Impossível não lembrar do filme Bicho de 7 Cabeças, com Rodrigo Santoro, Baseado na vida de um sobrevivente desse absurdo. Super recomendo. Quanto ao livro, não li e creio que deva guardar para quando estiver com o estômago mais forte.
Existe uma teoria política, pensada primeiramente por Michel Foucault, que poderia ajudar àqueles que estão interessados em compreender o significado político de ter existido fato tão absurdo no Brasil, relatado no livro. Falo da biopolítica. A teoria que explica como o poder alcançou a vida, em sua condição biológica, e fez dela o campo legítimo do exercício da soberania. Logo, da decisão de quem vive e de quem morre. Se for para indicar alguma leitura para quem estiver interessado, indico: História da loucura - Michel Foucault Nascimento da clínica - Michel Foucault Em defesa da sociedade - Michel Foucault O poder soberano e a vida nua - Giorgio Agamben Estado de exceção - Giorgio Agamben Necropolítica - Achille Mbembe Bios: biopolítica e filosofia - Roberto Esposito
Eu estou lendo esse livro, não é uma leitura fácil, você precisa dar uma certa pausa (até de dias) e continuar porque o que tem ali é um filme de terror! A parte do homem que não se lembrava do seu próprio nome é de partir a alma...
@@andre80403 onde posso ver? Só fiquei sabendo sobre O colônia de Barbacena na escola da minha filha. A turma do 3° ano fizeram uma representação rápida. Fiquei impactada, quando cheguei em casa fui pesquisar sobre. Gostaria de assistir e vou comprar o livros.
Este é um livro que por inúmeras vezes me aparecia e eu não queria ler, achava que não conseguia, por minha história de vida, onde minha avó materna que tinha esquizofrenia crônica (diagnosticada bem tardiamente por falta de conhecimento, pesquisa e tratamentos no período de juventude e vida adulta dela), sempre fomos companheiras, e eu me lembro de vê-la voltar da última internação em um hospital desses, inchada, vermelha, careca, com coceira e olhar parado, além de calada... algumas poucas coisas que ela viu e ou passou soltava de vez em quando, tempos depois. Como choques, banho frio, remédios, ser amarrada, ter os cabelos raspados, piolho, pulgas. Ela me disse certa vez, melhor não resistir, melhor não dizer nada ou gritar, porque aí é pior. Isso há 30 e poucos anos atrás. Então, o livro traz fotos e partes que assemelham e eu tinha medo. Mas, este ano uma amiga sem saber, colocou o livro na minha mão e sugeriu a leitura porque é muito bom, trouxe sem me comprometer e ao tocar o livro, a curiosidade me pegou, a narrativa fluiu e rapidamente, respirando, derrubando umas lágrimas e fazendo muitos nós na cabeça e coração, eu li e indico. Vale a pena conhecer!
Tatiana, tem um filme bem chocante que assisti no tempo da faculdade, há mais de 30 anos, sobre este hospital. Era um horror mesmo, eles mostram até a comida com bicho. Mas nesta semana estive pensando no fracasso da política de desenstitucionalização, pois tenho encontrado pessoas de rua que são ex pacientes. A sociedade está em falta sim, porque os CAP's não dão conta, nem as famílias, muitas até aposentam estas pessoas, ficam com o dinheiro e as jogam na rua. Não tem qualquer atendimento, muitos se drogam e se prostituem, mas a origem é um transtorno psiquiátrico. Os ideólogos assumiram a luta contra a institucionalização mas não colocaram nada no lugar. É uma triste realidade.
Você está coberta de razão. A desinstitucionalização não melhorou em nada a situação do paciente psiquiátrico . De qualquer forma, ambas situações, mostram a falência científica da psiquiatria.
perfeito. E existe ainda os viciados em crack que tb não conseguem atendimento. E isso se transforma num calvário sem fim para as famílias. Parque alguém, como eu, que já trabalhou no serviço público e viu dezenas de casos de pessoas que precisavam de internação com urgência e não conseguiram, ouso dizer que a reforma psiquiátrica brasileira, apesar das vitórias, tem uma quantidade enorme de fracassos que muitos (inclusive por questões ideológicas) fingem não ver
Em todo o mundo o tema é espinhoso e muito carente de atenção por parte dos governos. Tive uma tia esquizofrênica e posso dizer que não era fácil pra ninguém na família, em especial para minha avó, mãe dela, que teve que abrir mão da própria vida p se dedicar aos cuidados a filha. No Brasil, em 2010, a lei determinada que os portadores de doentes metais poderiam ser internados em instituições apenas pelo período de 3 meses. Depois ele deveria retornar a casa dos familiares. Ou seja, um cuidado, amparo, constante do governo para com as famílias não havia. Como por ex um local onde o doente pudesse passar o seu dia, realizando terapias ou algo parecido. Recomendo o delicado e ótimo filme francês MAIS QUE ESPECIAIS que trata do tema. Como disse, é uma questão universal onde não se tem ainda uma atenção devida e bem sucedida para o tema. Ótima sugestão de leitura Tatiana! 🧡
Oi, Tati! Li esse livro faz um tempo e foi muito chocante. Mudou meu modo de ver o mundo. Sou de SP, moro em Minas há um tempo e sou professora. Tive um aluno cujo um parente da mãe dele sumiu e tinha passado pelo Colônia. Emprestei esse livro pra ele, pra ver até se a mãe dele conseguiria ter alguma pista…ver assim, tão de perto, essa história…foi muito marcante. Ainda não fui para Barbacena, mas sei que lá há um museu sobre o Colônia e ainda o prédio tá lá.
Olá, Tatiana! Recomendo o livro História da loucura (Michel Foucault), para complementar a sua leitura, e sanar os questionamentos que vc mesma colocou. Leitura densa mas imprescindível.
Me custa crer que O Quinze não venceu!!! 😭. Mas esse da Arbex é um livro que precisa ser falado, então... Mas guardo ansiosamente pela cearense mais incrível da nossa literatura...
Excelente resenha! Li esse livro há uns dois anos aproximadamente. Boa leitura para quem quer se aprofundar no tema, apesar de achar que existe uma romantizaçao na luta antimanicomial. O texto trazido do Ferreira Goulart é excelente e expressa o sentimento de muitas pessoas que têm familiares com casos psiquiátricos graves e que, hoje, estão completamente desassistidos.
Cheguei a visitar o Hospital Psiquiátrico de Barbacena em 2008 (hoje não podemos nomear como manicômio, aparentemente) no decorrer do curso do Direito, exatamente para reflexão e me choquei muito com o local. Claro que já estava muito melhor e aparentemente os internos estavam sendo bem tratados.. Mas não consigo nem imaginar como era na época...
É preciso falar e saber que ainda existem " hospitais" assim. A pouco tempo o jornalista Cabrini fez um documentário e após uma denuncia de um suposto hospital psiquiátrico . Esta tudo documentado.
Li no meio deste ano e assisti ao documentário aqui no RUclips. Chocante!! Incrível a "semelhança" com o conto de Machado de Assis: O Alienista, (nos motivos banais que internavam as pessoas). Porém este é um conto. (Será!?). Amo seu canal. Abraço!
É estranho pensar no que era a realidade dos profissionais que trabalhavam no Colônia. Como a Tati mesmo questionou... Necessidade? Pior é pensar que havia médicos psiquiatras envolvidos. Aí já não dá pra achar que era por necessidade. Qual a mentalidade deles diante dessa realidade? Outro aspecto estranho é essa falta de critérios para internação. Outra coisa que me faz pensar... Nos chocamos mais com aqueles que não deveriam estar ali... Mas me pergunto? Alguém deveria estar??? Pacientes psiquiátricos podem sim necessitar de internação, e nesses casos, que tipo de tratamento recebem ainda hoje ? Trabalho na Saúde pública e o pouco contato que tenho com o CAPS ( Centro de Atenção Psicossocial) também me deixa triste e as vezes, chocada... Graças a Deus não é a realidade do Colônia, mãe estamos muito longe do ideal. Sofrem as famílias, sofrem os pacientes... Sofrem os poucos profissionais comprometidos... Enfim, uma discussão que dá muito pano pra manga ainda hoje....
Vídeo necessário esse sobre o 'Holocausto Brasileiro' - Obrigado, Tatiana! Leia a "História da Loucura" do Foucault, por favor. Leia sobre a Nise da Silveira, que humaniza o tratamento psiquiátrico no Brasil (infelizmente só conheço o filme sobre ela).
Li esse livro há 2 anos. É um soco no estomago. Torci muito pelo bombeiro, entre outros. Ah, tem o documentário também e pode ser visto aqui no RUclips.
Esse livro é um soco no estômago! De,orei a ler pq precisava parar pra respirar uns dias… muito pesado. Dani Arbex é sensacional, ela trabalhou com uma grande amiga no jornal Tribuna de Minas em Juiz de Fora-MG.
Li o livro e depois tive a oportunidade de conhecer a colônia lá em Barbacena(ou o que sobrou da colônia). É uma história muito triste e o local ainda continha aquela energia triste.
Com muito esforço consegui ler "Todo dia a mesma noite, da Daniela Arbex", agora tenho certeza que vou demorar muito tempo para conseguir ler esse livro. A situação das pessoas que necessitam de atendimento psicológico é muito dificil no país, principalmente, em cidades pequenas. Infelizmente, o descaso é grande.
Bom dia, Tati! Adorei seu vídeo, ponderada como sempre. Concordo com vc quando vc fala que é um livro irregular, mas de toda forma importante. Existe um pont,o que na minha opinião, foi deixado de lado na reforma psiquiátrica que é a necessidade por alguns pacientes de internações prolongadas. Sim, existem pacientes que não conseguem viver socialmente e que precisam estar internados. Existem pacientes em crises que precisam de internações também. E com a reforma, a maioria dos hospitais psiquiátricos foi extinta e não foram criados leitos psiquiátricos nos hospitais gerais. A reforma realmente se fez necessária, mas acredito que poderia ter sido conduzida de outra forma. Os serviços de atenção à saúde mental pelo sus hoje são muito deficitários e na maioria dos CAPS não temos a opção nem de atendimento noturno. Enfim, são muitos pontos a serem levantados. De toda forma, parabéns pelo vídeo!! Bjs
Dei esse livro de presente para o meu pai , logo após também li . Consegui acabar em 2 dias , em compensação fiquei muito tempo de ressaca literária . Totalmente impactante !
Boa noite Tati 🙏🙏🙏 Eu li muito bom....é triste 😢 o que essas pessoas vivenciaram neste período no Brasil. Minas Gerais não foi o único estado brasileiro a fazer isto com as pessoas com lepra ou algo parecido...infelizmente....😱😱😱
Amo esse canal. Suposição: Acho que o capitulo referente ao fotógrafo Luiz Alfredo, foi uma forma que autora utilizou para homenageá-lo, já que sem as fotos possivelmente esse livro nem existiria.
Se não me engano, o Rodrigo Santoro fez um filme nos anos 90 sobre o assunto. O personagem dele usava drogas, por causa disso o pai o internou em um manicômio. Onde ele realmente ficou doente. É um assisto difícil.
Bom dia Taty! Fico muito feliz quando você posta vídeo novo! Vou ler, na verdade já estou lendo, Guerra e Paz, e estou tentando seguir o seu projeto de leitura e o segundo vídeo é um estilo vlog, e bateu uma saudade desdes tipos de video que você fazia! Não que eu não gosto do seus vídeos atuais, mas é tão bom saber quer você é gente como a gente! Seria muito pedir para termo esses tipos de video😬? Amo seu canal, assisto todos os seus videos e é impressionante como eu quero comprar todos os livros que você indica! Beijos!
Tatiana, existem hospitais psiquiátricos que trabalham com internação sim, mas sempre com a política de desinstitucionalização do paciente e seu retorno a sociedade como resposta a reforma psiquiátrica.
Oi Tati, tema muito delicado, em Barbacena existe o "Museu da Loucura" que "preserva" essas informações, espero para que não se repita. Importante divulgar.
Bom diaa Tati ❤️ Fiz essa leitura conjunta com você, terminei no final de semana pra poder vir aqui e acompanhar a resenha, muito pesado esse livro, infelizmente é a realidade 😔
Eu tenho vontade de ler esse livros mas não tenho coragem. E sobre o acesso a psiquiatras, eu moro numa cidade pequena e a uns quinze anos atrás mais ou menos aqui não tenha nenhum psiquiatra nem público e nem particular. Quer dizer, no público tinha um que não morava aqui mas vinha uma vez na semana atender no hospital. Particular nem isso, você tinha que ir em outra cidade pra conseguir atendimento. Não sei como está hoje em dia, mas na época em que precisei não tinha.
Muito boa a resenha... o livro é realmente maravilhoso... Indico aqui o livro Amenina do ioiô: Auschwitz foi uma realidade, do autor W. Figueirôa... Abraço e muito sucesso!
Olá Tatiana. Sou psicólogo e se quiser conversar sobre a reforma, a periculosidade só louco e outras coisas estou a disposição. Vejo que você tem algumas dúvidas legítimas e que seria importante serem discutidas. Um abraço.
Assistir o documentário já foi muito pra mim. Sou sensível para esse tipo de assunto, mas vou adquirir o livro em breve. O da boate Kiss e outro da autora que vi na Amazon tbm. Já que é pra socar o estômago, vamos de uma vez só.
Interessante. Sempre vi muitos recomendando esse livro e falando muitíssimo bem, é a primeira vez que vejo comentarem sobre pontos negativos. Ainda assim tenho vontade de ler o livro e assistir o documentário (que inclusive está disponível aqui no RUclips)
Eu assisti o documentário sobre esse livro. Acho que ainda tem aqui no RUclips um documentário chamado Em nome da Razão, que é a base de Holocausto Brasileiro. Esses dois documentários foram uma das coisas mais tristes e assustadoras que eu já assisti na vida.
Oi Tati. Estava pensando que seria interessante vídeos sobre leituras de apoio e dicionários interessantes para enriquecer a leitura/escrita a exemplo do dicionário de símbolos que eu te vi usando em resenhas e um que acabo deadquirir que é o dicionário analógico. Mas não sei se essa parte mais filológica te interessa, mas fica a minha sugestão. Finalizo dizendo que eu adoro seu canal. Você é brilhante!
Verdade. Muito bem lembrado. Está no livro "Primeiras estórias". O trem do conto é o mesmo que levava os loucos para Barbacena. Conto lindo demais, diga-se de passagem.
O caminho para chegar a um psiquiatra pela rede pública é desestimulante. Para se ter uma ideia eu faço tratamento via SUS com psicóloga desde 2014 e a mesma me colocou na fila para um psiquiatra em março de 2015 (moro no interior de Mato Grosso, em uma cidade com 25 mil habitantes). Faço tratamento particular em uma cidade vizinha desde então, pois até hoje não consegui ter acesso a um psiquiatra e a mesma psicóloga foi honesta comigo falando que há apenas em uma cidade maior a 400km daqui e fazem de tudo para retirar somente alguns para consulta, pois é logisticamente impossível atender a todos.
Tenho esse livro. Depois da leitura me senti mal, fiquei muito triste e chocada com a forma que as pessoas eram tratadas. Muitos sabiam o que acontecia, mas não faziam nada. Situação horrível.
Sabe o que também é chocante? No direito brasileiro, conforme o Código Penal, quando algum autor de crime é considerado mentalmente incapaz, é aplicada a medida segurança de internação em manicômio. Essa é a única medida de segurança existente no Direito Penal, a do dito "louco". O que choca é que essas pessoas, na maioria dos casos, ganham uma sentença de prisão perpétua. Apesar da lei determinar que o internado seja submetido a avaliações médicas anuais e que o cumprimento da pena não pode passar do limite máximo de 30 anos, segundo entendimento do Supremo Tribunal de Justiça (atualmente são 40 anos), a bem da verdade é que os internados são deixados à deriva. Eles sofrem um desamparo total. Como bem explícito no vídeo, há uma negligência de total de todas as esferas, principalmente do Poder Público, fazendo com o que o apenado fique nessa situação degradante pro resto da vida.
Olá, Tatiana! Já tinha ouvido falar nesse livro e, sim, o assunto é muito impactante. Concordo com você relativamente a pouca reação das pessoas diretamente envolvidas no cotidiano relatado. Quanto à reportagem da revista O Cruzeiro, lembro que essa publicação tinha um histórico de sensacionalismo muito conhecido no meio jornalístico, o que não invalida a importância do fato trazido ao conhecimento do público.Deveria ter gerado reações na sociedade e no poder público.
Tratamento de choque era muito utilizado à época ,pois achavam que o choque poderia alterar alguma coisa no cérebro do paciente e ele melhorar . Foi abolido após muito estudo e luta de diversos psiquiatras ao redor do mundo ,aqui no Brasil a Nise da Silveira foi pioneira nisso .
Tem um documentário que mostra cenas reais da época em que O Colônia ainda funcionava. Eu já tive que ir muitas vezes para emergência psiquiátrica daqui de BH, e me dói dizer que hospitais psiquiátricos, principalmente os hospitais públicos, têm uma infraestrutura péssima e, muitos profissionais da saúde mental, não são capacitados.
Eu tenho aqui em casa, Tati. Não li ainda porque estou gestante e muito sensível. Você já leu Feia, da Constance Briscoe? É o relato da vida da autora, criada por mãe narcisista. Uma baita leitura, mas embrulha o estômago, misericórdia.
Acredito que Tatiana acertou bastante nos problemas apresentados no livro sem abandonar sua importância como registro de fatos. Queixo-me das mesmas coisas que Tatiana, mas somo a elas o apelo que o livro se permite fazer em favor do movimento antimanicomial. Há situações em que os manicômios são necessários. Estão negando isso a muitas famílias. Assistência social e apoio de vizinhos não dão conta do recado. O livro, deliberadamente, ignora que a psiquiatria ao redor do mundo ainda era bastante deficitária e desumanizada até há bem pouco tempo. Sobretudo na América Latina. Nomes como o da nossa Nise da Silveira, por exemplo, é que foram capazes de introduzir humanidade e aperfeiçoamento técnico nos manicômios.
tive a mesma sensacao. o capitulo fo fotografo sinceramente so pulei. nao entendi pra que aquilo ali, principalmente tao longo. a historia é sobre o hospital, nao o fotografo
![Digital Circus Episode 4 [TRAILER]](http://i.ytimg.com/vi/abZtsmMUbJo/mqdefault.jpg)
Como não lembrar de "O Alienista"?
Ia comentar isso
Fato
Sou portadora de problemas mentais...e não: o sistema público de saúde não atende bem os que necessitam de apoio psiquiátrico.😔
Impossível não lembrar do filme Bicho de 7 Cabeças, com Rodrigo Santoro, Baseado na vida de um sobrevivente desse absurdo. Super recomendo. Quanto ao livro, não li e creio que deva guardar para quando estiver com o estômago mais forte.
Existe uma teoria política, pensada primeiramente por Michel Foucault, que poderia ajudar àqueles que estão interessados em compreender o significado político de ter existido fato tão absurdo no Brasil, relatado no livro. Falo da biopolítica. A teoria que explica como o poder alcançou a vida, em sua condição biológica, e fez dela o campo legítimo do exercício da soberania. Logo, da decisão de quem vive e de quem morre.
Se for para indicar alguma leitura para quem estiver interessado, indico:
História da loucura - Michel Foucault
Nascimento da clínica - Michel Foucault
Em defesa da sociedade - Michel Foucault
O poder soberano e a vida nua - Giorgio Agamben
Estado de exceção - Giorgio Agamben
Necropolítica - Achille Mbembe
Bios: biopolítica e filosofia - Roberto Esposito
Eu estou lendo esse livro, não é uma leitura fácil, você precisa dar uma certa pausa (até de dias) e continuar porque o que tem ali é um filme de terror! A parte do homem que não se lembrava do seu próprio nome é de partir a alma...
A gente leu e fez trabalhos reflexivos sobre este livro na faculdade de Psicologia. Se você é psicólogo mas não leu este livro, fica a recomendação
Melhor canal de resenha do RUclips.
Faz tempo que quero ler esse livro.
Este livro é incrível, li no mês de janeiro. Até hoje ainda estou impactado... Muito pesado. 😲
O documentário a respeito do caso também é bem triste.
@@andre80403 Sim, é mesmo, também vi.
@@andre80403 onde posso ver? Só fiquei sabendo sobre O colônia de Barbacena na escola da minha filha. A turma do 3° ano fizeram uma representação rápida. Fiquei impactada, quando cheguei em casa fui pesquisar sobre. Gostaria de assistir e vou comprar o livros.
@@lenyennesouza6204 RUclips
Este é um livro que por inúmeras vezes me aparecia e eu não queria ler, achava que não conseguia, por minha história de vida, onde minha avó materna que tinha esquizofrenia crônica (diagnosticada bem tardiamente por falta de conhecimento, pesquisa e tratamentos no período de juventude e vida adulta dela), sempre fomos companheiras, e eu me lembro de vê-la voltar da última internação em um hospital desses, inchada, vermelha, careca, com coceira e olhar parado, além de calada... algumas poucas coisas que ela viu e ou passou soltava de vez em quando, tempos depois. Como choques, banho frio, remédios, ser amarrada, ter os cabelos raspados, piolho, pulgas. Ela me disse certa vez, melhor não resistir, melhor não dizer nada ou gritar, porque aí é pior. Isso há 30 e poucos anos atrás. Então, o livro traz fotos e partes que assemelham e eu tinha medo. Mas, este ano uma amiga sem saber, colocou o livro na minha mão e sugeriu a leitura porque é muito bom, trouxe sem me comprometer e ao tocar o livro, a curiosidade me pegou, a narrativa fluiu e rapidamente, respirando, derrubando umas lágrimas e fazendo muitos nós na cabeça e coração, eu li e indico. Vale a pena conhecer!
Esse livro é incrível,mexe demais com a gente.A história é tão triste.Mostra como o ser humano ás vezes pode ser cruel .Recomendadíssimo.
Bom dia, Tati, mais uma vez preparando aula e começando a te ouvir.
Aqui também 😂
Faço a mesma coisa. hehehe
Tatiana, tem um filme bem chocante que assisti no tempo da faculdade, há mais de 30 anos, sobre este hospital. Era um horror mesmo, eles mostram até a comida com bicho. Mas nesta semana estive pensando no fracasso da política de desenstitucionalização, pois tenho encontrado pessoas de rua que são ex pacientes. A sociedade está em falta sim, porque os CAP's não dão conta, nem as famílias, muitas até aposentam estas pessoas, ficam com o dinheiro e as jogam na rua. Não tem qualquer atendimento, muitos se drogam e se prostituem, mas a origem é um transtorno psiquiátrico. Os ideólogos assumiram a luta contra a institucionalização mas não colocaram nada no lugar. É uma triste realidade.
Você está coberta de razão. A desinstitucionalização não melhorou em nada a situação do paciente psiquiátrico . De qualquer forma, ambas situações, mostram a falência científica da psiquiatria.
Isso mesmo. Muito bem lembrado.
perfeito. E existe ainda os viciados em crack que tb não conseguem atendimento. E isso se transforma num calvário sem fim para as famílias. Parque alguém, como eu, que já trabalhou no serviço público e viu dezenas de casos de pessoas que precisavam de internação com urgência e não conseguiram, ouso dizer que a reforma psiquiátrica brasileira, apesar das vitórias, tem uma quantidade enorme de fracassos que muitos (inclusive por questões ideológicas) fingem não ver
tinha parentes em Barbacena MG na infância e passei férias de inverno lá. quando descobri a história do manicômio fiquei chocada.
Em todo o mundo o tema é espinhoso e muito carente de atenção por parte dos governos.
Tive uma tia esquizofrênica e posso dizer que não era fácil pra ninguém na família, em especial para minha avó, mãe dela, que teve que abrir mão da própria vida p se dedicar aos cuidados a filha.
No Brasil, em 2010, a lei determinada que os portadores de doentes metais poderiam ser internados em instituições apenas pelo período de 3 meses. Depois ele deveria retornar a casa dos familiares. Ou seja, um cuidado, amparo, constante do governo para com as famílias não havia.
Como por ex um local onde o doente pudesse passar o seu dia, realizando terapias ou algo parecido.
Recomendo o delicado e ótimo filme francês MAIS QUE ESPECIAIS que trata do tema.
Como disse, é uma questão universal onde não se tem ainda uma atenção devida e bem sucedida para o tema.
Ótima sugestão de leitura Tatiana! 🧡
Oi, Tati!
Li esse livro faz um tempo e foi muito chocante. Mudou meu modo de ver o mundo.
Sou de SP, moro em Minas há um tempo e sou professora. Tive um aluno cujo um parente da mãe dele sumiu e tinha passado pelo Colônia. Emprestei esse livro pra ele, pra ver até se a mãe dele conseguiria ter alguma pista…ver assim, tão de perto, essa história…foi muito marcante.
Ainda não fui para Barbacena, mas sei que lá há um museu sobre o Colônia e ainda o prédio tá lá.
Olá, Tatiana! Recomendo o livro História da loucura (Michel Foucault), para complementar a sua leitura, e sanar os questionamentos que vc mesma colocou. Leitura densa mas imprescindível.
Na mosca! Fui fazer um lanchinho da manhã no trabalho e acessei o RUclips bem na hora em que saiu vídeo novo hahaha
Me custa crer que O Quinze não venceu!!! 😭. Mas esse da Arbex é um livro que precisa ser falado, então... Mas guardo ansiosamente pela cearense mais incrível da nossa literatura...
Tmb quero a resenha de O quinze esse livro é incrível
Este livro é uma obra necessária para que esses fatos sejam plenamente conhecidos e JAMAIS se repitam.
Esse livro é muito pesado, li ele esse ano. Super feliz que vc resenhou ele, eu sempre procuro suas resenhas pra entender melhor algo que leio.
Eu votei nesse livro para ela resenhar justamente porque achei o assunto muito importante porém pesado. Não sei se um dia terei coragem de ler.
Excelente resenha! Li esse livro há uns dois anos aproximadamente. Boa leitura para quem quer se aprofundar no tema, apesar de achar que existe uma romantizaçao na luta antimanicomial. O texto trazido do Ferreira Goulart é excelente e expressa o sentimento de muitas pessoas que têm familiares com casos psiquiátricos graves e que, hoje, estão completamente desassistidos.
Tem uma série chamada Colônia que foi lançada recentemente e é baseada no livro
A situação psiquiátrica continua um caos. Basta caminhar no Centro de SP, onde moro. Hoje o Manicômio é ao ar livre.
Cheguei a visitar o Hospital Psiquiátrico de Barbacena em 2008 (hoje não podemos nomear como manicômio, aparentemente) no decorrer do curso do Direito, exatamente para reflexão e me choquei muito com o local. Claro que já estava muito melhor e aparentemente os internos estavam sendo bem tratados.. Mas não consigo nem imaginar como era na época...
É preciso falar e saber que ainda existem " hospitais" assim. A pouco tempo o jornalista Cabrini fez um documentário e após uma denuncia de um suposto hospital psiquiátrico . Esta tudo documentado.
Li no meio deste ano e assisti ao documentário aqui no RUclips. Chocante!! Incrível a "semelhança" com o conto de Machado de Assis: O Alienista, (nos motivos banais que internavam as pessoas). Porém este é um conto. (Será!?).
Amo seu canal. Abraço!
Machado de Assis brilhante, a frente de seu tempo.
Todo livro no seu canal, independente do tema, vira uma aula fantástica! Adoro.
É estranho pensar no que era a realidade dos profissionais que trabalhavam no Colônia. Como a Tati mesmo questionou... Necessidade? Pior é pensar que havia médicos psiquiatras envolvidos. Aí já não dá pra achar que era por necessidade. Qual a mentalidade deles diante dessa realidade?
Outro aspecto estranho é essa falta de critérios para internação.
Outra coisa que me faz pensar... Nos chocamos mais com aqueles que não deveriam estar ali... Mas me pergunto? Alguém deveria estar???
Pacientes psiquiátricos podem sim necessitar de internação, e nesses casos, que tipo de tratamento recebem ainda hoje ?
Trabalho na Saúde pública e o pouco contato que tenho com o CAPS ( Centro de Atenção Psicossocial) também me deixa triste e as vezes, chocada... Graças a Deus não é a realidade do Colônia, mãe estamos muito longe do ideal.
Sofrem as famílias, sofrem os pacientes... Sofrem os poucos profissionais comprometidos...
Enfim, uma discussão que dá muito pano pra manga ainda hoje....
Bom dia, Tati.
Meus ouvidos estão a postos. 😊
Vídeo necessário esse sobre o 'Holocausto Brasileiro' - Obrigado, Tatiana!
Leia a "História da Loucura" do Foucault, por favor.
Leia sobre a Nise da Silveira, que humaniza o tratamento psiquiátrico no Brasil (infelizmente só conheço o filme sobre ela).
Li esse livro há 2 anos. É um soco no estomago. Torci muito pelo bombeiro, entre outros. Ah, tem o documentário também e pode ser visto aqui no RUclips.
Esse livro é um soco no estômago! De,orei a ler pq precisava parar pra respirar uns dias… muito pesado. Dani Arbex é sensacional, ela trabalhou com uma grande amiga no jornal Tribuna de Minas em Juiz de Fora-MG.
Amo seu canal. Está na minha lista para leitura … independentemente dos problemas ,… acho importante a leitura como informação …
Li o livro e depois tive a oportunidade de conhecer a colônia lá em Barbacena(ou o que sobrou da colônia). É uma história muito triste e o local ainda continha aquela energia triste.
Que legal ver você fazendo resenha desse livro, Barbacena é logo do lado da minha cidade.
Assim que Tatiana falou que leria este livro, já comprei o meu e estou aguardando chegar.
Acredito que quem não era louco ficava depois de estar nesse lugar. Muito triste.
Com muito esforço consegui ler "Todo dia a mesma noite, da Daniela Arbex", agora tenho certeza que vou demorar muito tempo para conseguir ler esse livro.
A situação das pessoas que necessitam de atendimento psicológico é muito dificil no país, principalmente, em cidades pequenas.
Infelizmente, o descaso é grande.
Bom dia, Tati! Adorei seu vídeo, ponderada como sempre. Concordo com vc quando vc fala que é um livro irregular, mas de toda forma importante. Existe um pont,o que na minha opinião, foi deixado de lado na reforma psiquiátrica que é a necessidade por alguns pacientes de internações prolongadas. Sim, existem pacientes que não conseguem viver socialmente e que precisam estar internados. Existem pacientes em crises que precisam de internações também. E com a reforma, a maioria dos hospitais psiquiátricos foi extinta e não foram criados leitos psiquiátricos nos hospitais gerais. A reforma realmente se fez necessária, mas acredito que poderia ter sido conduzida de outra forma. Os serviços de atenção à saúde mental pelo sus hoje são muito deficitários e na maioria dos CAPS não temos a opção nem de atendimento noturno. Enfim, são muitos pontos a serem levantados. De toda forma, parabéns pelo vídeo!! Bjs
Dei esse livro de presente para o meu pai , logo após também li . Consegui acabar em 2 dias , em compensação fiquei muito tempo de ressaca literária . Totalmente impactante !
Realmente um "Holocausto Brasileiro"; me lembrei do filme "O Leitor" quando você mencionou os funcionários do "hospício".
Estou lendo o livro, e estou gostando da forma da escrita da autora.
Boa noite Tati 🙏🙏🙏
Eu li muito bom....é triste 😢 o que essas pessoas vivenciaram neste período no Brasil. Minas Gerais não foi o único estado brasileiro a fazer isto com as pessoas com lepra ou algo parecido...infelizmente....😱😱😱
Amo esse canal. Suposição: Acho que o capitulo referente ao fotógrafo Luiz Alfredo, foi uma forma que autora utilizou para homenageá-lo, já que sem as fotos possivelmente esse livro nem existiria.
Um livro que nesse momento nao tenho ganas de ler.
Voce OTIMA como sempre👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🌹
Se não me engano, o Rodrigo Santoro fez um filme nos anos 90 sobre o assunto. O personagem dele usava drogas, por causa disso o pai o internou em um manicômio. Onde ele realmente ficou doente. É um assisto difícil.
Já ouvi uma entrevista muito impactante dessa autora. Tenho muita curiosidade em ler esse livro dela. Valeu pela resenha, Tati.
Olá, boa tarde. A Praga, o holocautro da hanseníase, da Manuela Castro, é um livro bastante interessante.
Bom dia Taty! Fico muito feliz quando você posta vídeo novo! Vou ler, na verdade já estou lendo, Guerra e Paz, e estou tentando seguir o seu projeto de leitura e o segundo vídeo é um estilo vlog, e bateu uma saudade desdes tipos de video que você fazia! Não que eu não gosto do seus vídeos atuais, mas é tão bom saber quer você é gente como a gente! Seria muito pedir para termo esses tipos de video😬? Amo seu canal, assisto todos os seus videos e é impressionante como eu quero comprar todos os livros que você indica!
Beijos!
li esse livro pela faculdade, mexeu muito comigo. é realmente muito impactante, nunca imaginei que pudesse ter existido algo assim.
Daniela Arbex é muito boa! Amo os livros dela.
Tatiana, existem hospitais psiquiátricos que trabalham com internação sim, mas sempre com a política de desinstitucionalização do paciente e seu retorno a sociedade como resposta a reforma psiquiátrica.
É um livro que todos precisam conhecer...
Tati, seu trabalho cada vez mais incrível. Que resenha!
Oi Tati, tema muito delicado, em Barbacena existe o "Museu da Loucura" que "preserva" essas informações, espero para que não se repita. Importante divulgar.
Bom dia linda! Sua resenha de hoje disse exatamente as mesmas observações que eu fiz.
Caramba! Ótima dica....sempre ouço referências entre amigos!
Ja li o livro, é uma leitura necessária. Excelente resenha!
Excelente, Tati.
Tentarei ler próximo ano.
Obrigada!🖤
Bom diaa Tati ❤️ Fiz essa leitura conjunta com você, terminei no final de semana pra poder vir aqui e acompanhar a resenha, muito pesado esse livro, infelizmente é a realidade 😔
Maravilha 👏👏já estava na minha lista de leitura, certamente lerei em breve.
Eu tenho vontade de ler esse livros mas não tenho coragem. E sobre o acesso a psiquiatras, eu moro numa cidade pequena e a uns quinze anos atrás mais ou menos aqui não tenha nenhum psiquiatra nem público e nem particular. Quer dizer, no público tinha um que não morava aqui mas vinha uma vez na semana atender no hospital. Particular nem isso, você tinha que ir em outra cidade pra conseguir atendimento. Não sei como está hoje em dia, mas na época em que precisei não tinha.
Amo seus vídeos. Sempre melhoram o meu dia
Muito boa a resenha... o livro é realmente maravilhoso... Indico aqui o livro Amenina do ioiô: Auschwitz foi uma realidade, do autor W. Figueirôa... Abraço e muito sucesso!
Olá Tatiana. Sou psicólogo e se quiser conversar sobre a reforma, a periculosidade só louco e outras coisas estou a disposição. Vejo que você tem algumas dúvidas legítimas e que seria importante serem discutidas. Um abraço.
Assistir o documentário já foi muito pra mim. Sou sensível para esse tipo de assunto, mas vou adquirir o livro em breve. O da boate Kiss e outro da autora que vi na Amazon tbm. Já que é pra socar o estômago, vamos de uma vez só.
Tati e suas análises sempre muito coerentes, justas e nada sensacionalistas 🤍
Interessante. Sempre vi muitos recomendando esse livro e falando muitíssimo bem, é a primeira vez que vejo comentarem sobre pontos negativos.
Ainda assim tenho vontade de ler o livro e assistir o documentário (que inclusive está disponível aqui no RUclips)
Eu assisti o documentário sobre esse livro. Acho que ainda tem aqui no RUclips um documentário chamado Em nome da Razão, que é a base de Holocausto Brasileiro.
Esses dois documentários foram uma das coisas mais tristes e assustadoras que eu já assisti na vida.
Oi Tati. Estava pensando que seria interessante vídeos sobre leituras de apoio e dicionários interessantes para enriquecer a leitura/escrita a exemplo do dicionário de símbolos que eu te vi usando em resenhas e um que acabo deadquirir que é o dicionário analógico. Mas não sei se essa parte mais filológica te interessa, mas fica a minha sugestão. Finalizo dizendo que eu
adoro seu canal. Você é brilhante!
O conto “Sorôco, sua mãe, sua filha” do Guimarães Rosa apresenta o “trem” e trata da loucura. Conto curto e incrível!
Verdade. Muito bem lembrado. Está no livro "Primeiras estórias". O trem do conto é o mesmo que levava os loucos para Barbacena. Conto lindo demais, diga-se de passagem.
Não conhecia esse conto. Muito obrigada pela dica.
Tatiana sensata, como sempre 😘
O caminho para chegar a um psiquiatra pela rede pública é desestimulante. Para se ter uma ideia eu faço tratamento via SUS com psicóloga desde 2014 e a mesma me colocou na fila para um psiquiatra em março de 2015 (moro no interior de Mato Grosso, em uma cidade com 25 mil habitantes). Faço tratamento particular em uma cidade vizinha desde então, pois até hoje não consegui ter acesso a um psiquiatra e a mesma psicóloga foi honesta comigo falando que há apenas em uma cidade maior a 400km daqui e fazem de tudo para retirar somente alguns para consulta, pois é logisticamente impossível atender a todos.
Bom dia. Parabéns pelo Canal. Dê uma chance pra O quinze é muito bom. Bjos
Faz tempão que li este magnífico livro. Vale a pena demais
Tati, lê o livro “Capa Branca” do Daniel Sonin. Fala do complexo psiquiátrico de Juqueri. Um relato fantástico.
Eita mulher inteligente vc Tati. 😍😘😘
Amo ver vc falando de livros nacionais ❤
Pesado, ainda não o li. Meu pai têm esquizofrenia e depressão, penso que ele poderia ir... E parar neste lugar, sinto-me arrepios na espinha !
Excelente Resenha !!
Eu votei nesse livro 🙃🙃. Preciso ler urgentemente. Obrigada pela resenha. 🙂🙂
Tenho esse livro. Depois da leitura me senti mal, fiquei muito triste e chocada com a forma que as pessoas eram tratadas. Muitos sabiam o que acontecia, mas não faziam nada. Situação horrível.
Salvando esse vídeo para assistir depois 🖐🏼
Sabe o que também é chocante? No direito brasileiro, conforme o Código Penal, quando algum autor de crime é considerado mentalmente incapaz, é aplicada a medida segurança de internação em manicômio. Essa é a única medida de segurança existente no Direito Penal, a do dito "louco". O que choca é que essas pessoas, na maioria dos casos, ganham uma sentença de prisão perpétua. Apesar da lei determinar que o internado seja submetido a avaliações médicas anuais e que o cumprimento da pena não pode passar do limite máximo de 30 anos, segundo entendimento do Supremo Tribunal de Justiça (atualmente são 40 anos), a bem da verdade é que os internados são deixados à deriva. Eles sofrem um desamparo total. Como bem explícito no vídeo, há uma negligência de total de todas as esferas, principalmente do Poder Público, fazendo com o que o apenado fique nessa situação degradante pro resto da vida.
Esse livro é maravilhoso...
Olá, Tatiana! Já tinha ouvido falar nesse livro e, sim, o assunto é muito impactante. Concordo com você relativamente a pouca reação das pessoas diretamente envolvidas no cotidiano relatado. Quanto à reportagem da revista O Cruzeiro, lembro que essa publicação tinha um histórico de sensacionalismo muito conhecido no meio jornalístico, o que não invalida a importância do fato trazido ao conhecimento do público.Deveria ter gerado reações na sociedade e no poder público.
Fiz meu TCC de jornalismo sobre este livro.
Recomendo pra quem se interessa no assunto a assistir o documentário do Goulart Andrade sobre Juqueri- RJ.
Eu amo que não é a primeira vez que a Tati fala que acha velhinhas com bonecas um recurso apelativo
Esse livro me destruiu, fiquei dias tendo pesadelos com esse manicômio💔
Tratamento de choque era muito utilizado à época ,pois achavam que o choque poderia alterar alguma coisa no cérebro do paciente e ele melhorar . Foi abolido após muito estudo e luta de diversos psiquiatras ao redor do mundo ,aqui no Brasil a Nise da Silveira foi pioneira nisso .
Tem um documentário que mostra cenas reais da época em que O Colônia ainda funcionava. Eu já tive que ir muitas vezes para emergência psiquiátrica daqui de BH, e me dói dizer que hospitais psiquiátricos, principalmente os hospitais públicos, têm uma infraestrutura péssima e, muitos profissionais da saúde mental, não são capacitados.
Deixa o nome do documentário aqui, por favor!
no rio de janeiro em jacarepagua um hospital com esse nome colonia
Eu tenho aqui em casa, Tati. Não li ainda porque estou gestante e muito sensível. Você já leu Feia, da Constance Briscoe? É o relato da vida da autora, criada por mãe narcisista. Uma baita leitura, mas embrulha o estômago, misericórdia.
Não ganhou o que eu queria.. mas vamo lá
Ao término da leitura desse livro passei dias pensando nele.😓
Tati, este ano ainda terá resenha de o Adolescente, de Dostoiévski?
Não, por aqui, vamos ler Memórias do subsolo em dezembro :)
Estou lendo Uma criatura dócil gostaria de saber sua opinião
@@tatifeltrin Esse é um baita livro.
Li ele em pdf há meses, recomendo.
@@tatifeltrin Bom saber, já estava com vontade de ler e agora irei.
Acredito que Tatiana acertou bastante nos problemas apresentados no livro sem abandonar sua importância como registro de fatos.
Queixo-me das mesmas coisas que Tatiana, mas somo a elas o apelo que o livro se permite fazer em favor do movimento antimanicomial. Há situações em que os manicômios são necessários. Estão negando isso a muitas famílias. Assistência social e apoio de vizinhos não dão conta do recado.
O livro, deliberadamente, ignora que a psiquiatria ao redor do mundo ainda era bastante deficitária e desumanizada até há bem pouco tempo. Sobretudo na América Latina. Nomes como o da nossa Nise da Silveira, por exemplo, é que foram capazes de introduzir humanidade e aperfeiçoamento técnico nos manicômios.
tive a mesma sensacao. o capitulo fo fotografo sinceramente so pulei. nao entendi pra que aquilo ali, principalmente tao longo. a historia é sobre o hospital, nao o fotografo