SARAUS DA CARIOCA - Silvério Pontes, Tiago do Bandolim e Vinicius Magalhães

Na quinta-feira, dia 11 de janeiro, às 19h, estreia a série Saraus da Carioca. Para a primeira apresentação vamos receber o trio formado por Silvério Pontes (trompete), Tiago do Bandolim (Tiago Souza) e Vinicius Magalhães (violão 7 cordas). O projeto Saraus da Carioca em 2024 é uma realização da Casa do Choro, com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura através da Lei do ISS e da Icatu Seguros. A programação da série Saraus da Carioca seguirá quinzenalmente.
Tiago do Bandolim, ou Tiago Souza como também é conhecido segue os passos do pai, Ronaldo do bandolim, um ícone do bandolim brasileiro, tocando com emoção e liberdade, faz parte de uma safra de músicos formada na lapa dos anos 2000, misturando em sua formação o choro tradicional e outras influências como baião, samba, tango e jazz, criando assim um estilo próprio de interpretação e improvisação. Participou de alguns trabalhos memoráveis no cenário instrumental como os grupos “Regional Carioca”, “Semente choro-jazz”, e participa atualmente dos grupos “Choro na Rua” e “Nó em pingo d’agua” além de figurar em diversas gravações de cd’s e vídeos no choro e no samba. Em 2017 lançou seu primeiro álbum solo “De Soslaio” com as diferentes influências do choro e em 2023 o álbum Afrochoro.
Fruto de uma família de músicos, Silvério Pontes seguiu os passos de seu pai na escolha de seu instrumento musical, o trompete. Vive desde 1977 em Niterói e na ocasião passou a participar do Grupo Casca, formado na época por Cadinho, Serginho Chiavazzoli, Weber e André Pirela. Em 1985 por indicação do Lúcio do Trombone, passou a integrar o naipe de metais da banda do cantor e compositor Luiz Melodia, com quem fez sua primeira turnê para a Europa. Em 1986 participou da remontagem da banda Vitória Régia com o cantor Tim Maia, o que o levou posteriormente a gravar, em 1988, também com o cantor Ed Motta no Disco Ed Motta & Conexão Japeri. Ainda em 1986, por intermédio do flautista Cláudio Camunguelo, Silvério conheceu o trombonista Zé da Velha no bar Boca da Noite. Com ele, formou a dupla Zé da Velha e Silvério Pontes com a qual gravou 6 discos. O primeiro CD da dupla, “Só Gafieira”, recebeu a indicação para o 9° Prêmio Sharp de Música na categoria Instrumental. O segundo trabalho “Tudo Dança” foi indicado como um dos melhores na série instrumental pelo jornal O Globo em 1999. O 3º disco, “Ele e Eu”, lançado em setembro de 2000, permaneceu sete semanas na lista de recomendações de O Globo, tendo sido indicado como um dos melhores do ano pelo jornal. Em 2018 lançou em parceria com o pianista Antonio Guerra, o CD “Coração brasileiro”, com músicas autorais e regravações.
Natural do Rio de Janeiro e radicado em Brasília, Vinícius Magalhães teve seu primeiro contato com o violão por volta dos 11 anos, quando descobriu, sozinho, os primeiros acordes e desde então não abandonou mais o instrumento. Ainda em casa, recebeu do seu pai, o compositor Sérgio Magalhães, as primeiras orientações sobre o instrumento e teoria musical. Em 2006 tornou-se aluno da Escola de Choro Raphael Rabello, sob orientações do violonista Fernando César, época em que migrou para o violão de 7 cordas. Fez aulas também com Rogério Caetano, Rafael dos Anjos e Everaldo Pinheiro, desenvolvendo o estudo de harmonia, percepção musical e improvisação. Começou a tocar profissionalmente aos 17 anos. Em 2010 foi representante do Brasil com o grupo Adora Roda (atual 7naRoda) no 17o Festival Mundial da Juventude e do Estudante em Pretória, África do Sul. Gravou alguns dos principais discos de samba e choro de Brasília, entre eles os das cantoras Cris Pereira, Kris Maciel e Deborah Vasconcellos, do compositor Sérgio Magalhães, do também compositor Cacá Pereira, o do grupo de samba Adora roda (atual 7naRoda), o do violonista Fernando Cesar, o do cavaquinista Nelsinho Serra (atuando também como diretor musical) e do grupo Choro pra cinco, do qual é integrante. Com o Choro pra Cinco, realizou duas turnês internacionais pela Europa (2017 e 2018), levando o melhor do choro brasiliense para lugares como Liechtenstein, Alemanha, Suíça, França e Bélgica. Hoje, professor de violão da Escola de Choro Raphael Rabello, é músico bastante atuante nas gravações, arranjos, produções musicais e shows de samba e choro do Distrito Federal e Rio de Janeiro. Com mais de 10 anos de carreira, Vinicius Magalhães já dividiu o palco com grandes artistas como: Dona Ivone Lara, Nilze Carvalho, Sombrinha, Mestre Monarco da Portela, Juliana Diniz, Fabiana Cozza, Fernando César, Jaime Ernest Dias, Toninho Ferragutti, Almir Guineto, Noca da Portela, Tantinho da Mangueira, Félix Júnior, entre outros.