COMO HUMBERTO CASTELLO BRANCO MORREU?

Como Humberto Castello Branco morreu?
Humberto de Alencar Castelo Branco, foi o primeiro de cinco generais a servir como presidente, durante os 21 anos de ditadura militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985.
Humberto de Alencar Castello Branco nasceu em 20 de setembro de 1897, em Fortaleza, no Ceará, Brasil. Sua família fazia parte da classe média local. Seu pai, Cândido Borges Castello Branco, era um oficial do Exército Brasileiro. Sua mãe, Antonieta Alencar Castello Branco, pertencia a uma família de tradição militar.
Criado numa família de origem militar, Humberto cresceu em um ambiente em que os valores de disciplina, hierarquia e patriotismo eram enfatizados. Isso pode ter influenciado sua decisão de seguir a carreira militar mais tarde em sua vida.
Ainda muito jovem, ingressou na escola
Como um jovem tenente, Castello Branco se recusou a participar das várias revoltas militares da década de 1920. Em vez disso, lutou contra a Coluna Luís Carlos Prestes no Mato Grosso e na Bahia, e permaneceu leal ao governo durante a Revolução de 1930.
Com o propósito de transmitir suas experiências, assumiu o cargo de diretor de Ensino da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, e mais tarde vai se envolver intimamente com o Colégio Superior de Guerra do Brasil, fundado em 1949, com a ajuda de assessores franceses e americanos.
Sua chegada à presidência do Brasil, vai acontecer em 1964, após o golpe militar, que derrubou o presidente democraticamente eleito João Goulart, alegando ameaças comunistas, e problemas econômicos como justificativa.
Castello Branco foi escolhido pelos líderes militares, para assumir a presidência como um "presidente de transição", com a missão de estabilizar o país e prepará-lo para o retorno à democracia. Ele assumiu o cargo em 15 de abril de 1964.
Seu governo foi marcado por medidas autoritárias, como a cassação de mandatos políticos, a suspensão dos direitos civis, a censura à imprensa, a criação do Serviço Nacional de Informações e do Ato Institucional nº 2 , que extinguiu os partidos políticos e instituiu as eleições indiretas para presidente.
Ao mesmo tempo, seu governo buscou implementar reformas econômicas, sociais e administrativas, como a criação do Banco Nacional de Habitação, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o Estatuto da Terra e o Programa de Ação Econômica do Governo, que visava ao controle da inflação, ao estímulo às exportações e à abertura ao capital estrangeiro.
No início de 1966, o mandato presidencial de Castello Branco foi prorrogado, contra sua vontade, por mais um ano. O final de seu mandato foi marcado por fortes protestos, contra as medidas que foram implementadas em sua presidência. Esses protestos eram liderados pela União Nacional dos Estudantes Universitários e por alguns clérigos católicos.
Com o fim de sua presidência chegando, Castello Branco desejava ser sucedido por um civil que integrasse o MDB, no entanto os mais radicais do exército prevaleceram, e o escolhido foi o Ministro da Guerra Costa e Silva, nomeado e empossado em 15 de março de 1967.
Após deixar o cargo de presidente, Castello Branco continuou a exercer uma influência moderada nos assuntos nacionais. Porém ficou cada vez mais afastado dos holofotes e das decisões governamentais. Ele optou por levar uma vida tranquila, longe das complexidades e controvérsias da cena política brasileira.
No entanto, essa fase de relativa calmaria, foi tragicamente interrompida em 18 de julho de 1967, quando Castello Branco estava a bordo de uma aeronave da Força Aérea Brasileira.
Por volta das 9h30, a aeronave que o ex-presidente se encontrava, estava se preparando para pousar na Base Aérea de Fortaleza, quando foi atingido por uma das asas do T-33, que era pilotado pelo aspirante Alfredo Malan.
Com a colisão, a aeronave que Castelo Branco estava, perdeu estabilidade, e caiu numa área descampada nas proximidades da base aérea. O único tripulante que conseguiu sobreviver foi o copiloto da aeronave.
Relatos da época, dizem que Castelo Branco ainda estava vivo no instante da colisão com o solo, mas morreu logo em seguida. Ele faleceu no dia 8 de julho de 1967, com 69 anos.
O corpo de Castello Branco foi primeiramente levado a Brasília, a capital do Brasil, onde foi realizada uma comovente cerimônia de velório público. Milhares de pessoas, entre autoridades, militares e cidadãos comuns, compareceram para se despedir e fazer homenagens.
Como primeiro presidente da Ditadura Militar, Castello Branco ainda é fruto de uma infinidade de discussões, sobre a importância de seu tempo na presidência brasileira. Seu legado é lembrado e debatido até os dias atuais, onde muitas pessoas o reconhecem como um grande presidente, já outras o enxergam como alguém que impôs tempos sombrios para o Brasil.
E foi assim que Humberto Castello Branco morreu.