937 TO GRAVIDA E COM COVID E AGORA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM GESTANTES ACOMPANHADAS

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  • Опубликовано: 15 окт 2024
  • Autoras: Priscila Caldas Borges 1,2 ; Luzia Poliana Anjos Silva 1,2; Rita de Cássia Lucena 1.
    Instituição: 1 UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; 2 FESF-SUS - FUNDAÇÃO ESTATAL SAÚDE DA FAMILIA.
    Introdução: As gestantes passaram a ser tidas como grupo de risco para a Covid 19, desde março de 2020. A literatura ainda apresenta gaps de estudos científicos, contudo os artigos publicados, apontam que as gestantes tendem a complicar e ter manifestações mais agressivas (aborto espontâneo, rutura prematura de membranas) devido à baixa tolerância a hipóxia observada nesta população. A Atenção Primária à saúde cumpre papel de relevância neste momento, pois acompanha grande parte das gestantes através do Pré-Natal, onde observou-se um boom de casos de Covid e a necessidade de articulação com a Rede Cegonha e Pré-Natal de Alto Risco (PNAR) para acompanhamento dos casos.
    Objetivo: Observou-se também a fala das gestantes que traziam sentimentos de dor, insegurança, negacionismo e esperança. Metodologia: Relato de experiência (caso -descrição) realizado através de palavras chaves norteadoras como “Covid 19”, “pandemia”, “fome”, “isolamento”, “gestar”, “máscaras”, “bebê na pandemia”, presentes no discurso de 12 gestantes, assistidas pela Equipe 2, da USF Jaguaripe I, na periferia de Salvador. As mães/gestantes assinaram o TCLE, liberando a reprodução de frases ditas durante as consultas.
    Intervenção: Durante as consultas de Pré-Natal sempre lançávamos as perguntas: “ A pandemia mudou ou não sua gestação? “Você acha que a pandemia alterou algo na sua vida como grávida?”.
    Resultados: Algumas falas coletadas durante as consultas: “Eu morro de medo de pegar este bicho” ; “Não queria ficar grávida agora não! Pensei em tirar muitas vezes, mas Mainha não deixou”; “Já tenho 3 filhos, este veio no meio desta confusão, sem comida direito para os meninos, perdi o emprego, este vírus é perigoso, não vou sair de casa não, nem os meninos voltam para escola. Vou viver somente da renda do meu marido”; “Acho tudo isto um exagero. É briga de político, eu continuo minha vida normal” ; “Acho isto tudo provação. Vai passar. É só mais uma doença”; “Não sinto nada, não acredito nesta covid, não vou para o Alto Risco não”.
    Conclusão: A Covid19 alterou a rotina das gestantes, trazendo medo, sentimento de luto precoce e dor emocional. Exacerbados pelo agravamento da crise econômica com perda de empregos, e dificuldades de manutenção da rotina familiar, observou-se também negacionismo e intolerância a pandemia. O Pré-Natal de baixo risco atuou junto com o PNAR na Maternidade de referência da Rede Cegonha e seguimos acompanhando as consultas puerperais, esperando novos capítulos dos bebês nascidos na pandemia.

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