Ideias brasileiras - Newton da Costa e as lógicas paraconsistentes

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  • Опубликовано: 24 авг 2024

Комментарии • 19

  • @SciFilo
    @SciFilo 2 года назад +15

    Excelente vídeo. Parabéns! Para mim, particularmente, é uma felicidade imensa ver trabalhos de divulgação com a obra do prof. Newton -- que tive a honra de ser meu coorientador no doutorado. O trabalho dele renderá ainda muito mais estudo, pois tem muita coisa genial lá!

    • @adinfinitum-logica
      @adinfinitum-logica  2 года назад +4

      Muito obrigado pelo comentário SciFilo!
      O trabalho do professor Newton é, de fato, muito inovador. E sua importância na história da Lógica no Brasil é o motivo pelo qual escolhemos o seu trabalho como o primeiro dessa série especial de vídeos.
      Nos ajude curtindo e compartilhando com quem achar que possa ter interesse.
      Abraço.

  • @DevLeigo
    @DevLeigo Год назад +1

    Meu professor Fábio Vieira, nos explicou essa lógica na primeira aula de Sistemas Operacionais, e disse "Se em reuniões fossem usados sistemas paraconsistentes na tomada de decisões, não teríamos reuniões"... desde então, me encanta o tema. Obrigado pela sua didática e conhecimento demonstrado em video.

    • @adinfinitum-logica
      @adinfinitum-logica  Год назад +1

      Muito obrigado pelo comentário! Ficamos felizes em ajudar.
      Escreva sempre que tiver um comentário ou dúvida.
      Abraço

    • @jullyanolino
      @jullyanolino Год назад

      Olá. Seu professor apresentou algum exemplo de aplicação em tomadas de decisão. Caso não seja apenas uma hipérbole didática, acho muito válido evitar reuniões quando o tempo pode ser dedicado a outros tipos de atividades.

  • @josefernandomanzoli8159
    @josefernandomanzoli8159 2 года назад +8

    Esse tipo de lógica tem algo q ver com o processo dialético que Hegel examina na fenomenologia do espírito? No primeiro capítulo ele faz certas objeções sobre a importância das contradições na teoria do conhecimento e tudo mais, tem algo a ver?

    • @adinfinitum-logica
      @adinfinitum-logica  2 года назад +5

      Olá José. O Hegel certamente tratou da importância das contradições. Contudo, ainda que se possa fazer um relação com o trabalho de Hegel, essa não foi (e normalmente não é) o ponto de partida para as lógicas paraconsistentes. Um pesquisador que fez um pouco dessa conexão foi o Graham Priest com o que ele chama de Dialetéia -- mas mesmo ele não acha que Hegel tenha uma importante contribuição nesse sentido (até onde sei, claro).

    • @jamersongabrielpinhosouza7141
      @jamersongabrielpinhosouza7141 4 месяца назад +2

      No documentário, Newton da Costa destaca que a lógica paraconsistente pode ser aplicada a várias áreas do conhecimento, desde a física e a mecânica quântica até a economia e a filosofia. No que se refere à filosofia, o professor cita como exemplo a dialética marxista. Como ele afirma, o filósofo da ciência austríaco Karl Popper (1902-1994) considerava a dialética marxista impossível, porque a sua lógica, que envolve contradições, não é a lógica clássica, que é isenta de contradições. “O que eu fiz, em parceria com o professor norte-americano Robert Wolf, foi exatamente o seguinte: mostrar que é possível, usando uma lógica paraconsistente, reconstruir a dialética”, destaca o professor. “A dialética marxista pode ser fundamentada numa lógica paraconsistente. Ela me dá as melhores fundamentações da dialética, de tal forma que a objeção de Popper não se aplica”.

    • @jamersongabrielpinhosouza7141
      @jamersongabrielpinhosouza7141 4 месяца назад

      Dada a influência de Hegel sobre o pensamento de Marx, acredito que o professor Newton foi bastante influenciado por Hegel.

  • @GregoryCarneiro
    @GregoryCarneiro 2 года назад +5

    Excelente conteúdo!

  • @metodologiaeconomicadoshom8044
    @metodologiaeconomicadoshom8044 4 месяца назад

    aguardando vídeo sobre sistemas formais inconsistentes com aplicação em Economia onde a maioria das funções são discretas. Parabéns pela aula de lógica !👏

  • @gustavoschmidt11
    @gustavoschmidt11 2 года назад +2

    Muito bom!

  • @thallismacedo306
    @thallismacedo306 Год назад

    Muito legal. Achei fascinante a forma como ele introduz a possibilidade de contradição em um sistema formal. No final do vídeo você menciona aplicações na Economia. O que me interessou muito, pois sou economista. Poderia indicar algum bibliografia ou autor que trate de aplicações da lógica paraconsistente à Economia?

    • @adinfinitum-logica
      @adinfinitum-logica  Год назад +1

      Ficamos felizes que gostou. Esses sistemas podem de fato ser usados para nos protegermos de contradições imprevistas ou mesmo de contradições que não sabemos como evitar.
      Ele tem um artigo interessante sobre economia. Segue a referência:
      Computing the future, in Computability, Complexity and Constructivity in Economic Analysis, ed. K. V. Velupillai, Blackwell, 2005.

  • @Jonascostab
    @Jonascostab Год назад

    Me tira uma dúvida: se é preciso contornar o princípio da não contradição através de uma formalização de regras, não seria o caso dessa lógica ser apenas uma lógica clássica com uma axiomatização diferente?
    Ainda considero lógica como a ciência das consequências do raciocínio, e não como um sistema formal, então nada pode ser e não ser ao mesmo tempo, pois é impossível que A cause não A.
    Essas lógicas não clássicas sempre me pareceram uma "gambiarra" pra aeitar certas conclusões contra intuitivas. Ninguém inventou a lógica, e esses caras estão querendo inventar, mas é impossível; Newton teve de criar todo esse sistema porque óbviamente é impossível pensar numa contradição. É como tentar mudar a linguagem da física pra fazer parecer que as leis da física nao servem em certo sentido; não descobrimos novas leis, apenas construímos um sistema/linguagem para expressá-las.

    • @adinfinitum-logica
      @adinfinitum-logica  Год назад +10

      Olá Jonas, obrigado pelas perguntas. Vou responder separadamente.
      1- Não seria simplesmente uma axiomatização diferente porque os dois sistemas não provam os mesmos teoremas e possuem relações de consequência diferentes. Por exemplo, LC prova não contradição para todas as fórmulas enquanto os sistemas C1, C2, ... não provam.
      2- Existem vários modos de entender os sistemas paraconsistentes. A ideia de que a realidade aceita contradições REAIS é aceita por alguns, mas não por outros. Newton da Costa, por exemplo, não aceita que existam contradições reais (já explico...). Os que aceitam são conhecidos como Dialeteistas e existe uma vasta literatura sobre isso. A ideia é que existem alguns fenômenos que são fundamentalmente contraditórios (como os da relação entre SER e MUDANÇA de Parmênides e Zenão). Tudo isso é um assunto complicado, mas não se quer com dialeteísmo dizer que as coisas em geral aceitam contradições, mas sim que existem fenômenos especiais que precisam desse tratamento.
      A visão de da Costa e outros é que a lógica, como ferramenta do pensamento, deve ser capaz de lidar com as teorias de que de fato temos. Por exemplo, a Física Quântica e a Relatividade Geral contradizem uma a outra; ao mesmo tempo, elas são as melhores teorias que temos sobre a realidade. Poderíamos simplesmente ficar parados e dizer que precisamos de novas teorias melhores. Podemos entretanto aceitar que contradições podem ocorrer sem trivializar os nossos sistemas. Ou seja, pode pensar que se trata de um modo "pragmático" de lidar com o fato de que as teorias muito complexas em muitos casos apresentam contradições e precisamos de um modo para lidar com isso.
      3- Existem bons e maus motivos para criticarmos a adoção uma lógica como correta/adequada. É injusto contudo dizer que se trata simplesmente de gambiarras. Os pesquisadores que trabalham com essas lógicas apresentam razões práticas, metafísicas, epistemológicas etc para a adoção de certos sistemas e para a rejeição de outros. Podemos aceitar ou não esses argumentos e apresentar os nossos contra-argumentos. Isso é um exercício importante mesmo que apenas queira entender porque a lógica clássica (que, por sinal, é bastante recente -- fim do século XIX) é a mais adequada.
      Abraço,
      Alfredo.