A maior questão que o ser humano tem pra resolver consigo mesmo é o quão livre ele é para seguir um percurso de vida com base nos seus próprios propósitos. Pois, o lado negativo da obrigação é tê-la como comando de nossas ações, enquanto um direito opõem-se, sendo algo feito por livre e espontânea vontade, a vida é bem mais uma sucessão de fases mandatórias do que liberais, justamente por estarmos em sociedade. Basta estar só, em devaneio consigo mesmo, para entender o oposto da liberdade e do comando.
Excelente,Mateus. Tema atualíssimo. Quais autores vc se baseou para formular seu pensamento? Há uma miríade de filiósofos e jusfilosófos (falsa dicotomia) que apoia sua brilhante exposição. De socráticos, estóicos a pós positivistas. Muito bom.
Cheguei agora no teu canal e com certeza vou ver muitos outros vídeos. Clareza e conteúdo de qualidade meus parabéns. Saberia falar sobre a teoria da neotenia humana proposta por Bolk e retomada pelo Dany-Robert Dufour em “A Existência de Deus Comprovada Por Um Filósofo Ateu”? A sua fala sobre a natureza e a nossa ralação com ela me remeteu ao que foi postulado por ele, apontando o homem como um ser sem natureza própria e obrigado a criar a sua segunda natureza (a representação através da cultura, ferramentas protéticas e a gramática). Abraço
Vc assistiria um anime de 12 ou 13 episódios e faria um vídeo comentando? O anime é Babylon, tem a ver com a legalização da lei do suicídio, no sentido amplo, não só coisas como eutanásia
Enquanto se pensar em abstracções generalistas/universais, essas questões não vão ser resolvidas. Tanto a vida como a morte, são singulares, ninguém pode morrer a minha morte, tal como não pode viver a minha vida. A vida não é um Direito: a noção de dignidade humana é na verdade uma abstracção, ninguém é digno apenas porque sim ou porque uma entidade como o Estado me dá essa dignidade como cidadão. A dignidade começa na selecção natural quando uns são mais dignos que outros para reproduzir, há a noção de eleição, de singularidade. Não existe dignidade por ser autónomo já que é um Outro que me concebe dignidade. A vida não é uma obrigação: Que dignidade tem uma vida que vive por obrigação? Quando se vive, vive-se por vontade de viver e isso não exclui a morte de romeu e julieta onde sua morte foi um mártir pela própria vida. A dignidade de cada um depende da relação que cada um tem com a vida. É no sentimento da relação individual de cada um para com a vida que se desvela o valor dela. Não há valor objectivo
A maior questão que o ser humano tem pra resolver consigo mesmo é o quão livre ele é para seguir um percurso de vida com base nos seus próprios propósitos. Pois, o lado negativo da obrigação é tê-la como comando de nossas ações, enquanto um direito opõem-se, sendo algo feito por livre e espontânea vontade, a vida é bem mais uma sucessão de fases mandatórias do que liberais, justamente por estarmos em sociedade. Basta estar só, em devaneio consigo mesmo, para entender o oposto da liberdade e do comando.
Essa série de vídeos sobre o tema me ajudaram muito, muito obrigada!
Obrigada pela excelente aula, Mateus! Tenho certeza que vai me ajudar bastante na prova de residência. Deus abençoe!
Caramba! Fechou com chave de ouro com essa pergunta!!! Muito obrigada pela aula!
Excelente,Mateus. Tema atualíssimo. Quais autores vc se baseou para formular seu pensamento? Há uma miríade de filiósofos e jusfilosófos (falsa dicotomia) que apoia sua brilhante exposição. De socráticos, estóicos a pós positivistas. Muito bom.
Cheguei agora no teu canal e com certeza vou ver muitos outros vídeos. Clareza e conteúdo de qualidade meus parabéns. Saberia falar sobre a teoria da neotenia humana proposta por Bolk e retomada pelo Dany-Robert Dufour em “A Existência de Deus Comprovada Por Um Filósofo Ateu”? A sua fala sobre a natureza e a nossa ralação com ela me remeteu ao que foi postulado por ele, apontando o homem como um ser sem natureza própria e obrigado a criar a sua segunda natureza (a representação através da cultura, ferramentas protéticas e a gramática). Abraço
A natureza deve ser protegida.
Se digo que é direito estaria pedindo algo então assim já viveria, se digo obrigação estaria recebendo algo pra cuidar assim também ja viveria.
Nossa! vc parece irmão gêmeo do meu marido rs...
Vc assistiria um anime de 12 ou 13 episódios e faria um vídeo comentando? O anime é Babylon, tem a ver com a legalização da lei do suicídio, no sentido amplo, não só coisas como eutanásia
Enquanto se pensar em abstracções generalistas/universais, essas questões não vão ser resolvidas. Tanto a vida como a morte, são singulares, ninguém pode morrer a minha morte, tal como não pode viver a minha vida.
A vida não é um Direito: a noção de dignidade humana é na verdade uma abstracção, ninguém é digno apenas porque sim ou porque uma entidade como o Estado me dá essa dignidade como cidadão. A dignidade começa na selecção natural quando uns são mais dignos que outros para reproduzir, há a noção de eleição, de singularidade. Não existe dignidade por ser autónomo já que é um Outro que me concebe dignidade.
A vida não é uma obrigação: Que dignidade tem uma vida que vive por obrigação? Quando se vive, vive-se por vontade de viver e isso não exclui a morte de romeu e julieta onde sua morte foi um mártir pela própria vida.
A dignidade de cada um depende da relação que cada um tem com a vida. É no sentimento da relação individual de cada um para com a vida que se desvela o valor dela. Não há valor objectivo
Essa escolha é literalmente a autonomia, que faz parte da dignidade humana