Reabrir a Linha do Corgo - Parte 1 ("Viagem" de Vila Real a Cigarrosa - e Volta!)

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  • Опубликовано: 24 янв 2025

Комментарии • 22

  • @danielconde13
    @danielconde13  6 лет назад +4

    O que acha da reabertura da Linha do Corgo até Vila Real e Abambres? Deixe a sua opinião nos comentários!

    • @mitoCoroadoJr
      @mitoCoroadoJr 5 лет назад +1

      Já disse a minha opinião, e a mesma que a da linha do tâmega, reabrir a linha em bitola ibérica e totalmente eletrificada, importantíssimo haver comboios regionais porto-vila real/chaves, mais as mercadorias claro... Poderá sempre um alfa ir ate chaves quem sabe, e também não passe a fronteira e faça ligação a LAV Madrid-Galiza...
      De resto, já estive a ler o PNI 2030 e lá falava de 'estudos para reabertura de linhas'. Para mim o mais importante era mesmo reabrir as linhas afluentes do douro todas em bitola iberica e eletrificadas, fazendo do Porto um mega terminal para essas linhas todas e também a ligação internacional a espanha, claro (quem não sabe com a liberalização do transporte ferroviário haja comboios Porto-Paris Montparnasse via Linha do Douro low-cost, como a ryanair ou a easyjet na aviação), aliado com a quadruplicação de Contumil-Ermesinde.
      De resto é a ligação a Viseu, ou seja a reabertura da Linha do Vale do Vouga ou da Linha do Dão, também em bitola ibérica e eletrificada (estive a ver a linha no google maps e as duas linhas ainda têm todo o leito intocável, é só desativar a ecopista e repor toda a linha com as devidas correções, as estações estão todas lá intocáveis, e desviar algumas estradas que também estão a estorvar). NÃO PENSEM EM AVEIRO-MANGUALDE, ISSO É BOTAR DINHEIRO FORA, QUANDO TEM A LINHA DO VALE DO VOUGA COM O LEITO TODO LÁ, QUE FECHOU EM 1990 E QUE PODEM APROVEITAR E POUPAR MUITO DINHEIRO...
      De resto, também estive a ler sobre ligações ferroviárias a OPO, LIS e FAO, só tenho uma coisa a dizer, não pensem nisso e construam um maglev (comboio de levitação magnética) como no aeroporto de Xangai a ligar ao centro da cidade e/ou estação de comboios, pensem para o futuro e não para o presente, depois podem-se arrepender.
      De resto, não tenho mais nada a dizer,
      De um aluno do 1º ano de Engenharia Civil da FEUP

    • @pauloseara7332
      @pauloseara7332 5 лет назад +1

      E necessario apresentar numeros, quantos bilhetes se prevem vender. O comboio tem que ser sustentavel em varios eixos e o numero de bilhetes e importante. Recordo que no ultimo ano em que a linha esteve aberta foram vendidos 120 mil bilhetes. O que da sensivelmente 71 por dia durante um ano. Muito pouco, para convencer a CP, governo, e autarquias. E necessario aumentar as fontes de receitas, como sublinhas.

  •  6 лет назад +3

    Estas vias estreitas deveriam ter um papel central na mobilidade destas regiões. Em países como a Suiça, tenho a certeza que estariam em funcionamento, convenientemente modernizadas ao serviço das populações. Mas aqui no retângulo os políticos estão virados é para o alcatrão, enquanto dizem que o comboio é que é amigo do ambiente só para parecer bem! Em 2009 eu até simpatizava com Ana Paula Vitorino e acreditei nela quando encerrou as vias estreitas para modernização... mas passados 10 anos, confesso que me sinto traído, e pensando bem no assunto foi isso mesmo que ocorreu, uma traição ao caminho de ferro e às regiões por ele servidas! O teu trabalho é excelente, Daniel! Pode ser que um dia os autarcas e políticos com poder de decisão deixem de ser surdos e ouçam as tuas palavras sábias!

    • @danielconde13
      @danielconde13  6 лет назад

      O mais trágico é chegar ao pé dos autarcas com estudos de viabilidade detalhados, e mesmo assim ser ignorado. Há de facto algo que tem de mudar, mas essa mudança não passa apenas pelo poder político - e como diziam os Da Weasel, "Há até quem costume falar em revolução/ Mas a revolução/ Não vai ser transmitida na televisão.".

  • @inescosta2361
    @inescosta2361 5 лет назад +4

    Eu não sou de Vila Real, mas vim estudar para a UTAD em 2016. Desde que aqui estou que me apercebo do descontentamento com o encerramento e não percebo como é que a população não se revoltou ao ver os carris a serem retirados. Defendo muito a reabertura, pois não só os habitantes iriam ganhar como os próprios estudantes que vivem dependentes da RedeExpressos e afins caso não tenham rendimentos para terem um carro pessoal. Eu pertenço a uma vila no distrito de Castelo Branco e cada viagem que faço dura 6h e tenho de trocar de autocarros 1 a 2 vezes por viagem, são muito cansativas e as paisagens não passam de autoestradas! Portugal tem paisagens que apenas são visíveis de comboio, é uma pena que quase ninguém perceba isso... Vou partilhar o vídeo, espero que sejas ouvido o mais rápido possível! Não compreendo as pessoas que estão felizes com a ecopista e o hotel, mas são opiniões. Não sabia da existência de caminhos-de-ferro que partilhavam ecopistas mas vou pesquisar! Obrigada

    • @danielconde13
      @danielconde13  5 лет назад

      Obrigado eu Inês Costa!
      Pois, 6 horas de Vila Real a Castelo Branco ninguém merece - eu tenho anos de experiência a levar com 7 horas de Lisboa a Bragança na RE, por isso conheço a sensação...
      No teu caso em particular a viagem de comboio, pelo menos directa, poderia não ser na mesma a hipótese mais eficiente: a única ligação ferroviária entre o Norte e o Centro é pelo Porto. Mas nada impede, e é outra visão que eu defendo, a utilização de uma rede: se houvesse ligação de autocarro entre o Pocinho e Castelo Branco, talvez a viagem de comboio da Régua ao Pocinho já tornasse a viagem mais rápida?
      Quem está feliz com o hotel e a ecopista geralmente é quem não perdeu ainda 2 segundos a pensar na alternativa. Mas, tal como eu expliquei, é perfeitamente possível ter um hotel e reservar espaços para a exploração ferroviária, e ter ecopista ao lado do canal e os comboios a circularem. A visão do "ou A ou B" é que nos prende a uma situação lose-lose: toda a gente perde.
      A revolta da população ao verem os carris serem arrancados ainda tem a ver com uma mistura de ingenuidade (se o Estado prometeu...) e passividade. Mistura que, tanto neste caso como em n outros, se mostra ruinosa.

    • @inescosta2361
      @inescosta2361 5 лет назад

      @@danielconde13 Quando vim estudar procurei muito por ligações autocarros/comboios mas acabava por não compensar monetariamente. Contudo, se houvesse ligação de CB (Castelo Branco) ou Covilhã ao Pocinho era a cereja no topo do bolo, não só pela rapidez mas pelas paisagens! E teria a alternativa de apanhar o comboio também em Abrantes, Entroncamento e outros que também ficam perto do meu local de residência, enquanto ao autocarro estou sempre limitada pela ligação Coimbra - CB da RE que invalida as inúmeras ligações que existem entre Vila Real/Viseu e Coimbra/Vila Real, obrigando-me, a ter de ir ao Porto muitas vezes só para trocar de autocarro... São fins de semana perdidos em viagens 😣

  • @danielaalves916
    @danielaalves916 5 лет назад +2

    Concordo com a activaçao da linha do corgo. Seria uma mais valia turistica para a região. Ligando o douro (regua vila real) á capital do granito(vila pouca de aguiar) e ás termas (chaves). Com infindáveis possibilidades turisticas, paisagisticas, arqueologias, históricas...etc presentes nas aldeias ao longo de todo o percurso.

    • @danielconde13
      @danielconde13  5 лет назад +1

      Exactamente Daniela Alves, o potencial turístico da Linha do Corgo desde a Régua até Chaves é verdadeiramente assombroso. Se formos em maior detalhe, estamos a falar de uma artéria que liga o mais importante porto fluvial do Douro, a Serra do Alvão e da Falperra, um dos maiores complexos mineiro e termal romano da península ibérica, três pólos termais de excelência, um campo de golfe, e um casino. Espalhados ao longo de 97 km, três cidades e duas vilas.
      Mas o Turismo é apenas uma das componentes da exploração da Linha do Corgo, para além obviamente da mobilidade de dezenas de milhares de pessoas de cinco concelhos (entre deslocações escolares, laborais, de saúde, para compras, de lazer, etc.), e do transporte de mercadorias, atravessando directamente um dos locais de extracção de granito mais activos de Vila Pouca de Aguiar (em Sabroso de Aguiar), e podendo conectar-se directamente a Godim (central de cimentos, Linha do Douro) por via algaliada, e ainda às zonas industriais de Vila Real e de Chaves.
      Visite a Parte 2 desta série para ver o quão (pouco) custaria parte da reactivação. Na Parte 3 virá a análise de custos e proveitos.

  • @lmsg123
    @lmsg123 6 лет назад +1

    Daniel Conde, e ainda o PNI2030, pagina 19, na secção F4 "PROGRAMA DE ELETRIFICAÇÃO E REFORÇO DA REDE FERROVIÁRIA NACIONAL", com atenção para o 4º item da lista de items:
    www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=7b3924d4-d1e1-4db9-a5fb-453bc94baf01

  • @danielconde13
    @danielconde13  5 лет назад +1

    Nova reportagem sobre a Reabertura da Linha do Corgo, na Rádio Clube Aguiarense (03/09/2019):
    rcaguiarense.com/regresso-da-linha-do-corgo-era-viavel-estudo-independente-alega-que-sim/
    facebook.com/RCAguiarense/posts/2477855812272509?__xts__%5B0%5D=68.ARAZRFca9pYJ5EFCG733XtcEUnziulUJJHk-mPGmGMew5b7kfi8oxvuzXv0YmgoDmfWcgTxEPcmi-W3WAbPO3CxpvbmKlGkXZFJazAYCbOtlM9AZ8w0w8_v1x8244xr3jglRHQrQysT5JS0HUj4zj6uhX4kTX8cqV_e5PjcvKgaj9g4wNgxVN8MX9QP9moFHwBsQBrn0Gqwq0VtIvZbC10Qu1pTi5Oq8nwpmd22JLb3YOfFfQ3DzGdfHanj5--YxykvTDk94v8X6ae9OIG585Q9CH2KHWlLW3u3c6Vv5LZqUfEn3AhoqmoJxX_r7vdRlcoATyvQIYEM4g5Cz7ZUuRpMgJA&__tn__=-R

  • @lmsg123
    @lmsg123 6 лет назад +1

    ja agora e tendo em conta que o PNI2030 foi apresentado na semana passada.
    www.osverdes.pt/pages/posts/reforco-da-densidade-da-rede-ferroviaria-nacional-inscrita-no-pni-2030-por-negociacao-de-os-verdes-9860.php

  • @lmsg123
    @lmsg123 6 лет назад +2

    eis um bom video, um video desafiador e que tenta esclarecer um assunto que por sinal parece estar de novo em cima da mesa - A REABERTURA DA LINHA DO CORGO. Antes de mais eu sou suspeito porque ha muito defendo a reabertura da Linha do Corgo. É uma linha ferroviaria regional que tem todos os argumentos para vir a ser reaberta. Os argumentos são varios, faceis de entender e rapidamente comprovaveis, no entanto implicam algum esforço para que a carta seja levada a Garcia. Concordo que este projecto tenha um 1º troço de implementação - da Regua a Vila Real - e que seja estendido a Abambres providenciando algumas pargens adicionais como valor acrescentado á cidade de Vila Real.
    O prolongamento ate Vila Pouca de Aguiar faz todo o sentido e é estrategico. Tal como aliás até Chaves (e eu defendo isso). No caso de Vila Pouca de Aguiar, porque é uma importante e dinamica localidade da regiao, é o inicio de uma vasta e famosa zona termal do país a qual pode beneficiar imenso com turismo ferroviario e ainda o transporte de mercadorias. Nas mercadorias, se Vila Real pode beneficiar atraves dum ramal, Vila Pouca tambem. E porque ? Porque Vila Pouca é o centro da maior zona de exploracao de granitos do país, e estes poderiam e deveriam ser escoados em grande parte por via ferroviaria. Repare-se que só ali existem pelo menos 33 empresas de exploracao de granitos e marmores, muitas delas sediadas perto da EN2 o que é o mesmo que dizer a Linha do Corgo ... Alem disso Vila Pouca tem dois pólos industriais: o de Sabroso e a zona industrial de Vila Pouca de Aguiar. Quase todas esta unidades industriais encontram-se ao longo da EN2 e isso diz tudo se pensarmos no suporte estrategico que a linha ferroviaria pode dar a estas empresas - está mais perto delas, permite um transporte mais eficiente por definição, com impacto positivo nos custos e é mais ambiental pois pode retirar alguma da pressao e perigosidade que actualmente os camioes colocam nas rodovias da regiao: Ja agora lembremo-nos que a antiga fabrica da Tabopan, agora recuperada (depois de ter estado fechada) é espaço que alberga algumas dezenas de empresas. Estas enormes instalacoes industriais da Tabopan estão a pouco mais de 500 metros da linha ferroviaria do Corgo, em plena Veiga de Vila Pouca...Ha apenas que encontrar o local (ao longo da Veiga) onde instalar uma interface/estacao de mercadorias. Todos ficariam a ganhar inclusive a possibilidade de haver mais postos de trabalho.
    Penso que estes sao alguns aspectos importantes a considerar-se para o projecto, enfim é mais uma achega.
    PS: pena é o ruido do vento que dificulta alguns trechos.
    Bom trabalho Daniel Conde!, Abraço

    • @danielconde13
      @danielconde13  6 лет назад +2

      Sim Luís, o caso de Vila Pouca é de uma importância estratégica para a exploração viável da Linha do Corgo. Pela Veiga de Aguiar existem várias localidades e alguma indústria, sendo que em Sabroso de Aguiar a via passa a escassas centenas de metros do cluster industrial do granito. Sem esquecer a passagem por nada menos que as Pedras Salgadas, jóia da coroa do termalismo português.
      É preciso ser extraordinariamente obtuso para ignorar tudo isto, mas por incrível que pareça é desse calibre de autarcas e tutela que temos tido: obtusos.

    • @mitoCoroadoJr
      @mitoCoroadoJr 5 лет назад +1

      Já disse a minha opinião, e a mesma que a da linha do tâmega, reabrir a linha em bitola ibérica e totalmente eletrificada, importantíssimo haver comboios regionais porto-vila real/chaves, mais as mercadorias claro... Poderá sempre um alfa ir ate chaves quem sabe, e também não passe a fronteira e faça ligação a LAV Madrid-Galiza...
      De resto, já estive a ler o PNI 2030 e lá falava de 'estudos para reabertura de linhas'. Para mim o mais importante era mesmo reabrir as linhas afluentes do douro todas em bitola iberica e eletrificadas, fazendo do Porto um mega terminal para essas linhas todas e também a ligação internacional a espanha, claro (quem não sabe com a liberalização do transporte ferroviário haja comboios Porto-Paris Montparnasse via Linha do Douro low-cost, como a ryanair ou a easyjet na aviação), aliado com a quadruplicação de Contumil-Ermesinde.
      De resto é a ligação a Viseu, ou seja a reabertura da Linha do Vale do Vouga ou da Linha do Dão, também em bitola ibérica e eletrificada (estive a ver a linha no google maps e as duas linhas ainda têm todo o leito intocável, é só desativar a ecopista e repor toda a linha com as devidas correções, as estações estão todas lá intocáveis, e desviar algumas estradas que também estão a estorvar). NÃO PENSEM EM AVEIRO-MANGUALDE, ISSO É BOTAR DINHEIRO FORA, QUANDO TEM A LINHA DO VALE DO VOUGA COM O LEITO TODO LÁ, QUE FECHOU EM 1990 E QUE PODEM APROVEITAR E POUPAR MUITO DINHEIRO...
      De resto, também estive a ler sobre ligações ferroviárias a OPO, LIS e FAO, só tenho uma coisa a dizer, não pensem nisso e construam um maglev (comboio de levitação magnética) como no aeroporto de Xangai a ligar ao centro da cidade e/ou estação de comboios, pensem para o futuro e não para o presente, depois podem-se arrepender.
      De resto, não tenho mais nada a dizer,
      De um aluno do 1º ano de Engenharia Civil da FEUP

    • @danielconde13
      @danielconde13  5 лет назад +1

      Viva meu caro, e obrigado pela sua opinião!
      Contudo, não concordo com alguns aspectos. Vamos por partes:
      1 - "reabrir a linha em bitola ibérica e totalmente eletrificada"
      Concordo com o electrificada, discordo da mudança de bitola. O estudo feito pela própria Infraestruturas de Portugal sobre a conversão da Linha do Tâmega em Via Larga demonstra que os custos são proibitivos, já que o canal é em larga medida impraticável - é preciso construir um canal novo de raiz. O mesmo aconteceria na Linha do Corgo.
      Para além do custo de construção de um canal novo, há também os custos suplementares da manutenção, e da compra e manutenção do material circulante. Trocado por miúdos, vai-se pagar mais apenas para transportar o mesmíssimo volume de mercadorias e de passageiros que se pode transportar, de forma mais barata e igualmente eficiente, por Via Estreita.
      Sim, sim, já todos estamos a chegar ao ponto fulcral desta ideologia, a meu ver mal fundamentada: os transbordos. Meu caro, o dia a dia de qualquer metrópole é feita de uma miríade de transbordos: do autocarro para o barco, do barco para a linha X do Metro, e depois para a Linha Y.
      Torrar o sêxtuplo do dinheiro numa reabertura deste tipo em Via Larga do que seria em Via Estreita apenas para anular um transbordo, bem... é melhor ir já chamando a Troika de novo.
      2 - "importantíssimo haver comboios regionais porto-vila real/chaves" / "Poderá sempre um alfa ir ate chaves quem sabe, e também não passe a fronteira e faça ligação a LAV Madrid-Galiza...".
      Haverá sempre comboios regionais Porto - Chaves; apenas se tem de fazer transbordo na Régua.
      Um Alfa para Chaves seria o mesmo que abrir um McDonald's em Vinhais (minha terra natal): não há procura que o justifique. Se falarmos de um "Expresso" - chame-se-lhe Intercidades ou outra coisa qualquer - que faça Régua > Vila Real > Vila Pouca de Aguiar > Chaves, sem paragens intermédias, isso sim é perfeitamente realizável, num horário que permita ligação na Régua com os Intercidades para o Porto (se e quando voltarem).
      Uma ligação ao AVE Corunha - Madrid, via Verín, faz todo o sentido; mas isso já são contas de outro rosário...
      3 - "De resto, já estive a ler o PNI 2030 e lá falava de 'estudos para reabertura de linhas'.".
      Não duvido. Mas também o Programa de Governo do último Governo de José Sócrates falava lá em apostar nas Vias Estreitas. Deu no que deu.
      Não vá em boas intenções dessas, confie em alguém que já anda nisto há um par bom de anos.
      4 - "fazendo do Porto um mega terminal".
      E tem dimensão para isso?... Falou e bem da quadruplicação do troço Contumil - Ermesinde, verdadeiro bottleneck que estrangula toda a circulação ferroviária da zona Norte.
      Uma nota importante: enquanto um comboio vai de Bragança ao Porto, suponhamos, já ele será preciso de volta na Linha do Tua para um horário regional. Enquanto isso, vai ter passageiros a quererem ir de entre Porto - Tua até ao Pocinho: como concilia isso? Com a "invasão" de comboios directos de todos os ramais do Douro para o Porto não vai ser de certeza. (Transbordos, cof!, cof!, cof!...).
      5 - "a reabertura da Linha do Vale do Vouga ou da Linha do Dão".
      São duas realidades muito, muito distintas. Não é à toa que a Companhia que explorou o Vouga antes da CP punha as suas iniciais "VV" nas locomotivas, e as pessoas brincavam dizendo que era a "Linha do Vale das Voltas". O traçado da Linha do Vouga é demasiado sinuoso, alguns troços - e estou a lembrar-me imediatamente da rampa que sobe de São Pedro do Sul na direcção de Viseu - teriam de ser construídos de novo para tornar uma viagem Aveiro - Viseu minimamente competitiva... Enfim, exige um estudo aprofundado.
      Já o Dão, são outros quinhentos; o mesmo arquitecto que desenhou a Linha do Tua foi o responsável pela Linha do Dão, e Dinis da Mota não se perdia em curvas e curvinhas. O Dão reaberto e reperfilado para um aumento da velocidade máxima admissível (VMA) permitiria a ligação entre Viseu e o IC da Beira Alta para Lisboa num tempo competitivo entre o ir a Mangualde e daí ainda descer a Santa Comba Dão.
      Sobre Maglevs, não me pronuncio - não tenho conhecimento de causa. Mas a ligação entre o aeroporto de Beja e Faro em ferrovia é daquelas coisas que só num país em que os governantes desprezam o comboio é que não foi já feito.

    • @mitoCoroadoJr
      @mitoCoroadoJr 5 лет назад

      @@danielconde13 1) Os transbordos é que podem tirar a competitividade da linha, pois não sei se sabe, existem imensos autocarros para essas regiões diretos/expressos do Porto (A RodoNorte e a AV Tamega é especialista nisto, e sei no que falo pois esses autocarros fazem todos paragem na faculdade onde estudo, e já que é de Vinhais também sabe do que falo). Ora, uma pessoa normal poderá optar mais pelo autocarro nessa deslocação do que de comboio a fazer transbordo, com todos os inconvenientes que pode aterrar, levando a rentabilidade da linha (quer o Corgo, quer o Tamega) por água abaixo, percebe?
      2) Eu quando falei de alfa não queria dizer isso, queria dizer um intercidades nos mesmos moldes do Lisboa-Guarda/Covilhã até Chaves/Amarante...
      3) Temos eleições legislativas este ano, vote em que defende as infraestruturas nacionais e os Engenheiros Civis, eles é que são responsáveis por estas coisas todas.
      4) Agora tive uma ideia que poderia solucionar a questão dos transbordos do douro, não sei se sabe, mas as lilis podem ser acopladas umas às outras, podendo fazer um comboio com 3 ou 4 carruagens. A minha ideia era, saía um comboio desses de São Bento, parava em Ermesinde, Valongo, Paredes, Penafiel, Caíde e chegava à Livração e uma dessas carruagens separava-se das outras e fazia o resto do caminho até Amarante/Arco de Baúlhe (este seria feito pela CP Porto). Os restos das carruagens seguiam até à Régua e aí, mais uma vez outra carruagem era desacoplada e seguia até Vila Real/Chaves, as outras carruagens continuavam em frente até Foz Tua, (a partir daqui é só especulação) aí mais uma era desacoplada e fazia o serviço até Bragança (eu não sei se é possível reabrir a linha do tua depois da barragem construída, mas reparei que se poderia subir a cota da linha e ela andar a beira da albufeira até à Brunheda), o resto seguia em frente até ao Pocinho, e se reabrissem a Linha do Sabor, mais uma carruagem fazia esse serviço, depois o comboio continuava até Salamanca/Madrid por Barca d Alva, com a linha aberta e eletrificada. Acho que era uma maneira de por um comboio de 5/6 carruagens (há alguns IC Lisboa-Porto/Braga com essas carruagens, em vez de vários a ocuparem canais horários e a complicar tudo...
      5) A questão do Vale do Vouga é mais uma questão de poupança de dinheiro do que gastar 500 milhoes ou 600 milhoes numa linha Aveiro Mangualde, que será paralela a essa de pré 1990 até Viseu. O que eu propunha era a conversão em Via Larga dos troços Espinho-Sernada do Vouga (com ligação à Linha do Norte) e Sernada do Vouga-Aveiro. A partir daí é reconstruir toda a linha em bitola Larga até Viseu e você falou no 'Vale das Voltas'. Isso não é nada que os movimentos de terra/geotecnia/topografia e o levantamento de algumas obras de arte e outras áreas da engenharia civil do século xxi possam fazer para correções de traçado, mantendo o traçado o mais original possível e as paragens que até já estão construídas. Acho que isso seria um sucesso no Verão e poderia ser vendido como a Linha do Douro para turismo, bem como para o objetivo principal de voltar a por Viseu no mapa ferroviário nacional e a partir daí ou reconstruir a linha do Dão até Santa Comba Dão ou construir algo novo até Mangualde.
      A questão do Maglev nos aeroportos foi uma ideia que tive de ser uma alternativa a por o comboio nos aeroportos, estes comboios, de levitação magnética, são perfeitos para estes percursos, pois atingem altas velocidades (450-500 km/h) e poderiam por um passageiro de OPO no centro do Porto/Estação de Campanhã em cerca de 5 minutos, por exemplo... Semelhantes situações poriam-se no NAL e em FAO...
      Espero bem que o governo pense nisto e que os fundos comunitários europeus possam ser usados para isto...
      Um bem haja para as nossas infraestruturas,
      De um estudade de Engenharia Civil da FEUP

  • @arutra7
    @arutra7 5 лет назад +1

    Gostei do vídeo e da ideia... Mas o usar o argumento de ter 2 Auto-estradas e uma outra a 15 minutos não invalida o próprio argumento????
    Usar essa linha para turismo e transporte de mercadorias talvez fosse viável, não sei se no quadro actual o transporte de passageiros faria o mesmo... Mas voltar a montar toda a infraestrutura, o material circulante é algo que compensa??? Não sei, não sei se no futuro as coisas mudam e pode ser que aquilo que hoje não compensa ou aquilo que compensa se invertam ...

    • @danielconde13
      @danielconde13  5 лет назад +1

      Olá Artur, compensar sempre compensou, o problema é que o modelo de exploração da CP esse sim tornava a linha deficitária. Se além das receitas de bilheteira acrescentar várias outras fontes disponíveis (explicarei isso no próximo vídeo), consegue-se quase duplicar as receitas! E no final do dia garanto-lhe que saímos todos a ganhar, pois estimei que só em IVA o Estado pode ganhar 200 mil euros por ano com esta reabertura, fora o incremento em IRC e SS.
      Percebo o que quis dizer com as auto-estradas, mas o volume de tráfego que se dirige do litoral para Trás-os-Montes não exigiria a A7 quase ao lado e paralelamente à A4. Por outro lado, uma auto-estrada paralela à um caminho de ferro é um complemento, mais que um competidor.

    • @arutra7
      @arutra7 5 лет назад +1

      @@danielconde13
      Eu entendi..
      E entendi que se não tivessem desmantelado a linha era hoje em dia positivo ...A minha dúvida é sobre se hoje compensa o investimento de voltar a reconstruir tudo.... atenção que eu não sei a resposta nem tenho uma ideia formada sobre isso ... é mesmo uma dúvida, porque dada a evolução nos transportes nas últimas décadas, a rede viária e a preocupação energética, fico sem saber se a reabertura resulta... Se gostava de ter novamente a linha do Corgo? Sim

    • @danielconde13
      @danielconde13  5 лет назад +1

      @@arutra7 E da discussão nasce a luz!
      Em termos de exploração, e dos cálculos que fiz, obtêm-se resultados operacionais positivos - os proveitos são maiores que os custos. O que o Estado eventualmente gastar na reabertura, vai reaver em impostos.
      A mobilidade regional é também um valor importantíssimo, e que pode ajudar no combate à desertificação das aldeias, e ajudar por exemplo os alunos da UTAD a encontrar alternativas de alojamento.