Tati, a avó de minha amiga russa fez um único comentário quando esta minha amiga adolescente (50 anos atrás) perguntou sobre a tragédia da Ana Karênina. A avó desta minha amiga fez uma pausa, pensou e disse: A Ana era uma mulher sem o que fazer e sem objetivos. Isto foi a origem da tragédia...
Você é muito sem noção, sério. Deu spoiler sendo que muita gente está interessada no livro (e ainda não o leu!), buscando alguma motivação, e você me fala sobre ''tragédia de Anna Karênina'', demonstrando o que vai ocorrer na história.
@@herlaneborges7310 Ana Karenina não é filme e nem romance de suspense, mas sim, literatura clássica de mais de 100 anos. Se alguém vai perder o interesse porque eu usei a palavra tragédia, é porque não estava mesmo a fim. E o canal de Tatiana é canal de literatura.
Terminei de ler Anna Karênina hoje, e sim, conforme a história ia se desenrolando fui desenvolvendo um ranço pela Anna. Minha percepção sobre ela, é de alguém que culpa todos ao seu redor, faz dramas para manipular situações e favorecê-la, quando na verdade, ela própria, é egoísta e narcisista, que deixa claro que, queria os dois homens ao mesmo tempo🤦🏻♀️. O marido Stepan, que era alguém muito importante para o governo russo, rico e de boa reputação; Sendo assim, ela tinha uma posição de poder na alta sociedade (que não queria perder) mas, não tinha o amor selvagem, atenção, juventude e/ou a vivacidade que ela desejava ou imaginava que deveria ter; Vrônski tinha beleza, juventude e o fogo da paixão . O autor a descreve sempre de beleza, postura, presença impecável e chamativa, que ela própria tem consciência, e usa isso para se divertir: flertando. Ora ama o filho em outras não. Depois, teve uma filha de Vrônski que também não se afeiçoou, nem se quer cuidava da mesma. Queria ser "única e exclusiva" na vida de Vrônski. Ele deveria "viver idolatrando-a" ao ponto de tirá-lo do sério, já que imaginava milhões de coisas e acusava-o de inúmeras situações que ela criava na própria cabeça. Fora que exigia provas de amor do nada, e caso não obtivesse, declarava guerra. A forma como ela tratava o casamento anterior, levou os mesmos comportamentos para o amante. A diferença é que, o marido, aprendeu a ignorá-la e deixar pra lá, e assim ambos viviam, se alfinetando, tratando-se com ironia e desprezo. Vrônski, rendeu-se por completo aos encantos dela, todo o glamour e sedução, amava-a ao ponto de fazer todas às suas vontades e seus caprichos. Porém, ao perceber os jogos que ela começou a fazer e as manipulações das quais ele começou a perceber que ela estava tentando envolvê-lo, reagiu. E começou a bater de frente, já que ela queria basicamente que o mesmo vivesse em função unicamente dela. E o relacionamento que antes era só flores virou espinhos. Vrônski nem chegou a saber que ela tomava algum tipo de contraceptivo para evitar engravidar, enquanto ele fazia planos para deixar sua fortuna; só Dolly ficou sabendo dessa façanha pois, a mesma contou que um médico em particular conseguiu para ela. Em uma época onde isso era impensável, ela demonstrou ser extremamente calculista. No fim, ela se achava melhor que todo mundo, e não aceitava críticas mesmo estando errada, até flertou com Liévin, que mesmo repugnando-a pelos seu atos, ficou enamorado dela por algumas horas assim que a conheceu. Até a Kitty esposa dele, percebeu na cara do mesmo quando chegou em casa a situação que o marido ficou. E posteriormente, a própria Anna, se gaba disso. Enfim, um clássico maravilhoso, desnuda o ser humano por completo, em sua luta diária entre fazer o bem e o mal, ser correto, suas aflições cotidianas, seus embates psicológicos, ideais, família, trabalho, religião, filhos, casamentos divórcio, traições. Sem hipocrisia e claro, mostrando inclusive à hipocrisia que sempre existiu em sociedade.
Acabei de assistir o filme e não conhecia o livro, fiquei até interessada em ler pq tinha ficado presa na história, mas dps desse comentário percebei q perderia todo o encanto q eu fiquei com o filme kkkkkk. como o filme não é tão detalhado eu não percebi coisas assim da Anna
Eu achei a sua análise maravilhosa. Apesar de eu ter ranço da Anna e do Vroskí desde o início. A da Anna começou no baile que ela dançou com o Vronskí, o do Vronskí começou quando ele falou em seus pensamentos que não tinha intenção nenhuma em se casar com Kitty e só estava lá por ego/para enganar ela
Em suma, uma mulher bela, tola, frágil, ardilosa, destemperada, vazia e que só pensa em frivolidades. Uma jovem mimada da aristocracia que se entregou a uma paixão juvenil sem qualquer prudência. Eu me senti profundamente incomodada com as escolhas dela. Um livro maravilhoso que desnuda a Rússia provinciana e as camadas sociais das grandes cidades.
Mas vcs lêem o que? Os livros clássicos são os mais famosos e bonitos não são? Pergunto sem querer brigas. Só por curiosidade, porque não conheço muitos escritores bons de 2000 para cá. Quiserem me recomendar uns autores modernos eu aceito.
Esse livro é perfeito. Agora a Anna, nos faz passar raiva com ela o livro inteiro, lembra até uma certa personagem que morava em um certo Morro Uivante. A cena que Tolstoi aborda a fidelidade a uma pessoa mesmo depois que ela já morreu é muito boa, uma das melhores do livro.
Algumas cenas demonstram o sofrimento do marido e fiquei muito feliz com o cuidado do Tolstói em descrever o sentimento do filho dos Kariênin no meio desse triângulo. A aflição dele em relação ao pai e o sentimento de angústia na dúvida de como relacionar-se com o amante da mãe.
A cena mais marcante pra mim é a da Anna reencontrando seu filho. É talvez a cena mais emocionante que já li na minha vida. Apenas nessa parte deu para sentir pena da Anna.
Anna Karenina é uma grande mulher. Há um segredo oculto por Leon Tolstoi que só a sutileza revela. A grandeza da Anna se esvai ao longo da história, mas isso não é a realidade, mas um alerta. Repito, ela é grande e depende dela para manter a grandeza. A história não é fato consumado, é alerta.
Tivemos leituras bem diferentes do livro, em especial com relação a Anna. Acho que o livro relata bem a hipocrisia da sociedade especialmente na forma como essa julga as mulheres, tanto que a história se inicia com o caso que o Oblónski mantinha com a governanta. Apesar da confusão inicial a mulher dele é convencida a aceitar a situação e Oblónski continua sendo bem visto perante todos. Há também no livro uma série de personagens que mantêm amantes, mas que não são julgadas porque sabem manter as aparências. O "erro" da Anna foi querer fazer do caso com Vronski uma relação de fato. Acho que toda essa hipocrisia fica bem evidente na cena do teatro, todas aquelas pessoas que escondem seus pequenos pecados condenam a Anna e essas mesmas pessoas que julgam a mulher adúltera tratam o Vronski com o mesmo respeito de sempre. Não a vejo como uma pessoa egoísta, e sim como alguém que era infeliz em um casamento por conveniência e que se dividiu entre viver uma paixão e os sofrimentos que essa escolha trazia. No fim, acho sim que ela foi vítima do ostracismo a qual foi legada, basta ver que o Vronski não se tornou um pária, mas ela sim. Quanto ao marido, ele está longe de ser um vilão, mas também não era nenhum santo. De fato ele chega a oferecer o divórcio, mas algum tempo depois ele repensa e passa a negar o pedido à Anna e adota uma postura de autopiedade bem questionável. A sensação que passa é que ele quer manter a esposa presa de toda forma usando o filho e as aparências como desculpa. Atitude bem abusiva, por sinal, mas condiz com o contexto da época. No fim, são todos personagens cheios de defeitos, mas por isso mesmo tão humanos. Amo o Liévin, mas amo e tenho muita empatia pela Anna.
Raíssa, "Anna Kariênina" é o meu romance favorito - e Tolstói o meu autor favorito. A minha leitura foi exatamente igual a tua nas três vezes em que li essa obra magnífica, pela qual me encanto cada vez mais. Amo Liévin, seus questionamentos, mas não deixo também de amar a Anna, também a minha personagem feminina favorita da literatura. O narrador várias vezes mostra que ela não suporta dissimulação, falsidade (como quando Vrónski a encontra no campo, antes da corrida), expõe a dor dela ao ter que escolher entre permanecer por conveniência com seu marido - que está bem longe de ser perfeito -, por causa do filho, que ela ama e sofre pela distância imposta à sua "liberdade", ou ficar com Vrónski e sofrer mais outras tantas consequências injustas e machistas de uma sociedade extremamente hipócrita, patriarcal. "Vrónski não podia entender como ela, com toda a sua natureza forte e pura, conseguia suportar essa situação de falsidade e não desejava escapar disso; mas ele nem de longe imaginava que a causa principal estava na palavra filho, que Anna não conseguia pronunciar. Quando ela pensava no filho e na futura atitude do menino a respeito da mãe que abandonara o pai dele, lhe vinha um tamanho horror por aquilo que fizera que não conseguia raciocinar e, como mulher, apenas tentava acalmar-se com palavras e pensamentos enganosos, para tudo manter-se como antes e para esquecer, se possível, a terrível questão do que aconteceria com o seu filho." (parte 2, capítulo XXIII)
D. Salmon Esse livro é um monumento. Especialmente porque mostra personagens que são fortemente influenciados pelos sentimentos, quebrando uma tradição que vigorava de sobrepor a razão à emoção, o que como sabemos não é assim que o ser humano funciona.
Super concordo com sua análise sobra a Anna. Não acho que ela seja mimada, dramática sim! hahaha Ela é uma personagem muito interessante, pois tem a coragem de buscar a felicidade mesmo que para isso arrisque seu status social. É muito legal acompanhar o desenrolar do romance dela com o Vronski e como ela se decepciona com a fraqueza dele.
Também tenho mta empatia pela Anna, não acho q ela seja egoísta ou coisa do tipo, aliás vi mto dela em mim. No início do livro, conversando com a Dolly, ela demonstra ser calma e entender os problemas que um divórcio causa na vida de uma mulher, se não me engano ela até fala que o importante eram as crianças. Pra mim o problema da Anna foi justamente amar Vronski, ela nunca teve esse amor, Oblonski até comenta isso em algum momento. Ela queria ser feliz e achava que com ele isso aconteceria. Ela ficou confusa e sozinha, dizer que ela é uma chata egoísta é mto fácil. Sentimentos são coisas difíceis de lidar e nem todo mundo consegue ignora-los e "fazer a coisa certa". Pra mim toda a parte que mostra o ponto de vista do filho da Ana é marcante, mas a cena que ela visita ele no aniversário vai ficar no meu coração sempre.
Um dos melhores livros que eu já li na vida! Eu também não gostei da personagem da Anna Kariênina, e nem da história dela! Mas as descrições das cenas, dos personagens, dos sentimentos internos, etc, é algo extraordinário! Eu fiquei apaixonada pelo Liêvin, que posteriormente, eu descobri que se trata do alter ego do Tolstói! E todas aquelas menções ao alívio provocado pelo trabalho braçal no campo, junto com os mujiques, fizeram parte da vida do autor! Segundo consta, aquela foi a busca do próprio Tolstói, que passou a vida questionando a existência de Deus! Nota mil!! Show de vídeo, Tati!
Como professor de história, esse livro não é só um romance qualquer, até as discussões sobre trabalho que Liovin tem são interessantes! Kkkkkk Fora todo o contexto russo da época, o pan-eslavismo, as menções históricas, os poucos anos pra revolução russa e até as discussões filosóficas. A sensação de adentrar a história é gigantesca. Fenomenal!
Eita, quero muito ler esse livro. Obrigado, Tati! Um vídeo com mais de 20 minutos numa manhã nublada é de longe a melhor coisa do mundo... E com livro, ah!! rs
Eu lembro com clareza que vi esse vídeo, nunca tinha lido o livro, mas vi a parte de spoiler mesmo assim, e pensei: Cara, preciso saber essa história, como tudo chegou ao que chegou. E depois de um ano e meio eu consegui comprar o livro e o ler de ponta a ponta. Simplesmente genial. Vim rever o vídeo assim que terminei de ler o livro e tudo que vc falou tem uma luz diferente, claro, pq agora sei exatamente do que vc está falando e de qual cena especificamente rs Chorei quando você releu o final da parte sete do livro, todas as sensações ainda muito fortes dentro de mim, aquele fluxo de consciência que vai te levando e te levando não só a lugares físicos variados mas também a emoções diversas, e aquele final, sério, é de se arrepiar e colocar esse livro num pedestal, de tantas sensações intensas que são causadas sucessivamente. Fico extremamente grato por ter feito esse vídeo, certamente sem ele eu jamais teria lido Anna Kariênina, e as mais de 800 páginas voaram que eu nem senti.
Acho interessante que eu consegui chegar ao final do livro sem saber o final, nem tinha ideia, e todo video que começo a ver agora falam que todos sabem do final hahaha. Agora vou ver o filme e procurar mais coisas do autor para ler, realmente, não se larga o livro até terminar, principalmente pq os capítulos são pequenos.
Ótima resenha, Tati! Obrigado! Uma coisa que observei neste obra maravilhosa do Tolstoi, é que ele "mata" duas vezes a Ana: a primeira, no suicídio, propriamente narrado; a outra, quando a gente termina de ler a obra, encerrando a oitava e ultima parte, quando praticamente quase não há referencia alguma àquela protagonista; talvez isso revele a punição do autor à personagem.
Dolly ainda que não seja tão falada nas resenhas do livro é o meu personagem favorito, seguido de Liévin e kitty. Obviamente que com as outras personagens femininas também podemos ter lindas reflexões sobre a vida, acho que todos os personagens desse livro deixa algo marcado em nós. Porém Dolly ganhou o meu coração
Uma ótima resenha de um ótimo livro, faço apenas uma correção, não a você, mas sim ao Nabokov. O fluxo de consciência foi usado pela primeira vez no livro Notas do Subsolo de Dostoiévski, em 1864, cerca de 13 anos antes da publicação de Anna Kariênina, tendo inclusive o seu personagem principal, servido de inspiração para o Nikolai Levin de Tolstoi. Fica aqui a minha dica de outro livro incrível.
Lucas só li seu comentário depois que já tinha feito o meu. Então foi o grande Dostoiévski o inventor do fluxo de consciência, admiro esse gênio cada vez mais. obrigado pela informação.
Esse é um dos meus livros preferidos da vida! Sinto, porém, que tem muita gente que não gosta, talvez pelo jeito que essa obra tem sido vendida há anos: "uma história de amor proibido". Na minha opinião, o livro não trata disso de jeito nenhum. Para mim, é muito mais aquilo que você falou do duplo: uma família feliz (que se parece com todas as famílias felizes) e uma família triste (com outras famílias tristes em volta, cada uma triste à sua maneira). Adorei seu vídeo, como sempre. Você é realmente muito boa no que faz. :-)
O que pouca gente sabe é que Tolstói era muito fã de Rousseau, e segue a recomendação do filósofo no prefácio de um romance chamado Júlia ou a Nova Heloísa, em que ele diz que os escritores deveriam retratar o campo e os camponeses como um lugar bom e convidativo, e denunciar os luxos e a vida de aparências das grandes sociedades. É o que Tolstói faz em Anna Karenina.
Esse livro é perfeito! Aborda comportamentos excêntricos, amor tóxico, razão, sensibilidade, fé, família, as diferenças de classe na sociedade, principamente que Ana e o irmão são duas pessoas exatamente iguais. Amei o seu vídeo!
Não tivesse eu já gastado com livros, mais que o planejado este mês, compraria mais este, com certeza! (E devo dizer que este canal é extraordinário! É sem dúvida um dos melhores conteúdos de literatura disponíveis por aqui!)
Tati, terminei e vim ver o vídeo rs. Sensacional! Concordo demais com vc. Acho a Anna uma personagem narcisista, egoísta e bem tonta. Acho que é uma grande crítica ao amor romântico e, em comparação com o arco do Levin, eu entendo que ele fala sobre como o amor é uma construção constante e um aprendizado e não essa coisa de 'primeira vista'. Acho também que é uma grande crítica a esse pensamento de que em algum momento na vida teremos alguma grande revelação que vai mudar tudo. O Levin tem várias revelações e depois ele sempre vê que tudo continua exatamente igual e a vida não vai se transformar assim de repente. Enfim, é um livro pra se conversar por horas, mas acho que, resumindo, não vejo Anna K. como heroína e acho que ela é tão egoísta que ela se arrepende de ter se jogado nos trilhos assim que ela tem a noção (isso pq ela se mata com a intenção de deixar o Vronski com a culpa o resto da vida, que isso gente, rs). Amei a resenha! Bjos!
Uma das coisas que eu mais me surpreendi com a leitura dele foi a fluidez, jurava que ia ser difícil de ler! (Descobri o fim quando ainda estava lendo, procurando curiosidades sobre o livro no google, fiquei triste)
Agora entendi tudo! Duas famílias ou algo do tipo seria um título muito melhor, mas, enfim, editoras. Me interessei por ler o livro por causa da Anna. Confesso que, no início, fiquei um pouco irritada porque o foco do livro não era ela. Mas, ao longo do livro, me encantei pelo Liêvin, que tem muito do Liev (Tolstoi). E o início do livro (maravilhoso) faz muito sentido quando pensamos nas duas famílias "Todas as famílias felizes se parecem, as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira".
Esse livro é um espetáculo.. Amo essa versão cinematográfica estrelada pela Vivien Leight . Também existe uma versão cinematográfica da década de 1930 protagonizada por Greta Garbo..
Uma coisa que me marcou sobre esse livro: A questão toda é sobre a mulher ter educação formal e poder trabalhar sem depender de homem. Inclusive essa discussão aparece mil vezes no livro (a questão feminina, emancipação e educação da mulher etc). Tem uma cena que a Ana vê anúncios de profissões liberais quando pensava numa saída pra si, ou seja, TRABALHAR, coisa que nobre não faz. Então ela pede dinheiro pro marido traído, pra se sustentar e viver uma vida de sexo com o Vronski, que também não se mostra disposto a sustentá-la. Ela fica perdida sobre sua dependência de homens e se mata pra não ser escrava de homens. Mas ela ainda poderia trabalhar... Se ela trabalhasse e se sustentasse, a traição seria só uma traição, um divórcio apenas um divórcio e um lance com o Vronski apenas um lance. porém ela se viu perdida como mulher que tem que sempre obedecer ou depender de algum homem.
Liévin meu maravilhoso. E Anna, pessoa indolente que não soube lidar com o fim da paixão e início do amor. Eu AMO a cena que a Anna se enche toda de força e vai visitar o filho no aniversário dele, na casa que era dela, e olha forte para os empregados que a sentem de novo no coração. Livro pra reler muitas, muitas vezes na vida
Tolstoi escreveu o livro influenciado pelo pessimismo filosófico de schopenhauer e Ana era a encarnação do que schopenhauer chamaria de vontade, a felicidade seria nada mais do que a satisfação dos desejos e no caso de Ana seria estar com Vronski e satisfazer sua sexualidade, para o alemão vc sempre vai precisar satisfazer seus desejos e nunca vai ser feliz, pq sempre vai querer mais e mais, outro lado temos a angústia e o medo da perda, Ana temia perder o vronski e ela se matou não pq não queria mais viver, mas pq acharia que seria deixada por ele e sem ele não poderia ser feliz. Assim como vc deixa, vc pode um dia ser deixado, vem a insegurança. Em vez de buscar a felicidade em satisfazer seus desejos que são ensaiáveis, se busca a felicidade no amor cuidando do outro, pensando na família que seria kitty e levin, que evitaria condutas destrutivas. O pensamento de Ana Karenina é não mais que a verdadeira felicidade estaria no eu centro do mundo e satisfazer meus desejos (como pensava schopenhauer), mas em buscar a felicidade cuidando do outro. johnguyton.wordpress.com/2016/12/13/the-will-from-schopenhauer-to-tolstoy/
livro espetacular! quando vc usou a palavra " Excelência" percebi que era o adjetivo que eu buscava para qualificar a obra... simplesmente incrível, completo... aborda tantos temas, sob visões diferenciadas, dotado de ironia, humor, ou mesmo drama... tenho um amor muito grande por esse livro! foi muito bom assistir ao vídeo para relembrar de alguns detalhes ❤
Gostaria MUITO de AGRADECER à Tatiana por este vídeo. Já tinha visto outros vídeos de outras divulgadoras, mas este (embora mais antigo) É o MAIS completo, COM MAIS dicas (inclusive de leituras de apoio) e um cuidado muito GRANDE com a qualidade da escrituração e SEM EXAGEROS em NÃO DAR "spoilers". Aliás, quem tem trauma de spoilers provavelmente NUNCA leu uma peça de Shakespeare: o TÍTULO original NARRA o DESFECHO sem qualquer pudor. Mais do que ser a DIVULGAÇÃO de uma edição específica, reparei que a Tatiana TEM UM CUIDADO IMENSO com a HISTÓRIA do autor, da obra, o contexto histórico e tudo o que pode nos ajudar a "mergulhar" numa OBRA DESTE CALIBRE. Muito BOM MESMO! Parabéns!
Acabei de terminar o livro e resolvi ver teu vídeo Tati. Eu terminei de ler agora e já quero ler novamente, pois acho que eu posso descobrir novos nuances. Eu acho que o Tolstoi consegue escrever as cenas de modo que parece tudo tão real. O modo que ele conseguiu expressar tao pronfundamente o pensamento humano é admirável. E qt a Ana, eu acho que ele soube criar uma linha do tempo dessa personagem de uma forma tão inteligente...
(Com spoiler) Li Ana Karienina ano passado nas férias em 5 dias, depois que vc começa a ler um Tolstói não tem mesmo como parar. Eu, incrivelmente não sabia que ela se jogava no trem e quando li isso fiquei desolada pq tinha a ideia de uma mulher forte e decidida antes de começar a ler a obra, depois concordo com quem diz que era mimada e egoista.Bela análise vc fez da obra!Eu amei ler este livro!O Lievin tb é meu personagem preferido. Bj
O que dizer de "Ana Karênina". A estrutura escolhida por Tolstoi coloca em relevo as marcas que caracterizam o romance. Pode-se dizer que as tramas que ocorrem paralelamente possuem um ritmo intermitente bem pronunciado através de capítulos curtos e ágeis. Em um dado momento estamos lendo sobre as dificuldades da vida no campo e, subitamente, somos jogados em meio aos dilemas da sociedade urbana. O principal tema do romance “Ana Karênina” não me parece ser o adultério, mas a sociedade russa do final do século XIX, polarizada entre os costumes da alta sociedade e os do meio rural. O adultério, tema invocado logo nas primeiras paginas, se insere na trama como uma espécie de reflexo adversativo dos valores referentes à reciprocidade arcaica das relações familiares. Apesar do titulo a obra possui três protagonistas - cuja importância no contexto se define a partir do ponto de vista do leitor. O fato de Tolstoi ter optado por nomear seu romance com o nome de um dos personagens parece remeter a importância que o autor atribui aos dilemas enfrentados por esse personagem. Diante desta premissa literária, aparentemente, temos a impressão de que a personagem de Ana teria como objetivo fazer coro aos valores cristão na imagem do pecador que sofre por violar os mandamentos superiores. Encarar as mais de 400 paginas do romance com essa idéia pré concebida certamente resultará numa compreensão pobre: a de que o livro conta a história de uma mulher que comete adultério e que em função disso passa a ser julgada pela sociedade. Tolstoi, como um dos grandes representantes da literatura russa, famosa por sua profundidade psicológica e por personagens construídos em três dimensões - físico, psicológico e religioso - vai muito além da impressão inicial. Em Ana Karênina, Tolstoi se iguala a Shakespeare ao mostrar que a tragédia humana nasce sob o amparo de seus desejos e de suas escolhas motivadas pelos sentidos. Confesso que durante a leitura não senti empatia pela personagem de Ana. Suas falhas como esposa foram, ate certo ponto, compreensíveis dada à tendência de Aleksei (seu marido) de agir como um ser sobre-humano. O que mais destrói o apego do leitor pela personagem e a sua tendência insuportável de incorporar a imagem da figura trágica. A altiva e impulsiva Ana aos poucos sede espaço para uma mulher chorona, viciada em morfina e que a todo custo busca justificar seu comportamento obsessivo a partir do comportamento alheio. Diametralmente oposto a Ana está Levin, talvez o mais fascinante personagem da obra. As leis do desenvolvimento estariam presentes nas relações de dependência entre o homem e o meio ambiente? Essa pode parecer uma pergunta bastante atual, no entanto, ela é o núcleo da obra escrita por Levin que ao buscar as relações de dependência entre homem e natureza acabou colocando a sociedade agrária russa do final do século XIX como a questão central do desenvolvimento industrial do século posterior.
Minha percepção se assemelha muito a sua. Não vi Anna apenas como uma mulher adúltera. A vi representando todos aqueles que nascem uma sociedade onde tudo já está estabelecido e vê a própria natureza manifestando desejos que não se enquadram. Acho que Anna representa uma parte de todos nós. Alguns aceitam e se enquadram.. outros enlouquecem rs
Melhor notificação do RUclips. A Tati fala sobre livros de uma maneira tão interessante e simpática, que é impossível não querer ler todos os livros recomendados por ela. Com este vídeo, me deu vontade de revisitar o universo de Anna Kariênina. E, sim, até hoje me recordo da cena da vela e daquele fim trágico e tocante da Anna, sem contar aquele cachorro de caça (ou cachorra, não sei) do Liévin que, em alguns momentos, o narrador o trata como ser humano, dando, inclusive, espaço na narrativa para o que o animal pensava e sentia...
Uma cena que quando estava lendo me chamou atenção, foi uma hora que, acho que era um clube de homens se não me engano, em que se discute os direitos das mulheres à educação. Foi engraçado é triste ao mesmo tempo ver que pouca coisa mudou no sentido de que ainda na maioria das vezes são homens que decidem sobre nossos direitos.
Pouca coisa mudou? É sério? O que hoje impede as mulheres de se candidatarem, entrarem em peso pra política e serem maioria? Dizer que "pouca coisa mudou" é simplesmente ignorar a realidade...
Uma maravilhosa é a esposa do amigo do lievin, acho que é dolly o nome, manda a real sobre os homens que acham que a mulher tem que ser obrigada a corresponder os sentimentos (faz muito tempo que li, tem dois anos já )
Nossa... santa asneira, se você ainda pega a vassoura como muleta para sua incompetência e joga isso nos "homens opressores", recomendo assistir o vídeo acima e ver uma mulher que influencia centena de milhares com seu sucesso e intelecto. Decerto há um homem dando chicotada nela, deve receber menos do youtube por ser mulher, etc, etc, etc...
Amo esse livro e amo o comecinho! Quando eu li eu estava com uns 14 anos e meio com medo de ler um livro desse. Daí quando li a primeira frase já relaxei e percebi que a história era bem atual, que famílias tem problemas parecidos desde sempre e que a linguagem era bem tranquila. Enfim, li em uma férias, amei, não lembro muito mas lembro que achei que a Anna estava apenas colhendo as consequências dos atos dela. Como várias pessoas que fazem caca na vida e precisam colher as consequências... E lembro que no final eu fiquei meio que achando bem feito o medo dela de ser traída, quando alguém faz algo pensa que todo mundo vai fazer o mesmo... Sobre o Vronsk, chuchu é o que define kkkkkkk E o marido, não acho que seja vítima e nem vilão, só queria manter as aparências mesmo. Apesar de não defender a Anna, também acho um ponto alto a hipocrisia da sociedade, como já comentaram, a Anna era olhada feio, mas o Vronsk não, sendo que se envolver com uma mulher casada também é errado, fora todos os maridos que traem mas todo mundo achava normal. Kitty com o Liev, muito gostosinho ler as partes deles rsrs E por último, um tempo atrás ouvi falar que quando o nome do livro é o nome do/a protagonista já é que ele morre no final, não sei se isso é regra ou algo assim, mas faz sentido rsrs
Eu terminei de ler ontem. Escutando o que você fala, me acendeu que na verdade ele fala sobre 3 tipos de casamento. O do Levin e da Kitty, como o modelo de casamento ideal (que eu acho um pouco egoíco porque uma vez que tu sabe que o Levin é a autobiografia do Tolstói, tu interpreta que ele aponta como as escolhas de vida dele como a ideal). O segundo Anna e Karenin, que vem da destruição do casamento por parte da mulher, e ela paga pelo pecado dela, e que toda a responsabilidade é jogada para ela. O terceiro é Oblonsky e Dolly, que é a parte da semi destruição do casamento por parte do homem, que no fim não sofre as penas da infidelidade, um casamento que só não foi desfeito porque a Dolly segurou. O resumo ao grosso disso tudo é que, na visão do autor, de maneira geral, e da época, a responsabilidade de manter o casamento é da mulher. Eu particularmente tento enxergar o valor da obra pela técnica, pela forma e pela apresentação do contexto social, mas na parte da moral, objetivo do Tolstói que usava a literatura para "educar" moralmente o leitor, eu acho uma perspectiva injusta (a partir do que vivemos hoje).
mas dolly largaria o irmão de anna se não fosse a própria fazendo com que dolly perdoasse. Nada melhor que um traidor fazendo uma pessoa perdoar outro pq dolly o abandonaria. Tolstoi era leitor de schopenhauer e criticava as pessoas guiadas pro paixões turbulentas e fortes desejos que levaria a tragédias. Não era na paixões turbulentas que poderiam levar ao suicidio, mas na doação ao outro, no carinho e pensando no outro que poderia ser feliz. Os prórprio desejos são inconstantes e podem mudar e vronski poderia deixar anna e ela apegada a ele poderia não suportar.
Tolstoi é contra o adultério e abandonar a família. O irmão mais velho chamado Sergei Nikolayevich Tolstoi (Сергеем Николаевичем Толстым) tinha uma concubina de origem cigana chamada Maria Mikhailovna Shishkina (Марией Михайловной Шишкиной) com quem tinha filhos. Planejavam casa-lo com a jovem Tatya Andreevna Behrs (Татьяна Андреевна Бер) que era cunhada de Tolstoi, uma jovem de 16 anos. Só que sergei não teve coragem de abandonar sua família para se casar com Tanya e permaneceu com Maria e decidiu oficializar seu relacionamento com ela, casando na igreja e tonando-a sua esposa oficial. Entre uma paixão e sua família, o irmão do Tolstoi, escolheu sua família.
A genialidade de Tolstói está justamente na complexidade de seus personagens. Anna não é apenas uma mulher egoísta; ela demoniza o marido para justificar seu salto em direção ao amor por Vronsky. Casou-se jovem, sem conhecer o verdadeiro amor, e, de repente, encontra um sentimento tão avassalador que acredita ser justificável destruir a vida de sua família e, em última análise, a sua própria. E, depois, ela percebe e expressa de forma tocante que odeia o marido não por ele ser um canalha, mas justamente por suas virtudes. Ela o odeia porque ele é um homem bom, sempre foi, e isso a faz sofrer profundamente, pois não pode ignorar o peso da bondade e da moralidade que ele representa. Esse livro é uma sinfonia de emoções
A Anna Karenina me irritou tb perto das últimas 100 páginas, mas eu acho triste o fato de ela ter tido um casamento tão insípido com o Karenin. Amor romântico é importante, todo mundo quer ter o que o Lievin e a Kitty tem, que é meio que perfeito kkk. Tem ciúme, tem discussão, houveram algumas pedras no meio do caminho, mas eles colocam o amor um pelo outro acima dessas coisas. Nessa busca, alguns podem acabar numa relação Anna e Vronsky, excessivamente carnal, que não se sustenta pq não existem valores mais profundos ali. Ela só conheceu os extremos, uma relação completamente fria e outra que só a consome e leva a autodestruição. PS: acabei de ler a cena da morte dela agora, estava esperando chegar nessa parte para ver o final do video. Baixei alguns livros de apoio apresentados, fiquei maravilhada com Tolstoi. E realmente não tem melhor canal de livros do que esse!
O diretor das versões recentes de Orgulho & Preconceito e Anna Karenina é o mesmo. É por isso que vemos tanto a Keira quanto a Matthew Macfadyen nos dois filmes.
Surpreendentemente a Keira Knightley não conseguiu estragar orgulho e preconceito, eu gostei. Mas Anna Karenina ficou muito vergonha alheia, aquele ator do Vronski é terrível, até dói de tão tão ruim, o filme investiu muito em visual mas simplesmente não ficou bom...
Melhor que encontrar uma resenha de um livro que estamos querendo ler, é quando uma resenha dá desperta vontade por algum que nunca cogitamos. Isso tem muita valor! Essa moça vive causando esse impacto na minha vida. obrigada Tati!
Embora não seja de comentar com muita frequência as resenhas deste canal que é para mim o melhor canal de resenhas literárias do RUclips de muitos que acompanho ... Me sinto tentado mais uma veses à parabeniza-la pela analise ( sua opinião em relação ao comportamento da Anna Karenina ) ... dito isto , e pela sempre análise minunsiosa e aplicada de todas as resenhas reafirmo minha admiração a sua pessoa e ao seu trabalho ! S2 ...
Será que também não há a interpretação dos leitores que encaram a Anna como heroína de que o irmão dela fazia o mesmo e como a mulher perdoava ele seguia a vida de boas e a Anna trai e vira uma pária. Esta não é a minha opinião pq ela abandona todo o compromisso e vai viver com o amante, mas sei lá, as pessoas em geral romantizam demais a infidelidade, acham que qualquer sacanagem é válida pelo "amor"
Existe uma grande diferença entre as atitudes do Stiva e da Anna. O Estiva nunca pensou em deixar a esposa, já a Anna queria que o marido aceitasse que o amante frequentasse a casa deles. Sem falar que ela largou o próprio filho e foi embora para Europa com o amante
Não dá para entender a mente do Tolstoi, pune a anna (adúltera) mas também pune a Sônia (guerra e paz), que sempre foi fiel ao seu amor; a maior friend zone da literatura.
'' Anna foi me irritando fortemente, eu não via a hora da chegada dos capítulos do Lievin" HAHAHA É EXATAMENTE ISSO, definiu minha experiência com essa leitura !
Nunca gostei de escolher "favoritos". Acho uma tarefa quase impossível; cada livro tem seu atrativo, sua significância em nossas vidas, seu grande momento. Mas posso dizer que Anna Kariênina é uma dos meus livros favoritos. Foi o primeiro livro que me arrebatou de uma forma absolutamente inesperada, quando eu tinha 19 anos. O reli pela primeira vez aos 30, em 2017, e agora já estou louca para reler de novo!
Fiquei muito surpresa com esse livro. Até a sexta parte, não tinha opinião formada sobre. Depois disso, no entanto, não tive como não me apaixonar. É mais confortável do que Guerra e Paz, não só por ser menor, mas por ser mais humanizado. Gostei muitíssimo da lição moral que se depreende da obra também, virou uma de minhas obras preferidas.
Que vídeo maravilhoso Tati! Eu também fiz a leitura no projeto do Nicolas e isso enriqueceu ainda mais a experiência pra mim. Já sabia do final do livro mas isso não me preparou para a forma como Tolstoi me envolveu em sua escrita. Entrou para os meus favoritos da vida.
Conheci seu canal ontem e me inscrevi hoje. Maravilhoso trabalho. Li o livro há muito tempo e tem razão: as imagens ficam na nossa cabeça. Sempre que vejo o livro na estante, me dá uma espécie de "flash" e uma enxurrada de imagens surgem em meu cérebro; talvez por isso não tenha relido ainda, como é meu hábito.
Acho que independentemente do caráter da Anna, a obra expõe bastante o quanto a mulher era oprimida na época. Eu, particularmente, acho um tanto injusto apontá-la como única causadora da própria ruína, como uma "vilã de si mesma".
Tolstoi escreveu Ana karenina influenciado por schopenhauer, Ana era a encarnação da vontade de schopenhauer e sabemos do pessimismo filosófico dele em relação aos desejos e sim, ela acabou causando sua destruição.
Terminei agora de ler este livro e vim comentar. Que livro maravilhoso!!!! Eu tinha a ideia de que Tolstoi seria um leitura difícil, e para minha surpresa, foi uma leitura rápida. Com certeza vou ler outras vezes!
Parei o projeto de leitura conjunta do Anna Kariênina, vou terminar até a primeira semana de agosto. Utilizei o apoio dos textos do Vladimir Nabokov - Lições de Literatura Russa. Se puder perder uns minutinhos do seu tempo, talvez tenha algo interessante no meu canal. Mais um vídeo seu muito bom! :)
Ótima resenha, parabéns! Terminei o livro ontem e o final me marcou muito. Ao mesmo tempo que fiquei triste pelo fim que Anna teve, soube que precisava ser assim. Anna e Lióvin tiveram quase que os mesmo questionamentos nos últimos momentos, no entanto, a primeira desistiu da vida enquanto o outro encontrou o sentido dela.
Comecei a ler Anna Kariênina ano passado, mas as leituras obrigatórias me fizeram colocar de lado. Depois desse vídeo maravilhoso eu com certeza vou retomar. ❤
Tati, comprei o livro em 2016 e estava empacado no meu kindle a muito tempo. Quando vi esse seu vídeo (em 2017), o entusiamo com que você falou da história me inspirou muito a ler, mas ainda assim não li. Bom, finalmente agora em 2018 terminei o livro e vim correndo aqui rever seu video, agora vendo ele com outros olhos! Mesmo demorando tanto pra ler, obrigada pelo incentivo, adorei o livro!! E concordo, me surpreendi em como foi fácil ler e entender a escrita do Tolstoi, até comecei a pensar em ler Guerra e Paz. Parabéns pelos videos!
Tbm não tive essa impressão de amor pela Anna. Nao entendo como alguém possa ter . Pra mim ela é somente uma mulher mimada e maluca que por questão de covardia e egoísmo resolveu acabar.com a sua própria vida . Amei o núcleo do Lievin, e a Kitty me vê a cair de amores por ela . Fiquei muito emocionada com o final de Lievin , quando ele se converte e reconhece Deus . A descrição da morte da Anna foi espetacular, ali consegui sentir pena dela. Uma mulher perdida . obs. O nome do livro antes de ser Anna Karienina ia ser Dois casamentos ou Dois casais .
Eu, com vários livros por ler, e morrendo de vontade de reler Anna Kariênina por conta desse vídeo! Me lembro que peguei esse livro com um certo receio por ser literatura russa e um calhamaço, mas logo quando comecei já fiquei impressionada como a leitura fluía. Tolstói é sensacional! Beijo Tati!
Quando estudei francês, a professora (uma senhora com seus setenta e muitos) disse-me que em sua adolescência chamar alguém de chuchu era carinhoso. Ela lembra que o francês era a língua "chic" da época (como hoje usar termos em inglês mesmo sem domínio da língua) e um termo francês para alguém desejável era "chaud", que se fala "chu". "Mon chaud" é "meu quente/delicia", não o que o moralismo fez com "mon chou" que seria "meu repolho" - que só faz sentido para o moralismo. Daí que teria surgido aqui no Brasil o uso entre adolescentes da época chamar alguém de chuchu :)
tatianagfeltrin haaaa entendi! Espero que goste de leitura, é um dos meus livros preferidos! 💖 A edição da editora Pedra Azul veio com o título "Margaret Hale" que foi o que a autora pensou em colocar a princípio, mas nas outras editoras se chama "Norte e Sul" mesmo.
Toda vez que leio ou ouço a frase de início deste livro eu me arrepio! É fantástico e, como você mesmo disse, icônico. Li este livro basicamente por causa esta abertura. Recomendo!
Oi Tati descobri vc faz pouco e estou encantada com suas colocações. Li Anna Karenninna em 1986 anos 12 anos kkkk em.três dias e minha mãe quase pirou pq eu não largava o livro... parabéns pelo seu trabalho!
Já te acompanho a muitos anos, aliás seu canal é o primeiro literário que conheci e a partir deste conheci outros vários. Adoro seus videos, todos com muito primor e qualidade junto com bom conteúdo!!! Parabéns pelo ótimo trabalho.
_"Se você sente dor, você está vivo. Se você sente a dor das outras pessoas, você é um ser humano."_ (Leon Tolstói)
Qual página?
"Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.", esse é um dos meus inícios prediletos, dos russos.
Tati, a avó de minha amiga russa fez um único comentário quando esta minha amiga adolescente (50 anos atrás) perguntou sobre a tragédia da Ana Karênina. A avó desta minha amiga fez uma pausa, pensou e disse: A Ana era uma mulher sem o que fazer e sem objetivos. Isto foi a origem da tragédia...
obrigada por compartilhar, Bernadete! concordo com a avó de sua amiga!
Bernadete Morey nossa! resumiu tudo..
Maior verdade.
Você é muito sem noção, sério. Deu spoiler sendo que muita gente está interessada no livro (e ainda não o leu!), buscando alguma motivação, e você me fala sobre ''tragédia de Anna Karênina'', demonstrando o que vai ocorrer na história.
@@herlaneborges7310 Ana Karenina não é filme e nem romance de suspense, mas sim, literatura clássica de mais de 100 anos. Se alguém vai perder o interesse porque eu usei a palavra tragédia, é porque não estava mesmo a fim. E o canal de Tatiana é canal de literatura.
Terminei de ler Anna Karênina hoje, e sim, conforme a história ia se desenrolando fui desenvolvendo um ranço pela Anna. Minha percepção sobre ela, é de alguém que culpa todos ao seu redor, faz dramas para manipular situações e favorecê-la, quando na verdade, ela própria, é egoísta e narcisista, que deixa claro que, queria os dois homens ao mesmo tempo🤦🏻♀️. O marido Stepan, que era alguém muito importante para o governo russo, rico e de boa reputação; Sendo assim, ela tinha uma posição de poder na alta sociedade (que não queria perder) mas, não tinha o amor selvagem, atenção, juventude e/ou a vivacidade que ela desejava ou imaginava que deveria ter; Vrônski tinha beleza, juventude e o fogo da paixão . O autor a descreve sempre de beleza, postura, presença impecável e chamativa, que ela própria tem consciência, e usa isso para se divertir: flertando. Ora ama o filho em outras não. Depois, teve uma filha de Vrônski que também não se afeiçoou, nem se quer cuidava da mesma. Queria ser "única e exclusiva" na vida de Vrônski. Ele deveria "viver idolatrando-a" ao ponto de tirá-lo do sério, já que imaginava milhões de coisas e acusava-o de inúmeras situações que ela criava na própria cabeça. Fora que exigia provas de amor do nada, e caso não obtivesse, declarava guerra. A forma como ela tratava o casamento anterior, levou os mesmos comportamentos para o amante. A diferença é que, o marido, aprendeu a ignorá-la e deixar pra lá, e assim ambos viviam, se alfinetando, tratando-se com ironia e desprezo. Vrônski, rendeu-se por completo aos encantos dela, todo o glamour e sedução, amava-a ao ponto de fazer todas às suas vontades e seus caprichos. Porém, ao perceber os jogos que ela começou a fazer e as manipulações das quais ele começou a perceber que ela estava tentando envolvê-lo, reagiu. E começou a bater de frente, já que ela queria basicamente que o mesmo vivesse em função unicamente dela. E o relacionamento que antes era só flores virou espinhos. Vrônski nem chegou a saber que ela tomava algum tipo de contraceptivo para evitar engravidar, enquanto ele fazia planos para deixar sua fortuna; só Dolly ficou sabendo dessa façanha pois, a mesma contou que um médico em particular conseguiu para ela. Em uma época onde isso era impensável, ela demonstrou ser extremamente calculista. No fim, ela se achava melhor que todo mundo, e não aceitava críticas mesmo estando errada, até flertou com Liévin, que mesmo repugnando-a pelos seu atos, ficou enamorado dela por algumas horas assim que a conheceu. Até a Kitty esposa dele, percebeu na cara do mesmo quando chegou em casa a situação que o marido ficou. E posteriormente, a própria Anna, se gaba disso. Enfim, um clássico maravilhoso, desnuda o ser humano por completo, em sua luta diária entre fazer o bem e o mal, ser correto, suas aflições cotidianas, seus embates psicológicos, ideais, família, trabalho, religião, filhos, casamentos divórcio, traições. Sem hipocrisia e claro, mostrando inclusive à hipocrisia que sempre existiu em sociedade.
Moça vc se expressa muito bem, eu só sei dizer que não gosto da Ana, do Vronski e do Stiva e só não parei de ler por causa do Lievin e da Kitty.
Acabei de assistir o filme e não conhecia o livro, fiquei até interessada em ler pq tinha ficado presa na história, mas dps desse comentário percebei q perderia todo o encanto q eu fiquei com o filme kkkkkk. como o filme não é tão detalhado eu não percebi coisas assim da Anna
Eu achei a sua análise maravilhosa. Apesar de eu ter ranço da Anna e do Vroskí desde o início. A da Anna começou no baile que ela dançou com o Vronskí, o do Vronskí começou quando ele falou em seus pensamentos que não tinha intenção nenhuma em se casar com Kitty e só estava lá por ego/para enganar ela
Em suma, uma mulher bela, tola, frágil, ardilosa, destemperada, vazia e que só pensa em frivolidades. Uma jovem mimada da aristocracia que se entregou a uma paixão juvenil sem qualquer prudência. Eu me senti profundamente incomodada com as escolhas dela. Um livro maravilhoso que desnuda a Rússia provinciana e as camadas sociais das grandes cidades.
@@naneAPeu também !
Você só fica com vontade de ler esses clássicos gigantescos vendo os vídeos da Tati! Aff kkkkkk
joao maria verdade
E o orçamento? Quem tem? Kakakakka
Vdd kkk .
É verdade. Dá vontade de correr para a livraria e buscar aquele livro que a Tati está falando.....rsrsrs
Mas vcs lêem o que? Os livros clássicos são os mais famosos e bonitos não são? Pergunto sem querer brigas. Só por curiosidade, porque não conheço muitos escritores bons de 2000 para cá. Quiserem me recomendar uns autores modernos eu aceito.
Esse livro é perfeito. Agora a Anna, nos faz passar raiva com ela o livro inteiro, lembra até uma certa personagem que morava em um certo Morro Uivante. A cena que Tolstoi aborda a fidelidade a uma pessoa mesmo depois que ela já morreu é muito boa, uma das melhores do livro.
Anna Karienina tem a mesma energia de Jade, de O Clone🤣🤣🤣🤣
Algumas cenas demonstram o sofrimento do marido e fiquei muito feliz com o cuidado do Tolstói em descrever o sentimento do filho dos Kariênin no meio desse triângulo. A aflição dele em relação ao pai e o sentimento de angústia na dúvida de como relacionar-se com o amante da mãe.
A cena mais marcante pra mim é a da Anna reencontrando seu filho. É talvez a cena mais emocionante que já li na minha vida. Apenas nessa parte deu para sentir pena da Anna.
Espero que isso não seja um spoiler kkk
Exatamente, terminei hoje de ler o livro e essa cena me quebrou.
Anna Karenina é uma grande mulher. Há um segredo oculto por Leon Tolstoi que só a sutileza revela. A grandeza da Anna se esvai ao longo da história, mas isso não é a realidade, mas um alerta. Repito, ela é grande e depende dela para manter a grandeza. A história não é fato consumado, é alerta.
Tivemos leituras bem diferentes do livro, em especial com relação a Anna. Acho que o livro relata bem a hipocrisia da sociedade especialmente na forma como essa julga as mulheres, tanto que a história se inicia com o caso que o Oblónski mantinha com a governanta. Apesar da confusão inicial a mulher dele é convencida a aceitar a situação e Oblónski continua sendo bem visto perante todos. Há também no livro uma série de personagens que mantêm amantes, mas que não são julgadas porque sabem manter as aparências. O "erro" da Anna foi querer fazer do caso com Vronski uma relação de fato. Acho que toda essa hipocrisia fica bem evidente na cena do teatro, todas aquelas pessoas que escondem seus pequenos pecados condenam a Anna e essas mesmas pessoas que julgam a mulher adúltera tratam o Vronski com o mesmo respeito de sempre.
Não a vejo como uma pessoa egoísta, e sim como alguém que era infeliz em um casamento por conveniência e que se dividiu entre viver uma paixão e os sofrimentos que essa escolha trazia. No fim, acho sim que ela foi vítima do ostracismo a qual foi legada, basta ver que o Vronski não se tornou um pária, mas ela sim.
Quanto ao marido, ele está longe de ser um vilão, mas também não era nenhum santo. De fato ele chega a oferecer o divórcio, mas algum tempo depois ele repensa e passa a negar o pedido à Anna e adota uma postura de autopiedade bem questionável. A sensação que passa é que ele quer manter a esposa presa de toda forma usando o filho e as aparências como desculpa. Atitude bem abusiva, por sinal, mas condiz com o contexto da época.
No fim, são todos personagens cheios de defeitos, mas por isso mesmo tão humanos.
Amo o Liévin, mas amo e tenho muita empatia pela Anna.
Raíssa, "Anna Kariênina" é o meu romance favorito - e Tolstói o meu autor favorito. A minha leitura foi exatamente igual a tua nas três vezes em que li essa obra magnífica, pela qual me encanto cada vez mais. Amo Liévin, seus questionamentos, mas não deixo também de amar a Anna, também a minha personagem feminina favorita da literatura. O narrador várias vezes mostra que ela não suporta dissimulação, falsidade (como quando Vrónski a encontra no campo, antes da corrida), expõe a dor dela ao ter que escolher entre permanecer por conveniência com seu marido - que está bem longe de ser perfeito -, por causa do filho, que ela ama e sofre pela distância imposta à sua "liberdade", ou ficar com Vrónski e sofrer mais outras tantas consequências injustas e machistas de uma sociedade extremamente hipócrita, patriarcal.
"Vrónski não podia entender como ela, com toda a sua natureza forte e pura, conseguia suportar essa situação de falsidade e não desejava escapar disso; mas ele nem de longe imaginava que a causa principal estava na palavra filho, que Anna não conseguia pronunciar. Quando ela pensava no filho e na futura atitude do menino a respeito da mãe que abandonara o pai dele, lhe vinha um tamanho horror por aquilo que fizera que não conseguia raciocinar e, como mulher, apenas tentava acalmar-se com palavras e pensamentos enganosos, para tudo manter-se como antes e para esquecer, se possível, a terrível questão do que aconteceria com o seu filho."
(parte 2, capítulo XXIII)
Raíssa Varandas Concordo muito com sua análise. Tenho que reler esse livro.
D. Salmon Esse livro é um monumento. Especialmente porque mostra personagens que são fortemente influenciados pelos sentimentos, quebrando uma tradição que vigorava de sobrepor a razão à emoção, o que como sabemos não é assim que o ser humano funciona.
Super concordo com sua análise sobra a Anna. Não acho que ela seja mimada, dramática sim! hahaha
Ela é uma personagem muito interessante, pois tem a coragem de buscar a felicidade mesmo que para isso arrisque seu status social. É muito legal acompanhar o desenrolar do romance dela com o Vronski e como ela se decepciona com a fraqueza dele.
Também tenho mta empatia pela Anna, não acho q ela seja egoísta ou coisa do tipo, aliás vi mto dela em mim. No início do livro, conversando com a Dolly, ela demonstra ser calma e entender os problemas que um divórcio causa na vida de uma mulher, se não me engano ela até fala que o importante eram as crianças.
Pra mim o problema da Anna foi justamente amar Vronski, ela nunca teve esse amor, Oblonski até comenta isso em algum momento. Ela queria ser feliz e achava que com ele isso aconteceria. Ela ficou confusa e sozinha, dizer que ela é uma chata egoísta é mto fácil. Sentimentos são coisas difíceis de lidar e nem todo mundo consegue ignora-los e "fazer a coisa certa".
Pra mim toda a parte que mostra o ponto de vista do filho da Ana é marcante, mas a cena que ela visita ele no aniversário vai ficar no meu coração sempre.
Obra majestosa, realmente! Não há no mundo uma literatura tão profunda e humana como a litetatura russa!!
Exatamente! 🥹
Um dos melhores livros que eu já li na vida! Eu também não gostei da personagem da Anna Kariênina, e nem da história dela! Mas as descrições das cenas, dos personagens, dos sentimentos internos, etc, é algo extraordinário! Eu fiquei apaixonada pelo Liêvin, que posteriormente, eu descobri que se trata do alter ego do Tolstói! E todas aquelas menções ao alívio provocado pelo trabalho braçal no campo, junto com os mujiques, fizeram parte da vida do autor! Segundo consta, aquela foi a busca do próprio Tolstói, que passou a vida questionando a existência de Deus! Nota mil!! Show de vídeo, Tati!
Também penso como você. Não me vi tão interessada pela história de Ana, mas em compensação, a história de Liêvin e Kitty me cativou Sz.
Como professor de história, esse livro não é só um romance qualquer, até as discussões sobre trabalho que Liovin tem são interessantes! Kkkkkk Fora todo o contexto russo da época, o pan-eslavismo, as menções históricas, os poucos anos pra revolução russa e até as discussões filosóficas. A sensação de adentrar a história é gigantesca. Fenomenal!
🤌🏻✨
Eita, quero muito ler esse livro. Obrigado, Tati! Um vídeo com mais de 20 minutos numa manhã nublada é de longe a melhor coisa do mundo... E com livro, ah!! rs
eu que agradeço pela companhia, Gilmar :)
sempre bom te ver por aqui!
Obrigado e de nada! haha
Olá, Gilmar! Poderia me dizer o nome dessa escultura que está no seu perfil? Achei-a muito bonita.
@@guilhermeguimaraes6576 olá! É o David, do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini
. Sim, é um trabalho fabuloso. Fico feliz que tenha gostado. hehe
@@gilmarbernardo_ Muito obrigado, Gilmar! E tenho de dizer que concordo com sua posição acerca dos vídeos da Tati :)
Espetacular análise, sou professor de Literatura e estou pesquisando sobre autores russos, Tolstoi está sendo o meu preferido.
Eu lembro com clareza que vi esse vídeo, nunca tinha lido o livro, mas vi a parte de spoiler mesmo assim, e pensei: Cara, preciso saber essa história, como tudo chegou ao que chegou. E depois de um ano e meio eu consegui comprar o livro e o ler de ponta a ponta. Simplesmente genial. Vim rever o vídeo assim que terminei de ler o livro e tudo que vc falou tem uma luz diferente, claro, pq agora sei exatamente do que vc está falando e de qual cena especificamente rs
Chorei quando você releu o final da parte sete do livro, todas as sensações ainda muito fortes dentro de mim, aquele fluxo de consciência que vai te levando e te levando não só a lugares físicos variados mas também a emoções diversas, e aquele final, sério, é de se arrepiar e colocar esse livro num pedestal, de tantas sensações intensas que são causadas sucessivamente.
Fico extremamente grato por ter feito esse vídeo, certamente sem ele eu jamais teria lido Anna Kariênina, e as mais de 800 páginas voaram que eu nem senti.
A cena do trem… 🥲
Acho interessante que eu consegui chegar ao final do livro sem saber o final, nem tinha ideia, e todo video que começo a ver agora falam que todos sabem do final hahaha. Agora vou ver o filme e procurar mais coisas do autor para ler, realmente, não se larga o livro até terminar, principalmente pq os capítulos são pequenos.
Ótima resenha, Tati! Obrigado! Uma coisa que observei neste obra maravilhosa do Tolstoi, é que ele "mata" duas vezes a Ana: a primeira, no suicídio, propriamente narrado; a outra, quando a gente termina de ler a obra, encerrando a oitava e ultima parte, quando praticamente quase não há referencia alguma àquela protagonista; talvez isso revele a punição do autor à personagem.
a cena do Liévin com a Kitty no salão de jogos me marcou demais, é a minha favorita em toda literatura eu acho
Dolly ainda que não seja tão falada nas resenhas do livro é o meu personagem favorito, seguido de Liévin e kitty. Obviamente que com as outras personagens femininas também podemos ter lindas reflexões sobre a vida, acho que todos os personagens desse livro deixa algo marcado em nós. Porém Dolly ganhou o meu coração
Uma ótima resenha de um ótimo livro, faço apenas uma correção, não a você, mas sim ao Nabokov. O fluxo de consciência foi usado pela primeira vez no livro Notas do Subsolo de Dostoiévski, em 1864, cerca de 13 anos antes da publicação de Anna Kariênina, tendo inclusive o seu personagem principal, servido de inspiração para o Nikolai Levin de Tolstoi. Fica aqui a minha dica de outro livro incrível.
Nabokov desconsidera praticamente tudo de bom que Dostoiévski fez... é bizarro...
Lucas só li seu comentário depois que já tinha feito o meu. Então foi o grande Dostoiévski o inventor do fluxo de consciência, admiro esse gênio cada vez mais. obrigado pela informação.
nossa, sim! Na hora que ela citou o trecho do Nabokov até pensei em conferir quem tinha publicado primeiro: Dostoievski ou Tolstoi.
A capa da Cia. Das Letras é pavorosa, desde a escolha da fonte até a arte da ediçāo. É uma pena pra quem não pôde comprar a da Cosac.
Agora tem mais uma opção que é a edição da Martim Claret. Tanto a edição como a tradução são muito boas.
eu acho linda kkkkk
Onde eu posso encontrar a edição de capa marrom?
A Tati é maravilhosa também pelo motivo de que ela conta Tolstoi como se estivesse passando uma fofoca. 😂😂
Bom demais! ❤️
Esse é um dos meus livros preferidos da vida! Sinto, porém, que tem muita gente que não gosta, talvez pelo jeito que essa obra tem sido vendida há anos: "uma história de amor proibido". Na minha opinião, o livro não trata disso de jeito nenhum. Para mim, é muito mais aquilo que você falou do duplo: uma família feliz (que se parece com todas as famílias felizes) e uma família triste (com outras famílias tristes em volta, cada uma triste à sua maneira). Adorei seu vídeo, como sempre. Você é realmente muito boa no que faz. :-)
Na minha opinião esse livro é uma grande crítica social ... realmente não gira em torno de um amor proibido.
O que pouca gente sabe é que Tolstói era muito fã de Rousseau, e segue a recomendação do filósofo no prefácio de um romance chamado Júlia ou a Nova Heloísa, em que ele diz que os escritores deveriam retratar o campo e os camponeses como um lugar bom e convidativo, e denunciar os luxos e a vida de aparências das grandes sociedades. É o que Tolstói faz em Anna Karenina.
Tati, sua empolgação em narrar os videos desperta uma vontade incrível de lê-los !
Esse livro é perfeito! Aborda comportamentos excêntricos, amor tóxico, razão, sensibilidade, fé, família, as diferenças de classe na sociedade, principamente que Ana e o irmão são duas pessoas exatamente iguais. Amei o seu vídeo!
Não tivesse eu já gastado com livros, mais que o planejado este mês, compraria mais este, com certeza! (E devo dizer que este canal é extraordinário! É sem dúvida um dos melhores conteúdos de literatura disponíveis por aqui!)
Leiaaaaaa ❤️
Tati, terminei e vim ver o vídeo rs.
Sensacional! Concordo demais com vc. Acho a Anna uma personagem narcisista, egoísta e bem tonta. Acho que é uma grande crítica ao amor romântico e, em comparação com o arco do Levin, eu entendo que ele fala sobre como o amor é uma construção constante e um aprendizado e não essa coisa de 'primeira vista'.
Acho também que é uma grande crítica a esse pensamento de que em algum momento na vida teremos alguma grande revelação que vai mudar tudo. O Levin tem várias revelações e depois ele sempre vê que tudo continua exatamente igual e a vida não vai se transformar assim de repente.
Enfim, é um livro pra se conversar por horas, mas acho que, resumindo, não vejo Anna K. como heroína e acho que ela é tão egoísta que ela se arrepende de ter se jogado nos trilhos assim que ela tem a noção (isso pq ela se mata com a intenção de deixar o Vronski com a culpa o resto da vida, que isso gente, rs).
Amei a resenha! Bjos!
Uma das coisas que eu mais me surpreendi com a leitura dele foi a fluidez, jurava que ia ser difícil de ler!
(Descobri o fim quando ainda estava lendo, procurando curiosidades sobre o livro no google, fiquei triste)
Agora entendi tudo! Duas famílias ou algo do tipo seria um título muito melhor, mas, enfim, editoras. Me interessei por ler o livro por causa da Anna. Confesso que, no início, fiquei um pouco irritada porque o foco do livro não era ela. Mas, ao longo do livro, me encantei pelo Liêvin, que tem muito do Liev (Tolstoi). E o início do livro (maravilhoso) faz muito sentido quando pensamos nas duas famílias "Todas as famílias felizes se parecem, as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira".
Esse livro é um espetáculo.. Amo essa versão cinematográfica estrelada pela Vivien Leight . Também existe uma versão cinematográfica da década de 1930 protagonizada por Greta Garbo..
Sempre que a Tati ler um calhamaço clássico (como os livros do Thomas Mann), parece um EVENTO
Gosto muito
Uma coisa que me marcou sobre esse livro:
A questão toda é sobre a mulher ter educação formal e poder trabalhar sem depender de homem. Inclusive essa discussão aparece mil vezes no livro (a questão feminina, emancipação e educação da mulher etc).
Tem uma cena que a Ana vê anúncios de profissões liberais quando pensava numa saída pra si, ou seja, TRABALHAR, coisa que nobre não faz.
Então ela pede dinheiro pro marido traído, pra se sustentar e viver uma vida de sexo com o Vronski, que também não se mostra disposto a sustentá-la. Ela fica perdida sobre sua dependência de homens e se mata pra não ser escrava de homens. Mas ela ainda poderia trabalhar... Se ela trabalhasse e se sustentasse, a traição seria só uma traição, um divórcio apenas um divórcio e um lance com o Vronski apenas um lance. porém ela se viu perdida como mulher que tem que sempre obedecer ou depender de algum homem.
Liévin meu maravilhoso. E Anna, pessoa indolente que não soube lidar com o fim da paixão e início do amor. Eu AMO a cena que a Anna se enche toda de força e vai visitar o filho no aniversário dele, na casa que era dela, e olha forte para os empregados que a sentem de novo no coração. Livro pra reler muitas, muitas vezes na vida
Tolstoi escreveu o livro influenciado pelo pessimismo filosófico de schopenhauer e Ana era a encarnação do que schopenhauer chamaria de vontade, a felicidade seria nada mais do que a satisfação dos desejos e no caso de Ana seria estar com Vronski e satisfazer sua sexualidade, para o alemão vc sempre vai precisar satisfazer seus desejos e nunca vai ser feliz, pq sempre vai querer mais e mais, outro lado temos a angústia e o medo da perda, Ana temia perder o vronski e ela se matou não pq não queria mais viver, mas pq acharia que seria deixada por ele e sem ele não poderia ser feliz.
Assim como vc deixa, vc pode um dia ser deixado, vem a insegurança.
Em vez de buscar a felicidade em satisfazer seus desejos que são ensaiáveis, se busca a felicidade no amor cuidando do outro, pensando na família que seria kitty e levin, que evitaria condutas destrutivas.
O pensamento de Ana Karenina é não mais que a verdadeira felicidade estaria no eu centro do mundo e satisfazer meus desejos (como pensava schopenhauer), mas em buscar a felicidade cuidando do outro.
johnguyton.wordpress.com/2016/12/13/the-will-from-schopenhauer-to-tolstoy/
@@carvalhosilva541 comecei pensar isso também
@@carvalhosilva541eu amando seu comentário e daí VRAU fui abalroada pelo spoiler KKKKK chorando
livro espetacular! quando vc usou a palavra " Excelência" percebi que era o adjetivo que eu buscava para qualificar a obra... simplesmente incrível, completo... aborda tantos temas, sob visões diferenciadas, dotado de ironia, humor, ou mesmo drama... tenho um amor muito grande por esse livro! foi muito bom assistir ao vídeo para relembrar de alguns detalhes ❤
Gostaria MUITO de AGRADECER à Tatiana por este vídeo.
Já tinha visto outros vídeos de outras divulgadoras, mas este (embora mais antigo) É o MAIS completo, COM MAIS dicas (inclusive de leituras de apoio) e um cuidado muito GRANDE com a qualidade da escrituração e SEM EXAGEROS em NÃO DAR "spoilers".
Aliás, quem tem trauma de spoilers provavelmente NUNCA leu uma peça de Shakespeare: o TÍTULO original NARRA o DESFECHO sem qualquer pudor.
Mais do que ser a DIVULGAÇÃO de uma edição específica, reparei que a Tatiana TEM UM CUIDADO IMENSO com a HISTÓRIA do autor, da obra, o contexto histórico e tudo o que pode nos ajudar a "mergulhar" numa OBRA DESTE CALIBRE.
Muito BOM MESMO! Parabéns!
Acabei de terminar o livro e resolvi ver teu vídeo Tati. Eu terminei de ler agora e já quero ler novamente, pois acho que eu posso descobrir novos nuances. Eu acho que o Tolstoi consegue escrever as cenas de modo que parece tudo tão real. O modo que ele conseguiu expressar tao pronfundamente o pensamento humano é admirável. E qt a Ana, eu acho que ele soube criar uma linha do tempo dessa personagem de uma forma tão inteligente...
(Com spoiler) Li Ana Karienina ano passado nas férias em 5 dias, depois que vc começa a ler um Tolstói não tem mesmo como parar. Eu, incrivelmente não sabia que ela se jogava no trem e quando li isso fiquei desolada pq tinha a ideia de uma mulher forte e decidida antes de começar a ler a obra, depois concordo com quem diz que era mimada e egoista.Bela análise vc fez da obra!Eu amei ler este livro!O Lievin tb é meu personagem preferido. Bj
O que dizer de "Ana Karênina". A estrutura escolhida por Tolstoi coloca em relevo as marcas que caracterizam o romance. Pode-se dizer que as tramas que ocorrem paralelamente possuem um ritmo intermitente bem pronunciado através de capítulos curtos e ágeis. Em um dado momento estamos lendo sobre as dificuldades da vida no campo e, subitamente, somos jogados em meio aos dilemas da sociedade urbana.
O principal tema do romance “Ana Karênina” não me parece ser o adultério, mas a sociedade russa do final do século XIX, polarizada entre os costumes da alta sociedade e os do meio rural. O adultério, tema invocado logo nas primeiras paginas, se insere na trama como uma espécie de reflexo adversativo dos valores referentes à reciprocidade arcaica das relações familiares.
Apesar do titulo a obra possui três protagonistas - cuja importância no contexto se define a partir do ponto de vista do leitor. O fato de Tolstoi ter optado por nomear seu romance com o nome de um dos personagens parece remeter a importância que o autor atribui aos dilemas enfrentados por esse personagem. Diante desta premissa literária, aparentemente, temos a impressão de que a personagem de Ana teria como objetivo fazer coro aos valores cristão na imagem do pecador que sofre por violar os mandamentos superiores.
Encarar as mais de 400 paginas do romance com essa idéia pré concebida certamente resultará numa compreensão pobre: a de que o livro conta a história de uma mulher que comete adultério e que em função disso passa a ser julgada pela sociedade.
Tolstoi, como um dos grandes representantes da literatura russa, famosa por sua profundidade psicológica e por personagens construídos em três dimensões - físico, psicológico e religioso - vai muito além da impressão inicial. Em Ana Karênina, Tolstoi se iguala a Shakespeare ao mostrar que a tragédia humana nasce sob o amparo de seus desejos e de suas escolhas motivadas pelos sentidos.
Confesso que durante a leitura não senti empatia pela personagem de Ana. Suas falhas como esposa foram, ate certo ponto, compreensíveis dada à tendência de Aleksei (seu marido) de agir como um ser sobre-humano.
O que mais destrói o apego do leitor pela personagem e a sua tendência insuportável de incorporar a imagem da figura trágica. A altiva e impulsiva Ana aos poucos sede espaço para uma mulher chorona, viciada em morfina e que a todo custo busca justificar seu comportamento obsessivo a partir do comportamento alheio.
Diametralmente oposto a Ana está Levin, talvez o mais fascinante personagem da obra. As leis do desenvolvimento estariam presentes nas relações de dependência entre o homem e o meio ambiente? Essa pode parecer uma pergunta bastante atual, no entanto, ela é o núcleo da obra escrita por Levin que ao buscar as relações de dependência entre homem e natureza acabou colocando a sociedade agrária russa do final do século XIX como a questão central do desenvolvimento industrial do século posterior.
Minha percepção se assemelha muito a sua. Não vi Anna apenas como uma mulher adúltera. A vi representando todos aqueles que nascem uma sociedade onde tudo já está estabelecido e vê a própria natureza manifestando desejos que não se enquadram. Acho que Anna representa uma parte de todos nós. Alguns aceitam e se enquadram.. outros enlouquecem rs
Melhor notificação do RUclips. A Tati fala sobre livros de uma maneira tão interessante e simpática, que é impossível não querer ler todos os livros recomendados por ela.
Com este vídeo, me deu vontade de revisitar o universo de Anna Kariênina. E, sim, até hoje me recordo da cena da vela e daquele fim trágico e tocante da Anna, sem contar aquele cachorro de caça (ou cachorra, não sei) do Liévin que, em alguns momentos, o narrador o trata como ser humano, dando, inclusive, espaço na narrativa para o que o animal pensava e sentia...
cada resenha que assisto é um livro novo que quero comprar!!
Uma cena que quando estava lendo me chamou atenção, foi uma hora que, acho que era um clube de homens se não me engano, em que se discute os direitos das mulheres à educação. Foi engraçado é triste ao mesmo tempo ver que pouca coisa mudou no sentido de que ainda na maioria das vezes são homens que decidem sobre nossos direitos.
Pouca coisa mudou? É sério? O que hoje impede as mulheres de se candidatarem, entrarem em peso pra política e serem maioria? Dizer que "pouca coisa mudou" é simplesmente ignorar a realidade...
Uma maravilhosa é a esposa do amigo do lievin, acho que é dolly o nome, manda a real sobre os homens que acham que a mulher tem que ser obrigada a corresponder os sentimentos (faz muito tempo que li, tem dois anos já )
Kkkkkkkkk POUCO MUDOU? Vitimismo é doença mesmo.
Nossa... santa asneira, se você ainda pega a vassoura como muleta para sua incompetência e joga isso nos "homens opressores", recomendo assistir o vídeo acima e ver uma mulher que influencia centena de milhares com seu sucesso e intelecto. Decerto há um homem dando chicotada nela, deve receber menos do youtube por ser mulher, etc, etc, etc...
Amo esse livro e amo o comecinho! Quando eu li eu estava com uns 14 anos e meio com medo de ler um livro desse. Daí quando li a primeira frase já relaxei e percebi que a história era bem atual, que famílias tem problemas parecidos desde sempre e que a linguagem era bem tranquila. Enfim, li em uma férias, amei, não lembro muito mas lembro que achei que a Anna estava apenas colhendo as consequências dos atos dela. Como várias pessoas que fazem caca na vida e precisam colher as consequências... E lembro que no final eu fiquei meio que achando bem feito o medo dela de ser traída, quando alguém faz algo pensa que todo mundo vai fazer o mesmo...
Sobre o Vronsk, chuchu é o que define kkkkkkk
E o marido, não acho que seja vítima e nem vilão, só queria manter as aparências mesmo.
Apesar de não defender a Anna, também acho um ponto alto a hipocrisia da sociedade, como já comentaram, a Anna era olhada feio, mas o Vronsk não, sendo que se envolver com uma mulher casada também é errado, fora todos os maridos que traem mas todo mundo achava normal.
Kitty com o Liev, muito gostosinho ler as partes deles rsrs
E por último, um tempo atrás ouvi falar que quando o nome do livro é o nome do/a protagonista já é que ele morre no final, não sei se isso é regra ou algo assim, mas faz sentido rsrs
Eu terminei de ler ontem. Escutando o que você fala, me acendeu que na verdade
ele fala sobre 3 tipos de casamento. O do Levin e da Kitty, como o modelo de casamento ideal (que eu acho um pouco egoíco porque uma vez que tu sabe que o Levin é a autobiografia do Tolstói, tu interpreta que ele aponta como as escolhas de vida dele como a ideal). O segundo Anna e Karenin, que vem da destruição do casamento por parte da mulher, e ela paga pelo pecado dela, e que toda a responsabilidade é jogada para ela. O terceiro é Oblonsky e Dolly, que é a parte da semi destruição do casamento por parte do homem, que no fim não sofre as penas da infidelidade, um casamento que só não foi desfeito porque a Dolly segurou. O resumo ao grosso disso tudo é que, na visão do autor, de maneira geral, e da época, a responsabilidade de manter o casamento é da mulher. Eu particularmente tento enxergar o valor da obra pela técnica, pela forma e pela apresentação do contexto social, mas na parte da moral, objetivo do Tolstói que usava a literatura para "educar" moralmente o leitor, eu acho uma perspectiva injusta (a partir do que vivemos hoje).
mas dolly largaria o irmão de anna se não fosse a própria fazendo com que dolly perdoasse. Nada melhor que um traidor fazendo uma pessoa perdoar outro pq dolly o abandonaria.
Tolstoi era leitor de schopenhauer e criticava as pessoas guiadas pro paixões turbulentas e fortes desejos que levaria a tragédias. Não era na paixões turbulentas que poderiam levar ao suicidio, mas na doação ao outro, no carinho e pensando no outro que poderia ser feliz.
Os prórprio desejos são inconstantes e podem mudar e vronski poderia deixar anna e ela apegada a ele poderia não suportar.
Tolstoi é contra o adultério e abandonar a família. O irmão mais velho chamado Sergei Nikolayevich Tolstoi (Сергеем Николаевичем Толстым) tinha uma concubina de origem cigana chamada Maria Mikhailovna Shishkina (Марией Михайловной Шишкиной) com quem tinha filhos. Planejavam casa-lo com a jovem Tatya Andreevna Behrs (Татьяна Андреевна Бер) que era cunhada de Tolstoi, uma jovem de 16 anos. Só que sergei não teve coragem de abandonar sua família para se casar com Tanya e permaneceu com Maria e decidiu oficializar seu relacionamento com ela, casando na igreja e tonando-a sua esposa oficial. Entre uma paixão e sua família, o irmão do Tolstoi, escolheu sua família.
A genialidade de Tolstói está justamente na complexidade de seus personagens. Anna não é apenas uma mulher egoísta; ela demoniza o marido para justificar seu salto em direção ao amor por Vronsky. Casou-se jovem, sem conhecer o verdadeiro amor, e, de repente, encontra um sentimento tão avassalador que acredita ser justificável destruir a vida de sua família e, em última análise, a sua própria. E, depois, ela percebe e expressa de forma tocante que odeia o marido não por ele ser um canalha, mas justamente por suas virtudes. Ela o odeia porque ele é um homem bom, sempre foi, e isso a faz sofrer profundamente, pois não pode ignorar o peso da bondade e da moralidade que ele representa. Esse livro é uma sinfonia de emoções
A Anna Karenina me irritou tb perto das últimas 100 páginas, mas eu acho triste o fato de ela ter tido um casamento tão insípido com o Karenin. Amor romântico é importante, todo mundo quer ter o que o Lievin e a Kitty tem, que é meio que perfeito kkk. Tem ciúme, tem discussão, houveram algumas pedras no meio do caminho, mas eles colocam o amor um pelo outro acima dessas coisas. Nessa busca, alguns podem acabar numa relação Anna e Vronsky, excessivamente carnal, que não se sustenta pq não existem valores mais profundos ali. Ela só conheceu os extremos, uma relação completamente fria e outra que só a consome e leva a autodestruição.
PS: acabei de ler a cena da morte dela agora, estava esperando chegar nessa parte para ver o final do video. Baixei alguns livros de apoio apresentados, fiquei maravilhada com Tolstoi. E realmente não tem melhor canal de livros do que esse!
Tatiana, fica dificil não ler uma segunda vez Anna Karenina!! Vídeo Sensacional!!
eu estava guardando Anna K. pra ler na MLI, mas agora não sei se vou aguentar esperar! você me deixou super curiosa hahaha
O diretor das versões recentes de Orgulho & Preconceito e Anna Karenina é o mesmo. É por isso que vemos tanto a Keira quanto a Matthew Macfadyen nos dois filmes.
Marina Souza E as duas adaptações são maravilhosas 😍😍😍
Surpreendentemente a Keira Knightley não conseguiu estragar orgulho e preconceito, eu gostei. Mas Anna Karenina ficou muito vergonha alheia, aquele ator do Vronski é terrível, até dói de tão tão ruim, o filme investiu muito em visual mas simplesmente não ficou bom...
Achei que o filme Orgulho e Preconceito deixou MUITO A DESEJAR, não assisti ao Anna Karenina, nem vou, sempre deixam a desejar.
O que é esplêndido ❤️
Melhor que encontrar uma resenha de um livro que estamos querendo ler, é quando uma resenha dá desperta vontade por algum que nunca cogitamos. Isso tem muita valor! Essa moça vive causando esse impacto na minha vida.
obrigada Tati!
Quase 30min de Tati falando de Anna Kariênina! (eu correndo pra assistir quando chegou a notificação).
Embora não seja de comentar com muita frequência as resenhas deste canal que é para mim o melhor canal de resenhas literárias do RUclips de muitos que acompanho ... Me sinto tentado mais uma veses à parabeniza-la pela analise ( sua opinião em relação ao comportamento da Anna Karenina ) ... dito isto , e pela sempre análise minunsiosa e aplicada de todas as resenhas reafirmo minha admiração a sua pessoa e ao seu trabalho ! S2 ...
Será que também não há a interpretação dos leitores que encaram a Anna como heroína de que o irmão dela fazia o mesmo e como a mulher perdoava ele seguia a vida de boas e a Anna trai e vira uma pária. Esta não é a minha opinião pq ela abandona todo o compromisso e vai viver com o amante, mas sei lá, as pessoas em geral romantizam demais a infidelidade, acham que qualquer sacanagem é válida pelo "amor"
Existe uma grande diferença entre as atitudes do Stiva e da Anna. O Estiva nunca pensou em deixar a esposa, já a Anna queria que o marido aceitasse que o amante frequentasse a casa deles. Sem falar que ela largou o próprio filho e foi embora para Europa com o amante
Virei fã desta mulher e não consigo de parar de ver os vídeos dela ❤️
Não dá para entender a mente do Tolstoi, pune a anna (adúltera) mas também pune a Sônia (guerra e paz), que sempre foi fiel ao seu amor; a maior friend zone da literatura.
Você é uma ótima contadora de histórias, Tati.
Luciana Queirós Meu sonho é que um dia ela escreva um livro 😱
Próximo da lista pra ler!!! Amo seu canal e acompanho há muito tempo! Sua dedicação a leitura é absolutamente inspirador! ❤
muito obrigada, Kleber :)
'' Anna foi me irritando fortemente, eu não via a hora da chegada dos capítulos do Lievin" HAHAHA É EXATAMENTE ISSO, definiu minha experiência com essa leitura !
Adoro ver os vídeos antes de adquirir. E como esse é o livro do mês do Clube de Literatura Clássica resolvi vir aqui primeiro.
A melhor edição desse livro é o do clube de literatura clássica. De longe
que comentários incríveis! dá vontade de ler o livro de novo! parabéns e obrigada!
« Eu não via a hora de chegar nos capítulos falando do Lievin « !!! Idem! Idem ! Idem! ❤️
Eu tbm kkkkk❤
Não tem melhor atriz que a Vivian Leigh para interpretar Ana Karenina. Pela beleza e atuação. Perfeita.
Eu tremi no final do video e os olhos encheram de lágrimas. Não sei se tenho estrutura para ler essa história...
Comecei a ler agora, e não estou entendendo muito por isso procurei esse vídeo, mas a história parece interessante
Nunca gostei de escolher "favoritos". Acho uma tarefa quase impossível; cada livro tem seu atrativo, sua significância em nossas vidas, seu grande momento. Mas posso dizer que Anna Kariênina é uma dos meus livros favoritos. Foi o primeiro livro que me arrebatou de uma forma absolutamente inesperada, quando eu tinha 19 anos. O reli pela primeira vez aos 30, em 2017, e agora já estou louca para reler de novo!
de tempos em tempos eu volto aqui para prestigiar sua resenha sobre este clássico!
Seus vídeos são muito relaxantes e revigorantes, gosto de mais parabéns!
Fiquei muito surpresa com esse livro. Até a sexta parte, não tinha opinião formada sobre. Depois disso, no entanto, não tive como não me apaixonar. É mais confortável do que Guerra e Paz, não só por ser menor, mas por ser mais humanizado. Gostei muitíssimo da lição moral que se depreende da obra também, virou uma de minhas obras preferidas.
Que vídeo maravilhoso Tati! Eu também fiz a leitura no projeto do Nicolas e isso enriqueceu ainda mais a experiência pra mim. Já sabia do final do livro mas isso não me preparou para a forma como Tolstoi me envolveu em sua escrita. Entrou para os meus favoritos da vida.
Conheci seu canal ontem e me inscrevi hoje. Maravilhoso trabalho. Li o livro há muito tempo e tem razão: as imagens ficam na nossa cabeça. Sempre que vejo o livro na estante, me dá uma espécie de "flash" e uma enxurrada de imagens surgem em meu cérebro; talvez por isso não tenha relido ainda, como é meu hábito.
Acho que independentemente do caráter da Anna, a obra expõe bastante o quanto a mulher era oprimida na época. Eu, particularmente, acho um tanto injusto apontá-la como única causadora da própria ruína, como uma "vilã de si mesma".
Elton Alves do Nascimento concordo que a mulher era oprimida na época, mas isso não justifica tudo o que ela fez....Ela é dissimulada!
Tolstoi escreveu Ana karenina influenciado por schopenhauer, Ana era a encarnação da vontade de schopenhauer e sabemos do pessimismo filosófico dele em relação aos desejos e sim, ela acabou causando sua destruição.
Simmmm
Terminei agora de ler este livro e vim comentar. Que livro maravilhoso!!!! Eu tinha a ideia de que Tolstoi seria um leitura difícil, e para minha surpresa, foi uma leitura rápida. Com certeza vou ler outras vezes!
Parei o projeto de leitura conjunta do Anna Kariênina, vou terminar até a primeira semana de agosto. Utilizei o apoio dos textos do Vladimir Nabokov - Lições de Literatura Russa. Se puder perder uns minutinhos do seu tempo, talvez tenha algo interessante no meu canal. Mais um vídeo seu muito bom! :)
opa, não conhecia seu canal, Priscila - vou te visitar, com certeza :)
@poeticadosmuseus olha só, achei alguém que gostiu do filme menos que você. To arrasado!
Amei tanto o livro que fiz uma playlist kkkkkkk
Ana Karenina - Yasmim colombarini no Spotify 🤌🏻✨🥹
TATI já coloquei na lista de compras ainda pra 2020, valeu, seu canal é excelente. Duas palavras pra vc PARA BÉNS...
Sério. Vc é fantástica. Eu vi outra resenha que só serviu para eu perder a vontade de ler. Agora... Quero ler esse livro!!!
Ótima resenha, parabéns! Terminei o livro ontem e o final me marcou muito. Ao mesmo tempo que fiquei triste pelo fim que Anna teve, soube que precisava ser assim. Anna e Lióvin tiveram quase que os mesmo questionamentos nos últimos momentos, no entanto, a primeira desistiu da vida enquanto o outro encontrou o sentido dela.
Esse livro é excepcional, eu achei que ia demorar muito tempo pra ler mas li mto rápido simplesmente pq não dá pra parar de ler kkk
Comecei a ler Anna Kariênina ano passado, mas as leituras obrigatórias me fizeram colocar de lado. Depois desse vídeo maravilhoso eu com certeza vou retomar. ❤
Tati, comprei o livro em 2016 e estava empacado no meu kindle a muito tempo. Quando vi esse seu vídeo (em 2017), o entusiamo com que você falou da história me inspirou muito a ler, mas ainda assim não li. Bom, finalmente agora em 2018 terminei o livro e vim correndo aqui rever seu video, agora vendo ele com outros olhos! Mesmo demorando tanto pra ler, obrigada pelo incentivo, adorei o livro!! E concordo, me surpreendi em como foi fácil ler e entender a escrita do Tolstoi, até comecei a pensar em ler Guerra e Paz. Parabéns pelos videos!
Meu Deus!!!! Eu já queria ler esse livro... Agora eu PRECISOOOO! Parabéns Tati, excelente conteúdo como sempre.
Vídeo maravilhoso, como sempre. Comprei a edição da Companhia das Letras e está lindíssima.
Tbm não tive essa impressão de amor pela Anna. Nao entendo como alguém possa ter . Pra mim ela é somente uma mulher mimada e maluca que por questão de covardia e egoísmo resolveu acabar.com a sua própria vida . Amei o núcleo do Lievin, e a Kitty me vê a cair de amores por ela . Fiquei muito emocionada com o final de Lievin , quando ele se converte e reconhece Deus . A descrição da morte da Anna foi espetacular, ali consegui sentir pena dela. Uma mulher perdida .
obs. O nome do livro antes de ser Anna Karienina ia ser Dois casamentos ou Dois casais .
Aah
Eu, com vários livros por ler, e morrendo de vontade de reler Anna Kariênina por conta desse vídeo!
Me lembro que peguei esse livro com um certo receio por ser literatura russa e um calhamaço, mas logo quando comecei já fiquei impressionada como a leitura fluía.
Tolstói é sensacional!
Beijo Tati!
Lévin é um dos personagens que sinceramente aprendi a gostar. 💕
um dia de vídeo nesse canal é um dia feliz
"ele é um chuchu" esse comentário nunca mais vai ser usado por mim como uma coisa boa hahaha
rs, chuchu é uma coisa sem graça, mesmo (jamais entenderei pessoas que chamam as outras de "chuchu" como se fosse uma coisa boa ("oi, chuchu!")
tatianagfeltrin Amo chuchu!😍
Quando estudei francês, a professora (uma senhora com seus setenta e muitos) disse-me que em sua adolescência chamar alguém de chuchu era carinhoso. Ela lembra que o francês era a língua "chic" da época (como hoje usar termos em inglês mesmo sem domínio da língua) e um termo francês para alguém desejável era "chaud", que se fala "chu". "Mon chaud" é "meu quente/delicia", não o que o moralismo fez com "mon chou" que seria "meu repolho" - que só faz sentido para o moralismo. Daí que teria surgido aqui no Brasil o uso entre adolescentes da época chamar alguém de chuchu :)
Que vídeo, minha gente! Que vídeo!!! Já está na minha lista faz tempo!!! ❤❤❤
Tati lê Norte e Sul da Elizabeth Gaskell! Ela era amiga das irmãs Brontë e a BBC fez uma adaptação desse livro MUITO boa!
oi, Maria! eu vi trechos dessa série da BBC na pós graduação, mas acabei deixando passar a leitura! bem lembrado, vou providenciar! obrigada!
tatianagfeltrin haaaa entendi! Espero que goste de leitura, é um dos meus livros preferidos! 💖 A edição da editora Pedra Azul veio com o título "Margaret Hale" que foi o que a autora pensou em colocar a princípio, mas nas outras editoras se chama "Norte e Sul" mesmo.
Ana Laura oi! Tbm adoro as adaptações da BBC, mas faz muito tempo que assisti essa e não me lembro mais onde foi 😔
Procura o site UK Séries download que tem! :D
Tatiana Feltrin, como sempre, seus vídeos são esplendidos.
Toda vez que leio ou ouço a frase de início deste livro eu me arrepio! É fantástico e, como você mesmo disse, icônico. Li este livro basicamente por causa esta abertura. Recomendo!
Oi Tati descobri vc faz pouco e estou encantada com suas colocações.
Li Anna Karenninna em 1986 anos 12 anos kkkk em.três dias e minha mãe quase pirou pq eu não largava o livro... parabéns pelo seu trabalho!
Gosto muito da maneira como você comenta os livros, fico muito entusiasmada para começar a ler o livro comentado.
Já te acompanho a muitos anos, aliás seu canal é o primeiro literário que conheci e a partir deste conheci outros vários. Adoro seus videos, todos com muito primor e qualidade junto com bom conteúdo!!! Parabéns pelo ótimo trabalho.
Li a "insustentável leveza do ser" primeiro e descobri o destino final da Anna... Mas ainda assim quero ler rs
Tati é a melhor e maior BOOKTUBE que nós respeitamos... AMMMOOOOO vc Tati.
AMOOO Anna Kariênina.
Jullyan Garcia Olá. Qual foi a linha de estudo dessa obra??