Excelente reflexão, professor. De fato, o problema do ensino não é só pontual é sistêmico, além de envolver política, oque complica tudo. Mas, na minha opinião, não podemos desanimar! E se o senhor não consegue falar pros atuais diretores por motivos de pré conceito, é falar com os alunos (futuros diretores) para que esses questionamentos estejam com nós sempre. Obrigado.
Nossa, como você consegue falar tão assertivamente e por milhares de pessoas que comungam desse pensamento. Lembrei-me do dia que citei um trecho de uma obra do Fernando Pessoa para uma colega após uma aula de Convecção Térmica na pós-graduação. A mina achou que eu era um zumbi perambulando por ali. Triste, cara! Mas.... sigamos firmes. Amo seu trabalho.
Месяц назад
Gratidão pelo feedback, Robson. Fico feliz que aprecie o trampo que eu tento fazer aqui no Ciência e Brisa. Vamos juntos na luta sempre! Abração!
Concordo com os pontos do vídeo professor, mas tenho uma abordagem diferente, é SIM necessário envolver política, mas não no sentido de politicagem e sim num entendimento maior de ideologia. De fato vemos essa movimentação das instituições de ensino, desde a base até o superior, voltada para o mercado de trabalho e seu modo de produção, capitalismo. Portanto torna-se necessário questionar as raízes desse problema para entendermos de onde vem esse fenômeno, mas dado que a ideologia capitalista é a ideologia dominante, esses questionamentos não vão jamais vir de forma natural para o cidadão. Existe um autor chamado Mark Fisher que no seu livro realismo capitalista traz a frase "é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo" e isso se dá por um projeto de manutenção desse sistema de produção. É inevitável de um modo de produção que tenha como seu foco essa produção sem fim e cada vez mais crescente resulte numa crise climática, mas é ainda mais triste, como o senhor pontuou, que ao trazer esse mero questionamento, sou taxado de doido e fica por isso mesmo, especialmente triste ver colegas meus que estão na universidade para produzir conhecimento não questionem em momento algum o porquê dessa produção, num sentido de "O que que eu to fazendo aqui?"
Месяц назад+1
Salve, amigo(a)! Agradeço pelo comentário. Entendo completamente o seu ponto e concordo com ele. Somos seres de natureza política e num entendimento profundo do que essa palavra significa acho que é impossível fugir do ato político na luta por transformações sociais. Entendo "política" como uma arte da negociação entre seres humanos visando a construção de um espaço coletivo de convivência mais harmonioso. O problema é que o principal ato político em muitas das instituições humanas do nosso tempo se resume à discussões baseadas em conceituais absolutos muito mal definidos. Geralmente briga-se por conta de um baixo entendimento mesmo do significado das palavras. Isso é muito evidente em 99% das discussões que usam palavras como "comunismo" e "capitalismo". Eu fujo de usar essas palavras para evitar de levar quem me escuta a cair em certos clichês mentais que provocam reações emocionais primitivas que as impede de ouvir e pensar com clareza. Acredito que minha intenção ao questionar o uso político das instituições fosse nesse sentido. Acredito firmemente que uma consciência elevada desconhece todos esses absolutos que podem ser divididos entre si mesmo e seu oposto. E acho que é para lá que a gente tem que mirar. No fundo somos todos irmãos humanos dividindo um espaço finito e com recursos finitos por um tempo finito aqui na Terra e precisamos aprender a partilhar esse espaço de maneira harmoniosa mesmo com todo esse gradiente não-uniforme de consciências espalhadas por aí. Agradeço mais uma vez seu comentário, ele me fez refletir um bocado. Abração!
Professor, o que o senhor pensa sobre essa movimentação sistemática e financiada pela direita que alega o contrário do que o senhor relata? Que na UnB e em outras universidades federais, a educação está em decadência, que o ensino e a pesquisa foram deixados de lado e que se tornaram apenas ambientes de baderna e influência marxista
Месяц назад+1
Eu penso que essa galera não tem uma vivência acadêmica profunda para poder concluir o que eles querem concluir por interesses próprios. Não é um discurso intelectualmente honesto.
Excelente reflexão, professor. De fato, o problema do ensino não é só pontual é sistêmico, além de envolver política, oque complica tudo. Mas, na minha opinião, não podemos desanimar! E se o senhor não consegue falar pros atuais diretores por motivos de pré conceito, é falar com os alunos (futuros diretores) para que esses questionamentos estejam com nós sempre. Obrigado.
Nossa, como você consegue falar tão assertivamente e por milhares de pessoas que comungam desse pensamento. Lembrei-me do dia que citei um trecho de uma obra do Fernando Pessoa para uma colega após uma aula de Convecção Térmica na pós-graduação. A mina achou que eu era um zumbi perambulando por ali. Triste, cara! Mas.... sigamos firmes. Amo seu trabalho.
Gratidão pelo feedback, Robson. Fico feliz que aprecie o trampo que eu tento fazer aqui no Ciência e Brisa. Vamos juntos na luta sempre! Abração!
Concordo com os pontos do vídeo professor, mas tenho uma abordagem diferente, é SIM necessário envolver política, mas não no sentido de politicagem e sim num entendimento maior de ideologia. De fato vemos essa movimentação das instituições de ensino, desde a base até o superior, voltada para o mercado de trabalho e seu modo de produção, capitalismo. Portanto torna-se necessário questionar as raízes desse problema para entendermos de onde vem esse fenômeno, mas dado que a ideologia capitalista é a ideologia dominante, esses questionamentos não vão jamais vir de forma natural para o cidadão. Existe um autor chamado Mark Fisher que no seu livro realismo capitalista traz a frase "é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo" e isso se dá por um projeto de manutenção desse sistema de produção. É inevitável de um modo de produção que tenha como seu foco essa produção sem fim e cada vez mais crescente resulte numa crise climática, mas é ainda mais triste, como o senhor pontuou, que ao trazer esse mero questionamento, sou taxado de doido e fica por isso mesmo, especialmente triste ver colegas meus que estão na universidade para produzir conhecimento não questionem em momento algum o porquê dessa produção, num sentido de "O que que eu to fazendo aqui?"
Salve, amigo(a)! Agradeço pelo comentário. Entendo completamente o seu ponto e concordo com ele. Somos seres de natureza política e num entendimento profundo do que essa palavra significa acho que é impossível fugir do ato político na luta por transformações sociais. Entendo "política" como uma arte da negociação entre seres humanos visando a construção de um espaço coletivo de convivência mais harmonioso. O problema é que o principal ato político em muitas das instituições humanas do nosso tempo se resume à discussões baseadas em conceituais absolutos muito mal definidos. Geralmente briga-se por conta de um baixo entendimento mesmo do significado das palavras. Isso é muito evidente em 99% das discussões que usam palavras como "comunismo" e "capitalismo". Eu fujo de usar essas palavras para evitar de levar quem me escuta a cair em certos clichês mentais que provocam reações emocionais primitivas que as impede de ouvir e pensar com clareza. Acredito que minha intenção ao questionar o uso político das instituições fosse nesse sentido. Acredito firmemente que uma consciência elevada desconhece todos esses absolutos que podem ser divididos entre si mesmo e seu oposto. E acho que é para lá que a gente tem que mirar. No fundo somos todos irmãos humanos dividindo um espaço finito e com recursos finitos por um tempo finito aqui na Terra e precisamos aprender a partilhar esse espaço de maneira harmoniosa mesmo com todo esse gradiente não-uniforme de consciências espalhadas por aí. Agradeço mais uma vez seu comentário, ele me fez refletir um bocado. Abração!
Professor, o que o senhor pensa sobre essa movimentação sistemática e financiada pela direita que alega o contrário do que o senhor relata? Que na UnB e em outras universidades federais, a educação está em decadência, que o ensino e a pesquisa foram deixados de lado e que se tornaram apenas ambientes de baderna e influência marxista
Eu penso que essa galera não tem uma vivência acadêmica profunda para poder concluir o que eles querem concluir por interesses próprios. Não é um discurso intelectualmente honesto.