Como a BÍBLIA foi FORMADA: a origem da Bíblia Sagrada

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Como a Bíblia foi formada? Foi a Igreja Católica que compilou a Bíblia? Por que a Bíblia católica tem mais livros do que a protestante? Essas perguntas só são respondidas quando estudamos qual é a origem da Bíblia, como a Bíblia foi organizada. Este é o tema do vídeo de hoje.
Foi a Igreja Católica que nos deu a Bíblia. Para desenvolver esse argumento que trata da formação da Bíblia Sagrada, eu explicarei (1) como a Igreja Católica formou o cânone da Bíblia, (2) a origem da divergência entre católicos e protestantes quanto aos livros que compõem a Bíblia e (3) falarei dos critérios adotados pela Igreja para a canonicidade da Bíblia.
(1) A Igreja não era uma comunidade reunida em torno de um Livro, mas de uma Pessoa, um sucessor do Apóstolo. Foi assim nos primeiros séculos do Cristianismo. A autoridade provinha da sucessão apostólica, antes mesmo de que a Bíblia (tal como a conhecemos) fosse formada. A autoridade da Igreja chancelou os primeiros escritos usados na Tradição Apostólica e depois compilou os livros canônicos da Bíblia.
(2) A diferença entre a Bíblia católica e a protestante trata de alguns livros que estão no Antigo Testamento. Mas essa divergência não é propriamente cristã, e sim judaica; a exclusão de alguns livros (escritos em grego) do Antigo Testamento foi feita por rabinos reunidos no concílio de Jâmnia, ainda no século I da era cristã.
(3) A Igreja Católica adotou critérios específicos para admitir que os livros fossem incluídos no cânone da Bíblia. Para o Antigo Testamento, a Septuaginta foi reconhecida porque adotada pelos apóstolos. Para o Novo Testamento, considerou-se a origem apostólica, a aceitação unânime das comunidades e a ortodoxia (fidelidade à doutrina dos apóstolos).
00:01 (1) Como a Igreja Católica formou o cânone da Bíblia
00:10 A difusão dos livros na Antiguidade
00:33 Os primeiros livros cristãos
01:00 A Tradição apostólica
01:47 Compilação dos escritos que remontam aos apóstolos
02:59 O magistério da Igreja e a formação da Bíblia
03:19 Necessidade de refutar heresias
04:00 A heresia de Marcião e a Bíblia
06:45 Santo Irineu de Lyon: 4 Evangelhos canônicos
07:36 Defesa apologética do cânone da Bíblia
09:44 Cânone de Muratori, uma geração depois de Marcião
10:29 O cânone mais antigo do Novo Testamento (Santo Atanásio, 367)
12:01 O Magistério da Igreja confirma a lista de Santo Atanásio
12:06 Sínodo de Roma (382)
13:11 Concílios de Hipona (393) e Cartago (419)
14:42 A orientação dos concílios regionais foi seguida pela Igreja universal
15:15 Necessidade de reforçar a lista dos livros canônicos da Bíblia
15:45 (2) Divergências quanto os livros da Bíblia
16:00 Quando Lutero traduziu a Bíblia
16:46 Livros do Antigo Testamento são questionados
17:25 Septuaginta: a versão grega do Antigo Testamento
18:30 O problema dos livros Deuterocanônicos
19:20 Dúvidas dos Santos Padres
19:43 A decisão do cânone da Bíblia é da Igreja
20:54 A interpretação bíblica pessoal de Lutero
22:18 Thomas Jefferson renova o gesto de Marcião
22:56 (3) Critérios da Igreja para a canonicidade da Bíblia
23:33 Importância dos livros do Antigo Testamento em grego
23:50 Livro da Sabedoria (7, 25): Cristo como Logos de Deus
24:22 Critérios de seleção dos livros do Novo Testamento
25:25 Tradição apostólica é confirmada pelo Magistério da Igreja
25:43 Os livros da Bíblia excluídos pelos protestantes
26:47 O paradoxo protestante sobre a Bíblia
27:52 História da formação da Bíblia
28:25 A importância da fé na Igreja para ler a Bíblia
28:46 A incoerência da posição protestante
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Sou casado com Laise e pai de quatro filhos. Professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Academia Atlântico. Autor dos livros A crise da cultura e a ordem do amor; Virtudes no cotidiano e O mínimo sobre filosofia. Coordenador da edição de Platão, Benedito Nunes e Coleção Teoria da Lei Natural. Minha vocação é compartilhar minhas reflexões e estudos com alunos e leitores, por isso me dedico com entusiasmo à docência e à escrita.