CONFIRA AS FONTES - se aprofunde! Não seja um mero repetidor do seu youtuber ! cheque minha pesquisa! Dúvide! (e se quiser, que tal um PIX para normosepix@gmail.com a equipe vive da sua ajuda!) LIVROS -STALLYBRASS, Peter. *O Casaco de Marx: roupas, memória, dor*. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. -SCHWARCZ, Lilia M. *Brasil: uma biografia*. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. -CHALHOUB, Sidney. *Visões da Liberdade: Uma história das últimas décadas da escravidão na corte*. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. -Lipovetsky, Gilles. O Império do Efêmero*, Editora Jorge Zahar (1999) - O Sistema da Moda Editora Perspectiva (1983) - CALANCA, Daniela. *História Social da Moda*. São Paulo: Editora Senac, 2011. - ADORNO, Theodor - Dialética do Esclarecimento* ARTIGOS: 1. BITENCOURT LOPES, Jéssica. *Roupas como Pontes de Memórias Afetivas / Clothing as Bridges of Affective Memories*. Acervo, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 49-66, maio/ago. 2018. 2. VIEIRA, Amanda Vitória. *Persistências e descontinuidades: sobre o uso dos sapatos como símbolos de distinção para a população negra paulistana*. Campinas, 2023. Tese (Doutorado em História) - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 3. SOUZA, Patricia March de; MATTOS, Ilmar Rohloff de. Visualidade da escravidão: representações e práticas de vestuário no cotidiano dos escravos na cidade do Rio de Janeiro oitocentista*. 2011. Tese (Doutorado em História) - Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. 4. CAMP, Adriana Pereira. *Sob as bênçãos da Igreja: o casamento de escravos na legislação brasileira / With the Church blessings: the marriage of slaves in the Brazilian legislation*. 5. A escravidão negra no Brasil: análise dos aspectos cultura e trabalho por meio das obras de Johann Moritz Rugendas e Jean Baptiste Debret 6. Indumentária funk: a confrontação da alteridade colocando em diálogo o local e o cosmopolita*. 7. Amaral, Sharyse Piroupo do. Um pé calçado, outro no chão : liberdade e escravidão em Sergipe (Cotinguiba, 1860-1900)/ Sharyse Piroupo do Amaral ; prefácio, Walter Fraga. 8. Dicionário Afro-Brasileiro* - Nei Lopes FONTES PRIMÁRIAS: 1. GAFFRE, Louis Albert. *Visions du Brésil*. Rio de Janeiro: F. Alves & Cia. 1912. Versão digital disponível em: archive.org/details/visionsdubrsil00gaff/page/n7. Acesso em 30 de março de 2019. 2. ASSIS, Machado de. *O Último Capítulo*. In: *Volume de contos*. Rio de Janeiro: Garnier, 1884. Disponível em: [www.bibvirt.futuro.usp.br](www.bibvirt.futuro.usp.br/). **VÍDEOS RUclips:** 1. *Aula aberta com Racionais MC's na Unicamp - 30/11/22*Disponível em: ruclips.net/video/M2Ua7lldj84/видео.html&ab_channel=IFCH-UNICAMP
Fala kenji, legal a análise sobre a forma de se vestir no contexto da indústria de consumo... Já pensou em analisar a produção artística cultural no contexto da sociedade de consumo?
@@Normose_ é tenebroso o sistema n apresenta os novos vídeos de canais progressistas, é bizarro o boicote generalizado, todos q acompanho q apresentam as maracutaias do sistema eu tenho q ir buscar os novos vídeos se n vc esquece q existe,
@jeanguimaraes5527 , shopping não é nada mais que um amontoado de loja vendendo coisas, e um lugar para comer. Não tem avacalhação nenhum nem dress code apropriado para isso.
@@parallel23s vivemos numa sociedade que te atende de acordo com o que você veste. Pode ser negro, branco, albino, se você veste chinela numa loja de roupas de shopping, de um nível um pouco mais elevado, será mal atendido
tenho uma leve história com sapatos. sou de uma família negra, cresci na periferia da cidade de Natal e meu pai sempre teve apenas "sapatos de trabalho" aqueles tênis meio velhos, sujos de tinta e cimento, meio rasgados. quando eram ocasiões "especiais" meu pai ficava triste porque nao tinha um sapato bonito para ir, então ele ia de chinelo mesmo. meu pai lavava o chinelo pra deixar ele bem branquinho. hoje, meu pai passou a comprar sapatos no camelô, sapatos baratos, bonitos e confortáveis, segundo ele. ele me mostra os sapatos que compra com toda felicidade, se preparando pra qual ocasião irá usá-los.
a tendência é essa de países projetados para ser um fazendão do mundo, e planejados para dar errado gerando uma massa de 3scr4vos sem acesso a nada, o esforço é descomunal e fica evidente q toda luta é apenas para n piorar ainda mais as coisas, quando se minimamente civilizados a discussão seria de como implementar progresso, e n lutar aos gritos para apenas n piorar
lira e pacheco vieram a público dizer q n vão taxar os super ricos, em prol do povo pobre, deveríamos estar nas ruas, inclusive exigindo a prisão dos golpistas, trágico, temos q dividir o br cada estado ser um país só assim podemos corrigir o rumo
Me identifico com seu relato não apenas por sermos da mesma cidade, mas cresci com meu pai negro usando botas velhas doadas por alguém, sujo de cimento ou massa corrida. Hoje depois de velho pode proporcionar sapatos confortáveis, "maciozinho" como ele próprio diz.
Cara, essa parte do calçado pegou pesado. Sou prof de escola pública e entra ano, sai ano, sempre tenho um aluno que não tem calçado fechado. Ou é um único tênis pra dividir com um irmão, um primo, um amigo… mas não há calçados formais suficientes, ainda hoje, pra calçar pés pobres e pretos. Incluindo: inclusive, eles toda vez que vão jogar bola, tiram os calçados. Eu sempre questiono e brigo, pois podem machucar os pés. A resposta? “Vai estragar o calçado”.
Uma coisa que sempre me incomodou é aquela fala: "Nossa, você só tem essa roupa?". Uma vez eu falei a minha mãe que queria comprar coisa em brechó e ela soltou: "Nossa, não faça isso. Espero nunca precisarmos comprar em brechó." e eu fiquei confusa porque comprar coisa em brechó é uma atitude ecológica e econômica. Estamos constantemente sendo induzidos a comprar mais e mais; o sistema sabe que coisas duradouras não valem tanto a pena na lógica do mercado, então você é pressionado a comprá-las constantemente
Nunca havia pensado que o vicio da minha avó em sapatos, ou o fato dela e minha mãe sempre olhar o que as pessoas usam nos pes, pudesse vir de uma herança escravocrata.
Puta vídeo. Sou Arquiteto, a gente vê essa dinâmica de estética também na minha profissão. O que o rico pede como Casa ou Apartamento é copiado pela Classe Média. E pela Classe Baixa também, mas aqui na construção civil, tem uma dinâmica específica: Construir e projetar são serviços caros. No nosso caso, no final, a Classe Pobre ou vai ficar a mercê de financiar um apartamento feito por uma construtora subsidiada que trabalha pra essa renda e que simplifica ao máximo o projeto pra ter margem de lucro ou vai tentar fazer sua própria casa, da melhor maneira que puderem, com os recursos que tiverem. E essa dinâmica vai do estético ao funcional, tanto da aparência como de quais ambientes a casa vai ou não ter. E sobre o ponto político sobre a censura na moda, ela pode existir também na construção. Muitos governos da história financiaram construções, e em muitos momentos certas estéticas foram subsidiadas em detrimento de outras como parte da visão corrente da época. Mas em alguns pontos da história, como na Alemanha Nazista, isso chegou ao nível de perseguiram e expurgarem quem não projetava como o Reich queria em contraste com outros momentos históricos em que determinadas visões estéticas só receberam menos aporte financeiro, como as vanguardas soviéticas frente ao Realismo no pós-revolução. Essa visão mais controladora e de destruição do outro tem crescido mais nos últimos tempos e precisamos ficar atento a elas. Algumas visões radicais tem tentado cooptar a opinião popular que hoje enxerga a carência de significado das construções atuais como problemática, quando no fundo a estética está diretamente relacionada com a forma de produção da sociedade, e muitas construções de hoje estão dentro da lógica de mercado, prezando por corte de custos frente a capacidade de venda que uma planta de apartamento vai ter, pra deter só na questão do mercado imobiliário.
caraca, parece que você descobriu o tema do próximo vídeo KKKKKKKKKKKKKKKKKK terça feira o vídeo que já tá pronto começa no Ato 01 falando de estética das cidades bem nessa linha QUE LOUCURA kkkkk parece que vc até leu a intordução! uhauhauha estmaos alinhados
Gesuis! O tema tem assunto em todas as areas mesmo! Vamos ver como o Historiador atende essa demanda. kkkkkk Estou construindo uma casa e toda vez que falo em cimento queimado, vem o pedreiro com uma conversa de porcelanato kkkkkkk Até o dia em que o ajudande dele disse: "Esquece esse assunto, quando a pessoa fala que quer isso ela sabe o que quer" kkkk
Também sou arquiteto, mas não praticante. Percebo que não existe só distinção entre "rico e pobre". Existe um gap gigante entre "old money" e "emergente" - exceto quando você entra no emergente multimilionário, que aí se comporta como se já fosse de berço: faz curso de etiqueta, busca inspirações nas elites oligárquicas etc (tem até dois vídeos excelentes do Átila Iamarino: "quem manda no Brasil são as famílias tradicionais" e "por que ser rico no Brasil dá tanto trabalho"). Voltando à arquitetura, o emergente se inspira em Orlando e mete porcelanato em tudo. O multimilionário/rico de berço se inspira na estética "internacional" (derivada do de stijl), geralmente trabalha com materiais locais e usa muita madeira, planta etc - tudo que é visto como trabalhoso ou custoso pra manutenção - mesmo que nem dê, mas madeira ainda é mais caro que porcelanato né.
@@whateverrandomnumber arquiteto aqui também. Sintetizo pobre, classe mérdia e emergentes em "estética alphaville" , como disse, simulação de Miami. Os realmente ricos vão para os Kogans, Jacobsens, concreto, madeira, texturas, plantas, espaços ocupados e não ocupados. São realmente planetas diferentes Inclusive vi a casa do Silvio Santos agora, com a morte do mesmo, e ela reflete bem que os que não se educam para aquele novo mundo, seguem "alphavillers", mesmo com tamanha riqueza
confesso que fiquei triste ): vc é a terceira pessoa que lembre e que que droga, eu nao lembrei dela na decupagem, faltou mesmo ): essaa é um clássico! queria poder reeditar kkkkkkkkkkkkk
Durante um evento para a eleição da nova diretoria da subseção da OAB à qual pertenço, um dos líderes utilizou a expressão “chão de fábrica” para se referir aos advogados comuns, diferenciando-os dos membros da diretoria. Essa metáfora, que parecia elitista, ressoou profundamente em mim e trouxe à tona memórias e questões sobre hierarquias, trabalho, e a simbologia do chão - tanto física quanto metaforicamente. Sou de uma região rural de Minas Gerais, cresci literalmente com o pé no chão, sem gostar de calçados. Para minha avó, isso era um problema; ela, com raízes no Brasil escravocrata, via a falta de sapatos como algo a ser corrigido. A avó que me falava sobre pés deformados por andar descalço também carregava uma herança histórica e cultural, onde o calçado - ou a sua ausência - representava distinções sociais. O sapato, ao longo da história, sempre foi mais que funcional: ele era (e é) um símbolo de status. Na advocacia, a formalidade exigida perpetua essa distinção. Passei anos educando meus pés para caberem em sapatos sociais, que no início machucavam, mas eram indispensáveis para “pertencer” ao ambiente formal e hierarquizado da profissão. Hoje, ao ouvir expressões como “pé no chão”, “pedestre” e “chão de fábrica”, percebo as conexões com a história que carrego. Essas palavras, para mim, dialogam tanto com a dureza e o valor do trabalho quanto com o peso de tradições que marcam o corpo e a vida. Refletindo sobre tudo isso, percebo que o calçado - ou a falta dele - sempre esteve associado a um lugar na sociedade, seja entre escravos gregos, negros escravizados no Brasil ou crianças como eu, que caminhavam descalças por ruas de terra. Talvez, no fundo, meu desconforto com tais expressões venha do desejo de desconstruir essas hierarquias simbólicas, de valorizar quem está no “chão de fábrica”, sem transformar isso em distinção ou exclusão.
Isso me lembrou um pequeno assunto que vem me intrigando atualmente. Vejo posts de pessoas vangloriando os super ricos que fazem festas de aniversários para seus filhos "apenas com um bolinho" enquand esculacham nós pobres que fazemos dividaspra fazer aqueles festão de aniversário. É exatamete isso, quando conseguimos conquistar o que os ricoa podem fazer, eles vão e mudam, para que nunca sejamos como eles.
Que nada, tá mais do que certo, pobre tem que viver como pobre e rico como rico, só assim as pessoas vão voltar a viver bem, quando aceitarem sua realidade e se contentar com o que Deus nós deu. Não querer ser aquilo que não somos e não podemos, vivendo de uma ilusão.
Em relação a histórias de família: Do lado da minha familia parterna, avó e avô negros, sempre tivemos o hábito de andar descalço, pisar na terra, descarregar energia na grama, mas, por outro lado, o materno, minha avó, italiana vinda de navio para o Brasil, que se apaixonou por um negro no porto de santos, tinhamos simplismente a proibição de andar descalço e ela dizia: "se conhece um homem pelos sapatos que usa". Eu achava isso engraçado, mas nunca me fez muito sentido, depois desse vídeo, tudo fez sentido.
Convivo com essas pessoas, me sinto tão pobre, mais pobre que já sou...rs os tênis deles, cada um custa 2 meses do meu salário (e do deles também, surpreendentemente), significa que eu vivendo e trabalhando por 2 meses, valho o mesmo que eles usam debaixo dos pés, para pisar no chão.😢
@@carol_m.5360acho que seria uma boa você parar de se comparar, porque cada um tem uma realidade e alguns só tentam mostrar uma realidade que não condiz. Agradeça pelo que já tem e vem conquistando com um passo de cada vez
Cara quem tem condição de comprar quantos tênis quiser que compre, vai viver sua vida e pare de inveja. Se a pessoa quiser comprar tênis de 1k que compre, dinheiro é dela! Não foi você que foi trabalhar por ela ou teve que estudar por ela pra ela comprar o tênis, então tu quer é leite nesse rabo seboso aí.
@@LuanNicolas2023 Inveja de tênis, incelzinho? 😂😂 Tênis de 1K é coisa de incel fracassado tipo vc que tem esperança de perder a virgindade mostrando que tem grana kkkk. Todo excesso pode fora esconde uma falta por dentro. Nenhuma menina quer sair com um desequilibrado, eu posso ver que vc não tem mulher
Esse vídeo me fez pensar num grande amigo meu. Ele uma vez me disse: se precisar pedir algo para alguém, ou resolver um problema sempre vá arrumada, as pessoas têm mais boa vontade quando você está arrumado. Isso nunca saiu da minha mente, e eu sempre seguia esse conselho mesmo sem saber se isso era realmente verdade. O interessante é que é algo que ele me compartilhou de maneira tão simples mas que faz todo sentido agora depois de ter assistido seu vídeo.
Eu amo a moda. Meu pai era sapateiro e minha mãe era costureira. Eu sempre vesti e calcei itens exclusivos, às vezes desenhados por mim mesma. Até hoje adoro inovar no estilo. As minhas melhores memórias afetivas envolvem a moda. Quando minha mãe tirava minhas medidas e meu pai tirava as medidas dos meus pés.
Quando meu pai era garoto lá pro final dos anos 60, ele morava num bairro da periferia de SP, não tinha asfalto ele ia até a parte asfaltada com o sapato velho, esperava meu tio chegar da aula da manhã, trocavam os sapatos e meu pai seguia pra escola com o sapato "novo".
Minha mãe ia descalça na parte terra e colocava o único sapato que tinha para entrar na escola (ela se orgulha muito disso, pois era uma boa aluna e estudava numa boa escola pública... o único sapato era para ir à escola- acho que ela não ia à missa...)
lembro daquela cena iconica (em o diabo veste prada) da Miranda explicando para a Andy sobre como ela não ligar para a moda não a isentava de ser manipulada pela indústria, pois o sueter azul que ela usava tinha uma história que começava na elite e ia se dissolvendo até as classes mais baixas nas lojas de departamento. Aquele suéter foi escolhido pela indústria para pessoas como ela
Oportuno dizer que, na atual moda de massas, vê-se uma tendência chamada "old money", que imita o estilo de mauricinhos de familias cuja fortuna é muito antiga. Pensar que essas fortunas foram construidas com colonialismo e escravidão e essa moda está sendo perseguida nos faz refletir sobre.
Sendo branco de família de classe média, sempre gostei de andar descalço e minha mãe sempre ficou horrorizada, e tentava me convencer que gente civilizada não andava descalça, que eu ia ficar com o pé largo etc. De fato fiquei, e hoje tenho dificuldades pra encontrar sapatos confortáveis. A solução foram sapatos "barefoot", coisa difícil de encontrar no Brasil. Mas ao chegar na parte do Almirante Negro [22:55] me pergunto se este modelo tradicional de sapatos apertados não era uma forma de impedir que os ex-escravizados recém libertos usassem seus novos símbolos de status - porque não iam caber. 🤔
Sou skatista e digo que nossa cultura criou muita estética , e quando era skatista punk ali era meu ápice de estilera em uma pequena cidade pacata de minas gerais , era considerado um E.T e tinha orgulho demais disso . Ótimo video Normose ❤❤❤
Kenji, se todas as crianças e jovens tivessem aulas assim!... Cresceriam entendendo que tudo serve de objeto de análise e entendimento do mundo. Que história não é decorar datas e nomes. O MEC tinha que te convidar para atualizar os currículos. Assisti ontem ao documentário "Buy now" e hoje o teu vídeo. Perspectivas diferentes e muita coisa para refletir. Sou branca e não fui proibida de usar sapatos. Mas éramos tão pobres quando eu era criança que não podíamos comprar, nem sapatos e nem roupas. Só soube o que era entrar numa loja e comprar uma peça de roupa com uns dezesseis anos, até ali só usava roupas ganhadas de parentes e caridade. Então esse vídeo me tocou muito. Lembro que quando tinha oito anos ganhei pela primeira vez na vida uma sandália nova de uma tia, porque estava na casa dela e me levaria a um casamento e eu só tinha um par de chinelos. Não cabia em mim a felicidade que senti. Lembro até hoje que na igreja sentei ao lado de uma senhora e eu ficava me abaixando e coçando a perna e depois olhava para ela, para que notasse minha sandália, igual ao personagem do conto do Machado. Até que ela notou e disse "que sandália linda!" e minha felicidade dobrou de tamanho.
A história que me vem a cabeça, sobre sapatos, é de quando não tínhamos dinheiro pra comprar lenha e pra não morrer de frio queimamos sapatos. Isso no inverno da serra gaúcha, há uns 20 anos mais ou menos.
por coincidência, o último vídeo desse no fala sobre isso também (que inclusive é o motivo do pq nós estamos mudando o formato e indo pra cidade no vídeo de hoje!) e o motivo não é nada conspiratório como nossa posição política ou algo assim, é um algo um tanto mais cruel e da realidade cruel... dia 20 de dezembro sai e espero explicar
Agora que acabei de ver o vídeo vou deixar minha relação com a moda pra ajudar no engajamento. Quase todas as minhas roupas são de brechó ou dadas por amigos que fizeram faxina nos seus guarda-roupas e viram que tinha muita coisa que não usavam, exatamente por isso meu guarda-roupa ta sempre se renovando kkkk eu adoro, mas uma pontinha de mim, que tento reprimir, se sente meio "coitada" por não comprar roupas novas a cada estação, muito doido o que esse mercado faz a gente sentir. Penso na moda como aquele ditado do "one man's trash is another man's treasure" e tento sempre me expressar nas roupas que uso, mesmo não as tendo comprado. Ótimo vídeo, Kenji, ficou fera!!
Terminei de assistir. Highlight para o Kenji dizendo "eu sou historiador", rs (rindo like a professora). Equipe, parabéns por mais um roteiro excelente. Eu nao sei como vocês conseguem. Outro dia, o Kenji disse no Insta que estava "Pirullando" porque os vídeos são longos. Eu digo o seguinte: Pirulla mais! Já temos conteúdo ultra resumido e superficial o suficiente. O coração da desenhista e linguista louca por semiótica, estética, e Foulcaut (redundante much?) fica quentinho com vídeos assim. Vocês não poderiam ter feito um vídeo mais adequado para esse dia ( corta para aquele meme "I see what you did there"). Já disse isso e repito: esse canal não tem o reconhecimento que merece. Parabéns pelo final genial. Racista não suporta mesmo.
Eu sempre fui pobre, e lembro que queria muito um tênis de marca, pq minha irmã mais velha já trabalhava e usava vários tênis. Meu pai falava que só gastaria com um tênis caro quando meu pé parece de crescer. Quando eu tinha 13 anos ganhei um Adidas super star e aquilo foi um momento muito marcante na minha vida.
Entendo seu pai. Comprei um adidas pro meu filho em maio e em outubro já não cabia mais 🫠 Meu marido fala que tem q ser de marca pela qualidade melhor. Eu penso que perde tão rápido, que não importa a quantidade. Ele se perde antes de se estragar.
So para adicionar disso de nao precisamos de mais roupas. Se hj pararmos de produzir apenas tecido, mas nao parando de costurar roupas, teremos roupas para serem compradas por no minimo dois ano sem escassez de suprimento
Quando eu comecei a ver esse seu vídeo Normose eu confesso que não estava apostando muito, mas como se trata de Normose, eu sabia que tinha algo que eu ia achar interessante. Eu fico imaginando daqui 20 anos meus filhos chegando da faculdade (queira Deus que ainda exista faculdade até lá...) falando que tiveram prova de Mano Brown rs... No começo do vídeo falando eu confesso que me vi como alguém que usa roupas somente pela funcionalidade... Eu tenho (tinha) duas calças jeans que eu usei por sei lá quantos anos... Eu estou em uma fase da vida que eu não tenho vida social além de ir pro trabalho. Essas duas calças só se aposentaram recentemente porque chegaram ao fim da vida útil. Coincidentemente na mesma semana, a pouco tempo, o tecido das duas chegou a um nível de desgaste que rasgaram na altura da coxa sem nenhum esforço grande... E ainda assim eu estou esperando sair um dinheiro em janeiro pra eu comprar... duas calças jeans. Lembrando disso eu me pensei como somente um usuário utilitário de roupas, mas eu lembrei de um casaco que eu tenho guardado aqui. Meu pai faleceu em 2020, no auge da covid. Ele tinha um carinho especial por certas peças de roupa dele. Ele cresceu em um orfanato e desde lá as peças de roupa dele sempre foram poucas e ele sempre vestia cada uma delas com certo carinho por elas, não sei explicar. Sempre poucas e sempre tinham suas funções. Como bom pobre premium que lutou pra ter alguma coisa na vida meu pai gostava de viajar, e o fetiche dele era viajar para os Estados Unidos. Enquanto ele era saudável e a economia permitia ele viajava uma vez ao ano pros Estados Unidos, e ele sempre tinha guardado os blusões diferenciados que ele usava para enfrentar o inverno do norte dos Estados Unidos. Engraçado, ele não tinha um casaco, ele devia ter uns 10 rs... Eu sempre achei um exagero. Ele usava uns 3 durante o ano todo. Eu nunca tinha pensado que por todas as dificuldades financeiras que ele passou que cada casaco que ele tinha, ainda mais pra usar numa viagem internacional, cada casaco era um troféu. Quando ele morreu eu me desfiz da maioria das coisas dele, eu também sou pobre premium mas num grau menor, não tenho condições nem de viajar dentro do Brasil, mesmo assim eu guardo um casaco dele em um armário, e não sei mas minha impressão é que o casaco tem o cheiro dele, o cheiro dele de velho rs... Ele morreu com 71 anos, e como pobre premium ele conquistou um patrimônio considerável pensando na economia nossa. Ele tinha 10 casacos rs... Sobre os sapatos, eu moro em Goiânia, aqui nós temos no meio da praça que fica no meio da cidade uma estátua, eu acho que chama estátua das 3 raças. Elas representa a "participação" dos negros, brancos e dos povos originários na composição do estado, e uma coisa que eu sempre reparei desde a primeira vez nessa estátua: a única figura que está calçada é o bandeirante. Eu fiz todo um filme na cabeça sobre um recém liberto chegando na sapataria pra comprar seu primeiro calçado, e no segundo momento do filme um jovem pobre comprando seu primeiro tênis com seu primeiro salário. Como sempre aprendi muito com seu vídeo Normie, e pra variar ele trouxe gatilhos de memórias que pra variar me faz chorar. Saudades daquele velho que tinha 10 casacos. Parabéns pelo trabalho camarada, é sempre bom ver seus vídeos.
Brown é phoda! Registro histórico vivo das transformações que sua existência experimentou. Ele é uma fonte primária que resistiu e é capaz de reler e contestar a própria historiografia.
Normose, temos que falar também do ponto que está obscuro, se podemos dizer, na nossa sociedade. Estética Trabalhista!! Sim! Sou 12x36 e praticamente tenho 2 empregos até a faculdade vingar de vez. Até lá, meu vestuário 7x0 e 17hs por cada dia é uniforme de trabalho... Vários dos meus colegas e pessoas que também tem uniformes, nem prezam muito por ter uma roupa bonita para usar no dia-a-dia. Temos uma identidade de trabalho, uma estética baseada na roupa de trabalho. Uma blusa e calça bonita para usar no dia de folga e é isso ai. Com o passar dos anos e o aumento desse tipo de vestimenta, o padrão para os trabalhadores/pobres vai ser o estilo "uniforme". Para que se aventurar na compra de roupas se o novo "cult" é ir a um bar ou ver um filme no shopping de uniforme de trabalho?
Sobre sapatos, meu pai é um grande fissurado neles, ele diz que tem trauma da ideia de ficar sem opções, pq quando criança, pobre, na roça, tinha que dividir com os irmãos pra poder ir à escola.
Eu queria TANTO um vídeo sobre o assunto. Sou estudante de moda e é taaao difícil encontrar alguém q fale mais fundo e mais a esquerda sobre. Obg obg ❤❤❤
essa é nossa maior vitória de ouvir! de verdade! isso faz o vídeo ter valido a pena! a jéssica, é formada em Moda e a gente conversa muito sobre como isso é deficitário mesmo! bom que cumprimos nosso papel!
Em relação a cultura associada a roupa, quando eu era criança, a minha vó só me deixava sair de casa de sapatos, até para o mercadinho da esquina, pois refletia um valor social. Uma criança calçada é bem cuidada e tem uma boa criação, na visão de mundo dela e de muitos.
Claro né, depois a criança machuca o pé pq pisou em vidro quebrado no meio da rua, ou em fezes, correndo o risco de se machucar ou pegar doenças, deixa de doidera, isso é apenas cuidado, é provável que sua vó nem tivesse nem aí para essas questões de classes sociais, pq é algo relativamente novo, o povo de antigamente não tinha tempo para essas bobagens modernas.
@@Lili-hb8mf Nossa, não sabia que você estava lá na minha infância me observando, que legal encontrar alguém que sabe mais de uma experiência pessoal minha que eu mesmo kkkk. Mas de boa kkk. Tem vários detalhes que apoiam a minha interpretação que obviamente eu não vou explicar em um comentário de youtube. São questões social, falas que ouvia, outras crianças que eu socializava, comportamentos que eram esperados, e isso não é uma reclamação, é apenas um relato de experiência que conversa com o tema do vídeo.
Muito bom, kenji. Sobre sapatos . Minha avó era sitiante. A familia tinha um sitio de café, muito trabalho árduo o ano todo, pés de roça, o unico sapato que vi a minha avó usar eram umas alpargatas de cor escura, meio roxas ( unica cor existente) solas de corda trançada, marca de quem pegava na enxada. Na minha adolescência as alpargatas voltaram, agora como moda, várias cores, ainda com sola de cordas trançadas, e a gente customizava cada um a sua aplicando sobre elas rendas, ponto cruz, sinhaninhas e o que mais tivéssemos. Foi a "vingança" dos pés de roça . Eu sempre lembrava da minha avó quando saía de alpargatas. Já minha bisavó, mãe da minha avó era louca por sapatos . Segundo ela, a roupa não tinha tanta importância, devia estar limpa e sem rasgos, mas se estivesse com um bom calçado faria toda a diferença
Kenji, gente boa, já me peguei pensando várias vezes sobre minha relação com as roupas, como não gosto de me arrumar demais, mas consciente do efeito que isso faz. Quando pequeno as minhas roupas eram raramente compradas para mim; geralmente herdava do meu irmãos ou primos mais velhos, isso inclui sapatos. Ir comprar roupa era um evento. Havia ainda a tradição da roupa para o Natal. Tenho história pra um livro. Cresci odiando e adorando comprar roupa para mim. Agora, saindo de Fortaleza e vindo pra Portugal, o clima ressignifica, a percepção é outra, a vida é outra.
o youtube deve ser um dos sites mais dificeis de achar um conteúdo realmente legal, é sempre bom achar um canal de conforto com temas legais que vc se identifica mt e que se desenvolve mt bem
No sexto ano do ensino fundamental, eu tinha somente uma calça jeans e usava ela todos os dias, um dia um menino da minha sala fez a maior chacota comigo pelo fato de só usar aquela calça. Hoje compreendo o que aconteceu comigo, usar só uma calça era sinal de pobreza, desleixo, e eu jovem e ingênua fiz minha mãe comprar uma calça em 4 parcelas pra usar na escola, minha mãe que trabalhava como bordadeira ganhava uma miséria.. É triste lembrar, mudei completamente minha forma de pensar sobre roupas, sempre me questiono “eu quero? Ou preciso?”. Normalmente eu quero comprar alguma roupa mas simplesmente não preciso dela, logo mudo de ideia e desisto. É um pensamento de consumo enraizado, como se eu fosse me tornar alguém inadequada por não ter roupas parecidas com as dos outros, ou até mesmo quando gosto de alguma roupa e não uso por medo de ser julgada como “inimiga da moda”, assistir o vídeo foi bem esclarecedor.
Como campinense, não sei se fico feliz pela nossa catedralzinha ter aparecido no normose ou decepcionada por lembrar do nosso histórico com a escravização 🥲 Vídeo mais que perfeito
Ultima cidade a abolir escravidão né?Eu sou manauara,e campinas é minha infancia.Sempre visitava minha familia que morava lá.Mas pensando bem,algo era estranho.Aqui em manaus,mesmo no bairro de rico,tu vê casas mais humildes ou pessoas humildes passando.Nos bairros ricos de campinas (e no iguatemi) era aquela "branquitude",e as "quebradas" era realmente na periferia....
Terminei de fazer meu projeto de coleção da faculdade de moda, abri o RUclips e me deparei com essa jóia em formato de vídeo. O Casaco de Marx já estava na minha lista, mas agora virou prioridade de leitura! Obrigada por trazer esse tema ❤
@Lili-hb8mf discordo, não havia nada de inadequado. Ela estava totalmente coberta com um tecido que não era transparente, ela só tem um corpo voluptuoso
Kenji, só duas correções: Leila Diniz faleceu em 1972 e Fernando Gabeira usou a tal tanga de crochê em 1979, mesmo ano em que voltou do exílio, após a Lei de Anistia. Adoro o canal de vcs!
Como estudante de moda posso responder já essa pergunta. A moda liberta è uma autoexpressão do que você è ou deseja ser como usa uma fantasia, mas se você só usa roupas por puro momento ou glamour è só um consumista que pensa fazer parte da elite. A moda è apocalíptica e não liga para momentos e opiniões e nem normais sociais.
Exemplo : Chanell, eterna. Nunca mais ninguem inventara o tailleur. Porque ele próprio se inventa. E o pie de poule, então! Da la a seda, sempre na moda!
@@lucas-prado Sim, ela existe e não è contrastante, infelizmente a palavra "moda" perdeu muito do sua essência por conta do consumo desenfreado e o desejo de pessoas sem personalidade de serem vista e ao mesmo tempo pertencente a algo. A moda virou futilidade, isso que a massa chama de *moda* tem outro termo para nós *indústria* ou só *capitalização de renda*
27:00 minha família é do sertão nordestino e em várias histórias percebi que era muito comum terem poucos sapatos fechados que eram emprestados entre irmãs, primas etc. O sapato social com o qual meu pai casou foi emprestado, era maior que o pé dele então colocaram algodão na parte da frente pra dar firmesa
Eu trabalho na indústria têxtil e achei o vídeo super interessante. Esperando pela continuação desse assunto aqui no canal. As cenas externas ficaram ótimas, eu estava esses dias no shopping Parque D. Pedro, queria ter te encontrado lá pra poder te dar um abraço 🫂
Kenji do céu! Que vídeo maravilhoso! Aliás, vídeo não é um bom adjetivo. Isso é um verdadeiro documentário! Devia passar na TV! Devia ser material didático de escola! Sério mesmo. Um jeito maravilho de mostrar para as pessoas que TUDO é historicizável! Até as coisas! Até as roupas! É a potência de mostrar a Nova História, longe de heróis e grande personagens, para o grande público da internet! E agora, uma pergunta hipotética que cabia junto com algumas que você fez no documentário: "quem vai ficar com a coleção de selos do vovô? Será que a gente joga fora, será que vende? Doa para um Museu?" Selos são coisas, e não só expressão do poder do Estado. Como coisas, são COLECIONÁVEIS. Taí um baita tema par dar continuidade à história das coisas... por que as pessoas colecionam objetos? Quem coleciona? É hobby da elite ou virou popular?
Seu vídeo apareceu para mim do nada, não conhecia o canal, este vídeo é uma verdadeira obra de arte, obrigada! Já me inscrevi e vou maratonar o canal! ❣️
Meu pai nasceu numa cidade muito pobre da Colômbia, filho de uma lavadeira e de um oleiro "paisas" na década de 30. Não havia escolas perto e ele tinha de andar quilômetros para ir e voltar das aulas todos os dias, mas minha avó não tinha dinheiro para comprar sapatos maiores à medida que ele ia crescendo, mas, ao mesmo tempo, ela não permitia que ele andasse descalço, e, caso chegasse com os pés sujos em casa, levava uma peia. Ocorre que ele usou o mesmo par de sapatos pretos de couro por três anos e seus pés cresceram , não pra frente como seria o natural, mas para cima, como os de uma gueixa. Ao longo da vida, os pés menores do que deveriam ter sido foram a tônica de seu desequilíbrio.
Isso seria uma matéria interessante, porque na verdade não eram gueixas que tinham os pés assim e sim meninas das classes ricas e depois as da classe camponesa, como simbolo de estatus sociais e provavelmente a história da Cinderela e de seu sapatinho de cristal tenha origem nessa condição social, onde só um pé deformado caberia em um sapato tão pequeno e feito de um material que não espande.
Estou apaixonado por esse vídeo, sou estudante de moda e sempre me guiei pelo conceito de que: " A moda é um sintoma e representação da sociedade e seus papeis". Agora terei de ver pelo menos mais duas vezes esse video para absorve-lo por conpleto
Esse vídeo inteiro me lembrou de um poema que eu trouxe pra minha vida do Carlos Drummond Andrade chamado "eu etiqueta" que coloca o consumidor como escravo da moda e como a sociedade paga pra fazer propaganda. Eu odeio marca... Justamente pela problemática que o vídeo aponta...
Normose, vou dizer cm palavras duras sobre como é complicado nessa industria da moda r confecção para quem trabalha na area como eu A exploração e escala rítmica faz cm q por dia, produza e empacota centenas de vendas diarias em vendas online no marketplace, mas msm produzindo e vendendo vestuário, a sensação de descaracterizar a moda, só quer usar o básico por uma demanda excessiva de moda
Esse vídeo foi completamente FANTÁSTICO! Foi um ótimo aprofundamento de noções relativamente simplistas que eu tinha. Vou procurar mais sobre nas fontes e, com certeza, quando eu conseguir emprego vou ajudar no Catarse, chego a me sentir mal por estar vendo algo desse nível de graça.
Vídeo incrível Outro dia estava no metrô, e dois jovens estavam conversando sobre meninas e a conversa tomou um rumo que me deixou surpresa, eles começaram a falar que com os tênis que estavam nos pés deles eles conseguiram " ficar, dar uns amassos ". Eu fiquei chocada kkkkk. Mas gratidão pela aula . Amo seus vídeos.
Um vídeo curto para mostrar a ponta do iceberg das críticas/ pautas políticas que não fazemos no nosso dia a dia. Obrigada por me fazer refletir questões fora da bolha!
falando sobre moda essa semana foi a segunda vez que eu comprei roupas que me interesso desde que me assumi como pessoa trans (isso ja faz 2 anos) , mas agora to mais confiante pra usar roupas que me representem mais de alguma forma, e ainda to sentindo tanta coisa estranha e bizarra (talvez por ficar muito tempo usando só roupas casuais, medos, etc...), é isso. vocês estão melhorando a cada video, parabéns.
Minha vó nasceu em 1930. Ela ainda me conta histórias de que quando era pequena tinha de ir pra escola descalça pois não havia dinheiro para comprar sapatos. Teve que começar a trabalhar com 11 anos de idade e passou fome diversas vezes em sua vida. Ela já está com 94 anos se esquece de muita coisa mas lembra com muitos detalhes da sua infância.
minha avó materna ja falou uma vez q na infancia dela (1940 por ai) q sapato era só pra sair e ir na igreja, ela é descendente descendentes de italianos q vieram pro brasil achando q iam fugir da fome pobreza, nao deu mt certo
Amo vocês! ❤ Imagino o trabalho que dá criar e produzir esse tipo de conteúdo. Assistimos esse video com nossos filhos aqui em casa porque realmente é uma aula. Me emocionei quando vocês mostraram que as pessoas escravizadas eram proibidas de usar sapatos! Como assim?! 😢 E lendo os comentários aqui eu me lembrei de um episódio que passei na adolescência quando fui ao shopping center com um tênis que eu mesma tinha pintado e uma vendedora riu de mim e fez um comentário bobo com um colega... naquela época eu já era livre e não sabia...
Excelente vídeo, aula, lição...Muito Obrigado! Realmente vale uma continuação...nos faz pensar em uniformes, burcas, kimonos, turbantes, continentes, pets de roupas, etc.
excelente vídeo, like garantido!!! quando eu era criança ganhava roupas dos irmãos mais velhos. quando as roupas eram compradas pra mim, eram sempre um pouco maiores pra usar mais tempo. quando comecei a comprar minhas próprias roupas, só comprava uma quando as outras já não apresentavam mais condições de uso (sim, eu literalmente uso até gastar!) tenho um camisão xadrez acho que de terceira mão que ganhei no final dos anos 90, tá esgarçado, se desmanchando e eu curto ele pra caramba!!!
Que vídeo incrivelmente interessante e informativo, passei a enxergar a moda e principalmente os sapatos de outra forma, obrigado por abordar a complexidade desde assunto de uma maneira tão fácil de absorver.
Depois disso, eu orgulhosamente expus meus tênis que um dia foram significados de fã de basquete, playboy, jogador caro e profissionalismo, logo acima de meu computador. Pois sem saber, quando eu os comprei, era mais do que isso, era sobre ter algo que eu nunca tive, uma identidade, um gosto, um orgulho, uma conquista, um amor ao que ele representava. Meu tênis era sobre andar bonito a ponto de ofuscar minha tristeza, quando eu olhasse para baixo em dias que eu era apenas um visitante da minha casa, eu visse meus tênis em meus pés e soubesse os passos ate ali haviam sido árduos, mas a vista valeu a pena. Meu tênis, meu Nike KD Trey 5 X, representa muito mais do que apenas a ostentação de seu valor. Obrigado pelo vídeo incrível, Normose.
Fui bolsista em uma escola particular há muitos anos. Nessa época eu lembro, que devido aos uniformes, os tênis eram o principal marcador da posição social daquelas crianças. Note que não existia celular né e não se autorizava certos acessórios, como correntes e bonés. Então era só olhar pra baixo, que se sabia quem não pertencia àquele lugar...
Quando eu era criança não tinha muita roupa, viviam manchadas ou rasgadas, sofri muito bullying quando criança por não ter roupa, mesmo na escola pública. Hoje em dia, ligo muito para o que visto, mais por me sentir bem, mas entendo que tudo isso vem dessa máquina de consumismo.
Minha mãe começou a trabalhar muito jovem para ajudar a sustentar seus 11 irmãos em uma família pobre da zona rural. Uma de suas aspirações era conseguir sapatos para participar das festas religiosas da comunidade, como as festas de Nossa Senhora do Rosário e de Santana, que tinham grande importância social. Para realizar esse desejo, ela vendia sapé, uma planta usada na confecção de colchões na época. Saía de sua cidade natal, carregando o sapé em cangalhas, (como os tropeiros mesmo!) e viajava até outra cidade para vendê-lo. Com o dinheiro da venda, ela comprava os sapatos que tanto desejava. Em uma dessas ocasiões, ao comprar um par em uma loja mal iluminada, acabou levando um sapato marrom e outro preto sem perceber. Quando chegou em casa e notou o erro, não pôde usá-los na festa, o que a marcou profundamente. Essa memória não só reflete as dificuldades e os sonhos de sua juventude, mas também o papel social dos calçados em nossa sociedade. Como você tão bem destacou, os sapatos, historicamente, simbolizam distinção social, algo que ainda persiste e que precisa ser refletido, ressignificado e transformado.
CONFIRA AS FONTES - se aprofunde! Não seja um mero repetidor do seu youtuber !
cheque minha pesquisa! Dúvide! (e se quiser, que tal um PIX para normosepix@gmail.com a equipe vive da sua ajuda!)
LIVROS
-STALLYBRASS, Peter. *O Casaco de Marx: roupas, memória, dor*. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
-SCHWARCZ, Lilia M. *Brasil: uma biografia*. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
-CHALHOUB, Sidney. *Visões da Liberdade: Uma história das últimas décadas da escravidão na corte*. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
-Lipovetsky, Gilles. O Império do Efêmero*, Editora Jorge Zahar (1999)
- O Sistema da Moda Editora Perspectiva (1983)
- CALANCA, Daniela. *História Social da Moda*. São Paulo: Editora Senac, 2011.
- ADORNO, Theodor - Dialética do Esclarecimento*
ARTIGOS:
1. BITENCOURT LOPES, Jéssica. *Roupas como Pontes de Memórias Afetivas / Clothing as Bridges of Affective Memories*. Acervo, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 49-66, maio/ago. 2018.
2. VIEIRA, Amanda Vitória. *Persistências e descontinuidades: sobre o uso dos sapatos como símbolos de distinção para a população negra paulistana*. Campinas, 2023. Tese (Doutorado em História) - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
3. SOUZA, Patricia March de; MATTOS, Ilmar Rohloff de. Visualidade da escravidão: representações e práticas de vestuário no cotidiano dos escravos na cidade do Rio de Janeiro oitocentista*. 2011. Tese (Doutorado em História) - Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
4. CAMP, Adriana Pereira. *Sob as bênçãos da Igreja: o casamento de escravos na legislação brasileira / With the Church blessings: the marriage of slaves in the Brazilian legislation*.
5. A escravidão negra no Brasil: análise dos aspectos cultura e trabalho por meio das obras de Johann Moritz Rugendas e Jean Baptiste Debret
6. Indumentária funk: a confrontação da alteridade colocando em diálogo o local e o cosmopolita*.
7. Amaral, Sharyse Piroupo do. Um pé calçado, outro no chão : liberdade e escravidão em Sergipe
(Cotinguiba, 1860-1900)/ Sharyse Piroupo do Amaral ; prefácio, Walter Fraga.
8. Dicionário Afro-Brasileiro* - Nei Lopes
FONTES PRIMÁRIAS:
1. GAFFRE, Louis Albert. *Visions du Brésil*. Rio de Janeiro: F. Alves & Cia. 1912. Versão digital disponível em: archive.org/details/visionsdubrsil00gaff/page/n7. Acesso em 30 de março de 2019.
2. ASSIS, Machado de. *O Último Capítulo*. In: *Volume de contos*. Rio de Janeiro: Garnier, 1884. Disponível em: [www.bibvirt.futuro.usp.br](www.bibvirt.futuro.usp.br/).
**VÍDEOS RUclips:**
1. *Aula aberta com Racionais MC's na Unicamp - 30/11/22*Disponível em: ruclips.net/video/M2Ua7lldj84/видео.html&ab_channel=IFCH-UNICAMP
Fala sobre as escolas paralelas, o Brasil paralelo tá em escolas particulares agora
@@Yan-wo3om estamos preparando material sobre isso também!
Fala kenji, legal a análise sobre a forma de se vestir no contexto da indústria de consumo... Já pensou em analisar a produção artística cultural no contexto da sociedade de consumo?
Depois desse vídeo, reflexão na hora de comprar uma veste e um calçado ❤
@@Normose_ é tenebroso o sistema n apresenta os novos vídeos de canais progressistas, é bizarro o boicote generalizado, todos q acompanho q apresentam as maracutaias do sistema eu tenho q ir buscar os novos vídeos se n vc esquece q existe,
Conversando com um brother um dia sobre a primeira coisa que ele faria se acordasse branco. "Iria no shopping de chinelo". Engasguei na hora
Eu estava assistindo um ep de Black Friday do Daily Show mais cedo falando justamente sobre isso. Vou catar o link e deixar aqui porque é genial.
que exagero kkkk puta merda
Ir no shopping de chinelo é avacalhação
@jeanguimaraes5527 , shopping não é nada mais que um amontoado de loja vendendo coisas, e um lugar para comer. Não tem avacalhação nenhum nem dress code apropriado para isso.
@@parallel23s vivemos numa sociedade que te atende de acordo com o que você veste. Pode ser negro, branco, albino, se você veste chinela numa loja de roupas de shopping, de um nível um pouco mais elevado, será mal atendido
tenho uma leve história com sapatos. sou de uma família negra, cresci na periferia da cidade de Natal e meu pai sempre teve apenas "sapatos de trabalho" aqueles tênis meio velhos, sujos de tinta e cimento, meio rasgados. quando eram ocasiões "especiais" meu pai ficava triste porque nao tinha um sapato bonito para ir, então ele ia de chinelo mesmo. meu pai lavava o chinelo pra deixar ele bem branquinho.
hoje, meu pai passou a comprar sapatos no camelô, sapatos baratos, bonitos e confortáveis, segundo ele. ele me mostra os sapatos que compra com toda felicidade, se preparando pra qual ocasião irá usá-los.
❤
a tendência é essa de países projetados para ser um fazendão do mundo, e planejados para dar errado gerando uma massa de 3scr4vos sem acesso a nada, o esforço é descomunal e fica evidente q toda luta é apenas para n piorar ainda mais as coisas, quando se minimamente civilizados a discussão seria de como implementar progresso, e n lutar aos gritos para apenas n piorar
lira e pacheco vieram a público dizer q n vão taxar os super ricos, em prol do povo pobre, deveríamos estar nas ruas, inclusive exigindo a prisão dos golpistas, trágico, temos q dividir o br cada estado ser um país só assim podemos corrigir o rumo
Chorei❤
Me identifico com seu relato não apenas por sermos da mesma cidade, mas cresci com meu pai negro usando botas velhas doadas por alguém, sujo de cimento ou massa corrida. Hoje depois de velho pode proporcionar sapatos confortáveis, "maciozinho" como ele próprio diz.
Cara, essa parte do calçado pegou pesado. Sou prof de escola pública e entra ano, sai ano, sempre tenho um aluno que não tem calçado fechado. Ou é um único tênis pra dividir com um irmão, um primo, um amigo… mas não há calçados formais suficientes, ainda hoje, pra calçar pés pobres e pretos.
Incluindo: inclusive, eles toda vez que vão jogar bola, tiram os calçados. Eu sempre questiono e brigo, pois podem machucar os pés. A resposta? “Vai estragar o calçado”.
Eu era essa criança, o único calçado que eu tinha era o que a escola dava
Por isso eu prefiro presentear com sapatos do que com roupas quem eu sei que tem pouca grana
Que absurdo.
😔
@@marialuisaespindula7748Não é Absurdo, é a história da des humanidade, e que CRESCE.
"os pobres não trocam de roupa, mas sim as roupas que trocam de pobres " já diria nosso queridissimo Edgar
Lembrei dele tbm
Quem é Edgar?
@@carol_m.5360up
Qual edgar?
@@carol_m.5360Ouça o álbum dele chamado “Ultrassom”. Ou procure por “O novíssimo Edgar”. Essa frase que ele comentou está no álbum.
o surto coletivo que foi o vestido da Geise me impressiona demais KKKKKKKK
É MUITO DOIDEIRA né? sempre me explode a cabeça tb kkkkkkkkkkkkkkkkkk e parar pra pensar que não faz 20 anos, foi tipo... ontem kkkk
Surreal.
Eu tava com esse mesmo pensamento, como um vestido causou aquilo tudo
@@Normose_ 20 anos mão, mas uns 15 tem. Eu lembro que estudava na mesma rede de faculdades na época, mas não no mesmo campus
Até hoje lembro dessa história, foi realmente um caso de histeria coletiva
Já diria o grande pensador contemporâneo RuPaul:
"We are born naked, the rest is drag.
que gay
Perfeitob
Amei!!!!
@@Wagner-n4h força na peruca 😂
@@Wagner-n4h 🍪🍪🍪🍪🍪🍪🍪
Sirva-se à vontade, sabemos que vc veio em busca disso!
Conseguiu o que vc queria, agora coma calado!
Recomendo o canal "MODISTA DO DESTERRO" pra quem gosta de moda e história! O canal é incrível!
Vim falar isso!
E ela fala muito de roupa das pessoas comuns ❤
Sim.
O canal dela é maravilhoso❤
Uma coisa que sempre me incomodou é aquela fala: "Nossa, você só tem essa roupa?". Uma vez eu falei a minha mãe que queria comprar coisa em brechó e ela soltou: "Nossa, não faça isso. Espero nunca precisarmos comprar em brechó." e eu fiquei confusa porque comprar coisa em brechó é uma atitude ecológica e econômica. Estamos constantemente sendo induzidos a comprar mais e mais; o sistema sabe que coisas duradouras não valem tanto a pena na lógica do mercado, então você é pressionado a comprá-las constantemente
Nunca havia pensado que o vicio da minha avó em sapatos, ou o fato dela e minha mãe sempre olhar o que as pessoas usam nos pes, pudesse vir de uma herança escravocrata.
Minha vó tbm é obcecada por sapato
Meu deus! Minha avó também era viciada em sapatos. Quando faleceu, colocamos os sapatos numa caixa enorme para doação.
Puta vídeo. Sou Arquiteto, a gente vê essa dinâmica de estética também na minha profissão. O que o rico pede como Casa ou Apartamento é copiado pela Classe Média. E pela Classe Baixa também, mas aqui na construção civil, tem uma dinâmica específica: Construir e projetar são serviços caros. No nosso caso, no final, a Classe Pobre ou vai ficar a mercê de financiar um apartamento feito por uma construtora subsidiada que trabalha pra essa renda e que simplifica ao máximo o projeto pra ter margem de lucro ou vai tentar fazer sua própria casa, da melhor maneira que puderem, com os recursos que tiverem. E essa dinâmica vai do estético ao funcional, tanto da aparência como de quais ambientes a casa vai ou não ter.
E sobre o ponto político sobre a censura na moda, ela pode existir também na construção. Muitos governos da história financiaram construções, e em muitos momentos certas estéticas foram subsidiadas em detrimento de outras como parte da visão corrente da época. Mas em alguns pontos da história, como na Alemanha Nazista, isso chegou ao nível de perseguiram e expurgarem quem não projetava como o Reich queria em contraste com outros momentos históricos em que determinadas visões estéticas só receberam menos aporte financeiro, como as vanguardas soviéticas frente ao Realismo no pós-revolução. Essa visão mais controladora e de destruição do outro tem crescido mais nos últimos tempos e precisamos ficar atento a elas. Algumas visões radicais tem tentado cooptar a opinião popular que hoje enxerga a carência de significado das construções atuais como problemática, quando no fundo a estética está diretamente relacionada com a forma de produção da sociedade, e muitas construções de hoje estão dentro da lógica de mercado, prezando por corte de custos frente a capacidade de venda que uma planta de apartamento vai ter, pra deter só na questão do mercado imobiliário.
caraca, parece que você descobriu o tema do próximo vídeo KKKKKKKKKKKKKKKKKK
terça feira o vídeo que já tá pronto começa no Ato 01 falando de estética das cidades bem nessa linha
QUE LOUCURA kkkkk parece que vc até leu a intordução! uhauhauha
estmaos alinhados
Gesuis! O tema tem assunto em todas as areas mesmo! Vamos ver como o Historiador atende essa demanda. kkkkkk Estou construindo uma casa e toda vez que falo em cimento queimado, vem o pedreiro com uma conversa de porcelanato kkkkkkk Até o dia em que o ajudande dele disse: "Esquece esse assunto, quando a pessoa fala que quer isso ela sabe o que quer" kkkk
Quis matar minha cunhada arquiteta quando ela projetou uma pia chique pro banheiro que molha toda a bancada se não tiver cuidado.
Também sou arquiteto, mas não praticante.
Percebo que não existe só distinção entre "rico e pobre". Existe um gap gigante entre "old money" e "emergente" - exceto quando você entra no emergente multimilionário, que aí se comporta como se já fosse de berço: faz curso de etiqueta, busca inspirações nas elites oligárquicas etc (tem até dois vídeos excelentes do Átila Iamarino: "quem manda no Brasil são as famílias tradicionais" e "por que ser rico no Brasil dá tanto trabalho").
Voltando à arquitetura, o emergente se inspira em Orlando e mete porcelanato em tudo.
O multimilionário/rico de berço se inspira na estética "internacional" (derivada do de stijl), geralmente trabalha com materiais locais e usa muita madeira, planta etc - tudo que é visto como trabalhoso ou custoso pra manutenção - mesmo que nem dê, mas madeira ainda é mais caro que porcelanato né.
@@whateverrandomnumber arquiteto aqui também. Sintetizo pobre, classe mérdia e emergentes em "estética alphaville" , como disse, simulação de Miami. Os realmente ricos vão para os Kogans, Jacobsens, concreto, madeira, texturas, plantas, espaços ocupados e não ocupados. São realmente planetas diferentes
Inclusive vi a casa do Silvio Santos agora, com a morte do mesmo, e ela reflete bem que os que não se educam para aquele novo mundo, seguem "alphavillers", mesmo com tamanha riqueza
Ter 70 anos é um previlegio ter uma verdadeira aula de história ,👏👏👏👏 você é brilhante menino. Saudações Carioca
❤ saudação rondoniense dona Cláudia.
Saudação Curitibana pra sra lindaaa❤❤❤
@@robertayasmimmendoncacasti1280 Que linda ❤ beijos mil
@@moniqueramalho3882 Que linda ❤ beijos mil
Saudações paulistanas, Cláu ❤
Faltou a famosa cena da Miranda falando sobre moda de O Diabo Veste Prata. Esse monólogo foi um soco pra mim
confesso que fiquei triste ): vc é a terceira pessoa que lembre e que que droga, eu nao lembrei dela na decupagem, faltou mesmo ): essaa é um clássico! queria poder reeditar kkkkkkkkkkkkk
@@Normose_ lança um curta linkando pra esse vídeo, brother. O diálogo tem 1:48. Bom trabalho!
"Você acha que não liga para moda, mas está usando roupas que foram escolhidas para você por pessoas nesse aposento muitos anos atrás"
Durante um evento para a eleição da nova diretoria da subseção da OAB à qual pertenço, um dos líderes utilizou a expressão “chão de fábrica” para se referir aos advogados comuns, diferenciando-os dos membros da diretoria. Essa metáfora, que parecia elitista, ressoou profundamente em mim e trouxe à tona memórias e questões sobre hierarquias, trabalho, e a simbologia do chão - tanto física quanto metaforicamente.
Sou de uma região rural de Minas Gerais, cresci literalmente com o pé no chão, sem gostar de calçados. Para minha avó, isso era um problema; ela, com raízes no Brasil escravocrata, via a falta de sapatos como algo a ser corrigido. A avó que me falava sobre pés deformados por andar descalço também carregava uma herança histórica e cultural, onde o calçado - ou a sua ausência - representava distinções sociais. O sapato, ao longo da história, sempre foi mais que funcional: ele era (e é) um símbolo de status.
Na advocacia, a formalidade exigida perpetua essa distinção. Passei anos educando meus pés para caberem em sapatos sociais, que no início machucavam, mas eram indispensáveis para “pertencer” ao ambiente formal e hierarquizado da profissão. Hoje, ao ouvir expressões como “pé no chão”, “pedestre” e “chão de fábrica”, percebo as conexões com a história que carrego. Essas palavras, para mim, dialogam tanto com a dureza e o valor do trabalho quanto com o peso de tradições que marcam o corpo e a vida.
Refletindo sobre tudo isso, percebo que o calçado - ou a falta dele - sempre esteve associado a um lugar na sociedade, seja entre escravos gregos, negros escravizados no Brasil ou crianças como eu, que caminhavam descalças por ruas de terra. Talvez, no fundo, meu desconforto com tais expressões venha do desejo de desconstruir essas hierarquias simbólicas, de valorizar quem está no “chão de fábrica”, sem transformar isso em distinção ou exclusão.
PERFRITO RACIOCÍNIO
Chão de fábrica é uma expressão bem comum na indústria.. o Significado é autoexplicativo. Porém não é usado de forma pejorativa como vc interpretou.
@@Spreadsheeter 🤝
@@Spreadsheeter +-, chão de fabrica é usado para definir os funcionarios do nivel mais operacional. Não é diferente de chamar de 'peão'
@@234trhbgfdert obrigada! Entendi o que disse!
Isso me lembrou um pequeno assunto que vem me intrigando atualmente. Vejo posts de pessoas vangloriando os super ricos que fazem festas de aniversários para seus filhos "apenas com um bolinho" enquand esculacham nós pobres que fazemos dividaspra fazer aqueles festão de aniversário.
É exatamete isso, quando conseguimos conquistar o que os ricoa podem fazer, eles vão e mudam, para que nunca sejamos como eles.
!!!!!
Que nada, tá mais do que certo, pobre tem que viver como pobre e rico como rico, só assim as pessoas vão voltar a viver bem, quando aceitarem sua realidade e se contentar com o que Deus nós deu. Não querer ser aquilo que não somos e não podemos, vivendo de uma ilusão.
Estão agora vangloriando a estética da 'casa de vó' porque os pobres começaram a copiar aquele terror tenebroso que são as casas com cara de clínica.
Em relação a histórias de família: Do lado da minha familia parterna, avó e avô negros, sempre tivemos o hábito de andar descalço, pisar na terra, descarregar energia na grama, mas, por outro lado, o materno, minha avó, italiana vinda de navio para o Brasil, que se apaixonou por um negro no porto de santos, tinhamos simplismente a proibição de andar descalço e ela dizia: "se conhece um homem pelos sapatos que usa". Eu achava isso engraçado, mas nunca me fez muito sentido, depois desse vídeo, tudo fez sentido.
E até hoje, tem gente comprando calçado caro pra mostrar que é um pouco menos escravo que os outros que estão à sua volta.
Convivo com essas pessoas, me sinto tão pobre, mais pobre que já sou...rs os tênis deles, cada um custa 2 meses do meu salário (e do deles também, surpreendentemente), significa que eu vivendo e trabalhando por 2 meses, valho o mesmo que eles usam debaixo dos pés, para pisar no chão.😢
@@carol_m.5360acho que seria uma boa você parar de se comparar, porque cada um tem uma realidade e alguns só tentam mostrar uma realidade que não condiz. Agradeça pelo que já tem e vem conquistando com um passo de cada vez
Cara quem tem condição de comprar quantos tênis quiser que compre, vai viver sua vida e pare de inveja. Se a pessoa quiser comprar tênis de 1k que compre, dinheiro é dela! Não foi você que foi trabalhar por ela ou teve que estudar por ela pra ela comprar o tênis, então tu quer é leite nesse rabo seboso aí.
@@LuanNicolas2023 Coleguinha, vc precisa de ajuda?
@@LuanNicolas2023 Inveja de tênis, incelzinho? 😂😂
Tênis de 1K é coisa de incel fracassado tipo vc que tem esperança de perder a virgindade mostrando que tem grana kkkk. Todo excesso pode fora esconde uma falta por dentro. Nenhuma menina quer sair com um desequilibrado, eu posso ver que vc não tem mulher
Esse vídeo me fez pensar num grande amigo meu. Ele uma vez me disse: se precisar pedir algo para alguém, ou resolver um problema sempre vá arrumada, as pessoas têm mais boa vontade quando você está arrumado. Isso nunca saiu da minha mente, e eu sempre seguia esse conselho mesmo sem saber se isso era realmente verdade. O interessante é que é algo que ele me compartilhou de maneira tão simples mas que faz todo sentido agora depois de ter assistido seu vídeo.
Eu amo a moda. Meu pai era sapateiro e minha mãe era costureira. Eu sempre vesti e calcei itens exclusivos, às vezes desenhados por mim mesma. Até hoje adoro inovar no estilo. As minhas melhores memórias afetivas envolvem a moda. Quando minha mãe tirava minhas medidas e meu pai tirava as medidas dos meus pés.
Quando meu pai era garoto lá pro final dos anos 60, ele morava num bairro da periferia de SP, não tinha asfalto ele ia até a parte asfaltada com o sapato velho, esperava meu tio chegar da aula da manhã, trocavam os sapatos e meu pai seguia pra escola com o sapato "novo".
😢 como essa realidade era triste... Hoje pode ser ruim, mas já foi até pior.
Minha mãe ia descalça na parte terra e colocava o único sapato que tinha para entrar na escola (ela se orgulha muito disso, pois era uma boa aluna e estudava numa boa escola pública... o único sapato era para ir à escola- acho que ela não ia à missa...)
Sua história me lembrou o filme "Filhos do Paraíso". Caso se interesse, é um filme muito bonito e sensível.
lembro daquela cena iconica (em o diabo veste prada) da Miranda explicando para a Andy sobre como ela não ligar para a moda não a isentava de ser manipulada pela indústria, pois o sueter azul que ela usava tinha uma história que começava na elite e ia se dissolvendo até as classes mais baixas nas lojas de departamento. Aquele suéter foi escolhido pela indústria para pessoas como ela
Um vídeo para quem já ouviu mt "Esses tênis são falsos"
Jesus, como dói saber as atrocidades praticadas contra os escravizados.
Pqp essa citação de Machado de Assis com a música do Racionais no fundo é de arrepiar. Parabéns, sensacional.
Já até adicionei a minha lista de leitura❤
De arrepiar!!! 🎉
@@lari5855 qual é mesmo o livro ?
Oportuno dizer que, na atual moda de massas, vê-se uma tendência chamada "old money", que imita o estilo de mauricinhos de familias cuja fortuna é muito antiga. Pensar que essas fortunas foram construidas com colonialismo e escravidão e essa moda está sendo perseguida nos faz refletir sobre.
SIIIIM!!!!! esse episódio ia citar old money mas ficou gigante! alguma hora eu queria fazer um roteiro só sobre old money
é MUITO interessante mesmo!
Isso é novo pra mim. Old Money seria a antítese do Novo Rico (Ex. Lady Kate)?
Para de falar merda
@@marcio_souza007, exatamente. Seria a estirpe ou o berço... diferente do simples acesso à coisas caras, pelo enriquecimento recente.
old significa antigo, ou seja; old money=dinheiro antigo. Ex.: os Matarazzo, ja new money significa dinheiro novo, lady kate@@marcio_souza007
Não é possível que vocês foram tão geniais assim pra fazer uma propaganda! Pô, demais, espero que a Hering patrocine por muito o canal
Sendo branco de família de classe média, sempre gostei de andar descalço e minha mãe sempre ficou horrorizada, e tentava me convencer que gente civilizada não andava descalça, que eu ia ficar com o pé largo etc.
De fato fiquei, e hoje tenho dificuldades pra encontrar sapatos confortáveis. A solução foram sapatos "barefoot", coisa difícil de encontrar no Brasil.
Mas ao chegar na parte do Almirante Negro [22:55] me pergunto se este modelo tradicional de sapatos apertados não era uma forma de impedir que os ex-escravizados recém libertos usassem seus novos símbolos de status - porque não iam caber. 🤔
Normose você é muito fodaaa ♥️ que vídeo foda
Mestre, concordo com vc ❤
Verdade, mestre❤
Sou skatista e digo que nossa cultura criou muita estética , e quando era skatista punk ali era meu ápice de estilera em uma pequena cidade pacata de minas gerais , era considerado um E.T e tinha orgulho demais disso . Ótimo video Normose ❤❤❤
Kenji, se todas as crianças e jovens tivessem aulas assim!... Cresceriam entendendo que tudo serve de objeto de análise e entendimento do mundo. Que história não é decorar datas e nomes. O MEC tinha que te convidar para atualizar os currículos.
Assisti ontem ao documentário "Buy now" e hoje o teu vídeo. Perspectivas diferentes e muita coisa para refletir.
Sou branca e não fui proibida de usar sapatos. Mas éramos tão pobres quando eu era criança que não podíamos comprar, nem sapatos e nem roupas. Só soube o que era entrar numa loja e comprar uma peça de roupa com uns dezesseis anos, até ali só usava roupas ganhadas de parentes e caridade. Então esse vídeo me tocou muito. Lembro que quando tinha oito anos ganhei pela primeira vez na vida uma sandália nova de uma tia, porque estava na casa dela e me levaria a um casamento e eu só tinha um par de chinelos. Não cabia em mim a felicidade que senti. Lembro até hoje que na igreja sentei ao lado de uma senhora e eu ficava me abaixando e coçando a perna e depois olhava para ela, para que notasse minha sandália, igual ao personagem do conto do Machado. Até que ela notou e disse "que sandália linda!" e minha felicidade dobrou de tamanho.
A história que me vem a cabeça, sobre sapatos, é de quando não tínhamos dinheiro pra comprar lenha e pra não morrer de frio queimamos sapatos. Isso no inverno da serra gaúcha, há uns 20 anos mais ou menos.
Como esse canal ainda nao chegou a 1M de inscritos?? ❤
Me faço a mesma pergunta sempre
É de esquerda ksksksk e manda o pprt
por coincidência, o último vídeo desse no fala sobre isso também (que inclusive é o motivo do pq nós estamos mudando o formato e indo pra cidade no vídeo de hoje!) e o motivo não é nada conspiratório como nossa posição política ou algo assim, é um algo um tanto mais cruel e da realidade cruel...
dia 20 de dezembro sai e espero explicar
@@Normose_ ✌🍀
Pensar dói.. e esse canal faz pensar... :D
Agora que acabei de ver o vídeo vou deixar minha relação com a moda pra ajudar no engajamento. Quase todas as minhas roupas são de brechó ou dadas por amigos que fizeram faxina nos seus guarda-roupas e viram que tinha muita coisa que não usavam, exatamente por isso meu guarda-roupa ta sempre se renovando kkkk eu adoro, mas uma pontinha de mim, que tento reprimir, se sente meio "coitada" por não comprar roupas novas a cada estação, muito doido o que esse mercado faz a gente sentir. Penso na moda como aquele ditado do "one man's trash is another man's treasure" e tento sempre me expressar nas roupas que uso, mesmo não as tendo comprado. Ótimo vídeo, Kenji, ficou fera!!
Cita a frase em português
Kenji deu pra sentir sua empolgação fazendo esse episódio...olhinhos brilhando
ta certo....esse 'filho' nasceu bonito demais!!🖤🖤
Terminei de assistir. Highlight para o Kenji dizendo "eu sou historiador", rs (rindo like a professora). Equipe, parabéns por mais um roteiro excelente. Eu nao sei como vocês conseguem. Outro dia, o Kenji disse no Insta que estava "Pirullando" porque os vídeos são longos. Eu digo o seguinte: Pirulla mais! Já temos conteúdo ultra resumido e superficial o suficiente. O coração da desenhista e linguista louca por semiótica, estética, e Foulcaut (redundante much?) fica quentinho com vídeos assim. Vocês não poderiam ter feito um vídeo mais adequado para esse dia ( corta para aquele meme "I see what you did there"). Já disse isso e repito: esse canal não tem o reconhecimento que merece. Parabéns pelo final genial. Racista não suporta mesmo.
Perdi o chão no "Eu sou historiador" kkkkkkkkk
@@denisemaria4265 Né? A gente ama esse canal ❤️
Eu sempre fui pobre, e lembro que queria muito um tênis de marca, pq minha irmã mais velha já trabalhava e usava vários tênis. Meu pai falava que só gastaria com um tênis caro quando meu pé parece de crescer. Quando eu tinha 13 anos ganhei um Adidas super star e aquilo foi um momento muito marcante na minha vida.
comprei meus primeiros tenis originais esse ano, e roupa uso só de brecho
Adidas Superstar e os anos 2000
Entendo seu pai. Comprei um adidas pro meu filho em maio e em outubro já não cabia mais 🫠
Meu marido fala que tem q ser de marca pela qualidade melhor. Eu penso que perde tão rápido, que não importa a quantidade. Ele se perde antes de se estragar.
Mas precisava batizar de Dienifer??Que sacanagem
Roupa é realmente um assunto muito importante e urgente! Não precisamos de mais roupas, pessoas estão sendo escravizadas, crianças perdendo-se
So para adicionar disso de nao precisamos de mais roupas. Se hj pararmos de produzir apenas tecido, mas nao parando de costurar roupas, teremos roupas para serem compradas por no minimo dois ano sem escassez de suprimento
Quando eu comecei a ver esse seu vídeo Normose eu confesso que não estava apostando muito, mas como se trata de Normose, eu sabia que tinha algo que eu ia achar interessante.
Eu fico imaginando daqui 20 anos meus filhos chegando da faculdade (queira Deus que ainda exista faculdade até lá...) falando que tiveram prova de Mano Brown rs...
No começo do vídeo falando eu confesso que me vi como alguém que usa roupas somente pela funcionalidade... Eu tenho (tinha) duas calças jeans que eu usei por sei lá quantos anos... Eu estou em uma fase da vida que eu não tenho vida social além de ir pro trabalho. Essas duas calças só se aposentaram recentemente porque chegaram ao fim da vida útil.
Coincidentemente na mesma semana, a pouco tempo, o tecido das duas chegou a um nível de desgaste que rasgaram na altura da coxa sem nenhum esforço grande... E ainda assim eu estou esperando sair um dinheiro em janeiro pra eu comprar... duas calças jeans.
Lembrando disso eu me pensei como somente um usuário utilitário de roupas, mas eu lembrei de um casaco que eu tenho guardado aqui. Meu pai faleceu em 2020, no auge da covid. Ele tinha um carinho especial por certas peças de roupa dele. Ele cresceu em um orfanato e desde lá as peças de roupa dele sempre foram poucas e ele sempre vestia cada uma delas com certo carinho por elas, não sei explicar. Sempre poucas e sempre tinham suas funções.
Como bom pobre premium que lutou pra ter alguma coisa na vida meu pai gostava de viajar, e o fetiche dele era viajar para os Estados Unidos. Enquanto ele era saudável e a economia permitia ele viajava uma vez ao ano pros Estados Unidos, e ele sempre tinha guardado os blusões diferenciados que ele usava para enfrentar o inverno do norte dos Estados Unidos.
Engraçado, ele não tinha um casaco, ele devia ter uns 10 rs... Eu sempre achei um exagero. Ele usava uns 3 durante o ano todo. Eu nunca tinha pensado que por todas as dificuldades financeiras que ele passou que cada casaco que ele tinha, ainda mais pra usar numa viagem internacional, cada casaco era um troféu.
Quando ele morreu eu me desfiz da maioria das coisas dele, eu também sou pobre premium mas num grau menor, não tenho condições nem de viajar dentro do Brasil, mesmo assim eu guardo um casaco dele em um armário, e não sei mas minha impressão é que o casaco tem o cheiro dele, o cheiro dele de velho rs...
Ele morreu com 71 anos, e como pobre premium ele conquistou um patrimônio considerável pensando na economia nossa. Ele tinha 10 casacos rs...
Sobre os sapatos, eu moro em Goiânia, aqui nós temos no meio da praça que fica no meio da cidade uma estátua, eu acho que chama estátua das 3 raças. Elas representa a "participação" dos negros, brancos e dos povos originários na composição do estado, e uma coisa que eu sempre reparei desde a primeira vez nessa estátua: a única figura que está calçada é o bandeirante.
Eu fiz todo um filme na cabeça sobre um recém liberto chegando na sapataria pra comprar seu primeiro calçado, e no segundo momento do filme um jovem pobre comprando seu primeiro tênis com seu primeiro salário.
Como sempre aprendi muito com seu vídeo Normie, e pra variar ele trouxe gatilhos de memórias que pra variar me faz chorar. Saudades daquele velho que tinha 10 casacos.
Parabéns pelo trabalho camarada, é sempre bom ver seus vídeos.
Brown é phoda! Registro histórico vivo das transformações que sua existência experimentou. Ele é uma fonte primária que resistiu e é capaz de reler e contestar a própria historiografia.
Normose, temos que falar também do ponto que está obscuro, se podemos dizer, na nossa sociedade. Estética Trabalhista!! Sim! Sou 12x36 e praticamente tenho 2 empregos até a faculdade vingar de vez. Até lá, meu vestuário 7x0 e 17hs por cada dia é uniforme de trabalho...
Vários dos meus colegas e pessoas que também tem uniformes, nem prezam muito por ter uma roupa bonita para usar no dia-a-dia. Temos uma identidade de trabalho, uma estética baseada na roupa de trabalho.
Uma blusa e calça bonita para usar no dia de folga e é isso ai. Com o passar dos anos e o aumento desse tipo de vestimenta, o padrão para os trabalhadores/pobres vai ser o estilo "uniforme". Para que se aventurar na compra de roupas se o novo "cult" é ir a um bar ou ver um filme no shopping de uniforme de trabalho?
real, quem se salva de sair da mesmisse e pode se expressar mais e o pessoal da arte
Sobre sapatos, meu pai é um grande fissurado neles, ele diz que tem trauma da ideia de ficar sem opções, pq quando criança, pobre, na roça, tinha que dividir com os irmãos pra poder ir à escola.
Eu queria TANTO um vídeo sobre o assunto. Sou estudante de moda e é taaao difícil encontrar alguém q fale mais fundo e mais a esquerda sobre.
Obg obg ❤❤❤
essa é nossa maior vitória de ouvir! de verdade! isso faz o vídeo ter valido a pena! a jéssica, é formada em Moda e a gente conversa muito sobre como isso é deficitário mesmo! bom que cumprimos nosso papel!
Em relação a cultura associada a roupa, quando eu era criança, a minha vó só me deixava sair de casa de sapatos, até para o mercadinho da esquina, pois refletia um valor social. Uma criança calçada é bem cuidada e tem uma boa criação, na visão de mundo dela e de muitos.
Claro né, depois a criança machuca o pé pq pisou em vidro quebrado no meio da rua, ou em fezes, correndo o risco de se machucar ou pegar doenças, deixa de doidera, isso é apenas cuidado, é provável que sua vó nem tivesse nem aí para essas questões de classes sociais, pq é algo relativamente novo, o povo de antigamente não tinha tempo para essas bobagens modernas.
@@Lili-hb8mf Nossa, não sabia que você estava lá na minha infância me observando, que legal encontrar alguém que sabe mais de uma experiência pessoal minha que eu mesmo kkkk.
Mas de boa kkk. Tem vários detalhes que apoiam a minha interpretação que obviamente eu não vou explicar em um comentário de youtube. São questões social, falas que ouvia, outras crianças que eu socializava, comportamentos que eram esperados, e isso não é uma reclamação, é apenas um relato de experiência que conversa com o tema do vídeo.
o caso geisy arruda é uma parada que até hoje eu fico chocado quando eu me lembro
Exato , até hj me pergunto, que surto foi esse ?? ... quando estava na graduação galera ia até com calça de pijama kkkkkkkkkkk
Tenho 57 anos e a cada vídeo seu, vejo o quanto sou ignorante em relação a história. Obrigada!
Muito bom, kenji.
Sobre sapatos . Minha avó era sitiante. A familia tinha um sitio de café, muito trabalho árduo o ano todo, pés de roça, o unico sapato que vi a minha avó usar eram umas alpargatas de cor escura, meio roxas ( unica cor existente) solas de corda trançada, marca de quem pegava na enxada.
Na minha adolescência as alpargatas voltaram, agora como moda, várias cores, ainda com sola de cordas trançadas, e a gente customizava cada um a sua aplicando sobre elas rendas, ponto cruz, sinhaninhas e o que mais tivéssemos.
Foi a "vingança" dos pés de roça . Eu sempre lembrava da minha avó quando saía de alpargatas.
Já minha bisavó, mãe da minha avó era louca por sapatos . Segundo ela, a roupa não tinha tanta importância, devia estar limpa e sem rasgos, mas se estivesse com um bom calçado faria toda a diferença
Kenji, gente boa, já me peguei pensando várias vezes sobre minha relação com as roupas, como não gosto de me arrumar demais, mas consciente do efeito que isso faz. Quando pequeno as minhas roupas eram raramente compradas para mim; geralmente herdava do meu irmãos ou primos mais velhos, isso inclui sapatos. Ir comprar roupa era um evento. Havia ainda a tradição da roupa para o Natal. Tenho história pra um livro. Cresci odiando e adorando comprar roupa para mim. Agora, saindo de Fortaleza e vindo pra Portugal, o clima ressignifica, a percepção é outra, a vida é outra.
o youtube deve ser um dos sites mais dificeis de achar um conteúdo realmente legal, é sempre bom achar um canal de conforto com temas legais que vc se identifica mt e que se desenvolve mt bem
No sexto ano do ensino fundamental, eu tinha somente uma calça jeans e usava ela todos os dias, um dia um menino da minha sala fez a maior chacota comigo pelo fato de só usar aquela calça. Hoje compreendo o que aconteceu comigo, usar só uma calça era sinal de pobreza, desleixo, e eu jovem e ingênua fiz minha mãe comprar uma calça em 4 parcelas pra usar na escola, minha mãe que trabalhava como bordadeira ganhava uma miséria..
É triste lembrar, mudei completamente minha forma de pensar sobre roupas, sempre me questiono “eu quero? Ou preciso?”. Normalmente eu quero comprar alguma roupa mas simplesmente não preciso dela, logo mudo de ideia e desisto. É um pensamento de consumo enraizado, como se eu fosse me tornar alguém inadequada por não ter roupas parecidas com as dos outros, ou até mesmo quando gosto de alguma roupa e não uso por medo de ser julgada como “inimiga da moda”, assistir o vídeo foi bem esclarecedor.
Algoritmo ó nóis aqui \o/
23:50 isso explica muito sobre Campinas .
Como campinense, não sei se fico feliz pela nossa catedralzinha ter aparecido no normose ou decepcionada por lembrar do nosso histórico com a escravização 🥲
Vídeo mais que perfeito
Ultima cidade a abolir escravidão né?Eu sou manauara,e campinas é minha infancia.Sempre visitava minha familia que morava lá.Mas pensando bem,algo era estranho.Aqui em manaus,mesmo no bairro de rico,tu vê casas mais humildes ou pessoas humildes passando.Nos bairros ricos de campinas (e no iguatemi) era aquela "branquitude",e as "quebradas" era realmente na periferia....
Cheguei a uma idade em que não me preocupo. Sou eu livre vestindo aquilo que gosto mesmo que todos achem que não deveria gostar.
Terminei de fazer meu projeto de coleção da faculdade de moda, abri o RUclips e me deparei com essa jóia em formato de vídeo. O Casaco de Marx já estava na minha lista, mas agora virou prioridade de leitura! Obrigada por trazer esse tema ❤
Esse episódio da Geyse Arruda foi tenebroso. Pensar q as pessoas queriam linchar uma mina por causa de um vestido num ambiente adulto
Um vestido totalmente inadequado para o ambiente, mas de fato a reação foi exagerada.
@Lili-hb8mf discordo, não havia nada de inadequado. Ela estava totalmente coberta com um tecido que não era transparente, ela só tem um corpo voluptuoso
Kenji, só duas correções: Leila Diniz faleceu em 1972 e Fernando Gabeira usou a tal tanga de crochê em 1979, mesmo ano em que voltou do exílio, após a Lei de Anistia. Adoro o canal de vcs!
Que texto mais bem costurado! E o final, com a leitura do texto do Machado remixado com Reacionais, ficou um primor!! Parabéns!!!
Normose é da hora... Comentei.
Como estudante de moda posso responder já essa pergunta. A moda liberta è uma autoexpressão do que você è ou deseja ser como usa uma fantasia, mas se você só usa roupas por puro momento ou glamour è só um consumista que pensa fazer parte da elite. A moda è apocalíptica e não liga para momentos e opiniões e nem normais sociais.
Exemplo : Chanell, eterna. Nunca mais ninguem inventara o tailleur. Porque ele próprio se inventa. E o pie de poule, então! Da la a seda, sempre na moda!
@@mariahelenacabrera Chanel eterna porque nunca sofreu nenhuma consequência dos seus atos fascistas, né.
@@mariahelenacabrera Channel, um dos maiores ícones do consumismo mundial? Seu exemplo foi o contrário do comentário inicial.
Existe mesmo essa moda por pura expressão, anárquica e que não segue premissas? Não é um contrassenso ao próprio sentido da palavra "moda"?
@@lucas-prado Sim, ela existe e não è contrastante, infelizmente a palavra "moda" perdeu muito do sua essência por conta do consumo desenfreado e o desejo de pessoas sem personalidade de serem vista e ao mesmo tempo pertencente a algo. A moda virou futilidade, isso que a massa chama de *moda* tem outro termo para nós *indústria* ou só *capitalização de renda*
De Insider para Hering, tudo muda! Valeu por mais um super video, Kenji!
Também gostei dessa. Visto que uma é simbolo do total desapego de alguém por "moda"
27:00 minha família é do sertão nordestino e em várias histórias percebi que era muito comum terem poucos sapatos fechados que eram emprestados entre irmãs, primas etc. O sapato social com o qual meu pai casou foi emprestado, era maior que o pé dele então colocaram algodão na parte da frente pra dar firmesa
norm, vo deixar vários comentário. esse é antes do vídeo, ansioso pela nova fase, mas com medo da mudança, admito......
Eu trabalho na indústria têxtil e achei o vídeo super interessante. Esperando pela continuação desse assunto aqui no canal. As cenas externas ficaram ótimas, eu estava esses dias no shopping Parque D. Pedro, queria ter te encontrado lá pra poder te dar um abraço 🫂
Kenji do céu! Que vídeo maravilhoso! Aliás, vídeo não é um bom adjetivo. Isso é um verdadeiro documentário! Devia passar na TV! Devia ser material didático de escola! Sério mesmo. Um jeito maravilho de mostrar para as pessoas que TUDO é historicizável! Até as coisas! Até as roupas! É a potência de mostrar a Nova História, longe de heróis e grande personagens, para o grande público da internet! E agora, uma pergunta hipotética que cabia junto com algumas que você fez no documentário: "quem vai ficar com a coleção de selos do vovô? Será que a gente joga fora, será que vende? Doa para um Museu?" Selos são coisas, e não só expressão do poder do Estado. Como coisas, são COLECIONÁVEIS. Taí um baita tema par dar continuidade à história das coisas... por que as pessoas colecionam objetos? Quem coleciona? É hobby da elite ou virou popular?
Eu coleciono afetividades e gosto disso. kkkkkkkk
Seu vídeo apareceu para mim do nada, não conhecia o canal, este vídeo é uma verdadeira obra de arte, obrigada! Já me inscrevi e vou maratonar o canal! ❣️
Meu pai nasceu numa cidade muito pobre da Colômbia, filho de uma lavadeira e de um oleiro "paisas" na década de 30. Não havia escolas perto e ele tinha de andar quilômetros para ir e voltar das aulas todos os dias, mas minha avó não tinha dinheiro para comprar sapatos maiores à medida que ele ia crescendo, mas, ao mesmo tempo, ela não permitia que ele andasse descalço, e, caso chegasse com os pés sujos em casa, levava uma peia. Ocorre que ele usou o mesmo par de sapatos pretos de couro por três anos e seus pés cresceram , não pra frente como seria o natural, mas para cima, como os de uma gueixa. Ao longo da vida, os pés menores do que deveriam ter sido foram a tônica de seu desequilíbrio.
Isso seria uma matéria interessante, porque na verdade não eram gueixas que tinham os pés assim e sim meninas das classes ricas e depois as da classe camponesa, como simbolo de estatus sociais e provavelmente a história da Cinderela e de seu sapatinho de cristal tenha origem nessa condição social, onde só um pé deformado caberia em um sapato tão pequeno e feito de um material que não espande.
😮😢
Estou apaixonado por esse vídeo, sou estudante de moda e sempre me guiei pelo conceito de que: " A moda é um sintoma e representação da sociedade e seus papeis".
Agora terei de ver pelo menos mais duas vezes esse video para absorve-lo por conpleto
Esse vídeo inteiro me lembrou de um poema que eu trouxe pra minha vida do Carlos Drummond Andrade chamado "eu etiqueta" que coloca o consumidor como escravo da moda e como a sociedade paga pra fazer propaganda. Eu odeio marca... Justamente pela problemática que o vídeo aponta...
Normose, vou dizer cm palavras duras sobre como é complicado nessa industria da moda r confecção para quem trabalha na area como eu
A exploração e escala rítmica faz cm q por dia, produza e empacota centenas de vendas diarias em vendas online no marketplace, mas msm produzindo e vendendo vestuário, a sensação de descaracterizar a moda, só quer usar o básico por uma demanda excessiva de moda
Brilhante roteiro, edição e apresentação. É sempre um deleite (misturado com frustração, revolta, etc) assistir.
Muito legal o vídeo
@@ZeLucas93 nem tem vídeo ainda boot.
A lá o boot spamando
o editor desse canal é bom, tem futuro! Siga: Zé Lucas Gelo
É você quem tá editando os vídeos? Pois parabéns viu! Tá um arraso! 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Esse vídeo foi completamente FANTÁSTICO! Foi um ótimo aprofundamento de noções relativamente simplistas que eu tinha.
Vou procurar mais sobre nas fontes e, com certeza, quando eu conseguir emprego vou ajudar no Catarse, chego a me sentir mal por estar vendo algo desse nível de graça.
Vídeo incrível
Outro dia estava no metrô, e dois jovens estavam conversando sobre meninas e a conversa tomou um rumo que me deixou surpresa, eles começaram a falar que com os tênis que estavam nos pés deles eles conseguiram " ficar, dar uns amassos ". Eu fiquei chocada kkkkk. Mas gratidão pela aula . Amo seus vídeos.
A justiça é como uma serpente, só morde os pés descalços. Eduardo Galeano.
Po@#!🎉🎉🎉🎉🎉
Eu sugeri esse tema uns meses atrás e não sei se você fez por causa disso, mas queria agradecer pelo vídeo. Ficou muito legal e completo!
Um vídeo curto para mostrar a ponta do iceberg das críticas/ pautas políticas que não fazemos no nosso dia a dia. Obrigada por me fazer refletir questões fora da bolha!
falando sobre moda essa semana foi a segunda vez que eu comprei roupas que me interesso desde que me assumi como pessoa trans (isso ja faz 2 anos) , mas agora to mais confiante pra usar roupas que me representem mais de alguma forma, e ainda to sentindo tanta coisa estranha e bizarra (talvez por ficar muito tempo usando só roupas casuais, medos, etc...), é isso. vocês estão melhorando a cada video, parabéns.
Cara, esse formato é tudo que eu precisava e nao sabia
então você vai gostar mais ainda dos próximos 💘💗💗
Minha vó nasceu em 1930. Ela ainda me conta histórias de que quando era pequena tinha de ir pra escola descalça pois não havia dinheiro para comprar sapatos. Teve que começar a trabalhar com 11 anos de idade e passou fome diversas vezes em sua vida. Ela já está com 94 anos se esquece de muita coisa mas lembra com muitos detalhes da sua infância.
minha avó materna ja falou uma vez q na infancia dela (1940 por ai) q sapato era só pra sair e ir na igreja, ela é descendente descendentes de italianos q vieram pro brasil achando q iam fugir da fome pobreza, nao deu mt certo
Amo vocês! ❤ Imagino o trabalho que dá criar e produzir esse tipo de conteúdo. Assistimos esse video com nossos filhos aqui em casa porque realmente é uma aula. Me emocionei quando vocês mostraram que as pessoas escravizadas eram proibidas de usar sapatos! Como assim?! 😢 E lendo os comentários aqui eu me lembrei de um episódio que passei na adolescência quando fui ao shopping center com um tênis que eu mesma tinha pintado e uma vendedora riu de mim e fez um comentário bobo com um colega... naquela época eu já era livre e não sabia...
Excelente vídeo, aula, lição...Muito Obrigado! Realmente vale uma continuação...nos faz pensar em uniformes, burcas, kimonos, turbantes, continentes, pets de roupas, etc.
Conteúdos sempre absurdamente maravilhosos! Enriquecendo consciência nosso cotidiano normose! 🙏
excelente vídeo, like garantido!!!
quando eu era criança ganhava roupas dos irmãos mais velhos.
quando as roupas eram compradas pra mim, eram sempre um pouco maiores pra usar mais tempo. quando comecei a comprar minhas próprias roupas, só comprava uma quando as outras já não apresentavam mais condições de uso (sim, eu literalmente uso até gastar!) tenho um camisão xadrez acho que de terceira mão que ganhei no final dos anos 90, tá esgarçado, se desmanchando e eu curto ele pra caramba!!!
Meu filho! kkkkkkkk Eu literalmente tenho que mandar ele comprar roupa e é só o básico de um par de tenis.
Que vídeo incrivelmente interessante e informativo, passei a enxergar a moda e principalmente os sapatos de outra forma, obrigado por abordar a complexidade desde assunto de uma maneira tão fácil de absorver.
Depois disso, eu orgulhosamente expus meus tênis que um dia foram significados de fã de basquete, playboy, jogador caro e profissionalismo, logo acima de meu computador. Pois sem saber, quando eu os comprei, era mais do que isso, era sobre ter algo que eu nunca tive, uma identidade, um gosto, um orgulho, uma conquista, um amor ao que ele representava. Meu tênis era sobre andar bonito a ponto de ofuscar minha tristeza, quando eu olhasse para baixo em dias que eu era apenas um visitante da minha casa, eu visse meus tênis em meus pés e soubesse os passos ate ali haviam sido árduos, mas a vista valeu a pena.
Meu tênis, meu Nike KD Trey 5 X, representa muito mais do que apenas a ostentação de seu valor.
Obrigado pelo vídeo incrível, Normose.
Fui bolsista em uma escola particular há muitos anos. Nessa época eu lembro, que devido aos uniformes, os tênis eram o principal marcador da posição social daquelas crianças. Note que não existia celular né e não se autorizava certos acessórios, como correntes e bonés. Então era só olhar pra baixo, que se sabia quem não pertencia àquele lugar...
Eu uso roupas que fiquem bem em mim, que eu me sinto confortável nelas, dou muito valor, pra qualidade delas e em tudo.
O trabalho de vocês é fantástico. Parabéns a toda equipe!
Quando eu era criança não tinha muita roupa, viviam manchadas ou rasgadas, sofri muito bullying quando criança por não ter roupa, mesmo na escola pública. Hoje em dia, ligo muito para o que visto, mais por me sentir bem, mas entendo que tudo isso vem dessa máquina de consumismo.
Parabéns pela proposta do vídeo e pela pesquisa histórica! Sensacional
Salve Kenji! Mano,vai dar Tudo certo nessa nova fase,a luta continua mas quero que saiba; tamo junto ✊🏽
Minha mãe começou a trabalhar muito jovem para ajudar a sustentar seus 11 irmãos em uma família pobre da zona rural. Uma de suas aspirações era conseguir sapatos para participar das festas religiosas da comunidade, como as festas de Nossa Senhora do Rosário e de Santana, que tinham grande importância social.
Para realizar esse desejo, ela vendia sapé, uma planta usada na confecção de colchões na época. Saía de sua cidade natal, carregando o sapé em cangalhas, (como os tropeiros mesmo!) e viajava até outra cidade para vendê-lo. Com o dinheiro da venda, ela comprava os sapatos que tanto desejava.
Em uma dessas ocasiões, ao comprar um par em uma loja mal iluminada, acabou levando um sapato marrom e outro preto sem perceber. Quando chegou em casa e notou o erro, não pôde usá-los na festa, o que a marcou profundamente.
Essa memória não só reflete as dificuldades e os sonhos de sua juventude, mas também o papel social dos calçados em nossa sociedade. Como você tão bem destacou, os sapatos, historicamente, simbolizam distinção social, algo que ainda persiste e que precisa ser refletido, ressignificado e transformado.
Hering? Uau!🤩
Tão phodendo hein!🤑
Excelente! Continuem o bom trabalho!❤
37:22 que incrível 😍🫶vou voltar aqui nesse vídeo sempre que eu estiver me perdendo!
Normose falando sobre moda! Seria isso um sonho?
Cara que aula 👏🏼👏🏼👏🏼 nunca tinha percebido o quanto as vestimentas, a moda impactaram e impactam a Sociedades !
Que canal espetacular!!!
Video sensacional. Fazia um tempo que não tinha reflexões profundas sobre a minha área de estudos, moda. Estou encantada.😍
"reação de quem nunca teve nada é sempre querer mais um pouco"
- LEALL, 2024