Grandes. Enormes. Cidadãos ilustres desta nossa Coimbra. Estes e alguns outros. Quanto não lhes devemos nós? Quanto não lhe deve uma cidade que tem no fado um dos seus ex-libris?
Sem António Bernardino, a canção de Coimbra teria permanecido mais pobre, tal foi a novidade e a força que a sua voz lhe emprestou. Como Adriano Correia de Oliveira, foi um trovador comprometido com a canção coimbrã, que cultivou séria, desinteressada e devotadamente. Quando alguém se lembrar de escrever o capítulo da sua história, correspondente à 2ª metade do Séc. XX, por certo que António Bernardino terá nela posição de destaque. Até lá, congratulemo-nos em ouvi-lo, sempre comovidos, sempre apaixonados pela doçura, encanto e eternidade da sua voz e dos temas e poemas que interpretou e deu a conhecer. Escrevo estas breves e solenes palavras em jeito de homenagem a um trovador intemporal e a um homem que se afastou das luzes da ribalta e que deixou as homenagens para outros intérpretes. Obrigado.
O TEMPO SEM SOMBRAS Música: José Nuno Guimarães Guedes dos Santos (1942-1973) Letra: António [José Freire] Torrado (n. 1939) Origem: Coimbra Arranjo: Rui Pato (1967) Data: 1965-1967 é o tempo do amor onduloso é o tempo dos ecos nas veias é o tempo das aves sem poiso é o tempo dos rios contornos precisos nas sombras da areia é o tempo dos sulcos mal feridos é o tempo das mãos que se apertam é o tempo dos vales compridos é o tempo da vida da brisa fugida às sombras que enredam é o tempo dos campos abertos é o tempo dos rios cantados é o tempo dos musgos dos fetos é o tempo da terra dos gestos de seda das fontes nos prados é o tempo do amor onduloso é o tempo dos ecos nas veias é o tempo das aves sem poiso é o tempo dos rios contornos precisos nas sombras da areia
Caro Rui Pato, sem querer de forma alguma contrariar esta sua homenagem, não levará a mal que eu faça uma pequena correção: parece que o poema é de António Torrado, a música sim, essa é do malogrado Nuno Guimarães, cumprimentos.
o Meu amigo tem toda a razão! Eu enganei-me...é imperdoável...Tive uma "branca" fiz confusão com outra coisa qualquer. As minhas sinceras desculpas, Abraço
Um dos maiores intérpretes da canção coimbrã. A sua Samaritana é para mim, a melhor de todas as que escutei.
coimbra513
Exatamente!
Ninguém a canta como ele.
Descanse em paz.
Que linda voz e estou a recordar estas vozes quando passei por Coimbra.
Maria Fernanda Calafate
Enchem-nos a alma.
Acompanhar-te à guitarra foi a maior honra.
( Bolas, mais uma lágrima... )
obrigado por alegrar o coração do um Coninbricense á muitos anos loge da pátria!!
Que saudade desta voz magnífica ... RIP
Grandes. Enormes. Cidadãos ilustres desta nossa Coimbra. Estes e alguns outros. Quanto não lhes devemos nós? Quanto não lhe deve uma cidade que tem no fado um dos seus ex-libris?
Poema fabuloso do Nuno Guimarães...tão cedo levado da vida...
A vida é assim. Ficam as memórias ( e as gravações ).
Sem António Bernardino, a canção de Coimbra teria permanecido mais pobre, tal foi a novidade e a força que a sua voz lhe emprestou. Como Adriano Correia de Oliveira, foi um trovador comprometido com a canção coimbrã, que cultivou séria, desinteressada e devotadamente. Quando alguém se lembrar de escrever o capítulo da sua história, correspondente à 2ª metade do Séc. XX, por certo que António Bernardino terá nela posição de destaque. Até lá, congratulemo-nos em ouvi-lo, sempre comovidos, sempre apaixonados pela doçura, encanto e eternidade da sua voz e dos temas e poemas que interpretou e deu a conhecer. Escrevo estas breves e solenes palavras em jeito de homenagem a um trovador intemporal e a um homem que se afastou das luzes da ribalta e que deixou as homenagens para outros intérpretes. Obrigado.
Muito obrigado peço comentário
Piedade Monteiro
Tudo o que Bernardino canta tem profundidade. Uma voz única!
É o tempo da tua saudade
O TEMPO SEM SOMBRAS
Música: José Nuno Guimarães Guedes dos Santos (1942-1973)
Letra: António [José Freire] Torrado (n. 1939)
Origem: Coimbra
Arranjo: Rui Pato (1967)
Data: 1965-1967
é o tempo do amor onduloso
é o tempo dos ecos nas veias
é o tempo das aves sem poiso
é o tempo dos rios
contornos precisos
nas sombras da areia
é o tempo dos sulcos mal feridos
é o tempo das mãos que se apertam
é o tempo dos vales compridos
é o tempo da vida
da brisa fugida
às sombras que enredam
é o tempo dos campos abertos
é o tempo dos rios cantados
é o tempo dos musgos dos fetos
é o tempo da terra
dos gestos de seda
das fontes nos prados
é o tempo do amor onduloso
é o tempo dos ecos nas veias
é o tempo das aves sem poiso
é o tempo dos rios
contornos precisos
nas sombras da areia
@victormf001 É um prazer amigo
Outra composição magnífica e apenas 79 "gostos" PQP
Caro Rui Pato, sem querer de forma alguma contrariar esta sua homenagem, não levará a mal que eu faça uma pequena correção: parece que o poema é de António Torrado, a música sim, essa é do malogrado Nuno Guimarães, cumprimentos.
o Meu amigo tem toda a razão! Eu enganei-me...é imperdoável...Tive uma "branca" fiz confusão com outra coisa qualquer. As minhas sinceras desculpas, Abraço
o que mais se pode dizer
Que pena teres partido tão cedo.!!!
Quem?
Nada amigo, escutemos apenas.