Exatamente, não acho que a esquerda esteja perdendo espaço no campo eleitoral por uma falta de radicalização. Na verdade, essa radicalização nunca deu muitos frutos eleitorais no Brasil, o efeito antissistema que dá certo e pipoca na direita não funciona tão bem na esquerda. Com isso não quero dizer que nossa única opção seria uma caminhada resignada ao centro, mas só constatando que o diagnóstico do vácuo de radicalização na esquerda não parece fazer sentido.
@@delongas_guilhermefiquei em cima do Daniel Cidade pra vcs papearem. Acho q suas leituras do byung chul han, particularmente da psicopolitica, infocracia e do "pq uma revolução não é possível hoje" podem contribuir pra nós socialistas esbocarmos algum caminho para uma mudança. Seus vídeos super me ajudaram a ler e interpretar os livros do Han, agradeço
Gui, ponto interessante. Uma linha dissidente do PSOL, puxada pelo Nildo Ouriques, defende exatamente isso. Que falta alguém à esquerda para fazer a denuncia do STF e etc. Seu contraponto foi certeiro.
Acho que o principal problema da esquerda é a gourmetização dos problemas sociais. Eu vejo na direita um ataque muito consistente a esquerda que é a ideia de que a esquerda não resolve nada e eles usam do pronome neutro e pautas como luta por direitos iguais como argumento para dizer que a esquerda discute problemas irreais. Que na verdade a esquerda esta preocupada com pronomes lgbt, discussões raciais ao invés dos problemas dos proletários e dos marginalizados. A direita banaliza a esquerda usando da ideia de que "esquerdista é tudo fresco" tanto que é comum o ataque do comunista de iPhone. A direita hoje vende a ideia de que o sonho do oprimido é ser o opressor, de que o sonho do marginalizado não é ter igualdade e sim obter lucro usando dos demais como escada. E essa conversa cola, esse papo de revolução onde todo mundo fica rico tem funcionado na direita. Isso é fruto do capitalismo, esse desejo de se sobressair e vencer a todo custo. Acho que o que falta na esquerda hoje é dar mais ênfase na escravidão do trabalho, na homofobia, no racismo. Acho que precisávamos escancarar a violência social pra dar um choque maior nas pessoas. A ideia de ser explorar se tornou "bela" nos últimos tempos e as pessoas de esquerda muitas vezes se esquecem da veia revolucionária. Da luta bruta pelos direitos iguais. Não acho que violência resolve o problema, porém acredito que a esquerda tomou um rumo muito "fofo". Muitas pessoas hoje nem levam feminicidio, homofobia e racismo a sério, na verdade muitos nem se importam pois consideram mimimi. Acho que nós de esquerda precisávamos mostrar que essa brutalidade existe e que existe uma ira dessas pessoas também. A esquerda transformou minorias em vítimas e a direita usa disso para empoderar essas pessoas as colocando na posição de futuros milionários capitalistas. Minoria também tem ódio. Minoria também tem garra para lutar. Porém (na minha leitura) a esquerda reprime essa fúria e direita usa dela para usar manipular as pessoas.
Mas como a esquerda faz pra se radicalizar mais? Já tentamos de tudo
Exatamente, não acho que a esquerda esteja perdendo espaço no campo eleitoral por uma falta de radicalização. Na verdade, essa radicalização nunca deu muitos frutos eleitorais no Brasil, o efeito antissistema que dá certo e pipoca na direita não funciona tão bem na esquerda. Com isso não quero dizer que nossa única opção seria uma caminhada resignada ao centro, mas só constatando que o diagnóstico do vácuo de radicalização na esquerda não parece fazer sentido.
Grande Gui! Sempre um prazer te ouvir!
Salllllve Professor Guilherme!
Bom te ver por aqui, Pedro :)
@@delongas_guilhermefiquei em cima do Daniel Cidade pra vcs papearem. Acho q suas leituras do byung chul han, particularmente da psicopolitica, infocracia e do "pq uma revolução não é possível hoje" podem contribuir pra nós socialistas esbocarmos algum caminho para uma mudança. Seus vídeos super me ajudaram a ler e interpretar os livros do Han, agradeço
@@pedroribeirao8812 Fico feliz em saber, Pedro Em breve vai rolar esse papo com o Daniel :)
Gui, ponto interessante. Uma linha dissidente do PSOL, puxada pelo Nildo Ouriques, defende exatamente isso. Que falta alguém à esquerda para fazer a denuncia do STF e etc. Seu contraponto foi certeiro.
Opa, valeu, Lui. Não sabia que o Nildo partilhava dessa posição, mas ao mesmo tempo estou zero surpreso, hahaha
Acho que o principal problema da esquerda é a gourmetização dos problemas sociais. Eu vejo na direita um ataque muito consistente a esquerda que é a ideia de que a esquerda não resolve nada e eles usam do pronome neutro e pautas como luta por direitos iguais como argumento para dizer que a esquerda discute problemas irreais. Que na verdade a esquerda esta preocupada com pronomes lgbt, discussões raciais ao invés dos problemas dos proletários e dos marginalizados. A direita banaliza a esquerda usando da ideia de que "esquerdista é tudo fresco" tanto que é comum o ataque do comunista de iPhone. A direita hoje vende a ideia de que o sonho do oprimido é ser o opressor, de que o sonho do marginalizado não é ter igualdade e sim obter lucro usando dos demais como escada. E essa conversa cola, esse papo de revolução onde todo mundo fica rico tem funcionado na direita. Isso é fruto do capitalismo, esse desejo de se sobressair e vencer a todo custo. Acho que o que falta na esquerda hoje é dar mais ênfase na escravidão do trabalho, na homofobia, no racismo. Acho que precisávamos escancarar a violência social pra dar um choque maior nas pessoas. A ideia de ser explorar se tornou "bela" nos últimos tempos e as pessoas de esquerda muitas vezes se esquecem da veia revolucionária. Da luta bruta pelos direitos iguais. Não acho que violência resolve o problema, porém acredito que a esquerda tomou um rumo muito "fofo". Muitas pessoas hoje nem levam feminicidio, homofobia e racismo a sério, na verdade muitos nem se importam pois consideram mimimi. Acho que nós de esquerda precisávamos mostrar que essa brutalidade existe e que existe uma ira dessas pessoas também. A esquerda transformou minorias em vítimas e a direita usa disso para empoderar essas pessoas as colocando na posição de futuros milionários capitalistas. Minoria também tem ódio. Minoria também tem garra para lutar. Porém (na minha leitura) a esquerda reprime essa fúria e direita usa dela para usar manipular as pessoas.
Certeiro seu comentário, Johan. Inclusive, estou preparando um conteúdo sobre essa questão do gênero neutro. Um abraço :)
Direita agora é extrema direita.
Você tem duas pernas, uma esquerda e uma extrema direita.
Se uma das minhas pernas responde pelo nome de Bolsonaro ou de Pablo Marcal, sim, ela é uma perna de extrema direita.
que porra é essa