Maravilhoso, Professor. Parei tudo que estava fazendo, quando chegou ao meu celular o aviso de que havia novo vídeo seu disponível. Obrigado! É sempre muito bom e prazeroso escutá-lo.
Professor, seu vídeo me ajudou e enriqueceu tanto e de tantas formas que seria difícil definir… parabéns pelo trabalho, pela clareza e profundidade. Adoraria poder conversar mais profundamente contigo um dia 😁
Prezado professor Gherman, saudações. Sou inscrito no seu canal e tenho assistido a alguns meses, de forma assídua, a todos os vídeos por entender relevante suas reflexões sobre a contemporaneidade e a apropriação de simbolos realizada, particularmente, pelo bolsonarismo. Não sou judeu, tenho formação católica, mas curiosamente estava discutindo (sobre política) a 2 semanas atrás, alguns aspectos abordados no seu vídeo. No meio das discussões, mencionei seu nome e falei sobre sua reflexão sobre o o "judeu imaginário", de como esse seria um link para aproximação ao evangelismo neopentecostal. A família de minha esposa é em grande parte evangélica neopentecostal, então tenho participado de muitos casamentos, celebrações, etc. Tenho observado nessas celebrações, porque foi declarado abertamente por pastores nessas cerimônias, que eles procuram manter os ritos "como era no tempo de Jesus", (dessa forma se distanciando dos ritos católicos e se aproximando dos ritos judaicos), minha percepção nessas ocasiões foi que a visão neopentecostal sobre os textos comuns difere levemente do catolicismo , embora sejam os mesmos textos, talvez por evocar aspectos subjetivos e "ideais" de um passado histórico? Será que um aumento no dialogo entre as religiões poderia atenuar essa propensão a procura de um passado mítico e a ascensão de ideologias autoritárias?
Michel, em primeiro lugar, você é um baita contador de histórias. Sobre Elisha ben Abuia, figura fascinante. "A Torá está lá fora e vocês não a deixarão entrar?" se fosse para o Talmud excluir Elisha ben Abuya, não saberíamos mais dele. Mas foi incluído - e destacado - como O Outro. Quando o outro fala, se presta mais atenção do que quando os mesmos falam. A história dos quatro que entram no Pardes... Penso também no comum de um sábio ter uma leitura sobre um tema, seguida de davar acher, da outra leitura. O encontro, o dialógico, convido Martin Buber para a conversa. O Talmud são os óculos pelos quais a tradição judaica rabínica constrói o judaísmo. De tempos em tempos revisamos as lentes e as ajustamos. Fiquei com vontade de ter você com jovens estudando talmud - misturado com contos de sholem aleichem, isaac bashevis singer, e tantos outros. E outras! Obrigado. Uma das suas falas mais saborosas - mas mantendo conexão com suas falas mais ácidas. Ah, por fim: é muito bom nos apropriarmos e nos empoderarmos do talmud, que tb é nosso e não só de um setor determinado do povo judeu. Que sejamos os outros, e montemos o coletivo @S Abuyas. Boa semana.
Quanto ao texto vc está certíssimo na distorção da palavra .Uma passagem do livro de cantares e um exemplo : O meu amado e meu e eu sou do meu amado.Ja para o original seria : Eu sou para o meu amado e o meu amado e para mim . Posição e não posse como em português. O ensino evangélico o eu vem acima de Deus .
Eu já comentei antes que foi uma felicidade conhecer o prof. Michel. Tive uma forte formação católica mas, lá pelos meus 35 anos, passei a adotar uma postura cada vez mais crítica (no sentido analítico) dos conceitos, normas, interpretações e dogmas do catolicismo e, por extenção quase automática, do protestantismo. Um católico que cursa para a 1ª comunhão e tb, depois, para a crisma, estuda pouco o velho testamento. Mas ele sempre está presente nos sermões, homilias, etc. Resolvi lê-lo todo. E reli o Novo Testamento tb. No Velho, separei mais de 100 passagens as quais eu entendi, e entendo, como incompatíveis com um Deus de amor e justiça, de saber infinito e atemporal. E várias outras inconsistências de ordem até lógica. Essa passagem de Sodoma e Gomorra é exemplar, assim como o desenrolar da trajetória de Ló e sua família. De fato, é muito surpreendente, e parte da minha conclusão, logo de início, foi da distorção da natureza do que ocorria nas duas cidades condenadas, exatamente como o prof. descreve. Mas para a outra passagem, a de Abraão e seu filho Jacob, até onde percebi na Bíblia, não consegui encontrar essa referência, prof. Michel, de que Deus teria indicado que Abraão estava errado, que ele não passou na prova. Há alguma diferença entre o texto do Talmude e o do Velho Testamento? Se vc vier a ler este meu comentário, e achar pertinente falar mais sobre essa questão, eu ficaria muito grato. E talvez muitas outras pessoas tb possam compreender melhor essa questão. Essa questão, para mim, vai de encontro com muitas outras passagens. Pq Deus colocaria pessoas à prova? Ele não sabe, previamente, qual será o resultado? Se não sabe, o que se pode dizer de seu absoluto e infinito conhecimento? Se Ele precisa propor provas, é pq ele não sabe qual será o resultado. E qto à sua sabedoria? Vejamos isso nesse mesmo exemplo de Sodoma e Gomorra. De início, Deus teria decidido arrasar as 2 cidades. Teriam sido anjos que o aconselharam a ter mais "bom senso", prudência, e analisar a situação melhor. Foi proposto que fossem enviados anjos às cidades para localizar homens justos (claro que as mulheres nem são citadas como possibilidades). Se encontrados eles seriam poupados. E Ló foi o único considerado justo, merecedor da misericórdia de Deus. Por extensão, não por merecimento descrito, sua esposa e filhas tb seriam poupadas. Ló, o justo, que para proteger seus hóspedes visitantes do Céu, ofereceu suas próprias filhas para a sevícia de habitantes da cidade. Muito justo! Para sua esposa tal deferência não valeu nada; foi transformada em uma estátua de sal só pq olhou para trás. De resto, homens e mulheres das duas cidades foram dizimados. Mas não só eles e elas; tb as crianças, mesmo bebês! Que sabedoria e justiça teria havido nessa passagem? E há outras assim, dezenas.
Aliás, ainda a respeito de vosso comentário: no caso do episódio “O Sacrifício de Abraão”, sempre me recordo da posição de Kierkegaard em “Temor e Tremor” (ele mesmo um exegeta protestante, embora herético). Na introdução do livro, Kierkegaard multiplica as leituras do ato como desdobramentos possíveis das ações de Abraão, em uma introdução narrativa fragmentária e singular, antes de optar por entender a relação do profeta com a ordem divina em termos de um “salta da fé”, um absoluto incomensurável em termos de significado.
A narrativa da fonte me lembrou o final do filme “Stalker”, de Tarkóvski… O que torna o judaísmo tão incrível, creio, seja essa relação fundamental estabelecida com a heresia, a apostasia. Enquanto todas as outras religiões do Livro tratam a alteridade como um território de exclusão, no judaísmo existe outras possibilidades de diálogo com o outro-em-si-mesmo que são únicas.
Incrível como o torah e, por meio que extensão, até a biblia têm sentidos mais profundos que se perdem com a falta do debate. Foi interessante aprender um pouco mais. Tem uma ética no debate, que se perde no fundamentalismo
Professor chego a conclusão que as religiões convergem para que o Sagrado está dentro de nós,. Exemplo o Budismo atribui todas as conservas ou não boas a cada um de nós, não acreditamos em um Ser fora de nós.
A narrativa da fonte me lembrou o final do filme “Stalker”, de Tarkóvski… O que torna o judaísmo tão incrível, creio, seja essa relação fundamental estabelecida com a heresia, a apostasia. Enquanto todas as outras religiões do Livro tratam a alteridade como um território de exclusão, no judaísmo existe outras possibilidades de diálogo com o outro-em-si-mesmo que são únicas.
Professor Guerman, das melhores coisas que a internet pode oferecer ao Brasil inteligente e decente.
Maravilhoso, Professor.
Parei tudo que estava fazendo, quando chegou ao meu celular o aviso de que havia novo vídeo seu disponível.
Obrigado!
É sempre muito bom e prazeroso escutá-lo.
Professor, eu não tenho palavras para expressar minha gratidão.
Eu já vi esse vídeo várias vezes. Fantástico. Toda vez que o vejo, aprendo algo diferente.🙋♂️🙏🙋♂️🙏🙋♂️🙏
Eu também sempre vejo novamente esse vídeo, tem muito aprendizado nele.
O respeito a alteridade deve se aplicar a tudo. Excelente, professor.
A doença do literalismo é o que mata: nunca digam água [é] água. Pois o que mata é a certeza, não a incerteza... Belíssima reflexão, Professor!
A cada segundo um ensinamento. Muitíssimo obrigado Professor Michel!!
Muito aprendizado! Obrigado!
Professor, seu vídeo me ajudou e enriqueceu tanto e de tantas formas que seria difícil definir… parabéns pelo trabalho, pela clareza e profundidade. Adoraria poder conversar mais profundamente contigo um dia 😁
Bravo, professor.
Vai mto além da erudição.
Existe aí uma vivência profunda e por isso mesmo infinita.
Sem palavras...
Prezado professor Gherman, saudações.
Sou inscrito no seu canal e tenho assistido a alguns meses, de forma assídua, a todos os vídeos por entender relevante suas reflexões sobre a contemporaneidade e a apropriação de simbolos realizada, particularmente, pelo bolsonarismo.
Não sou judeu, tenho formação católica, mas curiosamente estava discutindo (sobre política) a 2 semanas atrás, alguns aspectos abordados no seu vídeo.
No meio das discussões, mencionei seu nome e falei sobre sua reflexão sobre o o "judeu imaginário", de como esse seria um link para aproximação ao evangelismo neopentecostal.
A família de minha esposa é em grande parte evangélica neopentecostal, então tenho participado de muitos casamentos, celebrações, etc.
Tenho observado nessas celebrações, porque foi declarado abertamente por pastores nessas cerimônias, que eles procuram manter os ritos "como era no tempo de Jesus", (dessa forma se distanciando dos ritos católicos e se aproximando dos ritos judaicos), minha percepção nessas ocasiões foi que a visão neopentecostal sobre os textos comuns difere levemente do catolicismo , embora sejam os mesmos textos, talvez por evocar aspectos subjetivos e "ideais" de um passado histórico?
Será que um aumento no dialogo entre as religiões poderia atenuar essa propensão a procura de um passado mítico e a ascensão de ideologias autoritárias?
Muito obrigado Sr. Michel.
Hoje entendi💡 o significado desse conto. Achava ele tão tolo.
Edit: Professor essa sua aula valeu por 10 anos lendo o Talmud.
Gostei muito! Obrigada, professor
Michel, em primeiro lugar, você é um baita contador de histórias. Sobre Elisha ben Abuia, figura fascinante. "A Torá está lá fora e vocês não a deixarão entrar?" se fosse para o Talmud excluir Elisha ben Abuya, não saberíamos mais dele. Mas foi incluído - e destacado - como O Outro. Quando o outro fala, se presta mais atenção do que quando os mesmos falam. A história dos quatro que entram no Pardes... Penso também no comum de um sábio ter uma leitura sobre um tema, seguida de davar acher, da outra leitura. O encontro, o dialógico, convido Martin Buber para a conversa. O Talmud são os óculos pelos quais a tradição judaica rabínica constrói o judaísmo. De tempos em tempos revisamos as lentes e as ajustamos. Fiquei com vontade de ter você com jovens estudando talmud - misturado com contos de sholem aleichem, isaac bashevis singer, e tantos outros. E outras! Obrigado. Uma das suas falas mais saborosas - mas mantendo conexão com suas falas mais ácidas. Ah, por fim: é muito bom nos apropriarmos e nos empoderarmos do talmud, que tb é nosso e não só de um setor determinado do povo judeu. Que sejamos os outros, e montemos o coletivo @S Abuyas. Boa semana.
Muito bom Michel! Adorei.
Maravilhoso! Muito obrigado !
Extraordinário. Muito obrigado.
Quanto ao texto vc está certíssimo na distorção da palavra .Uma passagem do livro de cantares e um exemplo : O meu amado e meu e eu sou do meu amado.Ja para o original seria : Eu sou para o meu amado e o meu amado e para mim . Posição e não posse como em português. O ensino evangélico o eu vem acima de Deus .
amei , obrigada pela aula
Que aula maravilhosa!
Professor, muito obrigado mesmo por compartilhar!
Que canal maravilhoso.
Que maravilha poder escutá-lo uma aprendizagem a cada vídeo. Obrigada
É sempre muito instrutivo ouvir suas lives. Um grande abraço e um ótimo domingo.
Maravilha isso!
Importante reflexão.
Eu já comentei antes que foi uma felicidade conhecer o prof. Michel. Tive uma forte formação católica mas, lá pelos meus 35 anos, passei a adotar uma postura cada vez mais crítica (no sentido analítico) dos conceitos, normas, interpretações e dogmas do catolicismo e, por extenção quase automática, do protestantismo. Um católico que cursa para a 1ª comunhão e tb, depois, para a crisma, estuda pouco o velho testamento. Mas ele sempre está presente nos sermões, homilias, etc. Resolvi lê-lo todo. E reli o Novo Testamento tb. No Velho, separei mais de 100 passagens as quais eu entendi, e entendo, como incompatíveis com um Deus de amor e justiça, de saber infinito e atemporal. E várias outras inconsistências de ordem até lógica. Essa passagem de Sodoma e Gomorra é exemplar, assim como o desenrolar da trajetória de Ló e sua família. De fato, é muito surpreendente, e parte da minha conclusão, logo de início, foi da distorção da natureza do que ocorria nas duas cidades condenadas, exatamente como o prof. descreve. Mas para a outra passagem, a de Abraão e seu filho Jacob, até onde percebi na Bíblia, não consegui encontrar essa referência, prof. Michel, de que Deus teria indicado que Abraão estava errado, que ele não passou na prova. Há alguma diferença entre o texto do Talmude e o do Velho Testamento? Se vc vier a ler este meu comentário, e achar pertinente falar mais sobre essa questão, eu ficaria muito grato. E talvez muitas outras pessoas tb possam compreender melhor essa questão. Essa questão, para mim, vai de encontro com muitas outras passagens. Pq Deus colocaria pessoas à prova? Ele não sabe, previamente, qual será o resultado? Se não sabe, o que se pode dizer de seu absoluto e infinito conhecimento? Se Ele precisa propor provas, é pq ele não sabe qual será o resultado. E qto à sua sabedoria? Vejamos isso nesse mesmo exemplo de Sodoma e Gomorra. De início, Deus teria decidido arrasar as 2 cidades. Teriam sido anjos que o aconselharam a ter mais "bom senso", prudência, e analisar a situação melhor. Foi proposto que fossem enviados anjos às cidades para localizar homens justos (claro que as mulheres nem são citadas como possibilidades). Se encontrados eles seriam poupados. E Ló foi o único considerado justo, merecedor da misericórdia de Deus. Por extensão, não por merecimento descrito, sua esposa e filhas tb seriam poupadas. Ló, o justo, que para proteger seus hóspedes visitantes do Céu, ofereceu suas próprias filhas para a sevícia de habitantes da cidade. Muito justo! Para sua esposa tal deferência não valeu nada; foi transformada em uma estátua de sal só pq olhou para trás. De resto, homens e mulheres das duas cidades foram dizimados. Mas não só eles e elas; tb as crianças, mesmo bebês! Que sabedoria e justiça teria havido nessa passagem? E há outras assim, dezenas.
O talmud é um crime contra a humanidade
Parabéns (atrasado) Professor!!!!!
Excelente aula professor. Obrigado..
Excelente, professor!! Muito obrigado por isso!
Maravilha de aula, professor. Muito obrigada! Muito bom contar consigo.✨
Excelente! Explicações, professor.
MUITO BOM... isto é Cabalá!
Aliás, ainda a respeito de vosso comentário: no caso do episódio “O Sacrifício de Abraão”, sempre me recordo da posição de Kierkegaard em “Temor e Tremor” (ele mesmo um exegeta protestante, embora herético). Na introdução do livro, Kierkegaard multiplica as leituras do ato como desdobramentos possíveis das ações de Abraão, em uma introdução narrativa fragmentária e singular, antes de optar por entender a relação do profeta com a ordem divina em termos de um “salta da fé”, um absoluto incomensurável em termos de significado.
A narrativa da fonte me lembrou o final do filme “Stalker”, de Tarkóvski…
O que torna o judaísmo tão incrível, creio, seja essa relação fundamental estabelecida com a heresia, a apostasia. Enquanto todas as outras religiões do Livro tratam a alteridade como um território de exclusão, no judaísmo existe outras possibilidades de diálogo com o outro-em-si-mesmo que são únicas.
Maravilhosos ensinamentos!
19:47 onde eu posso encontrar mais informações sobre essa visão de que Abraão falhou? Nunca vi em nenhum lugar tão afirmação
Já conhecia a história da fonte, mas não com todos estes detalhes...obrigado!
Incrível como o torah e, por meio que extensão, até a biblia têm sentidos mais profundos que se perdem com a falta do debate. Foi interessante aprender um pouco mais. Tem uma ética no debate, que se perde no fundamentalismo
Assista o documentário intitulado O próximo reino, sobre a interpretação do sonho de nabucodonozor, pelo profeta Daniel, History channel
Professor chego a conclusão que as religiões convergem para que o Sagrado está dentro de nós,. Exemplo o Budismo atribui todas as conservas ou não boas a cada um de nós, não acreditamos em um Ser fora de nós.
L'chaim!
A leitura neopentecostal não é judaica porque não tem o Talmud
A narrativa da fonte me lembrou o final do filme “Stalker”, de Tarkóvski…
O que torna o judaísmo tão incrível, creio, seja essa relação fundamental estabelecida com a heresia, a apostasia. Enquanto todas as outras religiões do Livro tratam a alteridade como um território de exclusão, no judaísmo existe outras possibilidades de diálogo com o outro-em-si-mesmo que são únicas.