Conheci- o pessoalmente. Era simples como só os gênios sabem ser. Contava causos que hipnotizam os ouvintes. Incarnava o gaúcho primitivo num coração de poeta. Ninguém reproduziu a alma do gaúcho como o Jaime!
Só quem ouviu umTaura amigo recitar estes versos fora do Rio Grande, em volta de um fogo de chão, deixando cariocas, paulistas e paranaenses boquiabertos e nós também, ficou na memória!
Eu tive o privilégio de ver e ouvir Jaime Pedro ortaca Noel guarani cenair maica chaloi tiara e João Almeida neto em 3 de maio rs em 1983 é um privilegio
Logo sairá un livro sobre Jaime..onde o relato bolicho do Jaime. É onde eu vivo com meu pai serrinha do rosário....ainda resta tábuas é un galpão feito com tábuas do velho rancho..
Pra quem não conhece São luiz Gonzaga.. No trevo chegando de Santo Ângelo, está ali Palanqueado Jayme Caetano Braun... Em pedra mas a alma do Pajador rodeia a estátua... Grande e eterno Pajador.. Orgulho nosso !!!!
Eu conheci o JAYME de pedra, a caminho a terras.correntinas! Apeei" do 4x4 e fui dar meus cumprimentos a este quera" e me enterneci! Longe do Rio Grande há mais de 20 anos, mas ao ve-lo, mesmo em pedra, todo o sentimento pelo meu.pago, explodiu em meu coração de gaúcha A LA.PUCHA, TERRA AMADA!
Eu vim aqui por curiosidade, sou de São Luiz Gonzaga e minha mãe está a frente do turismo, acabei me incentivando e fiquei extremamente feliz e orgulhosa da minha terra, como há muito não sentia 💜
Meus amigos que me perdoe mas gênio como este nunca mais vamos ter , que pena nos resta sempre lembra com respeito , porque é uma honra dizer que sou gaúcho graças a Deus
É cultura do Rio Grande, trás lembranças e emociona e da uma baita saudade dos Bailes de galpão e caramanchão onde era embalados por gaita, pandeiro e violão. O tempo bom.
Jayme Caetano Braun, grande poeta e payador que imortalizou a figura do payador riograndense, creio que a tenha criado, e se imortalizou pelo talento, sem adquirir títulos em academias.
Grande Jaime Caetano Braum! E se hoje estás vivendo, na estância grande do céu, engraxando algum sovéu pro Patrão Velho Buenacho, não te esquece aqui debaixo, onde a lo largo ainda existe, muito Xirú Velho triste, como tu, criado guacho!!!
A um bochincho - certa feita, Fui chegando - de curioso, Que o vicio - é que nem sarnoso, nunca pára - nem se ajeita. Baile de gente direita Vi, de pronto, que não era, Na noite de primavera Gaguejava a voz dum tango E eu sou louco por fandango Que nem pinto por quireral. Atei meu zaino - longito, Num galho de guamirim, Desde guri fui assim, Não brinco nem facilito. Em bruxas não acredito 'Pero - que las, las hay', Sou da costa do Uruguai, Meu velho pago querido E por andar desprevenido Há tanto guri sem pai. No rancho de santa-fé, De pau-a-pique barreado, Num trancão de convidado Me entreverei no banzé. Chinaredo à bola-pé, No ambiente fumacento, Um candieiro, bem no centro, Num lusco-fusco de aurora, Pra quem chegava de fora Pouco enxergava ali dentro! Dei de mão numa tiangaça Que me cruzou no costado E já sai entreverado Entre a poeira e a fumaça, Oigalé china lindaça, Morena de toda a crina, Dessas da venta brasina, Com cheiro de lechiguana Que quando ergue uma pestana Até a noite se ilumina. Misto de diaba e de santa, Com ares de quem é dona E um gosto de temporona Que traz água na garganta. Eu me grudei na percanta O mesmo que um carrapato E o gaiteiro era um mulato Que até dormindo tocava E a gaita choramingava Como namoro de gato! A gaita velha gemia, Ás vezes quase parava, De repente se acordava E num vanerão se perdia E eu - contra a pele macia Daquele corpo moreno, Sentia o mundo pequeno, Bombeando cheio de enlevo Dois olhos - flores de trevo Com respingos de sereno! Mas o que é bom se termina - Cumpriu-se o velho ditado, Eu que dançava, embalado, Nos braços doces da china Escutei - de relancina, Uma espécie de relincho, Era o dono do bochincho, Meio oitavado num canto, Que me olhava - com espanto, Mais sério do que um capincho! E foi ele que se veio, Pois era dele a pinguancha, Bufando e abrindo cancha Como dono de rodeio. Quis me partir pelo meio Num talonaço de adaga Que - se me pega - me estraga, Chegou levantar um cisco, Mas não é a toa - chomisco! Que sou de São Luiz Gonzaga! Meio na volta do braço Consegui tirar o talho E quase que me atrapalho Porque havia pouco espaço, Mas senti o calor do aço E o calor do aço arde, Me levantei - sem alarde, Por causa do desaforo E soltei meu marca touro Num medonho buenas-tarde! Tenho visto coisa feia, Tenho visto judiaria, Mas ainda hoje me arrepia Lembrar aquela peleia, Talvez quem ouça - não creia, Mas vi brotar no pescoço, Do índio do berro grosso Como uma cinta vermelha E desde o beiço até a orelha Ficou relampeando o osso! O índio era um índio touro, Mas até touro se ajoelha, Cortado do beiço a orelha Amontoou-se como um couro E aquilo foi um estouro, Daqueles que dava medo, Espantou-se o chinaredo E amigos - foi uma zoada, Parecia até uma eguada Disparando num varzedo! Não há quem pinte o retrato Dum bochincho - quando estoura, Tinidos de adaga - espora E gritos de desacato. Berros de quarenta e quatro De cada canto da sala E a velha gaita baguala Num vanerão pacholento, Fazendo acompanhamento Do turumbamba de bala! É china que se escabela, Redemoinhando na porta E chiru da guampa torta Que vem direito à janela, Gritando - de toda guela, Num berreiro alucinante, Índio que não se garante, Vendo sangue - se apavora E se manda - campo fora, Levando tudo por diante! Sou crente na divindade, Morro quando Deus quiser, Mas amigos - se eu disser, Até periga a verdade, Naquela barbaridade, De chínaredo fugindo, De grito e bala zunindo, O gaiteiro - alheio a tudo, Tocava um xote clinudo, Já quase meio dormindo! E a coisa ia indo assim, Balanceei a situação, - Já quase sem munição, Todos atirando em mim. Qual ia ser o meu fim, Me dei conta - de repente, Não vou ficar pra semente, Mas gosto de andar no mundo, Me esperavam na do fundo, Saí na Porta da frente... E dali ganhei o mato, Abaixo de tiroteio E inda escutava o floreio Da cordeona do mulato E, pra encurtar o relato, Me bandeei pra o outro lado, Cruzei o Uruguai, a nado, Que o meu zaino era um capincho E a história desse bochincho Faz parte do meu passado! E a china - essa pergunta me é feita A cada vez que declamo É uma coisa que reclamo Porque não acho direita Considero uma desfeita Que compreender não consigo, Eu, no medonho perigo Duma situação brasina Todos perguntam da china E ninguém se importa comigo! E a china - eu nunca mais vi No meu gauderiar andejo, Somente em sonhos a vejo Em bárbaro frenesi. Talvez ande - por aí, No rodeio das alçadas, Ou - talvez - nas madrugadas, Seja uma estrela chirua Dessas - que se banha nua No espelho das aguadas
Em bruxas não acredito mas que elas hay elas hay, sou da costa do uruguai e por andar deprevenido há tanto guri sem pai !!! Adoro este trecho, Jayme é muito tri, adoro !!!
Esse missioneiro foi a maior estampa do Rio Grande xucro, um poeta raro pela linguagem simples mas de elevado valor poético, conta as coisas da sua, nossa terra, como poucos, já deve estar junto com Noel fandanguiando no paraiso, e lá tem muitas chinas de toda crina, ancas dourada, pelo sol do paraiso., E isso aí velho caudilho" gritaredo do chinaredo, parecia uma eguada disparando no varzedo, fantástico simplesmente..
Neste exato momento acabei de assar um pequeno churrasco para mim e a nega véia, sentei na minha cadeira de fronte ao gramado, com meu copo de cachaça e coloquei esse belo verso pra tocar e me peguei rindo sozinho. Que música linda! Eu amo o Rio Grande do Sul.
Sempre que ouço essa música fecho os olhos e fico imaginando esse bochincho, é incrível a maneira como ele descreve cada detalhe do acontecido. Igual Jayme nunca mais terá.
Que, versos, é sempre um renovo, escutar, apreciar, essa poesia chucra, nesse inverno, de várzea cheia, meu coração galopeia, e nessa altura se enleia, num tiro de boleadeira que vem dessa estirpe campeira, que é cria da timbauva, ali nesse chão sagrado, nesse pampa esverdeado, de colorado carnal, me vejo pegando os arreios e vou puchando pra porta do meu galpão da consciência, e já está decisão de encilhar um cavalo, e me firmar no estribo, e pegar o trote largo por esse Rio Grande do Sul, sempre lembrado nos versos do pajador missiineiro, a todos que fazem dessa arte um grande alento pra o bem do povo Gaúcho
Incrível, o poema ( o bochincho ) nos remete ao relato do poeta, é bem como ele diz, o leitor se transforma em personagem, na poesia ele sou eu, nesse momento ele vive, na leitura de quem lê, e nesse exato momento, sou portador do sentimento da alma do ser que um dia existiu e amou essa terra.
Buenas , isso sim é uma poesia , Não é essas coisas de hoje em dia , ou seja essas músicas gauchas de hoje em dia também estão virados numas coisas , o saudade do tempo antigo , ainda bem que me recordo com meu pai e com o RUclips o tempo antigo pelas músicas !
quero que neste sentimento em que o paisano que canta seus verço, e que passa com a alma caldilha a verdadeira erança farroupilha vivida neste rincão, e que passa de mao em mao de geração em geração, o orgulho a honra que já nao existente ao redor da nossa estancia, que as pestanas abertas de um povo sem tradição olhem para o sul e tenha como exemplo nossa terra nosso chão!!
sou gaúcho nacido em santa barbara do sul tenho muita saudade do velho rio grande e das tradições e dos galpões e das gaitas choronas e as poesias de Jaime mais peço a Deus o patrão velho que eu volte ao rio grande para rever e matar a saudade das musicas verdadeiro que se vê nos centro de tradição sou gaiteiro conhecido por santinho do acordeom nos tempos do programa RODEIO CORINGA na radio farroupilha um dia volto novamente e matarei a saudade
Conheci- o pessoalmente.
Era simples como só os gênios sabem ser.
Contava causos que hipnotizam os ouvintes.
Incarnava o gaúcho primitivo num coração de poeta.
Ninguém reproduziu a alma do gaúcho como o Jaime!
Só quem ouviu umTaura amigo recitar estes versos fora do Rio Grande, em volta de um fogo de chão, deixando cariocas, paulistas e paranaenses boquiabertos e nós também, ficou na memória!
Um Grande Gaúcho destes que não existem mais, este velho Taura deixou um legado imenso.
Imortal Jayme Caetano Braun! Clássicos da poesia gaúcha!
Eu tive o privilégio de ver e ouvir Jaime Pedro ortaca Noel guarani cenair maica chaloi tiara e João Almeida neto em 3 de maio rs em 1983 é um privilegio
Saudades...de um tempo que não vivi, mas que toca profundamente na minha alma
GRANDE, GRANDE, ......JAIME CAETANO BRAUN. ESTRELA QUE SEMPRE ESTARÁ BRILHANDO NO CÉU.
Como se dizem. Em todos acampamentos e fogões sempre haverá um índio de tutano pra lembrar Jaime Caetano .
Todo un descubrimiento, no puedo creer un payador gaúcho, e incribel, muito bom
Sò Quem Já Esteve Num Bochincho..Pode Entender Poêmas Como Esse. Gránde Jaime Caetano Braum.. Trønco Missioneiro.
Logo sairá un livro sobre Jaime..onde o relato bolicho do Jaime. É onde eu vivo com meu pai serrinha do rosário....ainda resta tábuas é un galpão feito com tábuas do velho rancho..
Saudade que ainda aperta o peito,
homem de todo respeito, carregava impresso na alma, a marca do gaúcho taura, que ainda ainda impõe respeito.
Vez minha coragem este poema que meus familiares amavam com emoção.
Não é uma poesia.....
UMA OBRA DE ARTE.
Sou Paranaense também, com muito orgulho.
E sou grande admirador dos costumes gauchescos. E Jayme Caetano Braun será lembrado pela eternidade.
👏👏👏👏👏🐂🐎
Maior de todos!!!
Perfeito... tô com 40 anos,escuto desde uns 12 anos...parece os causos do meu avô,Universino Pureza...o velho "ginete" de Canguçu
Canguçu terra buêna demais !
isto é o hino missioneiro meus amigos moro no PR mas só de escuta, parece que to no velho rio ijui
eee homem veio me fes me lembra meu passado muito obrigado por me lembrar na verdade nunca me esqueci mais é bom refrescar às memórias
O Sul é o meu PAÍS!
É o mundo.
Conheci esse autêntico poeta da cultura gaúcha em 1985 declamando esse poema inesquecível, que nunca mais me saiu da mente.
Pra quem não conhece São luiz Gonzaga..
No trevo chegando de Santo Ângelo, está ali Palanqueado Jayme Caetano Braun...
Em pedra mas a alma do Pajador rodeia a estátua...
Grande e eterno Pajador..
Orgulho nosso !!!!
Eu conheci o JAYME de pedra, a caminho a terras.correntinas! Apeei" do 4x4 e fui dar meus cumprimentos a este quera" e me enterneci! Longe do Rio Grande há mais de 20 anos, mas ao ve-lo, mesmo em pedra, todo o sentimento pelo meu.pago, explodiu em meu coração de gaúcha
A LA.PUCHA, TERRA AMADA!
Eu vim aqui por curiosidade, sou de São Luiz Gonzaga e minha mãe está a frente do turismo, acabei me incentivando e fiquei extremamente feliz e orgulhosa da minha terra, como há muito não sentia 💜
Por esse e outros que me da ainda mais orgulho de ser gaúcho!!!
Meus amigos que me perdoe mas gênio como este nunca mais vamos ter , que pena nos resta sempre lembra com respeito , porque é uma honra dizer que sou gaúcho graças a Deus
Ganhei um campeonato de poesia declamando o bochincho...nunca mais esqueci! Eterno Jaime Caetano Braum
O JAYME VIROU MITO E LENDA.
Leopoldo Rassie, que saudades. Que os Anjos estejam contigo.
Essa ausência nos faz falta
Estamos precisando de homens assim hoje no meu querido Rio Grande do Sul
É cultura do Rio Grande, trás lembranças e emociona e da uma baita saudade dos Bailes de galpão e caramanchão onde era embalados por gaita, pandeiro e violão. O tempo bom.
Vinte de setenbro
Jayme Caetano Braun, grande poeta e payador que imortalizou a figura do payador riograndense, creio que a tenha criado, e se imortalizou pelo talento, sem adquirir títulos em academias.
H
grande jaime , não nasce outro igual,melhor poeta do Rio Grande.
Grande Jaime Caetano Braum! E se hoje estás vivendo, na estância grande do céu, engraxando algum sovéu pro Patrão Velho Buenacho, não te esquece aqui debaixo, onde a lo largo ainda existe, muito Xirú Velho triste, como tu, criado guacho!!!
Tio Anastácio...... A ultima frase, no livro é "Como tú, Tio Anastácio"
A um bochincho - certa feita,
Fui chegando - de curioso,
Que o vicio - é que nem sarnoso,
nunca pára - nem se ajeita.
Baile de gente direita
Vi, de pronto, que não era,
Na noite de primavera
Gaguejava a voz dum tango
E eu sou louco por fandango
Que nem pinto por quireral.
Atei meu zaino - longito,
Num galho de guamirim,
Desde guri fui assim,
Não brinco nem facilito.
Em bruxas não acredito
'Pero - que las, las hay',
Sou da costa do Uruguai,
Meu velho pago querido
E por andar desprevenido
Há tanto guri sem pai.
No rancho de santa-fé,
De pau-a-pique barreado,
Num trancão de convidado
Me entreverei no banzé.
Chinaredo à bola-pé,
No ambiente fumacento,
Um candieiro, bem no centro,
Num lusco-fusco de aurora,
Pra quem chegava de fora
Pouco enxergava ali dentro!
Dei de mão numa tiangaça
Que me cruzou no costado
E já sai entreverado
Entre a poeira e a fumaça,
Oigalé china lindaça,
Morena de toda a crina,
Dessas da venta brasina,
Com cheiro de lechiguana
Que quando ergue uma pestana
Até a noite se ilumina.
Misto de diaba e de santa,
Com ares de quem é dona
E um gosto de temporona
Que traz água na garganta.
Eu me grudei na percanta
O mesmo que um carrapato
E o gaiteiro era um mulato
Que até dormindo tocava
E a gaita choramingava
Como namoro de gato!
A gaita velha gemia,
Ás vezes quase parava,
De repente se acordava
E num vanerão se perdia
E eu - contra a pele macia
Daquele corpo moreno,
Sentia o mundo pequeno,
Bombeando cheio de enlevo
Dois olhos - flores de trevo
Com respingos de sereno!
Mas o que é bom se termina
- Cumpriu-se o velho ditado,
Eu que dançava, embalado,
Nos braços doces da china
Escutei - de relancina,
Uma espécie de relincho,
Era o dono do bochincho,
Meio oitavado num canto,
Que me olhava - com espanto,
Mais sério do que um capincho!
E foi ele que se veio,
Pois era dele a pinguancha,
Bufando e abrindo cancha
Como dono de rodeio.
Quis me partir pelo meio
Num talonaço de adaga
Que - se me pega - me estraga,
Chegou levantar um cisco,
Mas não é a toa - chomisco!
Que sou de São Luiz Gonzaga!
Meio na volta do braço
Consegui tirar o talho
E quase que me atrapalho
Porque havia pouco espaço,
Mas senti o calor do aço
E o calor do aço arde,
Me levantei - sem alarde,
Por causa do desaforo
E soltei meu marca touro
Num medonho buenas-tarde!
Tenho visto coisa feia,
Tenho visto judiaria,
Mas ainda hoje me arrepia
Lembrar aquela peleia,
Talvez quem ouça - não creia,
Mas vi brotar no pescoço,
Do índio do berro grosso
Como uma cinta vermelha
E desde o beiço até a orelha
Ficou relampeando o osso!
O índio era um índio touro,
Mas até touro se ajoelha,
Cortado do beiço a orelha
Amontoou-se como um couro
E aquilo foi um estouro,
Daqueles que dava medo,
Espantou-se o chinaredo
E amigos - foi uma zoada,
Parecia até uma eguada
Disparando num varzedo!
Não há quem pinte o retrato
Dum bochincho - quando estoura,
Tinidos de adaga - espora
E gritos de desacato.
Berros de quarenta e quatro
De cada canto da sala
E a velha gaita baguala
Num vanerão pacholento,
Fazendo acompanhamento
Do turumbamba de bala!
É china que se escabela,
Redemoinhando na porta
E chiru da guampa torta
Que vem direito à janela,
Gritando - de toda guela,
Num berreiro alucinante,
Índio que não se garante,
Vendo sangue - se apavora
E se manda - campo fora,
Levando tudo por diante!
Sou crente na divindade,
Morro quando Deus quiser,
Mas amigos - se eu disser,
Até periga a verdade,
Naquela barbaridade,
De chínaredo fugindo,
De grito e bala zunindo,
O gaiteiro - alheio a tudo,
Tocava um xote clinudo,
Já quase meio dormindo!
E a coisa ia indo assim,
Balanceei a situação,
- Já quase sem munição,
Todos atirando em mim.
Qual ia ser o meu fim,
Me dei conta - de repente,
Não vou ficar pra semente,
Mas gosto de andar no mundo,
Me esperavam na do fundo,
Saí na Porta da frente...
E dali ganhei o mato,
Abaixo de tiroteio
E inda escutava o floreio
Da cordeona do mulato
E, pra encurtar o relato,
Me bandeei pra o outro lado,
Cruzei o Uruguai, a nado,
Que o meu zaino era um capincho
E a história desse bochincho
Faz parte do meu passado!
E a china - essa pergunta me é feita
A cada vez que declamo
É uma coisa que reclamo
Porque não acho direita
Considero uma desfeita
Que compreender não consigo,
Eu, no medonho perigo
Duma situação brasina
Todos perguntam da china
E ninguém se importa comigo!
E a china - eu nunca mais vi
No meu gauderiar andejo,
Somente em sonhos a vejo
Em bárbaro frenesi.
Talvez ande - por aí,
No rodeio das alçadas,
Ou - talvez - nas madrugadas,
Seja uma estrela chirua
Dessas - que se banha nua
No espelho das aguadas
Alguns erros gramaticos, mas valeu!
Não dá para dizer que tem qualquer erro de gramática pois essa é a forma que eles realmente falam e ninguém se atreve a corrigir!
@@pacerodi top
Eu decorei essa letra inteira ouvindo umas 10 vezes
@@pacerodi nenhum erro gramático aqui amigo!
Em bruxas não acredito mas que elas hay elas hay, sou da costa do uruguai e por andar deprevenido há tanto guri sem pai !!! Adoro este trecho, Jayme é muito tri, adoro !!!
?
Esse missioneiro foi a maior estampa do Rio Grande xucro, um poeta raro pela linguagem simples mas de elevado valor poético, conta as coisas da sua, nossa terra, como poucos, já deve estar junto com Noel fandanguiando no paraiso, e lá tem muitas chinas de toda crina, ancas dourada, pelo sol do paraiso.,
E isso aí velho caudilho" gritaredo do chinaredo, parecia uma eguada disparando no varzedo, fantástico simplesmente..
A autêntica poesia gaúcha, que traz no verso o gosto doce do chão sulista, nada se iguala ao Jaime
Neste exato momento acabei de assar um pequeno churrasco para mim e a nega véia, sentei na minha cadeira de fronte ao gramado, com meu copo de cachaça e coloquei esse belo verso pra tocar e me peguei rindo sozinho. Que música linda! Eu amo o Rio Grande do Sul.
aprendi escutar com meu tio que saldades dele ja nos deichou mas adimiro essa declamaçao
Se o mundo de hoje, prestasse atenção nas letras de fundamento, do mestre dos versos da alma, nossa realidade seria de honra, respeito e bravura.
Isso que é cultura tradição cavalo galo de rinha cachorro de caça e gaita ponto que isso nunca se acabe
Grande Jayme Caetano Braun, linda suas memórias!!!
👋👋👋🎵 é uma letra lindaaa 👏 eu.sou fã dele...!!! esse é o rio grande!!!👋👋😉
Jaime um poeta que jamais existira outro igual suas poesias ficara para sempre.
Sempre que ouço essa música fecho os olhos e fico imaginando esse bochincho, é incrível a maneira como ele descreve cada detalhe do acontecido. Igual Jayme nunca mais terá.
E a china, nunca mais vi,...!!Coisa Linda essa poesia!!
este foi e sempre sera o poeta dos poetas do riogrande
Ouvindo esta poesia me sinto mais orgulho em ser Missioneiro de São Luiz Gonzaga
Que, versos, é sempre um renovo, escutar, apreciar, essa poesia chucra, nesse inverno, de várzea cheia, meu coração galopeia, e nessa altura se enleia, num tiro de boleadeira que vem dessa estirpe campeira, que é cria da timbauva, ali nesse chão sagrado, nesse pampa esverdeado, de colorado carnal, me vejo pegando os arreios e vou puchando pra porta do meu galpão da consciência, e já está decisão de encilhar um cavalo, e me firmar no estribo, e pegar o trote largo por esse Rio Grande do Sul, sempre lembrado nos versos do pajador missiineiro, a todos que fazem dessa arte um grande alento pra o bem do povo Gaúcho
Este poema é uma obra!
Está poesia, pode ser reproduzida em um filme com as paisagem das missioneiras de São Luís Gonzaga
Buenas. Segue um link do Bochincho - o filme ruclips.net/video/-_cwZsA5lRw/видео.html
Gosto muito do Saudoso Jaime, o rei dos declamadores ,o tiroteio e o entrevero foi tamanho que ele chegou em um baio e fugiu em um zaino
Buenas gaúchada que Saudade do pampa tô perdido pelas voltas da vida mais saudade do pampa
Orgulho de termos viventes desse naipe
um poema maravilhoso, igual a JAYME CAETANO BRAUN não terá outro, talvez melhores ou piores, mas igual jamais....
“Bochincho “, e o que representa o Rio Grande do Sul! Pelas palavras de Jayme Caetano Braun em forma de verso!
Para eternidade. Jayme Caetano Braun. Foi e sempre sera o melhor. Obrigado Amigo.
Incrível, o poema ( o bochincho ) nos remete ao relato do poeta, é bem como ele diz, o leitor se transforma em personagem, na poesia ele sou eu, nesse momento ele vive, na leitura de quem lê, e nesse exato momento, sou portador do sentimento da alma do ser que um dia existiu e amou essa terra.
Buenas , isso sim é uma poesia , Não é essas coisas de hoje em dia , ou seja essas músicas gauchas de hoje em dia também estão virados numas coisas , o saudade do tempo antigo , ainda bem que me recordo com meu pai e com o RUclips o tempo antigo pelas músicas !
quero que neste sentimento em que o paisano que canta seus verço, e que passa com a alma caldilha a verdadeira erança farroupilha vivida neste rincão, e que passa de mao em mao de geração em geração, o orgulho a honra que já nao existente ao redor da nossa estancia, que as pestanas abertas de um povo sem tradição olhem para o sul e tenha como exemplo nossa terra nosso chão!!
esses versos ,é apenas uma das obras prima desse mestre ,Jayme Caetano Braun
minha preferida. " e por andar desprevenido há tanto guri sem pai".
Essa é pro Carnaval.
Sim kkkkkk
Sempre me emociono, obrigado!
Essa, pra mim, sem dúvida, é a melhor interpretação dada a essa pajada!
Que saudade deixastes Taura, que Deus o tenha na estância do céu
Este Poéma Não Deixa De Ser Uma Verdade. Quantas Peleias Acontecem Por Esse Rio Grânde a Fòra.
Sustentou em versos e em rimas boas partes de minha vida. Rogo ao meu Deus que lhe dê a acolhida,neste pago de céu .
Melhor poeta Gaúcho de todos os tempos! JCB 💙👏👏👏👏👏👏
sou gaúcho nacido em santa barbara do sul tenho muita saudade do velho rio grande e das tradições e dos galpões e das gaitas choronas e as poesias de Jaime mais peço a Deus o patrão velho que eu volte ao rio grande para rever e matar a saudade das musicas verdadeiro que se vê nos centro de tradição sou gaiteiro conhecido por santinho do acordeom nos tempos do programa RODEIO CORINGA na radio farroupilha um dia volto novamente e matarei a saudade
2021 tamo declamando junto com esse home veio
barbaridade uma baita de uma paya, grande mestre que o patrão velho te tenha, orgulho do sul!
Grande ... maravilhoso
Eterno Hino Missioneiro....muito bagual mesmo tche
Poeta auténtico de La República do Rio grande .
Parabéns Caetano Brau és e sempre será firme e forte e não existe nem um bagual igual.
DESTE NÃO VAI EXISTIR OUTRO.
um monstro ,um dos maiores poeta gaúcho que vai ficar para eternidade...
O melhor poeta que já vi na vida excepcional brilhante em seus versos
O maior de todos....
Saudades do meu Rio Grande
Voltei a ouvir. Simplesmente genial
Sou fã de carteirinha grandes poesias
maior payador rio-grandense, eterno Jayme Caetano Braun
Este foi a frente do seu tempo como Texerinha e aínda hoje Pedro hortasa
esse é o verdadeiro poeta gaúcho que demonstrou em versos o amor pela querencia....
Que bom se existisse gaúchos como Jaime nos dias de hoje
Mostro poeta do velho Rio Grande!
saudade Rio Grande do Sul sou mais um gaúcho perdido
Nercio Piccin eu também.... Gaúcha que mora no Ceará
Gaucho que mantém o coração no pampa nunca está perdido ...
Eu to perdido em Vancouver companheiro, longe, longe do pampa querido.
Forte abraço aqui dos pampas.
Nosso poeta maior.
Um grande salve da bugrada aqui do Juá - RS.
Salve!
Fiquei fã depois da sua morte o poeta é eterno
Dom Jayme Caetano Braun. Imortal!
Como diria outro Poeta: "Falta distancia no pago e sobra cavalo."
Essa é a voz. Nossa voz riograndense pra indio d pura cepa criado na moda antiga me orgulho d nascer nesso torao gaucho q amo ate a morte
Bah esse índio ta fazendo falta
SE ALGUM PRODUTOR FIZESSE UM CLIPE IRIA FICAR TOP !!!! POIS QUANDO ESCUTO FICO SÓ NA IMAGINAÇÃO ...
"Não há quem pinte o retrato dum bochincho quando estoura"
haha exatamente!
Tem que chamar o Spielberg pra fazer um filme desse kkkk
Buenas. Segue o link de Bochincho - O Filme ruclips.net/video/-_cwZsA5lRw/видео.html
@@isiscoelho1528 kkkkk
O grande mestre da posia campeira Dr Jayme Caetano Braun
POR ESSAS E MUITAS OUTRAS RAZÕES QUE TENHO MUITO ORGULHO EM SER GAÚCHO DE CAZUZA FERREIRA - SÃO FRANCISCO DE PAULA.
tai um gaúcho que amou cada pedacinho do rio grande , descance em paz, chirù buenacho na estancia grande do pai...
Isso é puro xucrismo!!!🙌🙌🙌
Dom Jayme,o melhor de todos.
Sem comentário muito boa
Uma lenda Riograndense. Bravo!!!