Os próprios portugueses, poetas e intelectuais, dizem que se Caetano não existisse, a língua portuguesa perderia Camões, Pessoa, e outros, e não teríamos a arte na poesia e na música. Ele é o esplendor e o sustentáculo da língua portuguesa.
Assino por Baixo. Caetano é um Senhor. Portuguesa deste lado. Seguidora de Caetano Veloso desde sempre. 🩵🩵🩵🩵🩵🩵🩵🩵🩵🩵 É sempre uma Alegria, uma Honra receber o Caetano em Portugal. 🇵🇹🇵🇹🇵🇹❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥
Essa música esteve embaixo no meu nariz esses anos todos... e só despertei pra ela hoje! Tem mais de 50 anos e consegue ser extremamente atual em todos os sentidos!
Tem como não amar um artista como o Caetano? ❤ "Sobre a cabeça os aviões Sob os meus pés os caminhões Aponta contra os chapadões Meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento No planalto central do país Viva a Bossa, sa, sa Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça Viva a Bossa, sa, sa Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça O monumento É de papel crepom e prata Os olhos verdes da mulata A cabeleira esconde Atrás da verde mata O luar do sertão O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga Estreita e torta E no joelho uma criança Sorridente, feia e morta Estende a mão Viva a mata, ta, ta Viva a mulata, ta, ta, ta, ta Viva a mata, ta, ta Viva a mulata, ta, ta, ta, ta No pátio interno há uma piscina Com água azul de Amaralina Coqueiro, brisa e fala nordestina E faróis Na mão direita tem uma roseira Autenticando eterna primavera E no jardim os urubus passeiam A tarde inteira entre os girassóis Viva Maria, ia, ia Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia Viva Maria, ia, ia Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia No pulso esquerdo o bang-bang Em suas veias corre Muito pouco sangue Mas seu coração Balança um samba de tamborim Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-falantes Senhoras e senhores Ele põe os olhos grandes Sobre mim Viva Iracema, ma, ma Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma Viva Iracema, ma, ma Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma Domingo é o fino-da-bossa Segunda-feira está na fossa Terça-feira vai à roça Porém... O monumento é bem moderno Não disse nada do modelo Do meu terno Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Viva a banda, da, da Carmem Miranda, da, da, da, da Viva a banda, da, da Carmem Miranda, da, da, da, da".
Melhor explicação pra essa música (peguei de um comentário no RUclips mesmo). O sujeito aparece na primeira pessoa do singular, como ativo no processo de construção desse cenário: os meus pés, eu oriento, eu organizo, eu inauguro, dando a entender que seu posicionamento é bem próximo dos acontecimentos políticos de então. Logo no primeiro verso, sobre a cabeça os aviões, o sujeito autor, aqui colocado como ativo no processo, afirma que nada há acima dele a não ser aviões, é um ser supremo, inquestionável, inabalável, senhor de suas atitudes. No segundo verso, sob os meus pés os caminhões, entende-se que os caminhões citados são uma metáfora que se refere ao povo, pisado e humilhado. Esse posicionamento deixa clara a materialidade lingüística utilizada pelo autor, já que não fala em povo, mas em caminhões, aparentemente desconexo semanticamente. É um disfarce lingüístico muito bem utilizado pelo sujeito-autor. Vem, então, o primeiro refrão: Viva a bossa, sa, sa,viva a palhoça, ça, ça, ça, ça. Nota-se uma associação fonética entre “palhoça” e “palhaço”, simbolizando, este, o povo brasileiro, “feito de bobo” pelo todo poderoso governo. A escolha pelo termo “palhoça” disfarça a crítica. E a repetição do fonema /s/ pode simbolizar a gargalhada irônica de quem está por cima. Na segunda estrofe, é preciso prestar muita atenção nas metáforas, pois vão manifestar sobremaneira o sujeito interpelado pela ideologia: criticar de forma obscura. O “monumento” a que ele faz referência é o Palácio do Planalto, sede do governo federal em Brasília. Vejamos: é de papel crepom e prata, referência as cores e a beleza; não tem porta, por isso ninguém pode entrar, ninguém pode protestar; a entrada é uma rua estreita e torta, é difícil chegar até lá, o caminho é tortuoso, cheio de obstáculos. A mulata de olhos verdes é o símbolo das belezas naturais do país, escondidas pela cabeleira, atrás da verde mata, apodrecidas pelo sistema governamental. Ainda nessa estrofe, teremos a crítica mais severa, a metáfora mais bem trabalhada pelo sujeito-autor, indiscutível, imperceptível, livre de quaisquer punições pela censura: e no joelho uma criança sorridente, feia e morta estende a mão. O “joelho” é o Nordeste brasileiro. Tomando-se por base o mapa do Brasil, é exatamente no Nordeste que temos uma forma parecida com um joelho dobrado, é lá que as crianças passam fome, estão abandonadas a toda sorte, são feias, maltratadas, e estendem a mão, pedindo ajuda, sorridentes, procurando ser simpáticas, mas esquecidas pelo governo, que atende a seus interesses e preocupa-se em calar a boca dos intelectuais e dos ativistas. E para associar esse fato à morte, vem o segundo refrão. Viva a mata ta, ta, viva a mulata ta, ta, ta, ta. Nota-se um interessante jogo fonético: a repetição da sílaba “ta” nos remete ao som das metralhadoras, símbolo contundente da morte através do genocídio. É evidente a presença de um interdiscurso, um resgate da memória, retornando ao período de mortes, provocadas pelas duas primeiras grandes guerras mundiais, simplesmente porque os interesses de alguém falavam mais alto que os interesses de todo um povo. As metáforas da terceira estrofe confirmam a ideologia do sujeito-autor e seu posicionamento crítico em relação ao governo federal. No pátio interno há uma piscina, é assim mesmo que se forma o Palácio do Planalto: na praça dos Três Poderes há uma imensa piscina, onde não se pode tomar banho. A água é azul, cristalina, exaltando as belezas naturais. Na mão direita tem uma roseira, autenticando eterna primavera: nesse fragmento nota-se a metáfora da rosa, lá sempre é primavera, sempre é tudo belo, todos vivem felizes. E no jardim os urubus passeiam (...) entre os girassóis, é evidente que o termo “urubus” é referência aos políticos, que passeiam, aproveitam o poder que têm nas mãos. No próximo refrão, novamente um jogo sonoro de efeito surpreendente: Viva Maria, ia, ia, viva a Bahia, ia, ia, ia, ia. Maria e Bahia simbolizam o povo sofrido. E a repetição da sílaba “ia” tem efeito sonoro exatamente oposto. Esse repetição oral altera a posição das vogais e percebe-se um grito de dor: ai, ai, ai, ai. Se Caetano Veloso tivesse optado por repetir, na escrita, a sílaba “ai”, a censura cortaria esse trecho, por ficar evidente a crítica ao governo através da dor do povo. Mas ele, magistralmente, inverteu as vogais, e o grito de dor só é perceptível aos nossos ouvidos, não aos nossos olhos. A quarta estrofe tem condições amplas de produção. É um momento complexo de interligação entre o texto e o discurso do sujeito-autor. Ideologicamente, ele nos mostra que a crítica acentuada é feita diretamente ao alvo: o presidente da República, o militar ditador. No pulso esquerdo o bang-bang, simboliza o poder; em suas veias corre muito pouco sangue, percebe-se a crítica à falta de sensibilidade do governante aqui criticado, que não se emociona ao ver a situação em que está seu país. Mas seu coração balança um samba de tamborim, mostra que, apesar dos problemas, o governante comemora sua posição, seu poder, sem se preocupar com o povo sofrido. No final dessa estrofe, ele põe os olhos grandes em mim, o sujeito-autor muda o foco da primeira pessoa que inicia o discurso. De poderoso a combatido, essa pessoa denuncia ser o alvo das perseguições, ele se coloca como um perseguido, um sujeito que deve se calar, que não tem o direito de abrir a boca para criticar, pois estão de olho nele. No refrão, o suieito-autor faz nova brincadeira fonética. Aproveita dois “ícones” nacionais, Iracema de Alencar e Ipanema de Vinícius, para repetir a última sílaba, formando, assim, o adjetivo má. Esse adjetivo nos remete à administração pública, ao governante tirano, à sua índole, à sua alma, à sua visão egocêntrica, poderosa, dona de si. Ao mesmo tempo, é possível notar que a sílaba “ma”, pode nos remeter a um alguém que invocamos em caso de necessidade e que temos certeza de que vai nos amparar: “ma” de mamãe. É ela que nos protege, nos acode, nos ajuda quando precisamos. É ela que estende o braço, que não nos abandona quando precisamos. Diferentemente do governante público, que aproveita seu poder em benefício próprio e se esquece do povo, objeto de seu governo. Finalmente, na última estrofe, as metáforas remetem ao povo, suas alegrias e tristezas. O trabalhador que enfrenta a semana de pesado trabalho para garantir o sustento, com dificuldade. Domingo é o fino-da-bossa, é o único dia em que o trabalhador pode ter um pouco de alegria, vai aproveitar a vida, descansar da labuta da semana. Segunda-feira está na fossa, porque tem que trabalhar. Aqui o autor materializa a cultura do povo brasileiro e o trauma desse dia da semana, que literalmente indica o fim do descanso e o início da labuta. O conectivo porém indica a oposição entre o trabalhador e o governo. O monumento é bem moderno é a metáfora do presidente, do poder, não disse nada do modelo do meu terno, não liga para o trabalhador, para sua aparência, para seus problemas. A crítica vai ficando mais direta, mais contundente, embora as metáforas, estilo predominante no discurso do sujeito-autor, isentam-no de qualquer culpa, de qualquer castigo. O discurso se encerra com uma intertextualidade com três grandes nomes da MPB: Roberto Carlos, que tudo mais vá pro inferno; Ronnie Von, viva a banda e a grande Carmem Miranda. O sujeito-autor quis nos mostrar que não está sozinho nessa luta contra a opressão e que pode aproveitar o poder da música e da poesia para gritar e clamar por justiça, por direito de expressão, por liberdade de ir e vir, de cobrar ação dos governantes, de criticar o que não está bem. E pede tudo isso, no final, com mais um maravilhoso jogo fonético: banda, da, da, (...) Miranda, da, da, da, da. A sílaba “da” nos remete à forma verbal de “dar”, no imperativo. Funciona, dentro de seu discurso, como uma súplica: eu quero, eu preciso, eu necessito, eu exijo...
Resumindo , ele estava insatisfeito com a situação política e fez a música cm uma maneira de mostrar , muitas das vezes ele deixa explícito que se referia a Brasília ou seja embora seja tão suntuosa , as crianças ( situada na música) é que pagam pelo tão regime
"O nome da música é Tropicalia, ou seja, ele fala sobre esse movimento antropofágico do Brasil que se apropria de outras culturas para criar sua própria identidade ( uma coisa meio Oswald de Andrade).Um exemplo da antropofagia é o "bang-bang", que Caetano apropriou o americano , para o brasileiro. Caetano cita "os aviões" em contraposição aos "caminhões", "coqueiro,brisa" e "faróis", "Iracema" (a Índia) e "Ipanema" (os civilizados) que são as dualidades existentes no Brasil, pra enfatizar a presença do tropical no mundo urbano (a Floresta e a Escola de Oswald de Andrade). E mais uma referencia à Tropicalia é o verso "que tudo mais vá pro inferno" uma clara referencia ao Roberto Carlos que liderava a Jovem Guarda, movimento contrário ao Tropicalismo."
Talvez a Jovem Guarda fosse mais um movimento. Talvez a tropicália fosse outro ...pode se politizar isso ...e dizer que um era contrário ao outro ...mas precisava ser contrário ...? Não me parece que a tropicália quiz acabar com a jovem guarda ...(mas reconheço que isso que escrevi é ingênuo ...já que a jovem guarda afirmou movimentos músicais dos estados unidos e inglaterra ...e não criticou a ditadura militar ....nesse ponto alienou ...é como o clima de hoje ...um deslumbramento com Os Estados Unidos ...com o dominador ) ...Enquanto a tropicália era muito político ...com crítica social ..que incomodava os militares ...e Caetano e Gil pagaram por isso ...ainda bem que sobreviveram ...
Um outro fato interessante é que Tarsila do Amaral, que passou um momento de sua vida casada com Oswaldo de Andrade, pintou o quadro Abaporu e deu-o a Oswaldo como presente de aniversário de casamento. A palavra "abaporu" é de origem indígena e remete ao antropofágico. Oswaldo de Andrade ficou tão interessado em desvendar o mistério por trás do nome que levou suas especulações para seu ramo literário.
A Jovem Guarda não era contrária ao Tropicalismo. Ela influenciou a Tropicália e posteriormente foram influenciados também. Erasmo Carlos disse que a Tropicália era "uma Jovem guarda com consciência". Caetano fala sobre os dois movimentos neste vídeo ruclips.net/video/FyPmtjXwZ8g/видео.html
Uma das coisas fodas do Caetano é reler o próprio repertório em sonoridades de épocas muito diferentes. O eco de Chico Science e Nação Zumbi nessa versão foda de Tropicália (se não a, uma das melhores) é evidente!
Ouvindo essa musica em 18/ 01 de 2021!!! Mesmo não tendo vivido essa época ouço meus pais falarem e sempre se emocionan ao ouvir essas musicas dessa época em que eles lutaram por uma democracia!!
Somente após ler o livro de Caetano "Verdade Tropical"... Embora sabendo de toda genialidade deste poeta, hoje entendo a verdadeira grandeza Dele.. E me sinto envergonhado por ter navegado por diferentes fontes, quando tinha tudo aqui mesmo, embaixo do meu nariz.
Orgulho e gratidão de ser do mesmo país e viver no mesmo tempo que esse gênio, essa estrela, esse ser humano incrível! Quando vejo uma pessoa e sei que não conhece Caetano, sinto muito por ela...
Tivemos dois grandes movimentos de mudança cultural e valorização da arte brasileira. O primeiro deles foi o Modernismo nos anos 1920. O segundo foi o Tropicalismo nos anos 1960. Caetano Veloso, Gil, Gal, Bethânia, Os Mutantes e outros artistas daquele período foram os responsáveis por definir o que seria o cenário musical dali pra frente, inclusive o rock dos anos 80.
Estou em '22 e conheci 'Tropicáliia' em 96/97 de madrugada em uma festa. Amigo puxou no violão, e eu pedia pra voltar em cada estrofe, para poder pegar a letra pela velocidade da música e o álcool, rs. Atualíssima e Excepcional.
Pq me emociono tanto com essas musicas? Sou carioca, nunca saí do rio de janeiro, não tenho família fora do rio de janeiro. Mas essas músicas me emocionam tanto... Parece q me transporto... Me vejo lá, me sinto lá, tenho um orgulho e um amor que não sei explicar. Será q numa outra vida fui uma nordestina arretada? Única explicação.
Só existem esses dois motivos? Eu vim para ouvir varias musicas do Caetano porque estou a fim. Outro dia ouço Gil, Gal, Belchior, Chico, Ednardo, Kleiton e Kledir, Almir Sater, Geraldo Azevedo, Marina....
Letra ↔ Sobre a cabeça os aviões Sob os meus pés, os caminhões Aponta contra os chapadões, meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento No planalto central do país Viva a bossa, sa, sa Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça O monumento é de papel crepom e prata Os olhos verdes da mulata A cabeleira esconde atrás da verde mata O luar do sertão O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga, Estreita e torta E no joelho uma criança sorridente, Feia e morta, Estende a mão Viva a mata, ta, ta Viva a mulata, ta, ta, ta, ta No pátio interno há uma piscina Com água azul de Amaralina Coqueiro, brisa e fala nordestina E faróis Na mão direita tem uma roseira Autenticando eterna primavera E no jardim os urubus passeiam A tarde inteira entre os girassóis Viva Maria, ia, ia Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia No pulso esquerdo o bang-bang Em suas veias corre muito pouco sangue Mas seu coração Balança a um samba de tamborim Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-falantes Senhoras e senhores Ele pões os olhos grandes sobre mim Viva Iracema, ma, ma Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma Domingo é o fino-da-bossa Segunda-feira está na fossa Terça-feira vai à roça Porém, o monumento É bem moderno Não disse nada do modelo Do meu terno Que tudo mais vá pro inferno, meu bem Que tudo mais vá pro inferno, meu bem Viva a banda, da, da Carmen Miranda, da, da, da da.
Raul Seixas cita o trecho do inicio dessa musica na versao de 1984 de EU SOU EGOISTA no album METRO LINHA 743. ele ja tinha citado um trecho da musica ALEGRIA ALEGRIA na primeira versao em 1975
Há alguns minutos vi a abertura de Velho Chico, tocando um pedacinho da genial Tropicália.Aliás, a novela promete.Belas imagens um ritmo envolvente, sem pressa.Tarcísio Meira estupendo! Essas tramas rurais de Benedito Ruy Barbosa estavam fazendo falta.Vamos dar um tempo de tramas focando o modo de vida nas favelas.Cansaram!
Quando vejo caetano não vejo novelas,mais sim a grandeza e a biodversidade e a diversidade da natureda das suas musicas que encantam e emociona,isto para os fãs de caetano é um dos hinos nacionais da vidas e dos fãs. (eu não sou fã mais sei quanto caetano é caetano!♡♥
Cara, Tropicalia é um movimento em que se critica exatamente esse tipo de postura vira-lata e busca incorporar elementos estrangeiros na cultura brasileira (vide Manifesto Antropofáfico). Acho que vc não entendeu...
@@eduardopenna6065 errado meu amigo, o manifesto antropofágico visava repensar a dependência brasileira de paises colonizadores, a assimilação mútua que ocorreu entre o povo africano e indigena que era valorizada, "Combinadas as idéias destes autores e a ideologia desenvolvida por Oswald, retomam-se características dos primórdios da formação cultural brasileira: a combinação das culturas primitivas (indígena e africana) e da cultura latina, formada pela colonização européia. E forma-se o conceito errôneo de caracterizar, perante a colonização, o selvagem como elemento agressivo. A intenção de promover o resgate da cultura primitiva é notável no manifesto, e o autor o faz por meio de um processo não harmonioso de tentar promover a assimilação mútua por ambas as culturas. Oswald, no entanto, não se opõe drasticamente à civilização moderna e industrializada, mas propõe um certo tipo de cautela ao absorver aspectos culturais de outrem, para que a modernidade não se sobreponha totalmente às culturas primitivas" No caso ele valorizava a identidade própria original do Brasil, não esse misto de cultura assimilada pelo Brasil dos paises europeus que hoje podem ser comparados aos EUA, é exatamente o oposto de sindrome de vira lata pois o termo nascido com a derrota da seleção brasileira na copa de 1950 se refere a falta de auto estima dos brasileiros, a postura dominante naquele comentário é de empoderamento
@@eduardopenna6065 Estou estudando agora exatamente isso, e aqui no meu livro "Araribá Plus, Arte 9 ano- Editora Moderna" O movimento antropofágico consistia em "comer" a cultura europeia e transformá-la em Brasileira, resumindo, Nós usamos como exemplo e fazemos a nossa própria
Fenomenal. Inesquecível. A obra de arte se faz e se mantém, mas exige conhecer algo mais para além dela, como o tempo histórico de sua produção começando pelo Movimento Tropicália.
50 anos depois ainda moderno, transgressor, lindo, profético. Não estou aqui pra interpretar, mas pra sentir a beleza e a força dessa canção, que me faz chorar muito, de pura emoção. As imagens de beleza e opressão que a letra vai jogando tocam fundo, neste momento pavoroso de pandemia, governados por um psicopata megalomaníaco. E no joelho uma criança sorridente feia e morta estende a mão. Viva a mata ta ta Viva a mulata ta ta ta ta
Ainda bem que muita gente vai conhecer essa música através da próxima novela, mas talvez muitos nem percebam a grandiosidade dela. Bom mesmo seria conhecer outras do movimento Tropicalista, como Panis et Circenses.
Olha que barato!!! desculpem a expressão...é, eu sei que é antiga!! mais acho muito massa essa música!!! E como alguns já disseram, realmente vai ser tema de "Velho Chico"; música perfeita em letra, sentido e arranjo (tanto a original quanto essa nova versão)...acho bem legal a galera mais jovem conhecê-la. #pontoprampb
Essa música na minha opiniao junta em uma só música algo direto como Satisfaction dos Stones, ao psicodelismo de Lucy in the sky with dimonds dos Beatles. tão importante quanto ambas é essa música do Veloso.
+Denise Menezes Gomes Nao acho certo ver o tropicalismo contra um movimento de pura critica ao governo. Os tropicalistas, muito mais que criar meras canções de protesto, buscavam construir uma forma de arte que representasse o Brasil em toda a sua majestade, como resumiu um dos tropicalistas: "estavamos prestes a promover uma revolução cultural tao importante quanto a Semana de Arte Moderna, mas fomos impedidos pelos anais do AI-%"
Sobre a cabeça os aviões Sob os meus pés os caminhões Aponta contra os chapadões Meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento No planalto central do país Viva a Bossa, sa, sa Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça Viva a Bossa, sa, sa Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça O monumento É de papel crepom e prata Os olhos verdes da mulata A cabeleira esconde Atrás da verde mata O luar do sertão O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga Estreita e torta E no joelho uma criança Sorridente, feia e morta Estende a mão Viva a mata, ta, ta Viva a mulata, ta, ta, ta, ta Viva a mata, ta, ta Viva a mulata, ta, ta, ta, ta No pátio interno há uma piscina Com água azul de Amaralina Coqueiro, brisa e fala nordestina E faróis Na mão direita tem uma roseira Autenticando eterna primavera E no jardim os urubus passeiam A tarde inteira entre os girassóis Viva Maria, ia, ia Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia Viva Maria, ia, ia Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia No pulso esquerdo o bang-bang Em suas veias corre Muito pouco sangue Mas seu coração Balança um samba de tamborim Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-falantes Senhoras e senhores Ele põe os olhos grandes Sobre mim Viva Iracema, ma, ma Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma Viva Iracema, ma, ma Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma Domingo é o fino-da-bossa Segunda-feira está na fossa Terça-feira vai à roça Porém... O monumento é bem moderno Não disse nada do modelo Do meu terno Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Que tudo mais vá pro inferno Meu bem Viva a banda, da, da Carmem Miranda, da, da, da, da Viva a banda, da, da Carmem Miranda, da, da, da, da
O pessoal que chegava do Ceará no Rio e em São Paulo considerava a Tropicália já ultrapassada e antiga e o seu psicodelismo exacerbado uma forma de fuga de temas mais políticos. [Revista Fórum]
O Tropicalismo foi um movimento brasileiro de ruptura cultural que, na música, tem como marco o lançamento, em 1968, do disco Tropicália ou Panis et Circencis. 2:38 [UOL]
Letra/ lyrics/ Testo Sobre a cabeça os aviões Sob os meus pés os caminhões Aponta contra os chapadões Meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento no planalto central Do país Viva a bossa-sa-sa Viva a palhoça-ça-ça-ça-ça Viva a bossa-sa-sa Viva a palhoça-ça-ça-ça-ça O monumento é de papel crepom e prata Os olhos verdes da mulata A cabeleira esconde atrás da verde mata O luar do sertão O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga, estreita e torta E no joelho uma criança sorridente, feia e morta Estende a mão Viva a mata-ta-ta Viva a mulata-ta-ta-ta-ta Viva a mata-ta-ta Viva a mulata-ta-ta-ta-ta No pátio interno há uma piscina Com água azul de Amaralina Coqueiro, brisa e fala nordestina e faróis Na mão direita tem uma roseira Autenticando eterna primavera E nos jardins os urubus passeiam a tarde inteira Entre os girassóis Viva Maria-ia-ia Viva a Bahia-ia-ia-ia-ia Viva Maria-ia-ia Viva a Bahia-ia-ia-ia-ia No pulso esquerdo bang-bang Em suas veias corre muito pouco sangue Mas seu coração balança a um samba de tamborim Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-falantes Senhora e senhores ele põe os olhos grandes Sobre mim Viva Iracema-ma-ma Viva Ipanema-ma-ma-ma-ma Viva Iracema-ma-ma Viva Ipanema-ma-ma-ma-ma Domingo é o Fino da Bossa Segunda-feira está na fossa Terça-feira vai à roça Porém O monumento é bem moderno Não disse nada do modelo do meu terno Que tudo mais vá pro inferno, meu bem Que tudo mais vá pro inferno, meu bem Viva a banda-da-da Carmem Miranda-da-da-da-da Viva a banda-da-da Carmem Miranda-da-da-da-da Viva a banda-da-da Carmem Miranda-da-da-da-da Viva a banda-da-da Carmem Miranda-da-da-da-da
Os próprios portugueses, poetas e intelectuais, dizem que se Caetano não existisse, a língua portuguesa perderia Camões, Pessoa, e outros, e não teríamos a arte na poesia e na música. Ele é o esplendor e o sustentáculo da língua portuguesa.
amigo negocio é peito e bunnda
@@secondpendragon5656 ???????
Assino por Baixo. Caetano é um Senhor. Portuguesa deste lado. Seguidora de Caetano Veloso desde sempre. 🩵🩵🩵🩵🩵🩵🩵🩵🩵🩵 É sempre uma Alegria, uma Honra receber o Caetano em Portugal. 🇵🇹🇵🇹🇵🇹❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥❤️🔥
Sim
Silêncio porque, depois de velho, estou (re)descobrindo Caetano Veloso! Que música!
Caetano é pura poesia e irreverência amigo ... parabéns..fico feliz vc não está velho só está mais sábio.👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🦟🦟
Aí que delícia!!! deleite-se ....
Essa música esteve embaixo no meu nariz esses anos todos... e só despertei pra ela hoje! Tem mais de 50 anos e consegue ser extremamente atual em todos os sentidos!
Meu trabalho sobre tropicalismo me trouxe até aqui .. Gostei da música !
kkkkkkkk eu tbm!!!
Eu também,e apresentei hoje kkkkkkjkkjk
Eu Tbm
Eu Tbm
tambem toda hora escuto
Tem como não amar um artista como o Caetano? ❤
"Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Viva a Bossa, sa, sa
Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça
Viva a Bossa, sa, sa
Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça
O monumento
É de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga
Estreita e torta
E no joelho uma criança
Sorridente, feia e morta
Estende a mão
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém...
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da".
Obrigada ❤😍
Valeu !!! Obrigado 🙏
Melhor explicação pra essa música (peguei de um comentário no RUclips mesmo).
O sujeito aparece na primeira pessoa do singular, como ativo no processo de construção desse cenário: os meus pés, eu oriento, eu organizo, eu inauguro, dando a entender que seu posicionamento é bem próximo dos acontecimentos políticos de então. Logo no primeiro verso, sobre a cabeça os aviões, o sujeito autor, aqui colocado como ativo no processo, afirma que nada há acima dele a não ser aviões, é um ser supremo, inquestionável, inabalável, senhor de suas atitudes. No segundo verso, sob os meus pés os caminhões, entende-se que os caminhões citados são uma metáfora que se refere ao povo, pisado e humilhado.
Esse posicionamento deixa clara a materialidade lingüística utilizada pelo autor, já que não fala em povo, mas em caminhões, aparentemente desconexo semanticamente. É um disfarce lingüístico muito bem utilizado pelo sujeito-autor. Vem, então, o primeiro refrão: Viva a bossa, sa, sa,viva a palhoça, ça, ça, ça, ça. Nota-se uma associação fonética entre “palhoça” e “palhaço”, simbolizando, este, o povo brasileiro, “feito de bobo” pelo todo poderoso governo. A escolha pelo termo “palhoça” disfarça a crítica. E a repetição do fonema /s/ pode simbolizar a gargalhada irônica de quem está por cima.
Na segunda estrofe, é preciso prestar muita atenção nas metáforas, pois vão manifestar sobremaneira o sujeito interpelado pela ideologia: criticar de forma obscura. O “monumento” a que ele faz referência é o Palácio do Planalto, sede do governo federal em Brasília. Vejamos: é de papel crepom e prata, referência as cores e a beleza; não tem porta, por isso ninguém pode entrar, ninguém pode protestar; a entrada é uma rua estreita e torta, é difícil chegar até lá, o caminho é tortuoso, cheio de obstáculos. A mulata de olhos verdes é o símbolo das belezas naturais do país, escondidas pela cabeleira, atrás da verde mata, apodrecidas pelo sistema governamental.
Ainda nessa estrofe, teremos a crítica mais severa, a metáfora mais bem trabalhada pelo sujeito-autor, indiscutível, imperceptível, livre de quaisquer punições pela censura: e no joelho uma criança sorridente, feia e morta estende a mão. O “joelho” é o Nordeste brasileiro. Tomando-se por base o mapa do Brasil, é exatamente no Nordeste que temos uma forma parecida com um joelho dobrado, é lá que as crianças passam fome, estão abandonadas a toda sorte, são feias, maltratadas, e estendem a mão, pedindo ajuda, sorridentes, procurando ser simpáticas, mas esquecidas pelo governo, que atende a seus interesses e preocupa-se em calar a boca dos intelectuais e dos ativistas. E para associar esse fato à morte, vem o segundo refrão.
Viva a mata ta, ta, viva a mulata ta, ta, ta, ta. Nota-se um interessante jogo fonético: a repetição da sílaba “ta” nos remete ao som das metralhadoras, símbolo contundente da morte através do genocídio. É evidente a presença de um interdiscurso, um resgate da memória, retornando ao período de mortes, provocadas pelas duas primeiras grandes guerras mundiais, simplesmente porque os interesses de alguém falavam mais alto que os interesses de todo um povo.
As metáforas da terceira estrofe confirmam a ideologia do sujeito-autor e seu posicionamento crítico em relação ao governo federal. No pátio interno há uma piscina, é assim mesmo que se forma o Palácio do Planalto: na praça dos Três Poderes há uma imensa piscina, onde não se pode tomar banho. A água é azul, cristalina, exaltando as belezas naturais. Na mão direita tem uma roseira, autenticando eterna primavera: nesse fragmento nota-se a metáfora da rosa, lá sempre é primavera, sempre é tudo belo, todos vivem felizes. E no jardim os urubus passeiam (...) entre os girassóis, é evidente que o termo “urubus” é referência aos políticos, que passeiam, aproveitam o poder que têm nas mãos.
No próximo refrão, novamente um jogo sonoro de efeito surpreendente: Viva Maria, ia, ia, viva a Bahia, ia, ia, ia, ia. Maria e Bahia simbolizam o povo sofrido. E a repetição da sílaba “ia” tem efeito sonoro exatamente oposto. Esse repetição oral altera a posição das vogais e percebe-se um grito de dor: ai, ai, ai, ai. Se Caetano Veloso tivesse optado por repetir, na escrita, a sílaba “ai”, a censura cortaria esse trecho, por ficar evidente a crítica ao governo através da dor do povo. Mas ele, magistralmente, inverteu as vogais, e o grito de dor só é perceptível aos nossos ouvidos, não aos nossos olhos.
A quarta estrofe tem condições amplas de produção. É um momento complexo de interligação entre o texto e o discurso do sujeito-autor. Ideologicamente, ele nos mostra que a crítica acentuada é feita diretamente ao alvo: o presidente da República, o militar ditador. No pulso esquerdo o bang-bang, simboliza o poder; em suas veias corre muito pouco sangue, percebe-se a crítica à falta de sensibilidade do governante aqui criticado, que não se emociona ao ver a situação em que está seu país. Mas seu coração balança um samba de tamborim, mostra que, apesar dos problemas, o governante comemora sua posição, seu poder, sem se preocupar com o povo sofrido. No final dessa estrofe, ele põe os olhos grandes em mim, o sujeito-autor muda o foco da primeira pessoa que inicia o discurso. De poderoso a combatido, essa pessoa denuncia ser o alvo das perseguições, ele se coloca como um perseguido, um sujeito que deve se calar, que não tem o direito de abrir a boca para criticar, pois estão de olho nele.
No refrão, o suieito-autor faz nova brincadeira fonética. Aproveita dois “ícones” nacionais, Iracema de Alencar e Ipanema de Vinícius, para repetir a última sílaba, formando, assim, o adjetivo má. Esse adjetivo nos remete à administração pública, ao governante tirano, à sua índole, à sua alma, à sua visão egocêntrica, poderosa, dona de si. Ao mesmo tempo, é possível notar que a sílaba “ma”, pode nos remeter a um alguém que invocamos em caso de necessidade e que temos certeza de que vai nos amparar: “ma” de mamãe. É ela que nos protege, nos acode, nos ajuda quando precisamos. É ela que estende o braço, que não nos abandona quando precisamos. Diferentemente do governante público, que aproveita seu poder em benefício próprio e se esquece do povo, objeto de seu governo.
Finalmente, na última estrofe, as metáforas remetem ao povo, suas alegrias e tristezas. O trabalhador que enfrenta a semana de pesado trabalho para garantir o sustento, com dificuldade. Domingo é o fino-da-bossa, é o único dia em que o trabalhador pode ter um pouco de alegria, vai aproveitar a vida, descansar da labuta da semana. Segunda-feira está na fossa, porque tem que trabalhar. Aqui o autor materializa a cultura do povo brasileiro e o trauma desse dia da semana, que literalmente indica o fim do descanso e o início da labuta. O conectivo porém indica a oposição entre o trabalhador e o governo. O monumento é bem moderno é a metáfora do presidente, do poder, não disse nada do modelo do meu terno, não liga para o trabalhador, para sua aparência, para seus problemas. A crítica vai ficando mais direta, mais contundente, embora as metáforas, estilo predominante no discurso do sujeito-autor, isentam-no de qualquer culpa, de qualquer castigo. O discurso se encerra com uma intertextualidade com três grandes nomes da MPB: Roberto Carlos, que tudo mais vá pro inferno; Ronnie Von, viva a banda e a grande Carmem Miranda.
O sujeito-autor quis nos mostrar que não está sozinho nessa luta contra a opressão e que pode aproveitar o poder da música e da poesia para gritar e clamar por justiça, por direito de expressão, por liberdade de ir e vir, de cobrar ação dos governantes, de criticar o que não está bem. E pede tudo isso, no final, com mais um maravilhoso jogo fonético: banda, da, da, (...) Miranda, da, da, da, da. A sílaba “da” nos remete à forma verbal de “dar”, no imperativo. Funciona, dentro de seu discurso, como uma súplica: eu quero, eu preciso, eu necessito, eu exijo...
seu comentário é show ,valeu
incrível!
Resumindo , ele estava insatisfeito com a situação política e fez a música cm uma maneira de mostrar , muitas das vezes ele deixa explícito que se referia a Brasília ou seja embora seja tão suntuosa , as crianças ( situada na música) é que pagam pelo tão regime
amei. chorei
Que isso? Texto do Enem é? Kkk
"O nome da música é Tropicalia, ou seja, ele fala sobre esse movimento antropofágico do Brasil que se apropria de outras culturas para criar sua própria identidade ( uma coisa meio Oswald de Andrade).Um exemplo da antropofagia é o "bang-bang", que Caetano apropriou o americano , para o brasileiro.
Caetano cita "os aviões" em contraposição aos "caminhões", "coqueiro,brisa" e "faróis", "Iracema" (a Índia) e "Ipanema" (os civilizados) que são as dualidades existentes no Brasil, pra enfatizar a presença do tropical no mundo urbano (a Floresta e a Escola de Oswald de Andrade).
E mais uma referencia à Tropicalia é o verso "que tudo mais vá pro inferno" uma clara referencia ao Roberto Carlos que liderava a Jovem Guarda, movimento contrário ao Tropicalismo."
Talvez a Jovem Guarda fosse mais um movimento. Talvez a tropicália fosse outro ...pode se politizar isso ...e dizer que um era contrário ao outro ...mas precisava ser contrário ...? Não me parece que a tropicália quiz acabar com a jovem guarda ...(mas reconheço que isso que escrevi é ingênuo ...já que a jovem guarda afirmou movimentos músicais dos estados unidos e inglaterra ...e não criticou a ditadura militar ....nesse ponto alienou ...é como o clima de hoje ...um deslumbramento com Os Estados Unidos ...com o dominador ) ...Enquanto a tropicália era muito político ...com crítica social ..que incomodava os militares ...e Caetano e Gil pagaram por isso ...ainda bem que sobreviveram ...
Istom esmo!!!!
Um outro fato interessante é que Tarsila do Amaral, que passou um momento de sua vida casada com Oswaldo de Andrade, pintou o quadro Abaporu e deu-o a Oswaldo como presente de aniversário de casamento. A palavra "abaporu" é de origem indígena e remete ao antropofágico. Oswaldo de Andrade ficou tão interessado em desvendar o mistério por trás do nome que levou suas especulações para seu ramo literário.
Eu ainda creio que "Iracema" faça de alusão a praia de Fortaleza
A Jovem Guarda não era contrária ao Tropicalismo. Ela influenciou a Tropicália e posteriormente foram influenciados também. Erasmo Carlos disse que a Tropicália era "uma Jovem guarda com consciência". Caetano fala sobre os dois movimentos neste vídeo ruclips.net/video/FyPmtjXwZ8g/видео.html
Apenas hace días descubri la música de este gran señor estoy impresionada me encanta!!!
Provavelmente voce ficaria muito mais impressionada se escutasse a historia e metaforas da musica é literalmente um inicio de movimento "politico"
Uma das coisas fodas do Caetano é reler o próprio repertório em sonoridades de épocas muito diferentes. O eco de Chico Science e Nação Zumbi nessa versão foda de Tropicália (se não a, uma das melhores) é evidente!
Ouvindo essa musica em 18/ 01 de 2021!!! Mesmo não tendo vivido essa época ouço meus pais falarem e sempre se emocionan ao ouvir essas musicas dessa época em que eles lutaram por uma democracia!!
2022 e ainda a ouvir
Somente após ler o livro de Caetano "Verdade Tropical"... Embora sabendo de toda genialidade deste poeta, hoje entendo a verdadeira grandeza Dele.. E me sinto envergonhado por ter navegado por diferentes fontes, quando tinha tudo aqui mesmo, embaixo do meu nariz.
Caetano é gênio mas seria feio ele mesmo falar que o é! Precisa a pessoa pensar bem para enxergar.
Massa fera 👍
Quem não viu esse cara, não compreende a moderna história do país. Viva pra sempre CAETANO!!!!
Orgulho e gratidão de ser do mesmo país e viver no mesmo tempo que esse gênio, essa estrela, esse ser humano incrível! Quando vejo uma pessoa e sei que não conhece Caetano, sinto muito por ela...
Essa música é um resumo do nosso antigo e atual cenário político.
e provavelmente futuro . (inclusive ...eu sou o homem do futuro ...confirmo que aqui no futuro ..continua verdade )
Se antes era ruim, atualmente é pior
Passa o tempo e a msm coisa se repete só muda as pessoas
@@williamlord8791 vc é um profeta cara. Sou o futuro confirmando a sua fala.
@@williamlord8791 1 ano dps se concretizou
Isso é muita letra!!
Um hino..
Salve Caetano!!
Em plena pandemia de 2020 ouvindo esse hino. Obrigada por resistir e existir caetano. ❤
Tivemos dois grandes movimentos de mudança cultural e valorização da arte brasileira. O primeiro deles foi o Modernismo nos anos 1920. O segundo foi o Tropicalismo nos anos 1960. Caetano Veloso, Gil, Gal, Bethânia, Os Mutantes e outros artistas daquele período foram os responsáveis por definir o que seria o cenário musical dali pra frente, inclusive o rock dos anos 80.
Roberto Carlos entra a onde nisso
Já conhecia a canção, mas voltei aqui após assistir NARCISO EM FÉRIAS! Inclusive, recomendo à todos... um soco no estomago!
beautiful!! totally in love with this song
Estou em '22 e conheci 'Tropicáliia' em 96/97 de madrugada em uma festa. Amigo puxou no violão, e eu pedia pra voltar em cada estrofe, para poder pegar a letra pela velocidade da música e o álcool, rs. Atualíssima e Excepcional.
N me canso dessa música! Melhor movimento brasileiro!❤️
Pq me emociono tanto com essas musicas? Sou carioca, nunca saí do rio de janeiro, não tenho família fora do rio de janeiro. Mas essas músicas me emocionam tanto... Parece q me transporto... Me vejo lá, me sinto lá, tenho um orgulho e um amor que não sei explicar. Será q numa outra vida fui uma nordestina arretada? Única explicação.
"Os olhos verdes da mulata": referência a cantora DALVA DE OLIVEIRA! ❤❤❤
A frase Caetano é lindo, Gil é lindo.
Total veracidade.
Quem não veio aqui por causa de Velho Chico, e sim por conta do movimento tropicalia?
Só existem esses dois motivos? Eu vim para ouvir varias musicas do Caetano porque estou a fim. Outro dia ouço Gil, Gal, Belchior, Chico, Ednardo, Kleiton e Kledir, Almir Sater, Geraldo Azevedo, Marina....
@@vadicodf legal cara
Segunda opção, movimento Tropicália. Excelente para redações do ENEM se tiver relação com o tema kkkk
Eu vim por causa do meu professor de literatura no cursinho😅
@@vadicodf EUU
Davi Moraes na guitarra....mestre! show
Melhor coisa de você estudar é ouvir suas músicas favoritas das pessoas feras do mpb aaaa
Caetano é mto do caralhoooo hj eu só vou escutar ele e outro que sou mto fã
qual é o outro?
Putz, até eu queria lembrar agorA HAHAH, mas eu estava escutando lupicínio
Ah ta,brigada por responder,é que sou curiosa mesmo
Gilberto Gil!
Hino Informal Brasileiro!
E viva a Bahia, a Tropicália e a Cultura nacional.
Maldita ditadura vai p inferno ustra e Olavo de Carvalho.... esperando a chegada do jair
Caetano minha vida todos os dias!
A poesia e a força que caetanizar traz não tem em nenhum lugar.
Sem comentarisos... maravilha... viva Caetano e a musica Brasileira.
Letra ↔ Sobre a cabeça os aviões Sob os meus pés, os caminhões Aponta contra os chapadões, meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento No planalto central do país Viva a bossa, sa, sa Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça O monumento é de papel crepom e prata Os olhos verdes da mulata A cabeleira esconde atrás da verde mata O luar do sertão O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga, Estreita e torta E no joelho uma criança sorridente, Feia e morta, Estende a mão Viva a mata, ta, ta Viva a mulata, ta, ta, ta, ta No pátio interno há uma piscina Com água azul de Amaralina Coqueiro, brisa e fala nordestina E faróis Na mão direita tem uma roseira Autenticando eterna primavera E no jardim os urubus passeiam A tarde inteira entre os girassóis Viva Maria, ia, ia Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia No pulso esquerdo o bang-bang Em suas veias corre muito pouco sangue Mas seu coração Balança a um samba de tamborim Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-falantes Senhoras e senhores Ele pões os olhos grandes sobre mim Viva Iracema, ma, ma Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma Domingo é o fino-da-bossa Segunda-feira está na fossa Terça-feira vai à roça Porém, o monumento É bem moderno Não disse nada do modelo Do meu terno Que tudo mais vá pro inferno, meu bem Que tudo mais vá pro inferno, meu bem Viva a banda, da, da Carmen Miranda, da, da, da da.
muito,top essas música!!!!
harto sarcasmo...
Acredito que essa 'banda' do refrão final é referência da música de Chico, A Banda, que saiu em 1966, um ano antes de Tropicália (1967).
Lucas Rodrigues encantada sempre com a nossa mpb 😍😍😍😍😍
Raul Seixas cita o trecho do inicio dessa musica na versao de 1984 de EU SOU EGOISTA no album METRO LINHA 743. ele ja tinha citado um trecho da musica ALEGRIA ALEGRIA na primeira versao em 1975
Há alguns minutos vi a abertura de Velho Chico, tocando um pedacinho da genial Tropicália.Aliás, a novela promete.Belas imagens um ritmo envolvente, sem pressa.Tarcísio Meira estupendo! Essas tramas rurais de Benedito Ruy Barbosa estavam fazendo falta.Vamos dar um tempo de tramas focando o modo de vida nas favelas.Cansaram!
Conheci essa canção através de uns amigos de Olinda - PE. Amei 💗😍 no mesmo momento.
😂
obrigado, Senhor, por eu poder ouvir!
🙏🙏🙏
Viva Caetano e viva aos que apreciam!
Cada vez fico mais encantada com Caetano!!
Caetano, um dos compositores mais inteligentes da histórias. Criou composições invadindo o mundo da reflexão de um jeito especial.
Velho Chico estreou em Portugal, que música tão linda.
Tropicália- Psicodelia brasileira.
E Viva a Bahia!
L. Campelo
Essa percussão do Caetano é genial.
Essa música foi composta na época da ditadura militar. Esse arranjo com Davi Moraes na guitarra ficou muito bom!
Viva Iracema (praia em Fortaleza), Viva Ipanema (Rio de Janeiro) Caetano é Brasil!
Iracema também é uma referência à obra de José de Alencar.
Iracema pode ser também a personagem de nome homônimo do romance de José de Alencar e Ipanema pode ser a garota de Ipanema, da música de mesmo nome.
Clara Hortência vai se foder
nicolas marins, calma, jovem sua mãe sabe que você usa a Internet pra ofender os outros? O que aconteceu? Tomaram seu Todynho? 😂😂😂😂😂😂😂
Priscila Ravena tom Zé é Brasil
Quando vejo caetano não vejo novelas,mais sim a grandeza e a biodversidade e a diversidade da natureda das suas musicas que encantam e emociona,isto para os fãs de caetano é um dos hinos nacionais da vidas e dos fãs.
(eu não sou fã mais sei quanto caetano é caetano!♡♥
amo essa música, transmite algo muito bom
Chega de ser entupido de cultura importada dos E.U.A, Europa !
Viva a nossa cultura !
Cara, Tropicalia é um movimento em que se critica exatamente esse tipo de postura vira-lata e busca incorporar elementos estrangeiros na cultura brasileira (vide Manifesto Antropofáfico). Acho que vc não entendeu...
@@eduardopenna6065 Na mouche
Viva Brasil❤
@@eduardopenna6065 errado meu amigo, o manifesto antropofágico visava repensar a dependência brasileira de paises colonizadores, a assimilação mútua que ocorreu entre o povo africano e indigena que era valorizada,
"Combinadas as idéias destes autores e a ideologia desenvolvida por Oswald, retomam-se características dos primórdios da formação cultural brasileira: a combinação das culturas primitivas (indígena e africana) e da cultura latina, formada pela colonização européia. E forma-se o conceito errôneo de caracterizar, perante a colonização, o selvagem como elemento agressivo.
A intenção de promover o resgate da cultura primitiva é notável no manifesto, e o autor o faz por meio de um processo não harmonioso de tentar promover a assimilação mútua por ambas as culturas. Oswald, no entanto, não se opõe drasticamente à civilização moderna e industrializada, mas propõe um certo tipo de cautela ao absorver aspectos culturais de outrem, para que a modernidade não se sobreponha totalmente às culturas primitivas"
No caso ele valorizava a identidade própria original do Brasil, não esse misto de cultura assimilada pelo Brasil dos paises europeus que hoje podem ser comparados aos EUA, é exatamente o oposto de sindrome de vira lata pois o termo nascido com a derrota da seleção brasileira na copa de 1950 se refere a falta de auto estima dos brasileiros, a postura dominante naquele comentário é de empoderamento
@@eduardopenna6065 Estou estudando agora exatamente isso, e aqui no meu livro "Araribá Plus, Arte 9 ano- Editora Moderna" O movimento antropofágico consistia em "comer" a cultura europeia e transformá-la em Brasileira, resumindo, Nós usamos como exemplo e fazemos a nossa própria
Maravillosa versión¡¡¡ Toda la escencia brasileira. Optima para a novela
Gente... O Davi! Que lindo! FODAS
+Maria Eduarda Honório Lindo demais!
Fenomenal. Inesquecível. A obra de arte se faz e se mantém, mas exige conhecer algo mais para além dela, como o tempo histórico de sua produção começando pelo Movimento Tropicália.
Amo essa música 1968. Caetano estava no início da carreira.
Antiga concha acústica do Teatro Castro Alves. o único lugar onde se tinha Boa música de graça no mundo.
Amamos Caetano..
Cara pra mim isso é um hino...obrigada Caetano
Na mão direita tem uma roseira, autenticando a eterna primavera.
Meu trabalho sobre Tropicalia veio até aqui!!Curti muito
É de muito bom gosto colocar essa música como tema de abertura de uma novela das nove.Parabéns
Assistindo Velho Chico pela primeira vez no Globoplay e amando!❤2023
A voz da Bahia ! Caê ♥
Melhor versão desse clássico!!!
50 anos depois ainda moderno, transgressor, lindo, profético. Não estou aqui pra interpretar, mas pra sentir a beleza e a força dessa canção, que me faz chorar muito, de pura emoção. As imagens de beleza e opressão que a letra vai jogando tocam fundo, neste momento pavoroso de pandemia, governados por um psicopata megalomaníaco. E no joelho uma criança sorridente feia e morta estende a mão. Viva a mata ta ta Viva a mulata ta ta ta ta
Vim pelo Baco música foda!
As músicas do Caetano são maravilhosas! Ele brinca com as letras como ninguém! 👌🏻👌🏻👌🏻
Ainda bem que muita gente vai conhecer essa música através da próxima novela, mas talvez muitos nem percebam a grandiosidade dela. Bom mesmo seria conhecer outras do movimento Tropicalista, como Panis et Circenses.
Com certeza, panis et circenses melhor música
Obrigado pai por me apresentar música boa! Obrigado paaaaai!
Muito bom valeu baco informação é tudo. Caetano vc é foda
Que gênio!!! E é nosso! Nordestino, brasileiro.
Perfeita para a abertura de Velho Chico!!!
ela foi totalmente reformulada com orquestra sinfônica, perfeita para a abertura de Velho Chico!
+Luana Silva concerteza!
☺☺☺☺☺
foda-se
+CamaleãoTv Channel olha a revoltada
Caetano sempre Caetano, saudades do tempo, que tinha-se música para ouvir.
Será tema de abertura de Velho Chico, próximo novela das nove!!
Fiz um trabalho do meu prof de português, catanear lindo demais, essas músicas, quereres não enche, queixas etc... o cara é gênio
Essa música é top
Essa musica foi reinventada umas cinquenta vezes, todas acabaram ficando maravilhosas...isso diz muito sobre a sua composição.
Esse música é simplesmente show... um épico.
Caetano, Sou De 45, Quando. Saudades dos tempos dos festivais de 68,69 67.hoje não existe mais , tenho pena dos meus 5
Olha que barato!!! desculpem a expressão...é, eu sei que é antiga!! mais acho muito massa essa música!!! E como alguns já disseram, realmente vai ser tema de "Velho Chico"; música perfeita em letra, sentido e arranjo (tanto a original quanto essa nova versão)...acho bem legal a galera mais jovem conhecê-la. #pontoprampb
Posta essa versão no Spotify pelo amor de Deus
Essa música na minha opiniao junta em uma só música algo direto como Satisfaction dos Stones, ao psicodelismo de Lucy in the sky with dimonds dos Beatles. tão importante quanto ambas é essa música do Veloso.
inclusive uma das inspirações para compor o album tropicalia foram os Beatles
Isso é a história do brasil
+Denise Menezes Gomes Nao acho certo ver o tropicalismo contra um movimento de pura critica ao governo. Os tropicalistas, muito mais que criar meras canções de protesto, buscavam construir uma forma de arte que representasse o Brasil em toda a sua majestade, como resumiu um dos tropicalistas: "estavamos prestes a promover uma revolução cultural tao importante quanto a Semana de Arte Moderna, mas fomos impedidos pelos anais do AI-%"
+Guilherme Hoffmann falo e disse, é exatamente isso a Tropicalia!
Eu amo essa música
Quem não veio aqui por causa de Velho Chico, só porque queria ouvir um bom Caetano Veloso? (Nada contra Velho Chico )
eu
eu
eu pq aprecio a boa música Br.
eeeeeeeeeuuuuuuuuu
eu
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Viva a Bossa, sa, sa
Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça
Viva a Bossa, sa, sa
Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça
O monumento
É de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga
Estreita e torta
E no joelho uma criança
Sorridente, feia e morta
Estende a mão
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém...
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
letra magnífica!!!
D
Letra magnífica, música eletrizante!
Obrigado
.
Caetano,sem dúvidas o melhor dos melhores.Quando ouço tenho orgulho de ser brasileira.
Isso é que é arte
Sou fã desse cara, um poeta músico.
la letra es un ejercicio de sarcasmo alucinante. brasileños, pues...
esse hino do Caetano é lindo como tudo q ele faz amooooo
caetano é o pai do brasil
Mas em vez do pai dar mesada para os filhos,os filhos que dão mesada pra ele
@@tesaodigita6037 năo entendi
@@mariadocarmoamorim5610 ele quis dizer que sustentamos ele
@@stratokat9939 Com a Lei Rouanet
@@fox2005br isso
Perfeição!
Tropicália
Um ícone 👏👏👏👏♥
Amo muito, viva tropicália!!
essa música ❤
Saudades da mpb, quando se fazia músicas como essa, cheia de poesia, originalidade e brasilidade
Bons tempos que não voltam mais!!!
O tropicalismo foi fortemente influenciado pelo concretismo, corrente artística e literária do século XX. [Brasil Escola]
O pessoal que chegava do Ceará no Rio e em São Paulo considerava a Tropicália já ultrapassada e antiga e o seu psicodelismo exacerbado uma forma de fuga de temas mais políticos. [Revista Fórum]
O principal foco do Concretismo no Brasil foram as mudanças na forma de fazer poesia. [Educa Mais Brasil]
"Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais!" 2:22
Belchior
O Tropicalismo foi um movimento brasileiro de ruptura cultural que, na música, tem como marco o lançamento, em 1968, do disco Tropicália ou Panis et Circencis. 2:38 [UOL]
Ouvindo para fazer meu exercício de hist, da música ,cresci ouvindo essas músicas elas me inspiraram a querer ser música .
Letra/ lyrics/ Testo
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento no planalto central
Do país
Viva a bossa-sa-sa
Viva a palhoça-ça-ça-ça-ça
Viva a bossa-sa-sa
Viva a palhoça-ça-ça-ça-ça
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga, estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente, feia e morta
Estende a mão
Viva a mata-ta-ta
Viva a mulata-ta-ta-ta-ta
Viva a mata-ta-ta
Viva a mulata-ta-ta-ta-ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina e faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E nos jardins os urubus passeiam a tarde inteira
Entre os girassóis
Viva Maria-ia-ia
Viva a Bahia-ia-ia-ia-ia
Viva Maria-ia-ia
Viva a Bahia-ia-ia-ia-ia
No pulso esquerdo bang-bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração balança a um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhora e senhores ele põe os olhos grandes
Sobre mim
Viva Iracema-ma-ma
Viva Ipanema-ma-ma-ma-ma
Viva Iracema-ma-ma
Viva Ipanema-ma-ma-ma-ma
Domingo é o Fino da Bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Viva a banda-da-da
Carmem Miranda-da-da-da-da
Viva a banda-da-da
Carmem Miranda-da-da-da-da
Viva a banda-da-da
Carmem Miranda-da-da-da-da
Viva a banda-da-da
Carmem Miranda-da-da-da-da
Viva CAETANO Veloso
Caetano foi um grande artista desse período, além de criar a tropicália,participar de muitos festivais fez ele se destacar nesse período
Ele não criou o tropicalia sozinho, teve a participação de outros gênios da música como Gilberto Gil
concordo!
+PeleleoGamer Também concordo!!
Pilar da mpb
CAETANO DEMAIS.....E TÃO ATUAL ESSA CANÇÃO.......LUZ E PAZ !!!
Um movimento de tropicalismo
Essa música é muito arrepiante.❤️
"Senhoras e senhores eles põe os olhos grandes sobre mim" mano, como que essa música passou pela censura?? Caetano é mt foda ❤