Percebo que o problema da possibilidade da fusão arte/vida é que a vida no mundo, a vida em sociedade carrega tudo que faz parte do hábito. Nem tudo que há na vida é habitual, a vida também traz relações heterônomas, mas uma arte autônoma deveria ser capaz de produzir esquecimento de si, incluir na experiência o que o hábito na vida cotidiana exclui (dissonância, dissenso, enfim, tudo que tende a desorganizar a sensibilidade) e, fazendo eco ao sagrado, produzir um tempo fora do tempo, ou quem sabe, revelar um mundo, como pensou Heidegger, e que, por sinal, pode ter dissolvido algo do seu nazismo em Ser e Tempo (será?) Por isso tendo a concordar com Safatle, fusão arte/vida é incompatível com a possibilidade de emancipação política, portanto, como ele bem colocou, é uma ideia reacionária.
O ato falho logo no final da exposição (25:25) é ótimo! Safatle troca 'emancipação' por 'autonomia' e joga pelos ares todas as firulas e filigranas em que se embrenhou guiado ideologia francesa.
seria possível dizer que essa dissolução do "eu", "necessário" para o produzir artístico, gere a ngústia e que por isso demande de modo recalcado um permanente estado de defesa q se volta contra o mundo, na forma de fascismos, para impedir seu desmoronamento? É bem " verdade" q só podemos nos constituir na correlação com o exterior, como outro, a autopoiese desvea na verdade uma correlação como externo do qual se depende(?), e q no devir estamos colocados a sempre se dissolver, e assim a criação também é destruição, desse "eu", em busca do exteporâneo, do q vem, colocanod sob risco o q se foi e por isto pondo em perspectiva uma necessidade de negar o mundo em favor desse "eu" , contra aquilo q virá?
Sei lá, mas acho que Espinoza faz esse tipo de debate parecer masturbação mental, mt viagem transcendente. Se a linha de pensamento do príncipe da filosofia tivesse se convertido em egemonico no ocidente, essas questões nem se quer existiriam.
Que live maravilhosa !!!! Duas figuras retumbantes do melhor de nossa intelectualidade . Obrigado pela live !!
Lá onde a pessoa se dissolve, onde há uma despersonalização, é que há a produção de um pensamento; ali a criação.
Safatle, ouço sempre sempre que posso
Valeu!
Adoro Louis CK, um grande.
Percebo que o problema da possibilidade da fusão arte/vida é que a vida no mundo, a vida em sociedade carrega tudo que faz parte do hábito. Nem tudo que há na vida é habitual, a vida também traz relações heterônomas, mas uma arte autônoma deveria ser capaz de produzir esquecimento de si, incluir na experiência o que o hábito na vida cotidiana exclui (dissonância, dissenso, enfim, tudo que tende a desorganizar a sensibilidade) e, fazendo eco ao sagrado, produzir um tempo fora do tempo, ou quem sabe, revelar um mundo, como pensou Heidegger, e que, por sinal, pode ter dissolvido algo do seu nazismo em Ser e Tempo (será?) Por isso tendo a concordar com Safatle, fusão arte/vida é incompatível com a possibilidade de emancipação política, portanto, como ele bem colocou, é uma ideia reacionária.
O ato falho logo no final da exposição (25:25) é ótimo! Safatle troca 'emancipação' por 'autonomia' e joga pelos ares todas as firulas e filigranas em que se embrenhou guiado ideologia francesa.
As perguntas deixam claro que a barbárie venceu faz tempo... as pessoas são incapazes de falar de arte sem mudar de assunto imediatamente!
seria possível dizer que essa dissolução do "eu", "necessário" para o produzir artístico, gere a ngústia e que por isso demande de modo recalcado um permanente estado de defesa q se volta contra o mundo, na forma de fascismos, para impedir seu desmoronamento? É bem " verdade" q só podemos nos constituir na correlação com o exterior, como outro, a autopoiese desvea na verdade uma correlação como externo do qual se depende(?), e q no devir estamos colocados a sempre se dissolver, e assim a criação também é destruição, desse "eu", em busca do exteporâneo, do q vem, colocanod sob risco o q se foi e por isto pondo em perspectiva uma necessidade de negar o mundo em favor desse "eu" , contra aquilo q virá?
Engraçado, ficou parecendo que a arte meio que nao tem mais lugar... parece uma palavra de outra época..
Sei lá, mas acho que Espinoza faz esse tipo de debate parecer masturbação mental, mt viagem transcendente. Se a linha de pensamento do príncipe da filosofia tivesse se convertido em egemonico no ocidente, essas questões nem se quer existiriam.
quais questões não existiriam?
@@cosmodradek questões existenciais