O humor inteligente e sarcástico de Machado é brilhante! Eu adoro uma literatura que me arranca risadas, ou até um risinho disfarçado. Eu acabei de ler Auto da Compadecida. Que delícia! Como eu me diverti!
Muito bom trazer Machado de Assis para discussão, seus livros sempre nos levam ao riso. Pra mim, a obra que me faz rir é o conto machadinha Os Santos, espetacular.
A construção bastante sofisticada da ironia machadiana como elemento desestruturador da burguesia no período imperial é algo inimitável! Amo Machado! obrigada
Coincidentemente, estou lendo e pesquisando sobre uma figura que se encaixa perfeitamente em todo esse processo do riso como desestruturador, provocador e que transita entre o sagrado e o profano. Estou falando de Cornélio Pires (1884-1958), que valorizou a cultura caipira, principalmente a paulista, usando o riso, a música (foi o primeiro produtor de discos independentes e criador do gênero "sertanejo*), a literatura para subverter uma ordem importada da Europa, que mostrava o caipira como uma pessoa atrasada, "demodê" e Cornélio propõe uma outra visão. O trânsito entre o profano e o sagrado está nas Festas do Divino e Folia de Reis onde, os mesmos violeiros que tocavam nas festas da roça, eram chamados para tocar naa festas religiosas. Cornélio encenou na Faculdade Mackenzie de SP um velório caipira onde se reza e bebe o defunto, além de cantar, comer e contar anedotas.
Sim, a margem para reflexões é muito ampla! Você já leu o Backthin? O estudo sobre o riso no medievo, este tênue trânsito entre o sagrado e o profano é genial!
Muito prazer em conhecer! É o segundo vídeo que assisto, e me tocou porque sou ilustrador, e o tema do Humor tem muito a ver com a relação entre narrativa e imagem. Meu trabalho, mesmo, não tem humor, eu acho. Mas é um tema que me interessa. O Humor, de fato, é raro na arte pictórica. O livro "De que riem as pessoas inteligentes", de Manfred Geyer, me pegou de cara, pois começa com a experiência do autor diante de um quadro perturbador, com um personagem que ri, em um museu da Holanda. No final, são dois quadros, os retratos de Demócrito, o ridente, e de Heráclito. o choroso. É um bom livro, com muita História.
Essa passagem de "O nome da rosa" é poderosa e, no meu entendimento, um dos pontos altos dessa obra monumental!! Esse seu vídeo está maravilhoso, aliás, como sempre! Em beijo para vc
Jeane, seja bem-vinda! Obrigada, ainda a fala precise ser resumida, vídeos mais extensos não encontram muitos ouvidos e olhos...E convido você a conhecer o Grilofalante no Instagram. bjs
Ariano Suassuna foi um mestre do riso nas comédias e nas aulas-espetáculo, e investigou o riso em suas aulas de estética. talvez o livro perdido de Aristóteles possa ser encontrado nos textos de Ariano, onde o riso não se dissocia do assombro com os destinos humanos, do desejo e do sonho. o sonho de um mundo em que se possa rir com alegria genuína, livre do medo.
Nossa, obrigada pela belíssima contribuição. Sem dúvida, Suassuna é um mestre. Tenho uma indicação para você: a dissertação de mestrado de um amigo, Frei Jonas Nogueira, sobre a figuração de Maria na obra de Suassuna. Um abraço
O humor inteligente e sarcástico de Machado é brilhante! Eu adoro uma literatura que me arranca risadas, ou até um risinho disfarçado.
Eu acabei de ler Auto da Compadecida. Que delícia! Como eu me diverti!
Ariano é gênio! Ele transfomou o coronelismo numa piada e a fé em algo profundo e leve!
Muito bom trazer Machado de Assis para discussão, seus livros sempre nos levam ao riso. Pra mim, a obra que me faz rir é o conto machadinha Os Santos, espetacular.
A construção bastante sofisticada da ironia machadiana como elemento desestruturador da burguesia no período imperial é algo inimitável! Amo Machado! obrigada
Gostei do tema abordado, foi muito enriquecedor. É bom ouvir falar quem entende do assunto. Parabéns um abraço.
Sonia, são só algumas pinceladas, o estudo de uma obra específica vira, é um tema muito desafiador! Obrigada pela presença!
Coincidentemente, estou lendo e pesquisando sobre uma figura que se encaixa perfeitamente em todo esse processo do riso como desestruturador, provocador e que transita entre o sagrado e o profano. Estou falando de Cornélio Pires (1884-1958), que valorizou a cultura caipira, principalmente a paulista, usando o riso, a música (foi o primeiro produtor de discos independentes e criador do gênero "sertanejo*), a literatura para subverter uma ordem importada da Europa, que mostrava o caipira como uma pessoa atrasada, "demodê" e Cornélio propõe uma outra visão. O trânsito entre o profano e o sagrado está nas Festas do Divino e Folia de Reis onde, os mesmos violeiros que tocavam nas festas da roça, eram chamados para tocar naa festas religiosas. Cornélio encenou na Faculdade Mackenzie de SP um velório caipira onde se reza e bebe o defunto, além de cantar, comer e contar anedotas.
Sim, a margem para reflexões é muito ampla! Você já leu o Backthin? O estudo sobre o riso no medievo, este tênue trânsito entre o sagrado e o profano é genial!
Não li ainda. Mas vou procurar. Obrigado por mais uma dica
Muito prazer em conhecer! É o segundo vídeo que assisto, e me tocou porque sou ilustrador, e o tema do Humor tem muito a ver com a relação entre narrativa e imagem. Meu trabalho, mesmo, não tem humor, eu acho. Mas é um tema que me interessa. O Humor, de fato, é raro na arte pictórica. O livro "De que riem as pessoas inteligentes", de Manfred Geyer, me pegou de cara, pois começa com a experiência do autor diante de um quadro perturbador, com um personagem que ri, em um museu da Holanda. No final, são dois quadros, os retratos de Demócrito, o ridente, e de Heráclito. o choroso. É um bom livro, com muita História.
Obrigada, professor! Vou em busca do título indicado. É um tema muito rico e de uma sofisticação imensa. Seja bem-vindo!
Essa passagem de "O nome da rosa" é poderosa e, no meu entendimento, um dos pontos altos dessa obra monumental!!
Esse seu vídeo está maravilhoso, aliás, como sempre!
Em beijo para vc
Obrigada, Ro! Tudo que envolve Eco é inspirador e desafiador!
Obrigada por citar essa linda passagem! Abraços 🥰
Você é inspiradora! bjs
Que coisa mais linda de ouvir ❤ Beijos amiga❤
Ei, Cilei! Continuamos na luta pelas letras literárias! Obrigada
Um livro que me fez rir, e muito, foi Pantaleon e as Visitadoras de Mário Vargas Lhosa😅😅😅😅
Ainda não li, mas há indicações. obrigada
Parabéns pelo vídeo! Adorei sua pesquisa 👏👏👏 Conheci seu canal faz pouco tempo
e estou gostando muito🥰
Jeane, seja bem-vinda! Obrigada, ainda a fala precise ser resumida, vídeos mais extensos não encontram muitos ouvidos e olhos...E convido você a conhecer o Grilofalante no Instagram. bjs
Ariano Suassuna foi um mestre do riso nas comédias e nas aulas-espetáculo, e investigou o riso em suas aulas de estética. talvez o livro perdido de Aristóteles possa ser encontrado nos textos de Ariano, onde o riso não se dissocia do assombro com os destinos humanos, do desejo e do sonho. o sonho de um mundo em que se possa rir com alegria genuína, livre do medo.
Nossa, obrigada pela belíssima contribuição. Sem dúvida, Suassuna é um mestre. Tenho uma indicação para você: a dissertação de mestrado de um amigo, Frei Jonas Nogueira, sobre a figuração de Maria na obra de Suassuna. Um abraço
Eu quis dizer machadiano
Está revisado! bjs
🩵💙🩵💙🩵💙🩷
Obrigada pela presença e pelo comentário azul! bjs