Como o CÂNCER pode ser uma BÊNÇÃO: trecho de livro

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  • Опубликовано: 14 окт 2024
  • Vídeo sobre como aproveitar o câncer para fazer mudanças positivas na vida: • APROVEITE O CÂNCER par...
    Meu nome é Gabriela Gasparin e fiz o tratamento em 2018, quando fui diagnosticada, aos 32 anos.
    Meu Instagram: @gasparingabi

Комментарии • 2

  • @priscillam803
    @priscillam803 Год назад

    Falam em benção é bem hardcore rs, mas eu entendo o que quis dizer, até pelo meu comentário no outro vídeo.
    Mas também procuro não idealizar sabe ? Se amanhã esse negócio volta e me coloca em cima de uma cama, sofrendo horrores como foi com a minha amiga que perdi recentemente, sei que não vou manter essa mentalidade.
    O câncer me trouxe a melhor vida que eu já vivi e sou grata por isso sim, mas penso que também há outras formas menos dolorosas de aprender. Vi meu avô definhar por um ano numa cama de hospital com câncer de pâncreas. Foi um pesadelo. Nessa hora fica complicado fazer o custo benefício,. é um choque de realidade intenso.
    Agora sobre ficar zen com as pessoas, isso pra mim teve dois lados. As pequenas coisas se tornaram irrelevantes pra mim. Tenho várias excentricidades no meu comportamento e muitas vezes deixava as pessoas me magoarem, entenderem como frescura, criticarem meus temas de hiperfoco, chamarem de preguiçosa, burra. Mesmo que fosse na "brincadeira", mas eu me atingia muito por aquilo. Até no casamento, eu me sentia sempre um passo atrás da pessoa e hoje entendo o quanto perdi com isso. Porque nem era que ela queria me humilhar, eu que me atingia por tudo..
    Agora nem ligo mais . É algo que sempre vai acontecer, porque a minha deficiência não é visível e eu não posso controlar as reações das pessoas a minha volta. Sempre vai ter alguém mais invasivo e o problema é da pessoa, não meu. Entendi isso..
    Ontem mesmo aconteceu com uma pessoa que eu tinha acabado de conhecer. Aí quando ela veio tentar se retratar eu até ri. Nessa hora vem muito na sua cabeça. Mano,.eu tive câncer, fiz químioterapia, três cirurgias. Vou ligar pra isso? Eu não tô na mente do outro, esse controle não é meu. O importante é o meu bem estar, algo que só eu tenho o poder de construir e também de destruir aqui dentro..
    Por outro lado admito que assumi um pouco uma "cruzada" contra a pseudociência.
    Não perco a chance de dizer pras pessoas que tudo isso que parece inofensivo mata. E que é sério. Tem que acabar e por tudo que eu vivi com esse tema, por todas as peculiaridades da vida que eu tive que me levaram a trabalhar anos nesse mundo, e por ver o mal que isso faz, hoje virei meio paladina da ciência e me meto até em conversa dos outros pra lembrar que essas coisas parecem atalhos, mas tem potencial de te destruir psicologicamente e até matar. Então nesse ponto eu tô até mais estressada que antes kkkk
    Enfim, o resumo do meu comentário é mais ou menos o do outro. Estou entendendo os motivos pra ser grata, mas procuro não subir demais nas nuvens pra não tomar um tombo forte caso meu quadro piore.
    Ser grata com um dreno, com uma traqueostomia, ostomizado, em químioterapia ininterrupta, é algo que definitivamente não é pra todo mundo, então acho importante não perder essa perspectiva.

    • @GabrielaGasparin
      @GabrielaGasparin  Год назад +1

      Oi, Priscilla! Mais uma vez só tenho a agradecer pelo seu comentário e ponto de vista.
      Entendo perfeitamente sua ponderação. Depois que gravei o vídeo até pensei que eu deveria ter feito uma ponderação nele, pra explicar minha visão de que, apesar de tudo, temos nossa vida prática, os desejos e vontades do dia a dia.
      E que também não acho necessário estarmos numa cama de hospital com câncer para despertar do que é importante para nós.
      Sobre a questão com a pseudociência, concordo, em partes, com você. No meu caso, eu acredito nessa coisas. Em reiki, constelação familiar, cirurgia espiritual, creio em tudo isso...Porém, também acredito que jamais podemos abandonar o tratamento médico devido a essas práticas. Creio que são complementares, caminham juntas. As práticas tidas como holísticas e espirituais nos ajudam com questões emocionais, mas não somos iogues iluminadas que têm o poder de se autocurar sozinhas. Eu imagino que isso até pode ser possível, mas não para a maioria esmagadora das pessoas. Creio que, enquanto não tivermos a consciência necessária, a medicina segue sendo nossa principal aliada. Ou melhor: que a medicina deve apenas agregar a outras sabedorias para ser ainda mais eficaz! Sou imensamente grata pela medicina, confio nela, mas lamento ela não integrar algumas sabedorias que, a meu ver, colaboram para a eficácia do tratamento.
      Beijos e obrigada pela troca mais uma vez =)