Fato é que Miami vice marcou uma geração. É mais uma série excelente de qualidade tal, que influênciou o mundo! Trabalho impecável , cenas , figurinos tudo pensado e dedicado pra dar certo , bons tempos . Excelente vídeo!!
A História dos seriados de TV se divide em antes e depois de Miami Vice - TODOS eles, e não só os policiais. A obra-prima da arte pop que mudou todos os conceitos da produção televisiva de maneira tão radical e revolucionária que só pode ser comparada á revolução de Matrix no cinema. Foi um impacto profundo e uma mudança total na forma e no conteúdo. Mais do que isso: Miami Vice filtrou a cultura de seu tempo e tornou-se o epítome de tudo que havia de bom e melhor nos anos 1980. Foi a Grande Criação que espelhou e definiu a estética (e o espírito) de sua época. Se quer saber o que foi o zeitgeist daquela década insuperável, assista um episódio. O produtor Michael Mann é mesmo um iluminado. O que o cara fez foi quebrar a velha dicotomia entre popular e artístico e criar um novo conceito de cinema feito pela TV em um nível de qualidade e ousadia que ninguém jamais alcançou, antes ou depois. Os velhos clichês que engessavam o formato da telinha foram todos implodidos, e a modernidade finalmente chegou. Sim: Miami Vice é o primeiro seriado de TV absolutamente moderno - sem ser modernoso - com todas as qualidades da arte cinematográfica em produção televisiva. Ninguém nunca viu coisa parecida. O Marco Zero estreou em 1984. A série teve o seu auge quando cada episódio chegou a custar 1 milhão de dólares, batendo recordes de audiência sucessivos em 5 temporadas. Inovou até na técnica sonora: foi a 1ª produção televisiva a ser transmitida em som esterefônico. Era toda mixada em stereo. A fotografia é esplêndida, em cores tropicais. A revista People afirmou com todas as letras que “Miami Vice é o primeiro show de TV que parece realmente novo e inventivo desde que a televisão a cores foi inventada.” Isso porque foi um evento superlativo em tudo: Miami Vice era ao mesmo tempo inteligente e popular, realista e sofisticado, genial e super-produzido. Isso fundiu a cuca dos cri-críticos. Ninguém estava preparado para essa concepção. O que o povão estava acostumado a ver eram séries cafonas e cretinas de tão vazias, que logo saíam de moda e caíam no esquecimento de tão datadas no lixo da história. Ou a crítica redescobrir algo genial, mas sub-produzido que logo morria de inanição e cancelado por falta de audiência (Jornada nas Estrelas nos anos 1960 subviveu 3 temporadas sob as mais duras penas). Com Miami Vice, Michael Mann pôs fim a esse dilema. Foi o maior salto de qualidade que o telespectador já assistiu. Miami Vice mudou a História da TV por ser o 1° seriado a ter tanto: Sexo - Se os heróis de antigamente eram todos uns assexuados que só viviam para o trabalho, em Miami Vice todo mundo é charmoso, sensual, sexy - sem chegar ao erotismo ou cair na vulgaridade. O charme é mais do que uma arma. Esta série transpira sensualidade. As pessoas têm uma vida real, o que inclui uma vida sexual séria e até problemática… com conversas de cama e tudo mais. Mas sempre excitante. Drogas - Montanhas de cocaína se dispersando em nuvens ao vento, montes de pó jogados na privada durante uma batida. Heroína viciando até as namoradas dos heróis, se picando nos banheiros das boates ou nas mansões em estilo espanhol. Lanchas e helicópteros transportando a mercadoria ás toneladas. Mesmo os tiras disfarçados faziam testes de pureza com a droga e reclamavam: “Não está nem 80% pura.” Violência - Brutal ou estilizada, com tiroteios em câmera lenta, usando a técnica de cinema dos filmes de Sam Peckinpah. Quando a ação explode, é como um balé frenético de violência estilizada. O sangue é o bastante. Mas as feridas emocionais são as que nunca fecham. Palavrões - Miami Vice trouxe a linguagem das ruas á TV. A linguagem chula e despojada, os diálogos cortantes e naturais, com uma fluência chocante. Um inesquecível é a discussão do galã Don Johnson com a namorada viciada em drogas: “Que porra é essa de você tentar esconder de mim que deve alguma coisa praquele verme que tá lhe vendendo essa merda só pra te usar? Você só conseguiu enganar a si mesma, cacete, e esse lance todo de chantagem só tá fodendo a tua vida!” Corrupção - Jamais houve tantos agentes da lei se vendendo aos borbotões. Tinha traidores saindo pelo ladrão a cada episódio. Mas não era uma caricatura grotesca e sem sentido, como nossos políticos. Tudo tinha explicação. Policiais se vendiam aos traficantes para poderem pagar os estudos dos filhos, ou a cirurgia caríssima da esposa. Você via os corruptos como seres humanos, não monstros - e entendia suas motivações. Impunidade - Era inevitável: Miami, a metrópole mais latina dos EUA, porta de entrada do maior mercado de drogas do mundo, ponto de encontro dos reis do tráfico internacional, com fortunas absurdas e subornos milionários comprando desde o carcereiro da delegacia até os chefes de polícia. Como não haveria criminosos impunes num seriado realista? Pois é: em Miami Vice ás vezes os mafiosos conseguem escapar sem pagar por seus crimes. Quando os bandidos fogem de hidroavião, é para voltar em outro episódio - e aí, mermão, já é um caso pessoal. Como o detetive Ricardo Tubbs - que perdeu o irmão, o filho e a esposa por ordem de um barão chefe de um império do tráfico, que ainda escapou no episódio piloto. O tira partiu pra vingança na temporada seguinte, fazendo a justiça com as próprias mãos. A vendetta gerou uma guerra com a família do trafica - o que levou a outro banho de sangue, num episódio que homenageia o clássico Matar ou Morrer. Não adianta a Lei prender (quando prende) que a Justiça solta (quando não molham a mão dos guardas). Só matando mesmo. Bandido bom é bandido morto. Sofisticação - Miami Vice trouxe a modernidade á TV de forma jamais concebida. As tramas são anti-convencionais (como aliás tudo ali) com nuances psicológicas. Todos os personagens têm um passado, uma história e uma vida interior exalando conflitos internos. Como o frio e austero chefe da Divisão de Detetives Miami Vice, o latino tenente Martin Castillo (Edward Olmos, lacônico e perfeito!), a imigrante cubana Gina Navarro (Saundra Santiago) ou a espiã negra Booty Trudy (Olivia Brown). Os atores levam seus personagens muito a sério. Nada era forçado ou empostado, numa interpretação espontânea e naturalista. Os detetives disfarçados Sonny Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) quebraram tabus. Além de escaparem do estereótipo do policial frio e distante, ao interagirem como gente das ruas, eles também surpreenderam pela química na atuação, ao quebrar o tabu racial: um protagonista negro igualmente importante, sensual e elegante, e até mais sofisticado. Ambos são símbolos sexuais. E houve episódios estrelados apenas por Tubbs. Música Pop - Nunca se ouviu isso tão bem antes numa série policial. Ainda mais, rock n roll. Mas não só isso. Até Cyndi Lauper tocou no episódio piloto. Phil Collins, Tina Turner, Gladys Knight, Jan Hammer, Steve Jones (guitarrista dos Sex Pistols), Billy Idol, Kate Bush, Patty LaBelle… só o som que imperou na década, naquele estilo limpo e charmoso pra dar um clima positivo, com rock sofisticado e tecno-pop atmosférico de primeira. Mas principalmente, era o que o povo curtia. Era o que os tiras ouviam no carrão, passeando pela metrópole á noite, no ambiente contemplativo das estórias. Era o que os barões da máfia escutavam entre uma transação e outra. E os yuppies contando dinheiro. As trilhas sonoras incidentais de Miami Vice compostas pelo gênio Jan Hammer são as mais vibrantes (e também as mais suaves, envolvendo o espectador no mundo realista, decadente e sedutor: você ouve e sente que está lá! Densidade artística - Embora não seja o criador da série (o mérito é do também produtor executivo Antony Yerkovich) Michael Mann é o Homem de Cinema que teve a glória de criar o formato artístico que definiu a estética da cultura new wave nas telas. Investiu pesado em produção, contratou os melhores diretores de cinema-arte, programou as canções mais arrojadas na parada de sucessos e formatou uma linguagem cinematográfica absolutamente única, em que a música e as imagens interagem e se completam como numa relação amorosa. O que se assiste são videoclipes elegantes em andamento de cinema clássico, mostrando as paisagens urbanas belíssimas, exibindo a orla marítima, as avenidas com carros esporte reluzentes e a arquitetura art-déco de Miami. Principalmente á noite, com muitas luzes de neon e reflexos no asfalto molhado, filmados em câmeras com lentes especiais e filtros noturnos. As cores são selecionadas. Não se vêem “tons terrenos” como marrom ou bege. Mas o mais delicioso são as cenas em que nada acontece. Isso mesmo: Miami Vice se dá ao luxo de ser uma obra de arte narcisista, absorvida com a própria beleza das músicas e imagens (auto) contemplativas. Nesse sentido, o cinema de Michael Mann atualiza o de Sergio Leone, que filmava os rostos humanos como se fossem paisagens - e as paisagens como se fossem rostos.
Miami vice uma das top 10 séries de todos os tempos! Ação, carros, figurinos, músicas, era sensacional, fora que deve ser a série com o maior números de atores e cantores disparado, cada episódio tinha um famoso E como a reportagem disse, alavancou Miami ao mundo!
Fui morar la em 1990 , qdo o prédio do Miami Herald realmente ficava do lado do bayside mall. A cidade ainda tinha aquela vibração total do seriado. Realmente em relaçao ao documentário ' Cocaine Cowboys ' nao tinha mais semelhança alguma, a cidade, mudou completamente. Naquela época ( anos 70/80 ) tinha tiroteio de traficante até no dadeland mall , equivalente a ter tiretoio de traficantes contra milicianos dentro do barra shopping ou rio sul. Época incrível ( anos 90 ), inesquecível , era como viver dentro da série. O curioso é q enquanto tavam filmando cenas no inicio da série , de operaçoes policias no porto de miami com os personagens Crockett e Tubs andando lentamente com suas lanchas com luzes desligadas entre os navios atracados, tb tavam acontecendo os descarregamentos de drogas realmente ali nas redondezas vindos da américa do sul e muitos chefões do tráfico ainda tinham casa em coral gables , key biscayne, miami beach...e de quebra pra fechar com chave de ouro ainda conhecí o estudio de musica onde nao só o tema mas as ambientações musicais de cada episódio eram gravadas e toquei ( ainda adolescente, sem nem ter consciência da importância cultural do seriado q viria a ter nos dias de hj) na bateria eletrônica q foi usada pra gravar o tema musical iconico do seriado. Um amigo do meu pai ( q trabalhava com musica na época ) era sócio desse estudio q ficava em north miami e um dia fomos lá visitar o estúdio. Naquela êpoca eu morava na Kendall Drive, avenida incrível tb cheia de coisa pra fazer, vistar se divertir.
Quando essa série começou Miami Beach era um asilo, quando a série terminou é um lugar de luxo e beleza graças a publicidade que Miami Vice fez da cidade pra o mundo todo.
Miami Vice é tão rica em tantos aspectos que caberia uma série de vídeos mais aprofundada cobrindo cada uma delas, desde os atores que apareciam na série e depois se tornaram estrelas de cinema, as músicas e os artistas que faziam participações, tem tanta coisa a ser dito dessa série tão histórica. O legal é que comecei a assistir a pouco tempo, to no oitavo episódio, e todas as imagens de apoio deste vídeo usam os episódios iniciais, então não tem spoiler.
Adorei esta reportagem, nem imaginava a situação naquela época da marginalidade de Miami ! Adorava o Miami Vice, e sua reportagem foi completa pois até falou da moda com o uso da camiseta com o paletó por cima que se espalhou pelo mundo . Parabéns!!!
Que belíssimo trabalho sobre Miami Vice. Sou uma lunática pelos anos 80 e, seu vídeo sobre a série, ficou espetacular. Nunca tinha visto a seria até então, mas agora, vou assistir com meu marido que também é fã dos anos 80 principalmente, por causa das musicas. Parabéns pelo trabalho!
Morei nessa época 1980 até 1987, dos 17 ate 24 anos era comum no Rio Miami aparecer corpos flutuando, minha irmã em 1985 alugou uma casa que pertenceu a Sandra Santiago, eu vi várias vezes a Philip Michael Thomas, mas nunca a Don Johnson e tive amigos que trabalharam como figurantes, é verdade aquela região de South beach era o pior e mais decadente da cidade, lembro muito bem, e lembro muito bem que as 17:00 não ficava nem um alma no dowtown de Miami, e lembro das revoltas em Liberty City Lembro das centro americanas.. Das mulheres dos Spring Break em Fort Lauderdale... Em fim.. que épocas.........PQP... Agradeço a Deus poder ter curtido todo aquela doideira
Estou maratonando com as temporadas que comprei. Melhor série policial de todos os tempos, seguido de nova york contra o crime. Anos 80 foi o melhor em músicas, filmes e séries
Assisti essa série com meu pai quando tinha 4 anos é claro que não lembro de nada somente em 2024 vim lembrar que ela existe após ver um post no insta. Essa série marcou a vida de muitos. Onde posso assistir essa obra de arte ???
Eu só tenho 26 anos mas pra mim não tem séries melhores como MacGyver, Shaft e Miami Vice, séries assim são as melhores e envelheceram bem demais e pra mim nem envelheceu❤
Eu comecei a maratonar a serie a uns dias atras, nos anos 80 eu assisti alguns episodios, agora estou terminando a primeira temporada, no primeiro capitulo achei que o croked era bandido corrptuo, no entanto ele estava a paisana, ao longo da serie, varias situaçoes interessantes sobre o mundo ao qual fiquei vislumbrado com a serei ele e tubbs sao os meus personagens favoritos
Parabéns pelo vídeo. Assisti o seriado nos anos 80 e até hoje. Muito bom ver Miami de hoje. É a única cidade americana que gostaria de conhecer só por conta da série. Sugestão de vídeos. Filmar os locais de gravação de um episódio qualquer. Como está a rua hoje? Quais locais ainda existem? Seria o máximo!!!!
Obrigado pelo comentário, Raimundo! Quanto à sua sugestão, já tem isso no vídeo, rs. A própria Ocean Drive, a rua da praia. Ela aparece na epoca do seriado e nos dias de hoje, com os carrinhos antigos. Se não me engano tem até um restaurante, o Carlysle, que aparece com o Sonny Crockett e o outro personagem. Fiz imagem desse mesmo restaurante. Pode não estar editado de um jeito que fique TÃO explicito, mas alguns lugares que aparecem na época e hoje em dia. Valeu, abraço!
A História dos seriados de TV se divide em antes e depois de Miami Vice - TODOS eles, e não só os policiais. A obra-prima da arte pop que mudou todos os conceitos da produção televisiva de maneira tão radical e revolucionária que só pode ser comparada á revolução de Matrix no cinema. Foi um impacto profundo e uma mudança total na forma e no conteúdo. Mais do que isso: Miami Vice filtrou a cultura de seu tempo e tornou-se o epítome de tudo que havia de bom e melhor nos anos 1980. Foi a Grande Criação que espelhou e definiu a estética (e o espírito) de sua época. Se quer saber o que foi o zeitgeist daquela década insuperável, assista um episódio. O produtor Michael Mann é mesmo um iluminado. O que o cara fez foi quebrar a velha dicotomia entre popular e artístico e criar um novo conceito de cinema feito pela TV em um nível de qualidade e ousadia que ninguém jamais alcançou, antes ou depois. Os velhos clichês que engessavam o formato da telinha foram todos implodidos, e a modernidade finalmente chegou. Sim: Miami Vice é o primeiro seriado de TV absolutamente moderno - sem ser modernoso - com todas as qualidades da arte cinematográfica em produção televisiva. Ninguém nunca viu coisa parecida. O Marco Zero estreou em 1984. A série teve o seu auge quando cada episódio chegou a custar 1 milhão de dólares, batendo recordes de audiência sucessivos em 5 temporadas. Inovou até na técnica sonora: foi a 1ª produção televisiva a ser transmitida em som esterefônico. Era toda mixada em stereo. A fotografia é esplêndida, em cores tropicais. A revista People afirmou com todas as letras que “Miami Vice é o primeiro show de TV que parece realmente novo e inventivo desde que a televisão a cores foi inventada.” Isso porque foi um evento superlativo em tudo: Miami Vice era ao mesmo tempo inteligente e popular, realista e sofisticado, genial e super-produzido. Isso fundiu a cuca dos cri-críticos. Ninguém estava preparado para essa concepção. O que o povão estava acostumado a ver eram séries cafonas e cretinas de tão vazias, que logo saíam de moda e caíam no esquecimento de tão datadas no lixo da história. Ou a crítica redescobrir algo genial, mas sub-produzido que logo morria de inanição e cancelado por falta de audiência (Jornada nas Estrelas nos anos 1960 subviveu 3 temporadas sob as mais duras penas). Com Miami Vice, Michael Mann pôs fim a esse dilema. Foi o maior salto de qualidade que o telespectador já assistiu. Miami Vice mudou a História da TV por ser o 1° seriado a ter tanto: Sexo - Se os heróis de antigamente eram todos uns assexuados que só viviam para o trabalho, em Miami Vice todo mundo é charmoso, sensual, sexy - sem chegar ao erotismo ou cair na vulgaridade. O charme é mais do que uma arma. Esta série transpira sensualidade. As pessoas têm uma vida real, o que inclui uma vida sexual séria e até problemática… com conversas de cama e tudo mais. Mas sempre excitante. Drogas - Montanhas de cocaína se dispersando em nuvens ao vento, montes de pó jogados na privada durante uma batida. Heroína viciando até as namoradas dos heróis, se picando nos banheiros das boates ou nas mansões em estilo espanhol. Lanchas e helicópteros transportando a mercadoria ás toneladas. Mesmo os tiras disfarçados faziam testes de pureza com a droga e reclamavam: “Não está nem 80% pura.” Violência - Brutal ou estilizada, com tiroteios em câmera lenta, usando a técnica de cinema dos filmes de Sam Peckinpah. Quando a ação explode, é como um balé frenético de violência estilizada. O sangue é o bastante. Mas as feridas emocionais são as que nunca fecham. Palavrões - Miami Vice trouxe a linguagem das ruas á TV. A linguagem chula e despojada, os diálogos cortantes e naturais, com uma fluência chocante. Um inesquecível é a discussão do galã Don Johnson com a namorada viciada em drogas: “Que porra é essa de você tentar esconder de mim que deve alguma coisa praquele verme que tá lhe vendendo essa merda só pra te usar? Você só conseguiu enganar a si mesma, cacete, e esse lance todo de chantagem só tá fodendo a tua vida!” Corrupção - Jamais houve tantos agentes da lei se vendendo aos borbotões. Tinha traidores saindo pelo ladrão a cada episódio. Mas não era uma caricatura grotesca e sem sentido, como nossos políticos. Tudo tinha explicação. Policiais se vendiam aos traficantes para poderem pagar os estudos dos filhos, ou a cirurgia caríssima da esposa. Você via os corruptos como seres humanos, não monstros - e entendia suas motivações. Impunidade - Era inevitável: Miami, a metrópole mais latina dos EUA, porta de entrada do maior mercado de drogas do mundo, ponto de encontro dos reis do tráfico internacional, com fortunas absurdas e subornos milionários comprando desde o carcereiro da delegacia até os chefes de polícia. Como não haveria criminosos impunes num seriado realista? Pois é: em Miami Vice ás vezes os mafiosos conseguem escapar sem pagar por seus crimes. Quando os bandidos fogem de hidroavião, é para voltar em outro episódio - e aí, mermão, já é um caso pessoal. Como o detetive Ricardo Tubbs - que perdeu o irmão, o filho e a esposa por ordem de um barão chefe de um império do tráfico, que ainda escapou no episódio piloto. O tira partiu pra vingança na temporada seguinte, fazendo a justiça com as próprias mãos. A vendetta gerou uma guerra com a família do trafica - o que levou a outro banho de sangue, num episódio que homenageia o clássico Matar ou Morrer. Não adianta a Lei prender (quando prende) que a Justiça solta (quando não molham a mão dos guardas). Só matando mesmo. Bandido bom é bandido morto. Sofisticação - Miami Vice trouxe a modernidade á TV de forma jamais concebida. As tramas são anti-convencionais (como aliás tudo ali) com nuances psicológicas. Todos os personagens têm um passado, uma história e uma vida interior exalando conflitos internos. Como o frio e austero chefe da Divisão de Detetives Miami Vice, o latino tenente Martin Castillo (Edward Olmos, lacônico e perfeito!), a imigrante cubana Gina Navarro (Saundra Santiago) ou a espiã negra Booty Trudy (Olivia Brown). Os atores levam seus personagens muito a sério. Nada era forçado ou empostado, numa interpretação espontânea e naturalista. Os detetives disfarçados Sonny Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) quebraram tabus. Além de escaparem do estereótipo do policial frio e distante, ao interagirem como gente das ruas, eles também surpreenderam pela química na atuação, ao quebrar o tabu racial: um protagonista negro igualmente importante, sensual e elegante, e até mais sofisticado. Ambos são símbolos sexuais. E houve episódios estrelados apenas por Tubbs. Música Pop - Nunca se ouviu isso tão bem antes numa série policial. Ainda mais, rock n roll. Mas não só isso. Até Cyndi Lauper tocou no episódio piloto. Phil Collins, Tina Turner, Gladys Knight, Jan Hammer, Steve Jones (guitarrista dos Sex Pistols), Billy Idol, Kate Bush, Patty LaBelle… só o som que imperou na década, naquele estilo limpo e charmoso pra dar um clima positivo, com rock sofisticado e tecno-pop atmosférico de primeira. Mas principalmente, era o que o povo curtia. Era o que os tiras ouviam no carrão, passeando pela metrópole á noite, no ambiente contemplativo das estórias. Era o que os barões da máfia escutavam entre uma transação e outra. E os yuppies contando dinheiro. As trilhas sonoras incidentais de Miami Vice compostas pelo gênio Jan Hammer são as mais vibrantes (e também as mais suaves, envolvendo o espectador no mundo realista, decadente e sedutor: você ouve e sente que está lá! Densidade artística - Embora não seja o criador da série (o mérito é do também produtor executivo Antony Yerkovich) Michael Mann é o Homem de Cinema que teve a glória de criar o formato artístico que definiu a estética da cultura new wave nas telas. Investiu pesado em produção, contratou os melhores diretores de cinema-arte, programou as canções mais arrojadas na parada de sucessos e formatou uma linguagem cinematográfica absolutamente única, em que a música e as imagens interagem e se completam como numa relação amorosa. O que se assiste são videoclipes elegantes em andamento de cinema clássico, mostrando as paisagens urbanas belíssimas, exibindo a orla marítima, as avenidas com carros esporte reluzentes e a arquitetura art-déco de Miami. Principalmente á noite, com muitas luzes de neon e reflexos no asfalto molhado, filmados em câmeras com lentes especiais e filtros noturnos. As cores são selecionadas. Não se vêem “tons terrenos” como marrom ou bege. Mas o mais delicioso são as cenas em que nada acontece. Isso mesmo: Miami Vice se dá ao luxo de ser uma obra de arte narcisista, absorvida com a própria beleza das músicas e imagens (auto) contemplativas. Nesse sentido, o cinema de Michael Mann atualiza o de Sergio Leone, que filmava os rostos humanos como se fossem paisagens - e as paisagens como se fossem rostos.
Vídeo espetacular! Não há quase nada de conteúdo de qualidade sobre Miami Vice, em português, na internet, e encontrar um vídeo como esse, com tanto conteúdo legal sobre o tema, certamente é muito bom! Obriagdo.
Era uma série espetacular. Ditou moda Fez os atores serem reconhecidos e consagrados. E fez gente desconhecida ganhar fama. Uma das melhores séries dos anos 80.
@@canalflashback eu que agradeço. Fui para Miami em 1984, com 7 anos de idade, e fui para a Ocean Drive, quando colocaram um anúncio, dizendo que no próximo final de semana teriam gravações no bairro. Só quando Miami Vice estreou no SBT, é que soube que eram as gravações do primeiro episódio de Miami Vice.
Já perdi as contas de quantas vezes peguei músicas da série para ouvir no carro enquanto dirijo pelas ruas, assim como já perdi as contas de quantas vezes copiei o estilo do Crockett. Já estou na minha terceira jaqueta branca e sempre combino com cores pasteis - assim como também vou atrás das sapatilhas brancas. Ótimo vídeo. Sucesso no canal, amigo!
As sugestões são de coisas que gosto..mais uma sobre o seriado zorro com guy William. Curiosidade onde foi feito. A casa dos delavega.ator guy William. Etc.
CARAMBA EU LEMBRO BEM. E VI O REMAKE MAS DAI PENSEI QUE ERA SO UMA SERIE POLICIAL. MAS O CONTEUDO JA FICOU SERIO JA MUDA TUDO. .VALEU MIAMI VICE E UM CLASSICO ANOS 80 👍🏼
Vídeo muito bom. Queria assistir essa série só por causa do jogo Gta Vice city, meu jogo favorito, muita coisa nesse jogo vem dessa série e acontecimentos
Miami Vice a Melhor Serie Tenho primeira e segunda temporada em portugues falta 3 4 5 6 7 8 e a nona temporada Simplesmente a melhor ate hoje assisto 26 12 2022 RJ Niteroi
Muito top o vídeo, eu já sábia dessa história, como fã da série já tinha pesquisado, mais é sempre bom ver a história contada de novo, pq essa série é fd, umas das melhores que já assisti parabéns pelo vídeo!!! Tem outra série dos anos 80 que ficou marcado pra mim mais não sei pq ninguém comenta, tbm tinha esse visual de pra, mulheres, aventura que se chamava Thunder Missão no Mar, bem que vc podia fazer um vídeo contando um pouco sobre essa série que tbm era muito boa....
Em primeiro lugar parabéns pelo vídeo, like com certeza pois quem é fã da série sabe que foi um ótimo vídeo. Em segundo lugar, resumo da opera: Miami era ótimo até que chegou a raça do terceiro mundo. Podem dizer o que for mas tem coisas que não tem outra explicação que não seja raça pois quem viu a série enxerga nela Rio de Janeiro, Medelin, Cidade do México, Buenos Aires, etc. Não é e nunca foi coincidência.
Boa noite amigão, GOSTEI muito dessa reportagem,sou Fanático pela série, tenho todos os DVDs, vi uma matéria que o sonny não se dava bem com o tenente Castilho ,sabe confirmar ?
Sugestão faça um sobre a epoca antiga 1940 a 1950 dos transatlântico a em ny.e como é agora. Também outro de Ney york da época 40 50 se conseguir colorido melhor 30 minutos ou mais de duração ou faz parte 1 2 3 etc 😃😤👍😄
Gostei muito desse video. Produz mais videos falando sobre a Historia do seriado Miami Vice, gosto muito desse seriado. Quero baixar o Miami Vice pirata na internet mas não consigo achar. Fale sobre outros seriados como o Knight Rider, o Magnum, o Esquadrão Classe A. Eu só vejo filmes e seriados dos anos 80 e 90, eles tem uma qualidade altíssima. As produções de hoje são uma bosta, um lixo !
Durante o vídeo surgem textos a refletir se seriados policiais ou com belas mulheres seriam adequados a crianças. Miami Vice passava bem tarde, e criança nessa época via mais desenho e programa infanto-juvenil. Hoje não, com o celular a criança vê o que quiser, e ainda tem a "filosofia" sobre gênero tomando conta das escolinhas e escolas...
Não sei qdo estreou a série no Brasil pq geralmente demoravam alguns anos pra chegar na TV aberta e seria impossível eu assistir em 1984 com apenas 2 anos de vida kk
eu comecei a assistir no fim dos anos 80 no sbt em 88 e eu tinha 9 anos e eu achei um link que mostra que começou no Brasil no Sbt desde 86 e em 90 na Rede Globo onde também assisti... aqui o link fb.watch/bljFDAtokc/
A História dos seriados de TV se divide em antes e depois de Miami Vice - TODOS eles, e não só os policiais. A obra-prima da arte pop que mudou todos os conceitos da produção televisiva de maneira tão radical e revolucionária que só pode ser comparada á revolução de Matrix no cinema. Foi um impacto profundo e uma mudança total na forma e no conteúdo. Mais do que isso: Miami Vice filtrou a cultura de seu tempo e tornou-se o epítome de tudo que havia de bom e melhor nos anos 1980. Foi a Grande Criação que espelhou e definiu a estética (e o espírito) de sua época. Se quer saber o que foi o zeitgeist daquela década insuperável, assista um episódio. O produtor Michael Mann é mesmo um iluminado. O que o cara fez foi quebrar a velha dicotomia entre popular e artístico e criar um novo conceito de cinema feito pela TV em um nível de qualidade e ousadia que ninguém jamais alcançou, antes ou depois. Os velhos clichês que engessavam o formato da telinha foram todos implodidos, e a modernidade finalmente chegou. Sim: Miami Vice é o primeiro seriado de TV absolutamente moderno - sem ser modernoso - com todas as qualidades da arte cinematográfica em produção televisiva. Ninguém nunca viu coisa parecida. O Marco Zero estreou em 1984. A série teve o seu auge quando cada episódio chegou a custar 1 milhão de dólares, batendo recordes de audiência sucessivos em 5 temporadas. Inovou até na técnica sonora: foi a 1ª produção televisiva a ser transmitida em som esterefônico. Era toda mixada em stereo. A fotografia é esplêndida, em cores tropicais. A revista People afirmou com todas as letras que “Miami Vice é o primeiro show de TV que parece realmente novo e inventivo desde que a televisão a cores foi inventada.” Isso porque foi um evento superlativo em tudo: Miami Vice era ao mesmo tempo inteligente e popular, realista e sofisticado, genial e super-produzido. Isso fundiu a cuca dos cri-críticos. Ninguém estava preparado para essa concepção. O que o povão estava acostumado a ver eram séries cafonas e cretinas de tão vazias, que logo saíam de moda e caíam no esquecimento de tão datadas no lixo da história. Ou a crítica redescobrir algo genial, mas sub-produzido que logo morria de inanição e cancelado por falta de audiência (Jornada nas Estrelas nos anos 1960 subviveu 3 temporadas sob as mais duras penas). Com Miami Vice, Michael Mann pôs fim a esse dilema. Foi o maior salto de qualidade que o telespectador já assistiu. Miami Vice mudou a História da TV por ser o 1° seriado a ter tanto: Sexo - Se os heróis de antigamente eram todos uns assexuados que só viviam para o trabalho, em Miami Vice todo mundo é charmoso, sensual, sexy - sem chegar ao erotismo ou cair na vulgaridade. O charme é mais do que uma arma. Esta série transpira sensualidade. As pessoas têm uma vida real, o que inclui uma vida sexual séria e até problemática… com conversas de cama e tudo mais. Mas sempre excitante. Drogas - Montanhas de cocaína se dispersando em nuvens ao vento, montes de pó jogados na privada durante uma batida. Heroína viciando até as namoradas dos heróis, se picando nos banheiros das boates ou nas mansões em estilo espanhol. Lanchas e helicópteros transportando a mercadoria ás toneladas. Mesmo os tiras disfarçados faziam testes de pureza com a droga e reclamavam: “Não está nem 80% pura.” Violência - Brutal ou estilizada, com tiroteios em câmera lenta, usando a técnica de cinema dos filmes de Sam Peckinpah. Quando a ação explode, é como um balé frenético de violência estilizada. O sangue é o bastante. Mas as feridas emocionais são as que nunca fecham. Palavrões - Miami Vice trouxe a linguagem das ruas á TV. A linguagem chula e despojada, os diálogos cortantes e naturais, com uma fluência chocante. Um inesquecível é a discussão do galã Don Johnson com a namorada viciada em drogas: “Que porra é essa de você tentar esconder de mim que deve alguma coisa praquele verme que tá lhe vendendo essa merda só pra te usar? Você só conseguiu enganar a si mesma, cacete, e esse lance todo de chantagem só tá fodendo a tua vida!” Corrupção - Jamais houve tantos agentes da lei se vendendo aos borbotões. Tinha traidores saindo pelo ladrão a cada episódio. Mas não era uma caricatura grotesca e sem sentido, como nossos políticos. Tudo tinha explicação. Policiais se vendiam aos traficantes para poderem pagar os estudos dos filhos, ou a cirurgia caríssima da esposa. Você via os corruptos como seres humanos, não monstros - e entendia suas motivações. Impunidade - Era inevitável: Miami, a metrópole mais latina dos EUA, porta de entrada do maior mercado de drogas do mundo, ponto de encontro dos reis do tráfico internacional, com fortunas absurdas e subornos milionários comprando desde o carcereiro da delegacia até os chefes de polícia. Como não haveria criminosos impunes num seriado realista? Pois é: em Miami Vice ás vezes os mafiosos conseguem escapar sem pagar por seus crimes. Quando os bandidos fogem de hidroavião, é para voltar em outro episódio - e aí, mermão, já é um caso pessoal. Como o detetive Ricardo Tubbs - que perdeu o irmão, o filho e a esposa por ordem de um barão chefe de um império do tráfico, que ainda escapou no episódio piloto. O tira partiu pra vingança na temporada seguinte, fazendo a justiça com as próprias mãos. A vendetta gerou uma guerra com a família do trafica - o que levou a outro banho de sangue, num episódio que homenageia o clássico Matar ou Morrer. Não adianta a Lei prender (quando prende) que a Justiça solta (quando não molham a mão dos guardas). Só matando mesmo. Bandido bom é bandido morto. Sofisticação - Miami Vice trouxe a modernidade á TV de forma jamais concebida. As tramas são anti-convencionais (como aliás tudo ali) com nuances psicológicas. Todos os personagens têm um passado, uma história e uma vida interior exalando conflitos internos. Como o frio e austero chefe da Divisão de Detetives Miami Vice, o latino tenente Martin Castillo (Edward Olmos, lacônico e perfeito!), a imigrante cubana Gina Navarro (Saundra Santiago) ou a espiã negra Booty Trudy (Olivia Brown). Os atores levam seus personagens muito a sério. Nada era forçado ou empostado, numa interpretação espontânea e naturalista. Os detetives disfarçados Sonny Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) quebraram tabus. Além de escaparem do estereótipo do policial frio e distante, ao interagirem como gente das ruas, eles também surpreenderam pela química na atuação, ao quebrar o tabu racial: um protagonista negro igualmente importante, sensual e elegante, e até mais sofisticado. Ambos são símbolos sexuais. E houve episódios estrelados apenas por Tubbs. Música Pop - Nunca se ouviu isso tão bem antes numa série policial. Ainda mais, rock n roll. Mas não só isso. Até Cyndi Lauper tocou no episódio piloto. Phil Collins, Tina Turner, Gladys Knight, Jan Hammer, Steve Jones (guitarrista dos Sex Pistols), Billy Idol, Kate Bush, Patty LaBelle… só o som que imperou na década, naquele estilo limpo e charmoso pra dar um clima positivo, com rock sofisticado e tecno-pop atmosférico de primeira. Mas principalmente, era o que o povo curtia. Era o que os tiras ouviam no carrão, passeando pela metrópole á noite, no ambiente contemplativo das estórias. Era o que os barões da máfia escutavam entre uma transação e outra. E os yuppies contando dinheiro. As trilhas sonoras incidentais de Miami Vice compostas pelo gênio Jan Hammer são as mais vibrantes (e também as mais suaves, envolvendo o espectador no mundo realista, decadente e sedutor: você ouve e sente que está lá! Densidade artística - Embora não seja o criador da série (o mérito é do também produtor executivo Antony Yerkovich) Michael Mann é o Homem de Cinema que teve a glória de criar o formato artístico que definiu a estética da cultura new wave nas telas. Investiu pesado em produção, contratou os melhores diretores de cinema-arte, programou as canções mais arrojadas na parada de sucessos e formatou uma linguagem cinematográfica absolutamente única, em que a música e as imagens interagem e se completam como numa relação amorosa. O que se assiste são videoclipes elegantes em andamento de cinema clássico, mostrando as paisagens urbanas belíssimas, exibindo a orla marítima, as avenidas com carros esporte reluzentes e a arquitetura art-déco de Miami. Principalmente á noite, com muitas luzes de neon e reflexos no asfalto molhado, filmados em câmeras com lentes especiais e filtros noturnos. As cores são selecionadas. Não se vêem “tons terrenos” como marrom ou bege. Mas o mais delicioso são as cenas em que nada acontece. Isso mesmo: Miami Vice se dá ao luxo de ser uma obra de arte narcisista, absorvida com a própria beleza das músicas e imagens (auto) contemplativas. Nesse sentido, o cinema de Michael Mann atualiza o de Sergio Leone, que filmava os rostos humanos como se fossem paisagens - e as paisagens como se fossem rostos.
A História dos seriados de TV se divide em antes e depois de Miami Vice - TODOS eles, e não só os policiais. A obra-prima da arte pop que mudou todos os conceitos da produção televisiva de maneira tão radical e revolucionária que só pode ser comparada á revolução de Matrix no cinema. Foi um impacto profundo e uma mudança total na forma e no conteúdo. Mais do que isso: Miami Vice filtrou a cultura de seu tempo e tornou-se o epítome de tudo que havia de bom e melhor nos anos 1980. Foi a Grande Criação que espelhou e definiu a estética (e o espírito) de sua época. Se quer saber o que foi o zeitgeist daquela década insuperável, assista um episódio. O produtor Michael Mann é mesmo um iluminado. O que o cara fez foi quebrar a velha dicotomia entre popular e artístico e criar um novo conceito de cinema feito pela TV em um nível de qualidade e ousadia que ninguém jamais alcançou, antes ou depois. Os velhos clichês que engessavam o formato da telinha foram todos implodidos, e a modernidade finalmente chegou. Sim: Miami Vice é o primeiro seriado de TV absolutamente moderno - sem ser modernoso - com todas as qualidades da arte cinematográfica em produção televisiva. Ninguém nunca viu coisa parecida. O Marco Zero estreou em 1984. A série teve o seu auge quando cada episódio chegou a custar 1 milhão de dólares, batendo recordes de audiência sucessivos em 5 temporadas. Inovou até na técnica sonora: foi a 1ª produção televisiva a ser transmitida em som esterefônico. Era toda mixada em stereo. A fotografia é esplêndida, em cores tropicais. A revista People afirmou com todas as letras que “Miami Vice é o primeiro show de TV que parece realmente novo e inventivo desde que a televisão a cores foi inventada.” Isso porque foi um evento superlativo em tudo: Miami Vice era ao mesmo tempo inteligente e popular, realista e sofisticado, genial e super-produzido. Isso fundiu a cuca dos cri-críticos. Ninguém estava preparado para essa concepção. O que o povão estava acostumado a ver eram séries cafonas e cretinas de tão vazias, que logo saíam de moda e caíam no esquecimento de tão datadas no lixo da história. Ou a crítica redescobrir algo genial, mas sub-produzido que logo morria de inanição e cancelado por falta de audiência (Jornada nas Estrelas nos anos 1960 subviveu 3 temporadas sob as mais duras penas). Com Miami Vice, Michael Mann pôs fim a esse dilema. Foi o maior salto de qualidade que o telespectador já assistiu. Miami Vice mudou a História da TV por ser o 1° seriado a ter tanto: Sexo - Se os heróis de antigamente eram todos uns assexuados que só viviam para o trabalho, em Miami Vice todo mundo é charmoso, sensual, sexy - sem chegar ao erotismo ou cair na vulgaridade. O charme é mais do que uma arma. Esta série transpira sensualidade. As pessoas têm uma vida real, o que inclui uma vida sexual séria e até problemática… com conversas de cama e tudo mais. Mas sempre excitante. Drogas - Montanhas de cocaína se dispersando em nuvens ao vento, montes de pó jogados na privada durante uma batida. Heroína viciando até as namoradas dos heróis, se picando nos banheiros das boates ou nas mansões em estilo espanhol. Lanchas e helicópteros transportando a mercadoria ás toneladas. Mesmo os tiras disfarçados faziam testes de pureza com a droga e reclamavam: “Não está nem 80% pura.” Violência - Brutal ou estilizada, com tiroteios em câmera lenta, usando a técnica de cinema dos filmes de Sam Peckinpah. Quando a ação explode, é como um balé frenético de violência estilizada. O sangue é o bastante. Mas as feridas emocionais são as que nunca fecham. Palavrões - Miami Vice trouxe a linguagem das ruas á TV. A linguagem chula e despojada, os diálogos cortantes e naturais, com uma fluência chocante. Um inesquecível é a discussão do galã Don Johnson com a namorada viciada em drogas: “Que porra é essa de você tentar esconder de mim que deve alguma coisa praquele verme que tá lhe vendendo essa merda só pra te usar? Você só conseguiu enganar a si mesma, cacete, e esse lance todo de chantagem só tá fodendo a tua vida!” Corrupção - Jamais houve tantos agentes da lei se vendendo aos borbotões. Tinha traidores saindo pelo ladrão a cada episódio. Mas não era uma caricatura grotesca e sem sentido, como nossos políticos. Tudo tinha explicação. Policiais se vendiam aos traficantes para poderem pagar os estudos dos filhos, ou a cirurgia caríssima da esposa. Você via os corruptos como seres humanos, não monstros - e entendia suas motivações. Impunidade - Era inevitável: Miami, a metrópole mais latina dos EUA, porta de entrada do maior mercado de drogas do mundo, ponto de encontro dos reis do tráfico internacional, com fortunas absurdas e subornos milionários comprando desde o carcereiro da delegacia até os chefes de polícia. Como não haveria criminosos impunes num seriado realista? Pois é: em Miami Vice ás vezes os mafiosos conseguem escapar sem pagar por seus crimes. Quando os bandidos fogem de hidroavião, é para voltar em outro episódio - e aí, mermão, já é um caso pessoal. Como o detetive Ricardo Tubbs - que perdeu o irmão, o filho e a esposa por ordem de um barão chefe de um império do tráfico, que ainda escapou no episódio piloto. O tira partiu pra vingança na temporada seguinte, fazendo a justiça com as próprias mãos. A vendetta gerou uma guerra com a família do trafica - o que levou a outro banho de sangue, num episódio que homenageia o clássico Matar ou Morrer. Não adianta a Lei prender (quando prende) que a Justiça solta (quando não molham a mão dos guardas). Só matando mesmo. Bandido bom é bandido morto. Sofisticação - Miami Vice trouxe a modernidade á TV de forma jamais concebida. As tramas são anti-convencionais (como aliás tudo ali) com nuances psicológicas. Todos os personagens têm um passado, uma história e uma vida interior exalando conflitos internos. Como o frio e austero chefe da Divisão de Detetives Miami Vice, o latino tenente Martin Castillo (Edward Olmos, lacônico e perfeito!), a imigrante cubana Gina Navarro (Saundra Santiago) ou a espiã negra Booty Trudy (Olivia Brown). Os atores levam seus personagens muito a sério. Nada era forçado ou empostado, numa interpretação espontânea e naturalista. Os detetives disfarçados Sonny Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) quebraram tabus. Além de escaparem do estereótipo do policial frio e distante, ao interagirem como gente das ruas, eles também surpreenderam pela química na atuação, ao quebrar o tabu racial: um protagonista negro igualmente importante, sensual e elegante, e até mais sofisticado. Ambos são símbolos sexuais. E houve episódios estrelados apenas por Tubbs. Música Pop - Nunca se ouviu isso tão bem antes numa série policial. Ainda mais, rock n roll. Mas não só isso. Até Cyndi Lauper tocou no episódio piloto. Phil Collins, Tina Turner, Gladys Knight, Jan Hammer, Steve Jones (guitarrista dos Sex Pistols), Billy Idol, Kate Bush, Patty LaBelle… só o som que imperou na década, naquele estilo limpo e charmoso pra dar um clima positivo, com rock sofisticado e tecno-pop atmosférico de primeira. Mas principalmente, era o que o povo curtia. Era o que os tiras ouviam no carrão, passeando pela metrópole á noite, no ambiente contemplativo das estórias. Era o que os barões da máfia escutavam entre uma transação e outra. E os yuppies contando dinheiro. As trilhas sonoras incidentais de Miami Vice compostas pelo gênio Jan Hammer são as mais vibrantes (e também as mais suaves, envolvendo o espectador no mundo realista, decadente e sedutor: você ouve e sente que está lá! Densidade artística - Embora não seja o criador da série (o mérito é do também produtor executivo Antony Yerkovich) Michael Mann é o Homem de Cinema que teve a glória de criar o formato artístico que definiu a estética da cultura new wave nas telas. Investiu pesado em produção, contratou os melhores diretores de cinema-arte, programou as canções mais arrojadas na parada de sucessos e formatou uma linguagem cinematográfica absolutamente única, em que a música e as imagens interagem e se completam como numa relação amorosa. O que se assiste são videoclipes elegantes em andamento de cinema clássico, mostrando as paisagens urbanas belíssimas, exibindo a orla marítima, as avenidas com carros esporte reluzentes e a arquitetura art-déco de Miami. Principalmente á noite, com muitas luzes de neon e reflexos no asfalto molhado, filmados em câmeras com lentes especiais e filtros noturnos. As cores são selecionadas. Não se vêem “tons terrenos” como marrom ou bege. Mas o mais delicioso são as cenas em que nada acontece. Isso mesmo: Miami Vice se dá ao luxo de ser uma obra de arte narcisista, absorvida com a própria beleza das músicas e imagens (auto) contemplativas. Nesse sentido, o cinema de Michael Mann atualiza o de Sergio Leone, que filmava os rostos humanos como se fossem paisagens - e as paisagens como se fossem rostos.
Fato é que Miami vice marcou uma geração.
É mais uma série excelente de qualidade tal, que influênciou o mundo! Trabalho impecável , cenas , figurinos tudo pensado e dedicado pra dar certo , bons tempos . Excelente vídeo!!
Miami Vice é demais! Muito obrigado pelo comentário, Brian!
eu tinha 11 anos quando comecei a assistir..
A História dos seriados de TV se divide em antes e depois de Miami Vice - TODOS eles, e não só os policiais. A obra-prima da arte pop que mudou todos os conceitos da produção televisiva de maneira tão radical e revolucionária que só pode ser comparada á revolução de Matrix no cinema. Foi um impacto profundo e uma mudança total na forma e no conteúdo. Mais do que isso: Miami Vice filtrou a cultura de seu tempo e tornou-se o epítome de tudo que havia de bom e melhor nos anos 1980. Foi a Grande Criação que espelhou e definiu a estética (e o espírito) de sua época. Se quer saber o que foi o zeitgeist daquela década insuperável, assista um episódio.
O produtor Michael Mann é mesmo um iluminado. O que o cara fez foi quebrar a velha dicotomia entre popular e artístico e criar um novo conceito de cinema feito pela TV em um nível de qualidade e ousadia que ninguém jamais alcançou, antes ou depois. Os velhos clichês que engessavam o formato da telinha foram todos implodidos, e a modernidade finalmente chegou. Sim: Miami Vice é o primeiro seriado de TV absolutamente moderno - sem ser modernoso - com todas as qualidades da arte cinematográfica em produção televisiva. Ninguém nunca viu coisa parecida.
O Marco Zero estreou em 1984. A série teve o seu auge quando cada episódio chegou a custar 1 milhão de dólares, batendo recordes de audiência sucessivos em 5 temporadas. Inovou até na técnica sonora: foi a 1ª produção televisiva a ser transmitida em som esterefônico. Era toda mixada em stereo. A fotografia é esplêndida, em cores tropicais. A revista People afirmou com todas as letras que “Miami Vice é o primeiro show de TV que parece realmente novo e inventivo desde que a televisão a cores foi inventada.”
Isso porque foi um evento superlativo em tudo: Miami Vice era ao mesmo tempo inteligente e popular, realista e sofisticado, genial e super-produzido. Isso fundiu a cuca dos cri-críticos. Ninguém estava preparado para essa concepção. O que o povão estava acostumado a ver eram séries cafonas e cretinas de tão vazias, que logo saíam de moda e caíam no esquecimento de tão datadas no lixo da história. Ou a crítica redescobrir algo genial, mas sub-produzido que logo morria de inanição e cancelado por falta de audiência (Jornada nas Estrelas nos anos 1960 subviveu 3 temporadas sob as mais duras penas). Com Miami Vice, Michael Mann pôs fim a esse dilema. Foi o maior salto de qualidade que o telespectador já assistiu.
Miami Vice mudou a História da TV por ser o 1° seriado a ter tanto:
Sexo - Se os heróis de antigamente eram todos uns assexuados que só viviam para o trabalho, em Miami Vice todo mundo é charmoso, sensual, sexy - sem chegar ao erotismo ou cair na vulgaridade. O charme é mais do que uma arma. Esta série transpira sensualidade. As pessoas têm uma vida real, o que inclui uma vida sexual séria e até problemática… com conversas de cama e tudo mais. Mas sempre excitante.
Drogas - Montanhas de cocaína se dispersando em nuvens ao vento, montes de pó jogados na privada durante uma batida. Heroína viciando até as namoradas dos heróis, se picando nos banheiros das boates ou nas mansões em estilo espanhol. Lanchas e helicópteros transportando a mercadoria ás toneladas. Mesmo os tiras disfarçados faziam testes de pureza com a droga e reclamavam: “Não está nem 80% pura.”
Violência - Brutal ou estilizada, com tiroteios em câmera lenta, usando a técnica de cinema dos filmes de Sam Peckinpah. Quando a ação explode, é como um balé frenético de violência estilizada. O sangue é o bastante. Mas as feridas emocionais são as que nunca fecham.
Palavrões - Miami Vice trouxe a linguagem das ruas á TV. A linguagem chula e despojada, os diálogos cortantes e naturais, com uma fluência chocante. Um inesquecível é a discussão do galã Don Johnson com a namorada viciada em drogas: “Que porra é essa de você tentar esconder de mim que deve alguma coisa praquele verme que tá lhe vendendo essa merda só pra te usar? Você só conseguiu enganar a si mesma, cacete, e esse lance todo de chantagem só tá fodendo a tua vida!”
Corrupção - Jamais houve tantos agentes da lei se vendendo aos borbotões. Tinha traidores saindo pelo ladrão a cada episódio. Mas não era uma caricatura grotesca e sem sentido, como nossos políticos. Tudo tinha explicação. Policiais se vendiam aos traficantes para poderem pagar os estudos dos filhos, ou a cirurgia caríssima da esposa. Você via os corruptos como seres humanos, não monstros - e entendia suas motivações.
Impunidade - Era inevitável: Miami, a metrópole mais latina dos EUA, porta de entrada do maior mercado de drogas do mundo, ponto de encontro dos reis do tráfico internacional, com fortunas absurdas e subornos milionários comprando desde o carcereiro da delegacia até os chefes de polícia. Como não haveria criminosos impunes num seriado realista? Pois é: em Miami Vice ás vezes os mafiosos conseguem escapar sem pagar por seus crimes. Quando os bandidos fogem de hidroavião, é para voltar em outro episódio - e aí, mermão, já é um caso pessoal. Como o detetive Ricardo Tubbs - que perdeu o irmão, o filho e a esposa por ordem de um barão chefe de um império do tráfico, que ainda escapou no episódio piloto. O tira partiu pra vingança na temporada seguinte, fazendo a justiça com as próprias mãos. A vendetta gerou uma guerra com a família do trafica - o que levou a outro banho de sangue, num episódio que homenageia o clássico Matar ou Morrer. Não adianta a Lei prender (quando prende) que a Justiça solta (quando não molham a mão dos guardas). Só matando mesmo. Bandido bom é bandido morto.
Sofisticação - Miami Vice trouxe a modernidade á TV de forma jamais concebida. As tramas são anti-convencionais (como aliás tudo ali) com nuances psicológicas. Todos os personagens têm um passado, uma história e uma vida interior exalando conflitos internos. Como o frio e austero chefe da Divisão de Detetives Miami Vice, o latino tenente Martin Castillo (Edward Olmos, lacônico e perfeito!), a imigrante cubana Gina Navarro (Saundra Santiago) ou a espiã negra Booty Trudy (Olivia Brown). Os atores levam seus personagens muito a sério. Nada era forçado ou empostado, numa interpretação espontânea e naturalista. Os detetives disfarçados Sonny Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) quebraram tabus. Além de escaparem do estereótipo do policial frio e distante, ao interagirem como gente das ruas, eles também surpreenderam pela química na atuação, ao quebrar o tabu racial: um protagonista negro igualmente importante, sensual e elegante, e até mais sofisticado. Ambos são símbolos sexuais. E houve episódios estrelados apenas por Tubbs.
Música Pop - Nunca se ouviu isso tão bem antes numa série policial. Ainda mais, rock n roll. Mas não só isso. Até Cyndi Lauper tocou no episódio piloto. Phil Collins, Tina Turner, Gladys Knight, Jan Hammer, Steve Jones (guitarrista dos Sex Pistols), Billy Idol, Kate Bush, Patty LaBelle… só o som que imperou na década, naquele estilo limpo e charmoso pra dar um clima positivo, com rock sofisticado e tecno-pop atmosférico de primeira. Mas principalmente, era o que o povo curtia. Era o que os tiras ouviam no carrão, passeando pela metrópole á noite, no ambiente contemplativo das estórias. Era o que os barões da máfia escutavam entre uma transação e outra. E os yuppies contando dinheiro. As trilhas sonoras incidentais de Miami Vice compostas pelo gênio Jan Hammer são as mais vibrantes (e também as mais suaves, envolvendo o espectador no mundo realista, decadente e sedutor: você ouve e sente que está lá!
Densidade artística - Embora não seja o criador da série (o mérito é do também produtor executivo Antony Yerkovich) Michael Mann é o Homem de Cinema que teve a glória de criar o formato artístico que definiu a estética da cultura new wave nas telas. Investiu pesado em produção, contratou os melhores diretores de cinema-arte, programou as canções mais arrojadas na parada de sucessos e formatou uma linguagem cinematográfica absolutamente única, em que a música e as imagens interagem e se completam como numa relação amorosa. O que se assiste são videoclipes elegantes em andamento de cinema clássico, mostrando as paisagens urbanas belíssimas, exibindo a orla marítima, as avenidas com carros esporte reluzentes e a arquitetura art-déco de Miami. Principalmente á noite, com muitas luzes de neon e reflexos no asfalto molhado, filmados em câmeras com lentes especiais e filtros noturnos. As cores são selecionadas. Não se vêem “tons terrenos” como marrom ou bege. Mas o mais delicioso são as cenas em que nada acontece. Isso mesmo: Miami Vice se dá ao luxo de ser uma obra de arte narcisista, absorvida com a própria beleza das músicas e imagens (auto) contemplativas. Nesse sentido, o cinema de Michael Mann atualiza o de Sergio Leone, que filmava os rostos humanos como se fossem paisagens - e as paisagens como se fossem rostos.
Terminei ela ontem e já digo que essa série tem a melhor trilha sonora da história das séries, também né, é difícil competir com os anos 80😅
Nunca mais vai existir uma série tão top quanto essa!
A sequencia do 1 episodio com a musica do Phill Collins, é muito linda, as imagens do veiculo em movimento e colossal, Michael Mann é incrivel!!!
Miami vice uma das top 10 séries de todos os tempos!
Ação, carros, figurinos, músicas, era sensacional, fora que deve ser a série com o maior números de atores e cantores disparado, cada episódio tinha um famoso
E como a reportagem disse, alavancou Miami ao mundo!
Serviu de modelo para as outras séries de TV que vieram depois dela!
Fui morar la em 1990 , qdo o prédio do Miami Herald realmente ficava do lado do bayside mall. A cidade ainda tinha aquela vibração total do seriado. Realmente em relaçao ao documentário ' Cocaine Cowboys ' nao tinha mais semelhança alguma, a cidade, mudou completamente. Naquela época ( anos 70/80 ) tinha tiroteio de traficante até no dadeland mall , equivalente a ter tiretoio de traficantes contra milicianos dentro do barra shopping ou rio sul. Época incrível ( anos 90 ), inesquecível , era como viver dentro da série. O curioso é q enquanto tavam filmando cenas no inicio da série , de operaçoes policias no porto de miami com os personagens Crockett e Tubs andando lentamente com suas lanchas com luzes desligadas entre os navios atracados, tb tavam acontecendo os descarregamentos de drogas realmente ali nas redondezas vindos da américa do sul e muitos chefões do tráfico ainda tinham casa em coral gables , key biscayne, miami beach...e de quebra pra fechar com chave de ouro ainda conhecí o estudio de musica onde nao só o tema mas as ambientações musicais de cada episódio eram gravadas e toquei ( ainda adolescente, sem nem ter consciência da importância cultural do seriado q viria a ter nos dias de hj) na bateria eletrônica q foi usada pra gravar o tema musical iconico do seriado. Um amigo do meu pai ( q trabalhava com musica na época ) era sócio desse estudio q ficava em north miami e um dia fomos lá visitar o estúdio. Naquela êpoca eu morava na Kendall Drive, avenida incrível tb cheia de coisa pra fazer, vistar se divertir.
@@aquariumlife2929 uau, espetacular relato! Só agora fui ler, hahaha! Mil perdões!
Quando essa série começou Miami Beach era um asilo, quando a série terminou é um lugar de luxo e beleza graças a publicidade que Miami Vice fez da cidade pra o mundo todo.
Qdo vejo Miami Vcie lembro do Scarface tambem!!!
Esse canal é muito top mas infelizmente não tem o reconhecimento que merece :/
Opa, obrigado! Uma hora vai chegar o reconhecimento ;-)
Miami Vice é tão rica em tantos aspectos que caberia uma série de vídeos mais aprofundada cobrindo cada uma delas, desde os atores que apareciam na série e depois se tornaram estrelas de cinema, as músicas e os artistas que faziam participações, tem tanta coisa a ser dito dessa série tão histórica. O legal é que comecei a assistir a pouco tempo, to no oitavo episódio, e todas as imagens de apoio deste vídeo usam os episódios iniciais, então não tem spoiler.
Série tão boa que persistiu ao tempo e até hoje tem seu charme.
Adorei esta reportagem, nem imaginava a situação naquela época da marginalidade de Miami ! Adorava o Miami Vice, e sua reportagem foi completa pois até falou da moda com o uso da camiseta com o paletó por cima que se espalhou pelo mundo . Parabéns!!!
Ah, que legal que você gostou, Mary! Muito obrigado!
O melhor seriado que já assisti
Onde vc assistiu?
Que belíssimo trabalho sobre Miami Vice. Sou uma lunática pelos anos 80 e, seu vídeo sobre a série, ficou espetacular. Nunca tinha visto a seria até então, mas agora, vou assistir com meu marido que também é fã dos anos 80 principalmente, por causa das musicas.
Parabéns pelo trabalho!
Que legal também sou fã dos anos 80 pelas músicas filmes e séries 😊
Morei nessa época 1980 até 1987, dos 17 ate 24 anos era comum no Rio Miami aparecer corpos flutuando, minha irmã em 1985 alugou uma casa que pertenceu a Sandra Santiago, eu vi várias vezes a Philip Michael Thomas, mas nunca a Don Johnson e tive amigos que trabalharam como figurantes, é verdade aquela região de South beach era o pior e mais decadente da cidade, lembro muito bem, e lembro muito bem que as 17:00 não ficava nem um alma no dowtown de Miami, e lembro das revoltas em Liberty City
Lembro das centro americanas..
Das mulheres dos Spring Break em Fort Lauderdale...
Em fim.. que épocas.........PQP...
Agradeço a Deus poder ter curtido todo aquela doideira
Q sorte
privilegiado
Estou maratonando com as temporadas que comprei. Melhor série policial de todos os tempos, seguido de nova york contra o crime. Anos 80 foi o melhor em músicas, filmes e séries
Parabéns pelo trabalho e pela homenagem ao Miami vice
Assisti essa série com meu pai quando tinha 4 anos é claro que não lembro de nada somente em 2024 vim lembrar que ela existe após ver um post no insta. Essa série marcou a vida de muitos. Onde posso assistir essa obra de arte ???
Eu só tenho 26 anos mas pra mim não tem séries melhores como MacGyver, Shaft e Miami Vice, séries assim são as melhores e envelheceram bem demais e pra mim nem envelheceu❤
Putz ! É uma das séries mais fera , trilha sonora top ❤
Miami é muito bacana une o antigo e o moderno de forma fantástica! vale a pena visitar.
Verdade, José Antônio! exatamente por isso, sou apaixonado pela cidade e fiz a reportagem, hehehe. Obrigado pelo comentário!
@@canalflashback Disponha cara...quem puder conhecer Miami não se arrepende! Abração e parabéns pelo conteúdo amigo.
Parabéns! Excelente vídeo! Um documentário! Faltou mais cenas da linda Gina! Fui apaixonado por ela! Hoje Tá uma Coroa linda!
Eu comecei a maratonar a serie a uns dias atras, nos anos 80 eu assisti alguns episodios, agora estou terminando a primeira temporada, no primeiro capitulo achei que o croked era bandido corrptuo, no entanto ele estava a paisana, ao longo da serie, varias situaçoes interessantes sobre o mundo ao qual fiquei vislumbrado com a serei ele e tubbs sao os meus personagens favoritos
Parabéns pelo vídeo. Assisti o seriado nos anos 80 e até hoje. Muito bom ver Miami de hoje. É a única cidade americana que gostaria de conhecer só por conta da série. Sugestão de vídeos. Filmar os locais de gravação de um episódio qualquer. Como está a rua hoje? Quais locais ainda existem? Seria o máximo!!!!
Obrigado pelo comentário, Raimundo! Quanto à sua sugestão, já tem isso no vídeo, rs. A própria Ocean Drive, a rua da praia. Ela aparece na epoca do seriado e nos dias de hoje, com os carrinhos antigos. Se não me engano tem até um restaurante, o Carlysle, que aparece com o Sonny Crockett e o outro personagem. Fiz imagem desse mesmo restaurante. Pode não estar editado de um jeito que fique TÃO explicito, mas alguns lugares que aparecem na época e hoje em dia. Valeu, abraço!
A História dos seriados de TV se divide em antes e depois de Miami Vice - TODOS eles, e não só os policiais. A obra-prima da arte pop que mudou todos os conceitos da produção televisiva de maneira tão radical e revolucionária que só pode ser comparada á revolução de Matrix no cinema. Foi um impacto profundo e uma mudança total na forma e no conteúdo. Mais do que isso: Miami Vice filtrou a cultura de seu tempo e tornou-se o epítome de tudo que havia de bom e melhor nos anos 1980. Foi a Grande Criação que espelhou e definiu a estética (e o espírito) de sua época. Se quer saber o que foi o zeitgeist daquela década insuperável, assista um episódio.
O produtor Michael Mann é mesmo um iluminado. O que o cara fez foi quebrar a velha dicotomia entre popular e artístico e criar um novo conceito de cinema feito pela TV em um nível de qualidade e ousadia que ninguém jamais alcançou, antes ou depois. Os velhos clichês que engessavam o formato da telinha foram todos implodidos, e a modernidade finalmente chegou. Sim: Miami Vice é o primeiro seriado de TV absolutamente moderno - sem ser modernoso - com todas as qualidades da arte cinematográfica em produção televisiva. Ninguém nunca viu coisa parecida.
O Marco Zero estreou em 1984. A série teve o seu auge quando cada episódio chegou a custar 1 milhão de dólares, batendo recordes de audiência sucessivos em 5 temporadas. Inovou até na técnica sonora: foi a 1ª produção televisiva a ser transmitida em som esterefônico. Era toda mixada em stereo. A fotografia é esplêndida, em cores tropicais. A revista People afirmou com todas as letras que “Miami Vice é o primeiro show de TV que parece realmente novo e inventivo desde que a televisão a cores foi inventada.”
Isso porque foi um evento superlativo em tudo: Miami Vice era ao mesmo tempo inteligente e popular, realista e sofisticado, genial e super-produzido. Isso fundiu a cuca dos cri-críticos. Ninguém estava preparado para essa concepção. O que o povão estava acostumado a ver eram séries cafonas e cretinas de tão vazias, que logo saíam de moda e caíam no esquecimento de tão datadas no lixo da história. Ou a crítica redescobrir algo genial, mas sub-produzido que logo morria de inanição e cancelado por falta de audiência (Jornada nas Estrelas nos anos 1960 subviveu 3 temporadas sob as mais duras penas). Com Miami Vice, Michael Mann pôs fim a esse dilema. Foi o maior salto de qualidade que o telespectador já assistiu.
Miami Vice mudou a História da TV por ser o 1° seriado a ter tanto:
Sexo - Se os heróis de antigamente eram todos uns assexuados que só viviam para o trabalho, em Miami Vice todo mundo é charmoso, sensual, sexy - sem chegar ao erotismo ou cair na vulgaridade. O charme é mais do que uma arma. Esta série transpira sensualidade. As pessoas têm uma vida real, o que inclui uma vida sexual séria e até problemática… com conversas de cama e tudo mais. Mas sempre excitante.
Drogas - Montanhas de cocaína se dispersando em nuvens ao vento, montes de pó jogados na privada durante uma batida. Heroína viciando até as namoradas dos heróis, se picando nos banheiros das boates ou nas mansões em estilo espanhol. Lanchas e helicópteros transportando a mercadoria ás toneladas. Mesmo os tiras disfarçados faziam testes de pureza com a droga e reclamavam: “Não está nem 80% pura.”
Violência - Brutal ou estilizada, com tiroteios em câmera lenta, usando a técnica de cinema dos filmes de Sam Peckinpah. Quando a ação explode, é como um balé frenético de violência estilizada. O sangue é o bastante. Mas as feridas emocionais são as que nunca fecham.
Palavrões - Miami Vice trouxe a linguagem das ruas á TV. A linguagem chula e despojada, os diálogos cortantes e naturais, com uma fluência chocante. Um inesquecível é a discussão do galã Don Johnson com a namorada viciada em drogas: “Que porra é essa de você tentar esconder de mim que deve alguma coisa praquele verme que tá lhe vendendo essa merda só pra te usar? Você só conseguiu enganar a si mesma, cacete, e esse lance todo de chantagem só tá fodendo a tua vida!”
Corrupção - Jamais houve tantos agentes da lei se vendendo aos borbotões. Tinha traidores saindo pelo ladrão a cada episódio. Mas não era uma caricatura grotesca e sem sentido, como nossos políticos. Tudo tinha explicação. Policiais se vendiam aos traficantes para poderem pagar os estudos dos filhos, ou a cirurgia caríssima da esposa. Você via os corruptos como seres humanos, não monstros - e entendia suas motivações.
Impunidade - Era inevitável: Miami, a metrópole mais latina dos EUA, porta de entrada do maior mercado de drogas do mundo, ponto de encontro dos reis do tráfico internacional, com fortunas absurdas e subornos milionários comprando desde o carcereiro da delegacia até os chefes de polícia. Como não haveria criminosos impunes num seriado realista? Pois é: em Miami Vice ás vezes os mafiosos conseguem escapar sem pagar por seus crimes. Quando os bandidos fogem de hidroavião, é para voltar em outro episódio - e aí, mermão, já é um caso pessoal. Como o detetive Ricardo Tubbs - que perdeu o irmão, o filho e a esposa por ordem de um barão chefe de um império do tráfico, que ainda escapou no episódio piloto. O tira partiu pra vingança na temporada seguinte, fazendo a justiça com as próprias mãos. A vendetta gerou uma guerra com a família do trafica - o que levou a outro banho de sangue, num episódio que homenageia o clássico Matar ou Morrer. Não adianta a Lei prender (quando prende) que a Justiça solta (quando não molham a mão dos guardas). Só matando mesmo. Bandido bom é bandido morto.
Sofisticação - Miami Vice trouxe a modernidade á TV de forma jamais concebida. As tramas são anti-convencionais (como aliás tudo ali) com nuances psicológicas. Todos os personagens têm um passado, uma história e uma vida interior exalando conflitos internos. Como o frio e austero chefe da Divisão de Detetives Miami Vice, o latino tenente Martin Castillo (Edward Olmos, lacônico e perfeito!), a imigrante cubana Gina Navarro (Saundra Santiago) ou a espiã negra Booty Trudy (Olivia Brown). Os atores levam seus personagens muito a sério. Nada era forçado ou empostado, numa interpretação espontânea e naturalista. Os detetives disfarçados Sonny Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) quebraram tabus. Além de escaparem do estereótipo do policial frio e distante, ao interagirem como gente das ruas, eles também surpreenderam pela química na atuação, ao quebrar o tabu racial: um protagonista negro igualmente importante, sensual e elegante, e até mais sofisticado. Ambos são símbolos sexuais. E houve episódios estrelados apenas por Tubbs.
Música Pop - Nunca se ouviu isso tão bem antes numa série policial. Ainda mais, rock n roll. Mas não só isso. Até Cyndi Lauper tocou no episódio piloto. Phil Collins, Tina Turner, Gladys Knight, Jan Hammer, Steve Jones (guitarrista dos Sex Pistols), Billy Idol, Kate Bush, Patty LaBelle… só o som que imperou na década, naquele estilo limpo e charmoso pra dar um clima positivo, com rock sofisticado e tecno-pop atmosférico de primeira. Mas principalmente, era o que o povo curtia. Era o que os tiras ouviam no carrão, passeando pela metrópole á noite, no ambiente contemplativo das estórias. Era o que os barões da máfia escutavam entre uma transação e outra. E os yuppies contando dinheiro. As trilhas sonoras incidentais de Miami Vice compostas pelo gênio Jan Hammer são as mais vibrantes (e também as mais suaves, envolvendo o espectador no mundo realista, decadente e sedutor: você ouve e sente que está lá!
Densidade artística - Embora não seja o criador da série (o mérito é do também produtor executivo Antony Yerkovich) Michael Mann é o Homem de Cinema que teve a glória de criar o formato artístico que definiu a estética da cultura new wave nas telas. Investiu pesado em produção, contratou os melhores diretores de cinema-arte, programou as canções mais arrojadas na parada de sucessos e formatou uma linguagem cinematográfica absolutamente única, em que a música e as imagens interagem e se completam como numa relação amorosa. O que se assiste são videoclipes elegantes em andamento de cinema clássico, mostrando as paisagens urbanas belíssimas, exibindo a orla marítima, as avenidas com carros esporte reluzentes e a arquitetura art-déco de Miami. Principalmente á noite, com muitas luzes de neon e reflexos no asfalto molhado, filmados em câmeras com lentes especiais e filtros noturnos. As cores são selecionadas. Não se vêem “tons terrenos” como marrom ou bege. Mas o mais delicioso são as cenas em que nada acontece. Isso mesmo: Miami Vice se dá ao luxo de ser uma obra de arte narcisista, absorvida com a própria beleza das músicas e imagens (auto) contemplativas. Nesse sentido, o cinema de Michael Mann atualiza o de Sergio Leone, que filmava os rostos humanos como se fossem paisagens - e as paisagens como se fossem rostos.
Obrigado pelo comentário, Ernesto! Texto bem interessante! Foi você que escreveu?
Série icônica
Vídeo espetacular! Não há quase nada de conteúdo de qualidade sobre Miami Vice, em português, na internet, e encontrar um vídeo como esse, com tanto conteúdo legal sobre o tema, certamente é muito bom! Obriagdo.
Era uma série espetacular.
Ditou moda
Fez os atores serem reconhecidos e consagrados.
E fez gente desconhecida ganhar fama.
Uma das melhores séries dos anos 80.
Verdade, Orlando! Valeu por assistir e pelo comentário!
@@canalflashback eu que agradeço.
Fui para Miami em 1984, com 7 anos de idade, e fui para a Ocean Drive, quando colocaram um anúncio, dizendo que no próximo final de semana teriam gravações no bairro.
Só quando Miami Vice estreou no SBT, é que soube que eram as gravações do primeiro episódio de Miami Vice.
@@orlandobismaraneto1555 uau, espetacular! Eu fui em 1986, 7 anos... Mas creio que não fomos exatamente nessas ruas em que eles filmavam. Abraço
Que video fantástico! adoro essa série, minha favorita.
Muito boa mesmo! Obrigado pelo comentário!
Já perdi as contas de quantas vezes peguei músicas da série para ouvir no carro enquanto dirijo pelas ruas, assim como já perdi as contas de quantas vezes copiei o estilo do Crockett. Já estou na minha terceira jaqueta branca e sempre combino com cores pasteis - assim como também vou atrás das sapatilhas brancas. Ótimo vídeo. Sucesso no canal, amigo!
Hehehe, sensacional!
adorei
As sugestões são de coisas que gosto..mais uma sobre o seriado zorro com guy William. Curiosidade onde foi feito. A casa dos delavega.ator guy William. Etc.
Boa matéria! Fez jus ao seriado e a Miami Beach. Me fez lembrar de minha viagem para lá em 2019. Espero poder voltar.
Obrigado, Alexandre! Espero que consiga voltar lá em breve!
Parabéns belo trabalho e que matéria maravilhosa sobre o seriado Miami Vice!
Que saudade!
CARAMBA EU LEMBRO BEM. E VI O REMAKE MAS DAI PENSEI QUE ERA SO UMA SERIE POLICIAL. MAS O CONTEUDO JA FICOU SERIO JA MUDA TUDO. .VALEU MIAMI VICE E UM CLASSICO ANOS 80 👍🏼
Que video maravilhoso! Parabéns!! É uma pena que a série nao está disponível em nenhum serviço de streaming 😢😢
Vídeo muito bom. Queria assistir essa série só por causa do jogo Gta Vice city, meu jogo favorito, muita coisa nesse jogo vem dessa série e acontecimentos
Tb não encontrei nada nos serviços de streaming, só consigo assistir baixando no PC de algum site
Só não consegui achar a 3° temporada
O gta vice city é mais inspirado em scarface, agora o gta vice city stories é inspirado em miami vice!
Q da hora seu trabalho
Obrigado mano
Muito massa, seriado da hora, na adolescência assisti muito.
Muito boa essa série gostava muito dela...
Melhor da galáxia
Você é um documentarista fantástico! Um dos melhores repórteres do Brasil!
hahahaha, imagina! mas muito obrigado por assistir, ;-) Abraço!
Belíssima reportagem, parabéns.
Valeu, Jorge Miashike!
Ótimo vídeo, estava procurando videos sobre Miami Vice e achei o canal.
uma das minhas series favoritas
Caramba mano! Parabéns, bela produção.
Opa, muito obrigado, Tenente!
Se tem conteúdo anos 80 tem coisa boa sempre... parabéns pelo canal e acaba de ganhar um inscrito.👊✌️
Anos 80, a melhor década! Muito obrigado pela inscrição!
@@canalflashback Melhor década com certeza só quem viveu sabe .
Poderia entrevistar os dois atores principais depois de 35 anos seria bom
Só vi o ator do Sonny última vez no filme do bucky Larsson em 2011 (dotado para brilhar)
Scarface e Miami Vice inspirou muito GTA vice City.
Interessante, o legado deixado
lugar lindo
Seus vídeos são de excelente qualidade! Muito imersivo! Parabéns.
Opa, Alexandre! Muito obrigado! Esse é a intenção. Abraço!
Miami Vice a Melhor Serie Tenho primeira e segunda temporada em portugues falta 3 4 5 6 7 8 e a nona temporada Simplesmente a melhor ate hoje assisto 26 12 2022 RJ Niteroi
Muito top o vídeo, eu já sábia dessa história, como fã da série já tinha pesquisado, mais é sempre bom ver a história contada de novo, pq essa série é fd, umas das melhores que já assisti parabéns pelo vídeo!!! Tem outra série dos anos 80 que ficou marcado pra mim mais não sei pq ninguém comenta, tbm tinha esse visual de pra, mulheres, aventura que se chamava Thunder Missão no Mar, bem que vc podia fazer um vídeo contando um pouco sobre essa série que tbm era muito boa....
Show demais amo Miami!
Também gosto muito
Canal Top😎👍👍
Excelente reportagem! Não conhecia o canal, parabéns.
Obrigado, Pedro!
AMEI!!!!
MDS q canal maravilhoso, como não vi antes
otimo video .. Parabens
Baita conteudo ! Parabéns
Opa, muito obrigado! Me ajuda a divulgar? Abraço!
Tá de parabéns, pal!
Em primeiro lugar parabéns pelo vídeo, like com certeza pois quem é fã da série sabe que foi um ótimo vídeo.
Em segundo lugar, resumo da opera: Miami era ótimo até que chegou a raça do terceiro mundo.
Podem dizer o que for mas tem coisas que não tem outra explicação que não seja raça pois quem viu a série enxerga nela Rio de Janeiro, Medelin, Cidade do México, Buenos Aires, etc.
Não é e nunca foi coincidência.
Magnífico, cara! Valeu mesmo
Mais sugestão.o navio queem Mary. E outra sugestão você mora em Miami mostra a cidade em vídeo. Está parte que vc mostro dirigindo ficou bonita .
Obrigado pelas dicas, mas não moro em Miami, rs.
Excelente matéria !!!!
Procurei muito a serie pra baixar e nao achei ate que achei on line muito boa pra quem curte coisas dos anos 80 como eu!
Onde vc achou? Pode mandar o link
@@bryansmithh você encontra ela completa no rede canais dublagem original
Michael Mann, meu caros.....nunca esqueçam que MV é um produto Michal MANN !!!!!
que video foda, canal foda, edição foda
Opa, valeu!
que vídeo top, baita reportagem 👏🏽👏🏽👏🏽
Muito obrigado, Wilson!
Show.
Gostei muito.
Que bom que gostou, Paulo!
O principal cowboy da cocaína foi Sal Malguta, que é citado como o melhor transportador do pó no filme do cinema e até foi o consultor no assunto.
Boa noite amigão, GOSTEI muito dessa reportagem,sou Fanático pela série, tenho todos os DVDs, vi uma matéria que o sonny não se dava bem com o tenente Castilho ,sabe confirmar ?
Poxa, que legal que gostou! Não sei confirmar o que você perguntou...
Sugestão faça um sobre a epoca antiga 1940 a 1950 dos transatlântico a em ny.e como é agora. Também outro de Ney york da época 40 50 se conseguir colorido melhor 30 minutos ou mais de duração ou faz parte 1 2 3 etc 😃😤👍😄
Boa sugestão! Adoro navios também... Mas precisa de grana pra fazer tudo isso, hehehe...
Seus videos de aviação 👍
Obrigado 👍
Esse episódio do cara vestido de mulher, é o episódio piloto. Assisti ontem, vou tentar ver mais episódios
Tem mostra tbm csi Miami
Por onde andas os atores principais da série?
Gostei muito desse video. Produz mais videos falando sobre a Historia do seriado Miami Vice, gosto muito desse seriado. Quero baixar o Miami Vice pirata na internet mas não consigo achar. Fale sobre outros seriados como o Knight Rider, o Magnum, o Esquadrão Classe A. Eu só vejo filmes e seriados dos anos 80 e 90, eles tem uma qualidade altíssima. As produções de hoje são uma bosta, um lixo !
onde consigo ver a serie? parei na 2temp mas nao acho mais em lugar nenhum que seja dublado ou com legendas
Durante o vídeo surgem textos a refletir se seriados policiais ou com belas mulheres seriam adequados a crianças. Miami Vice passava bem tarde, e criança nessa época via mais desenho e programa infanto-juvenil. Hoje não, com o celular a criança vê o que quiser, e ainda tem a "filosofia" sobre gênero tomando conta das escolinhas e escolas...
Miami vice é scarface foi a base do gta vice city . Os prédios o muito parecido como do jogo
Não sei qdo estreou a série no Brasil pq geralmente demoravam alguns anos pra chegar na TV aberta e seria impossível eu assistir em 1984 com apenas 2 anos de vida kk
eu comecei a assistir no fim dos anos 80 no sbt em 88 e eu tinha 9 anos e eu achei um link que mostra que começou no Brasil no Sbt desde 86 e em 90 na Rede Globo onde também assisti... aqui o link fb.watch/bljFDAtokc/
queria saber onde baixar a serie pra ver
Alguém sabe aonde assistir a série toda?Nunca acho.
Onde seria possivel assitir todos os ep de Miami vice ?
Rapaz, já vi boxes de DVD das temporadas em sebos... dá uma procurada que acho que você encontra...
Na shopee tem DVDs/blu ray pra comprar
Mercado livre amigo
A História dos seriados de TV se divide em antes e depois de Miami Vice - TODOS eles, e não só os policiais. A obra-prima da arte pop que mudou todos os conceitos da produção televisiva de maneira tão radical e revolucionária que só pode ser comparada á revolução de Matrix no cinema. Foi um impacto profundo e uma mudança total na forma e no conteúdo. Mais do que isso: Miami Vice filtrou a cultura de seu tempo e tornou-se o epítome de tudo que havia de bom e melhor nos anos 1980. Foi a Grande Criação que espelhou e definiu a estética (e o espírito) de sua época. Se quer saber o que foi o zeitgeist daquela década insuperável, assista um episódio.
O produtor Michael Mann é mesmo um iluminado. O que o cara fez foi quebrar a velha dicotomia entre popular e artístico e criar um novo conceito de cinema feito pela TV em um nível de qualidade e ousadia que ninguém jamais alcançou, antes ou depois. Os velhos clichês que engessavam o formato da telinha foram todos implodidos, e a modernidade finalmente chegou. Sim: Miami Vice é o primeiro seriado de TV absolutamente moderno - sem ser modernoso - com todas as qualidades da arte cinematográfica em produção televisiva. Ninguém nunca viu coisa parecida.
O Marco Zero estreou em 1984. A série teve o seu auge quando cada episódio chegou a custar 1 milhão de dólares, batendo recordes de audiência sucessivos em 5 temporadas. Inovou até na técnica sonora: foi a 1ª produção televisiva a ser transmitida em som esterefônico. Era toda mixada em stereo. A fotografia é esplêndida, em cores tropicais. A revista People afirmou com todas as letras que “Miami Vice é o primeiro show de TV que parece realmente novo e inventivo desde que a televisão a cores foi inventada.”
Isso porque foi um evento superlativo em tudo: Miami Vice era ao mesmo tempo inteligente e popular, realista e sofisticado, genial e super-produzido. Isso fundiu a cuca dos cri-críticos. Ninguém estava preparado para essa concepção. O que o povão estava acostumado a ver eram séries cafonas e cretinas de tão vazias, que logo saíam de moda e caíam no esquecimento de tão datadas no lixo da história. Ou a crítica redescobrir algo genial, mas sub-produzido que logo morria de inanição e cancelado por falta de audiência (Jornada nas Estrelas nos anos 1960 subviveu 3 temporadas sob as mais duras penas). Com Miami Vice, Michael Mann pôs fim a esse dilema. Foi o maior salto de qualidade que o telespectador já assistiu.
Miami Vice mudou a História da TV por ser o 1° seriado a ter tanto:
Sexo - Se os heróis de antigamente eram todos uns assexuados que só viviam para o trabalho, em Miami Vice todo mundo é charmoso, sensual, sexy - sem chegar ao erotismo ou cair na vulgaridade. O charme é mais do que uma arma. Esta série transpira sensualidade. As pessoas têm uma vida real, o que inclui uma vida sexual séria e até problemática… com conversas de cama e tudo mais. Mas sempre excitante.
Drogas - Montanhas de cocaína se dispersando em nuvens ao vento, montes de pó jogados na privada durante uma batida. Heroína viciando até as namoradas dos heróis, se picando nos banheiros das boates ou nas mansões em estilo espanhol. Lanchas e helicópteros transportando a mercadoria ás toneladas. Mesmo os tiras disfarçados faziam testes de pureza com a droga e reclamavam: “Não está nem 80% pura.”
Violência - Brutal ou estilizada, com tiroteios em câmera lenta, usando a técnica de cinema dos filmes de Sam Peckinpah. Quando a ação explode, é como um balé frenético de violência estilizada. O sangue é o bastante. Mas as feridas emocionais são as que nunca fecham.
Palavrões - Miami Vice trouxe a linguagem das ruas á TV. A linguagem chula e despojada, os diálogos cortantes e naturais, com uma fluência chocante. Um inesquecível é a discussão do galã Don Johnson com a namorada viciada em drogas: “Que porra é essa de você tentar esconder de mim que deve alguma coisa praquele verme que tá lhe vendendo essa merda só pra te usar? Você só conseguiu enganar a si mesma, cacete, e esse lance todo de chantagem só tá fodendo a tua vida!”
Corrupção - Jamais houve tantos agentes da lei se vendendo aos borbotões. Tinha traidores saindo pelo ladrão a cada episódio. Mas não era uma caricatura grotesca e sem sentido, como nossos políticos. Tudo tinha explicação. Policiais se vendiam aos traficantes para poderem pagar os estudos dos filhos, ou a cirurgia caríssima da esposa. Você via os corruptos como seres humanos, não monstros - e entendia suas motivações.
Impunidade - Era inevitável: Miami, a metrópole mais latina dos EUA, porta de entrada do maior mercado de drogas do mundo, ponto de encontro dos reis do tráfico internacional, com fortunas absurdas e subornos milionários comprando desde o carcereiro da delegacia até os chefes de polícia. Como não haveria criminosos impunes num seriado realista? Pois é: em Miami Vice ás vezes os mafiosos conseguem escapar sem pagar por seus crimes. Quando os bandidos fogem de hidroavião, é para voltar em outro episódio - e aí, mermão, já é um caso pessoal. Como o detetive Ricardo Tubbs - que perdeu o irmão, o filho e a esposa por ordem de um barão chefe de um império do tráfico, que ainda escapou no episódio piloto. O tira partiu pra vingança na temporada seguinte, fazendo a justiça com as próprias mãos. A vendetta gerou uma guerra com a família do trafica - o que levou a outro banho de sangue, num episódio que homenageia o clássico Matar ou Morrer. Não adianta a Lei prender (quando prende) que a Justiça solta (quando não molham a mão dos guardas). Só matando mesmo. Bandido bom é bandido morto.
Sofisticação - Miami Vice trouxe a modernidade á TV de forma jamais concebida. As tramas são anti-convencionais (como aliás tudo ali) com nuances psicológicas. Todos os personagens têm um passado, uma história e uma vida interior exalando conflitos internos. Como o frio e austero chefe da Divisão de Detetives Miami Vice, o latino tenente Martin Castillo (Edward Olmos, lacônico e perfeito!), a imigrante cubana Gina Navarro (Saundra Santiago) ou a espiã negra Booty Trudy (Olivia Brown). Os atores levam seus personagens muito a sério. Nada era forçado ou empostado, numa interpretação espontânea e naturalista. Os detetives disfarçados Sonny Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) quebraram tabus. Além de escaparem do estereótipo do policial frio e distante, ao interagirem como gente das ruas, eles também surpreenderam pela química na atuação, ao quebrar o tabu racial: um protagonista negro igualmente importante, sensual e elegante, e até mais sofisticado. Ambos são símbolos sexuais. E houve episódios estrelados apenas por Tubbs.
Música Pop - Nunca se ouviu isso tão bem antes numa série policial. Ainda mais, rock n roll. Mas não só isso. Até Cyndi Lauper tocou no episódio piloto. Phil Collins, Tina Turner, Gladys Knight, Jan Hammer, Steve Jones (guitarrista dos Sex Pistols), Billy Idol, Kate Bush, Patty LaBelle… só o som que imperou na década, naquele estilo limpo e charmoso pra dar um clima positivo, com rock sofisticado e tecno-pop atmosférico de primeira. Mas principalmente, era o que o povo curtia. Era o que os tiras ouviam no carrão, passeando pela metrópole á noite, no ambiente contemplativo das estórias. Era o que os barões da máfia escutavam entre uma transação e outra. E os yuppies contando dinheiro. As trilhas sonoras incidentais de Miami Vice compostas pelo gênio Jan Hammer são as mais vibrantes (e também as mais suaves, envolvendo o espectador no mundo realista, decadente e sedutor: você ouve e sente que está lá!
Densidade artística - Embora não seja o criador da série (o mérito é do também produtor executivo Antony Yerkovich) Michael Mann é o Homem de Cinema que teve a glória de criar o formato artístico que definiu a estética da cultura new wave nas telas. Investiu pesado em produção, contratou os melhores diretores de cinema-arte, programou as canções mais arrojadas na parada de sucessos e formatou uma linguagem cinematográfica absolutamente única, em que a música e as imagens interagem e se completam como numa relação amorosa. O que se assiste são videoclipes elegantes em andamento de cinema clássico, mostrando as paisagens urbanas belíssimas, exibindo a orla marítima, as avenidas com carros esporte reluzentes e a arquitetura art-déco de Miami. Principalmente á noite, com muitas luzes de neon e reflexos no asfalto molhado, filmados em câmeras com lentes especiais e filtros noturnos. As cores são selecionadas. Não se vêem “tons terrenos” como marrom ou bege. Mas o mais delicioso são as cenas em que nada acontece. Isso mesmo: Miami Vice se dá ao luxo de ser uma obra de arte narcisista, absorvida com a própria beleza das músicas e imagens (auto) contemplativas. Nesse sentido, o cinema de Michael Mann atualiza o de Sergio Leone, que filmava os rostos humanos como se fossem paisagens - e as paisagens como se fossem rostos.
Faltou mencionar que o Miami Vice foi meio que o Malhação dos EUA porque tem uma porrada de ator e atriz que ficaram famosos/famosas depois
Para nos gamers GTA Vice City foi o filho da serie igualzin
Onde eu acho essa série para baixar? Me ajudem por favor.
A História dos seriados de TV se divide em antes e depois de Miami Vice - TODOS eles, e não só os policiais. A obra-prima da arte pop que mudou todos os conceitos da produção televisiva de maneira tão radical e revolucionária que só pode ser comparada á revolução de Matrix no cinema. Foi um impacto profundo e uma mudança total na forma e no conteúdo. Mais do que isso: Miami Vice filtrou a cultura de seu tempo e tornou-se o epítome de tudo que havia de bom e melhor nos anos 1980. Foi a Grande Criação que espelhou e definiu a estética (e o espírito) de sua época. Se quer saber o que foi o zeitgeist daquela década insuperável, assista um episódio.
O produtor Michael Mann é mesmo um iluminado. O que o cara fez foi quebrar a velha dicotomia entre popular e artístico e criar um novo conceito de cinema feito pela TV em um nível de qualidade e ousadia que ninguém jamais alcançou, antes ou depois. Os velhos clichês que engessavam o formato da telinha foram todos implodidos, e a modernidade finalmente chegou. Sim: Miami Vice é o primeiro seriado de TV absolutamente moderno - sem ser modernoso - com todas as qualidades da arte cinematográfica em produção televisiva. Ninguém nunca viu coisa parecida.
O Marco Zero estreou em 1984. A série teve o seu auge quando cada episódio chegou a custar 1 milhão de dólares, batendo recordes de audiência sucessivos em 5 temporadas. Inovou até na técnica sonora: foi a 1ª produção televisiva a ser transmitida em som esterefônico. Era toda mixada em stereo. A fotografia é esplêndida, em cores tropicais. A revista People afirmou com todas as letras que “Miami Vice é o primeiro show de TV que parece realmente novo e inventivo desde que a televisão a cores foi inventada.”
Isso porque foi um evento superlativo em tudo: Miami Vice era ao mesmo tempo inteligente e popular, realista e sofisticado, genial e super-produzido. Isso fundiu a cuca dos cri-críticos. Ninguém estava preparado para essa concepção. O que o povão estava acostumado a ver eram séries cafonas e cretinas de tão vazias, que logo saíam de moda e caíam no esquecimento de tão datadas no lixo da história. Ou a crítica redescobrir algo genial, mas sub-produzido que logo morria de inanição e cancelado por falta de audiência (Jornada nas Estrelas nos anos 1960 subviveu 3 temporadas sob as mais duras penas). Com Miami Vice, Michael Mann pôs fim a esse dilema. Foi o maior salto de qualidade que o telespectador já assistiu.
Miami Vice mudou a História da TV por ser o 1° seriado a ter tanto:
Sexo - Se os heróis de antigamente eram todos uns assexuados que só viviam para o trabalho, em Miami Vice todo mundo é charmoso, sensual, sexy - sem chegar ao erotismo ou cair na vulgaridade. O charme é mais do que uma arma. Esta série transpira sensualidade. As pessoas têm uma vida real, o que inclui uma vida sexual séria e até problemática… com conversas de cama e tudo mais. Mas sempre excitante.
Drogas - Montanhas de cocaína se dispersando em nuvens ao vento, montes de pó jogados na privada durante uma batida. Heroína viciando até as namoradas dos heróis, se picando nos banheiros das boates ou nas mansões em estilo espanhol. Lanchas e helicópteros transportando a mercadoria ás toneladas. Mesmo os tiras disfarçados faziam testes de pureza com a droga e reclamavam: “Não está nem 80% pura.”
Violência - Brutal ou estilizada, com tiroteios em câmera lenta, usando a técnica de cinema dos filmes de Sam Peckinpah. Quando a ação explode, é como um balé frenético de violência estilizada. O sangue é o bastante. Mas as feridas emocionais são as que nunca fecham.
Palavrões - Miami Vice trouxe a linguagem das ruas á TV. A linguagem chula e despojada, os diálogos cortantes e naturais, com uma fluência chocante. Um inesquecível é a discussão do galã Don Johnson com a namorada viciada em drogas: “Que porra é essa de você tentar esconder de mim que deve alguma coisa praquele verme que tá lhe vendendo essa merda só pra te usar? Você só conseguiu enganar a si mesma, cacete, e esse lance todo de chantagem só tá fodendo a tua vida!”
Corrupção - Jamais houve tantos agentes da lei se vendendo aos borbotões. Tinha traidores saindo pelo ladrão a cada episódio. Mas não era uma caricatura grotesca e sem sentido, como nossos políticos. Tudo tinha explicação. Policiais se vendiam aos traficantes para poderem pagar os estudos dos filhos, ou a cirurgia caríssima da esposa. Você via os corruptos como seres humanos, não monstros - e entendia suas motivações.
Impunidade - Era inevitável: Miami, a metrópole mais latina dos EUA, porta de entrada do maior mercado de drogas do mundo, ponto de encontro dos reis do tráfico internacional, com fortunas absurdas e subornos milionários comprando desde o carcereiro da delegacia até os chefes de polícia. Como não haveria criminosos impunes num seriado realista? Pois é: em Miami Vice ás vezes os mafiosos conseguem escapar sem pagar por seus crimes. Quando os bandidos fogem de hidroavião, é para voltar em outro episódio - e aí, mermão, já é um caso pessoal. Como o detetive Ricardo Tubbs - que perdeu o irmão, o filho e a esposa por ordem de um barão chefe de um império do tráfico, que ainda escapou no episódio piloto. O tira partiu pra vingança na temporada seguinte, fazendo a justiça com as próprias mãos. A vendetta gerou uma guerra com a família do trafica - o que levou a outro banho de sangue, num episódio que homenageia o clássico Matar ou Morrer. Não adianta a Lei prender (quando prende) que a Justiça solta (quando não molham a mão dos guardas). Só matando mesmo. Bandido bom é bandido morto.
Sofisticação - Miami Vice trouxe a modernidade á TV de forma jamais concebida. As tramas são anti-convencionais (como aliás tudo ali) com nuances psicológicas. Todos os personagens têm um passado, uma história e uma vida interior exalando conflitos internos. Como o frio e austero chefe da Divisão de Detetives Miami Vice, o latino tenente Martin Castillo (Edward Olmos, lacônico e perfeito!), a imigrante cubana Gina Navarro (Saundra Santiago) ou a espiã negra Booty Trudy (Olivia Brown). Os atores levam seus personagens muito a sério. Nada era forçado ou empostado, numa interpretação espontânea e naturalista. Os detetives disfarçados Sonny Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) quebraram tabus. Além de escaparem do estereótipo do policial frio e distante, ao interagirem como gente das ruas, eles também surpreenderam pela química na atuação, ao quebrar o tabu racial: um protagonista negro igualmente importante, sensual e elegante, e até mais sofisticado. Ambos são símbolos sexuais. E houve episódios estrelados apenas por Tubbs.
Música Pop - Nunca se ouviu isso tão bem antes numa série policial. Ainda mais, rock n roll. Mas não só isso. Até Cyndi Lauper tocou no episódio piloto. Phil Collins, Tina Turner, Gladys Knight, Jan Hammer, Steve Jones (guitarrista dos Sex Pistols), Billy Idol, Kate Bush, Patty LaBelle… só o som que imperou na década, naquele estilo limpo e charmoso pra dar um clima positivo, com rock sofisticado e tecno-pop atmosférico de primeira. Mas principalmente, era o que o povo curtia. Era o que os tiras ouviam no carrão, passeando pela metrópole á noite, no ambiente contemplativo das estórias. Era o que os barões da máfia escutavam entre uma transação e outra. E os yuppies contando dinheiro. As trilhas sonoras incidentais de Miami Vice compostas pelo gênio Jan Hammer são as mais vibrantes (e também as mais suaves, envolvendo o espectador no mundo realista, decadente e sedutor: você ouve e sente que está lá!
Densidade artística - Embora não seja o criador da série (o mérito é do também produtor executivo Antony Yerkovich) Michael Mann é o Homem de Cinema que teve a glória de criar o formato artístico que definiu a estética da cultura new wave nas telas. Investiu pesado em produção, contratou os melhores diretores de cinema-arte, programou as canções mais arrojadas na parada de sucessos e formatou uma linguagem cinematográfica absolutamente única, em que a música e as imagens interagem e se completam como numa relação amorosa. O que se assiste são videoclipes elegantes em andamento de cinema clássico, mostrando as paisagens urbanas belíssimas, exibindo a orla marítima, as avenidas com carros esporte reluzentes e a arquitetura art-déco de Miami. Principalmente á noite, com muitas luzes de neon e reflexos no asfalto molhado, filmados em câmeras com lentes especiais e filtros noturnos. As cores são selecionadas. Não se vêem “tons terrenos” como marrom ou bege. Mas o mais delicioso são as cenas em que nada acontece. Isso mesmo: Miami Vice se dá ao luxo de ser uma obra de arte narcisista, absorvida com a própria beleza das músicas e imagens (auto) contemplativas. Nesse sentido, o cinema de Michael Mann atualiza o de Sergio Leone, que filmava os rostos humanos como se fossem paisagens - e as paisagens como se fossem rostos.
Cara eu acho que só na internet, tem uma nova versão mas não sei se é boa...
@@leonnyaquino4919 o filme não chega nem perto da série
Como faço pra assiste essa seria não consigo acha ela !alguém pode me ajuda
acredito que você encontre boxes com as temporadas... já vi pra vender em loja ou sebo...
Tem no rede canais site só Google completa e dublagem original
GTA VICE CITY 😎✌🏻
Assisti ao filme, o seriado eu não assisti