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Eu estava num barzinho quando Reginaldo Rossi faleceu. Tinha um cantor fazendo cover de músicas internacionais… o pessoal no bar começou a pedir pra tocar o Rei. O boy tocou Garçom, e não sabia mais nada de Rossi. O povo começou a cantar as musicas do Rei, ignorando o cantor cover. Todo mundo bebado, cantando a Raposa e as Uvas, Itamaraca… Esse foi o luto aqui em Recife quando o Rei faleceu. O Brega é um patrimônio de Pernambucano.
O brega está em todos cantos de Pernambuco. É tão importante pra nossa cultura quanto o carnaval, o maracatu e o frevo. Mas com a vantagem que os hippies do sudeste ainda não se apropriaram.
Sou um dos diretores do Brega S/A. O Gildati foi certeiro na forma como ele retratou a cena tecnobrega. A pobreza em Belém é avassaladora e acaba sendo a grande definidora das relações políticas, culturais e sócio-econômicas da cidade. Por isso a informalidade, que é o tema do documentário, e por isso nenhum artista prospera. O interessante é que esse conflito entre os bregueiros antigos e o tecnobrega (dá pra saber muito bem de quem ele está falando) se repete hoje entre o tecnobrega e o rock doido, que é a quinta onda do brega paraense. Com o agravante do rock doido não ter mais a cadeia produtiva que o tecnobrega tinha. E, sim, a história das rádios do Caribe é verdade.
A topografia plana do estado ajudava na propagação das ondas de rádio, tornando possível sintonizar emissoras do Caribe, que geograficamente ficam próximas ao estado. Naquele tempo, o território do Pará se estendia até o atual estado do Amapá, o que facilitava essa conexão.
Isso me lembra muito dos cowboys (ou rancheiros em português), que na verdade não tinha nenhum glamour nessa profissão, eles viviam sujos e ganhavam muito mal, mas de tanto a indústria cultural fazer filmes e jogos de videogame sobre eles, eles se tornaram uma coisa pop, um ícone da masculinidade e tal
Algumas referências pra quem é de outros estados: A "Pitchula" é um refri que a maioria de nós consumiu na infância. E que várias crianças paraenses consomem até hoje. O "Binho" obviamente é o DJ Dinho mas o "Bruno Estrela" me parece uma referência sutil ao Ximbinha(Que seria o papai que tem a influência e a grana), ao Lucas Estrela que começou em Belém e hoje vende tecnomelody pra gringo na Europa e aparentemente ao Bruno & Trio também. Inclusive existe uma treta entre o Bruno & Trio e o ximba, onde o Bruno decidiu reunir alguns cantores de brega consagrados mas que estavam meio apagados a época e iria nomear o projeto de "Cabaré do brega" MAS o ximba ardiloso como é, registrou o nome do projeto antes do Bruno e ofereceu rios de dinheiro pra esses mesmos cantores que obviamente largaram o Bruno de mão. Assim, com toda a grana e influência do ximba, o projeto ganhou vida e foi um showzaço. Enquanto o que restou pro Bruno foi escrever um textão no facebook reclamando da crocodilagem do ximba e da traição dos cantores. "Varejeira" é em referência a uma música de mesmo nome da banda Xeiro-Verde. Rubi é em referência a aparelhagem de mesmo nome, também conhecida como "A nave do som"(o poderoso que vai detonar), e o design na personagem remete muito a uma fase da ex cantora da Gang do eletro, Keila Gentil lá por 2016~18. O Ribamar me parece uma referência a um político infame no qual a pronuncia do nome é parecida e que passou por Belém deixando um rombo milionário aos cofres públicos do estado, Duciomar. O Crocodilo e a Águia em uma referência clara a aparelhagem de mesmo nome e ao "Águia de fogo" Pop Som que são aparelhagens consagradas no nosso estado, sendo o Croco o mais rock doido(popular) atualmente.
Foi muito engraçado ir fechando um bingo dessas entidades kkkkk muito bom ver q realmente essa cultura foi bem estudada e vivida, de certa forma, pelo autor
Sou de Belém e me surpreendi ao encontrar esse quadrinho, levei até um susto quando o vi kkkkk. Com meus 40 anos e sendo um morador da periferia, a música brega sempre foi uma presença comum em minha vida. No entanto, vivenciei de perto a dura realidade das aparelhagens. Desde os desvios de verba pública pelo governo do Pará até questões como prostituição, crimes, tráfico de armas, drogas e o crime organizado, tudo isso faz parte do cenário. Embora o quadrinho traga uma abordagem mais cômica, a verdade é que vejo a realidade com muita tristeza. Afinal, o universo do brega em Belém não difere muito da vida nos morros do Rio de Janeiro, controlados pelo crime organizado. Perdi amigos nesse contexto das aparelhagens, inclusive uma ex-namorada que foi vítima de tiroteio em um confronto com um grupo rival. Enquanto o quadrinho pode ser visto como algo divertido, a realidade é bem diferente. Todo morador da periferia de Belém conhece e sofre com a influência da criminalidade associada a esse movimento.
Eu sou de Belém e gostaria de complementar um pouco, aqui o brega não se limitava apenas a periferia, as elites não iam aos shows, mas os cds piratas circulavam em todo canto, um exemplo são os clubes de oficiais da Polícia, nesses clubes sempre tocava brega até com salões para dançar, a elite não desprezava tão ferozmente quanto outros gêneros, o alvo das críticas aqui sempre foram o funk, creio q isso deva as grandes emissoras atacarem o funk enquanto ignoram o brega e a população acabou tirando suas próprias conclusões. Recentemente eu vi a Gabi Amarantos conversando com o Ale Santos sobre Afrofuturismo, as aparelhagens com o tempo ficaram com estética futurista, várias aparelhagens eram feitas para parecer naves espaciais, sobre a perda de qualidade do brega, acaba que as pessoas aqui não se importam pq elas sempre voltam para ouvir os Marcantes, que são bregas q ficaram famosos e tinham qualidade, músicas de 2005 ainda tocam em bares, e recentemente Pablo Vitar, começou a resgatar e regravar diversas músicas de brega, a infância em Belém acabou marcando ao ponto de querer regravar e dar visibilidade a muitas músicas, por fim gostaria de ressaltar q muitas músicas das marcantes foram baseadas em músicas internacionais, não só no brega paraense como no nordestino, eu encontrei várias dessas músicas internacionais e fiz uma playlist no Spotify, todo paraense reconhece a batida e melodia, se alguém quiser o link me avisa q eu deixo em outro comentário
Além do que você falou alegoricamente sobre o crocodilo, em Belém também existe O Crocodilo, que é uma das principais aparelhagens que toca nas festas.
Brega Story é uma grande HQ Nacional. Tem um traço sensacional e uma hostoria muito boa, mostrando a realidade brasileira em muitos lugares, com muita gente fdp. É um soco no estômago a história desse quadrinho.
Sou de Recife e também já ouvi falar que o pessoal do Pará e do Maranhão escutavam muito o sinal de rádio do Caribe. Por isso o brega no Pará e o reggae forte no Maranhão
Como um conterrâneo Paraense, só quero expressar meu orgulho pelo meu estado, que tem uma cultura tão forte e tão enraizada, que é muitas das vezes desmerecida por diversos outros estados pelo Brasil, mas que se vc for parar para olhar, eu pelo menos não vejo outro lugar tão rico culturalmente falando. Sou de 2001, então ainda criança assistia muitos dvderes dos shows de diversas aparelhagens e bandas do Amazonas e Pará, era tão marcante e bonito esteticamente (pra época), e hoje podem até dizer que é “brega” mas eu acho que uma estética que se propõe a ser o que é em seu tempo jamais vai olhar pra atrás com desdenho, principalmente quando esta molda toda uma geração, tanto a de sua época quanto as futuras. Aqui estou eu agora comentando sobre e na época meus tios e tias, mãe e pai, primos e primas mais velhas vivenciaram de forma intensa e intrínseca. Graça a Deus o brega/melody/tecnomelody não morreram, e que continue assim para todo o sempre. Hoje em dia temos alguns artistas que fazem aqui e ali melodys de verdade, com letras decentes e tudo, mas não em grande volume como antigamente, mas isso é a chama sendo mantida acesa para ser passada adiante.
Alguns detalhes sobre algumas referências e rimas visuais de alguns personagens. O Pistola é uma referência aos dj da aparelhagem Tupinambá (o treme terra da saudade) que usava um cocar na cabeça, além de ser uma das mais antigas tanto que tem esse ritmo de apadrinhamento de outros cantores. - Bruno Estrela tem alguns que pode ser adaptado como o próprio Bruno e Trio e um vocalista de um grupo de pagode que são filhos de advogados e desembargador (que eu prefiro não citar nomes) que eram basicamente os ricos que só conseguiram isso pelo dinheiro. - O Crocodilo e a Águia, são representações de duas aparelhagens o Crocodilo ou Croco que é uma das mais novas e famosas que tem uma certa risca por não ter muitas conexões com os maiores desse cenário musical, e a águia e o SuperPop o Águia de Fogo (Faz o S) uma das mais famosas em até nível nacional. - Rubi é uma referência a própria aparelhagem Rubi, a alto intitulada Maior Aparelhagem do Norte, tanto que a forma e logo do rubi é a praticamente mesma que é usada da aparelhagem do grupo do Poderoso Rubi (é faz a pedra do rubi). Algumas referências que eu não peguei que também englobam outras coisas mas eu percebi essas, valeu e ótimo vídeo.
Analogia do Hip Hop ao brega faz muito sentido pra mim. Não só na música mas toda a cultura por trás, a dança de par que é bem peculiar. O brega é uma mistura de tanta coisa, fez história. Eu tenho muito orgulho de ser paraense. Obrigado pelo vídeo ❤
A bachata caribenha também foi muito importante para a sonoridade do brega. Aqui em Recife, muitos bregas extremamente populares são regravações de bachatas da República dominicana.
Conheci a bachata recentemente e a influência é gritante com o brega nacional! Fico chateada pois como temos pouco conhecimento das músicas dos nossos vizinhos e tem coisa muito boa!
As classes mais pobres querendo um lazer e um pertencimento junto com o dinheiro "fácil" gera os mais diferentes estilos e pessoas que por final querem viver o glamour da elite, tal elite que zomba e abomina tal comparação. Funk, brega, forró etc...
Sou de Belém e já fui em festas de aparelhagem. O brega e seus variantes (tecnobrega, etc) são a trilha sonora da cidade. Tanto nos onibus coletivos do proletariado quando nos bares da Praça da Republica. Gidalti Jr. precisa ser mais conhecido e o Brega mais respeitado.
Todo o carinho para o canal da Galera do Pará! Eu sinto muita falta de visibilidade pra região norte, que é tão linda e tão rica, e ao mesmo tempo tão subestimada❤🤍❤️
Cara eu sou Marabaense (de Marabá-PA) e é muito bacana ver um canal tão fod4 como o seu falando sobre o brega do pará, nunca achei que fosse ver essa ascensão de um som tão regional como o Brega. Uma teoria minha/vivencia é a de que primeiro veio o brega 80s e 90s, depois o techno brega no final dos 90s e inicio dos 2000s, o melody da metade dos 2000s a 2010s, e o tchnomelody a partir de 2010s. São de certa forma 04 gêneros ou subgêneros, além da outra variação do brega e dos gêneros carinbenhos que é o calypso.
um livro muito interessante sobre brega é o Em Ritmo de Seresta, escrito pelo sociologo/historiador maranhense Bruno Azevedo, que por sinal tbm escreveu quadrinhos foda como Baratão 66 e Breganejo Blues(que nao eh quadrinho mas fala mt sobre)
Lembro que no meu ensino médio um professor tava falando sobre a empregada dele e como ela ouvia Melody enquanto trabalhava e ele tinha proibido ela pois a filha dele tava sendo "contaminada* por essa música, ele preferia que ela ouvisse rock ou música clássica, fora as outras inúmeras piadas tópica de uma classe média
Sérgio Buarque de Holanda já dizia "o brasileiro é cordial", não que o brasileiro seja hospitaleiro, amável e acolhedor mas porque o brasileiro é altamente passional. A cena brega, o forró, o samba refletem muito esse nosso lado mas a ascensão do agronejo e do neopentencostalismo tem procurado matar essa essência e promover uma espécie de limpeza cultural.
Sou do Amapá e aqui a aparelhagem, o tecnobrega e o Melody ou Tecnomelody são a cara do povo, eu mesmo quando criança era muito vidrado no rock mas agora não só gosto do gênero mas reconheço a importância dele na nossa cultura, valeu pelo vídeo destacando um pouco , nós nortistas/nordestinos
Sou de Recife e o brega do Pará chegou aqui e se tornou parte do nosso brega! Era uma garota que assistia MTV e sonhava com os artistas internacionais e naquela época fui tomada a reboque pelo som! De repente,gostar de Fernando Mendes era natural😅 Hoje em dia muitas festas de partidos de esquerda são com DJs que trazem de volta músicas bregas do ano 2000 e recentes! Adorei você falar sobre esse HQ que pelo roteiro,para mim teria grande potencial de virar uma série! Talvez, um streaming em vez de focar só em HQ de super-heróis começasse a ver que os quadrinhos tem um mundo muito amplo!
To toda arrepiada, mermão, minha juventude todo foi vivenciando o brega/tecnomelody e ver que uma história daqui de belém tomou proporções e visibilidade nacional dá muito orgulho, pq mostra que a cultura nortista é tão rica quanto qualquer outra a pesar de ser muito marginalizada, e ainda melhor é a cultura popular paraense, não a que está presente nas elites, mas sim aquela que está em todas as periferias, quantas vezes tiveram shows de aparelhagem no meu bairro e qualquer outro bairro da periferia, que fazem parte da identidade nortista/paraense/belenense
Linck sempre achei o brega algo fascinante! É muito uma expressão genuína da subjetividade humana em um contexto de divisão social e cultural! É povo na sua essência. E muitas vezes como forma de resistência (mesmo q subjetiva) de certas morais castradoras
Suspeito que esse vídeo foi lançado agora por causa do álbum novo da Pabllo kakakakak era tudo oq eu mais queria, ouvir as regravações de músicas que ouvi na minha infância aqui em Belém e ver o Quadrinhos na Sarjeta falando de um quadrinho sobre o brega que é bem presente no nosso cotidiano aqui na cidade. Nem conhecia essa HQ, agora vou caçar pra poder ler.
Já ouvi falar dessa influência caribenha no extremo norte do nordeste, mais especificamente Maranhão, um amigo meu é ex dj de reggae e casou com uma maranhense. Ele me disse que lá a cultura do reggae (e dos sound systems, algo muito parecido com esses eventos brega com parede de som que vc menciona) é muito popular, e nem é só entre nós maconh3iros.
Aqui em Belém o tecnobrega, durante 2005/2015, era visto como música de pobre e as festas eram lugar de "malacos" (muito resumidamente, uma estética que era vista como de um subtipo de criminoso). Depois disso, o tecnobrega e o brega marcante (que são os bregasmú que marcaram uma época, nesse caso as de 2005/15) viraram um produto cultural muito forte do Pará e as elites que sempre desprezam o tecnobrega; agora o abraçam. Inclusive muitos shows de tecnobrega (aparelhagens) agora são feitos para a elite (em lugares de "elite"); essa mesma elite, que por anos desprezou o tecnobrega. É aquilo que você disse Lynck: antropofagia. No caso aqui: tira os pobres, fudidos e estas festas de "lugares perigosos".
Sua seguidora de Belém/PA agradece 🤭🤭🤭 Aliás, o tecnobrega não deixa de ser versões paraenses da música pop americana. É o colonizado colocando tempero regional no colonizador 😂😂😂😂😂
Tem uma série de vídeos aqui no YT chamada "Sampleados", com vários clipes reunindo figuras do brega paraense em pontos turísticos da cidade. Vale muito a pena conferir.
Moro na zona sul de Curitiba e no bairro aonde cresci e moro ate hoje teve muita migração de nordestinos e nortistas, então o brega sempre foi muito presente na trilha sonora do bairro. Lembro de criança entrar na casa de uma amiga de minha mãe e me deparar com um poster enorme da Joelma e Chimbinha bem antes do auge, sem contar que sempre tava rolando algum grupo daquelas bandas pelo som dessa amiga de minha mãe. Hoje tenho um carinho enorme pelo gênero que sempre me acompanha no rádio do carro hehe
Eu estava conversando sobre isso, em relação aos passinhos de funk, em como a sociedade tende a desdenhar da nossa própria cultura. E tudo que vem do "morro" olhamos com um olhar de desdém .
La vai o nome real dos personagens e algumas referências rs Dj Binho = Dj Dinho Amor Gostoso = Amor Perfeito Bruno Estrela = Bruno e Trio Ruby = referência a aparelhagem Ruby Alana Varegeira = referência a um brega famoso que dizia “la vem la vem, a varegeira ra 🎵”
@@karolkelen sera? Fiquei sabendo q ele é todo enrolado mesmo, mas esse lance de virar evangélico me lembrou o Roberto Villar, ele fez sucesso na década de 90
Você vê a thumb, fica puto e quer xingar esse cabeludo com delay de render, mas aí vc vê o vídeo e fica:"puta lição foda meu" e aí tu pensar, krlho! O calvo sabe mto 🧠🤯💥
Eu como recifense mesmo sendo do roque e metaleiro sei todos os bregas que fizeram sucesso aqui na cidade e que raramente não estoura em outros lugares e bem local mesmo, mas muito bom pra dançar e cheirar o sucção das meninas como disse o Rei do Brega.
BREGA STORY, um mergulho no universo do brega paraense e suas complexidades, que aborda não só a música, mas também questões de classe, gosto e identidade. O contraste entre o tradicional e o moderno, o popular e o elitista, traz à tona debates enriquecedores sobre cultura e sociedade. Uma reflexão que nos faz questionar: afinal, onde reside a verdadeira essência do 'brega'? Uma narrativa que, mesmo carregada de exageros e críticas, nos leva a repensar nossos preconceitos e visões pré-concebidas. Uma provocação inteligente e divertida sobre o valor e a diversidade da expressão artística.
uma coisa é que mais pro sul do pará quase não tem gente tocando tecnobrega seja nos carros com som aoutomotivo, seja nos bares e botecos, mas eu tenho um vizinho que sempre que ele chega de viagem ele coloca tecnobrega na caixa de som dele do tamanho de um fogão pra tocar todo fim de tarde
Já vi vários vídeos desse canal, mas essa é a primeira vez que me deu vontade de ter o quadrinho. Isso não é uma historinha, ISSO É UM DOCUMENTO HISTORICO.
Só lembro do festival do abacaxi que acontecia todo ano no centro cultural aqui em Barcarena. Que era 5 dia de show, tinha dia só gospel e dia só as aparelhagens, sem contar artistas de fora que vinha tbm. Legal ver vídeo falando de uma realidade que vivi.
Esse lance das rádios de Belém pegar músicas do Caribe e vizinhanças, é verdade. Sou do Rio de Janeiro, Estive em Belém no ano 2000, e constatei isso. Tem muito impacto cultural lá.
Sim, as rádios justamente do RJ e SP, como a Rádio O Globo e a Rádio Nacional, não faziam questão de uma transmissão para o Norte, e também pelo custo a época. E aí, entrou o sinal de rádios mais próximas das Antilhas, Guiana Francesa e República Dominicana com os ritmos zouk, merengue, cumbia e salsa. Ouvidos até hoje por aqui.
Deve ser massa demais...Devem ter elementos como "APARELHAGENS, RUBI, RUBI A NAVE DO SOM, METEORO, A ÁGUIA, CROCODILO LIBERA GERAL, MELODY, O CALYPSO, A CUMBIA PARAENSE, ZOUK, "AS GIRADAS". Tucuruí no Pará...saudades daquela cidade. Esse quero COMPRAR.
Eu adoro uma fuleragem. Gosto de Pepe Moreno, programa do Ratinho, a treta entre Gil Esfiha e Galerito, gosto de Zéu Brito, de Reginaldo Rossi e do Falcão kkkkkkkkkkk é maravilhoso.
Esse quadrinho é muito bom e representa MUITO o norte do Brasil, a unica informação que passou batida foi que as "marcantes", que são os bregas mais famosos, estão presente no quadrinho todo tocando de fundo pra dar um contexto a mais na cena, por exemplo, a musica do Rupinol foi uma FEBRE no norte e fala de um cara que foi seduzido por uma jovem que no bar deu uma bebida batizada com esse remédio que faz ele dormir e aí depois ela furta todos os pertences dele e é essa musica que tá de fundo quando a Rubi dopa o Anderson Junior com rupinol: "ela te chama de céu, ela leva teu anel.. ela te chama de pão e ela leva teu cordão... ela te chama de amor, vais sentir é muita dor... ela te chama de meu bem e leva tudo que tu tem". Então o quadrinho é maravilhoso mas pra quem cresceu inserido nessa cultura tem um significado, uma representatividade a mais e é uma delicia ler tudo identificando lugares, acontecimentos e prováveis inspirações do Autor. Obs: Muito bom o vídeo e Rubi é uma das maiores aparelhagens do Pará até hoje.
Sou baiano e vim para Estado de SP quando tinha 8 para 9 anos. Toda minha referência musical, era a música brega do interior baiano, que era diferente do que os paulistas escutavam lá pelos anos de 2006. Lembro de cantar as músicas que escutava na rua e ser zoado pelos moleques da rua. Hoje o brega é pop.
Acho que nunca parei pra comentar aqui, mas Quadrinhos na Sarjeta é cultura! Hoje estava fazendo uma redação sobre povos originarios e lembrei de voce comentando sobre o bom selvagem e etc. Foi aí que eu me toquei que cada vídeo desse canal me mostrou coisas que eu não sabia, seja algo social ou apenas estético. Amo ter a sua visão sobre determinado assunto e debater com as minhas mentalmente. Os videos que eu mais gosto são de temas voltados para o emocional
Assisti na sexta passada uma peça que vai muito de encontro com o tema desse quadrinho. A peça da A Próxima Companhia se chama Répi Auer e vale muito a pena pra galera de SP que tá a fim de assistir algo divertido e ABSURDAMENTE brega. (;
Esse traço é meio "Eddie Campbell" né... muito bonito. Fiquei curioso demais por essa cena, é muito interessante conhecer essas regionalidades, tem tanta coisa bacana nesse Brasilzão
11:59 ae caralho.... Marabá sendo Marabá (marabaense raíz aqui). É tocante isso, sempre que nossa cidade é lembrada é por motivos ruins... Sobretudo em nível nacional (o que aconteceu indiretamente no canal do link). Essa cidade, para os que não sabem, é a da fraude so Enem e onde os fugitivos de Mossoró foram pegos.
Acredito que o fenômeno dos paredões de som do Pará seja o equivalente do que rola no Maranhão também mas puxando pra cena do Reggae, pegando de referência o movimento do SoundSystem jamaicano.
É estranho ver o quanto trabalhos artísticos incríveis são considerados inferiores pelas elites por causa da sua origem, apesar de ter uma riqueza artística imensa
Minha adolescência foi nos anos 90 em Itamaracá. O cancioneiro de Reginaldo Rossi entra no DNA por osmose. Meu país Pernambuco é um cantinho sui generis nesse planeta.
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Oi Alexandre, Feliz aniversário atrasado!🎉🎉🎉
Por favor linck faz mais vídeos só devilman😊😊.
Eu estava num barzinho quando Reginaldo Rossi faleceu.
Tinha um cantor fazendo cover de músicas internacionais… o pessoal no bar começou a pedir pra tocar o Rei.
O boy tocou Garçom, e não sabia mais nada de Rossi.
O povo começou a cantar as musicas do Rei, ignorando o cantor cover. Todo mundo bebado, cantando a Raposa e as Uvas, Itamaraca…
Esse foi o luto aqui em Recife quando o Rei faleceu.
O Brega é um patrimônio de Pernambucano.
Eu ia fazer uma viajem de fim de ano. De Recife até Garanhuns, em cada canto que eu passava, todo mundo estava escutando Reginaldo.
O brega está em todos cantos de Pernambuco. É tão importante pra nossa cultura quanto o carnaval, o maracatu e o frevo. Mas com a vantagem que os hippies do sudeste ainda não se apropriaram.
Reginaldo Rossi e Falcão são dois gênios.
Sou um dos diretores do Brega S/A. O Gildati foi certeiro na forma como ele retratou a cena tecnobrega. A pobreza em Belém é avassaladora e acaba sendo a grande definidora das relações políticas, culturais e sócio-econômicas da cidade. Por isso a informalidade, que é o tema do documentário, e por isso nenhum artista prospera. O interessante é que esse conflito entre os bregueiros antigos e o tecnobrega (dá pra saber muito bem de quem ele está falando) se repete hoje entre o tecnobrega e o rock doido, que é a quinta onda do brega paraense. Com o agravante do rock doido não ter mais a cadeia produtiva que o tecnobrega tinha. E, sim, a história das rádios do Caribe é verdade.
Assisti esse doc na escola
Usei esse documentario como base para meu TCC sobre pirataria em 2012! E depois, já como professor, passei para meus alunos. Parabéns pelo trabalho!
Só mais as marcantes do q o tcno
di rocha mermo
A topografia plana do estado ajudava na propagação das ondas de rádio, tornando possível sintonizar emissoras do Caribe, que geograficamente ficam próximas ao estado. Naquele tempo, o território do Pará se estendia até o atual estado do Amapá, o que facilitava essa conexão.
Isso me lembra muito dos cowboys (ou rancheiros em português), que na verdade não tinha nenhum glamour nessa profissão, eles viviam sujos e ganhavam muito mal, mas de tanto a indústria cultural fazer filmes e jogos de videogame sobre eles, eles se tornaram uma coisa pop, um ícone da masculinidade e tal
Algumas referências pra quem é de outros estados:
A "Pitchula" é um refri que a maioria de nós consumiu na infância. E que várias crianças paraenses consomem até hoje.
O "Binho" obviamente é o DJ Dinho mas o "Bruno Estrela" me parece uma referência sutil ao Ximbinha(Que seria o papai que tem a influência e a grana), ao Lucas Estrela que começou em Belém e hoje vende tecnomelody pra gringo na Europa e aparentemente ao Bruno & Trio também. Inclusive existe uma treta entre o Bruno & Trio e o ximba, onde o Bruno decidiu reunir alguns cantores de brega consagrados mas que estavam meio apagados a época e iria nomear o projeto de "Cabaré do brega" MAS o ximba ardiloso como é, registrou o nome do projeto antes do Bruno e ofereceu rios de dinheiro pra esses mesmos cantores que obviamente largaram o Bruno de mão. Assim, com toda a grana e influência do ximba, o projeto ganhou vida e foi um showzaço. Enquanto o que restou pro Bruno foi escrever um textão no facebook reclamando da crocodilagem do ximba e da traição dos cantores.
"Varejeira" é em referência a uma música de mesmo nome da banda Xeiro-Verde.
Rubi é em referência a aparelhagem de mesmo nome, também conhecida como "A nave do som"(o poderoso que vai detonar), e o design na personagem remete muito a uma fase da ex cantora da Gang do eletro, Keila Gentil lá por 2016~18.
O Ribamar me parece uma referência a um político infame no qual a pronuncia do nome é parecida e que passou por Belém deixando um rombo milionário aos cofres públicos do estado, Duciomar.
O Crocodilo e a Águia em uma referência clara a aparelhagem de mesmo nome e ao "Águia de fogo" Pop Som que são aparelhagens consagradas no nosso estado, sendo o Croco o mais rock doido(popular) atualmente.
Foi muito engraçado ir fechando um bingo dessas entidades kkkkk muito bom ver q realmente essa cultura foi bem estudada e vivida, de certa forma, pelo autor
Animal, vlw pela explicação
O apelido "Marabá", que na maioria das vezes não é alguém de Marabá lkkkkkkkk
@@lucassenpai2005 caralho! Pura verdade, no meu bairro eu conheço 2 com apelido de Marabá e nenhum dos dois foram ou são de Marabá!hahaha
Comentário pra ser fixado
Sou de Belém e me surpreendi ao encontrar esse quadrinho, levei até um susto quando o vi kkkkk. Com meus 40 anos e sendo um morador da periferia, a música brega sempre foi uma presença comum em minha vida. No entanto, vivenciei de perto a dura realidade das aparelhagens. Desde os desvios de verba pública pelo governo do Pará até questões como prostituição, crimes, tráfico de armas, drogas e o crime organizado, tudo isso faz parte do cenário.
Embora o quadrinho traga uma abordagem mais cômica, a verdade é que vejo a realidade com muita tristeza. Afinal, o universo do brega em Belém não difere muito da vida nos morros do Rio de Janeiro, controlados pelo crime organizado. Perdi amigos nesse contexto das aparelhagens, inclusive uma ex-namorada que foi vítima de tiroteio em um confronto com um grupo rival.
Enquanto o quadrinho pode ser visto como algo divertido, a realidade é bem diferente. Todo morador da periferia de Belém conhece e sofre com a influência da criminalidade associada a esse movimento.
Eu sou de Belém e gostaria de complementar um pouco, aqui o brega não se limitava apenas a periferia, as elites não iam aos shows, mas os cds piratas circulavam em todo canto, um exemplo são os clubes de oficiais da Polícia, nesses clubes sempre tocava brega até com salões para dançar, a elite não desprezava tão ferozmente quanto outros gêneros, o alvo das críticas aqui sempre foram o funk, creio q isso deva as grandes emissoras atacarem o funk enquanto ignoram o brega e a população acabou tirando suas próprias conclusões.
Recentemente eu vi a Gabi Amarantos conversando com o Ale Santos sobre Afrofuturismo, as aparelhagens com o tempo ficaram com estética futurista, várias aparelhagens eram feitas para parecer naves espaciais, sobre a perda de qualidade do brega, acaba que as pessoas aqui não se importam pq elas sempre voltam para ouvir os Marcantes, que são bregas q ficaram famosos e tinham qualidade, músicas de 2005 ainda tocam em bares, e recentemente Pablo Vitar, começou a resgatar e regravar diversas músicas de brega, a infância em Belém acabou marcando ao ponto de querer regravar e dar visibilidade a muitas músicas, por fim gostaria de ressaltar q muitas músicas das marcantes foram baseadas em músicas internacionais, não só no brega paraense como no nordestino, eu encontrei várias dessas músicas internacionais e fiz uma playlist no Spotify, todo paraense reconhece a batida e melodia, se alguém quiser o link me avisa q eu deixo em outro comentário
Deixa o link dessa playlist aí mano
Manda pra mim,amigo. Ficarei grato!
Manda o link pra nós, por favor. 🙂 valeu demais
coloca o link ai por favor!!
Como belenense que sempre volta às marcantes, assino embaixo.
Além do que você falou alegoricamente sobre o crocodilo, em Belém também existe O Crocodilo, que é uma das principais aparelhagens que toca nas festas.
Dona Onete é demais!!!
Brega Story é uma grande HQ Nacional. Tem um traço sensacional e uma hostoria muito boa, mostrando a realidade brasileira em muitos lugares, com muita gente fdp. É um soco no estômago a história desse quadrinho.
Pra mim tem um potencial para adaptação como série!
@@alcionesouza166 pensei mais como um filme. Mas poderia dá em uma série tbm.
@@TheModjack um filme cortaria muita coisa
nossa que quadrinho bonito, esse traço meio "inacabado" com coisas por cima deu um charme, e a história é tão malandra kkkk
Sou de Recife e também já ouvi falar que o pessoal do Pará e do Maranhão escutavam muito o sinal de rádio do Caribe. Por isso o brega no Pará e o reggae forte no Maranhão
e se transforma!
meu deus esperei por esse dia!!, um quadrinista paraense no QnS
Como um conterrâneo Paraense, só quero expressar meu orgulho pelo meu estado, que tem uma cultura tão forte e tão enraizada, que é muitas das vezes desmerecida por diversos outros estados pelo Brasil, mas que se vc for parar para olhar, eu pelo menos não vejo outro lugar tão rico culturalmente falando. Sou de 2001, então ainda criança assistia muitos dvderes dos shows de diversas aparelhagens e bandas do Amazonas e Pará, era tão marcante e bonito esteticamente (pra época), e hoje podem até dizer que é “brega” mas eu acho que uma estética que se propõe a ser o que é em seu tempo jamais vai olhar pra atrás com desdenho, principalmente quando esta molda toda uma geração, tanto a de sua época quanto as futuras. Aqui estou eu agora comentando sobre e na época meus tios e tias, mãe e pai, primos e primas mais velhas vivenciaram de forma intensa e intrínseca. Graça a Deus o brega/melody/tecnomelody não morreram, e que continue assim para todo o sempre. Hoje em dia temos alguns artistas que fazem aqui e ali melodys de verdade, com letras decentes e tudo, mas não em grande volume como antigamente, mas isso é a chama sendo mantida acesa para ser passada adiante.
Alguns detalhes sobre algumas referências e rimas visuais de alguns personagens.
O Pistola é uma referência aos dj da aparelhagem Tupinambá (o treme terra da saudade) que usava um cocar na cabeça, além de ser uma das mais antigas tanto que tem esse ritmo de apadrinhamento de outros cantores.
- Bruno Estrela tem alguns que pode ser adaptado como o próprio Bruno e Trio e um vocalista de um grupo de pagode que são filhos de advogados e desembargador (que eu prefiro não citar nomes) que eram basicamente os ricos que só conseguiram isso pelo dinheiro.
- O Crocodilo e a Águia, são representações de duas aparelhagens o Crocodilo ou Croco que é uma das mais novas e famosas que tem uma certa risca por não ter muitas conexões com os maiores desse cenário musical, e a águia e o SuperPop o Águia de Fogo (Faz o S) uma das mais famosas em até nível nacional.
- Rubi é uma referência a própria aparelhagem Rubi, a alto intitulada Maior Aparelhagem do Norte, tanto que a forma e logo do rubi é a praticamente mesma que é usada da aparelhagem do grupo do Poderoso Rubi (é faz a pedra do rubi).
Algumas referências que eu não peguei que também englobam outras coisas mas eu percebi essas, valeu e ótimo vídeo.
Joelma e chinbinha estão representandos na HQ
Analogia do Hip Hop ao brega faz muito sentido pra mim. Não só na música mas toda a cultura por trás, a dança de par que é bem peculiar. O brega é uma mistura de tanta coisa, fez história. Eu tenho muito orgulho de ser paraense. Obrigado pelo vídeo ❤
um salve da capital do brega: Recife
Recife meu país
meu pais!!
Um dia Espelho do Poder, do Conde do Brega, ainda vai ser hino dessa cidade.
Um salve daqueles❤
Noooossa a Rubi envenena o Anderson com o Rupinol 😂😂😂😂 Rupinol é um brega sobre boa noite cinderela, antigo, se eu não me engano do Nelsinho Rodrigues
O Rupinol é uma droga perigosa...
A bachata caribenha também foi muito importante para a sonoridade do brega. Aqui em Recife, muitos bregas extremamente populares são regravações de bachatas da República dominicana.
Recife tem muita referência musical das bachatas e também do reggaeton antigo Porto riquenho
Conheci a bachata recentemente e a influência é gritante com o brega nacional! Fico chateada pois como temos pouco conhecimento das músicas dos nossos vizinhos e tem coisa muito boa!
As classes mais pobres querendo um lazer e um pertencimento junto com o dinheiro "fácil" gera os mais diferentes estilos e pessoas que por final querem viver o glamour da elite, tal elite que zomba e abomina tal comparação. Funk, brega, forró etc...
E quando a elite começa a consumir deste msm lazer?
Sou de Belém e já fui em festas de aparelhagem.
O brega e seus variantes (tecnobrega, etc) são a trilha sonora da cidade.
Tanto nos onibus coletivos do proletariado quando nos bares da Praça da Republica.
Gidalti Jr. precisa ser mais conhecido e o Brega mais respeitado.
Todo o carinho para o canal da Galera do Pará! Eu sinto muita falta de visibilidade pra região norte, que é tão linda e tão rica, e ao mesmo tempo tão subestimada❤🤍❤️
Faz um vídeo sobre os Mangá do Lampião do Amatsu,o cara simplesmente criou um gênero novo em um mangá,o Dark sertão,vale muito a pena
Meu Deus, esse quadrinho deve ser maravilhoso
Gostei bastante desse mangá, apesar de odiar essas adaptações de lampião como uma espécie de Robin Hood...
Cara eu sou Marabaense (de Marabá-PA) e é muito bacana ver um canal tão fod4 como o seu falando sobre o brega do pará, nunca achei que fosse ver essa ascensão de um som tão regional como o Brega. Uma teoria minha/vivencia é a de que primeiro veio o brega 80s e 90s, depois o techno brega no final dos 90s e inicio dos 2000s, o melody da metade dos 2000s a 2010s, e o tchnomelody a partir de 2010s. São de certa forma 04 gêneros ou subgêneros, além da outra variação do brega e dos gêneros carinbenhos que é o calypso.
um livro muito interessante sobre brega é o Em Ritmo de Seresta, escrito pelo sociologo/historiador maranhense Bruno Azevedo, que por sinal tbm escreveu quadrinhos foda como Baratão 66 e Breganejo Blues(que nao eh quadrinho mas fala mt sobre)
Lembro que no meu ensino médio um professor tava falando sobre a empregada dele e como ela ouvia Melody enquanto trabalhava e ele tinha proibido ela pois a filha dele tava sendo "contaminada* por essa música, ele preferia que ela ouvisse rock ou música clássica, fora as outras inúmeras piadas tópica de uma classe média
O que demonstra que seu professor não entendia nada de Rock e nem de Musica Classica.
Ue, se ta na casa dele ele pode reclamar.
@@CladineiOficinal realmente
@@CladineiOficinal mas igualmente demonstra que ele não entende nada de rock e nem de música clássica
@@CladineiOficinale ninguém disse o contrário ué. O jovem apenas estava mostrando o quanto o professor dele era classista, quase um lorde vinheteiro.
Sérgio Buarque de Holanda já dizia "o brasileiro é cordial", não que o brasileiro seja hospitaleiro, amável e acolhedor mas porque o brasileiro é altamente passional. A cena brega, o forró, o samba refletem muito esse nosso lado mas a ascensão do agronejo e do neopentencostalismo tem procurado matar essa essência e promover uma espécie de limpeza cultural.
Sou do Amapá e aqui a aparelhagem, o tecnobrega e o Melody ou Tecnomelody são a cara do povo, eu mesmo quando criança era muito vidrado no rock mas agora não só gosto do gênero mas reconheço a importância dele na nossa cultura, valeu pelo vídeo destacando um pouco , nós nortistas/nordestinos
Sou de Recife e o brega do Pará chegou aqui e se tornou parte do nosso brega! Era uma garota que assistia MTV e sonhava com os artistas internacionais e naquela época fui tomada a reboque pelo som! De repente,gostar de Fernando Mendes era natural😅 Hoje em dia muitas festas de partidos de esquerda são com DJs que trazem de volta músicas bregas do ano 2000 e recentes!
Adorei você falar sobre esse HQ que pelo roteiro,para mim teria grande potencial de virar uma série! Talvez, um streaming em vez de focar só em HQ de super-heróis começasse a ver que os quadrinhos tem um mundo muito amplo!
To toda arrepiada, mermão, minha juventude todo foi vivenciando o brega/tecnomelody e ver que uma história daqui de belém tomou proporções e visibilidade nacional dá muito orgulho, pq mostra que a cultura nortista é tão rica quanto qualquer outra a pesar de ser muito marginalizada, e ainda melhor é a cultura popular paraense, não a que está presente nas elites, mas sim aquela que está em todas as periferias, quantas vezes tiveram shows de aparelhagem no meu bairro e qualquer outro bairro da periferia, que fazem parte da identidade nortista/paraense/belenense
Que vídeo incrível, eu sendo paraense amei saber que existe uma HQ que conta a história do brega :)
Dia 3 pedindo continuação de Berserk
vai ter
Quando, não sabemos
Endosso o pedido.
@@QuadrinhosNaSarjeta traz um vídeo explicando o final de unicorn wars
Beserk é mto brega 😅
Brega, Tecnobrega e o Melody. Cresci ouvindo esses gêneros e ainda, nos meus 30 anos de vida, de vez em quando, eu ouço. E amo meu Pará.
Sobre as ondas de rádio o Chimbinha afirma no Estudio Coca-Cola que era isso mesmo, as radios caribenhas eram muito populares no Pará
O verdadeiro brega são os amigos que fazemos pelo caminho
Linck sempre achei o brega algo fascinante! É muito uma expressão genuína da subjetividade humana em um contexto de divisão social e cultural! É povo na sua essência. E muitas vezes como forma de resistência (mesmo q subjetiva) de certas morais castradoras
O amapaense aqui fica de coração cheio por se identificar tanto com um vídeo, isso é norte, meu chegado 🙏🏿
Exatamente, meu querido!!! Só não gostei do título do vídeo. E sim, estamos chegando!
Suspeito que esse vídeo foi lançado agora por causa do álbum novo da Pabllo kakakakak era tudo oq eu mais queria, ouvir as regravações de músicas que ouvi na minha infância aqui em Belém e ver o Quadrinhos na Sarjeta falando de um quadrinho sobre o brega que é bem presente no nosso cotidiano aqui na cidade. Nem conhecia essa HQ, agora vou caçar pra poder ler.
Já ouvi falar dessa influência caribenha no extremo norte do nordeste, mais especificamente Maranhão, um amigo meu é ex dj de reggae e casou com uma maranhense. Ele me disse que lá a cultura do reggae (e dos sound systems, algo muito parecido com esses eventos brega com parede de som que vc menciona) é muito popular, e nem é só entre nós maconh3iros.
Um doc que eu adoro sobre brega nordestino chamado “vou rifar meu coração”. É lindo ❤
Aqui em Belém o tecnobrega, durante 2005/2015, era visto como música de pobre e as festas eram lugar de "malacos" (muito resumidamente, uma estética que era vista como de um subtipo de criminoso). Depois disso, o tecnobrega e o brega marcante (que são os bregasmú que marcaram uma época, nesse caso as de 2005/15) viraram um produto cultural muito forte do Pará e as elites que sempre desprezam o tecnobrega; agora o abraçam. Inclusive muitos shows de tecnobrega (aparelhagens) agora são feitos para a elite (em lugares de "elite"); essa mesma elite, que por anos desprezou o tecnobrega. É aquilo que você disse Lynck: antropofagia. No caso aqui: tira os pobres, fudidos e estas festas de "lugares perigosos".
Sua seguidora de Belém/PA agradece 🤭🤭🤭 Aliás, o tecnobrega não deixa de ser versões paraenses da música pop americana. É o colonizado colocando tempero regional no colonizador 😂😂😂😂😂
Tem uma série de vídeos aqui no YT chamada "Sampleados", com vários clipes reunindo figuras do brega paraense em pontos turísticos da cidade. Vale muito a pena conferir.
Moro na zona sul de Curitiba e no bairro aonde cresci e moro ate hoje teve muita migração de nordestinos e nortistas, então o brega sempre foi muito presente na trilha sonora do bairro. Lembro de criança entrar na casa de uma amiga de minha mãe e me deparar com um poster enorme da Joelma e Chimbinha bem antes do auge, sem contar que sempre tava rolando algum grupo daquelas bandas pelo som dessa amiga de minha mãe. Hoje tenho um carinho enorme pelo gênero que sempre me acompanha no rádio do carro hehe
Eu estava conversando sobre isso, em relação aos passinhos de funk, em como a sociedade tende a desdenhar da nossa própria cultura. E tudo que vem do "morro" olhamos com um olhar de desdém .
Link lançou o video no mesmo dia que a Pablo Vittar lançou Batidão Tropical Vol 2, um disco que vai beber das influências do brega.
La vai o nome real dos personagens e algumas referências rs
Dj Binho = Dj Dinho
Amor Gostoso = Amor Perfeito
Bruno Estrela = Bruno e Trio
Ruby = referência a aparelhagem Ruby
Alana Varegeira = referência a um brega famoso que dizia “la vem la vem, a varegeira ra 🎵”
Acho que o Wandeson é referência ai Wanderlei Andrade
@@karolkelen sera? Fiquei sabendo q ele é todo enrolado mesmo, mas esse lance de virar evangélico me lembrou o Roberto Villar, ele fez sucesso na década de 90
Dia 4 de maio já tem show do Bruno e Trio aqui no Amapá kkkkkk vai ser muita onda as pedradas dele
Você vê a thumb, fica puto e quer xingar esse cabeludo com delay de render, mas aí vc vê o vídeo e fica:"puta lição foda meu" e aí tu pensar, krlho! O calvo sabe mto 🧠🤯💥
Muito foda ver uma cultura que está muito presente no estado que moro (Amapá) aparecendo por aqui
A referência do crocodilo é pq existe uma aparelhagem chamada assim. O pessoal chama de croco tbm
Que massa! Fiz no meu canal de baixo BR um top 5 de brega, na introdução falei algumas coisas que vão de encontro ao q foi dito aqui
Eu como recifense mesmo sendo do roque e metaleiro sei todos os bregas que fizeram sucesso aqui na cidade e que raramente não estoura em outros lugares e bem local mesmo, mas muito bom pra dançar e cheirar o sucção das meninas como disse o Rei do Brega.
Um beijo pra equipe QnS diretamente de Marabá ❤
Minha Mãe mora ai com um monte de parentes, costumava muito ir ai, minha tia morava na folha 19, minha mãe mora novo horizonte ,
@@fuleronietzsche3264 novo horizonte 🖐
BREGA STORY, um mergulho no universo do brega paraense e suas complexidades, que aborda não só a música, mas também questões de classe, gosto e identidade. O contraste entre o tradicional e o moderno, o popular e o elitista, traz à tona debates enriquecedores sobre cultura e sociedade. Uma reflexão que nos faz questionar: afinal, onde reside a verdadeira essência do 'brega'? Uma narrativa que, mesmo carregada de exageros e críticas, nos leva a repensar nossos preconceitos e visões pré-concebidas. Uma provocação inteligente e divertida sobre o valor e a diversidade da expressão artística.
Vídeo sensacional! Um abraço de Marabá/PA
Os cortes desse documento Brega S.A eu adoro, tanto as cenas quanto o documentário em si
Eu fiz na faculdade um trabalho histórico e estilístico sobre o brega, vou procurar esse quadrinhos pra ler
uma coisa é que mais pro sul do pará quase não tem gente tocando tecnobrega seja nos carros com som aoutomotivo, seja nos bares e botecos, mas eu tenho um vizinho que sempre que ele chega de viagem ele coloca tecnobrega na caixa de som dele do tamanho de um fogão pra tocar todo fim de tarde
Obrigado por falar desse quadrinho maravilhoso!!
O brega é lindo ❤
Já vi vários vídeos desse canal, mas essa é a primeira vez que me deu vontade de ter o quadrinho. Isso não é uma historinha, ISSO É UM DOCUMENTO HISTORICO.
🎵🎶A CADA DIA QUE PASSA EU FICO LOUCO POR TI
MEU BEM, EU FICO LOUCA TAMBÉM 🎶🎵
"Com esse corpo lindo eu chego mais, vou além"
0:06 Que pérola, queria ver isso completo. aushuahshuahs
Só lembro do festival do abacaxi que acontecia todo ano no centro cultural aqui em Barcarena.
Que era 5 dia de show, tinha dia só gospel e dia só as aparelhagens, sem contar artistas de fora que vinha tbm.
Legal ver vídeo falando de uma realidade que vivi.
Esse lance das rádios de Belém pegar músicas do Caribe e vizinhanças, é verdade.
Sou do Rio de Janeiro, Estive em Belém no ano 2000, e constatei isso.
Tem muito impacto cultural lá.
Sim, as rádios justamente do RJ e SP, como a Rádio O Globo e a Rádio Nacional, não faziam questão de uma transmissão para o Norte, e também pelo custo a época. E aí, entrou o sinal de rádios mais próximas das Antilhas, Guiana Francesa e República Dominicana com os ritmos zouk, merengue, cumbia e salsa. Ouvidos até hoje por aqui.
Deve ser massa demais...Devem ter elementos como "APARELHAGENS, RUBI, RUBI A NAVE DO SOM, METEORO, A ÁGUIA, CROCODILO LIBERA GERAL, MELODY, O CALYPSO, A CUMBIA PARAENSE, ZOUK, "AS GIRADAS". Tucuruí no Pará...saudades daquela cidade.
Esse quero COMPRAR.
Joga pra cima que grita Ray grita hou ❤❤❤❤❤
Sobre essa estética brega, tem o ótimo filme "Falsa loura" do Carlos Reichenbach. Muito bom!
Recomendo tbm: "Amor, Plástico e Barulho" (2013)
Eu adoro uma fuleragem. Gosto de Pepe Moreno, programa do Ratinho, a treta entre Gil Esfiha e Galerito, gosto de Zéu Brito, de Reginaldo Rossi e do Falcão kkkkkkkkkkk é maravilhoso.
Esse quadrinho é muito bom e representa MUITO o norte do Brasil, a unica informação que passou batida foi que as "marcantes", que são os bregas mais famosos, estão presente no quadrinho todo tocando de fundo pra dar um contexto a mais na cena, por exemplo, a musica do Rupinol foi uma FEBRE no norte e fala de um cara que foi seduzido por uma jovem que no bar deu uma bebida batizada com esse remédio que faz ele dormir e aí depois ela furta todos os pertences dele e é essa musica que tá de fundo quando a Rubi dopa o Anderson Junior com rupinol: "ela te chama de céu, ela leva teu anel.. ela te chama de pão e ela leva teu cordão... ela te chama de amor, vais sentir é muita dor... ela te chama de meu bem e leva tudo que tu tem". Então o quadrinho é maravilhoso mas pra quem cresceu inserido nessa cultura tem um significado, uma representatividade a mais e é uma delicia ler tudo identificando lugares, acontecimentos e prováveis inspirações do Autor. Obs: Muito bom o vídeo e Rubi é uma das maiores aparelhagens do Pará até hoje.
Sou baiano e vim para Estado de SP quando tinha 8 para 9 anos. Toda minha referência musical, era a música brega do interior baiano, que era diferente do que os paulistas escutavam lá pelos anos de 2006. Lembro de cantar as músicas que escutava na rua e ser zoado pelos moleques da rua. Hoje o brega é pop.
Um vídeo sobre brega que você não mencionou a lenda Leno brega
Apreciei a pesquisa! Raro de ver por ai e merece ser enaltecido
Acho que nunca parei pra comentar aqui, mas Quadrinhos na Sarjeta é cultura! Hoje estava fazendo uma redação sobre povos originarios e lembrei de voce comentando sobre o bom selvagem e etc. Foi aí que eu me toquei que cada vídeo desse canal me mostrou coisas que eu não sabia, seja algo social ou apenas estético. Amo ter a sua visão sobre determinado assunto e debater com as minhas mentalmente. Os videos que eu mais gosto são de temas voltados para o emocional
Um dos melhores quadrinhos que já li, fazendo uma apoteotica história em quadrinhos da música paraense... um quadrinho atemporal
eu como bom recifense que mora em Olinda, digo que antes do tecnobrega o próprio brega digevoluiu só para além do Rei
Adorei o vídeo e a referência de "Los Breggas - Bole Rebole", o kraftwerk brasileiro, na intro, achei genial.
O brega é o estilo que fica. Entra ano e sai ano, é a música brega que toca em todo bar 😅
o brega funk tb foi enorme em 2019 dito isso OBRIGADO RECIFE
Assisti na sexta passada uma peça que vai muito de encontro com o tema desse quadrinho. A peça da A Próxima Companhia se chama Répi Auer e vale muito a pena pra galera de SP que tá a fim de assistir algo divertido e ABSURDAMENTE brega. (;
Já ouvi falar que o Brega tá muito próximo do Blues ;)
Em 2006 eu me considerava muito tru headbanger. Até que uma colega de trabalho paraense me apresentou o tecnobrega, música pesada de verdade.
Esse traço é meio "Eddie Campbell" né... muito bonito. Fiquei curioso demais por essa cena, é muito interessante conhecer essas regionalidades, tem tanta coisa bacana nesse Brasilzão
Embora eu não seja nem um pouco ligado na cultura do brega e do Melody, estou muito feliz em ver um quadrinho do meu Pará sendo comentado pelo Linck!
Brega, aqui em Pernambuco, é patrimônio.😅
Sensacional!! Valeu demais por trazer a critica deste quadrinho incrível que se passa no meu querido Pará!!!
Pet shop boys tem música pegada do tecnomelody pelo DJ Waldo Squash da Gang do Eletro.
caramba.. que tesão de ilustração... e uma história do karaio. Valeu demais!
11:59 ae caralho.... Marabá sendo Marabá (marabaense raíz aqui). É tocante isso, sempre que nossa cidade é lembrada é por motivos ruins... Sobretudo em nível nacional (o que aconteceu indiretamente no canal do link).
Essa cidade, para os que não sabem, é a da fraude so Enem e onde os fugitivos de Mossoró foram pegos.
Que quadrinho genial! Mó fodástica história e arte. Obrigado por apresentar essa obra pra nois!
Me conquistou no inicio. Pulei grande parte do enredo narrado pra não tomar spoiler que vou comprar, ler e depois volto pra ver o video novamente 😜
Acredito que o fenômeno dos paredões de som do Pará seja o equivalente do que rola no Maranhão também mas puxando pra cena do Reggae, pegando de referência o movimento do SoundSystem jamaicano.
Bom vídeo calvinho, muito obrigada.
Cada dia que passa o entusiasmo sobre os quadrinhos vai aumentando, obrigado Linck, me deu um hábito novo
Cara, esse vídeo é bom demais! Como é que eu não soube desse quadrinho antes? Valeu, Linck!
TEM DOIS COPOS NA MEEEESAAAA
MAS SÓ UM ESTÁ CHEIOOOOO....
E pensar que hj em dia existe tecnobrega tailandes (é serio)
Carai 😂😂😂
Começar com o: a cada dia que passo eu fico louco por, meu bem, eu fico louca tambem😂😂😂
Melody não é tecnobrega, e ambos são diferentes do tecnomelody.
ABSOLUTE CULTURA
O Bruno Estrela era pra ser em referência ao Bruno e Trio eu acho kkkkk
É estranho ver o quanto trabalhos artísticos incríveis são considerados inferiores pelas elites por causa da sua origem, apesar de ter uma riqueza artística imensa
Minha adolescência foi nos anos 90 em Itamaracá. O cancioneiro de Reginaldo Rossi entra no DNA por osmose. Meu país Pernambuco é um cantinho sui generis nesse planeta.