanojo... forro univercitario.... hoje temos SOFRENCIA E FUNK..... pra mim é um pior que o outro.... Resultado que hoje continuo ouvindo POBRE PAULISTA.... POREM SOU ECLETICO KKKK OUÇO TODOS OS TIPOS DE ROCK. e aprendi a respeitar o gosto musical de cada um.... Mesmo que seja escroto no país dos coloridinhos.... SOMOS TODOS BRASILEIROS E TEMOS COISAS POLITICAS IMPORTANTES PARA RESOLVER E TORNAR ESTE PAÍS MELHOR...... OI
"Tenho muitos amigos nordestinos"...
c@r@lh0, você está dizendo que o Edgard Scandurra é racista ou xenófobo? Se for isso, tenha coragem e acuse na cara. Pelo menos dê a ele a chance de te processar, se bem que ele não vai ligar para um insignificante como você.
Só faltou o "quem me conhece sabe..." 😅
Eu sempre amei essa música, por ingenuidade nunca reparei na letra, mas não dá pra negar que ela tem um ritmo e energia incríveis.
Hoje fica claro que era uma atitude rebelde de adolescente tão comum à epoca.
Edgar poderia assumir um mea culpa tardio, reescrever a letra e voltar a tocar, resignificando-a finalmente.
Belíssimo vídeo, a propósito!
Reescrever a música? Você tem m3rd@ na cabeça? Fala sério...
Ja vi uma leitura completamente diferente dessa música,em um livro de português. Devia ter feito uma foto
Tem horas que agente tem só que admitir os erros e seguir em frente. Ninguém é uma pura flor nascida em campos virgens, a gente fala merda a vida inteira, a real diferença é reconhecer e seguir em frente.
Não acho que devemos censurar ou "cancelar" tudo, especialmente sem pensar o contexto, por outro lado também não podemos ficar numa demagogia cínica.
Gostava demais do som do Ira mas me sentia mal ao ouvir essa canção (sou nordestino), aí acabei deixando de ouvir a banda. Fico feliz em saber que o cara se arrependeu, que eles não tocam mais etc. mas essa letra é exatamente o que parece ser (criminosa), não tem nem o que "interpretar". Parabéns pelo vídeo, Júlio.
Kkkkkkkkkkkk Kkkkkkkkkkkk tu tem cara de sergipano
É criminoso gostar do próprio povo? 😂😂
Só sei que a música e phoda, um dos clássicos do Rock Brasil, independente de letra..
Revolta de adolescente. E adolescente pode ser preconceituoso.
Pelo visto lá em 86 eles já tinham se arrependido dessa música, e seguraram até onde deram, tocando em shows e tudo mais.
Quando eu era mais novo até gostava de "Pobre Paulista", pois de fato existiam poucas referências "estéticas" à São Paulo, mas fui percebendo a carga negativa que a letra carregava, e já sentia meio que uma vergonha alheia.
Enfim, é uma mancha da história da banda, que não é perfeita, mas ainda marca presença.
Júlio, “pobre paulista” bebe da vertente streetpunk/Oi!, que é uma vertente do punk muito associada aos skinheads/hooliganismo. Daí esse caráter “anti-imigração” - ironicamente importado de um movimento londrino.
Com o tempo, a pegada do Ira! Se mudou gradativamente de Sham 69 para The Jam, e essa música ficou deslocada como um filho feio e anacrônico.
aqui noz RS muitas vezes ouvi "chega de baiano " em rodas de violão ou em conversa com músicos. sempre com referência à mafia do dendê, nunca ao baiano em si. ps: eu mesmo amo a mpb e toda música do nordeste.
Mas tem o famoso ditado gaúcho quando acontece algo ruim.
Pior que a filha casar com nordestino. Preconceito sempre existiu, até nos EUA rola isso entre pessoas de estados diferentes.
@@irenebibiano7653 Sem dúvidas! Preconceito há e é nojento, além de revelar a ignorância de quem o comete. A arrogância, travestida de preconceito, é típica dos fracos, dos inseguros. Mas nem por isso deve deixar de ser combatido onde quer que se apresente. Particularmente, gosto de bem mais baianos e nordestinos que de gaúchos. Na Musica e na cultura, então, dão de lavada! Algumas expressões, no entanto, contextualizadas, não são sintomas de preconceito. Abraços.
Nos anos 80 e 90 nós ouvíamos a musica e essa parte sempre incomodou . Era e é explicito.
Concordo com quem falou que era melhor a banda assumir a fatura e reconhecer isso de uma vez.
Os incomodados que ser mude
Magnífico.
As pessoas evoluem em seus conceitos e em sua intelectualidade. Isso aconteceu com os músicos e parabéns a eles por isso.
Tinhorão é um dos maiores musicólogos do Brasil. Até hoje seus livros ainda são estudados em muitos cursos superiores de música a respeito da música brasileira principalmente Chorinho. Sobre aqui a região nordeste, só uma atenção - "não são todos os estados que fazem parte do chamado polígono da seca". O Maranhão que é o estado que eu moro, é dos 9 estados com maior regime de chuva já que por aqui começa a transição do cerrado para a floresta amazônica. Mesmo os estados do polígono da seca tem cidades que estão acima do nível do mar, em serras que chegam em alguns pontos a 0 graus por conta do clima de altitude. E mesmo as regiões que não estão acima do nível do mar é válido lembrar que o litoral não sofre com a seca. Logo o fenômeno de estiagem não é massificado aqui nos 9 Estados. Infelizmente telenovelas nacionalmente mistificaram muito a questão do que é seca aqui na região nordeste para todo o Brasil que ainda vive de uma visão mistificada do resto do Brasil.
Mas o Maranhão continua sendo pobre e sustentado por dinheiro público. Ou não?
Júlio!
O Movimento Mangue na década de 90 aqui em Recife Pernambuco, possibilitou um intercâmbio musical com vários músicos e bandas de vários estados e cidade do país, a principal delas foi São Paulo, por causa das suas gravadoras, que acabaram assinando contratos com algumas bandas daqui.
Neste períodos aconteceu muitos encontros e intercâmbios musicais tanto em São Paulo quanto em Recife, com Edgar .
Até onde eu sei, o Ira e os seus integrantes, em especial o Edgar, sempre foram bem recebidos por aqui.
Inclusive no ano passado, os 40 anos da banda, foram comemorarados numa cidade rural chamada Camaragibe, bem próxima do Recife.
Além da participação da banda e do Edgar no Abril pro Rock do Paulo André, em algumas edições do mesmo.
Bem, o Ira e a cena musical paulistana, sempre foi bem acolhida aqui em Recife Pernambuco.
Eu sou integrante da banda Cascabulho, que acabou de completar 28 anos de muito som😊
O Scandurra tentando explicar a letra chega a ser cômico! 😅
No trecho " Eu quero ver gente da minha terra / Eu quero ver gente do meu sangue" escancara.
Apesar de ser nordestino acho essa musica show de bola!
Eu nunca parei pra pensar no significado dessa canção. Duvido que teria sido um preconceito puro contra migrantes, e talvez contra a cultura de fora de SP. Realmente é uma letra bem "adolescente" parando pra pensar. Tenho a biografia do Nasi e ainda quero lê-la.
De qualquer forma, gosto muito do Edgar e náo acho que ele compactue com isso hoje em dia. A banda ter repensado tanto e evitar a música revela maturidade e preocupação também com o que ela pode simbolizar, além de que eles não querem ser marcados por isso. Tem tanta banda que não toca uma canção famosa, por exemplo: Radiohead com Creep, que isso é bem normal.
Muito bom o vídeo, Julio!
Eu gostaria muito que vc falasse da banda Smack ou Mercenárias onde Scandurra participou também. Foi ali no contexto do pós punk underground dos anos 80.
Polícia vem polícia vai ! Polícia fica polícia vai !!! Lembra ?
@@claudiao666 Polícia, gosto muito e também gosto da "Honra" que elas cantam no disco demo.
@@mundounderground951 muito bom ! Não adianta eles quererem passar pano ! Eu nasci na Frega eu andava na vila Carolina ! A verdade eh está ! Os caras eram do movimento punk e a letra era contra nordestinos mesmo !
..... Graças por ter feito parte de gerações 60, 70, 80, 90
Adoro essa e outras músicas do Ira . Mesmo sendo paulista , nunca achei que estávamos falando de nordestinos quando cantávamos
Legal suas informações. Na época, eu era adolescente e a gente gostava muito de cantar essa música, mas não tinha essa consciência. Achava que gente feia era crítica a ditadura mesmo e era sobre choque de gerações. E como paulista, era legal cantar. Um pouco mais madura, comecei a me tocar da letra. Pior que a música é muito boa. Tem essa rebeldia na letra e melodia "Todos os nãos se agitam, toda a adolescência acata" etc é muito bom. Punk. Diz o que leva ao ódio. Depois não cantei mais rsrsrs
Adoro o Ira!, dito isto, a musica é preconceituosa sim e muito ruim, não ouço ela e acredito seriamente que o Edgar se pudesse voltar atrás não a teria feito. Parabéns pelo conteudo Julio, sou muito seu fã!
Bom dia Júlio!!! O Ira! Tbm não tocava em Santos "Pobre Paulista", pelo sarro q a plateia daqui fazia com os ditos "paulistas" q invadiam as praias e o litoral todo, trazendo muitos problemas como subida de preços e falta de produtos nos mercados. Para nós da baixada, o termo "PAULISTA" é pejorativo, não chamávamos de PAULISTANOS como é o certo, qq coisa errada ou comentário de mal gosto feito por um turista, já vinha a frase "Porra tinha q ser Paulista"!!!!
Num show deles no Caiçara Clube, entre a frase pobre Paulista e a honomatopeia "OOOOOOO O" vinha uma frase da plateia criticando o "paulista", Qdo a música acabou o Nazi tipo chamou a atenção do povo, algo tipo "pô meu!! eu tbm sou paulistano não é assim". Kkkkk
Isso foi nos anos 80, e o Ira! voltou algumas vzs a Santos e eles não tocaram. Ou seja pararam de tocar aqui na Baixada antes de cortar a música do set. Kkkkk nunca vi a música por esse lado, via como a vida de correria e a cidade te engolia se vc não tivesse o mesmo ritmo daqueles q acompanhavam SP.
Ótimo vídeo.
👏👏👏👏 ótimo vídeo ❤
Sou nordestino e é umas das minhas músicas preferidas do Ira!
Problema teu!
Tá na cara que é sobre os nordestinos....isso é cristalino.
o IRA no começo tinha uma proximidade com o Punk Oi e os Carecas dos anos 80 que ao contrário do que mta gente pensa nao tem a ver com raça e sim com xenofobia, por isso tem mto Careca negro. Sao nascionalistas e regionalistas, é só ver como o visual dos Carecas é mto parecido com o militar (roupas camufladas, cuturno, mtos servem o exército) Na época eles os nordestinos pela falta de emprego em São Paulo
Escutei essa música na adolescência e nunca imaginei isso, eu gosto dela, é uma pena não tocarem.
A minha leitura é: atualmente, o Nasi opta pela tranquilidade ao falar da canção, relevando qualquer má interpretação. É óbvio que ele não curte a canção e o Edgard se arrependeu de a ter escrito. No entanto, a banda voltou a estar em paz e não existe motivo pra novas brigas. Vale dizer que à época, esses tipos de (preconceituosos) comentários contra os nordestinos que "invadiam em massa" o Sudeste à procura de trabalho - principalmente em São Paulo, pelas oportunidades -, eram comuns. É isso. Não tentem colocar o Ira! como fascistas ou qualquer porcaria só porque vocês querem. Eram OUTROS tempos e tudo era levado às letras conforme os pensamentos. lembrando que eram tempos dicíceis de ditadura. Caso insistam nesse bairrismo, vamos pegar letras de Engenheiros e Legião? Tem gente que vai levar um susto grande querendo rebobinar 40 anos pra colocar aquela vida em 2023.
Como todo cara que viveu a adolescência nos anos 80 sou apaixonado pelas nossas bandas que dominaram a FM, foi uma época única, uma efervescência maluca . . . MAAAAASSSSS . . .
não dá pra negar que, em sua "grande maioria", quem tinha grana pra não trabalhar, comprar instrumentos e montar banda, repito "na grande maioria" (não todos), eram burguesinhos ou filhinhos de papai como chamávamos na época (acho que tinha "playboyzinho" também kkkkk)
Essa galera tinha uma visão social e política muito melhor do que a nossa das camadas inferiores, onde o governo militar filtrava tudo que nos chegava . . . MAAAAAASSSSS . . . sim eram preconceituosos, elitistas e intelectualóides várias vezes. Nos shows não era raro xingarem seu próprio público (Renato Russo fazia muito isso). Uma exceção que faço questão de registrar é o Paralamas, pareciam sempre apaixonados por tocar, não tinham muito discursinho, chegavam, mandavam seu recado e caiam fora, bem do jeito que a juventude pós-punk, enojada de tietagem, gostava! Salve os 80 e 80tistas sempre!!!
Cara quando era jovem escuta está músicas e não tinha nada disso
Hoje é uma geração mi mi mi
O Irá! é muito mais que isso
Excelente documentário!