O ativismo identitário e o debate público: entrevista com Francisco Bosco

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  • Опубликовано: 28 дек 2024

Комментарии •

  • @duprad
    @duprad 6 лет назад +105

    Francisco Bosco, abordou um tema muito delicado com bastante propriedade. Discorrer sobre os movimentos indentitários é pisar em ovos, mas é necessário. Respeitar, entender e se solidarizar não pode ser sinônimo de condescender.

    • @ferreirasilva2569
      @ferreirasilva2569 6 лет назад +14

      Penso da mesma forma, sem linchamentos e denominações que só reduzem o debate público.

  • @marcosmarques9926
    @marcosmarques9926 5 лет назад +31

    O identitarismo é um fenômeno ideológico muito delicado, mas igualmente perigoso a tantos outros. Funciona como um discurso ilusoriamente inclusivo, que busca dar sentido a certas demandas históricas associadas a agrupamentos sociais, mas gera fissuras complicadas de remendar.
    As identidades (como ser negro, mulher, homossexual, judeu, oriental etc.) operam transportando os indivíduos aos seus grupos identitários, ou verdadeiras bolhas, cujas demandas certamente são legítimas, mas onde a maneira de corrigir historicamente as opressões sofridas é excluindo a voz daqueles com os quais não se identificam. Para isso existe inclusive o conceito de “lugar de fala”. Trata-se, portanto, de uma pretensa superação do individualismo, de modo falsamente totalizante, que serve apenas para fracionar mais a sociedade.

  • @rafaelbarbosadelima4164
    @rafaelbarbosadelima4164 6 лет назад +50

    O Radicalismo de certos movimentos identitários e de minorias tem prejudicados os próprios movimentos, e que estao se super-fragmentando e tirando a capacidade de articulação. Emicida disse isso na França...

  • @julianacamposvictor3755
    @julianacamposvictor3755 5 лет назад +21

    Ótima entrevista! Principalmente porque não tem entrevistador ansioso para colocar sua própria opinião, e com isso termina cortando as falas do entrevistado.

  • @lucasaxavier
    @lucasaxavier 5 лет назад +9

    Estou muito tentado a comprar o livro, parabéns ao autor e a equipe que promoveu a entrevista

  • @RZero7
    @RZero7 6 лет назад +18

    Genial esse cara! O que ele está falando é absolutamente essencial no momento que vivemos. Como ele, eu concordo com as pautas identitárias, mas observei casos muito próximos de mim de "a vítima tem sempre razão", "você não tem lugar de fala" e "o que você diz não conta porque você é homem hetero branco cis". A recente eleição foi uma derrota enorme para nós nesse campo e quero que os movimentos deem certo, por isso sugiro repassar esse vídeo aos militantes com vista a rever táticas que podem não estar funcionando e, o que é pior, potencializando movimentos contrários na sociedade.

  • @brnclds
    @brnclds 6 лет назад +34

    Tô assistindo mais uma vez à entrevista. Ainda não comprei o livro. Queria que o pessoal do Nexo me tirasse uma dúvida sobre o formato da entrevista. Cada pergunta que lemos é o quê? Resumo da pergunta feita pela entrevistadora à viva voz? (Paula Miraglia, conforme os créditos.) Todas as perguntas têm um tom provocativo, que serve de escada pro Francisco contra-argumentar. São ótimas perguntas. Mas fico imaginando se elas não foram formuladas a posteriori, pra se encaixarem nas respostas. É uma curiosidade, não uma crítica desabonadora. Aliás, adoro esse formato de edição, em que só o entrevistado fala. Sempre me lembra o Ensaio. Ainda mais nesses tempos de entrevistas talk-show.

    • @NexojornalBr
      @NexojornalBr  6 лет назад +29

      Olá, Bruno. Obrigado pela mensagem. As perguntas para entrevistas em vídeo do Nexo são preparadas previamente pelos jornalistas e feitas ao vivo, durante a gravação da conversa. Depois, na edição, são resumidas em texto na tela por questão de clareza e para dar ritmo ao vídeo. Nunca são formuladas a posteriori.

  • @qntavares
    @qntavares 6 лет назад +47

    Interessante como o entrevistado utiliza exemplos pontuais pra colocar em cheque - com boas intenções, é claro - o funcionamento do que ele chama de grupos "identitários" (tudo que não é homem, branco, cis, hétero, rico e, portanto, universal), de maneira indiscriminada. Me fez lembrar de uma passagem do livro "O que é lugar de fala?", da Djamila Ribeiro (p. 69): "acredito que nem todas as pessoas brancas se identifiquem entre si e tenham as mesmas visões, mas existe uma cobrança maior em relação aos indivíduos pertencentes a grupos historicamente discriminados, como se fossem mais obrigados do que os outros grupos localizados no poder, de criar estratégias de enfrentamento às desigualdades". Esse trecho mostra que a autora parte de um ponto de vista diferente à respeito do tema, que parece mais construtivo do que essa faceta "excludente" da qual se queixa Francisco Bosco: a problematização do lugar de fala não se propõe à interrupção de discussões, mas convida sujeitos, principalmente os que têm seus discursos autorizados socialmente, a refletir sobre suas próprias formas de produção epistemológica e sobre os benefícios estruturais dos quais desfrutam, ainda que sejam "progressistas esclarecidos", antes de sentenciar sobre os modos de vida e produção de conhecimento de grupos aos quais não pertence. Nesse contexto, talvez pudessem ser mais frutíferas reflexões sobre 1) como seria o espaço público brasileiro se o grupo ao qual pertence Francisco Bosco também se racializasse e se entendesse enquanto grupo identitário e, assim, conseguisse enxergar as hierarquias produzidas por esses locus privilegiados, ou 2) quais têm sido as contribuições de homens, brancos, cis, hétero e ricos para a construção/ruína tanto da autoimagem fundada em suposta democracia racial e cordialidade, quanto da autoimagem atual do país. Em resumo, gostaria de ver intelectuais como ele assumindo que também partem de suas próprias "vivências concretas" e, finalmente, apontando o "dedo epistemológico" para as suas próprias conformações históricas e tratando sobre como essas questões têm influenciado diretamente na (des)estruturação de outros grupos sociais ao longo da história brasileira. Isso, sim, seria novo na produção literária do país.

    • @pedropupe5931
      @pedropupe5931 6 лет назад +3

      Apenas uma palavra: obrigado!

    • @RZero7
      @RZero7 6 лет назад +17

      Isadora, acho que você fugiu do ponto. Ele está tratando de táticas que podem não estar funcionando e, pior, potencializando uma reação contrária. Quem defende as causas não quer isso: nem ele, nem eu, nem você, nem a Djamila. Por isso pode valer a pena, e até ser necessário, rever certas táticas, pelo bem das causas.

    • @PauloVinicius2111
      @PauloVinicius2111 6 лет назад +1

      Os pleitos identitários atingiram um limite.

    • @fhoutz
      @fhoutz 6 лет назад

      Que pisão!

    • @thalesrodrigues9195
      @thalesrodrigues9195 5 лет назад +11

      Seu ponto é correto quando trata da sociedade privilegiada como um todo, mas se perde quando a ponta o Bosco como parte desse problema.
      Ele está a anos luz dessa elite que não se enxerga. Ele sabe qual o seu local e ainda oferece uma contribuição aos grupos identitários que não faz parte.
      O uso do conceito de local de fala como uma cartada que silencia os que não o possuem está altamente relacionado com a radicalização, o extremismo e a polarização ideológica

  • @gregoriovieira8961
    @gregoriovieira8961 5 лет назад +8

    Enrevistado lúcido, correto, racional... Grande entrevista.

  • @edu22218
    @edu22218 5 лет назад +7

    previu a eleição no brasil

  • @thalesrodrigues9195
    @thalesrodrigues9195 6 лет назад +43

    Eu poderia escrever um comentário rebuscado sobre todo o conteúdo apresentado, mas vou me resumir a dizer "que sapão"

  • @victoriamorenos
    @victoriamorenos 2 года назад

    Qual seria o melhor procedimento objetivamente???

  • @dejairsilva6682
    @dejairsilva6682 5 лет назад +3

    É um erro pagar artistas para defender alguma causa identitárias.

  • @jorgeteixeiracarneiro
    @jorgeteixeiracarneiro 3 года назад +1

    Passaram a ''lavar a roupa suja'' apenas de 01/01/2019 para cá.
    Antes disso, a roupa era suja mesmo e todo mundo sabia e ainda elogiava a sujeira.

  • @brunachaves1772
    @brunachaves1772 6 лет назад +6

    Quando há uma luta para que as mulheres não sejam CULPADAS quando são vítimas, ou mesmo para serem ouvidas sobre o que é assédio ou não PARA ELAS, relativizar significa deslegitimar essa luta. O que obviamente não significa que todo caso não terá de ser analisado, portanto o ponto é outro. Não é para culpar automaticamente o agressor (o que terá de ser analisado), mas para que a vítima jamais seja culpada injustamente. Percebem a diferença?

  • @oristides
    @oristides 5 лет назад +2

    Não é a primeira vez que falamos de justiça. Na teoria da Justiça de Rawls podemos ver que se não colocamos o véu da ignorância não teríamos Justiça.

  • @suedilsonsousalopes3056
    @suedilsonsousalopes3056 5 лет назад +1

    Muito boa a entrevista, parabéns ao Autor.

  • @CarlosMartins-tn2ze
    @CarlosMartins-tn2ze 2 года назад

    Simplesmente excelente. Digo tudo isso sem jamais ter lido o livro do professor Bosco hehe. Vou procurar

  • @danilocaraujo9923
    @danilocaraujo9923 5 лет назад +1

    Excelente monólogo

  • @coyotezinho
    @coyotezinho 2 года назад

    A existência de qualquer crítica, pela sua natureza não-criadora, depende da existência de algo criado por outro para. Isso faz com que a crítica seja a teorização do evento que originou da latência da vida real.
    Não se pode teorizar o nada, o vacuo. Caso pudesse a critica seria autônoma e não dependente da prática consumada. Por óbvio é tb falacioso apresentar um rol de compartimentos estanques ou não e pretender que eles contem toda a teoria possível aplicavel a qualquer experiência inclusive a não vivida.
    Aos identitarios é aconselhavel ver até que ponto sua prática é genuína e avaliar constantemente seus resultados. Porém, não substituir sua experiência real e urgente por nenhum rol de rótulos ou metodos baseados em outras experiências. Critiquem-se o tempo todo, não parem de viver, não parem de se criticar, não parem de evoluir. Escrevam sua história e ela será matéria prima a ser teorizada pelos críticos. No mais cuidem-se e sejam responsaveis pelo que fizerem.

  • @jeniclobo
    @jeniclobo 3 года назад

    Qual era o acordo nacional que existia e pra quem servia? Essa seria a minha questão para Bosco. Acredito que um suposto acordo pra pacífica o país, ñ passa de uma narrativa frágil que sempre é colocada sobre suspeitas. As manifestações de 2013 infelizmente ainda é uma incógnita...

  • @brnclds
    @brnclds 6 лет назад +1

    Muito bom! Me lembrei da peça do David Mamet, Oleana.

  • @anaalcantara3067
    @anaalcantara3067 5 лет назад +5

    Sempre bom um homem, branco, cis, hétero indicando qual o caminho mais adequado. Sem dúvidas é exatamente o que a gente precisava.......faltava isso! Agora vai!!

    • @edu22218
      @edu22218 5 лет назад +14

      Mas será que essa leitura sobre ele de certa maneira pode em partes contestar os limites do debate?... será que essas categorias "branco, hetero, etc".. definem essencialmente os limites do discurso de alguém...

  • @PauloVitorBorges
    @PauloVitorBorges 2 года назад

    Falar de lutas identitárias de fato é pisar em campo minado, falar de lugar de fala é ainda mais complicado, o conceito sofre distorções e influências direcionadas para deslegitimar sua real função!
    Tenho receio que esse livro se torne escudo para defesa da desvalorização e da desestimulação das lutas de classe, raça e gênero!
    Sei que a intensão do autor não é essa, porém o momento agora é o de revisionismos descabido e a distorção da própria história e filosofia em prol da manutenção de um estado extremamente colonial!

  • @davidjorge22
    @davidjorge22 5 лет назад +1

    Muito bom

  • @nilviavogel8914
    @nilviavogel8914 6 лет назад +8

    Podem os arabes exigir dos negros que nao usem turbante? Afinal os arabes usam turbantes ha muitos seculos. Quanta bobagem essa historia de apropriacao cultural...

  • @ja9_9
    @ja9_9 6 лет назад +19

    Muito legal, muito bonito, mas não entendeu nada sobre o que significa "lugar de fala"

    • @paolal9063
      @paolal9063 6 лет назад +22

      Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede. Nós estamos propondo o debate feminista e ele se dá nas mais diversas dimensões da vida, inclusive a intelectual. Vamos esperar sair o livro pra debater com o que tá sendo colocado ali. O fato de ser um homem não pressupõe que ele está falando besteira. Vejo no título do livro uma provocação necessária para que não sejamos tão literais. Um exemplo desse tipo de provocação é o título da Márcia Tiburi em Como conversar com um fascista. Ao contrário do que parece ser a autora não está propondo um manual de diálogo com um fascista, mas uma análise do que consiste o fascismo psicologica e socialmente. Esse tipo de figura de linguagem não literal é um exercício importante para fugir do dogmatismo que se aproxima facilmente do autoritarismo. O autor fala sobre isso nos 15:50.
      Espero não ter soado estranha a minha fala, falo com todo respeito à sua posição, apenas tentando propor um debate. Não à toa escrevi pra caramba, em respeito à sua posição também.
      Agradecida.

    • @vitoriaaraujo2012
      @vitoriaaraujo2012 6 лет назад +13

      Paola, ele de fato conceitua "lugar de fala" erroneamente. Talvez essa seja a interpretação que ele dá ao conceito pela forma como ele é reivindicado certas vezes. Nancy Fraser, por exemplo, uma das principais teóricas da política de identidade e de reconhecimento (na qual se baseia a esquerda identitária), deixa bem claro que reivindicações identitárias por parte do grupo afetado não são justificadas meramente pq as pessoas daquele grupo dizem que elas são assim. É necessário que todos possam dialogar a respeito, não só o grupo minoritário em questão.

    • @Fatenashc
      @Fatenashc 6 лет назад +16

      Mas Maria Vitória... Você não acha que há uma distância considerável entre o que a Fraser e-ou a Spivak dizem quando conceituam "lugar de fala" e as formas como esse termo vem sendo operado no espaço público brasileiro, especialmente na internet? Acho que esse é o ponto que deve ser objeto de reflexão. Quando vejo discussões no facebook eu me questiono o tempo todo se essas pessoas já leram essas teóricas... me dá a impressão que não...

    • @ferreirasilva2569
      @ferreirasilva2569 6 лет назад +10

      @@Fatenashc
      90% de quem fala sobre lugar de fala não leu absolutamente autor nenhum. E acho que é nessa senda que o Bosco discute, esse entendimento vulgar do termo, que nós todos aqui sabemos que acontece muito dentro dos movimentos e coletivos, quem está presente sabe disso.

    • @PauloVinicius2111
      @PauloVinicius2111 6 лет назад +1

      Então, talvez o conceito "lugar de fala" não seja um dogma indiscutível. Talvez ele esteja tentando problematizar e discutir esse conceito. Talvez o conceito não se aplique e não seja verdadeiro e aplicável. Talvez seja uma grande estratégia para dividir grupos que deveriam estar juntos.

  • @mujersemilla
    @mujersemilla 6 лет назад +8

    Que homãodapoha!

  • @brnclds
    @brnclds 6 лет назад +4

    Então encontrei em você meu "intelectual público". Porque Mario Sergio Conti não dá.

    • @theodoro5555
      @theodoro5555 6 лет назад +1

      recomendo muitíssimo o Nildo Ouriques, que também fala ativamente contra essa esquizofrenia que é o pós-modernismo atualmente.

    • @gilsonsegundo2
      @gilsonsegundo2 5 лет назад

      Olha, assista a entrevista do Roda viva com o Bruno Daniel, feita pelo Mario Sergio Conti. Pra mim, após ver essa entrevista, se caso houver um inferno, Mario Sergio Conti merece muito ir pra lá.

  • @shayvajasjeet6804
    @shayvajasjeet6804 5 лет назад +2

    A militância agressiva e ansiosa por equanimidade pode sim piorar ainda mais a zona de conforto de grupos oprimidos. É uma verdade histórica ! O recente colapso de vários governos de esquerda libertadora, o crescimento da homofobia criminal e um desemprego descomunal, nos indicam cuidado com o andor, pois santo é sempre de barro !

  • @TheKarin777
    @TheKarin777 5 лет назад +6

    Parei quando ele falou "fiquei surpreso com a repercussão do título do livro". É sério? Claro que um título que questiona a razão da "vítima", sem deixar claro isso se refere a processos de vitimização negligenciados por décadas, iria provocar. Pois a maior parte dos discursos que se utilizam desta postura são extremamente agressivos , envoltos em uma aparência de diálogo. Também já faz tempo que os movimentos fazem essa autocrítica acerca do que é dogmatismo e do que é estratégia política, e isso não torna o dogmatismo necessariamente fruto dos movimentos em si. Não entendi qual a é a novidade que ele quer trazer... Espero estar enganada ao acessar ao que ele escreveu, aqui não me convenceu, pelo contrário...

  • @fhoutz
    @fhoutz 6 лет назад +6

    "Eu tive uma ideia, genial: escrever um livro provando que os movimentos que são me dizem respeito enquanto homem branco cis estão errados". É muito trololó pra dizer o que pode ser resumido em: imagina se fosse o contrário. Os homens brancos cis tão tudo perfeito, né, não precisam rever nenhuma prática, né? Deve tá sobrando tempo pra ir procurar onde tá o erro dos que eles chamam de identitário...

  • @nanduluiz
    @nanduluiz 6 лет назад +9

    O erro mais grave do entrevistado é a apropriação rasa dos ativismos de minorias ultrapassou a questão das identidades. é a mudança estrutural da sociedade memo. Mais amplo do que identidades. Sua branquitude queria (nas entrelinhas de seu discurso) que as mudanças na sociedade mais lentas. Não tão rápidas... Tem pagar dívidas aos poucos...

  • @alanmanzato
    @alanmanzato 5 лет назад +5

    Resumo do vídeo: Um homem, hetero, cis, com passabilidade (afrodescendente) levantando questões, com muita retórica, claro, que pouco nos servem como sociedade. Desqualifica o discurso dos oprimidos a partir de situações pulverizadas que "podem" ocorrer, sem trazer que situações são essas. Muito bom o início a dar uma clareada sobre como era e como é o momento do país, mas a contribuição para por aí.

    • @marcosmarques9926
      @marcosmarques9926 5 лет назад +1

      O identitarismo é um fenômeno ideológico muito delicado, mas igualmente perigoso a tantos outros. Funciona como um discurso ilusoriamente inclusivo, que busca dar sentido a certas demandas históricas associadas a agrupamentos sociais, mas gera fissuras complicadas de remendar.
      As identidades (como ser negro, mulher, homossexual, judeu, oriental etc.) operam transportando os indivíduos aos seus grupos identitários, ou verdadeiras bolhas, cujas demandas certamente são legítimas, mas onde a maneira de corrigir historicamente as opressões sofridas é excluindo a voz daqueles com os quais não se identificam. Para isso existe inclusive o conceito de “lugar de fala”. Trata-se, portanto, de uma pretensa superação do individualismo, de modo falsamente totalizante, que serve apenas para fracionar mais a sociedade.

  • @felipemariz9959
    @felipemariz9959 6 лет назад

    Ótimo

  • @elisabethnarciso5857
    @elisabethnarciso5857 6 лет назад +1

    😒

  • @DanielCostadeSouza
    @DanielCostadeSouza 6 лет назад +1

    Lugar de fala não é excludente. E essa história de tática de abrir mão da luta pra alcançar vantagens é pensamento antiquado que leva em consideração que conquistas políticas só vem com eleição pra presidente, o que exigiria coalizão com cidadãos "centristas" e ditos apolíticos. O momento é de elaborar conceitos em conjunto. Não dá pra falar de urbanismo, educação, emprego, economia, sem falar de racismo, machismo, patriarcalismo e homofobia. Então o pensamento de abrir mão da luta é antiquado por ser dualista, binário, de que é preciso escolher plataforma de campanha como se tudo girasse em torno de qual vai ser o panfleto do candidato a presidente.

  • @anabarreto1112
    @anabarreto1112 6 лет назад +4

    Errou feio...há ganhos em interpretar toda relação heterossexual como potencialmente abusiva? Para as mulheres que sobrevivem, sim.

    • @coe3408
      @coe3408 6 лет назад +12

      Penetreção é intrisicamente abusiva. Só falta dizer isso...

    • @rafazeppelin
      @rafazeppelin 6 лет назад +2

      Mas há de se ter o cuidado de não se jogar o bebê junto com a água suja do banho, né?

    • @ferreirasilva2569
      @ferreirasilva2569 6 лет назад +10

      O que você propõe não é interpretação, é um "pré-conceito", atrelar intrinsecamente abuso à uma relação heterossexual, um erro lógico crasso e evidente.

    • @RZero7
      @RZero7 6 лет назад +9

      "Potencialmente abusiva" é diferente de apenas "abusiva". 'Potencialmente' muitas coisas são, e, nesses casos, de fato, há ganho em haver uma mentalidade de prevenção. Exagero é dizer que 'toda' relação é abusiva: parece querer criar uma vítima automática e a realidade não é assim. Esse tipo de discurso, descolado da realidade, pode afastar as pessoas que percebem o erro factual. Foi isso que ele quis dizer e não errou feio, não. Acertou.

    • @williamlandim5408
      @williamlandim5408 5 лет назад +3

      Tanto é que muitas lésbicas apanham das parceiras, né?

  • @alekiny
    @alekiny 6 лет назад +3

    eu acho que ele não entendeu nada... triste

    • @ferreirasilva2569
      @ferreirasilva2569 6 лет назад +6

      É uma crítica leviana a sua, na ausência do livro. O vulgarmente entendido como lugar de fala funciona muitas vezes da forma que ele trata na entrevista, e isso não é segredo para nenhum militante.

    • @RZero7
      @RZero7 6 лет назад +7

      E eu acho que você não explicou nada.

    • @gustavoc.1936
      @gustavoc.1936 5 лет назад +3

      Eu acho que ele so nao concorda com vc.

  • @GustavoOliveira-cj7vi
    @GustavoOliveira-cj7vi 5 лет назад

    Blá blá blá blá blá