Acompanhar o mergulho na própria psique de GH, nos oportuniza fazer o mesmo conosco mesmo. É ótimo fazer essa leitura coletiva e alcançar a dilatação da própria psiquê, acompanhando as reflexões da personagem. Tudo que nos repulsa tem algo a nos dizer sobre nós mesmos.
Na minha leitura nao fiz essa associaçao historica tao grande que tu destaca constantemente. Interessante essa tua colocação. Minha reflexão foi associada ao interior, a se encontrar e se conhecer em todas as camadas da sua totalidade... Em SER humano.
Você me ensinou a entender Clarice. 💗Na verdade não é bem entender ela, mas o modo de ler a escrita dela. Durante toda a leitura eu meio que imaginei ela em uma terapia, sendo que eu entendi a barata como sendo os sentimentos e as coisas que ela não gostava nela mesmo e que vinha tentando superar. Acredito que para ler Clarice deve se estar disposto ( a) a decifrar.
Sua análise é profunda e super explicativa, muitas vezes ao ler passamos batidos e não aprofundamos nossa interpretação, mas você sempre nos mostra que é possível ir muito além, parabéns, sou seu fã!
Uma profunda percepção existencial sobre a jornada do herói (a obra me parece ser um olhar existencialista sobre as narrativas coletivas de construção de vida e de sentido), onde a personagem começa a desconstruir uma vida tomada por valores externos - dinheiro, status etc - e pelos caminhos pré estabelecidos, onde vive-se a vida no automático ou "como você deveria". Depois de ser levada por forças sociais, psicológicas etc sem auto-reflexão, com uma armadura que protege mas também impede qualquer movimento (e o uso da figura de um tripé é genial), rola uma epifania metafísica cheia de referências arqueológicas e míticas que vão fluindo de um processo mental tão complexo quanto a própria vida, culminando em reflexões sobre a própria realidade das coisas. Clarice tem um dom especial de percorrer a aceitação do infinito desconhecido, os sentimento de frustração, solidão e inquietude na busca pela construção de sentido e o silêncio da imersão na natureza - e portanto em si mesmo, nos arquétipos humanos e talvez em tudo -, os paradoxos e as incertezas das mudanças estruturais, a busca por uma dissociação da diferença (no sentido de que criamos os conceitos diferenciando "isto" e "aquilo") e o encontro da unidade (a busca pelo que existe de comum entre as coisas, a percepção de que o ser humano e a natureza são unos). Tudo isso é questionado de forma bastante poética, como se a personagem tivesse tocado a experiência de um ubermensch, de certa forma para além da moralidade humana, basicamente depois de comer uma baratinha - talvez indicando que o rito específico de auto-reflexão (ou de reflexão metafísica) seja apenas um acessório útil, tão ordinário como uma barata, mas ao mesmo tempo um "portal" que permite um acesso à ancestralidade do cosmos e uma imersão no inconsciente coletivo. Excelente vídeo e ótima discussão no canal, obrigado!
Isa você é incrível! Muita coragem de ler e comentar este livro difícil abertamente! Eu já tinha lido e pra mim o ponto ápice foi descobrir que ela come a barata apenas quando esta passagem chegou no livro, foi um choque sem tamanho! Mas talvez você tenha razão que, sabendo isso de antemão, facilitou a compreensão.
Isa, muito obrigada pela live, seu trabalho foi impecável, não tinha entendido várias das coisas que você pontuou. Nunca tive vontade de ler esse livro, mas está se tornando um favorito graças a você!!
Muito boa e bonita análise deste Grande livro de Clarice Lispector,uma reflexão do que é um ser natural que pertence ao planeta como outro ser e que despe a capa do ser civilizado e de todo um mundo criado de convenções, mitos que são criados por nós para explicar fenómenos naturais que as vezes são desconfortáveis, que nos incomodam e que são difíceis de encarar mas que fazem parte de nós enquanto seres naturais ...que devíamos encarar como fazendo parte de nós.
Vejo esse livro como a historia de uma mulher rica se desconstruindo rsrs Ela ve os empregados como baratas (compara o tempo td). E qnd entra no ambiente natural (selvagem) desses "animais repugnantes" ( q eh como ela vê os empregados), ela percebe q n existe diferença entre a barata e ela (os empregados e ela). E ela considera isso, se ver como um igual, como a ultima fronteira da civilidade q ela ta cruzando. Que se ver como igual era algo horrendo, repugnante. Que a partir dali a sociedade veria ela como louca por fazer uma nojeira dessa. Tenso
Verdade. Isa é inexplicável porque ouvi algumas especialistas em Clarice que apontaram-me o caminho mas, em se tratando dessa autora é preciso estarmos com leitores que passam pelos mesmos perrengues e compreendem juntos. Como diz a G. H. "Dá-me a tua mão".
Me senti dessa forma que vc disse no início com o livro Ao Farol da Virgínia Wolf. Até gostaria de uma leitura coletiva dele pra ver se entendo um pouco
Isa, tive uma "epifania" ontem depois da discussão ao vivo e de suas considerações. Será que o título A paixão segundo GH, não tem relação com a Paixão de Cristo?
A leitura me repete muito aos arquétipos femininos do livro de Clarissa Pinkola Estés, "Mulheres que correm com os lobos" (o lobo na parede desenhado). O estado instintivo e intuitivo feminino.
Não gostei muito do livro. Na vdd me decepcionei. A escrita dela é realmente primorosa, mas o contexto da história, o cenário, a personagem, não deu não. Reflexões por uma rica solteirona de meia idade q nunca sofreu as agruras da vida e agora quer se fazer crer q abriu os olhos pra vida 🤷🏾♀️ não dá msm rs
Essa mulher é fantástica! Isso sim é investimento do yotub!
Acompanhar o mergulho na própria psique de GH, nos oportuniza fazer o mesmo conosco mesmo. É ótimo fazer essa leitura coletiva e alcançar a dilatação da própria psiquê, acompanhando as reflexões da personagem. Tudo que nos repulsa tem algo a nos dizer sobre nós mesmos.
Isa, vc consegue tornar Clarice compreensível para leigos. Parabéns.
Na minha leitura nao fiz essa associaçao historica tao grande que tu destaca constantemente. Interessante essa tua colocação. Minha reflexão foi associada ao interior, a se encontrar e se conhecer em todas as camadas da sua totalidade... Em SER humano.
Você me ensinou a entender Clarice. 💗Na verdade não é bem entender ela, mas o modo de ler a escrita dela. Durante toda a leitura eu meio que imaginei ela em uma terapia, sendo que eu entendi a barata como sendo os sentimentos e as coisas que ela não gostava nela mesmo e que vinha tentando superar. Acredito que para ler Clarice deve se estar disposto ( a) a decifrar.
Sua análise é profunda e super explicativa, muitas vezes ao ler passamos batidos e não aprofundamos nossa interpretação, mas você sempre nos mostra que é possível ir muito além, parabéns, sou seu fã!
Ela é demais! É apaixonante como ele coloca tanta profundidade no que fala e crítica.
Estou lendo agora A paixão segundo GH e essas discussões tem sido muito esclarecedoras. Verdadeira epifania!
Consegui finalizar o livro hoje , e com esse vídeo muita coisa fez sentindo e me fez entender melhor essa grande obra.Obrigada
terminei esse livro agora em Outubro/23 e foi uma doidera total, mas ao mesmo tempo muito bom viajar nas ideias da Clarice....
Isa, Parabéns, voce foi demais.Muito obrigada.
Uma profunda percepção existencial sobre a jornada do herói (a obra me parece ser um olhar existencialista sobre as narrativas coletivas de construção de vida e de sentido), onde a personagem começa a desconstruir uma vida tomada por valores externos - dinheiro, status etc - e pelos caminhos pré estabelecidos, onde vive-se a vida no automático ou "como você deveria".
Depois de ser levada por forças sociais, psicológicas etc sem auto-reflexão, com uma armadura que protege mas também impede qualquer movimento (e o uso da figura de um tripé é genial), rola uma epifania metafísica cheia de referências arqueológicas e míticas que vão fluindo de um processo mental tão complexo quanto a própria vida, culminando em reflexões sobre a própria realidade das coisas.
Clarice tem um dom especial de percorrer a aceitação do infinito desconhecido, os sentimento de frustração, solidão e inquietude na busca pela construção de sentido e o silêncio da imersão na natureza - e portanto em si mesmo, nos arquétipos humanos e talvez em tudo -, os paradoxos e as incertezas das mudanças estruturais, a busca por uma dissociação da diferença (no sentido de que criamos os conceitos diferenciando "isto" e "aquilo") e o encontro da unidade (a busca pelo que existe de comum entre as coisas, a percepção de que o ser humano e a natureza são unos).
Tudo isso é questionado de forma bastante poética, como se a personagem tivesse tocado a experiência de um ubermensch, de certa forma para além da moralidade humana, basicamente depois de comer uma baratinha - talvez indicando que o rito específico de auto-reflexão (ou de reflexão metafísica) seja apenas um acessório útil, tão ordinário como uma barata, mas ao mesmo tempo um "portal" que permite um acesso à ancestralidade do cosmos e uma imersão no inconsciente coletivo.
Excelente vídeo e ótima discussão no canal, obrigado!
Isa você é incrível! Muita coragem de ler e comentar este livro difícil abertamente! Eu já tinha lido e pra mim o ponto ápice foi descobrir que ela come a barata apenas quando esta passagem chegou no livro, foi um choque sem tamanho! Mas talvez você tenha razão que, sabendo isso de antemão, facilitou a compreensão.
Isa, muito obrigada pela live, seu trabalho foi impecável, não tinha entendido várias das coisas que você pontuou. Nunca tive vontade de ler esse livro, mas está se tornando um favorito graças a você!!
Isa, você é fantástica. Muito cuidadosa e delicada sua análise,
Amo esse canal ❤️
Muito boa e bonita análise deste Grande livro de Clarice Lispector,uma reflexão do que é um ser natural que pertence ao planeta como outro ser e que despe a capa do ser civilizado e de todo um mundo criado de convenções, mitos que são criados por nós para explicar fenómenos naturais que as vezes são desconfortáveis, que nos incomodam e que são difíceis de encarar mas que fazem parte de nós enquanto seres naturais ...que devíamos encarar como fazendo parte de nós.
Vejo esse livro como a historia de uma mulher rica se desconstruindo rsrs
Ela ve os empregados como baratas (compara o tempo td). E qnd entra no ambiente natural (selvagem) desses "animais repugnantes" ( q eh como ela vê os empregados), ela percebe q n existe diferença entre a barata e ela (os empregados e ela).
E ela considera isso, se ver como um igual, como a ultima fronteira da civilidade q ela ta cruzando. Que se ver como igual era algo horrendo, repugnante. Que a partir dali a sociedade veria ela como louca por fazer uma nojeira dessa.
Tenso
Eu, desde sempre, vou grafando as partes do texto que entendo merecerem destaque para uma futura releitura.😉
Eu me atrasei na leitura e estou assistindo a Live agora. Que Live incrível! Mais uma vez obrigada por esse trabalho incrível Isa!!
Isa, eu tb vou grifando muitas coisas. Me ajuda na concentração e entendimento do texto.
Vc e ótima como sempre
Olá! 😃
Bom dia!
Se eu teve se mas tempo eu lia mas livros
Eu queria ler os livros que vc le más como sempre São Luís e tão atrasado e não tem
Muitas das vezes eu tenho que comprar pela net
Gostaria de saber como devo colabora, financeiramente com o seu trabalho.?
Outro livro depois dessa live!!! 🙏🙏🙏😘😘😘
Verdade. Isa é inexplicável porque ouvi algumas especialistas em Clarice que apontaram-me o caminho mas, em se tratando dessa autora é preciso estarmos com leitores que passam pelos mesmos perrengues e compreendem juntos. Como diz a G. H. "Dá-me a tua mão".
Me senti dessa forma que vc disse no início com o livro Ao Farol da Virgínia Wolf. Até gostaria de uma leitura coletiva dele pra ver se entendo um pouco
Eu tô assistindo vc de São Luís do Maranhão
Isa, amei sua análise!! Vou dizer que não tinha entendido nada kkk Super confuso, mas com suas reflexões clareou!! 💗
assistindo atrasada, mas não perco por nada, bjs.
Boa leitura a todos. Isa, leia por favor O coração é um caçador Solitário. Bjos
Manaus AM
De Portugal- Massamá- Sintra
Amei, amei ❤️
Guarulhos - SP
Recife - PE da terra de Clarice
Clarice é demais não é! A melhor🤩😍👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
PERFEITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Paixão talvez venha da palavra grega "pathos"- sofrimento
Fiquei até com vontade de reler GH... Quando li achei tão chato!
Olá! 😃Boa noite querida
Clarisse Lispector é muito difícil de se explicar. Você sente mais do que entende é uma leitura para vida toda
Que delicia essa live
estou te vendo sua criatividade admirável muqui-esp.santo
Amamos o microfone!! haha
De Rio Branco/Acre
Isa, tive uma "epifania" ontem depois da discussão ao vivo e de suas considerações. Será que o título A paixão segundo GH, não tem relação com a Paixão de Cristo?
Pensei isso tbm. A Paixão como a passagem pra uma nova vida, sob um.novo olhar!!👍
Oi Isa! Que desafio ler e interpretar esse texto hem?! Já que vc falou em referências científicas, uma barata em cada olho... Isso é meio fractal né!!
Ah! Perdi ao vivo.
O bom é q fica salvo no canal, Helena. Assisti agora.
Nossa entendi muito o que eu quis. Entendi que ela tinha demitido sim a empregada. E o quarto da empregada ela fazia de depósito
A leitura me repete muito aos arquétipos femininos do livro de Clarissa Pinkola Estés, "Mulheres que correm com os lobos" (o lobo na parede desenhado).
O estado instintivo e intuitivo feminino.
Paixão palavra linda que os homens no geral não pronuciao
Chegou na parte da barata, desisti! Já estava chato, segui só por sua causa...
💙
Não gostei muito do livro. Na vdd me decepcionei. A escrita dela é realmente primorosa, mas o contexto da história, o cenário, a personagem, não deu não. Reflexões por uma rica solteirona de meia idade q nunca sofreu as agruras da vida e agora quer se fazer crer q abriu os olhos pra vida 🤷🏾♀️ não dá msm rs