O que impressiona na narrativa portuguesa é o facto de considerar que os portugueses do Alentejo Oriental alguma vez foram castelhanos espanhóis. Se isso fosse possível actualmente não existiriam galegos, catalães ou bascos, todos os habitantes de Espanha seriam castelhanos espanhóis. A ocupação espanhola não modificou a nacionalidade étnica da população de Olivença que sempre foi portuguesa, não obstante ter DNI espanhol. Actualmente os oliventinos não adquirem a nacionalidade portuguesa porque nunca a perderam, apenas adquirem o DNI ou CC português. Não foram os oliventinos que se esqueceram de Portugal, foi o estado português que se esqueceu dos portugueses do Alentejo Oriental, como se esqueceu do rio Odiana. O rio Odiana, na zona da ponte da Ajuda não serve de fronteira entre o Alentejo Norte e o Alentejo Oriental, corre no interior do Alentejo.
“Embora administrada por Espanha, entre 1801 e 1939, nada tinha mudado em Olivença. Neste período, era em português que se vivia, que se falava, se cantava e se dançava. Era em português que se amava e se zangava. Naquele pedaço de terra, entre duas pátrias, ou melhor, ‘esquecido’ por elas, às gentes só interessava viver como os seus antepassados sempre ali tinham vivido, pouco ou nada significando aquilo que diziam os ininteligíveis discursos e decretos saídos das cabeças e gargantas dos políticos de Lisboa e Madrid. *Mas com Franco no poder tudo se alterou.* E, a partir daí, pelas quatro décadas seguintes, desenvolveu-se um processo de aculturação que procurou varrer do mapa, não só fronteiras, mas também qualquer sinal de um passado português em Olivença. Os oliventinos, que, até àquele momento, só sabiam ser portugueses, foram forçados a aceitar uma nova realidade da noite para o dia. Mudaram-se os apelidos das famílias; e os nomes das ruas e das praças. À região, chegaram aos magotes autoridades pró-regime vindas de toda a Espanha, governantes, professores, polícias, proprietários rurais, famílias inteiras capazes de ensinar e de dar bons exemplos e... melhores empregos a quem se dispusesse a aprender. Pois, entre ser Lopes ou López, o povo acabava sempre por escolher ter pão à mesa. Assim, o português passou formalmente a representar o passado, enquanto o castelhano o presente e o futuro. Esta intensa estratégia de ‘espanholização’ teve naturalmente os seus efeitos. Com o passar dos anos, a ação do grupo fundado por Ventura Ledesma Abrantes viria a revelar-se estéril. E, mais tarde, não apenas ignorado pelas autoridades portuguesas e espanholas (pouco interessadas em tensões diplomáticas entre ditadores), mas mesmo desacreditado ou até ridicularizado dos dois lados da fronteira. Em Olivença, Portugal passou a viver apenas dentro das casas e dos corações das famílias com memória. E em segredo…”
Os verdadeiros portugueses que devemos ajudar !! não os falsos refugiados que veem para as ajudas.
Olivença❤ sera sempre terra Portuguesa , um dia voltara ao seio da nação Lusitana .
Ó Espanhóis entreguem cá a Olivença.
Ó Sr. Costa, em vez de andar badalar a Ucrânia. Pede lá a Olivença,
🇵🇹🇪🇸 Olivença/Olivenza Território Português baixo/bajo administração/administración Española. Possivelmente/posiblemente futura Eurorregião/Eurorregion
Logo a seguir á Catalunha, País Vasco e Galiza mostrarem o caminho 😀😊
O que impressiona na narrativa portuguesa é o facto de considerar que os portugueses do Alentejo Oriental alguma vez foram castelhanos espanhóis. Se isso fosse possível actualmente não existiriam galegos, catalães ou bascos, todos os habitantes de Espanha seriam castelhanos espanhóis. A ocupação espanhola não modificou a nacionalidade étnica da população de Olivença que sempre foi portuguesa, não obstante ter DNI espanhol. Actualmente os oliventinos não adquirem a nacionalidade portuguesa porque nunca a perderam, apenas adquirem o DNI ou CC português. Não foram os oliventinos que se esqueceram de Portugal, foi o estado português que se esqueceu dos portugueses do Alentejo Oriental, como se esqueceu do rio Odiana. O rio Odiana, na zona da ponte da Ajuda não serve de fronteira entre o Alentejo Norte e o Alentejo Oriental, corre no interior do Alentejo.
“Embora administrada por Espanha, entre 1801 e 1939, nada tinha mudado em Olivença.
Neste período, era em português que se vivia, que se falava, se cantava e se dançava.
Era em português que se amava e se zangava. Naquele pedaço de terra, entre duas pátrias, ou melhor, ‘esquecido’ por elas, às gentes só interessava viver como os seus antepassados sempre ali tinham vivido, pouco ou nada significando aquilo que diziam os ininteligíveis discursos e decretos saídos das cabeças e gargantas dos políticos de Lisboa e Madrid.
*Mas com Franco no poder tudo se alterou.* E, a partir daí, pelas quatro décadas seguintes, desenvolveu-se um processo de aculturação que procurou varrer do mapa, não só fronteiras, mas também qualquer sinal de um passado português em Olivença.
Os oliventinos, que, até àquele momento, só sabiam ser portugueses, foram forçados a aceitar uma nova realidade da noite para o dia.
Mudaram-se os apelidos das famílias; e os nomes das ruas e das praças.
À região, chegaram aos magotes autoridades pró-regime vindas de toda a Espanha, governantes, professores, polícias, proprietários rurais, famílias inteiras capazes de ensinar e de dar bons exemplos e... melhores empregos a quem se dispusesse a aprender.
Pois, entre ser Lopes ou López, o povo acabava sempre por escolher ter pão à mesa.
Assim, o português passou formalmente a representar o passado, enquanto o castelhano o presente e o futuro.
Esta intensa estratégia de ‘espanholização’ teve naturalmente os seus efeitos.
Com o passar dos anos, a ação do grupo fundado por Ventura Ledesma Abrantes viria a revelar-se estéril.
E, mais tarde, não apenas ignorado pelas autoridades portuguesas e espanholas (pouco interessadas em tensões diplomáticas entre ditadores), mas mesmo desacreditado ou até ridicularizado dos dois lados da fronteira.
Em Olivença, Portugal passou a viver apenas dentro das casas e dos corações das famílias com memória. E em segredo…”
@@LUSO_ Boa explicação.