AMOR - Sublimação do Amor / GESTÃO ADEQUADA DE CONFLITOS EXISTENCIAIS

Поделиться
HTML-код
  • Опубликовано: 6 фев 2025
  • Amor
    Psicogênese do amor
    Desenvolvimento do amor
    Sublimação do amor
    O incomparável psicoterapeuta Jesus bem definiu o sentido do amor ao explicar ser ele fundamento essencial a uma existência feliz, conforme a excelente síntese: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
    Nessa admirável proposição de terapia libertadora, estão os postulados essenciais do amor que, para fins metodológicos, invertemos a ordem apresentada para nova análise: Amar-se a si mesmo, a fim de amar ao próximo e, por consequência, amar-se a Deus.
    O homem e a mulher ocidentais contemporâneos herdaram quase quatrocentos anos de individualismo, de competitivismo, cuja conduta se caracteriza pela dominação do outro, do poder acima de qualquer outra condição, gerando incomum ansiedade, desmotivação para os ideais superiores, vazio existencial, insatisfação.
    O amor é o oposto desse comportamento, por exigir uma transformação de conceitos existenciais, de condutas emocionais, iniciando-se na reflexão e vivência do autoamor.
    Somente é capaz de amar a outrem aquele que se ama. É indispensável, portanto, que nele haja o autoamor, o autorrespeito, a consciência de dignidade humana, a fim de que as suas aspirações sejam dignificantes, com metas de excelente qualidade.
    Amando-se, a si mesmo, o indivíduo amadurece os sentimentos de compreensão da vida, de deveres para com a autoiluminação, de crescimento moral e espiritual, exercitando-se nos compromissos relevantes que o tornam consciente e responsável pelos seus deveres.
    O amor é um encantamento, uma forma de autopercepção, em razão de exigir empatia com o outro, de afirmações e de descoberta de potencialidades que se unem em favor de ambos, sem a castração ou impedimento da liberdade.
    O amor não pode ser acidental, isto é, biológico ou ocasional.
    Amar os pais, os irmãos, os familiares, porque tiveram lutas e viveram em função um do outro, não tem cabimento no compromisso do amor. Quando os pais exigem que os filhos os amem, considerando o sacrifício que fizeram para os educar, as renúncias que se impuseram, a fim de que fossem felizes, esse não é um sentimento de amor, porém, de retribuição.
    O amor é espontâneo. Além do natural dever de amar os pais e os familiares, ele deve brotar em forma de ternura e de emoção felicitadora, para que se não converta em pagamento.
    Em razão disso, os pais também amam por dever, e tudo quanto realizam decorre da alegria de poderem amar, de compensarem as lutas na alegria do educando, sem a espera exigente da retribuição.
    Nesse jogo de interesses, dois indivíduos solitários encontram-se e, porque desejam um relacionamento de compensação, supõem que se amam, quando, em realidade, estão protegendo-se da solidão, dando lugar a um vazio interior muito maior do que o vivenciado antes.
    Quando isso acontece, o relacionamento torna-se gerador de neuroses mais perturbadoras.
    Indispensável gerar-se o hábito de amar sem negociar sob qualquer aspecto que se deseje, particularmente, quando se foge para o impositivo evangélico de ganhar o Reino dos Céus.
    Com esse exercício, passa-se a compreender o seu próximo, a entender-lhe as dificuldades e as lutas, os esforços nem sempre exitosos e os sacrifícios.
    Da compreensão fraternal vêm o sentimento solidário, a amizade, a não exigência de torná-lo o que ele ainda não consegue ser, terminando por amá-lo.
    Na polimorfia das apresentações do amor, ainda predominam os sentimentos apaixonados, resultados de precipitação, de necessidades fisiológicas ou emocionais de acompanhamento, sem o sentido profundo da afeição, com toda a carga de responsabilidade que lhe é peculiar.
    O amor é característica definidora de condutas fortes, de indivíduos saudáveis, e não daqueles que se dizem fracos, necessitados, porque, nada possuindo, infelizmente não têm o que dar, esperando sempre receber. É comum dizer-se, na cultura hodierna, que as pessoas fracas muito amam, olvidando-se que essa conduta é interesseira, ansiosa por proteção, pela cobertura emocional e física de outrem...
    Para que haja ternura no relacionamento, é necessário que existam forças morais para superarem dificuldades, e quanto mais se entrega, mais alto nível de doação alcança, sem que perca a individualidade, suas metas, seus sonhos...
    Encontra-O em toda parte, sente-O em tudo e em todos, vive-O emocionadamente onde se encontra, conforme se comporta, aspirando-Lhe o alento vivificador.
    Desse modo, o amor é influxo divino que alcança o ser nos primórdios do seu processo de evolução e que se desenvolve, crescendo, até poder retornar à Fonte Criadora.
    Sublime, em qualquer expressão em que se apresente, é a presença da harmonia que deve vibrar no sentimento humano.
    Partindo das manifestações dos desejos sexuais até as expressões de renúncia e santificação, o amor é o mais eficaz processo psicoterapêutico que existe, ao alcance de todos.

Комментарии •