Caramba, Jana, parece que esse vídeo foi pra mim. Sou ilustrador iniciante e tive a oportunidade de ter minha primeira cliente essa semana. Quando dei o orçamento (justo pelo meu nível, mas barato no geral), a pessoa disse que ia pensar e não retornou mais. Depois, fiquei muito tentado a fazer uma promoção ou trocar por divulgação, mas seu vídeo me fez continuar firme e lembrar como esses comportamentos podem prejudicar (e prejudicam) toda a minha área. Enfim, se a pessoa se interessar, estarei aqui. Se não, que pena, bola pra frente.
Se for pra fazer de graça, faz pra você. Faz ilustrações maravilhosas e coloca no seu behance. Cliente que não paga uma vez, não paga nunca e ainda espalha que você trabalha de graça.
Sou professora de Inglês e conheço bem essa coisa de ser horista. Quando vc percebe, precisa trabalhar em 10 cursos ou escolas ao mesmo tempo, quase não vê os filhos, adoece por ter um estilo de vida tão acelerado e o empregador não quer nem saber. Decidi que essa roda viva não é pra mim e não me compreendam mal, nada contra, sei que muitos colegas conseguem, mas eu não consegui. Estou em paz com a minha decisão, dou aulas particulares, eventualmente aparece uma tradução. É mais difícil se manter? Sim, não vou ficar aqui romantizando e dizendo que é tranquilão, mas tenho tempo para os filhos, pra mim. Amo sua lucidez.❤️
Nossa, isso é muito importante e pode ser aplicado em várias áreas. Por exemplo, eu sou cabeleireiro e já fiz muitos trabalhos em busca de visibilidade, eu fiz trabalhos incríveis e a maioria dessas pessoas não me divulgaram. Outra situação q acontece com cabeleireiros é quando marcas nos procuram para usar os produtos deles (pq já temos visibilidade) sem pagar nada oferecendo somente o título de "embaixador da marca", por outro lado quando eles oferecem esse título para celebridades, eles as pagam pq sabem q não tem outra maneira daquela celebridade fazer a publi para eles! As grandes empresas sabem q somos o lado mais fraco.
Jana Viscardi já vi na calada da noite(antes da vistoria do MEC) vários livros chegando e abastecendo a biblioteca, livros que depois da vistoria em um campus seriam enviados para outro(um campus mais “elitizado” já que o curso de medicina é lá), e após vistoria eram enviados para outro e assim por diante... eram tantos casos que dava pra fazer uma thread!
Abusivo e contraditório! Chamar uma palestrante para ressaltar a mulher no mercado de trabalho e não querer pagar a palestrante? Obrigada por compartilhar sua experiência! De muita ajuda Jana!
Jana, já trabalhei em uma escola abusiva tb. Eu era formada em letras, pós graduada em psicopedagogia mas recebia como estagiária da professora, porque a turma era do infantil e eu sou formada em letras não em pedagogia. Era praticamente uma creche, tinha que trocar fralda dar banho, a gnt levava bronca do nada perto de todo mundo, entrava todo dia 7:00 saia as 20:00 pq todo dia a dona da escola inventava uma reunião.Não ganhava nem 1.000 reais. Só aguentei um mês, sai e fui para o município. Ganhava 2.000 e nem dava aula todo dia. Falando nisso esse mês chegou uma série brasileira na Netflix chamada Coisa mais Linda. A série retrata vários assuntos importantes e um deles é a entrada da mulher no mercado de trabalho. Fala sobre oportunidades tb a menina branca e rica começando a trabalhar enquanto a negra e pobre diz que trabalha desde os 8 anos de idade, que a vó dela nasceu na senzala. Tem relacionamento abusivo na série tb. Acho que vc vai gostar. Se vc não conhece, vale a pena dar uma olhada. Adoro seus videos. 😘
Tô tremendo igual um pinscher com o seu vídeo. Um dos momentos mais dolorosos da minha carreira foi pedir demissão de um trabalho que era na minha área e que eu amava fazer. O que eu ouvi ali e a maneira como fui tratada e desvalorizada que fizeram deixar aquele lugar. Não me arrependo, mas me choca saber o quanto essas situações são comuns, e como as empresas se aproveitam do desespero das pessoas pra criar vagas cada vez mais desumanas.
Passei pela mesma situação, Sara! Mas como a Jana trouxe no vídeo, eu tenho o privilégio de ainda contar com o apoio da minha família pra me manter. Em outro caso não teria pedido demissão, mesmo não suportando mais a situação :(
Sou artista, faço artesanato e tenho várias histórias assim, e acaba fazendo a gente acreditar que tem que ser assim mesmo, ou não vamos conseguir nada. Esse vídeo é muito importante. Obrigada.
Não é diferente para o físico recém doutor em busca de emprego... já recebi proposta para figurar como docente em Sinop, especificamente para avaliação da CAPES. O pagamento era a gratuidade da viagem para lá... era realmente FIGURAR como docente... me senti a samambaia do canto da sala.
Perfeito o depoimento Jana. Um bom exemplo também são os estágios voluntários. Grandes organizações como a ONU oferecem essas vagas como um presente, já que pro seu currículo será maravilhosa a "visibilidade". Vendem a caridade como uma maneira de engrandecer nossos egos e, enquanto pagam hotéis de 5, 6 mil reais a diária para funcionários de alto escalão, argumentam que não podem nos pagar já que as criancinhas na África precisam de mais ajuda do que nós, não é mexxxmo? . Um trabalho pesado e que exige uma qualificação que custou tempo e investimento (como a necessidade de falar 3, 4 idiomas diferentes). Quando os iniciantes começarem a não aceitar mais esse tipo de proposta, já estaremos nos ajudando.
Ba Silva Nem precisa ir tão longe. Eu estagiei voluntariamente na Defensoria Pública do MS. Particularmente tive uma experiência maravilhosa, meu chefe Defensor me pagava 300 do bolso dele pra eu arcar com o combustível e não me sentir desestimulada, mas eu trabalhava apenas o proporcional a um estágio voluntário, com toda liberdade possível. Mas meus colegas de outras gabinetes eram explorados. Sinto que alguns chefes se aproveitam do conceito de “voluntário” para reiterar uma ideia de que quem está ali porque quer tem que fazer qualquer coisa.
Muito obrigado pelo vídeo! O discurso de que o mercado se autorregula e outras coisas cantadas como mantras aos quatro ventos, escondem essas distorções e injustiças. É preciso expor essa verdades veladas.
Não sou mulher mais acontece comigo. não vou expor a marca mais sou conhecido por uma marca especifica de sapato, essa marca tem lojas por todo o brasil. toda coleção eles fazem um coquetel de lançamento, já fui chamado em vários. quando é amigos aceito dois modelos de sapato e tudo okay, nesse ano fui fazer o evento na loja, (detalhe já tinha trabalhado com eles) e não recebi nem o produtos, trabalhei de graça real, ate o valor da gasolina eles não me deram, apaguei do destaque os stories, e ainda estou pensando e apagar a foto que postei, mudei a legenda e tirei a marcação da loja no meu post. Muito obrigado por falar disso, estou me sentindo mas confiante para falar nisso.
Meu Deus que incrivel ver esse video hoje, tenho uma pqna (micro, nano) marca e o tempo todo esse fantasma do `Vaaai, vai la doar seu trabalho e materia-prima por visibilidade´ e o retorno n acontece, é sempre vc se jogando e indo com toda sua disposição, fortalecendo o evento, chamando as artesãs incriveis q tem trabalhos lindos pra participar tbm, divulgando, produzindo q nem louca, etc... e saindo com uma mão na frente e outra atras na esperança da tal visibilidade que vai te catapultar pro outro nivel que vc acaba alcançando sozinha (ou nao alcançando, ok... paciência), e isso rola o tempo todo em todo ramo, em qlqr canto com todo tipo de mulher (ou to enganada) com empregadores ou parceiros q tão nem ai pra sua qualificação, pra historia atras de cada peça que vc cria, ou pro conceito que vc vende junto , simplesmente n interessa, o que pode ser ok ( n tem mesmo almoço grátis), só n pode vir embalado de sororidade, empoderamento, enaltecimento, apoio, etc
Jana, ouvindo você falar, fiquei pensando se o discurso não nasce falido, mas nasce sequestrado mesmo. Fiquei lembrando muito da fala da Ana Roxo se referindo ao empoderamento feminino trabalhado numa lógica individualista para vender produtos. No final, fica tudo atrelado a um capitalismo selvagem na qual a parte mais fraca sofre e lutas são esvaziadas. E obrigada, esse vídeo ressoa muito na minha vida, na qual em determinado momento amigos meus disseram reiteradamente que meu currículo era foda e eu não acreditei por nada nesse mundo, exatamente pensando que "se fosse assim, me contratavam". Isso não só destroi suas perspectivas para o futuro; se não tomr cuidado ela começa a destruir vc, que se acha o cocô do cavalo do bandido. (sorry, desabafei).
Obrigado por sua reflexão, Jana! Tudo o que você disse veio ao encontro do que estou vivendo profissionalmente. Tenho 39 anos e estou terminando minha graduação em Licenciatura em Música por uma Universidade Pública. A falta de oportunidade de trabalhos dignos me obrigou a tomar uma decisão radical e não mais investir nesta carreira. Há quase dez anos dou aulas particulares de violão, de teoria musical, de musicalização, além de tocar em eventos, e você não pode imaginar a quantidade de absurdos que já fizeram comigo. Mas não aceito mais que ninguém venho desmerecer meu trabalho: estudo Música há 23 anos, possuo um violão que me custou mais de 10 salários, tenho uma biblioteca (não só musical) que, conquanto modesta, também me custou bastante investimento e trabalho. Estou buscando desesperadamente outras oportunidades profissionais para não mais viver de Música, mas apenas estudá-la a sério, como sempre fiz, e não mais ter que me submeter a relações profissionais abusivas. Uma vez mais, obrigado por sua brilhante reflexão!
Jana, querida! Seu vídeo foi agua no deserto pra mim hoje. Sou graduanda em Cinema e estou no último ano. Estou a ponto de desistir do curso na reta final, pela quantidade de propostas que já recebi pra trabalhar apenas pela experiencia, sinto que os ultimos 4 anos que passei na faculdade não valeu de nada, sensação de ter escolhido o curso errado, mas percebi que não é só a minha área que acontece esse tipo de oferta indecente.
É isso mesmo, Jana! Visibilidade não paga boleto. Que ótimo ouvir alguém falando abertamente sobre isso. É algo extremamente abusivo mesmo. E é muito pior com as mulheres. Já passei por isso. Sou jornalista e ouço esse tipo de "proposta" a toda hora. Como sou PJ, isso é muito comum. Já me ofereceram R$ 10 por um texto! E queriam algo assinado, com fontes de peso... Ah, tá... vai esperando! Fiquei horrorizada com a cara de pau. Não aceito esse tipo de coisa. Eu entendo que é um privilégio poder dizer não nesse país... Com toda certeza! Mas, não é justo, não é correto beneficiar uma empresa às custas do trabalho alheio. Assim fica fácil se dar bem e aparecer bonitinho no mercado, não é mesmo? No meu primeiro estágio, ainda na faculdade, não ganhei um centavo. Mas, precisava entrar na minha área e foi o único jeito naquela época. Agora, a minha cereja do bolo foi quando uma vez fui demitida de um dos meus trabalhos, por corte de gastos, e ouvi um absurdo "pelo menos você tem seu marido para ajudar". E, você sabe, quando demitem um profissional, contratam sempre um estagiário para a mesma função, com um quarto do salário. Ou seja: todo mundo perde. Olha, vou te falar... respeito passou longe.
Muito importante você falar disso, Jana. Acontece mesmo, muuuuito!!! E com pessoas em todos os estágios de carreira e visibilidade. Outro dia mesmo recebi um desses kits e na cartinha dizia "poste nas suas redes usando a #tal, quem sabe você será a estrela da nossa próxima campanha?". Até parece, né???? É realmente um mau caratismo enorme em cima da ilusão alheia.
Nossa Jana, tô passada com tua história, não que não saiba que isso aconteça, mas pela sua coragem de expor essa nova forma de trabalho análogo à escravidão dentro do youtube. Os jovens ficam tão deslumbrados com as tais 'publis' e 'mimos' q não se tocam o qto são usadas pelas empresas, q agora são 'marcas'. É uma forma distorcida de relação de trabalho. Eu também já recebi num papelzinho o valor de um salário aí em Sampa por vergonha da contratante com o valor oferecido. Parabéns pelo seu posicionamento pq pelo que percebo, tudo tende a piorar com a precariedade das relações de trabalho que começaram com a pejotização das contratações, lá nos anos 90. Em 2013 qdo morei aí, o trabalho como jornalista não tava valendo mais nada, fui trampar numa empresa de produção de conteúdo pra celular pra escrever sobre astrologia. Que venha a revolução!
Acontece muito isso, principalmente com mulheres! Às vezes a gente quer (e precisa) tanto ser independente que acabamos aceitando trabalhos horríveis. Não ajuda também que as pessoas falam que o seu trabalho não vale nada (meus pais viviam dizendo que magistério é uma porcaria e eu ia ter que aceitar empregos ruins pagando pouco, ia ter que sacrificar meu bem estar pela escolha de fazer o que gostava). Parece que você tem que estar agradecida por trabalhar praticamente de graça. Sem falar dos assédios no trabalho, desrespeito, racismo... É complicado!
Olha, as relações de trabalho estão muito abusivas em todos os níveis. Não é só entre criadores de conteúdo, não. Somos privilegiadas, não podemos negar, por termos podido estudar o que amávamos em conceituadas faculdades públicas. Mas é verdade também que esse privilégio não encontra contrapartida financeira mais nem no meio acadêmico, nem fora dele. Essas reuniões em que valores de salário são tratados como detalhes quase desnecessários ocorrem no ensino, na revisão, na tradução, nas assessorias. E se não continuo a lista, é por falta de experiência profissional em mais áreas. Falar disso é importante. Escapar disso, bem difícil.
Imagina eu que sou professora de idiomas e iluminadora cênica! Como professora particular, essa questão de preço é bem complicada. E a situação complica mais ainda porquê, mesmo com contrato, não é um dinheiro garantido. Como artista de teatro o buraco é ainda mais embaixo, pois geralmente trabalhamos com porcentagem de bilheteria. Ou seja, se tem público, tem dinheiro. Se não tem público, pagamos pra trabalhar. Muita gente critica a Lei Rouanet sem saber o que é e como funciona. Eu NUNCA trabalhei em peça que tenha conseguido verba através da lei. Cheguei a trabalhar em projetos aprovados, mas a captação não aconteceu, pois eram produções pequenas e sem famosos, sem a maldita visibilidade. Mas uma coisa eu não faço: trabalhar de graça pra quem eu sei que pode me pagar. Se a pessoa tenta baratear meu trabalho, prefiro recusar a migalha do que me desvalorizar. Mas também reconheço que sou uma privilegiada por poder "recusar trabalho".
Sou doula e educadora perinatal... vivemos a mesma história no meu meio, muitas de nós (se não todas, incluindo eu mesma) nos sujeitamos a trabalhar como voluntárias para "ganhar experiência" e demora uma eternidade até conseguirmos nos firmar e entender que nosso trabalho precisa ser valorizado. Ainda mais por ser algo relacionado ao cuidado de outras mulher, ao papel de dar apoio, suporte emocional... profissões assim são desvalorizadas (cuidadores de idosos, enfermeiras, professoras de creche - as "tias") e não é à toa que a maioria das profissionais são mulheres... o trabalho feminino não é valorizado... quando identificam como um "dom", uma "missão" então: "como assim você quer me cobrar para me dar supor emocional, como uma amiga faria?"...
Vivo nessa constante reflexão, sobretudo quando se fala em freela de ilustração.😥 Isso tem muito haver com aquelas questões que me consultei com você, recentemente. O discurso da visibilidade é abusivo. Geralmente vem de uma parte medíocre para outra competente...😒
Isso se enquadra muito no que Marx chama de fetichização: humanização das coisas e objetificação das pessoas. É uma triste realidade nessa lógica do capital.
Jana, eu acho que os vídeos que eu mais amo seus são justamente esses sobre carreira, mercado de trabalho e as incertezas sobre isso! Porque não importa se você tá pra escolher uma faculdade no ensino médio ou se você tem 30/40 anos... Chuto que a maioria das pessoas não sabem o que querem fazer da vida, não sabem o que implica cada profissão de fato e ficam super inseguras em escolher algo que teoricamente vão ter que fazer pro resto da vida mas que isso precisa pagar as contas e ainda deixá-las felizes, sabe? E é tão importante você compartilhar isso porque eu particularmente nunca vejo esse tipo de conteúdo aqui no RUclips... Eu só conheço 1, mas que foi provavelmente mais pra falar sobre a trajetória da vida da pessoa do que de fato para falar sobre carreira, e que recomendo você ver porque fala justamente sobre esse ponto das marcas pagando... É da Nath Araújo, sabe a ilustradora? Ela teve a sorte de trabalhar numa empresa e ter uma colega que fazia justamente esse trabalho de contratar blogueiras, e ela acabou virando a assessora dela! Ela conta que ficou chocada com o preço que a colega dela ia pedir pra ela e ela nem acreditava que alguma marca iria pagar, mas pagaram e ainda pagam! Se a gente não der o valor do nosso trabalho, ninguém vai dar porque todo mundo vai querer pagar pouco ou nada se puder, e isso só acontece se a gente permitir mesmo! Mas é como você falou, quem tiver condições de recusar trabalho, o melhor é fazer mesmo pras marcas valorizarem o nosso trabalho! Ai, Jana, você é uma riqueza pra esse RUclips!! ❤️
@@JanaViscardiLinda mesmo! Ela parece a minha cachorra Maya, só que mais alta... Adoro os seus vídeos... Sinto saudades das minhas aulas de redação, acho que eram as que eu mais gostava... Coerência e coesão de texto sempre foram as partes mais complicadas ao se escrever textos... Mas agora com essas pessoas eleitas, que IDOLATRAM ASTRÓLOGOS MENTIROSOS E TERRA PLANISTAS, coerência, principalmente, é algo que está fazendo falta...Beijos Jana!
Nossa, eu estou passando exatamente por isso. E pra falar a verdade ainda estava com a ideia de que eu tinha que aguentar mesmo porque é só assim que se cresce na vida.
Olha, hoje eu vejo que é só assim que a gente segue esculhambada na vida. Mas eu sei que é MUITO difícil decidir se vai se fazer a porcaria do trabalho ou não.
Jana, QUE VÍDEO FOI ESSE?! Eu estou (como muitos aqui) no mesmo barco. Sempre trabalhei na área administrativa, sou formado em PP, porém resolvi me aventurar após os 30, na área de redator. Eu sempre gostei muito de escrever, estudei e estudo muito para dar mais excelência para essa minha nova profissão, porém acontece de rolar esses freelas que querem te pagar com "mais um case para seu portfólio". E aí, como você mesma disse, entramos no dilema do - eu aceito pela visibilidade ou pago as minhas contas? Seu vídeo definitivamente me fez repensar no quanto vale o meu esforço, meu trabalho e toda a trajetória difícil de se mudar de área e se bancar nessa nova empreitada. MELHOR CANAL! Quero andar com você no recreio!
Oi Jana! Eu sempre acompanho o seu canal e adoro as suas análises. Esse vídeo me chamou muito a atenção porque eu agencio criadores de conteúdo e são muitas as empresas que nos procuram com propostas indecentes de divulgação gratuita em troca de produtos. Essa é uma realidade que venho tentando combater há tempos. Acredito que a solução não vira nunca das empresas e sim dos próprios criadores. E por isso o seu vídeo é necessário no processo de conscientização desse mercado. Enquanto houverem profissionais que aceitam trabalhos por permuta, nunca que as empresas irão entendê-los respeitar o que veem desenvolvendo. E quanto mais criadores aceitarem isso, mas esse mercado vai sendo sucateado e menos profissionalizado. Obrigado!!!
Ainda tô chocada com essa sua história, Jana. É inacreditável. E deve acontecer muito nesse mundo do youtube. É muito necessário expor esses absurdos. Obrigada!!!
No design isso é muito comum, quando fui procurar estágio de final de curso numa agência grande de Porto Alegre, a globalcom, o diretor de arte adorou meu portfolio, queria que eu começasse no outro dia, ai perguntei de quanto seria a bolsa, pq sabia que não assinavam carteira, e ele disse que não tinha bolsa pra estagiário, e que eu ia ganhar experiência, encher o portfolio de trabalhos de marcas famosa. Eu disse que não tinha como trabalhar de graça, que eu precisava comer, morar etc, ai ele disse que eu estava muito nervosa. Eu tinha 22 anos na época, sai de lá arrasada, tinha estudado 4 anos e não queriam nem me pagar uma bolsa.
Jana, mais um ótimo vídeo! Eu acho foda o quanto o mercado desvaloriza cada vez mais os profissionais e encara isso como uma coisa linda e maravilhosa. Você recebeu feedbacks diversos porque isso acontece em muitos setores. De PJotização a contratar profissionais capacitados com nomes como "supervisor", "analista", "assistente" pra pagar abaixo do piso da categoria, por exemplo. Tudo como se estivessem fazendo um enorme favor. Agradeço pela coragem de suas palavras. PS: vou mandar um kit de abraços pra sua casa (de graça)
Nossa, como é bom ver alguém sensata tocando nesse assunto. Já perdi as contas de quantos trabalhos "colaborativos" fiz para ONGs cheias de recursos, mas não tinham a iniciativa e decência de pagarem nem o meu bilhete do metrô. Esse tipo de comportamento acontece muito mais do que a gente imagina.
Jana que vídeo devastador ele dialoga muito com o que eu penso, sabe quanto vale teu trabalho? tudo que vc julgar que valha, e para mim vale toda a minha estima e admiração por ti...saiba que sempre esta no meu coração.
é isso mesmo Jana, eu jà levei tanto calote acreditando na promessa da efetivação ou que me chamariam outras vezes para prestar meus serviços. Tudo balela, se vc n se valorizar na entrada as pessoas vão sempre te tratar como segunda categoria.
Quando assisto a Professora Doutora Jana, penso também no sofrimento criativo do seu trabalho, no reconhecimento que proporciona e desejo que a remuneração seja justa!
"Muitas pessoas queriam estar no seu lugar" pra essa frase eu sempre acho válido responder "E eu queria que elas tivessem aqui pra ver a minha realidade e deixar a idealização de lado". Ninguém sabe o que você passa além de você mesmo.
Jana querida...já lhe sigo há uns dois anos, mas esse vídeo me tocou de uma forma muito particular. Sou professora em uma faculdade particular . Já vi e vivi muito do que relatou. Obrigada, obrigada, obrigada.
Pena não podermos( querermos) botar a boca no trombone... heróis e heroínas não conseguem pagar as contas e voltam a ser humanos comuns... ótima provocação esta sua do vídeo, uma de minhas atividades é a fotografia e já vivi esta e outras situações constrangedoras, o registro (que é o que fica destes eventos) nunca é tratado com respeito, e neste caso o respeito ao registro do evento é remunerar o profissional... ong's , institutos, eventos corporativos são cruéis para alguns profissionais, parabéns pelo seu conteúdo!!!
Gostei dessa reflexão. Se pararmos pra pensar isso realmente acontece em todas as áreas. Clássico caso de pessoas que por exemplo trabalham fazendo cabelo/unha etc. Pessoas que chegam e falam na cara da pessoa que conhecem outras pessoas que fazem mais barato e melhor. Ou casos como o teu, pessoas que passam ANOS da vida se dedicando a algo e na hora de apresentar o serviço querem pagar por nada, as vezes acho que é até porque não levam estudos a sério, acham que a pessoa já nasceu sabendo. Pedir que uma pessoa faça um trabalho de graça ou num preço menor do que foi proposto é esquecer o background da pessoa. Se a pessoa cobra tal valor ela tem seus motivos. Querer que façam no preço deles e no mínimo sem noção.
Dois pontos que eu não entendo nessa lógica das empresas (grandes): essas vão pagar com visibilidade para pessoa ser conhecida por outras empresas, mas as outras empresas também estão a pagar outros profissionais com visibilidade. No final ninguém paga ninguém porque a visibilidade é a "cenoura". Depois se as pessoas não recebem nada, ou quase nada, como então vão consumir os produtos publicitados por quaisquer empresas?!
Jana, parabéns pelo vídeo. Muito importante e oportuno. Sou mulher na área de TI e diversas vezes tive que me impor para receber aquilo que eu merecia receber e não aquilo que as pessoas queriam pagar para economizar à minha custa. Sei que meu caso não é exatamente o que vc estava falando, mas compartilho dessa opinião de que, quando a gente tem a opção de recusar, a gente não pode se submeter a situações abusivas por achar que elas vão nos trazer algum benefício. Que não caiamos mais nessa armadilha e não sejamos mais vítimas dessas atitudes abusivas.
Jana !!! Você só traz luz .... assim como muitos já comentaram ... você traz as verdades e angústias que muitos de nós passamos e nos sentimos solitários e perdidos. Agradecemos por toda sua disponibilidade em expor essas feridas de todos nós. Parabéns querida...cada dia te admiro mais.
Você é tão lúcida nesse meio de mentes tão vazias, lábios tão preenchidos e motivos para não mais acreditar no ser humano... Obrigada pelos seus vídeos e por você ser a Jana! 😘
Nossa, Jana, me senti totalmente identificada com o seu depoimento. Tem acontecido isso comigo também. Sou jornalista e tradutora e já fui requisitada para trabalhar de graça. Compartilho da sua indignação porque tempo e energia é trabalho e todo trabalho deve ser remunerado. Sendo mulher, nossas necessidades são sempre colocadas em segundo plano. Enquanto estamos trabalhando de graça, estamos perdendo tempo de buscar algo que pode nos remunerar de alguma forma.
Quantas vezes vi este tipo de situação na minha vida profissional, cheguei a trabalhar com um rapaz que tinha 3 empregos (não sabíamos), não dormia, em 3 meses ele teve uma crise emocional e acabou sendo agressivo com uma funcionária da empresa em que eu presta serviço, eramos terceirizados. Toda vez que participava de algum projeto e os cortes eram em pessoas, seus salários, cortes por estimativas absurdas de aumento de produtividade, terceirização (onde se paga muito menos) ou troca por tecnologia para reduzir mais ainda pessoas. Em cada situação eu vivia angustiado, e sempre frustrado pensando no humano que está do outro lado, as necessidades dele que eram as mesmas que a minha, se para sobreviver já era complicado, o que eu estava causando a ele, ao final depois de muitos anos de angustia pedi para ser demitido, levou um tempo mas sai. Fica a dúvida, quando um humano vai se comportar como um humano e não como um "fantoche" matemático que só vê números?
tem pelo menos um video no canal papo de preta que a natalia e a maristela relatam essa mesma situacao de serem procuradas pra participar de eventos e palestras e etc porem nunca oferecem cache pra elas e esperam que elas trabalhem de graca
Primeiro gostaria de dizer que teu cabelo tá lindo, Jana! e segundo que, seu discurso é altamente pertinente e lúcido. Obrigada por compartilhar sua experiência, pois além de trazer à tona um assunto velado, me fez refletir sobre o quanto essa cultura de abuso com o conhecimento que construímos nos submete a situações que jamais deveríamos nos submeter.
Vejo que a questão da visibilidade pode ser comparada a experiência em carteira e currículo em questão CLT, no meu caso já tive propostas absurdas e abusivas tb, e infelizmente está cada vez mais comum esse tipo de situação.
Jana, tenho acompanhado seu canal já há algum tempo. Foi libertadora a sua fala! Tenho vivido esse dilema na pele e é sempre bom saber como nós podemos enfrentar essa dinâmica louca que é o mercado de trabalho para mulheres autônomas, empreendedoras etc. Muito obrigada!
Jana, muito obrigada por esse vídeo. Eu estou passando por uma situação semelhante referente ao meu trabalho e precisava dessa reflexão. Amo seu canal, continue assim. Beijos
Achei esse vídeo fundamental para a desmistificação do “dinheiro” do pagamento. É quase que um “tabu” perguntar sobre o pagamento em uma entrevista por exemplo. A gente nunca sabe quando ou como tocar no assunto né?! :) Eu não moro no Brasil e engraçado que uma das primeiras coisas que aprendi no mundo corporativo era que considera-se muita falta de educação perguntar o salário de alguém. Acredito que isso tenha até uma certa influência religiosa mas isso já é outra conversa. De qualquer maneira vc arrasa como sempre e esse seu vídeo é muito importante para sabermos que se nós mesmos não nos dermos o devido valor, ninguém dará! ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
tao absurdo quanto isso que vc relata ao meu ver tambem e o estagio nao remunerado que eu sinceramente considero um absurdo por si so uma exploracao que deveria ser ate ilegal
Sou cabeleireiro a 12 anos, nesse meio termo entrei na FATEC aqui em Diadema e fiz graduação em tecnologia em cosméticos (química para desenvolvimento, pesquisa, controle de qualidade pro cosmético). Bom, tentei entrar no mercado e foi complicado. Quando uma empresa me viu, por sinal eu usava a marca no meu salão, para dar palestras (como um cabeleireiro técnico) com esse mesmo discurso de "você irá trabalhar por visibilidade! Quando disse que eu queria ser remunerado eles me ofertaram pagar em progressiva (jura?). É triste essa situação, mas infelizmente ela existe sim
Vídeo mt bom e que me fez retomar uma reflexão que tive em um outro podcast sobre o fato de que tudo aquilo que você não paga, há certamente uma pessoa sendo explorada por aquilo. Pode parecer uma fala boba, mas isso se aplica a tudo, inclusive, o próprio trabalho de vocês produtores de conteúdo que mobilizam o tempo de vocês aqui, mas que não só remunerados por nós usuários (ao menos por grande período) em troca de visibilidade. É uma situação delicada. Queremos sempre pagar o mínimo possível e dali extrair o melhor output, mas esquecendo que isso fomenta, dentre outras coisas, uma contínua relação de exploração.
Oi Jana cheguei aqui via Ana Roxo parabéns pelo espaço. Sua fala me levar a pensar que ponto chegou a nobre carreira de professor, que todos sabemos da consequência disso para o futuro do país. Sou PJ na área de TI desde o Collor e nem vou mencionar nosso valor/hora, esse valor que você mencionou é absurdo.
Só um outro comentário já estive do dois lados da mesa já contratei e já fui contratado e tem um conflito básico que é tabu , CLT que nunca vejo uma análise civilizada no sentindo de trazer a CLT para nosso século. A reforma da Previdência é importante para nosso futuro . A reforma CLT é importante para nosso presente.
Teu trabalho vale uma vida inteira de aprendizagem. Amo teus vídeos, e esse foi de longe o mais abrangente. Obrigada pelas palavras de orientação, vc é incrível! Bjosss.
Moça, me abraça! Já passei por isso, e fui taxada de metida por não aceitar "estar onde muita gente gostaria de estar". Se a gente não se der valor, ninguém irá dar. Força!
Alguns atrás o Pablo Villaça publicou um artigo no cinemaemcena ou no Face (vi pelo segundo, pois ainda participava dessa rede social) sobre ser chamado pra escrever de graça só pela visibilidade. Aconselhando exatamente isso, Jana: se fizer de graça as empresas nunca pagarão. O desespero pelo reconhecimento faz com muita gente, infelizmente, trabalhe de graça apenas pela visibilidade. Daí essa chuva de convites abusivos enviados a milhares de pessoas, afinal, se dessas milhares umas dez fizerem o serviço, eles (os exploradores) já conseguiram o que queriam.
Essas empresas ñ querem pagar, mas saem com as imagens de empresas consciêntes, q valorizam isso e aquilo, mas é tudo mentira! Ótimo vídeo, q alerta sobre essas ilusões criadas q só um lado ganha.
Jana, nesses tempos difíceis em que nos encontramos, é bem desanimador como as empresas tratam nós que estamos a procura de uma nova oportunidade, e eles nos tratam com zero respeito na maioria das vezes.
Me sinto da mesma forma. Dizem que minha area é muito boa e promissora, mas me sinto uma incompetente de nao achar uma vaga na minha area ja que é um segmento tao promissor. Sinceramente, esta sendo bem difícil. Preciso de experiencia. Fico ate com receio de falar que estou desempregada pra nao receber certos olhares. Acaba que a gente acaba se comparando com os colegas. O ditado "a grama do vizinho é mais verde" tem feito sentido. Enfim, seguimos persistindo.
Vários trechos de sua fala me fizeram relembrar algo que sempre me vem à tona qnd vejo marcas levantando bandeira em prol da diversidade, em específico, das pessoas trans. Eu olho para a ação de marketing das empresas e logo me veem a pergunta: qntos empregados e empregadas trans essa marca tem em seu quadro? Agregar valor à marca usando as pautas identitárias todas querem mas qntas dessas empresas utilizam em seu cotidiano de RH as práticas dos discursos que elas vendem? O mesmo vale para tantos produtores de conteúdo. Na hora de produzir algo q pode vir a ofender parte de seus seguidores que são trans não lembram dos vídeos anteriores ou da imagem que passaram de friendly! Enfim...besitos!
Depois de assistir seu vídeo percebi já ter passado por situações assim, mas como funcionária de uma empresa. Infelizmente ñ tive oportunidades de ñ aceitar. Muito obrigada por esse alerta!
Sei exatamente do que vc está falando, tbm fui procurada por empresas para receber produtos em contrapartida teria que fazer um prato (meu blog é de culinária) fotografar esse prato, escrever um texto falando da qualidade do produto e tudo isso somente em troca do produto. Nunca aceitei,sempre achei abusivo. Sei que blogueiras aceitavam essa condição por visibilidade, eu não, se não dão valor ao meu trabalho porque eu iria valorizar a marca deles.
Jana, acabei de te conhecer, porque me mandaram esse vídeo e já quero te ouvir mais. Obrigada, obrigada. Queria que todo mundo assistisse isso: de quem contrata a quem é contratado, passando por quem apenas consome e não tá nem numa ponta nem em outra. Tô nessa luta também e como é difícil a gente se manter dentro disso.
Jana, eu larguei um doutorado em Ensino de Ciências (sou formada em biologia) pra começar uma nova faculdade... Publicidade e propaganda. Sou realmente privilegiada por ser ajudada pelo meu pai e poder escolher largar um doutorado que me fazia mal e começar de novo. Aí, chegou a hora do estágio. Tenho 32 anos e as pessoas já estranham a idade e a formação anterior. Fora isso, elas esperam muito de mim por ja ter esse nível de formação incomum para uma estagiária, então, não interessa se vc é nova naquilo. Eles esperam que vc seja gênia em tudo. Fora que passei por um estágio no qual sofria assédio moral, por uma mulher, hierarquicamente acima de mim, que tinha medo de eu, pela minha formação, tomasse o lugar dela. Ouvia dela que errava as coisas de propósito, pra que ela se ferrasse, e ela me tratava bem mal. Então, ainda que recomeçar seja bom e possível, no meu caso, ta sendo pesado. E qdo resolvi sair do estágio, ouvi isso: muitas pessoas queriam estar no seu lugar; outras agências têm ambiente muito pior; a "Fulana" pegou leve perto de outras lideranças de agências. 🤷🤷🤷Fui muito agradecida, mesmo querendo manda tomar no rabo, e fui embora. Mas confesso: não está sendo fácil arrumar emprego/estágio.
Te entendo tanto... Passei por um estagio que me causou traumas, crises de ansiedade e insegurança. Agora encontrar algo na área nao esta sendo fácil. Um dos meus pensamentos quando me candidato a uma vaga é que seja um ambiente de trabalho saudável. Um abraço em voce!
@@juliasimoes6736 Nossa, é o meu pensamento tb! Me candidato a vários, mesmo sabendo que a maioria não vai me chamar, mas mesmo assim penso e peço pra Deus me arrumar um lugar com ambiente bom e minimamente acolhedor. Fiquei tão traumatizada que saí perguntando pra amigos se no estágio deles era nesse nível tb. E não era. Tinha pressão sim, mas não assédio moral.
Que fala necessária, catártica, potencializadora, Jana! Comigo aconteceu exatamente o mesmo, mas não impulsionado pela internet e sim, pela própria academia. Quando minha lucidez "voltou", disse não e todas as portas se fecharam. A visibilidade que estava 'conseguindo' não valeu de nada e todo esforço foi em vão. Abreijos carregados de axé!!!!
Sou negro, Gay e tenho muita dificuldade em arranjar trabalho. Na última empresa que trabalhei fui explorado como garçom física e mentalmente, não consegui continuar porque sabia que os R$600 reais que a empresa me pagava não seria suficiente para minha sobrevivência, sem contar que não tinha carteira assinada, poderia morrer no trajeto pra casa, já que o fim do expediente era depois da meia-noite. Ao sair da empresa o contratante ainda me chamou de mau agradecido e que a empresa me deu uma enorme chance de crescer. Até hoje me culpo por não ter usado as palavras devidas. Tenho alguns traumas e desejo olvidá-los, mas é angustiante.
Jana, seu vídeo foi surpreendente! Conheci na época dos seus vídeos sobre ambiente de trabalho e palestras e, pessoalmente, acho essas palestras motivacionais de empresas uma grande lavagem cerebral com muito discurso de meritocracia e "vamos vestir a camisa da empresa como se fôssemos os empresários (enquanto a empresa nos trata como máquinas substituíveis)". Assistia aos vídeos com receio, mas adorei as novas pautas políticas e este vídeo de "bastidores" de uma pessoa que de fato viveu esses mundos. Não sei se sinto um quentinho no coração por saber que compartilhamos de alguns posicionamentos e que estou no caminho certo ao negar propostas abusivas (apesar de ser PJ rs) ou se preferiria que fosse uma revolta sem nexo minha rs. Quando você citou o "(CN)PJotismo" lembrei de um vídeo, se não me engano da Ana Roxo e da Tati, sobre o sonho do liberalismo de que as pessoas todas se enxerguem como empresas (que a classe média adora, né?). *Faz um vídeo sobre palestras motivacionais em empresas e PJotimos, por favor?* Um abraço e obrigada pelos vídeos maravilhosos!
Oi, Nicole! :) Então, eu fiz vários vídeos sobre comunicação nas organizações, porque as pessoas trabalham e se comunicam em organizações. É inevitável termos que falar sobre a maneira como elas se comunicam e como vivem conflitos justamente pela maneira que se comunicam e sequer percebem o mal estar que geram. Fazer isso não implica passar pano para empresa, implica reconhecer que as pessoas trabalham e podem melhorar o ambiente em que vivem boa parte dos seus dias. Há muitas palestras ruins, mal feitas, pensadas só pra encher linguiça. Muita gente não se aprofunda no que diz. Muitas palestras motivacionais fazem mesmo o estilo lavagem cerebral e acho igualmente triste, uma pena. Já faz bastante tempo que falo de outras coisas no canal, mas não me arrependo de ter feito esses vídeos porque foi através deles que eu fui me permitindo trazer outras temáticas que me importam e interessam. O lance de ser PJ... bem, é essa curiosa realidade em que não se negocia muito e quase sempre se trabalha como se fosse CLT, mas sem os direitos garantidos. Foda, né? :( Beijoca pra vc, Jana
@@JanaViscardi, com certeza! Acredito que possa ter sido uma primeira impressão minha e concordo que é necessário abordar aqueles temas, afinal, é a nossa realidade e não passar pano rs Respeito muito o seu trabalho, não conheço nada igual e peço desculpas se meu comentário anterior pareceu uma crítica, foi apenas uma boa surpresa! E, claro, seria muito bacana ouvir suas opiniões sobre os temas que sugeri! 😊
Eu sou atriz e tenho uma empresa de comunicação lúdica trabalho com industrias e cansei de ouvir: já pensou o nosso logo no seu portifólio? Ou seja faz de graça e a gnt deixa vc dizer que trabalhou p nós, eu nunca fiz de graça pq acho um ascinte e eles sempre dão um jeito de pagar. Agora ta na moda pagar em 60 ou 90 dias o que tb é um ascinte Temos que ser firmes e recusar mesmo que isso custe abrir mào dos trabalhos
Lembrando que pesquisa no Brasil é considerado hobby.
Infelizmente 😔
Infelizmente 😔
Caramba, Jana, parece que esse vídeo foi pra mim. Sou ilustrador iniciante e tive a oportunidade de ter minha primeira cliente essa semana. Quando dei o orçamento (justo pelo meu nível, mas barato no geral), a pessoa disse que ia pensar e não retornou mais. Depois, fiquei muito tentado a fazer uma promoção ou trocar por divulgação, mas seu vídeo me fez continuar firme e lembrar como esses comportamentos podem prejudicar (e prejudicam) toda a minha área. Enfim, se a pessoa se interessar, estarei aqui. Se não, que pena, bola pra frente.
Se for pra fazer de graça, faz pra você. Faz ilustrações maravilhosas e coloca no seu behance. Cliente que não paga uma vez, não paga nunca e ainda espalha que você trabalha de graça.
Não rebaixe sua arte!
Sou professora de Inglês e conheço bem essa coisa de ser horista. Quando vc percebe, precisa trabalhar em 10 cursos ou escolas ao mesmo tempo, quase não vê os filhos, adoece por ter um estilo de vida tão acelerado e o empregador não quer nem saber. Decidi que essa roda viva não é pra mim e não me compreendam mal, nada contra, sei que muitos colegas conseguem, mas eu não consegui. Estou em paz com a minha decisão, dou aulas particulares, eventualmente aparece uma tradução. É mais difícil se manter? Sim, não vou ficar aqui romantizando e dizendo que é tranquilão, mas tenho tempo para os filhos, pra mim.
Amo sua lucidez.❤️
Nossa, isso é muito importante e pode ser aplicado em várias áreas. Por exemplo, eu sou cabeleireiro e já fiz muitos trabalhos em busca de visibilidade, eu fiz trabalhos incríveis e a maioria dessas pessoas não me divulgaram. Outra situação q acontece com cabeleireiros é quando marcas nos procuram para usar os produtos deles (pq já temos visibilidade) sem pagar nada oferecendo somente o título de "embaixador da marca", por outro lado quando eles oferecem esse título para celebridades, eles as pagam pq sabem q não tem outra maneira daquela celebridade fazer a publi para eles! As grandes empresas sabem q somos o lado mais fraco.
Já trabalhei em uma Universidade bastante conhecida em São Paulo! A fala da Jana sobre “escorraçar professores após a vistoria do MEC” é real!
É o ó. Tão presente.
Jana Viscardi já vi na calada da noite(antes da vistoria do MEC) vários livros chegando e abastecendo a biblioteca, livros que depois da vistoria em um campus seriam enviados para outro(um campus mais “elitizado” já que o curso de medicina é lá), e após vistoria eram enviados para outro e assim por diante...
eram tantos casos que dava pra fazer uma thread!
Eu já vi reclamação que empresas fazerem isso com portadores de deficiência física e intelectual.
Abusivo e contraditório! Chamar uma palestrante para ressaltar a mulher no mercado de trabalho e não querer pagar a palestrante? Obrigada por compartilhar sua experiência! De muita ajuda Jana!
Apavorante. Só faltou pedir pra varrer o chão no final do evento.
Jana, já trabalhei em uma escola abusiva tb.
Eu era formada em letras, pós graduada em psicopedagogia mas recebia como estagiária da professora, porque a turma era do infantil e eu sou formada em letras não em pedagogia.
Era praticamente uma creche, tinha que trocar fralda dar banho, a gnt levava bronca do nada perto de todo mundo, entrava todo dia 7:00 saia as 20:00 pq todo dia a dona da escola inventava uma reunião.Não ganhava nem 1.000 reais.
Só aguentei um mês, sai e fui para o município.
Ganhava 2.000 e nem dava aula todo dia.
Falando nisso esse mês chegou uma série brasileira na Netflix chamada Coisa mais Linda.
A série retrata vários assuntos importantes e um deles é a entrada da mulher no mercado de trabalho.
Fala sobre oportunidades tb a menina branca e rica começando a trabalhar enquanto a negra e pobre diz que trabalha desde os 8 anos de idade, que a vó dela nasceu na senzala.
Tem relacionamento abusivo na série tb.
Acho que vc vai gostar.
Se vc não conhece, vale a pena dar uma olhada.
Adoro seus videos. 😘
Tô tremendo igual um pinscher com o seu vídeo. Um dos momentos mais dolorosos da minha carreira foi pedir demissão de um trabalho que era na minha área e que eu amava fazer. O que eu ouvi ali e a maneira como fui tratada e desvalorizada que fizeram deixar aquele lugar. Não me arrependo, mas me choca saber o quanto essas situações são comuns, e como as empresas se aproveitam do desespero das pessoas pra criar vagas cada vez mais desumanas.
Ai, que dureza... obrigada por compartilhar essa sua história.
Passei pela mesma situação, Sara! Mas como a Jana trouxe no vídeo, eu tenho o privilégio de ainda contar com o apoio da minha família pra me manter. Em outro caso não teria pedido demissão, mesmo não suportando mais a situação :(
Sou artista, faço artesanato e tenho várias histórias assim, e acaba fazendo a gente acreditar que tem que ser assim mesmo, ou não vamos conseguir nada. Esse vídeo é muito importante. Obrigada.
As pessoas SEMPRE querem barganhar com o artista! Eu fico de cara com essa desvalorização do trabalho alheio.
Obrigada você por estar aqui!
Poxa mana... sou musicista e passo pelo mesmo... Às vezes dói dizer não, porque nunca se sabe quando terei outra oportunidade, mas tenho que me impor!
Não é diferente para o físico recém doutor em busca de emprego... já recebi proposta para figurar como docente em Sinop, especificamente para avaliação da CAPES. O pagamento era a gratuidade da viagem para lá... era realmente FIGURAR como docente... me senti a samambaia do canto da sala.
Gente, QUÊ?
Não só no começo Jana. Estar desempregada te sujeita a essa chantagem milhares de vezes.
Certamente! Você tem toda a razão.
Jana Viscardi infelizmente. Preferia não ter.😉😘
Perfeito o depoimento Jana. Um bom exemplo também são os estágios voluntários. Grandes organizações como a ONU oferecem essas vagas como um presente, já que pro seu currículo será maravilhosa a "visibilidade". Vendem a caridade como uma maneira de engrandecer nossos egos e, enquanto pagam hotéis de 5, 6 mil reais a diária para funcionários de alto escalão, argumentam que não podem nos pagar já que as criancinhas na África precisam de mais ajuda do que nós, não é mexxxmo? . Um trabalho pesado e que exige uma qualificação que custou tempo e investimento (como a necessidade de falar 3, 4 idiomas diferentes). Quando os iniciantes começarem a não aceitar mais esse tipo de proposta, já estaremos nos ajudando.
Ba Silva Nem precisa ir tão longe. Eu estagiei voluntariamente na Defensoria Pública do MS. Particularmente tive uma experiência maravilhosa, meu chefe Defensor me pagava 300 do bolso dele pra eu arcar com o combustível e não me sentir desestimulada, mas eu trabalhava apenas o proporcional a um estágio voluntário, com toda liberdade possível. Mas meus colegas de outras gabinetes eram explorados. Sinto que alguns chefes se aproveitam do conceito de “voluntário” para reiterar uma ideia de que quem está ali porque quer tem que fazer qualquer coisa.
Muito obrigado pelo vídeo! O discurso de que o mercado se autorregula e outras coisas cantadas como mantras aos quatro ventos, escondem essas distorções e injustiças. É preciso expor essa verdades veladas.
Certamente. É preciso falar sobre essas "franjas" do emprego autônomo.
Kkk sou boleira e já fiz muito bolo de graça. Quem não fez faz tanto sucesso ou mais sucesso q eu! 😂
Não faço mais a tempos
hahahaha adorei!
Jana
Você poderia falar sobre a repórter Michelle Sampaio que foi demitida por ser gorda .
E de que como ela msm n identifica preconceito no seu caso.
simmm
Não sou mulher mais acontece comigo. não vou expor a marca mais sou conhecido por uma marca especifica de sapato, essa marca tem lojas por todo o brasil. toda coleção eles fazem um coquetel de lançamento, já fui chamado em vários. quando é amigos aceito dois modelos de sapato e tudo okay, nesse ano fui fazer o evento na loja, (detalhe já tinha trabalhado com eles) e não recebi nem o produtos, trabalhei de graça real, ate o valor da gasolina eles não me deram, apaguei do destaque os stories, e ainda estou pensando e apagar a foto que postei, mudei a legenda e tirei a marcação da loja no meu post.
Muito obrigado por falar disso, estou me sentindo mas confiante para falar nisso.
Meu Deus que incrivel ver esse video hoje, tenho uma pqna (micro, nano) marca e o tempo todo esse fantasma do `Vaaai, vai la doar seu trabalho e materia-prima por visibilidade´ e o retorno n acontece, é sempre vc se jogando e indo com toda sua disposição, fortalecendo o evento, chamando as artesãs incriveis q tem trabalhos lindos pra participar tbm, divulgando, produzindo q nem louca, etc... e saindo com uma mão na frente e outra atras na esperança da tal visibilidade que vai te catapultar pro outro nivel que vc acaba alcançando sozinha (ou nao alcançando, ok... paciência), e isso rola o tempo todo em todo ramo, em qlqr canto com todo tipo de mulher (ou to enganada) com empregadores ou parceiros q tão nem ai pra sua qualificação, pra historia atras de cada peça que vc cria, ou pro conceito que vc vende junto , simplesmente n interessa, o que pode ser ok ( n tem mesmo almoço grátis), só n pode vir embalado de sororidade, empoderamento, enaltecimento, apoio, etc
Jana, ouvindo você falar, fiquei pensando se o discurso não nasce falido, mas nasce sequestrado mesmo. Fiquei lembrando muito da fala da Ana Roxo se referindo ao empoderamento feminino trabalhado numa lógica individualista para vender produtos. No final, fica tudo atrelado a um capitalismo selvagem na qual a parte mais fraca sofre e lutas são esvaziadas. E obrigada, esse vídeo ressoa muito na minha vida, na qual em determinado momento amigos meus disseram reiteradamente que meu currículo era foda e eu não acreditei por nada nesse mundo, exatamente pensando que "se fosse assim, me contratavam". Isso não só destroi suas perspectivas para o futuro; se não tomr cuidado ela começa a destruir vc, que se acha o cocô do cavalo do bandido. (sorry, desabafei).
Obrigada por seu relato. Sim, acho q tem mesmo esse sequestro. :( beijos
Obrigado por sua reflexão, Jana! Tudo o que você disse veio ao encontro do que estou vivendo profissionalmente. Tenho 39 anos e estou terminando minha graduação em Licenciatura em Música por uma Universidade Pública. A falta de oportunidade de trabalhos dignos me obrigou a tomar uma decisão radical e não mais investir nesta carreira. Há quase dez anos dou aulas particulares de violão, de teoria musical, de musicalização, além de tocar em eventos, e você não pode imaginar a quantidade de absurdos que já fizeram comigo. Mas não aceito mais que ninguém venho desmerecer meu trabalho: estudo Música há 23 anos, possuo um violão que me custou mais de 10 salários, tenho uma biblioteca (não só musical) que, conquanto modesta, também me custou bastante investimento e trabalho. Estou buscando desesperadamente outras oportunidades profissionais para não mais viver de Música, mas apenas estudá-la a sério, como sempre fiz, e não mais ter que me submeter a relações profissionais abusivas. Uma vez mais, obrigado por sua brilhante reflexão!
Jana, querida! Seu vídeo foi agua no deserto pra mim hoje. Sou graduanda em Cinema e estou no último ano. Estou a ponto de desistir do curso na reta final, pela quantidade de propostas que já recebi pra trabalhar apenas pela experiencia, sinto que os ultimos 4 anos que passei na faculdade não valeu de nada, sensação de ter escolhido o curso errado, mas percebi que não é só a minha área que acontece esse tipo de oferta indecente.
As ofertas indecentes estão em toda parte. É uma MERDA, mas é possível rastrear um caminho no meio das pedras!
(Estou daqui torcendo por vc!)
É isso mesmo, Jana! Visibilidade não paga boleto. Que ótimo ouvir alguém falando abertamente sobre isso. É algo extremamente abusivo mesmo. E é muito pior com as mulheres. Já passei por isso. Sou jornalista e ouço esse tipo de "proposta" a toda hora. Como sou PJ, isso é muito comum. Já me ofereceram R$ 10 por um texto! E queriam algo assinado, com fontes de peso... Ah, tá... vai esperando! Fiquei horrorizada com a cara de pau. Não aceito esse tipo de coisa. Eu entendo que é um privilégio poder dizer não nesse país... Com toda certeza! Mas, não é justo, não é correto beneficiar uma empresa às custas do trabalho alheio. Assim fica fácil se dar bem e aparecer bonitinho no mercado, não é mesmo? No meu primeiro estágio, ainda na faculdade, não ganhei um centavo. Mas, precisava entrar na minha área e foi o único jeito naquela época. Agora, a minha cereja do bolo foi quando uma vez fui demitida de um dos meus trabalhos, por corte de gastos, e ouvi um absurdo "pelo menos você tem seu marido para ajudar". E, você sabe, quando demitem um profissional, contratam sempre um estagiário para a mesma função, com um quarto do salário. Ou seja: todo mundo perde. Olha, vou te falar... respeito passou longe.
Você já tem visibilidade e então... Você não precisa mais dessas pessoas!! Você é ótima! Continue trabalhando pra si mesma!
Muito importante você falar disso, Jana. Acontece mesmo, muuuuito!!! E com pessoas em todos os estágios de carreira e visibilidade. Outro dia mesmo recebi um desses kits e na cartinha dizia "poste nas suas redes usando a #tal, quem sabe você será a estrela da nossa próxima campanha?". Até parece, né???? É realmente um mau caratismo enorme em cima da ilusão alheia.
Nossa Jana, tô passada com tua história, não que não saiba que isso aconteça, mas pela sua coragem de expor essa nova forma de trabalho análogo à escravidão dentro do youtube. Os jovens ficam tão deslumbrados com as tais 'publis' e 'mimos' q não se tocam o qto são usadas pelas empresas, q agora são 'marcas'. É uma forma distorcida de relação de trabalho. Eu também já recebi num papelzinho o valor de um salário aí em Sampa por vergonha da contratante com o valor oferecido. Parabéns pelo seu posicionamento pq pelo que percebo, tudo tende a piorar com a precariedade das relações de trabalho que começaram com a pejotização das contratações, lá nos anos 90. Em 2013 qdo morei aí, o trabalho como jornalista não tava valendo mais nada, fui trampar numa empresa de produção de conteúdo pra celular pra escrever sobre astrologia. Que venha a revolução!
A Danielle Noce, tbm fala sobre isso, é muito louco, como a gente normaliza coisas que são erradas.
Acontece muito isso, principalmente com mulheres! Às vezes a gente quer (e precisa) tanto ser independente que acabamos aceitando trabalhos horríveis. Não ajuda também que as pessoas falam que o seu trabalho não vale nada (meus pais viviam dizendo que magistério é uma porcaria e eu ia ter que aceitar empregos ruins pagando pouco, ia ter que sacrificar meu bem estar pela escolha de fazer o que gostava). Parece que você tem que estar agradecida por trabalhar praticamente de graça. Sem falar dos assédios no trabalho, desrespeito, racismo... É complicado!
Olha, as relações de trabalho estão muito abusivas em todos os níveis. Não é só entre criadores de conteúdo, não. Somos privilegiadas, não podemos negar, por termos podido estudar o que amávamos em conceituadas faculdades públicas. Mas é verdade também que esse privilégio não encontra contrapartida financeira mais nem no meio acadêmico, nem fora dele. Essas reuniões em que valores de salário são tratados como detalhes quase desnecessários ocorrem no ensino, na revisão, na tradução, nas assessorias. E se não continuo a lista, é por falta de experiência profissional em mais áreas. Falar disso é importante. Escapar disso, bem difícil.
Imagina eu que sou professora de idiomas e iluminadora cênica!
Como professora particular, essa questão de preço é bem complicada. E a situação complica mais ainda porquê, mesmo com contrato, não é um dinheiro garantido.
Como artista de teatro o buraco é ainda mais embaixo, pois geralmente trabalhamos com porcentagem de bilheteria. Ou seja, se tem público, tem dinheiro. Se não tem público, pagamos pra trabalhar. Muita gente critica a Lei Rouanet sem saber o que é e como funciona. Eu NUNCA trabalhei em peça que tenha conseguido verba através da lei. Cheguei a trabalhar em projetos aprovados, mas a captação não aconteceu, pois eram produções pequenas e sem famosos, sem a maldita visibilidade.
Mas uma coisa eu não faço: trabalhar de graça pra quem eu sei que pode me pagar. Se a pessoa tenta baratear meu trabalho, prefiro recusar a migalha do que me desvalorizar. Mas também reconheço que sou uma privilegiada por poder "recusar trabalho".
Sou doula e educadora perinatal... vivemos a mesma história no meu meio, muitas de nós (se não todas, incluindo eu mesma) nos sujeitamos a trabalhar como voluntárias para "ganhar experiência" e demora uma eternidade até conseguirmos nos firmar e entender que nosso trabalho precisa ser valorizado. Ainda mais por ser algo relacionado ao cuidado de outras mulher, ao papel de dar apoio, suporte emocional... profissões assim são desvalorizadas (cuidadores de idosos, enfermeiras, professoras de creche - as "tias") e não é à toa que a maioria das profissionais são mulheres... o trabalho feminino não é valorizado... quando identificam como um "dom", uma "missão" então: "como assim você quer me cobrar para me dar supor emocional, como uma amiga faria?"...
Excelente ponderação sobre o valor que se dá a trabalhos ocupados majoritariamente por mulheres... é bem isso mesmo.
Vivo nessa constante reflexão, sobretudo quando se fala em freela de ilustração.😥 Isso tem muito haver com aquelas questões que me consultei com você, recentemente. O discurso da visibilidade é abusivo. Geralmente vem de uma parte medíocre para outra competente...😒
Isso se enquadra muito no que Marx chama de fetichização: humanização das coisas e objetificação das pessoas. É uma triste realidade nessa lógica do capital.
Jana, eu acho que os vídeos que eu mais amo seus são justamente esses sobre carreira, mercado de trabalho e as incertezas sobre isso! Porque não importa se você tá pra escolher uma faculdade no ensino médio ou se você tem 30/40 anos... Chuto que a maioria das pessoas não sabem o que querem fazer da vida, não sabem o que implica cada profissão de fato e ficam super inseguras em escolher algo que teoricamente vão ter que fazer pro resto da vida mas que isso precisa pagar as contas e ainda deixá-las felizes, sabe? E é tão importante você compartilhar isso porque eu particularmente nunca vejo esse tipo de conteúdo aqui no RUclips... Eu só conheço 1, mas que foi provavelmente mais pra falar sobre a trajetória da vida da pessoa do que de fato para falar sobre carreira, e que recomendo você ver porque fala justamente sobre esse ponto das marcas pagando... É da Nath Araújo, sabe a ilustradora? Ela teve a sorte de trabalhar numa empresa e ter uma colega que fazia justamente esse trabalho de contratar blogueiras, e ela acabou virando a assessora dela! Ela conta que ficou chocada com o preço que a colega dela ia pedir pra ela e ela nem acreditava que alguma marca iria pagar, mas pagaram e ainda pagam! Se a gente não der o valor do nosso trabalho, ninguém vai dar porque todo mundo vai querer pagar pouco ou nada se puder, e isso só acontece se a gente permitir mesmo! Mas é como você falou, quem tiver condições de recusar trabalho, o melhor é fazer mesmo pras marcas valorizarem o nosso trabalho! Ai, Jana, você é uma riqueza pra esse RUclips!! ❤️
O seu cachorro é a coisa mais fofa do universo... Adorei o vídeo... Chega de exploração
Hahha a Milu é linda ❤️❤️
@@JanaViscardiLinda mesmo! Ela parece a minha cachorra Maya, só que mais alta... Adoro os seus vídeos... Sinto saudades das minhas aulas de redação, acho que eram as que eu mais gostava... Coerência e coesão de texto sempre foram as partes mais complicadas ao se escrever textos... Mas agora com essas pessoas eleitas, que IDOLATRAM ASTRÓLOGOS MENTIROSOS E TERRA PLANISTAS, coerência, principalmente, é algo que está fazendo falta...Beijos Jana!
Nossa, eu estou passando exatamente por isso. E pra falar a verdade ainda estava com a ideia de que eu tinha que aguentar mesmo porque é só assim que se cresce na vida.
Olha, hoje eu vejo que é só assim que a gente segue esculhambada na vida. Mas eu sei que é MUITO difícil decidir se vai se fazer a porcaria do trabalho ou não.
Jana, QUE VÍDEO FOI ESSE?! Eu estou (como muitos aqui) no mesmo barco. Sempre trabalhei na área administrativa, sou formado em PP, porém resolvi me aventurar após os 30, na área de redator. Eu sempre gostei muito de escrever, estudei e estudo muito para dar mais excelência para essa minha nova profissão, porém acontece de rolar esses freelas que querem te pagar com "mais um case para seu portfólio". E aí, como você mesma disse, entramos no dilema do - eu aceito pela visibilidade ou pago as minhas contas? Seu vídeo definitivamente me fez repensar no quanto vale o meu esforço, meu trabalho e toda a trajetória difícil de se mudar de área e se bancar nessa nova empreitada.
MELHOR CANAL! Quero andar com você no recreio!
Oi Jana! Eu sempre acompanho o seu canal e adoro as suas análises. Esse vídeo me chamou muito a atenção porque eu agencio criadores de conteúdo e são muitas as empresas que nos procuram com propostas indecentes de divulgação gratuita em troca de produtos. Essa é uma realidade que venho tentando combater há tempos. Acredito que a solução não vira nunca das empresas e sim dos próprios criadores. E por isso o seu vídeo é necessário no processo de conscientização desse mercado. Enquanto houverem profissionais que aceitam trabalhos por permuta, nunca que as empresas irão entendê-los respeitar o que veem desenvolvendo. E quanto mais criadores aceitarem isso, mas esse mercado vai sendo sucateado e menos profissionalizado.
Obrigado!!!
Torcendo para você oferecer coisas bacanas para os criadores que agencia.
Ainda tô chocada com essa sua história, Jana. É inacreditável. E deve acontecer muito nesse mundo do youtube.
É muito necessário expor esses absurdos. Obrigada!!!
Acontece MUITO, o tempo todo.
No mundo de todos, nem precisa RUclips.
Parece que nas relações de trabalho sempre haverá uma forma de explorar a mão-de-obra. E os mecanismos vão se sofisticando.
No design isso é muito comum, quando fui procurar estágio de final de curso numa agência grande de Porto Alegre, a globalcom, o diretor de arte adorou meu portfolio, queria que eu começasse no outro dia, ai perguntei de quanto seria a bolsa, pq sabia que não assinavam carteira, e ele disse que não tinha bolsa pra estagiário, e que eu ia ganhar experiência, encher o portfolio de trabalhos de marcas famosa. Eu disse que não tinha como trabalhar de graça, que eu precisava comer, morar etc, ai ele disse que eu estava muito nervosa. Eu tinha 22 anos na época, sai de lá arrasada, tinha estudado 4 anos e não queriam nem me pagar uma bolsa.
Que horror, sinto muito por vc ter vivido isso! Um absurdo, né?
Jana, mais um ótimo vídeo! Eu acho foda o quanto o mercado desvaloriza cada vez mais os profissionais e encara isso como uma coisa linda e maravilhosa. Você recebeu feedbacks diversos porque isso acontece em muitos setores. De PJotização a contratar profissionais capacitados com nomes como "supervisor", "analista", "assistente" pra pagar abaixo do piso da categoria, por exemplo. Tudo como se estivessem fazendo um enorme favor. Agradeço pela coragem de suas palavras.
PS: vou mandar um kit de abraços pra sua casa (de graça)
Seu lindo!! Obrigada por acompanhar e compartilhar suas ideias por aqui sempre!
Nossa, como é bom ver alguém sensata tocando nesse assunto. Já perdi as contas de quantos trabalhos "colaborativos" fiz para ONGs cheias de recursos, mas não tinham a iniciativa e decência de pagarem nem o meu bilhete do metrô. Esse tipo de comportamento acontece muito mais do que a gente imagina.
Acontece O TEMPO TODO. :/
Quando se é da area artística então... o pagamento "padrão" é a tal divulgação.
Jana que vídeo devastador ele dialoga muito com o que eu penso, sabe quanto vale teu trabalho? tudo que vc julgar que valha, e para mim vale toda a minha estima e admiração por ti...saiba que sempre esta no meu coração.
Obrigada, Chris!
é isso mesmo Jana, eu jà levei tanto calote acreditando na promessa da efetivação ou que me chamariam outras vezes para prestar meus serviços. Tudo balela, se vc n se valorizar na entrada as pessoas vão sempre te tratar como segunda categoria.
É isso. Beijos
Nossa, super me vejo no teu posicionamento. Sou psicóloga e a forma como o trabalho é (?) Compreendido ainda é muito aquém do que deveria.
Como você essas questões se implicando no exercicio da profissão de um psicólogo?
Oi! Coloca suas redes na descrição dos vídeos, ajuda bastante na hora da gente querer te seguir. :D
Às vezes eu esqueço! Valeu pela lembrança.
O assunto é tão polêmico e dolorido que a catiora também quis dar seu pitaco. :} Eu estava muito precisando ouvir algo assim. Obrigada!
A Maíra Medeiros é outra mulher incrível que tb não sai fazendo merchan de graça na internet, vcs duas têm minha profunda admiração!
:)
Descobri esse canal faz pouco tempo. Estou amando!
Obrigada
Quando assisto a Professora Doutora Jana, penso também no sofrimento criativo do seu trabalho, no reconhecimento que proporciona e desejo que a remuneração seja justa!
"Muitas pessoas queriam estar no seu lugar" pra essa frase eu sempre acho válido responder "E eu queria que elas tivessem aqui pra ver a minha realidade e deixar a idealização de lado". Ninguém sabe o que você passa além de você mesmo.
Excelente resposta. ;) outra possível: então vem você aqui no meu lugar agora, e fica sem receber. hahahah que horror.
Jana querida...já lhe sigo há uns dois anos, mas esse vídeo me tocou de uma forma muito particular. Sou professora em uma faculdade particular . Já vi e vivi muito do que relatou. Obrigada, obrigada, obrigada.
Pena não podermos( querermos) botar a boca no trombone... heróis e heroínas não conseguem pagar as contas e voltam a ser humanos comuns... ótima provocação esta sua do vídeo, uma de minhas atividades é a fotografia e já vivi esta e outras situações constrangedoras, o registro (que é o que fica destes eventos) nunca é tratado com respeito, e neste caso o respeito ao registro do evento é remunerar o profissional... ong's , institutos, eventos corporativos são cruéis para alguns profissionais, parabéns pelo seu conteúdo!!!
Obrigada, Paulo, pelo relato!
Gostei dessa reflexão. Se pararmos pra pensar isso realmente acontece em todas as áreas. Clássico caso de pessoas que por exemplo trabalham fazendo cabelo/unha etc. Pessoas que chegam e falam na cara da pessoa que conhecem outras pessoas que fazem mais barato e melhor. Ou casos como o teu, pessoas que passam ANOS da vida se dedicando a algo e na hora de apresentar o serviço querem pagar por nada, as vezes acho que é até porque não levam estudos a sério, acham que a pessoa já nasceu sabendo.
Pedir que uma pessoa faça um trabalho de graça ou num preço menor do que foi proposto é esquecer o background da pessoa. Se a pessoa cobra tal valor ela tem seus motivos. Querer que façam no preço deles e no mínimo sem noção.
Eu até entendo quando há negociação "saudável" - se é que é possível dizer isso. Mas partir de um valor inicial para ZERO é realmente chocante.
Dois pontos que eu não entendo nessa lógica das empresas (grandes): essas vão pagar com visibilidade para pessoa ser conhecida por outras empresas, mas as outras empresas também estão a pagar outros profissionais com visibilidade. No final ninguém paga ninguém porque a visibilidade é a "cenoura". Depois se as pessoas não recebem nada, ou quase nada, como então vão consumir os produtos publicitados por quaisquer empresas?!
Exatamente. 👏🏽👏🏽👏🏽
Jana, parabéns pelo vídeo. Muito importante e oportuno. Sou mulher na área de TI e diversas vezes tive que me impor para receber aquilo que eu merecia receber e não aquilo que as pessoas queriam pagar para economizar à minha custa. Sei que meu caso não é exatamente o que vc estava falando, mas compartilho dessa opinião de que, quando a gente tem a opção de recusar, a gente não pode se submeter a situações abusivas por achar que elas vão nos trazer algum benefício. Que não caiamos mais nessa armadilha e não sejamos mais vítimas dessas atitudes abusivas.
Excelente comentário!
Jana !!! Você só traz luz .... assim como muitos já comentaram ... você traz as verdades e angústias que muitos de nós passamos e nos sentimos solitários e perdidos. Agradecemos por toda sua disponibilidade em expor essas feridas de todos nós. Parabéns querida...cada dia te admiro mais.
Muito obrigada, Mariza!
Você é tão lúcida nesse meio de mentes tão vazias, lábios tão preenchidos e motivos para não mais acreditar no ser humano... Obrigada pelos seus vídeos e por você ser a Jana! 😘
Obrigada por acompanhar, Ana!
Nossa, Jana, me senti totalmente identificada com o seu depoimento. Tem acontecido isso comigo também. Sou jornalista e tradutora e já fui requisitada para trabalhar de graça. Compartilho da sua indignação porque tempo e energia é trabalho e todo trabalho deve ser remunerado. Sendo mulher, nossas necessidades são sempre colocadas em segundo plano. Enquanto estamos trabalhando de graça, estamos perdendo tempo de buscar algo que pode nos remunerar de alguma forma.
Sem dúvida! Obrigada por seu comentário ❤️
Quantas vezes vi este tipo de situação na minha vida profissional, cheguei a trabalhar com um rapaz que tinha 3 empregos (não sabíamos), não dormia, em 3 meses ele teve uma crise emocional e acabou sendo agressivo com uma funcionária da empresa em que eu presta serviço, eramos terceirizados. Toda vez que participava de algum projeto e os cortes eram em pessoas, seus salários, cortes por estimativas absurdas de aumento de produtividade, terceirização (onde se paga muito menos) ou troca por tecnologia para reduzir mais ainda pessoas. Em cada situação eu vivia angustiado, e sempre frustrado pensando no humano que está do outro lado, as necessidades dele que eram as mesmas que a minha, se para sobreviver já era complicado, o que eu estava causando a ele, ao final depois de muitos anos de angustia pedi para ser demitido, levou um tempo mas sai. Fica a dúvida, quando um humano vai se comportar como um humano e não como um "fantoche" matemático que só vê números?
Importante que gestores de RH entendam, compreendam e assimilem o que está sendo abordado, neste vídeo, e comecem a mudança dentro da empresa.
Pois é. Tão importante.
tem pelo menos um video no canal papo de preta que a natalia e a maristela relatam essa mesma situacao de serem procuradas pra participar de eventos e palestras e etc porem nunca oferecem cache pra elas e esperam que elas trabalhem de graca
Sim, é RECORRENTE essa situação
Primeiro gostaria de dizer que teu cabelo tá lindo, Jana! e segundo que, seu discurso é altamente pertinente e lúcido. Obrigada por compartilhar sua experiência, pois além de trazer à tona um assunto velado, me fez refletir sobre o quanto essa cultura de abuso com o conhecimento que construímos nos submete a situações que jamais deveríamos nos submeter.
Obrigada!
Jane que depoimentos incrível! é importante se valorizar 😍
Vejo que a questão da visibilidade pode ser comparada a experiência em carteira e currículo em questão CLT, no meu caso já tive propostas absurdas e abusivas tb, e infelizmente está cada vez mais comum esse tipo de situação.
estou maratonando seus videos
Jana, tenho acompanhado seu canal já há algum tempo. Foi libertadora a sua fala! Tenho vivido esse dilema na pele e é sempre bom saber como nós podemos enfrentar essa dinâmica louca que é o mercado de trabalho para mulheres autônomas, empreendedoras etc. Muito obrigada!
Obrigada por acompanhar, Paula!
Jana, muito obrigada por esse vídeo. Eu estou passando por uma situação semelhante referente ao meu trabalho e precisava dessa reflexão. Amo seu canal, continue assim. Beijos
Sinta-se abraçada! ❤️
Reflexão importantíssima pros tempos atuais!
Obrigada!
Achei esse vídeo fundamental para a desmistificação do “dinheiro” do pagamento. É quase que um “tabu” perguntar sobre o pagamento em uma entrevista por exemplo. A gente nunca sabe quando ou como tocar no assunto né?! :)
Eu não moro no Brasil e engraçado que uma das primeiras coisas que aprendi no mundo corporativo era que considera-se muita falta de educação perguntar o salário de alguém.
Acredito que isso tenha até uma certa influência religiosa mas isso já é outra conversa.
De qualquer maneira vc arrasa como sempre e esse seu vídeo é muito importante para sabermos que se nós mesmos não nos dermos o devido valor, ninguém dará! ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Sensacional. Acertou na veia. É bem isso.
Corajoso esse vídeo! 😱
Saudades de vc! Beijos
tao absurdo quanto isso que vc relata ao meu ver tambem e o estagio nao remunerado que eu sinceramente considero um absurdo por si so uma exploracao que deveria ser ate ilegal
Sou cabeleireiro a 12 anos, nesse meio termo entrei na FATEC aqui em Diadema e fiz graduação em tecnologia em cosméticos (química para desenvolvimento, pesquisa, controle de qualidade pro cosmético). Bom, tentei entrar no mercado e foi complicado. Quando uma empresa me viu, por sinal eu usava a marca no meu salão, para dar palestras (como um cabeleireiro técnico) com esse mesmo discurso de "você irá trabalhar por visibilidade! Quando disse que eu queria ser remunerado eles me ofertaram pagar em progressiva (jura?). É triste essa situação, mas infelizmente ela existe sim
Vídeo mt bom e que me fez retomar uma reflexão que tive em um outro podcast sobre o fato de que tudo aquilo que você não paga, há certamente uma pessoa sendo explorada por aquilo. Pode parecer uma fala boba, mas isso se aplica a tudo, inclusive, o próprio trabalho de vocês produtores de conteúdo que mobilizam o tempo de vocês aqui, mas que não só remunerados por nós usuários (ao menos por grande período) em troca de visibilidade. É uma situação delicada. Queremos sempre pagar o mínimo possível e dali extrair o melhor output, mas esquecendo que isso fomenta, dentre outras coisas, uma contínua relação de exploração.
Sim, sim!!! é isso, querido! obrigada por seu comentário.
Reflexão interessantíssima.
Obrigada
Oi Jana cheguei aqui via Ana Roxo parabéns pelo espaço. Sua fala me levar a pensar que ponto chegou a nobre carreira de professor, que todos sabemos da consequência disso para o futuro do país. Sou PJ na área de TI desde o Collor e nem vou mencionar nosso valor/hora, esse valor que você mencionou é absurdo.
Só um outro comentário já estive do dois lados da mesa já contratei e já fui contratado e tem um conflito básico que é tabu , CLT que nunca vejo uma análise civilizada no sentindo de trazer a CLT para nosso século. A reforma da Previdência é importante para nosso futuro . A reforma CLT é importante para nosso presente.
Aconteceu comigo recentemente numa faculdade!
:(
Teu trabalho vale uma vida inteira de aprendizagem. Amo teus vídeos, e esse foi de longe o mais abrangente.
Obrigada pelas palavras de orientação, vc é incrível! Bjosss.
Moça, me abraça! Já passei por isso, e fui taxada de metida por não aceitar "estar onde muita gente gostaria de estar". Se a gente não se der valor, ninguém irá dar. Força!
Ai, essa frase... beijos
Adorei o assunto desse vídeo. Eu concordo totalmente com o seu posicionamento.
Alguns atrás o Pablo Villaça publicou um artigo no cinemaemcena ou no Face (vi pelo segundo, pois ainda participava dessa rede social) sobre ser chamado pra escrever de graça só pela visibilidade. Aconselhando exatamente isso, Jana: se fizer de graça as empresas nunca pagarão.
O desespero pelo reconhecimento faz com muita gente, infelizmente, trabalhe de graça apenas pela visibilidade. Daí essa chuva de convites abusivos enviados a milhares de pessoas, afinal, se dessas milhares umas dez fizerem o serviço, eles (os exploradores) já conseguiram o que queriam.
Essas empresas ñ querem pagar, mas saem com as imagens de empresas consciêntes, q valorizam isso e aquilo, mas é tudo mentira! Ótimo vídeo, q alerta sobre essas ilusões criadas q só um lado ganha.
Obrigada!
Este video deveria ser visto por todo trabalhador deste país, especialmente os inexperientes
Jana, nesses tempos difíceis em que nos encontramos, é bem desanimador como as empresas tratam nós que estamos a procura de uma nova oportunidade, e eles nos tratam com zero respeito na maioria das vezes.
É muito triste e preocupante, né?
Eu terminei a faculdade e o mercado de trabalho parece una coisa inalcançável.
Me sinto da mesma forma. Dizem que minha area é muito boa e promissora, mas me sinto uma incompetente de nao achar uma vaga na minha area ja que é um segmento tao promissor. Sinceramente, esta sendo bem difícil. Preciso de experiencia. Fico ate com receio de falar que estou desempregada pra nao receber certos olhares. Acaba que a gente acaba se comparando com os colegas. O ditado "a grama do vizinho é mais verde" tem feito sentido. Enfim, seguimos persistindo.
Sim, que bom ouvir essa sua fala que não tem nada de acovardada. Você é uma companheira. Obrigada!
Obrigada ❤️
Vários trechos de sua fala me fizeram relembrar algo que sempre me vem à tona qnd vejo marcas levantando bandeira em prol da diversidade, em específico, das pessoas trans. Eu olho para a ação de marketing das empresas e logo me veem a pergunta: qntos empregados e empregadas trans essa marca tem em seu quadro? Agregar valor à marca usando as pautas identitárias todas querem mas qntas dessas empresas utilizam em seu cotidiano de RH as práticas dos discursos que elas vendem? O mesmo vale para tantos produtores de conteúdo. Na hora de produzir algo q pode vir a ofender parte de seus seguidores que são trans não lembram dos vídeos anteriores ou da imagem que passaram de friendly! Enfim...besitos!
Depois de assistir seu vídeo percebi já ter passado por situações assim, mas como funcionária de uma empresa. Infelizmente ñ tive oportunidades de ñ aceitar. Muito obrigada por esse alerta!
❤️❤️❤️
Jana amada! Pq no Yutube não há pelo menos ums 15 canais igual ao seu?
Meu Deus! Tudo q vc dissi dispença comentarios.
Bjus linda
Chego logo metendo o dedo no like ❤️ admiro seu trabalho, abraços
Sei exatamente do que vc está falando, tbm fui procurada por empresas para receber produtos em contrapartida teria que fazer um prato (meu blog é de culinária) fotografar esse prato, escrever um texto falando da qualidade do produto e tudo isso somente em troca do produto. Nunca aceitei,sempre achei abusivo. Sei que blogueiras aceitavam essa condição por visibilidade, eu não, se não dão valor ao meu trabalho porque eu iria valorizar a marca deles.
👏🏽👏🏽👏🏽
Um dos vídeos mais necessários em tempos de precarização e desmonte de direitos. Parabéns pela abordagem cirúrgica!
Obrigada, Manoel!!! ❤️❤️
RUclipsrs de todo o mundo uni-vos.
Eu diria: trabalhadores do mundo, uni-vos.
Jana, acabei de te conhecer, porque me mandaram esse vídeo e já quero te ouvir mais. Obrigada, obrigada. Queria que todo mundo assistisse isso: de quem contrata a quem é contratado, passando por quem apenas consome e não tá nem numa ponta nem em outra. Tô nessa luta também e como é difícil a gente se manter dentro disso.
Obrigada, querida! ;) nos falamos lá no insta hoje, não foi? beijos
Jana, eu larguei um doutorado em Ensino de Ciências (sou formada em biologia) pra começar uma nova faculdade... Publicidade e propaganda. Sou realmente privilegiada por ser ajudada pelo meu pai e poder escolher largar um doutorado que me fazia mal e começar de novo. Aí, chegou a hora do estágio. Tenho 32 anos e as pessoas já estranham a idade e a formação anterior. Fora isso, elas esperam muito de mim por ja ter esse nível de formação incomum para uma estagiária, então, não interessa se vc é nova naquilo. Eles esperam que vc seja gênia em tudo. Fora que passei por um estágio no qual sofria assédio moral, por uma mulher, hierarquicamente acima de mim, que tinha medo de eu, pela minha formação, tomasse o lugar dela. Ouvia dela que errava as coisas de propósito, pra que ela se ferrasse, e ela me tratava bem mal. Então, ainda que recomeçar seja bom e possível, no meu caso, ta sendo pesado. E qdo resolvi sair do estágio, ouvi isso: muitas pessoas queriam estar no seu lugar; outras agências têm ambiente muito pior; a "Fulana" pegou leve perto de outras lideranças de agências. 🤷🤷🤷Fui muito agradecida, mesmo querendo manda tomar no rabo, e fui embora. Mas confesso: não está sendo fácil arrumar emprego/estágio.
Te entendo tanto... Passei por um estagio que me causou traumas, crises de ansiedade e insegurança. Agora encontrar algo na área nao esta sendo fácil. Um dos meus pensamentos quando me candidato a uma vaga é que seja um ambiente de trabalho saudável. Um abraço em voce!
Recebam meu abraço!
@@juliasimoes6736 Nossa, é o meu pensamento tb! Me candidato a vários, mesmo sabendo que a maioria não vai me chamar, mas mesmo assim penso e peço pra Deus me arrumar um lugar com ambiente bom e minimamente acolhedor. Fiquei tão traumatizada que saí perguntando pra amigos se no estágio deles era nesse nível tb. E não era. Tinha pressão sim, mas não assédio moral.
Que fala necessária, catártica, potencializadora, Jana! Comigo aconteceu exatamente o mesmo, mas não impulsionado pela internet e sim, pela própria academia. Quando minha lucidez "voltou", disse não e todas as portas se fecharam. A visibilidade que estava 'conseguindo' não valeu de nada e todo esforço foi em vão. Abreijos carregados de axé!!!!
Sou negro, Gay e tenho muita dificuldade em arranjar trabalho. Na última empresa que trabalhei fui explorado como garçom física e mentalmente, não consegui continuar porque sabia que os R$600 reais que a empresa me pagava não seria suficiente para minha sobrevivência, sem contar que não tinha carteira assinada, poderia morrer no trajeto pra casa, já que o fim do expediente era depois da meia-noite. Ao sair da empresa o contratante ainda me chamou de mau agradecido e que a empresa me deu uma enorme chance de crescer. Até hoje me culpo por não ter usado as palavras devidas.
Tenho alguns traumas e desejo olvidá-los, mas é angustiante.
Jana, seu vídeo foi surpreendente! Conheci na época dos seus vídeos sobre ambiente de trabalho e palestras e, pessoalmente, acho essas palestras motivacionais de empresas uma grande lavagem cerebral com muito discurso de meritocracia e "vamos vestir a camisa da empresa como se fôssemos os empresários (enquanto a empresa nos trata como máquinas substituíveis)".
Assistia aos vídeos com receio, mas adorei as novas pautas políticas e este vídeo de "bastidores" de uma pessoa que de fato viveu esses mundos. Não sei se sinto um quentinho no coração por saber que compartilhamos de alguns posicionamentos e que estou no caminho certo ao negar propostas abusivas (apesar de ser PJ rs) ou se preferiria que fosse uma revolta sem nexo minha rs. Quando você citou o "(CN)PJotismo" lembrei de um vídeo, se não me engano da Ana Roxo e da Tati, sobre o sonho do liberalismo de que as pessoas todas se enxerguem como empresas (que a classe média adora, né?). *Faz um vídeo sobre palestras motivacionais em empresas e PJotimos, por favor?*
Um abraço e obrigada pelos vídeos maravilhosos!
Oi, Nicole! :)
Então, eu fiz vários vídeos sobre comunicação nas organizações, porque as pessoas trabalham e se comunicam em organizações. É inevitável termos que falar sobre a maneira como elas se comunicam e como vivem conflitos justamente pela maneira que se comunicam e sequer percebem o mal estar que geram. Fazer isso não implica passar pano para empresa, implica reconhecer que as pessoas trabalham e podem melhorar o ambiente em que vivem boa parte dos seus dias. Há muitas palestras ruins, mal feitas, pensadas só pra encher linguiça. Muita gente não se aprofunda no que diz. Muitas palestras motivacionais fazem mesmo o estilo lavagem cerebral e acho igualmente triste, uma pena.
Já faz bastante tempo que falo de outras coisas no canal, mas não me arrependo de ter feito esses vídeos porque foi através deles que eu fui me permitindo trazer outras temáticas que me importam e interessam.
O lance de ser PJ... bem, é essa curiosa realidade em que não se negocia muito e quase sempre se trabalha como se fosse CLT, mas sem os direitos garantidos. Foda, né? :(
Beijoca pra vc, Jana
@@JanaViscardi, com certeza! Acredito que possa ter sido uma primeira impressão minha e concordo que é necessário abordar aqueles temas, afinal, é a nossa realidade e não passar pano rs Respeito muito o seu trabalho, não conheço nada igual e peço desculpas se meu comentário anterior pareceu uma crítica, foi apenas uma boa surpresa! E, claro, seria muito bacana ouvir suas opiniões sobre os temas que sugeri! 😊
Eu sou atriz e tenho uma empresa de comunicação lúdica trabalho com industrias e cansei de ouvir: já pensou o nosso logo no seu portifólio? Ou seja faz de graça e a gnt deixa vc dizer que trabalhou p nós, eu nunca fiz de graça pq acho um ascinte e eles sempre dão um jeito de pagar. Agora ta na moda pagar em 60 ou 90 dias o que tb é um ascinte Temos que ser firmes e recusar mesmo que isso custe abrir mào dos trabalhos
Sim, super complicado, mas precisamos encontrar o caminho para não aceitar cada pedaço de absurdo que nos oferecem .beijoca