Estou vivendo um casamento aberto, e ao contrario do que o manu propôs eu sinto que esse modelo quebra a minha ideia de narcisismo ao invés de ser proveniente dela, pq preciso lidar o tempo todo com o fato de que a pessoa que eu me relaciono não esta só 100% pra mim, mas que ela tem outras pessoas, assim como quando eu me relaciono com outras pessoas preciso deixa-las livres pra não estarem o tempo todo disponíveis pra me satisfazer..claro que tem a ideia de eu querer suprir os meus desejos e vontades, mas mesmo assim o ego é beem trabalhado, me arrisco a dizer que bem mais do que num relacionamento monogâmico..e sobre a questão de se perceber e tentar entender o que se sente, acho que tem pegadinhas tbm, pq todo mundo cresceu com a ideia de amor romântico sendo ensinada como verdade absoluta, então eu acho que sentir posse, sentir ciúme, sentir que vc quer a pessoa só pra vc e não quer que ngm encoste é o mais provável e normal de sentir..pra mim o que mais importa não é só o sentir, mas é o que eu quero pra minha vida..eu sinto ciume, eu sinto posse, mas eu trabalho nisso todos os dias, pq eu acho que vou ser uma pessoa melhor depois que eu conseguir lidar com todos esses sentimentos e conseguir amar de uma forma realmente livre e tenho melhorado, evoluído e amadurecido de forma absurda..pra mim é o que me diz que to no caminho certo..Beijão Manu e Flor, vcs são incríveis ♥
De fato, as pessoas pensam que poliamor ou relacionamentos abertos não tem amor de vdd, pq está culturalmente enraizado em nossa sociedade, o modelo monogâmico restrito, a falta de liberdade de falar sobre sexo, demonizar masturbação e culpabilizar as mulheres, ou coloca-las como mercadoria. Quando descobri os espectros do poliamor, posso dizer que senti muitas diferenças e trabalhou aspectos da nossa relação que foram negligenciados durante a fase mono. E enfatizo q muita gente nem pode abrir a boca para falar sobre isso em um relacionamento mono, pq acha extremamente ofensivo. Enfim, a diversidade parece confusa quando estamos presos na ideia de q o único modelo correto é a monogamia. Até mesmo arromanticos, assexuados e celibatários se sentem confusos e sem pertencimento diante desse modelo.
Eu precisava desse papo agora de manhã. Ótimo pensamento para o café da manhã. Estou me envolvendo com um rapaz que acabou de sair de um casamento aberto. E ele se sentiu traído porque o acordo na forma como tinha sido feito foi quebrado. Eu também saí recentemente de um longo namoro, no caso, monogâmico. Estamos apaixonados. Mas com medo. Cada um pelas dificuldades enfrentadas em cada modelo de relacionamento. A questão é que os desafios são múltiplos. Seja a forma de relacionamento que for. Tem que ter diálogo. Tem que tatear com cuidado e respeito. ♥️🌼
Ainda não tive a experiência de viver uma relação não monogâmica consensual, só que ando desconstruindo partes em mim para viver essa experiência. Tenho vontade. Trilhar esse caminho é desafiador, penso que esse tipo de relação pelo contrário do que foi dito pelo manu, te mostra que a individualidade de ambos deve ser aceita e respeitada na relação. A mesma pessoa não vai estar lá o tempo para satisfazer suas vontades, isso me faz entender que o melhor caminho é depositar em você mesma o que você anda depositando nos outros. Acredito que uma relação não monogâmica te aproxima mais de você mesma e das suas questões, você aprende a ser feliz sozinha e a não depender de alguém para que viva essa felicidade ou qualquer outra coisa. Falo de independência. Também penso que esse modelo de envolvimento dá a oportunidade de suas parcerias também experimentarem o amor de uma forma diferente, através da perspectiva de amar aceitando a liberdade das pessoas e sendo livre. Já tive experiências onde ficava com uma pessoa e ela ficava com outras só que isso não foi conversado e eu não fazia o mesmo. Em outro momento me relacionei com outra pessoa e fiquei com outras durante isso, me sentindo culpada por ter feito isso. Também já comecei a ensaiar o desejo de viver a não monogamia na relação anterior que eu tive, só que o meu ciúme, possessividade e afins atrapalhou hahaha concordo que o contexto social, cultural e histórico forma o indivíduo. Perceber que isso acontece ajuda a gente a se entender mais... Muito bom o conteúdo do vídeo, uso o canal de vocês como referência para repensar sobre muitas assuntos! Valeu demais :)
Sou mulher branca, lésbica e não mono. Os motivos que me fazem escolher em ter uma relação não monogamica vão desde questões políticas, como de interesse e conhecimento de como tem operado meus afetos. O primeiro, vai um pouco contra a tudo que foi socialmente construído e imposto pela sociedade em que vivemos. Uma relação lésbica por si só, já não é monogâmica, então o que tenho buscado desde 2014 (com a minha primeira relação não mono) é pensar em quais são os modelos de relações que temos, refletir sobre o que elas trazem com elas e de como podemos construir uma relação que seja as nossas maneiras, que caiba dentro da relação. É preciso também, quebrar com a ideia de que relações não mono são apenas para uma satisfação desenfreada de consumo que trata as pessoas como objetos, isso é o que eu cuido todos os dias para que não aconteça, justamente pela objetificação que colocam as mulheres lésbicas. Já meu processo de entendimento sobre como operam tudo o que aconteceu/acontece em minha vida, me fez entender que meus afetos não cabiam em uma exclusividade única. Nossas relações não precisam seguir essa ordem do sistema de namorar>noivar>casar>ter filhos>ser avós... Quando a gente entende que a vida não cabe dentro desse modelo, todas as outras coisas passam a não fazer tanto sentido. Minha atuação profissional não vai fazer sentido se tiver vontade pro mercado, minha vida amorosa não vai fazer sentido se eu não puder construir uma relação que eu não tenha a liberdade de viver meus afetos, mesmo que eles não sejam sexuais. As relações humanas precisam de mais afeto, o problema geral da humanidade atual em torno da nossa falta de afeto ao olhar o mundo. Por que não uma relação que entenda nossos afetos, respeite o outro e encontrem meios para que se construa uma relação saúdavel que caiba nos dois? Por que tantas expectativas do "depois" ao se relacionar com as pessoas quando estamos perdendo tempo de viver e aproveitar nossos afetos? Dividimos o tempo todo nossos afetos, e nunca com as relações afetivo-sexuais, acredito que isso seja mais por medo de justamente enfrentar nossos afetos, ao ter que lidar com as emoções que uma relação não mono pode trazer. Com muito diálogo, é possível se construir uma relação saúvel e que a individualidade e subjetividade sejam respeitadas, quanto mais isso acontece, mais podemos ser nós mesmos e ao mesmo tempo entender o outro. A prova concreta que o amor existe e os afetos são necessários, é o reconhecimento das diferenças e o respeito por elas. Enfim, falei muito, mas é uma questão política, de desconstrução de um sistema patriarcal e machista (que nunca me serviu), e de muito amor e afeto por todes.
Falou e disse, sinto o mesmo. Estou no processo de entendimento e de muito diálogo aberto com todos que me cercam, todos mesmo, família, namorado, em festa e no trabalho. Dialogar é fundamental para construção de nossas ideias e pensamentos. Eu falo para todo mundo: cada pessoa é um universo e cada relação e única. E eu amo viver meus afetos, sejam sexuais, românticos, amizades... É isso. E também sou sagitariana, não consigo viver presa e limitada... Eu te amo e quero ficar contigo, mas eu sou um pássaro de vida livre! Será um prazer te ter ao meu lado nessa jornada, mas não serei limitada por pessoas ou relações pois isto me angústia a alma. Eu amo o mundo, as pessoas e quero o melhor para todos. Muito diálogo, responsabilidade emocional etc
Eu só queria q não doesse tanto, eu só queria q não fosse no primeiro namoro, eu só queria ter repertório mono anterior, eu só queria q não ferisse na baixa autoestima e nos preterimentos anteriores, eu só queria q não me provocasse um desencantamento e redução da significância e veracidade do que tenho vivido..
Penso igual! Não é a política combinada q importa, mas o q as partes sentem, buscam e significam umas para as outras... Com mútuo afeto, respeito e reciprocidade tudo é possível.
Vejo mais duas questões quanto a narrativa de hoje. Uma delas é a culpa, culpa de desejar outro que não o parceiro, reforçada por outra culpa por não encontrar no sexo o mesmo prazer, por conta do pensar nessa outra pessoa desejada. E a outra questão é a escolha, ou o medo que dela advém. Desejar não significa ter que realizar o desejo ou mesmo poder realizar o desejo. Nem toda fantasia poderá ser realizada. E dizer que temos escolha nisso não cabe. Não totalmente. Escolher manter o desejo na fantasia ou propor algo e arriscar a perda? Porque nos vemos obrigados a realizar tudo? Cabe a velha máxima da grama do vizinho é mais verde? A novidade traz esse empolgação, mas é fugaz.Se há sentimento na relação atual, porque não focar em redescobrir o parceiro e se reinventar para experimentar o novo dentro da relação existente?
"Se há sentimento na relação atual, porque não focar em redescobrir o parceiro e se reinventar para experimentar o novo dentro da relação existente? " Penso da mesma forma, gosto de me dedicar somente a alguém, ter uma confiança e profundidade na relação, não sei se é porque tenho pontos fracos ainda, como baixa autoestima e ciúmes, simplesmente . Meus relacionamentos acabam antes de 1 ano e fui apresentado nessa ideia de não monogamia de um jeito muito duro, gostava de alguém e essa pessoa queria "ser livre". Falei que me sentia mal por ter descoberto isso e me sinto assim e tals e não tem como continuar. Ainda estou amadurecendo e desconstruindo muita coisa, tô uma confusão. Gostaria de ter as respostas baseadas em minhas experiências maduras, que a maioria ainda não tenho.
Fico curioso se já houve alguma pesquisa sobre isso. Pegando pessoas que vivem relações abertas e verem seu lado comportamental diante da sociedade e em suas relações. O que será que sairia? Bom, sem generalizar é claro. Mas muitas histórias das quais li ou escutei, vídeos de outras pessoas falando sobre, vejo um pouco de perfil egoísta e egocêntrico em alguns, muitos que não sabem lidar com o fato de não serem o centro das relações e das atenções assim como eram mimados por seus responsáveis na infância, sempre tiveram tudo o que queriam, não sabiam lidar com o não e ao chorar davam o que a criança queria para parar de chorar, pessoas assim tendem a serem adultos mais complicados, que querem tudo ao seu modo, em caso de uma não compreensão de como lidar com afetos, como lidar com o outro e entender seu lado primitivo em sentir atrações por outros, algo que é normal, elas podem agir como bem entendem na relação monogâmica ou não monogâmica, não tem acordo com eles e não haverá respeito ou afeto, eles irão fazer o que querem conforme sua vontade, foram acostumados em serem o centro das atenções, isso é prejudicial. Assim também como aqueles que tiveram tanta rejeição e ausência de seus responsáveis, acaba criando problemas com medo de abandono, medo de ter que lidar com a solidão, isso tbm prejudica na hora de romper uma relação e sentir a dor do rompimento, muitos não conseguem se afastar de relações, ficam alimentado inclusive contatos que já não possuem mais afinidade, tudo pelo medo do rompimento, uma pessoa assim também terá problemas, não é a a relação não monogâmica que vai mudar isso na pessoa, mas sim uma compreensão melhor da vida e do que ela sente, um tratamento melhor com psicólogos. Acho que indiferente do tipo de relação ao qual as pessoas vivem, se não houver uma compreensão de como lidar com seus afetos e ter afeto de fato por alguém, será indiferente o estilo de vida ao qual vc vai recorrer, será vazio de qualquer forma, seja na monogâmica ou não, porque o problema está em você. Vejam, pessoas assim as vezes não conseguem curtir a si próprias, terem seus momentos, mal saem de uma relação e já estão em outra, ou ficam procurando novos parceiros na relação não monogâmica quando caem em rotinas tediosas, precisam sempre viver a intensidade de uma nova paixão. Qual é o problema de não sentir paixão quando tem amor? Algo que é até melhor, já que a paixão nos deixa muito débeis, ficamos perdidos. Ficar pulando de galho em galho as vezes mais prejudica e te faz perder tempo do que te faz bem, já que vc toda hora tem que começar tudo do zero. E qual é o mal de ficar um bom tempo sozinho e se conhecendo? Qual é o problema de não ter ngm por um tempo mas ter vc mesmo? As pessoas precisam melhorar o amor próprio e entender melhor como funciona o afeto, amor e paixão para saberem se de fato o que querem seguir (nas relações). Não estou impondo nenhum estilo de vida amorosa, só acho que qualquer uma será uma ilusão e algo vazio e frio se as pessoas não criarem inteligência emocional e aprenderem de vez o que é amor e paixão, pararem de idealizar e aprenderem a conviver com as pessoas sem medos de julgamentos e rejeições. Uma pessoa que se ama, pode ser muito mais feliz do que alguém que não se ama e fica procurando a felicidade nos outros procurando novos parceiros o tempo todo e mantendo tudo superficial.
Acho que se houvesse dialogo verdadeiro nas relacoes a maioria das questoes que fossem surgindo seriam resolvidas cada uma no seu tempo.Acho que os problemas comecam quando comecam as mentiras.Achei maravilhoso voce falar sobre LIMITES, porque nas vidas que conhecemos, em geral, parece que so as mulheres respeitavam os LIMITES e quando as mesmas comecaram a ultrapassa-los os homens ficaram raivosos e incomodados.
Numa relação não monogâmica ou livre, não tem a na relação de pose, por exemplo: minha mulher ou meu homem. Estão juntos por opção. Mas como sempre neste canal, a questão é pautado pela relação. Só que como em qualquer relação tem ao amadurecimento emocional e a expectava de retorno que a pessoa projeta nos parceiros. Na minha opinião não tem o certo e errado; mas sim o que me completa e acrescenta a relação. Como toda relação temos de nos, dedicar, encaixar e fazer concessão; se com uma pessoa já complicado, imagina quando envolve mais pessoas. Está é a grande dificuldade do poliamor! Mas se eu sei o que quero e encontro pessoas na mesma sintonia e entrega, ai muito possível dar certo e ter uma relação transformadora e duradoura.
Outro video, "fodástico" sobre o tema. Acredito que me ajudou a perceber que preferir uma relação poliamorosa achando que é garantia de não ser abandonado, não é o viés mais acertada. Posso dizer isso por minha experiencia própria, eu tinha uma relação monogâmica estável e uma das razões pela qual eu quis propor a abertura no relacionamento justamente pelo medo da perda. Não exclusivamente porque eu poderia me apaixonar por outra pessoa, mais por medo de que a pessoa viesse a se apaixonar por alguém e assim não quisesse mais estar comigo. Enfim o relacionameto chegou ao fim, sofri muito mas hoje consigo enxergar que este era somente mais um das nossas questões. Mas uma coisa que gostaria de defender o poliamor no encaixe de ser uma coisa vinculada ao hedonismo. Existem varias formas de modelo de relação e o poliamor não está vinculado exclusivamente a uma "libido desenfreada" sendo que existem pessoas poliamorosas que são demisexuais ou até mesmo assexuadas. Isto quer dizer ser poliamoros é muito mais ligado a uma capacidade de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo do que um desejo sexual do qual o sujeito não quer se responsabilisar. Será que alguém entendeu a minha colocação?
Flávio Givokate fala que existe dois grandes obstáculos para uma relação de qualidade, a escolha do parceiro e a comunicação entre o casal. O poliamor multiplica esse problema, e toma mais complexo as difículdades.
Oi Manu tudo bem? Achei o vídeo muito significativo para algo que estou vivendo e gostaria de compartilhar. Tenho 33 anos e minha namorada 20. Namoramos a 3 anos. Somos muito abertos um com o outro sobre o que sentimos, há muita troca e nunca me senti tão próximo de alguém. Ela é meu primeiro relacionamento significativo. Durante minha vida sempre me coloquei em relações em que disputava a pessoa com uma terceira pessoa. Na terapia descobri que é algo ligado ao meu relacionamento com minhã mãe e meu irmão (hj falecido) que era portador de necessidades especiais. Minha namorada vem de uma familia ultrareligiosa. Ela faz faculdade em outra cidade. Já há algum tempo ela disse que tem desejo/curiosidade de transar com outra mulher. Conversamos muito sobre isso. E eu apoiei ela há realizar esse desejo, afinal, ela é bem mais nova do que eu e não gostaria que ela deixasse de viver um desejo por mim. Ela trabalhou isso na terapia até chegou ao dia (há pouco tempo), em que me disse preparada para viver essa situação. O Problema é que nesse dia eu fiquei muito mal e sentindo muita insegurança. Fiquei pensando se meu apoio a ela é uma atitude madura ou simplesmente eu inconscientemente voltando ao meu padrão de afeto. Sinto muito medo de perde-la. Porém creio que sendo uma relação aberto ou não a possibilidade de perde-la é a mesma. Qual sua opinião, decisão madura ou volta ao padrão inconsciente de afeto ? Parabéns pelo canal.
Porém creio que sendo uma relação aberto ou não a possibilidade de perde-la é a mesma. concordo super, essa realizaçao me ajudou mt a liberar esse peso da cobrança e tal. Enfim. só queria agradecer esse comentario pois no: ''Sinto muito medo de perde-la.'' me trouxe uma questao que mt tempo no estado de curiosidade. Quando de fato tem-se o estado de ''ter-la'', existe isso? ou nunca de fato 'temos' o outro? seila obg por levantar essa questao.
Cara, ta tudo bem falar a ela da sua preocupação e das suas inseguranças, pq isso é algo seu e não dela. E ela pode ser afetuosa tbm e deixar claro pra vc q ta tudo bem.
Vejo muitas pessoas falando que só monogamia funciona, ou que monogamia nunca vá funcionar. Dizendo que poliamor é "coisa de doido" ou que é o mais ideal pra nossa espécie. Sinceramente, acho que cada pessoa sabe, se ela prestar atenção no q sente, o que é o melhor pra Ela, se realmente é aquilo q ela quer. Conversar com a parceira (o) sobre o que sente é extremamente necessário! E se essa pessoa não da a mínima para o q vc diz e sente, é preciso ver se realmente quer ficar com alguém assim. Independente se tem um relacionamento monogâmico ou não.
Oi! Concordo que somos muito narcisistas, mas não acredito que relações abertas sejam necessariamente mais narcisistas do que outras formas de se relacionar. Pelo contrário, qual o sentido da monogamia? É querer que o outro seja só seu, que faça um pacto de exclusividade contigo, enfim... não deixa de ser uma visão na qual o outro precisa suprir as nossas demandas (por atenção, por amor, por exclusividade). As relações abertas têm dois lados, o lado que tu citaste de fazer o que quiser, não ver o outro como limite, não permitir ter seus desejos limitados, ter acesso a experiências diversas... e tem o lado de saber que seu parceiro ou parceira também pode fazer tudo isso e talvez esse seja o grande limite que a relação aberta impõe, porque normalmente é desafiador lidar com o fato de não ser sempre prioridade/foco da atenção alheia, e encarar essa frustração não é fácil. Acho que, pra funcionar, tem que haver uma grande dose de altruísmo e de confiança. Acho que, como dizia o poeta chorão: cada escolha, uma renúncia, isso é a vida. Beijos e bom dia
Eu acho que concordo com as duas maneiras. Mas existe o fator no monogâmico também que parece que muita gente não percebe: não é só de querer ser único pra alguém mas o fato de se sentir satisfeito e confortável em ter uma única pessoa para si, estar disposta a isso, e se encontrar com alguém que sinta o mesmo. Você só não pode entrar numa relação se submetendo a algo que não te deixa confortável e satisfeito. As duas maneiras são possíveis desde que as pessoas estejam dispostas ao acordado.
@@rodrigocamp o maior desafio é viver uma relação no modelo monogâmico sem submissão, é praticamente impossível. no modelo mono-hétero-simplificado, o homem diz isso porque geralmente ele se esforça menos e então não precisa mudar coisas significativas da vida dele e a mulher infelizmente já vê uma relação como uma prioridade e sacríficio, dor e esforço como normais, então é praticamente impossível dizer que nenhum dois está se submetendo. Estão sim.
Ah concordo! Neste mundo individualista em que vivemos as pessoas com seus egos gigantescos e doentios extrapolam em seus narcisismos. Pensam apenas em si mesmas, em satisfazer seus desejos e caprichos. Já em ética, em trabalhar por um mundo mais justo, em renunciar em prol de um bem maior, em articular um movimento social solidário, nisso ninguém aqui parece estar muito interessado... Eu sugiro que vc fale um pouco sobre isso, Manu. Sair um pouco da psicologia autocentrada e debater um pouco sobre a existência, cujo sentido ultrapassa em muito a preocupação mesquinha do sujeito sobre se deve ou não trair, se vai ter um casamento monogâmico ou poligâmico, se casa com Paulo ou com Pedro. Por favor, a existência tem de ser maior que isso!
@@floremanu Mas neste caso a pergunta por si só já é válida, não é? Afinal, em que reside o valor da existência? O que realmente deve me mover? Qual minha responsabilidade pela vida a minha volta? No que posso contribuir? Estou ciente de que a vida é impermanência? Estou ciente de que sou um ser para a morte?
@@fatimaraposo5621 , eu respondi ao Manu que as perguntas por si só são válidas. E eu sugeri algumas perguntas para as pessoas se fazerem a si mesmas. Obviamente que cada um encontra suas próprias respostas. Mas estas peguntas tampouco são minhas, são da tradição filosófica, que tenta respondê-las, e não é de hoje.
Essa pessoa do caso está em sofrimento profundo, imagino. Me fez lembrar aquela música do Gil, no doces bárbaros que diz: “o meu amor, ame-o e deixe-o livre para amar”. Lembro de, aos 20 e poucos anos conseguir sentir esse sentimento verdadeiramente correndo nas minhas veias, uma determinação de tentar colocar esse sentimento em prática ao me relacionar. Acontece que sou o oposto disso. Mas consigo entender a beleza. Ela precisa saber, junto com ele, se a ligação entre eles ainda é um amor que faz bem aos dois, a ponto dela viver esse sofrimento até que supere. Acho que no lugar dela eu iria ter que conversar com o meu parceiro, exaustivamente, até superar. E se ele não demonstrasse o interesse e paciência para atravessar isso junto comigo, seria o termômetro do fim. Mas enfim.... dói profundamente só de pensar.
A gente se coloca em relação ao outro sendo 100% sincero sempre, respeitando o sentimento do outro sem impor nada e sentindo se os dois conseguem chegar em algum acordo confortável.
Eu adorei o vídeo! Realmente concordo. Neste momento estou construindo um relacionamento, estamos apenas começando a pensar num acordo e para isso tem sido fundamental esse olhar para o que sentimos. Porque, por mais que minha cabeça e meus conhecimentos sobre a sociedade e sobre como ela padroniza as relaçõesme, me faça ter uma preferência política por um certo modelo de relacionamento, afinal o que importa realmente é como eu me sinto. Obrigada!
Eu acho triste que sejamos educados ao desespero e dependência. Autocentrados a ponto de não reconhecer a humanidade e razões do outro, não capazes de ver possibilidades melhores a outra pessoa, além de nós mesmos.
Poliamor e amor livre deveriam ao meu ver entrar para as categorias de mitos modernos da felicidade. A ideia de que nosso desejo não pode ser barrado e ao mesmo tempo pode permanecer constante, forte e endereçado á determinado objeto é talvez uma forma de negligenciar nossa implicação nele.mesmo. Eu concordo muitos pontos do video e acho que no fundo os acordos de poliamor sao formas de se evitar passar por algum tipo de perda. O sujeito crê que pode ter tudo.
Equivoca-se. Mudança sempre ocorre, e não dá pra perder o que nunca se teve. Seu pensamento está tão do lado da posse, que vc esquece esse simples fato. E o que ele fala no vídeo não tem nada a ver como poliamor, mas uma monogamia expandida. É o exato oposto de achar que pode ter tudo, porque vc pode ser completamente sozinho e não-monogâmico, diferente do monogâmico que de alguma forma acha que uma relação bem-sucedida com uma única pessoa poderia tornar a vida dele perfeita, esquecendo que ele já pode ter uma relação perfeita com ele mesmo e, a partir dela, várias, se assim quiser...
Manu, acho que seria de ótimo proveito, já que esse é um tema recorrente no canal, a presença num vídeo de alguém que realmente tenha vivido experiências poliamorosas e que acredite em modelos não monogâmicos para elucidar mais sobre o assunto. Há pessoas que estudam o tema sob o seu aspecto político, inclusive. Acredito que há muito preconceito sobre isso e tudo acaba sendo posto na conta da atual exacerbação do nosso narcisismo, o que me parece uma saída fácil mas possivelmente falha.
Gostei do foco na questão central: o afeto. Quando muitos parceiros tb ocorre a questão objetal com outro e como um parceiro do poliamor escolhe seus pares. Eu, se fosse o meu parceiro fazendo uma péssima escolha ficaria decepcionada e se o tratasse de forma indigna, tb. Acredito no compromisso ético com o ser humano e que todos temos direito ao afeto, a sermos amados de forma digna. E, nesse sentido, fazer boas escolhas é fundamental. Relações igualitárias e dignas para todos. O compromisso com o outro deve sempre existir. Compromisso com as minhas necessidades e com as necessidades do outro.
Ter um companheiro para sexo, outro pra formar uma família, outro pra viajar, etc...é uma ideia interessante, mas me afeta negativamente, infelizmente. Já tive a experiência de ficar com duas pessoas e eu realmente gostava dos dois, então acho possível amar duas pessoas. Porém creio que nenhum modelo garante nem felicidade nem ausência de abandono, nem nada. Seja qual for a sua escolha, algo será perdido. Vamos continuar incompletos. No meu caso eu coloquei na balança e decidi pelo menor sofrimento não só pra mim, mas tb para o outro...sou mais do tipo "que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure" .💘
Vídeo maravilhoso Manu, as vezes eu penso que em meio a tantas opções, entenda como infinitas possibilidades de relacionamento não monogâmico, falta um pouco de empatia e responsabilidade emocional, é como se essas novas possibilidades tornasse as pessoas descartáveis, pq estamos pensando só em atender o nosso ego. E quando surgir possibilidade do outro viver algo foro do que planejamos vêm as crises.
Se trata do egoísmo e auto-análise do mesmo, pelo que entendi do que você disse. Considerando todas as variáveis que envolvem aquele sentir específico, pessoal e único. É uma situação muito comum, estou convencida, todos que experienciaram o relacionamento a dois, ou +, provavelmente, teve uma boa dose de conflito pra lidar. Isso nada tem a ver com gênero, todos, inseridos nessa cultura e ideologia comum, estamos sujeitos. Com base na minha escolha, de não me relacionar com ninguém, eu me pergunto se essa questão não pode ser reduzida àquilo que realmente é. Uma questão a ser feita para si, estando distanciado da relação. Afinal, somos seres sozinhos, tendo de lidar com as demandas da vida, direcionadas ao si mesmo, sozinhos, na realidade. Talvez não seja uma questão, mas uma conversa. Vendo da minha perspectiva, é algo simples. Realizar a conversa proposta. Mas continuará a existir toda a história do casal e todo esse peso. Realizar qualquer que seja o passo a seguir é do livre-arbítrio.
Muito obrigado pelo vídeo, Manu. Achei uma conversa muito sincera sobre as formas de relacionamento e os caminhos que elas podem tomar, e que no fundo é muito mais sobre nós mesmos do que a configuração do relacionamento em si. Essa ideia do poliamor como substrato para o narcisismo me gerou vários insights (ressaltando que sei que é uma simplificação e não necessariamente alguém se envolve em um relacionamento poliamoroso por isso).
Manu, é muito curioso essa dinâmica de como a gente se processa e dos acordos que fazemos em relacionamentos. Lá trás, em 2015, eu conheci uma pessoa que no nosso primeiro encontro falou: eu tenho um relacionamento aberto a distância com uma garota em SP. A gente passou uns três meses se relacionando e eu acabei me apaixonando. Até hoje a gente é amigo. Mas eu sabia onde eu estava entrando. Quando eu rompi com limites/expectativas que não se concebiam e cabiam naquele formato, eu pulei fora. Hoje, eu estou me relacionando com uma pessoa há dois meses mais ou menos. E está super confuso. Ele é estrangeiro, estava com uma pessoa da minha cidade. Mas a pessoa se mudou. Pouco tempo depois eu apareci e a gente começou a viver isso. Eu gosto bastante dele e queria continuar até o visto dele acabar, em fevereiro/2020. Ele, por outro lado, disse que tem medo porque isso ficou intenso demais, que só vai gerar sofrimento (que ele já conhece, por conta do relacionamento findado há pouco tempo), que ele prefere estar casualmente com outras pessoas. Viver "a gente" pra ele é passar por um rompimento mais cruel e doloroso ano que vem. Mas enquanto isso ninguém se afastou. Então indiretamente eu me sinto vivendo algo não monogâmico de novo hahaha (rindo de nervoso) Só que esse processo está sendo completamente distinto e, em certa medida, me vejo ansiosa e sei que pra mim tem algo errado. Espero conseguir processar isso, mas confesso que está complicado. Mas sei que está complicado não apenas pelo tipo de contrato/acordo (ou seja, por ele querer ficar com outras pessoas), mas porque dentro desse contexto eu não consigo acreditar que ele gosta de mim de verdade. Acredito que por conta do que você falou, de sermos pautados por filmes hollywoodianos e no meu inconsciente eu acreditar que se ele gostasse mesmo de mim, não ia ter medo de ir embora, ser intenso demais não ficaria "dando desculpa".
Não-monogamia não tem nada a ver com o que ele falou no vídeo, embora algumas pessoas possam pensar assim e, infelizmente, algumas até se dizem não-monogâmicas e vêm com esse papo. Pelo contrário, o narcisismo e ego inflado vem da monogamia, da ideia que existe alguém que vive em função de cumprir minhas necessidades emocionais, acho que faltou lembrar da ideia de posse, para alguém ser não-monogâmico, é importante tentar ou não ser possessivo, procurar não ter e de fato não ter ciúmes, e nem manter um contrato ou acordo, porque isso só mostra o modelo escravista que é a monogamia. A grande verdade é que quem vive não-monogamia narcísicamente, achando que vai ter muitas opções e tratando todo mundo de qualquer jeito só está tentando aumentar o número de pessoas lesadas, a monogamia lesa só uma, além de você mesmo, e esse outro tipo, lesaria simplesmente todas as pessoas com quem você se relacionasse, sendo assim, uma monogamia expandida ou reformada. Repito, nada a ver com não-monogamia.
Perfeito! Obrigada! Estou vivendo exatamente a mesma coisa... amo uma pessoa que não acredita (em monogamia) e não quer comprometer-se, faz 2 anos que estamos ficando... Não sou apaixonada, mas tb fico variando entre sentimentos e não sei se vale a pena continuar ou não. Não temos nenhum contrato! Hehe É complicado. Tb chegamos a conclusão que acordos não importam pois os dois tem liberdade. O que falta é a confiança de que a pessoa está mesmo contigo. Ao mesmo tempo essa confiança é totalmente ilusória tb. Que coisa né?! Dialogamos muito e a amizade é acima disso, mas a questão fica.
Manú!! Gostei MUITO desse vídeo ! Suas perguntas finais são preciosas para todos nós !! E é disto q , na minha opinião , temos q nos ocupar (( para qualquer coisa...)) . Obrigada ! Bjos pra vc e Flor ! 😘
Eu não acredito em relação monogâmica. Mas acredito que deva ser algo muito individual e discreto caso a pessoa procure outras pessoas . Fica na sua...seja discreto. Ou se separe.
Me parece que as vezes as pessoas buscam excessivamente a "sua essência", ao invés de apenas viver a vida, como se essência fosse a felicidade plena, uma El Dorado da felicidade absoluta, cada vez acho que devemos aceitar as coisas e deixar a vida rolar, sem tentar "explicar" tudo, apenas ter fé. Também acredito que "essa essência" não irá trazer a felicidade desejada, ou talvez, mais dúvidas ainda. Talvez a vida feliz você já esteja vivendo, mas fica se cobrando por mais "essência". Será não uma das razões da melancolia moderna?
wolneihd buscar a essência é aproximar-se de Deus... no mais íntimo relacionamento com Nosso Criador... Não existe felicidade plena pois estamos em constantes batalhas, sofremos aflições, somos tentados e seguimos a vida tendo diante de nós grandes provações, o q nos fortalece e nos faz permanecer em pé apesar de inúmeras quedas é permanecer com nossos corações voltados a Santíssima Trindade, a Fé em Nosso Senhor Jesus e ao Amor Maternal de Maria, Mãe de Jesus e também a Nossa... amém!
Um relacionamento "aberto" não pode ser considerado também um interesse particular, visto que de um lado a pessoa tá satisfeita de se relacionar com alguém que não acha que uma pessoa seja o suficiente, que entra na questão de "ego gigante". Tem gente que se desenvolveu acostumada a beijar varias bocas numa noite, e levar esse tipo de mentalidade pra um relacionamento fechado é meio.. (se relacionar com várias pessoas de uma vez) Relacionamento em si como namoro e casamento é algo criado pela sociedade E da mesma forma que tem gente que tá interessada em um parceiro, tem gente que tá interessada em varios. Eu acho que as pessoas deveriam separar essas coisas, aqui no Brasil mesmo no ensino médio tem mt esse negócio de "ficante". Tem gente que quer um parceiro pra compartilhar sonhos, não ficar sozinho depois de uma certa idade.. um companheiro fixo.. E tem gente que quer sair com uma pessoa por um tempo com interesses rápidos e depois nunca mais olhar na cara dela. Se for nesse contexto, eu acho válido um relacionamento aberto.. basicamente uma pessoa que pensa em satisfazer a carência gigantesca e suprir o orgulho próprio deveria não começar a namorar alguém que tem uma intenção singular e deveria deixar claro desde o começo as ideias que ela pode abordar num relacionamento.
Acho que demora um tempo até a gente perceber que de fato, rotular relações é como se frustar, de certa forma. O que me supriria do outro hoje, seria alguém que posso confiar e que as ações dessa pessoa não me causem nada negativo. Ainda não achei ninguém assim, talvez seja até surreal isso, mas acho que no fundo toda relação é isso, confiança e não ferimento. Não sei, meu ponto de vista no momento.
Tô ficando mal-acostumada com "pode tudo". Tem 2 prédios sendo construídos com fim social. Fora que dá pra fazer umas manobras econômicas radicais maneiras. Poxa Tô viciando
Eu acho que as coisas mudaram, há 20 anos atrás, uma pessoa divorciada era mal vista. Hoje o normal é se separar. As pessoas se sentem mais livres para ter experiências não só um romance que dura a vida toda, mas vários, talvez exista um buraco onde a pessoa procura pela pessoa certa várias e várias vezes, não acho que existe a pessoa certa. Existem pessoas que querem fazer dar certo. Eu acredito no amor livre. ( Amor livre, é aquele que não tem posse sobre você, que não precisa fazer todas as coisas com vc, que te incentiva a ser melhor, e que mesmo na hora da partida te deseja o melhor. Se é amor, vai sempre torcer por vc, caso contrário é só um ego ferido)
Eita, porra, até parece que eu escrevi esse comentário, que é a minha história aí!!!!! 😱😱😱😱😱😱😮💨😭😭😭😭😞 Finalmente um relato do meu lado da equação e tão sofrível e sofrido como minha posição.. 😢
Olá,bom dia.☕ Acho legal ter tantas "formas de amar" esses modelos,né.Porque independente da forma,as pessoas estão se reinventando na suas formas de se relacionar.Sendo elas:monogâmicas ou não! Eu acho que cada um deve saber e procurar aquilo que gosta numa relação,sabe ? Pois,quando decidimos compartilhar a vida com o outro,vamos poder olhar pro outro,e se sentir bem,porque estamos onde queremos estar. Quando nós fazemos aquilo que gostamos,tudo fica melhor.(Desculpa a ingenuidade) Mas acredito muito nisso de...fazer aquilo que nos faz bem. Então pra mim,vale mais como a pessoa tá se sentindo numa relação,se ela tá bem,confortável e acolhida.Sendo assim...se ela tá bem,o "contrato" que foi estabelecido,só vai ser um contrato.O que importa pra mim numa relação,é como as pessoas se sentem.E acho legal de nos fazermos perguntas,mesmo não tendo as respostas em palavras,o corpo responde.Sejam elas quais forem,negativas ou positivas.💭 Independente do modelo,acho que a pessoa tem que se sentir bem,confortável e contente.Ela precisa gostar de estar ali.
Claramente não tem acordo. Existe ciúme. Digo isso baseado no relato apresentado. As pessoas têm que saber onde estam se metendo. A pessoa tá com ciúme. Só. Se tá doendo, cai fora. Vai doer, mas passa.
A Antropologia Ecológica ou a Ecologia Humana são bases epistêmicas que buscam a compreensão da Vida e seus fenômenos (inclusive o próprio fenômeno do Eu) sob uma concepção não dual, transcende a separação cultura-natureza!
Acho que o "querer tudo do nosso jeito", é mais sobre querer tudo de maneira mais real, mais humana, no sentido biológica mesmo, sem fugir da nossa natureza, mas virando as costas para dogmas religiosos e culturais, que surgiram por questões tão mesquinhas, que nem cabem mais hoje. Ainda há muita resistência hoje, mas um dia os amores fluidos vão soar muito mais naturais. Como viver a homossexualidade, não precisar casar virgem, coisas que no passado eram tabu, safadeza, fim dos tempos. No final todas essas regras vem da mesma fonte, e essa fonte precisa ser desconstruída.
Manu, to amando assistir esse tema por me fazer discutir ou refletir comigo mesmo. Essa pergunta no final do video é muito interessante, o que sairia dessa pergunta ou o que sairia de uma autoanalise centrada nesse desejo ou necessidade de que algumas pessoas dizem que sentem? Será a falta de afeto durante o crescimento por negligencia ou abandono dos pais? Sera o medo de se comprometer e não conseguir se manter nesse compromisso? ou será uma simples resposta a um "não quero estar num relacionamento monogâmico porque nao quero e não porque não posso" mostrando um grande narcisismo comentado por você? Enfim, talvez estejámos vendo só a ponta do iceberg e não enxergando a real situação. Um abraço!! Até amanhã hehe.
minha ficante sabe q eu fico com outra menina, essa outra menina sabe que eu tenho essa ficante, as duas nao se conhecem, ambas tambem sao livres para ficarem com outras caras ou mulheres, nosso contrato é claro, zero apego, zero curtiçao, apenas uma amizade verdadeira livre de preconceitos, companheirismo e sexo de qualidade. Se eu ficar só com uma, vai rolar apego, ciumes, possessividade, o mesmo aconteceria se ficassem só cmg. Q seja eterno, intenso e livre de preconceitos.
Oiee, Boa tarde hahaha. Acho muito complexa a discussão sobre as configurações de se relacionar amorosamente, levando em conta sempre o limite, o meu e o do outro. Qnd tive uma relação aberta no passado um dos argumentos que me convenceu a comprar a ideia de tentar esse modelo foi a de que sempre haveria falta pq ninguém tem tudo pra te deixar feliz. Eu tinha meus 18 anos, achei relevante e pensei "pq não, né?!" Pq poderia achar em outros algo que aquele um não possuía e ter assim diversas formas de gozo em diferentes pessoas. Hj eu olho a falta de outra forma e acho q tentar burlar com opções tb não resolve, assim como tu disse que tbm é um tentativa de burlar a possibilidade de abandono. Recito meu comentário do video anterior que tudo depende da posição das pessoas na relação, pq essa situ que essa pessoa tá vivendo vai ao encontro desse afeto de ameaça, que faz emergir a competitividade. Lembro que a Luísa Gomes comentou algo do tipo "a gnt não pode ficar feliz pelo outro?". Claro que são formas muito peculiares de sentir. Mas eu só me vejo relativamente feliz pelo outro estar com outra pessoa, ainda que eu pegue essa pessoa com quem já investi um relacionamento, um desejo de me juntar meio que normativamente, se não a quero mais nessa idealização de casal da normatividade. É doido, mas se perceber como desistindo de tomar o outro como alguém que vá construir isso contigo e as frustrações que essa idealização traz pra de fato deixar de competir (diretamente) com esse terceiro (a pessoa q ele resolveu estar e não mais uma ameaça de abandono). Digo diretamente pq sendo ou não a pessoa principal, parece que vai se manter essa competição de se ter um lugar. Se não existe essa competição, aparentemente parece tbm não existir desejo em estar com esse outro. Pq justamente parece não haver resquício de medo do abandono e do esquecimento, novamente uma resistência à morrer, à finitude de existir, não no Real, mas no imaginário do outro. Esse é um olhar muito particular. Creio q existam olhares mais benevolentes que esse pra essa temática. Quem sabe? ahauahauahshahs
Meu Pai, eu não acredito nas coisas que eu ouvi, polimor não é bagunça! Poliamor é dos dois lados!!! Parece que entende isso como imposição, se oriente por favor!
Desde que comecei a assistir os videos do canal, passei a questionar mais as minhas ações e visões de mundo! Em parte anda me ajudando a desconstruir a visão de um amor romântico como fonte para a minha felicidade... vi como isso anda me deixando abatido pela busca desse amor em pessoas que não estão nenhum pouco interessadas... e isso me faz questionar pq é tão difícil ter alguém hj em dia... então com os pontos de vista colocados aqui... andando não querendo mais buscar esse amor romântico como eu imagino, mas viver ou tentar viver dentro da minha realidade e solidão e dela buscar momento que me façam sentir bem e tranquilo... gostar da minha própria companhia e não pensar ou dar tanto peso as experiências passadas. Não é uma tarefa fácil, mas é um pouco para frente quase todo dia.
Acho que você tem pouco contato com o tema, porque em relacionamentos não monogâmicos tá tudo bem se apaixonar por outras pessoas e a maioria fica feliz pelo outro sim, afinal você ama o outro, quer ver ele feliz e ele não é um objeto seu. Existem acordos, existe um relacionamento e o diálogo é essencial! Vejo o contrário que você, porque pra mim é o monogâmico que quer prender a pessoa para realizar só os próprios desejos, pensando no próprio prazer. Não importa o que o outro sente ou quer se ele me pertence. Percebe? Fiquei me perguntando sobre o que leva alguém a chamar paixão de traição também... É diferente de transar, beijar (restrições da monogamia) mas o gostar é tão controlado assim? O que é amar o outro? Nada contra monogamia, mas tem que questionar como ESTRUTURA. É muito complexo.
Cada um vê a traição de uma forma, eu tbm me sentiria traída se um namorado meu se apaixonasse por outra pessoa de fato ele não me amava o suficiente, e outras as pessoas não são descartáveis "Ah me apaixonei vou larga a outra pessoa e já era" eu sei q ninguém é propriedade de ninguém mais tbm é muito hipócricia a pessoa fica feliz sendo trocado por alguém q vc ama kkkkkkkkkkkkk então se vc está em um relacionamento não está tudo bem vc se apaixonar por outra pessoa, eu não acho monogamia como predendo outra pessoa e sim um acordo q um casal fez eu sou feliz sendo monogâmica, não gostaria de saber q meu marido tá ficando com outra mulher, e gosta de alguém tem sim q ser controlado por que se não a gente se apaixona até pelo o namorado da nossa amiga, a mãe da minha amiga tá casada com o ex marido da própria filha dela, a mãe dela se apaixou por ele e estão juntos, então tá tudo bem?? Claro q não né
Manu, sobre a pergunta que você faz no meio do vídeo: não é raro a pessoa ficar feliz em ver o seu companheiro feliz se apaixonando por outro alguém. Tanto que tem até um nome pra esse sentimento: compersão.
Gostaria muito de ver um vídeo de vocês com uma análise imparcial de relações não monogâmicas e das estruturas da monogamia. Em qualquer história que vocês leiam ou comentem sobre, a não monogamia sempre é tida como vilã da história. Gostaria muito de assistir algo mais imparcial, obrigado!
O problema não está no modelo da relação monogâmica, mas em como se vive o modelo. É como culpar o capitalismo pela ganância dos homem. O sistema capitalista não é grandioso, os homens são e agem mal no modelo.
Estou vivendo um casamento aberto, e ao contrario do que o manu propôs eu sinto que esse modelo quebra a minha ideia de narcisismo ao invés de ser proveniente dela, pq preciso lidar o tempo todo com o fato de que a pessoa que eu me relaciono não esta só 100% pra mim, mas que ela tem outras pessoas, assim como quando eu me relaciono com outras pessoas preciso deixa-las livres pra não estarem o tempo todo disponíveis pra me satisfazer..claro que tem a ideia de eu querer suprir os meus desejos e vontades, mas mesmo assim o ego é beem trabalhado, me arrisco a dizer que bem mais do que num relacionamento monogâmico..e sobre a questão de se perceber e tentar entender o que se sente, acho que tem pegadinhas tbm, pq todo mundo cresceu com a ideia de amor romântico sendo ensinada como verdade absoluta, então eu acho que sentir posse, sentir ciúme, sentir que vc quer a pessoa só pra vc e não quer que ngm encoste é o mais provável e normal de sentir..pra mim o que mais importa não é só o sentir, mas é o que eu quero pra minha vida..eu sinto ciume, eu sinto posse, mas eu trabalho nisso todos os dias, pq eu acho que vou ser uma pessoa melhor depois que eu conseguir lidar com todos esses sentimentos e conseguir amar de uma forma realmente livre e tenho melhorado, evoluído e amadurecido de forma absurda..pra mim é o que me diz que to no caminho certo..Beijão Manu e Flor, vcs são incríveis ♥
Ao menos vc acha q vai conseguir essa evolução, eu não acho, eu duvido de mim a cada dia..
De fato, as pessoas pensam que poliamor ou relacionamentos abertos não tem amor de vdd, pq está culturalmente enraizado em nossa sociedade, o modelo monogâmico restrito, a falta de liberdade de falar sobre sexo, demonizar masturbação e culpabilizar as mulheres, ou coloca-las como mercadoria. Quando descobri os espectros do poliamor, posso dizer que senti muitas diferenças e trabalhou aspectos da nossa relação que foram negligenciados durante a fase mono. E enfatizo q muita gente nem pode abrir a boca para falar sobre isso em um relacionamento mono, pq acha extremamente ofensivo. Enfim, a diversidade parece confusa quando estamos presos na ideia de q o único modelo correto é a monogamia. Até mesmo arromanticos, assexuados e celibatários se sentem confusos e sem pertencimento diante desse modelo.
Eu precisava desse papo agora de manhã. Ótimo pensamento para o café da manhã. Estou me envolvendo com um rapaz que acabou de sair de um casamento aberto. E ele se sentiu traído porque o acordo na forma como tinha sido feito foi quebrado. Eu também saí recentemente de um longo namoro, no caso, monogâmico. Estamos apaixonados. Mas com medo. Cada um pelas dificuldades enfrentadas em cada modelo de relacionamento. A questão é que os desafios são múltiplos. Seja a forma de relacionamento que for. Tem que ter diálogo. Tem que tatear com cuidado e respeito. ♥️🌼
Ainda não tive a experiência de viver uma relação não monogâmica consensual, só que ando desconstruindo partes em mim para viver essa experiência. Tenho vontade. Trilhar esse caminho é desafiador, penso que esse tipo de relação pelo contrário do que foi dito pelo manu, te mostra que a individualidade de ambos deve ser aceita e respeitada na relação. A mesma pessoa não vai estar lá o tempo para satisfazer suas vontades, isso me faz entender que o melhor caminho é depositar em você mesma o que você anda depositando nos outros. Acredito que uma relação não monogâmica te aproxima mais de você mesma e das suas questões, você aprende a ser feliz sozinha e a não depender de alguém para que viva essa felicidade ou qualquer outra coisa. Falo de independência. Também penso que esse modelo de envolvimento dá a oportunidade de suas parcerias também experimentarem o amor de uma forma diferente, através da perspectiva de amar aceitando a liberdade das pessoas e sendo livre. Já tive experiências onde ficava com uma pessoa e ela ficava com outras só que isso não foi conversado e eu não fazia o mesmo. Em outro momento me relacionei com outra pessoa e fiquei com outras durante isso, me sentindo culpada por ter feito isso. Também já comecei a ensaiar o desejo de viver a não monogamia na relação anterior que eu tive, só que o meu ciúme, possessividade e afins atrapalhou hahaha concordo que o contexto social, cultural e histórico forma o indivíduo. Perceber que isso acontece ajuda a gente a se entender mais...
Muito bom o conteúdo do vídeo, uso o canal de vocês como referência para repensar sobre muitas assuntos!
Valeu demais :)
Sou mulher branca, lésbica e não mono. Os motivos que me fazem escolher em ter uma relação não monogamica vão desde questões políticas, como de interesse e conhecimento de como tem operado meus afetos. O primeiro, vai um pouco contra a tudo que foi socialmente construído e imposto pela sociedade em que vivemos. Uma relação lésbica por si só, já não é monogâmica, então o que tenho buscado desde 2014 (com a minha primeira relação não mono) é pensar em quais são os modelos de relações que temos, refletir sobre o que elas trazem com elas e de como podemos construir uma relação que seja as nossas maneiras, que caiba dentro da relação. É preciso também, quebrar com a ideia de que relações não mono são apenas para uma satisfação desenfreada de consumo que trata as pessoas como objetos, isso é o que eu cuido todos os dias para que não aconteça, justamente pela objetificação que colocam as mulheres lésbicas. Já meu processo de entendimento sobre como operam tudo o que aconteceu/acontece em minha vida, me fez entender que meus afetos não cabiam em uma exclusividade única. Nossas relações não precisam seguir essa ordem do sistema de namorar>noivar>casar>ter filhos>ser avós... Quando a gente entende que a vida não cabe dentro desse modelo, todas as outras coisas passam a não fazer tanto sentido. Minha atuação profissional não vai fazer sentido se tiver vontade pro mercado, minha vida amorosa não vai fazer sentido se eu não puder construir uma relação que eu não tenha a liberdade de viver meus afetos, mesmo que eles não sejam sexuais. As relações humanas precisam de mais afeto, o problema geral da humanidade atual em torno da nossa falta de afeto ao olhar o mundo. Por que não uma relação que entenda nossos afetos, respeite o outro e encontrem meios para que se construa uma relação saúdavel que caiba nos dois? Por que tantas expectativas do "depois" ao se relacionar com as pessoas quando estamos perdendo tempo de viver e aproveitar nossos afetos? Dividimos o tempo todo nossos afetos, e nunca com as relações afetivo-sexuais, acredito que isso seja mais por medo de justamente enfrentar nossos afetos, ao ter que lidar com as emoções que uma relação não mono pode trazer. Com muito diálogo, é possível se construir uma relação saúvel e que a individualidade e subjetividade sejam respeitadas, quanto mais isso acontece, mais podemos ser nós mesmos e ao mesmo tempo entender o outro. A prova concreta que o amor existe e os afetos são necessários, é o reconhecimento das diferenças e o respeito por elas. Enfim, falei muito, mas é uma questão política, de desconstrução de um sistema patriarcal e machista (que nunca me serviu), e de muito amor e afeto por todes.
sua opinião é praticamente a mesma que a minha!
Falou e disse, sinto o mesmo. Estou no processo de entendimento e de muito diálogo aberto com todos que me cercam, todos mesmo, família, namorado, em festa e no trabalho. Dialogar é fundamental para construção de nossas ideias e pensamentos. Eu falo para todo mundo: cada pessoa é um universo e cada relação e única. E eu amo viver meus afetos, sejam sexuais, românticos, amizades... É isso. E também sou sagitariana, não consigo viver presa e limitada... Eu te amo e quero ficar contigo, mas eu sou um pássaro de vida livre! Será um prazer te ter ao meu lado nessa jornada, mas não serei limitada por pessoas ou relações pois isto me angústia a alma. Eu amo o mundo, as pessoas e quero o melhor para todos. Muito diálogo, responsabilidade emocional etc
Eu só queria q não doesse tanto, eu só queria q não fosse no primeiro namoro, eu só queria ter repertório mono anterior, eu só queria q não ferisse na baixa autoestima e nos preterimentos anteriores, eu só queria q não me provocasse um desencantamento e redução da significância e veracidade do que tenho vivido..
@joisa5857 estou vendo seu comentário 8 meses depois, como você está agora ? Como vai seus afetos ?
Penso igual! Não é a política combinada q importa, mas o q as partes sentem, buscam e significam umas para as outras... Com mútuo afeto, respeito e reciprocidade tudo é possível.
Vejo mais duas questões quanto a narrativa de hoje. Uma delas é a culpa, culpa de desejar outro que não o parceiro, reforçada por outra culpa por não encontrar no sexo o mesmo prazer, por conta do pensar nessa outra pessoa desejada. E a outra questão é a escolha, ou o medo que dela advém. Desejar não significa ter que realizar o desejo ou mesmo poder realizar o desejo. Nem toda fantasia poderá ser realizada. E dizer que temos escolha nisso não cabe. Não totalmente. Escolher manter o desejo na fantasia ou propor algo e arriscar a perda? Porque nos vemos obrigados a realizar tudo? Cabe a velha máxima da grama do vizinho é mais verde? A novidade traz esse empolgação, mas é fugaz.Se há sentimento na relação atual, porque não focar em redescobrir o parceiro e se reinventar para experimentar o novo dentro da relação existente?
"Se há sentimento na relação atual, porque não focar em redescobrir o parceiro e se reinventar para experimentar o novo dentro da relação existente?
"
Penso da mesma forma, gosto de me dedicar somente a alguém, ter uma confiança e profundidade na relação, não sei se é porque tenho pontos fracos ainda, como baixa autoestima e ciúmes, simplesmente . Meus relacionamentos acabam antes de 1 ano e fui apresentado nessa ideia de não monogamia de um jeito muito duro, gostava de alguém e essa pessoa queria "ser livre". Falei que me sentia mal por ter descoberto isso e me sinto assim e tals e não tem como continuar. Ainda estou amadurecendo e desconstruindo muita coisa, tô uma confusão. Gostaria de ter as respostas baseadas em minhas experiências maduras, que a maioria ainda não tenho.
Concordo, pq ficar trocando? Tipo, é como se as pessoas fossem descartáveis por mero sexo.
Fico curioso se já houve alguma pesquisa sobre isso. Pegando pessoas que vivem relações abertas e verem seu lado comportamental diante da sociedade e em suas relações. O que será que sairia? Bom, sem generalizar é claro. Mas muitas histórias das quais li ou escutei, vídeos de outras pessoas falando sobre, vejo um pouco de perfil egoísta e egocêntrico em alguns, muitos que não sabem lidar com o fato de não serem o centro das relações e das atenções assim como eram mimados por seus responsáveis na infância, sempre tiveram tudo o que queriam, não sabiam lidar com o não e ao chorar davam o que a criança queria para parar de chorar, pessoas assim tendem a serem adultos mais complicados, que querem tudo ao seu modo, em caso de uma não compreensão de como lidar com afetos, como lidar com o outro e entender seu lado primitivo em sentir atrações por outros, algo que é normal, elas podem agir como bem entendem na relação monogâmica ou não monogâmica, não tem acordo com eles e não haverá respeito ou afeto, eles irão fazer o que querem conforme sua vontade, foram acostumados em serem o centro das atenções, isso é prejudicial.
Assim também como aqueles que tiveram tanta rejeição e ausência de seus responsáveis, acaba criando problemas com medo de abandono, medo de ter que lidar com a solidão, isso tbm prejudica na hora de romper uma relação e sentir a dor do rompimento, muitos não conseguem se afastar de relações, ficam alimentado inclusive contatos que já não possuem mais afinidade, tudo pelo medo do rompimento, uma pessoa assim também terá problemas, não é a a relação não monogâmica que vai mudar isso na pessoa, mas sim uma compreensão melhor da vida e do que ela sente, um tratamento melhor com psicólogos. Acho que indiferente do tipo de relação ao qual as pessoas vivem, se não houver uma compreensão de como lidar com seus afetos e ter afeto de fato por alguém, será indiferente o estilo de vida ao qual vc vai recorrer, será vazio de qualquer forma, seja na monogâmica ou não, porque o problema está em você.
Vejam, pessoas assim as vezes não conseguem curtir a si próprias, terem seus momentos, mal saem de uma relação e já estão em outra, ou ficam procurando novos parceiros na relação não monogâmica quando caem em rotinas tediosas, precisam sempre viver a intensidade de uma nova paixão. Qual é o problema de não sentir paixão quando tem amor? Algo que é até melhor, já que a paixão nos deixa muito débeis, ficamos perdidos. Ficar pulando de galho em galho as vezes mais prejudica e te faz perder tempo do que te faz bem, já que vc toda hora tem que começar tudo do zero. E qual é o mal de ficar um bom tempo sozinho e se conhecendo? Qual é o problema de não ter ngm por um tempo mas ter vc mesmo? As pessoas precisam melhorar o amor próprio e entender melhor como funciona o afeto, amor e paixão para saberem se de fato o que querem seguir (nas relações). Não estou impondo nenhum estilo de vida amorosa, só acho que qualquer uma será uma ilusão e algo vazio e frio se as pessoas não criarem inteligência emocional e aprenderem de vez o que é amor e paixão, pararem de idealizar e aprenderem a conviver com as pessoas sem medos de julgamentos e rejeições. Uma pessoa que se ama, pode ser muito mais feliz do que alguém que não se ama e fica procurando a felicidade nos outros procurando novos parceiros o tempo todo e mantendo tudo superficial.
👏👏👏
Acho que se houvesse dialogo verdadeiro nas relacoes a maioria das questoes que fossem surgindo seriam resolvidas cada uma no seu tempo.Acho que os problemas comecam quando comecam as mentiras.Achei maravilhoso voce falar sobre LIMITES, porque nas vidas que conhecemos, em geral, parece que so as mulheres respeitavam os LIMITES e quando as mesmas comecaram a ultrapassa-los os homens ficaram raivosos e incomodados.
Não dá para conviver socialmente pacificamente sem mentir.
@drjp4212 da sim
Numa relação não monogâmica ou livre, não tem a na relação de pose, por exemplo: minha mulher ou meu homem. Estão juntos por opção. Mas como sempre neste canal, a questão é pautado pela relação. Só que como em qualquer relação tem ao amadurecimento emocional e a expectava de retorno que a pessoa projeta nos parceiros.
Na minha opinião não tem o certo e errado; mas sim o que me completa e acrescenta a relação.
Como toda relação temos de nos, dedicar, encaixar e fazer concessão; se com uma pessoa já complicado, imagina quando envolve mais pessoas. Está é a grande dificuldade do poliamor!
Mas se eu sei o que quero e encontro pessoas na mesma sintonia e entrega, ai muito possível dar certo e ter uma relação transformadora e duradoura.
Outro video, "fodástico" sobre o tema. Acredito que me ajudou a perceber que preferir uma relação poliamorosa achando que é garantia de não ser abandonado, não é o viés mais acertada. Posso dizer isso por minha experiencia própria, eu tinha uma relação monogâmica estável e uma das razões pela qual eu quis propor a abertura no relacionamento justamente pelo medo da perda. Não exclusivamente porque eu poderia me apaixonar por outra pessoa, mais por medo de que a pessoa viesse a se apaixonar por alguém e assim não quisesse mais estar comigo. Enfim o relacionameto chegou ao fim, sofri muito mas hoje consigo enxergar que este era somente mais um das nossas questões. Mas uma coisa que gostaria de defender o poliamor no encaixe de ser uma coisa vinculada ao hedonismo. Existem varias formas de modelo de relação e o poliamor não está vinculado exclusivamente a uma "libido desenfreada" sendo que existem pessoas poliamorosas que são demisexuais ou até mesmo assexuadas. Isto quer dizer ser poliamoros é muito mais ligado a uma capacidade de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo do que um desejo sexual do qual o sujeito não quer se responsabilisar. Será que alguém entendeu a minha colocação?
Sim, deu pra entender.
Assexuada parece doença ent menis
Flávio Givokate fala que existe dois grandes obstáculos para uma relação de qualidade, a escolha do parceiro e a comunicação entre o casal. O poliamor multiplica esse problema, e toma mais complexo as difículdades.
Oi Manu tudo bem?
Achei o vídeo muito significativo para algo que estou vivendo e gostaria de compartilhar.
Tenho 33 anos e minha namorada 20. Namoramos a 3 anos. Somos muito abertos um com o outro sobre o que sentimos, há muita troca e nunca me senti tão próximo de alguém. Ela é meu primeiro relacionamento significativo. Durante minha vida sempre me coloquei em relações em que disputava a pessoa com uma terceira pessoa. Na terapia descobri que é algo ligado ao meu relacionamento com minhã mãe e meu irmão (hj falecido) que era portador de necessidades especiais.
Minha namorada vem de uma familia ultrareligiosa. Ela faz faculdade em outra cidade. Já há algum tempo ela disse que tem desejo/curiosidade de transar com outra mulher. Conversamos muito sobre isso. E eu apoiei ela há realizar esse desejo, afinal, ela é bem mais nova do que eu e não gostaria que ela deixasse de viver um desejo por mim. Ela trabalhou isso na terapia até chegou ao dia (há pouco tempo), em que me disse preparada para viver essa situação. O Problema é que nesse dia eu fiquei muito mal e sentindo muita insegurança. Fiquei pensando se meu apoio a ela é uma atitude madura ou simplesmente eu inconscientemente voltando ao meu padrão de afeto. Sinto muito medo de perde-la. Porém creio que sendo uma relação aberto ou não a possibilidade de perde-la é a mesma.
Qual sua opinião, decisão madura ou volta ao padrão inconsciente de afeto ?
Parabéns pelo canal.
Porém creio que sendo uma relação aberto ou não a possibilidade de perde-la é a mesma. concordo super, essa realizaçao me ajudou mt a liberar esse peso da cobrança e tal.
Enfim. só queria agradecer esse comentario pois no: ''Sinto muito medo de perde-la.'' me trouxe uma questao que mt tempo no estado de curiosidade. Quando de fato tem-se o estado de ''ter-la'', existe isso? ou nunca de fato 'temos' o outro? seila obg por levantar essa questao.
Cara, ta tudo bem falar a ela da sua preocupação e das suas inseguranças, pq isso é algo seu e não dela. E ela pode ser afetuosa tbm e deixar claro pra vc q ta tudo bem.
Vejo muitas pessoas falando que só monogamia funciona, ou que monogamia nunca vá funcionar. Dizendo que poliamor é "coisa de doido" ou que é o mais ideal pra nossa espécie. Sinceramente, acho que cada pessoa sabe, se ela prestar atenção no q sente, o que é o melhor pra Ela, se realmente é aquilo q ela quer. Conversar com a parceira (o) sobre o que sente é extremamente necessário! E se essa pessoa não da a mínima para o q vc diz e sente, é preciso ver se realmente quer ficar com alguém assim. Independente se tem um relacionamento monogâmico ou não.
Oi! Concordo que somos muito narcisistas, mas não acredito que relações abertas sejam necessariamente mais narcisistas do que outras formas de se relacionar. Pelo contrário, qual o sentido da monogamia? É querer que o outro seja só seu, que faça um pacto de exclusividade contigo, enfim... não deixa de ser uma visão na qual o outro precisa suprir as nossas demandas (por atenção, por amor, por exclusividade). As relações abertas têm dois lados, o lado que tu citaste de fazer o que quiser, não ver o outro como limite, não permitir ter seus desejos limitados, ter acesso a experiências diversas... e tem o lado de saber que seu parceiro ou parceira também pode fazer tudo isso e talvez esse seja o grande limite que a relação aberta impõe, porque normalmente é desafiador lidar com o fato de não ser sempre prioridade/foco da atenção alheia, e encarar essa frustração não é fácil. Acho que, pra funcionar, tem que haver uma grande dose de altruísmo e de confiança. Acho que, como dizia o poeta chorão: cada escolha, uma renúncia, isso é a vida. Beijos e bom dia
Mariana Mincarone concordo!!! No vídeo de amanhã eu tentei corrigir esse preconceito meu
Eu acho que concordo com as duas maneiras. Mas existe o fator no monogâmico também que parece que muita gente não percebe: não é só de querer ser único pra alguém mas o fato de se sentir satisfeito e confortável em ter uma única pessoa para si, estar disposta a isso, e se encontrar com alguém que sinta o mesmo. Você só não pode entrar numa relação se submetendo a algo que não te deixa confortável e satisfeito. As duas maneiras são possíveis desde que as pessoas estejam dispostas ao acordado.
@@rodrigocamp o maior desafio é viver uma relação no modelo monogâmico sem submissão, é praticamente impossível. no modelo mono-hétero-simplificado, o homem diz isso porque geralmente ele se esforça menos e então não precisa mudar coisas significativas da vida dele e a mulher infelizmente já vê uma relação como uma prioridade e sacríficio, dor e esforço como normais, então é praticamente impossível dizer que nenhum dois está se submetendo. Estão sim.
E qual é a razão de viver fazendo tudo o q seu corpo quer? Tipo, pra tudo há limites.
Gostaria que alguém falasse como é ter um relacionamento aberto tendo filhos . Como explicar isso ou não explicar .
Ah concordo! Neste mundo individualista em que vivemos as pessoas com seus egos gigantescos e doentios extrapolam em seus narcisismos. Pensam apenas em si mesmas, em satisfazer seus desejos e caprichos. Já em ética, em trabalhar por um mundo mais justo, em renunciar em prol de um bem maior, em articular um movimento social solidário, nisso ninguém aqui parece estar muito interessado... Eu sugiro que vc fale um pouco sobre isso, Manu. Sair um pouco da psicologia autocentrada e debater um pouco sobre a existência, cujo sentido ultrapassa em muito a preocupação mesquinha do sujeito sobre se deve ou não trair, se vai ter um casamento monogâmico ou poligâmico, se casa com Paulo ou com Pedro. Por favor, a existência tem de ser maior que isso!
Ana Paula Mello Peixoto o vídeo de amanhã é um pouco sobre isso. Mas pra mim, a resposta não é clara
@@floremanu Mas neste caso a pergunta por si só já é válida, não é? Afinal, em que reside o valor da existência? O que realmente deve me mover? Qual minha responsabilidade pela vida a minha volta? No que posso contribuir? Estou ciente de que a vida é impermanência? Estou ciente de que sou um ser para a morte?
@@anapaulamellopeixoto3556 essas respostas são suas.
@@fatimaraposo5621 , eu respondi ao Manu que as perguntas por si só são válidas. E eu sugeri algumas perguntas para as pessoas se fazerem a si mesmas. Obviamente que cada um encontra suas próprias respostas. Mas estas peguntas tampouco são minhas, são da tradição filosófica, que tenta respondê-las, e não é de hoje.
A moralidade sem dúvida tem haver também com o espiritual, nem sempre cultural, negar isso também é ser fechado demais ou preconceituoso.
Essa pessoa do caso está em sofrimento profundo, imagino. Me fez lembrar aquela música do Gil, no doces bárbaros que diz: “o meu amor, ame-o e deixe-o livre para amar”. Lembro de, aos 20 e poucos anos conseguir sentir esse sentimento verdadeiramente correndo nas minhas veias, uma determinação de tentar colocar esse sentimento em prática ao me relacionar. Acontece que sou o oposto disso. Mas consigo entender a beleza. Ela precisa saber, junto com ele, se a ligação entre eles ainda é um amor que faz bem aos dois, a ponto dela viver esse sofrimento até que supere. Acho que no lugar dela eu iria ter que conversar com o meu parceiro, exaustivamente, até superar. E se ele não demonstrasse o interesse e paciência para atravessar isso junto comigo, seria o termômetro do fim.
Mas enfim.... dói profundamente só de pensar.
É surreal como você muda a minha vida todos os dias, Manu. Obrigada 😢❤
Você está certo: sempre tem alguém precisando do vídeo. Obrigada
Quem é a pessoa q ia fica feliz sabendo q seu marido ou sua esposa tá apaixonado ou apaixonada por outra pessoa?? Kkkkkkkkk
Só idiotas
A gente se coloca em relação ao outro sendo 100% sincero sempre, respeitando o sentimento do outro sem impor nada e sentindo se os dois conseguem chegar em algum acordo confortável.
Perfeito! Tirou um super peso de mim... Ufa! :)
Eu adorei o vídeo! Realmente concordo. Neste momento estou construindo um relacionamento, estamos apenas começando a pensar num acordo e para isso tem sido fundamental esse olhar para o que sentimos. Porque, por mais que minha cabeça e meus conhecimentos sobre a sociedade e sobre como ela padroniza as relaçõesme, me faça ter uma preferência política por um certo modelo de relacionamento, afinal o que importa realmente é como eu me sinto.
Obrigada!
Eu acho triste que sejamos educados ao desespero e dependência. Autocentrados a ponto de não reconhecer a humanidade e razões do outro, não capazes de ver possibilidades melhores a outra pessoa, além de nós mesmos.
Vivo essa situação há alguns meses e ainda não entendi como solucionar bem isso
Mais um vídeo pra eu começar um café da manhã, obg pelos mimos manu ♡
Poliamor e amor livre deveriam ao meu ver entrar para as categorias de mitos modernos da felicidade. A ideia de que nosso desejo não pode ser barrado e ao mesmo tempo pode permanecer constante, forte e endereçado á determinado objeto é talvez uma forma de negligenciar nossa implicação nele.mesmo. Eu concordo muitos pontos do video e acho que no fundo os acordos de poliamor sao formas de se evitar passar por algum tipo de perda. O sujeito crê que pode ter tudo.
Equivoca-se. Mudança sempre ocorre, e não dá pra perder o que nunca se teve. Seu pensamento está tão do lado da posse, que vc esquece esse simples fato. E o que ele fala no vídeo não tem nada a ver como poliamor, mas uma monogamia expandida. É o exato oposto de achar que pode ter tudo, porque vc pode ser completamente sozinho e não-monogâmico, diferente do monogâmico que de alguma forma acha que uma relação bem-sucedida com uma única pessoa poderia tornar a vida dele perfeita, esquecendo que ele já pode ter uma relação perfeita com ele mesmo e, a partir dela, várias, se assim quiser...
Tava falando disso ontem com o meu irmão, parece que você adivinhou. Agora vou absorver o conteúdo!!
Manu, acho que seria de ótimo proveito, já que esse é um tema recorrente no canal, a presença num vídeo de alguém que realmente tenha vivido experiências poliamorosas e que acredite em modelos não monogâmicos para elucidar mais sobre o assunto. Há pessoas que estudam o tema sob o seu aspecto político, inclusive. Acredito que há muito preconceito sobre isso e tudo acaba sendo posto na conta da atual exacerbação do nosso narcisismo, o que me parece uma saída fácil mas possivelmente falha.
Maria Izabel Caron Lucato concordo!
De todos os vídeos que eu vi no canal, esse foi o que eu mais gostei! 🥰🥰🥰
Adoro tbm quando "foge" da pergunta!
Gostei do foco na questão central: o afeto. Quando muitos parceiros tb ocorre a questão objetal com outro e como um parceiro do poliamor escolhe seus pares. Eu, se fosse o meu parceiro fazendo uma péssima escolha ficaria decepcionada e se o tratasse de forma indigna, tb. Acredito no compromisso ético com o ser humano e que todos temos direito ao afeto, a sermos amados de forma digna. E, nesse sentido, fazer boas escolhas é fundamental. Relações igualitárias e dignas para todos. O compromisso com o outro deve sempre existir. Compromisso com as minhas necessidades e com as necessidades do outro.
Como eu não conhecia esse canal antes? Maravilhoso 👏
Ter um companheiro para sexo, outro pra formar uma família, outro pra viajar, etc...é uma ideia interessante, mas me afeta negativamente, infelizmente.
Já tive a experiência de ficar com duas pessoas e eu realmente gostava dos dois, então acho possível amar duas pessoas. Porém creio que nenhum modelo garante nem felicidade nem ausência de abandono, nem nada. Seja qual for a sua escolha, algo será perdido. Vamos continuar incompletos. No meu caso eu coloquei na balança e decidi pelo menor sofrimento não só pra mim, mas tb para o outro...sou mais do tipo "que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure" .💘
Vídeo maravilhoso Manu, as vezes eu penso que em meio a tantas opções, entenda como infinitas possibilidades de relacionamento não monogâmico, falta um pouco de empatia e responsabilidade emocional, é como se essas novas possibilidades tornasse as pessoas descartáveis, pq estamos pensando só em atender o nosso ego. E quando surgir possibilidade do outro viver algo foro do que planejamos vêm as crises.
Itamara Matos vídeo de amanhã
@@floremanu não percerei. Suas reflexões tem me ajudado muito no processo de autoconhecimento.
Se trata do egoísmo e auto-análise do mesmo, pelo que entendi do que você disse. Considerando todas as variáveis que envolvem aquele sentir específico, pessoal e único. É uma situação muito comum, estou convencida, todos que experienciaram o relacionamento a dois, ou +, provavelmente, teve uma boa dose de conflito pra lidar. Isso nada tem a ver com gênero, todos, inseridos nessa cultura e ideologia comum, estamos sujeitos.
Com base na minha escolha, de não me relacionar com ninguém, eu me pergunto se essa questão não pode ser reduzida àquilo que realmente é. Uma questão a ser feita para si, estando distanciado da relação. Afinal, somos seres sozinhos, tendo de lidar com as demandas da vida, direcionadas ao si mesmo, sozinhos, na realidade. Talvez não seja uma questão, mas uma conversa.
Vendo da minha perspectiva, é algo simples. Realizar a conversa proposta. Mas continuará a existir toda a história do casal e todo esse peso. Realizar qualquer que seja o passo a seguir é do livre-arbítrio.
Muito obrigado pelo vídeo, Manu. Achei uma conversa muito sincera sobre as formas de relacionamento e os caminhos que elas podem tomar, e que no fundo é muito mais sobre nós mesmos do que a configuração do relacionamento em si. Essa ideia do poliamor como substrato para o narcisismo me gerou vários insights (ressaltando que sei que é uma simplificação e não necessariamente alguém se envolve em um relacionamento poliamoroso por isso).
Manu, é muito curioso essa dinâmica de como a gente se processa e dos acordos que fazemos em relacionamentos. Lá trás, em 2015, eu conheci uma pessoa que no nosso primeiro encontro falou: eu tenho um relacionamento aberto a distância com uma garota em SP. A gente passou uns três meses se relacionando e eu acabei me apaixonando. Até hoje a gente é amigo. Mas eu sabia onde eu estava entrando. Quando eu rompi com limites/expectativas que não se concebiam e cabiam naquele formato, eu pulei fora. Hoje, eu estou me relacionando com uma pessoa há dois meses mais ou menos. E está super confuso. Ele é estrangeiro, estava com uma pessoa da minha cidade. Mas a pessoa se mudou. Pouco tempo depois eu apareci e a gente começou a viver isso. Eu gosto bastante dele e queria continuar até o visto dele acabar, em fevereiro/2020. Ele, por outro lado, disse que tem medo porque isso ficou intenso demais, que só vai gerar sofrimento (que ele já conhece, por conta do relacionamento findado há pouco tempo), que ele prefere estar casualmente com outras pessoas. Viver "a gente" pra ele é passar por um rompimento mais cruel e doloroso ano que vem. Mas enquanto isso ninguém se afastou. Então indiretamente eu me sinto vivendo algo não monogâmico de novo hahaha (rindo de nervoso) Só que esse processo está sendo completamente distinto e, em certa medida, me vejo ansiosa e sei que pra mim tem algo errado. Espero conseguir processar isso, mas confesso que está complicado. Mas sei que está complicado não apenas pelo tipo de contrato/acordo (ou seja, por ele querer ficar com outras pessoas), mas porque dentro desse contexto eu não consigo acreditar que ele gosta de mim de verdade. Acredito que por conta do que você falou, de sermos pautados por filmes hollywoodianos e no meu inconsciente eu acreditar que se ele gostasse mesmo de mim, não ia ter medo de ir embora, ser intenso demais não ficaria "dando desculpa".
Não-monogamia não tem nada a ver com o que ele falou no vídeo, embora algumas pessoas possam pensar assim e, infelizmente, algumas até se dizem não-monogâmicas e vêm com esse papo. Pelo contrário, o narcisismo e ego inflado vem da monogamia, da ideia que existe alguém que vive em função de cumprir minhas necessidades emocionais, acho que faltou lembrar da ideia de posse, para alguém ser não-monogâmico, é importante tentar ou não ser possessivo, procurar não ter e de fato não ter ciúmes, e nem manter um contrato ou acordo, porque isso só mostra o modelo escravista que é a monogamia. A grande verdade é que quem vive não-monogamia narcísicamente, achando que vai ter muitas opções e tratando todo mundo de qualquer jeito só está tentando aumentar o número de pessoas lesadas, a monogamia lesa só uma, além de você mesmo, e esse outro tipo, lesaria simplesmente todas as pessoas com quem você se relacionasse, sendo assim, uma monogamia expandida ou reformada. Repito, nada a ver com não-monogamia.
Perfeito! Obrigada! Estou vivendo exatamente a mesma coisa... amo uma pessoa que não acredita (em monogamia) e não quer comprometer-se, faz 2 anos que estamos ficando... Não sou apaixonada, mas tb fico variando entre sentimentos e não sei se vale a pena continuar ou não. Não temos nenhum contrato! Hehe É complicado. Tb chegamos a conclusão que acordos não importam pois os dois tem liberdade. O que falta é a confiança de que a pessoa está mesmo contigo. Ao mesmo tempo essa confiança é totalmente ilusória tb. Que coisa né?! Dialogamos muito e a amizade é acima disso, mas a questão fica.
Manú!! Gostei MUITO desse vídeo ! Suas perguntas finais são preciosas para todos nós !! E é disto q , na minha opinião , temos q nos ocupar (( para qualquer coisa...)) . Obrigada ! Bjos pra vc e Flor ! 😘
Qual o seu nome? Você é psicólogo? De que linha de trabalho?
Eu não acredito em relação monogâmica. Mas acredito que deva ser algo muito individual e discreto caso a pessoa procure outras pessoas . Fica na sua...seja discreto. Ou se separe.
Tá romântizando a traição?
Refleção acima de tudo !!! Vc infizmente é livre e vai ter que decidir !!!
Me parece que as vezes as pessoas buscam excessivamente a "sua essência", ao invés de apenas viver a vida, como se essência fosse a felicidade plena, uma El Dorado da felicidade absoluta, cada vez acho que devemos aceitar as coisas e deixar a vida rolar, sem tentar "explicar" tudo, apenas ter fé.
Também acredito que "essa essência" não irá trazer a felicidade desejada, ou talvez, mais dúvidas ainda. Talvez a vida feliz você já esteja vivendo, mas fica se cobrando por mais "essência". Será não uma das razões da melancolia moderna?
wolneihd buscar a essência é aproximar-se de Deus... no mais íntimo relacionamento com Nosso Criador...
Não existe felicidade plena pois estamos em constantes batalhas, sofremos aflições, somos tentados e seguimos a vida tendo diante de nós grandes provações, o q nos fortalece e nos faz permanecer em pé apesar de inúmeras quedas é permanecer com nossos corações voltados a Santíssima Trindade, a Fé em Nosso Senhor Jesus e ao Amor Maternal de Maria, Mãe de Jesus e também a Nossa... amém!
Um relacionamento "aberto" não pode ser considerado também um interesse particular, visto que de um lado a pessoa tá satisfeita de se relacionar com alguém que não acha que uma pessoa seja o suficiente, que entra na questão de "ego gigante".
Tem gente que se desenvolveu acostumada a beijar varias bocas numa noite, e levar esse tipo de mentalidade pra um relacionamento fechado é meio..
(se relacionar com várias pessoas de uma vez)
Relacionamento em si como namoro e casamento é algo criado pela sociedade
E da mesma forma que tem gente que tá interessada em um parceiro, tem gente que tá interessada em varios.
Eu acho que as pessoas deveriam separar essas coisas, aqui no Brasil mesmo no ensino médio tem mt esse negócio de "ficante".
Tem gente que quer um parceiro pra compartilhar sonhos, não ficar sozinho depois de uma certa idade.. um companheiro fixo..
E tem gente que quer sair com uma pessoa por um tempo com interesses rápidos e depois nunca mais olhar na cara dela.
Se for nesse contexto, eu acho válido um relacionamento aberto.. basicamente uma pessoa que pensa em satisfazer a carência gigantesca e suprir o orgulho próprio deveria não começar a namorar alguém que tem uma intenção singular e deveria deixar claro desde o começo as ideias que ela pode abordar num relacionamento.
Realmente, pensar racionalmente sobre a cultura não faz a gente não sentir o que não concordamos .. isso é bem difícil e bem real!!
Acho que demora um tempo até a gente perceber que de fato, rotular relações é como se frustar, de certa forma. O que me supriria do outro hoje, seria alguém que posso confiar e que as ações dessa pessoa não me causem nada negativo. Ainda não achei ninguém assim, talvez seja até surreal isso, mas acho que no fundo toda relação é isso, confiança e não ferimento. Não sei, meu ponto de vista no momento.
Mito moderno de felicidade
Adoro suas reflexões...
Tô ficando mal-acostumada com "pode tudo". Tem 2 prédios sendo construídos com fim social.
Fora que dá pra fazer umas manobras econômicas radicais maneiras.
Poxa
Tô viciando
Eu acho que as coisas mudaram, há 20 anos atrás, uma pessoa divorciada era mal vista. Hoje o normal é se separar. As pessoas se sentem mais livres para ter experiências não só um romance que dura a vida toda, mas vários, talvez exista um buraco onde a pessoa procura pela pessoa certa várias e várias vezes, não acho que existe a pessoa certa. Existem pessoas que querem fazer dar certo. Eu acredito no amor livre. ( Amor livre, é aquele que não tem posse sobre você, que não precisa fazer todas as coisas com vc, que te incentiva a ser melhor, e que mesmo na hora da partida te deseja o melhor. Se é amor, vai sempre torcer por vc, caso contrário é só um ego ferido)
É ilusão acreditar que não existe posse. O ser humano é egocêntrico por natureza.
Concordo Gisele!
Eita, porra, até parece que eu escrevi esse comentário, que é a minha história aí!!!!! 😱😱😱😱😱😱😮💨😭😭😭😭😞
Finalmente um relato do meu lado da equação e tão sofrível e sofrido como minha posição.. 😢
Olá,bom dia.☕
Acho legal ter tantas "formas de amar" esses modelos,né.Porque independente da forma,as pessoas estão se reinventando na suas formas de se relacionar.Sendo elas:monogâmicas ou não!
Eu acho que cada um deve saber e procurar aquilo que gosta numa relação,sabe ?
Pois,quando decidimos compartilhar a vida com o outro,vamos poder olhar pro outro,e se sentir bem,porque estamos onde queremos estar.
Quando nós fazemos aquilo que gostamos,tudo fica melhor.(Desculpa a ingenuidade)
Mas acredito muito nisso de...fazer aquilo que nos faz bem.
Então pra mim,vale mais como a pessoa tá se sentindo numa relação,se ela tá bem,confortável e acolhida.Sendo assim...se ela tá bem,o "contrato" que foi estabelecido,só vai ser um contrato.O que importa pra mim numa relação,é como as pessoas se sentem.E acho legal de nos fazermos perguntas,mesmo não tendo as respostas em palavras,o corpo responde.Sejam elas quais forem,negativas ou positivas.💭
Independente do modelo,acho que a pessoa tem que se sentir bem,confortável e contente.Ela precisa gostar de estar ali.
não parece que o poliamor é um consumismo?
Interessante d+
Excelente vídeo
Deu até pra ver a fumacinha do cafe quente! amo vocês!
Claramente não tem acordo. Existe ciúme. Digo isso baseado no relato apresentado. As pessoas têm que saber onde estam se metendo. A pessoa tá com ciúme. Só. Se tá doendo, cai fora. Vai doer, mas passa.
Sera q a relacao aberta nao gera ciumes e a traicao paranoia?
A Antropologia Ecológica ou a Ecologia Humana são bases epistêmicas que buscam a compreensão da Vida e seus fenômenos (inclusive o próprio fenômeno do Eu) sob uma concepção não dual, transcende a separação cultura-natureza!
Acho que o "querer tudo do nosso jeito", é mais sobre querer tudo de maneira mais real, mais humana, no sentido biológica mesmo, sem fugir da nossa natureza, mas virando as costas para dogmas religiosos e culturais, que surgiram por questões tão mesquinhas, que nem cabem mais hoje. Ainda há muita resistência hoje, mas um dia os amores fluidos vão soar muito mais naturais. Como viver a homossexualidade, não precisar casar virgem, coisas que no passado eram tabu, safadeza, fim dos tempos. No final todas essas regras vem da mesma fonte, e essa fonte precisa ser desconstruída.
Manu, to amando assistir esse tema por me fazer discutir ou refletir comigo mesmo. Essa pergunta no final do video é muito interessante, o que sairia dessa pergunta ou o que sairia de uma autoanalise centrada nesse desejo ou necessidade de que algumas pessoas dizem que sentem? Será a falta de afeto durante o crescimento por negligencia ou abandono dos pais? Sera o medo de se comprometer e não conseguir se manter nesse compromisso? ou será uma simples resposta a um "não quero estar num relacionamento monogâmico porque nao quero e não porque não posso" mostrando um grande narcisismo comentado por você? Enfim, talvez estejámos vendo só a ponta do iceberg e não enxergando a real situação.
Um abraço!! Até amanhã hehe.
Nunca está nada bem...
minha ficante sabe q eu fico com outra menina, essa outra menina sabe que eu tenho essa ficante, as duas nao se conhecem, ambas tambem sao livres para ficarem com outras caras ou mulheres, nosso contrato é claro, zero apego, zero curtiçao, apenas uma amizade verdadeira livre de preconceitos, companheirismo e sexo de qualidade. Se eu ficar só com uma, vai rolar apego, ciumes, possessividade, o mesmo aconteceria se ficassem só cmg. Q seja eterno, intenso e livre de preconceitos.
Bom vídeo
Bom dia 🌞🌞🌞🌞
Oiee, Boa tarde hahaha. Acho muito complexa a discussão sobre as configurações de se relacionar amorosamente, levando em conta sempre o limite, o meu e o do outro. Qnd tive uma relação aberta no passado um dos argumentos que me convenceu a comprar a ideia de tentar esse modelo foi a de que sempre haveria falta pq ninguém tem tudo pra te deixar feliz. Eu tinha meus 18 anos, achei relevante e pensei "pq não, né?!" Pq poderia achar em outros algo que aquele um não possuía e ter assim diversas formas de gozo em diferentes pessoas. Hj eu olho a falta de outra forma e acho q tentar burlar com opções tb não resolve, assim como tu disse que tbm é um tentativa de burlar a possibilidade de abandono.
Recito meu comentário do video anterior que tudo depende da posição das pessoas na relação, pq essa situ que essa pessoa tá vivendo vai ao encontro desse afeto de ameaça, que faz emergir a competitividade. Lembro que a Luísa Gomes comentou algo do tipo "a gnt não pode ficar feliz pelo outro?". Claro que são formas muito peculiares de sentir. Mas eu só me vejo relativamente feliz pelo outro estar com outra pessoa, ainda que eu pegue essa pessoa com quem já investi um relacionamento, um desejo de me juntar meio que normativamente, se não a quero mais nessa idealização de casal da normatividade. É doido, mas se perceber como desistindo de tomar o outro como alguém que vá construir isso contigo e as frustrações que essa idealização traz pra de fato deixar de competir (diretamente) com esse terceiro (a pessoa q ele resolveu estar e não mais uma ameaça de abandono). Digo diretamente pq sendo ou não a pessoa principal, parece que vai se manter essa competição de se ter um lugar.
Se não existe essa competição, aparentemente parece tbm não existir desejo em estar com esse outro. Pq justamente parece não haver resquício de medo do abandono e do esquecimento, novamente uma resistência à morrer, à finitude de existir, não no Real, mas no imaginário do outro.
Esse é um olhar muito particular. Creio q existam olhares mais benevolentes que esse pra essa temática. Quem sabe? ahauahauahshahs
Meu Pai, eu não acredito nas coisas que eu ouvi, polimor não é bagunça! Poliamor é dos dois lados!!! Parece que entende isso como imposição, se oriente por favor!
Desde que comecei a assistir os videos do canal, passei a questionar mais as minhas ações e visões de mundo! Em parte anda me ajudando a desconstruir a visão de um amor romântico como fonte para a minha felicidade... vi como isso anda me deixando abatido pela busca desse amor em pessoas que não estão nenhum pouco interessadas... e isso me faz questionar pq é tão difícil ter alguém hj em dia... então com os pontos de vista colocados aqui... andando não querendo mais buscar esse amor romântico como eu imagino, mas viver ou tentar viver dentro da minha realidade e solidão e dela buscar momento que me façam sentir bem e tranquilo... gostar da minha própria companhia e não pensar ou dar tanto peso as experiências passadas. Não é uma tarefa fácil, mas é um pouco para frente quase todo dia.
Acho que você tem pouco contato com o tema, porque em relacionamentos não monogâmicos tá tudo bem se apaixonar por outras pessoas e a maioria fica feliz pelo outro sim, afinal você ama o outro, quer ver ele feliz e ele não é um objeto seu.
Existem acordos, existe um relacionamento e o diálogo é essencial!
Vejo o contrário que você, porque pra mim é o monogâmico que quer prender a pessoa para realizar só os próprios desejos, pensando no próprio prazer. Não importa o que o outro sente ou quer se ele me pertence. Percebe?
Fiquei me perguntando sobre o que leva alguém a chamar paixão de traição também... É diferente de transar, beijar (restrições da monogamia) mas o gostar é tão controlado assim? O que é amar o outro?
Nada contra monogamia, mas tem que questionar como ESTRUTURA. É muito complexo.
Cada um vê a traição de uma forma, eu tbm me sentiria traída se um namorado meu se apaixonasse por outra pessoa de fato ele não me amava o suficiente, e outras as pessoas não são descartáveis "Ah me apaixonei vou larga a outra pessoa e já era" eu sei q ninguém é propriedade de ninguém mais tbm é muito hipócricia a pessoa fica feliz sendo trocado por alguém q vc ama kkkkkkkkkkkkk então se vc está em um relacionamento não está tudo bem vc se apaixonar por outra pessoa, eu não acho monogamia como predendo outra pessoa e sim um acordo q um casal fez eu sou feliz sendo monogâmica, não gostaria de saber q meu marido tá ficando com outra mulher, e gosta de alguém tem sim q ser controlado por que se não a gente se apaixona até pelo o namorado da nossa amiga, a mãe da minha amiga tá casada com o ex marido da própria filha dela, a mãe dela se apaixou por ele e estão juntos, então tá tudo bem?? Claro q não né
Manu, sobre a pergunta que você faz no meio do vídeo: não é raro a pessoa ficar feliz em ver o seu companheiro feliz se apaixonando por outro alguém. Tanto que tem até um nome pra esse sentimento: compersão.
Gostaria muito de ver um vídeo de vocês com uma análise imparcial de relações não monogâmicas e das estruturas da monogamia. Em qualquer história que vocês leiam ou comentem sobre, a não monogamia sempre é tida como vilã da história. Gostaria muito de assistir algo mais imparcial, obrigado!
O problema não está no modelo da relação monogâmica, mas em como se vive o modelo. É como culpar o capitalismo pela ganância dos homem. O sistema capitalista não é grandioso, os homens são e agem mal no modelo.