CABELO É PODER! ANCESTRALIDADE, MEMÓRIA E REVOLUÇÃO POLÍTICO-ESTÉTICA
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- Опубликовано: 16 окт 2024
- Considerado por muitos e muitas apenas um instrumento estético, o cabelo vai muito além disso. A simples opção por um corte ou penteado diz bastante sobre a personalidade de uma pessoa. Para os negros e negras que, especialmente desde a década de 1950, desfilam com seus Black Power imponentes, o cabelo transcende o campo da beleza e significa um encontro com a identidade, além de uma ferramenta de afirmação. A trajetória do black power tem início ainda nos anos 1920, quando Marcus Garvey (1887-1940), tido como precursor do ativismo negro pan-africanista na Jamaica, insistia na necessidade de romper com padrões de beleza eurocêntricos para, a partir disso, promover o encontro de negros e negras em diáspora com suas raízes africanas. Décadas depois, nos Estados Unidos, o afro também começou a ganhar espaço e se tornou outra das bandeiras protagonistas da luta preta por direitos civis nos anos 1960. No entanto, foram as mulheres negras as mais propulsoras desta história. Condicionadas desde o tempo da escravização a alisarem o cabelo, elas "bateram o pé" e decidiram andar pelas ruas ao natural, causando o espanto, o horror e a reação da comunidade branca.
Há quase 70 anos, a luta da (auto)valorização estética como identidade na diáspora, em que o cabelo e sua naturalidade sobressaem-se aos padrões de beleza ocidentais, consolida-se como instrumento de resistência e cultura. Neste contexto, seja na política ou nas artes, o black power foi e é símbolo que transcende as fronteiras da beleza e significa para o negro e negra o resultado da luta de seus, suas ancestrais pela determinação em manter viva a identidade de quem lutou por direitos. Nesta busca, cabelo é identidade e também símbolo de respeito e autoafirmação.
Nossa convidada Amanda Coelho (Diva Green), mulher preta, mãe, artista capilar, trançadeira, peruqueira e mayakeira, fala sobre suas vivências, beleza e estética negras.
Carolina Pinto, advogada, empresária, gerente jurídica em uma empresa de tecnologia e fundadora do RAS, primeiro salão de luxo especializado em tranças do Brasil, fala sobre o crescimento das transições capilares e o resgaste das tranças.
Vitor Gomes, hair sytle afro, criador e fundador do Príncipe das Tranças, espaço com foco de atuação em cortes e cuidados em cabelos afro, trancista e cabeleireiro afro especialista em cabelos crespos e cacheados, afirma: "Cabelos são resultados de hábitos e culturas. É sobre falar de autocuidado e reafirmar: 'você é bonita sim!'. Trabalhar com estética preta é empoderar".
Nossa convidada Gabriela Isaias, fotógrafa documental, escritora e pesquisadora, doutoranda e mestra em Comunicação e Cultura pela UFRJ, pesquisadora das identidades culturais e estéticas da diáspora africana e autora da reportagem digital "Nesse canto do mundo: a ressignificação das tranças africanas no Rio de Janeiro" (2018) e da dissertação "O comprimento do desejo: cabelos longos e as performances negras do feminino" (2022), fala sobre saberes geracionais e a revolução estética negra capilar.
Fontes de pesquisa: Afreaka, Alma Preta, Fashion Bubbles, Mercadizar, Salão Virtual e Purebreak.
AGRADECIMENTO: O Canal Preto gostaria de agradecer a participação de nossas convidadas e convidado.
Carolina Pinto - Advogada, empresária, gerente jurídica em uma empresa de tecnologia e fundadora do RAS, primeiro salão de luxo especializado em tranças do Brasil.
Amanda Coelho (Diva Green) - Mulher preta, mãe, artista capilar, trançadeira, peruqueira e mayakeira.
Vitor Gomes - Hair sytle afro, criador e fundador do Príncipe das Tranças, espaço com foco de atuação em cortes e cuidados em cabelos afro, trancista e cabeleireiro afro especialista em cabelos crespos e cacheados.
Gabriela Isaias - Fotógrafa documental, escritora e pesquisadora, doutoranda e mestra em comunicação e cultura pela UFRJ, pesquisadora das identidades culturais e estéticas da diáspora africana e autora da reportagem digital "Nesse canto do mundo: a ressignificação das tranças africanas no Rio de Janeiro" (2018) e da dissertação "O comprimento do desejo: cabelos longos e as performances negras do feminino" (2022).
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você?
#CanalPreto #CabeloAfro #AfroHair #Ancestralidade #RacismoEuCombato
Nosso cabelo crespo nos representa! Simplesmente lindo.
Esse canal é magnífico cada semana tem um tema diferente para todos nós parabéns.
Top show TMJ
Boa noite
Vitor Gomes muito bem!
Muito obrigado
Eu me vejo em mulheres Pretas
Química é Gosto?
Sou pardo também mas por ser miscigenado não sofro tanto racismo
Então a questão do cabelo faz sentido por ta ligado a ancestraliedade mas nos tem pele clara
assim como nos eua a maioria dos negros é lightskin
Miscigenados