Sobre tema de que perdemos a "magia da infância" quando crescemos, tem o filme Kiki's delivery service. A Kiki tem um gato chamado Jiji com o qual ela consegue conversar, conforme o filme anda e ela encontra as dificuldades da vida ela simplesmente não consegue mais falar com o gato
Esses filmes do Studio Ghibli trazem uma sensação de nostalgia de algo que você nunca viveu, é estranho, mas traz um conforto na alma, é como se você já conhecesse aquele mundo fantástico, gosto muito disso. Faz um vídeo sobre A viagem de Chihiro, Serviço de entregas da Kiki e O castelo animado por favor.
pra mim o que fascina nas obras japonesa é capacidade de constituir novos mundos com funcionamento e regras especificas para tratar de questões filosóficas muito humanas
@@Pdpredo777De fato. Mas acho divertido como os japoneses são bem inovadores nas suas regras e mundos. Exemplo: o folclore, religião e cultura histórica é extramamente utilizado por lado. Em quanto no ocidente só vemos filmes de guerra, ou histórias baseadas em histórias de guerra.
Obras asiáticas me conectam mais que outras obras, sou de uma cidade que tem muitos pescadores e é no interior. E geralmente as obras asiáticas tem um humor e um cultura até parecida, e eles comem muito peixe, e usam chinelo de dedo kkkk
Caramba, que análise lúcida. Sinto o mesmo xará, essa sensação de recuperação de origem, de fascínio pelo antigo, pelo ancestral que o brasileiro sente mas não possui, rapaz, belo caminho de raciocínio!
Não é atoa que os primeiros habitantes do Brasil dividem semelhanças genéticas com os asiáticos no geral, principalmente a característica da dobra epicantica nos olhos.
Ótimo vídeo! Mas Miyazaki não é pessimista. É um profundo humanista. Um humanismo com os pés no chão, sem o romantismo ocidental, mas de uma delicadeza enorme.
o fato do Alê ter uma visão final pessimista é o exato sintoma do q ele tentou expor em sua análise. Hayao é um humanista otimista, e seus filmes são verdadeiras obras de arte
@@marcusschubert5087 Mononoke é maravilhoso. Fala sobre amadurecimento, guerra, politica, preservação ambiental, cultra ancestral.. varios temas. Pocahonta tenta fazer o mesmo mas no final acaba sendo sobre um romance entre uma india e um branco. Disney não chega nem aos pés da Ghibli.
isso de ver vida nas coisas quando criança é muito real. Quando criança eu imaginava vida dentro de TUDO, dentro das paredes, dentro de lâmpadas, eu acreditava que placa mãe era uma micro cidade pq a estrutura lembra uma cidadezinha kkkkk.
Eu diria que até hoje eu penso assim. Ainda que seja de forma cerebral, como: quantos interagiram nesse espaço quanto de vida essa pedra morta teve interagindo.
Eu pedia desculpa quando batia o pé em alguma cadeira ou mesa, e ficava triste quando alguma lâmpada "morria" (queimava) porque pra mim era tão real que elas tinham vida ksksks as vezes eu queria poder voltar a ter essa empatia
Kkkkkk eu também vi isso acontecer, eu mostrei para o filho da minha madrasta, uma placa mãe e depois fiquei meia hora explicando pra ele que não era uma cidade, eu não tenho muitas lembranças sobre os meus pensamentos da minha infância então não sei como era sentir isso, mas é familiar.
O Hayao Miyazaki é um daqueles caras que me deixa abismado com o talento que ele tem. Eu gosto muito de aquarela e recentemente descobri o trabalho de aquarela do Miyazaki, com as páginas e ilustrações coloridas que ele fez pro mangá de Nausicaa. É maravilhoso, um trabalho de mestre mesmo.
Otaku não! Sou apreciador de produções audiovisuais animadas nipônicas! Dattebayo! Nani/! Nandayo?!!! Brincadeiras a parte, sou facinado por essas animações, paixão que nutro desde a infância, quando assistia e não distinguia das outras categorizando anime ou cartoon, mas me tocava mais os animes. Acho muito bom e enriquecedor ver e ler reflexões e estudos sobre tudo que envolve essas animações, e o seu canal e o do Ilha Kaiju, para mim são dois dos que mais enriquecem esse dialogo.
Excelente compreensão do fascínio pela cultura arcaica. Desde cedo acostumei minha filha com os filmes do Miyazaki. Assim que nasceu comprei uma pelúcia do Totoro para ela. Queria acostumá-la com a estética e a sensibilidade do autor, mesmo sem saber se minha intenção iria frutificar. Quando mais novinha, até pela idade, adorou Ponyo. Hoje, tem assistido quase todos os dias "Meu amigo Totoro". Ontem perguntei a ela o porquê de ela estar assistindo tanto a ele e a resposta me surpreendeu. Depois de refletir um pouco, ela me falou "tem muito verde e marrom". Ela tem seis anos. Quanto ao filme, recomendo "O serviço de entrega da Kiki", "O túmulo dos vagalumes" ou "A viagem de Chihiro".
Isso me lembra que, quando totoro foi lançado nos cinemas do japão era uma sessão com dois filmes com intervalo entre eles e o filme seguinte era o túmulo dos vagalumes. Fico imaginando o turbilhão de emoções que as pessoas dessa sessão sentiram, quando assistiram essa dobradinha.
Jkkkkkkkkk meu Deus desespero. Você vê um filme bonitinho de um bicho peludo enorme e depois você vê um de guerra que retrata a realidade cruel pós guerra
Engraçado como o Link fala que é grosso, e truculento, mas é fala de certos assuntos de forma tão delicada. Ao menos eu vejo essa delicadeza esse cuidado, esse carinho. Faz muito sentido tudo o que você disse, principalmente sobre o nosso fascínio sobre outras culturas, especialmente antigas. A coincidência é que eu estava pensando justamente sobre isso porque comecei a ler uma webtoon de um brasileiro - Forma ou Consciência - , que se passa numa espécie de Japão feudal fantástico e meio alienígena. Pensei que nossa, como seria legal ler ou fazer uma obra com algo mais próximo da cultura indígena do Brasil... Mas nossa, como é difícil pesquisar sobre mitos, lendas que estejam pouco ou só minimamente "contaminados" pela tradição cristã europeia... Adorei o vídeo, me deu no que pensar e refletir por um bom tempo... Sobre obras... Adoraria ver você comentando sobre A Viagem de Shihiro e Princesa Mononoke.
O foda é esse: Quando a colonização europeia aconteceu, uma bela parte (se não tudo) foi destruído pelos colonizadores portugueses e muito mais pelos brasileiros que vieram depois. Com isso, a gente perdeu muito do nosso passado mitológico (no sentido de um passado muito antigo e ancestral). Melhor ainda: Não perdemos tudo, mas o que sobrou não é devidamente explorado e estudado, pois como nação, o Brasileiro não se importa com a história e tradição das nossas nações indígenas. E muitos dos próprios indígenas, com toda a razão, se recusam a dividir sua cultura e sua história conosco, por vários motivos (a pesar de que eu tenho visto um tímido movimento de abertura e acesso à esse passado nos últimos anos). E daí vem o nosso fascínio com culturas e práticas ancestrais: Nós não temos esse passado longínquo. Nós não temos essa cultura ancestral. Pra nós, isso é uma carência, e daí o que fazemos? Adotamos as culturas e histórias ancestrais de outros povos. E daí vem tanto Zé Cruzadinha, Ragnaldos e Otakus - da nossa necessidade coletiva de uma ancestralidade histórica. As nossas obras de cultura popular focam muito mais em situações do nosso dia-a-dia, ou em períodos da nossa história não tão distante (bem como fantasias baseadas nas nossas inúmeras espiritualidades e folclore), e que tem obras aparecendo buscando valorizar isso aqui no Brasil, hoje em dia. A citar de exemplo Lampião do Heitor Amatsu - que é um excelente quadrinho feito nos moldes de um Seinen dos mais enxarcados de sangue, como é o caso de Berserk, e é levemente baseado na história de Lampião e seu bando de Cangaceiros. Mas o pessoal não quer Lampião e Maria Bonita, quer é esse mítico antigo de Néftis e Anúbis, de Take-Mikazuchi e Yamata-no-Orochi, de Heracles e os 12 trabalhos. Claro: essa é só meu ponto de vista do assunto, que é muito complexo e definitivamente não é a minha alçada de pesquisa.
@@itsjonesh Muitos já tentaram resgatar as antigas tradições ancestrais brasileiras, uma delas é o próprio Ariano Suassuna com a "Pedra do Reino". Mas um fator inquestionável do brasileiro médio não gostar da própria cultura ancestral é o puro complexo de vira lata. A nômade cósmica, membra do canal da sarjeta, já tentou criar um mundo fantástico com elementos da cultura dos povos originários, mas como o pessoal odeia os povos originários sem motivo algum, eles preferem ignorar e fingir que isso não existe. O brasileiro não têm mais solução ninguém se importa com a própria cultura nativa.
Admito que ao ver essa tumb , cheguei com 4 pedras . Mas com todo a certeza foi a análise mais lúcida , grandiosa e genial que já ouvi sobre qualquer obra do Studio ghibli.... sinceramente obrigado
Faz muito sentido! Eu, em meu intimo, me sinto um ser "sem cultura". Vejo pessoas negras se apegando a cultura africana com toda a sua riqueza, pessoas brancas com algum parente europeu se apegando a cultura europeia com todas as forças, enquanto eu, uma parda, sou aquele meio termo, aquela que não pode chamar nada de "seu". Com o seu vídeo eu pude ver que não estou sozinha kkkk. A realidade é que nós brasileiros somos filhos bastardos arrancados dos braços de nossa mãe, somos entes "sem cultura" que adota para si, de uma forma quase antropofágica, a cultura de outros povos. Até mesmo os brasileiros com antecedência de outros povos também se agarram de alguma forma a cultura daquele seu antecessor. Amei a análise!
A pintura Abaporu até diz isso pelo nome que é esse processo antofagico dos indígenas consumirem dos outros para obterem o poder do inimigo forte. É o que torna nossa cultura tão sem rumo, mas que tem um poder de absorver dos outros pra si, está em nossas raízes.
Mas é e não é um problema. Se torna um problema quando abandonamos a nossa cultura brasileira por outras culturas, inferiorizando toda a história do nosso povo no Brasil. Infelizmente isso acontece bastante.@@megumi5303
Gostei da sua observação dessa "antropofagia". A geração modernista de 1922, define bem essa essência de brasilidade que é "deglutir" o que é culturalmente externo para fortalecer o que é nosso. Nós misturamos cultura e somos uma nação culturalmente híbrida, religiosamente sincrética, etnicamente mestiça. Só não vejo, como você, essa mestiçagem como um lugar de não pertencimento. Muito pelo contrário. Mas acho que o Brasil tem uma tradição ancestral africana muito presente e de certa forma, aberta a quem esteja em busca de encontrar o que pode ser chamado de seu.
@@Sergiolrs2008 Eu creio que seja algo mais íntimo e interno essa sensação de não-pertencimento mesmo, não quero generalizar que todo mestiço se sinta assim. Mas é complicado, sabe? Principalmente na minha família que é uma mistura braba de português com africano, indígena e quem sabe até com alemão, o último é não confirmado.
Se olharmos bem os povos do velho mundo são indígenas do velho mundo os únicos que não são em si indígenas são os países das Américas e Austrália e nova Zelândia .
Eu amo Nausicaa do vale do vento, mostra o amor como forma de resistência, lindo demais. E o conto da Princesa Kaguya marcou meu coração pela delicadeza e sensibilidade.
Analise magistral! Seu conteúdo é uma relíquia, amigo! Sobre o porquê do brasileiro gosta tanto de cultura japonesa, tem um fator que foi muito marcante pra mim e acredito que outros sintam o mesmo: o fator de lutas de artes marciais levadas ao extremo. DBZ tinha algo que nenhum outro desenho do cartoon network tinha exatamente. Era uma luta selvagem completamente inedita, com poderes absurdos e velocidade incrível.
Princesa Mononoke e Meu vizinho Totoro são meus dois filmes favoritos da vida. Não tem como não se emocionar assistindo. São filmes que resgatam em nós aquilo não deveríamos nunca ter perdido.
Adorei a análise! Enquanto um povo que não parece ter uma "origem" ou "raiz" fixa, faz total sentido que nos interessemos pelo que vem de fora. Como sugestão de filme do Estúdio Ghibli, o "Serviço de Entregas da Kiki" é muito bacana, o meu favorito dentre os que eles produziram.
É sério Link, você precisa assistir "Castelo Animado" e "A Viagem de Chihiro". São filmes que a delicadeza é o fundamento deles, pois o que sobra quando você terminado de assisti-los é um encanto esquisito, por algo ainda mais esquisito e extremamente fantasioso, mas que não deixa de parecer extremamente real.
Fala sobre um filme que não é muito comentado mas é muito massa, "Os Pequeninos". É lindíssimo, delicado e mostra como uma sociedade "maior" se sobrepõe as outras e dá pra ter várias outras reflexões.
Cara, parabéns pelo vídeo. Quase não conhecia seu canal, só tinha ouvido falar, mas confesso que fiquei até emocionado com a forma como você fez essas conexões e elas fizeram total sentido pra mim. Amo animações japonesas desde criança e hoje tenho 23 anos. Eu sempre tinha a impressão de que, de fato, pra alguém realmente admirar essas obras, a pessoa precisaria se abrir ao lado mais “coração” dela, uma certa infantilidade mesmo (não que isso seja algo negativo), e agora tudo fez muito mais sentido pra mim. Obrigado por isso!
Análise muito massa! Muito importante lembrar que esses animes partem de uma tradição oriental que muitas vezes atribuímos ideias ocidentais, não tinha parado para pensar nesse aspecto, quando for assistir novamente vai ser uma nova experiência. Obrigado, faça outras análises de outras obras do Ghibli
Querido, seu canal é maravilhoso! Tem traduzido um bocado de coisa que eu tô começando a estudar, fazendo uma síntese delicada. Um filme que traduz bem isso que vc trouxe nesse vídeo é o "Princesa Mononoke" TB do Miyasaki, de 1997, mas ele traz de uma forma mais direta, mais violenta, ainda assim bem complexa e algo sutil na mensagem.
Eu diria q esse vídeo poderia ter dois nomes: "Por que gostamos tanto de cultura japonesa?" e também "Por que como brasileiros gostamos tanto de histórias de fantasia?"
@@LucasDosSantosdeAraujo as diversas formas com as quais o folclore brasileiro se apresenta são incríveis. Temos sim histórias muito boas, que de certa forma se assemelham com histórias e mitologias estrangeiras, principalmente pelo fato do homem tentar dar sentido a fenômenos da natureza através de heróis e divindades, como por exemplo, Thor e Tupã são duas divindades de povos antigos que foram idealizadas com o intuito de dar sentido e explicação aos trovões e tempestades. Se você acha mitologias e folclores de outros países interessantes, procure saber sobre o nosso, não irá se arrepender
Porque não temos uma cultura de que possamos nos orgulhar e respeitar. Isso torna a nossa cultura e entretenimento moldada e bagunçada pela influencia estrangeira (Ex.: EUA e Japão).
PomPoko - A Grande Batalha dos Guaxinins é um filme sobre a modernidade e o avanço industrial, fortemente influenciado pelo grande boom do Japão pós-guerra, ele deixa um gosto amargo ao final e um dos melhores filmes que assisti do estúdio Ghibli
Eu não tenho indicação de anime, mas de um vídeo ensaio que pode te interessar: "Why Do You Always Kill Gods in JRPGs?" do Moon Channel (infelizmente não dá pra colar link). Ele dá um panorama bem interssante da história das religiões no japão, antes de desenvolver o tema do título, talvez acrescente algo ou inspire alguma análise futura sua.
Esse foi o melhor vídeo ensaio no youtube que vi em anos. E como JRPG é um dos meus gêneros preferidos de videogame, ajudou a elucidar melhor uma dúvida que sempre tive e enriqueceu ainda mais a minha visão sobre os jogos que já gostava.
Esse vídeo é absurdamente interessante. Faço coro aqui também pra recomendação dele e reforço essa indicação. Muito do conteúdo não era exatamente novidade pra mim (especialmente depois de ter jogado Persona 5, que foi um dos jogos que mais me fez pensar nisso... e rejogar Final Fantasy VII), mas pensar a respeito da história mais antiga do Japão me ajudou a amarrar algumas dessas ideias umas na outra a respeito do tema.
Os animes me passam a idéia, de conservar o frescor e a curiosidade da infância, em harmonia, com o pragmatismo e o cansaço (que também são necessários) da vida adulta. As obras que mais gosto do Studio Ghibili, são Nausicã do vale dos ventos e princesa Mononoke. Mas tudo que esse estúdio faz, é bom
Já fiquei fã desse canal, que conheci agora! Adorei o que vc falou sobre o filme do Totoro: no Ocidente, a cena do pai no banho com as filhas foi cortada, mas Rambo pode estraçalhar as pessoas com armas...
Excelente vídeo! E eu acho que um bom filme do Miyazaki pra ser comentado é um que ele dirigiu antes do Estúdio Ghibli, o Castelo de Cagliostro. A franquia Lupin III (baseada no Lupin do Maurice Leblanc) é uma das coisas que eu mais gosto dentro deste universo de cultura pop japonesa, vinda de um gekiga dos anos 60 que, diferente de todos os outros, sobrevive até hoje, tendo mais partes e temporadas do anime sendo lançadas (em 2021 saiu a parte 6 do anime, em 2022 o Lupin Zero, em 2019 teve o filme com a melhor animação 3d já feita no Japão, etc). E é interessante ver como o Miyazaki ajudou a moldar essa franquia com o Castelo de Cagliostro e com os episódios que ele dirigiu na parte 1, foi muito por influência dele que Lupin deixou esse ar mais adulto e sujo, típico dos gekigas, e se tornou a franquia mais divertida e galhofa que ela é hoje. Daria um bom vídeo. E, só pra quem não conhecia muito e se interessou, depois de assistir o Castelo de Cagliostro ASSISTAM A PARTE V DO ANIME, A DE 2018, pra mim é facilmente a melhor parte de Lupin.
Castelo de Cagliostro talvez seja o filme mais alto astral do Miyazaki e a animação é absurda de boa, acho tecnicamente melhor que a de Nausicaa, que veio depois, e até superior a vários animes atuais. Se não olhar que foi feita nos anos 70, dá pra pensar que foi nos anos 80 ou até 90.
Eu literalmente cresci com totoro, devia ter entre 4 e 5 anos quando ganhei a fita cassete. Fiz tanto meus pais assistirem e rebobinarem aquela fita, que até hoje, 24 anos depois, eles me dão lembrancinhas do tororo sempre que encontram.
Que vídeo ótimo! Não podia esperar menos do Linck. Eu amo como cada filme do Miyazaki tem uma mensagem as vezes simples por fora, porém muito, muito complexa e ramificada por dentro. Certamente uma das coisas que mais me facina nas obras dirigidas por ele no estúdio... Tava revendo O Serviço de Entregas da Kiki no começo do mês e sai do filme me questionando sobre burnout, esgotamento mental e como fazer o que a gente ama por vezes pode ser muito doloroso (tô passando por uma frustração no meu trabalho, pensando em mudar minha vida completamente, mas isso eu sei que é normal). Recomendo o filme inclusive caso queira fazer uma análise!
Uma produção que eu gosto muito é Princesa Mononoke! Achei muito boa a análise e a proposta de buscar entender o fascínio do brasileiro pela cultura pop japonesa. Parabéns!
Caramba esse interpretação me fascinou e vai me deixar pensando por um tempo. Um outro anime q a meu ver aborda essa visão de animismo seria princesa mononoke. Que inclusive mostra personagens integrados com essa natureza vivendo nela e a reverenciando, como também mostra outros personagens em conflito com essa natureza buscando apenas a sua dominação.
Princesa Mononoke e Porco Rosso são dois que valem muito a pena uma análise sua. Uma coisa que queria entender melhor é qual é a da cultura deles com bruxas, que são personagens que aparecem no serviço de entregas da Kiki e no Aya e a Bruxa.
Eu ia dar a sugestão pra Viagem de Chihiro ou pro Cemitério dos Vagalumes, mas eu acho que fazer uma "série" analisando obras no geral do estúdio Ghibli seria incrível
Quando eu era criança eu dava vida a tudo, ficava horas vendo brasas saindo da fogueira e imaginando que elas viviam por segundos e pra elas aquilo era uma vida inteira
Gostei da analise, acho que é por aí mesmo, de certa forma tentamos nos conectar com um animismo perdido por meio de anime, rpg e outras coisas. Fato curioso, passei um meu amigo totoro um dia para meu filho de 2 anos e ele adorou, aprendeu até as falas, e tb gosta de outras obras do estudio Gibli como Ponyo e Chihiro.
Eu amei o vídeo! Os animes de Miyazaki foram os primeiros com os quais eu tive contato. Você conseguiu sintetizar muito bem a sensação que é assistir a um desses filmes. Eu mesmo nunca soube explicar porque gosto tanto de animes, especialmente os do Studio Ghibli. Essa sensibilidade do olhar da cultura japonesa para o mundo é realmente muito peculiar. Adoraria ver uma análise sua de Princesa Mononoke ou Porco Rosso.
Como sugestão, acho que vale a pena fazer uma análise de Vidas ao Vento, anime mais "adulto" do Myiazaki. Também gostaria de colocar como sugestão análises dos filmes animados de Isao Takahata, o outro gênio (esquecido) do Studio Ghibli.
Princesa Mononoke, A viagem de Chihiro, O Castelo Animado. Meus favoritos dele. Excelente análise do Totoro e a relação dos animes com a gente. Dá o que pensar.
Achei espetacular o insight seu sobre a nossa admiração pelo arcaico de outras culturas motivada pela mutilação de nosso próprio arcaico. Chega a emocionar.
Curto muito as produções do estúdio Ghibli, sempre é bom falar sobre o imaginário presente nas obras. Fale de todos! Dois que eu gosto muito são: O Serviço de Entregas da Kiki e Princesa Mononoke
Cara, o teu canal e simplesmente muito bom. O vídeo passa e nem se percebe de tão envolvido que tu fica assistindo. Eu te recomendo o filme Vidas ao vento (Wind Rises) do Miyazaki que é um dos meus filmes favoritos dele (talvez o favorito). Ele te faz sentir coisas inexplicáveis, de verdade mesmo.
Pra mim é uma cultura midiática como todas as outras, que infelizmente os excessos gritaram mais alto no Mainstrean, mas eu não consigo me imaginar como essas pessoas que tem preconceito com a mídia. Porque ela tem uma diversidade muito grande que simplesmente me magnetiza sem eu conseguir explicar, tanto as individualidades de representar designs, quando em espelhar o que vem de fora, japonês copiando Comics, naturalismo, dark fantasy, novele vague, apelam muito mais pra isso e se eu sou esquisito por gostar, infelizmente eu vou aceitar essa condição é a vida.
O melhor a se fazer na hora de apreciar o Ghibli é ver a dinamica das animações do Miyazaki vs as animações do Isao Takahata, recomendo vc ir assistindo os dois intercalados, e 1988 é um ano mágico pra isso, se a Magnum Opus do Miyazaki (não é unanime, mas é majoritário) saiu nesse ano, a Magnum Opus de Takahata também. Tumulo de Vagalumes deveria ser o próximo. (dica: ao chegar ao final, reasista o começo)
Gosto da cultura pop japonesa, que quando era mais jovem sempre quis casar com uma para poder ir pro Japão. Mas depois que fiquei velho, pude, em parte realizar um dos meus objetivos, mas o outro já havia deixado para lá. Só que depois que perdi minha esposa lá, esse desejo voltou, mais para poder ir para lá me despedir dela como deve ser feito. E por mais que tenha se passado 8 (9 agora em Novembro), ainda não pude realiza-lo. Espero muito mesmo nesse próximo ano, já que as cosias estão um pouco melhores do que nos anteriores.
Quando eu assisti "meu amigo Totoro" eu pensei , como que eu nunca vi esse anime antes, a história é muito emocionante, a parte do banho do pai com as filhas no primeiro momento me assustou, mas depois percebi que era apenas a demonstração de uma cultura, é bem comum as pessoas tomarem banho em casas de banho e os pais tamarem banho com seus filhos, então pra mim aquela cena faz total sentido, principalmente sabendo que ele sempre tenta trazer para suas obras as coisas mais simples e belas no cotidiano. Me lembrei de quando eu era criança e meu pai na hora de me dá banho esfregava o sabonete nos meus pés, eu sentia muitas cócegas e caia na gargalhada, e ele anunciava que iria fazer cocegas no meu pé com o sabonete através de um "tam-tam-tam" kkkkk , eu ria tanto, ficou na memória até hj, um a das várias recordações alegres que tenho do meu "velhinho" , que infelizmente já faleceu. Quando assisti Totoro me lembrei muito da minha infância, e do meu pai que cuidou de mim.
Quando eu vi o anime, eu pensei: "que legal essa relação pai e filha". A cultura brasileira é ped0fil4 e muito, muito mesmo. Dá pra sentir isso indo numa praia europeia. Imagina a japonesa.
@@Fissit pior que eu não sei direito mas não senti tanta estranheza, eu sempre tomava banho com o meu pai até chegar um momento que eu queria ser independente na hora de tomar banho kkkkkkk ai eu comecei a tomar banho só.
Um filme do estúdio ghibli que gosto bastante, inclusive fez parte da minha infância é ponyo, assisti ele bem novo, com uns 5-6 anos e continuo assistindo de vez em quando até hoje, só por nostalgia, adoraria ver uma análise desse filme que gosto muito
Eu assisti esse anime completamente absorto. Como se tivesse tomado alguma substancia relaxante. Uma quase vontade de chorar. Totalmente entregue por aquelas imagens, como se eu fosse uma criança e minha vó estivesse na cozinha fritando banana pro café da tarde.
Totoro foi um grande evento pra minha filha qd ela tinha poucos anos... uma fita VHS locada e uma identificação quase instantânea dela. As poesias se fundem e se multiplicam ❤
Eu adoro como a definição de ser conceituado ou inteligente nos dias modernos se define por desconstruir algo que é merecidamente conhecido e admirado e exaltar coisas que são pouco influentes geralmente por serem tediantes e sisudas
Cara, eu sou uma aficionada estranha da cultura pop japonesa, porque sou uma moça velha. Eu comecei pela literatura tradicional, fui para a academia e fui convertida aos animes e mangás pelos meus colegas e alunos quando lecionava japonês. Achei sensacional vc escolher Totoro como a pedra fundamental de tudo isso, porque acho que é mesmo. (Para mim, ele é claramente um kami, pela maneira como faz as coisas germinarem usando os guizos, que são instrumentos sagrados, mas isso é só firulinha.) Eu poderia escrever alguns parágrafos aqui, mas vou tentar resumir. Acho que nos fascina esse conhecimento de um tempo que não existiu nesse país, essa antiguidade que não nos influencia porque não há. E o senso de coletivo e de comunidade. Pode ser influência do meu percurso que veio do tradicional, mas suspeito que não, ainda que seja um processo inconsciente. Totoro é fascinante para muitos de nós, talvez, porque apresenta um contato com o divino e com o fantástico sem medo, sem culpa, sem transgressão, sem necessidade de punição (que são típicos da nossa cultura). Totoro é fusão na natureza em ternura pura. E em maior ou menor grau, encontramos essa sensação de fusão com cultura e comunidade em todos esses elementos de cultura pop e nos fascinamos com isso. Miyazaki te recomendo todo. Mas como nunca te pedi nada, te sugiro uma espiada em outros três animes que conversam com isso: Mushishi (apenas sensacional), Mononoke e Ooku. Acho que tem tudo na Netflix. Amo esse canal.
Eu sempre senti um pouco de Brasil no Japão kkkkkk, nunca soube explicar o porquê mas esse vídeo deu bastante sentido para esses meus pensamentos. Sempre achei incrível como que eles conseguiam misturar folclore antigo com o mundo moderno e criar histórias completamente pop tipo Naruto, Yu Yu Hakusho, Totoro. E sempre me perguntei se não seria possível fazer o mesmo com o Brasil. E é aí que eu percebo o quão pouco sabemos do que poderia ser um folclore intimamente brasileiro, e o quão pouco o Brasil preservou uma tradição originária, que não deriva da colonização. Por isso eu sinto que o Japão é uma espécie de Brasil que conseguiu preservar sua tradição apesar da tentativa de colonização, e isso me cativa bastante.
Os japoneses sofreram muito nos anos 80 com a “neocolonizacao” cultural provida do capitalismo financeiro emergente e a “imposição” de uma cultura que desprezava a cultura originaria japonesa. Eles la vivem em um grupo, onde todos sabem e agem como participantes ativos.
O que mais me fascina nas animações japonesa, são os princípios e valores dos personagens protagonistas, Lealdade, resiliência, força e etc. Valores esses que são utópicos na realidade que vivemos. Eu sonho em viver em um mundo onde as pessoas tem princípios e valores que não podem ser comprados, que lutam pelo que amam.
É uma ânsia por aquilo que não temos: autonomia em relação às condições humanas. Saber o que um japonês pensa dessas figuras imaginárias nos desperta senso de mistério. Tipon por que conservar essa noção? Para quais problemas um ser humano consolidou essa perspectiva? É uma forma de viajar, não para uma país, mas para um campo sensorial diferente
Adorei o vídeo e a sua interpretação sobre a necessidade do brasileiro de uma ligação com culturas arcaicas, pois somos um povo que foi em muitos casos destituído de sua ancestralidade cultural. O meu favorito do Ghibli é "A Viagem de Chihiro". Inclusive resolvi apresentar os animes para minha afilhada, na época com 7 anos, e ela ficou meio traumatizada com a cena em que os pais da Chihiro se transformam em porcos! Rs. Felizmente hj ela gosta de anime! 😅 Seria interessante uma análise da Viagem de Chihiro levando em conta a diferença no modo como os japoneses produzem conteúdo para as crianças, muitas vezes abordando situações amedrontadoras ou sobrenaturais, em contraste com a visão "asséptica" do ocidente em relação ao que a criança tem capacidade de lidar. Já dizia Bruno Bettelheim sobre a importância dos contos de fada e dos temas assustadores para que a criança possa trabalhar seus próprios medos e conflitos.
Exatamente. Eu diria que o grande apelo dos animes (e consequentemente dos mangás) mundo afora é que os japoneses são beeeem menos frescos que os ocidentais em seus desenhos, e a gente sente muita falta disso e toda essa energia dos japoneses em contraste a essa coisa toda contida e fraca típica de desenhos ocidentais fascina a muitos de nós
Meu amigo Totoro é um dos meu filmes favoritos da vida , assim como A viagem de Chihiro. Hayao Miyazaki é um gênio, único ! Dizem por aqui ,que o Totoro foi um amigo imaginário do Miyazaki, quando ele era pequeno e solitário , pq a mãe dele estava sempre internada . E o nome foi inspirado em Tokorozawa ( cidade que ele cresceu )que o Hayao kun, não conseguia pronunciar direito quando criança e falava Totorozawa. 😊
Meus pais(que nasceram em 1987(minha mãe) e 1985(meu pai)) me contavam que passava na TV,Dragon Ball,Digimon,cavaleiro dos Zodíaco, etc,eles super amavam e ainda hoje gostam me passaram isso desde criança e me apeguei,aprendi muito com animes❤
Jesus.. meu irmao mais novo de 85 tem um filho de 1 ano e vc já escrevendo por aqui. Enfim tem muito anime bom e a gente hj tem acesso a muito mais com os streamings. Isso é ótimo pra conhecer tanto os novos e os antigos... aproveita! :D
o miyazaki é um dos meus diretores favoritos! talvez até msm um dos meus artistas favoritos e ponto. o filme dele que eu mais gosto é princesa mononoke. pra mim, é sua obra-prima. gostaria muito de uma análise desse filme, mas a verdade é que qualquer filme do mestre rende horas de discussão!
Uma característica desse fascínio que tenho em mente é a seguinte: os filmes do estúdio Ghibli (e vários outros animes/mangás) me remetem ao realismo mágico, uma vertente do fantástico muito forte em países hispano-americanos. Então, talvez, a gente tenha uma conexão peculiar com essas histórias que são contadas lá.
Parabéns pela análise. Como renegamos nossa origem indígena, desconhecemos ou não valorizamos nossos próprios "Yokais tupiniquins". Vale a pena assistir: O Serviço de Entregas da Kiki (1989) Porco Rosso (1992) Nausicaä do Vale do Vento (1984) O Castelo no Céu (1986) Princesa Mononoke (1997) Túmulo dos Vagalumes (1988)
Muito bom tema. Tem uma divindade no final de Ponyo que pode facilmente ser associada a Iemanjá. Em A Viagem de Chihiro essas alternancias entre realidade restrita e ampla tem uma construção muito interessante como elementos sensitivos que impulsionam um amadurecimento da garota. Aqui no Brasil, até poucas décadas, as lendas e mistério de seres da natureza eram bem presentes nas conversas e práticas, pelo menos aqui no Nordeste (talvez esteja se perdendo um pouco com a urbanização e massificação tecnológica, ou se transformando).
Muito rica sua interpretação, concordo demais. Porém as histórias da animação japonesa no Brasil é bem mais antiga, década de 70 e 80, e a popularização, nos anos 90, veio em consequência das décadas anteriores.
Já comentei sobre esse filme algumas vezes por aqui, mas seria muito legal uma análise sua sobre o filme Túmulo dos Vagalumes do Miyazaki, tenho certeza que vc vai gostar muito l❤
Das animações do Ghibli, uma que me marcou foi Omohide Poroporo, porque doeu por dentro de um jeito diferente do Túmulo dos Vagalumes, que induzia a emoção em quem vê. Tem algo nele que me lembra o romance do eu, do Shiga Naoya.
Curioso vc justamente pegar o Totoro para fazer essa análise, foi uma das primeiras animações japonesas que vi, com uns 6 anos, pq meus pais ganharam de brinde um VHS desse filme numa promoção numa farmácia local... reassisti muitas vezes, e mesmo criança, eu notava uma diferença ENORME entre desenhos como Totoro, e os desenhos americanos. Parece que ali era retratada uma "beleza" que não existia nas produções americanas. Outro VHS que veio na promoção eram os dois primeiros episódios do anime de Street Fighter, e toda construção audiovisual daquele desenho é incrível, lembro (mesmo criança) das músicas, das cenas, tudo muito bem desenhado, e com uma carga emocional muito diferenciada e cativante. Sou otaku desde essa época...
O Miyazaki é uma pessoa extremamente perspicaz, não impressiona que ele goste tanto de aviões e do céu, afinal você consegue ver tudo lá de cima de uma perspectiva única. Eu recomendo explorar o quanto ele gosta do vôo e como isso está presente nos filmes dele, é um tema muito bonito.
Eu acho que uma das coisas que mais me fascina na cultura pop japonesa é justamente conhecer mais sobre a cultura e filosofia japonesa que são tão diferentes das nossas (obviamente pq eles tão do outro lado do mundo comparado ao Brasil), e até a interpretação de vista de alguém que cresceu rodeado por isso sobre a própria cultura ocidental.
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Além de Viagem de Chihiro vc PRECISA, sim eu disse PRECISA, assistir Castelo Animado
Princesa momonoseke
Sua insanidade é infinita,embora você é um ótimo youtuber e ser humano.
ponyo: uma amizade que veio do mar.
Kaze Tachinu
Sobre tema de que perdemos a "magia da infância" quando crescemos, tem o filme Kiki's delivery service. A Kiki tem um gato chamado Jiji com o qual ela consegue conversar, conforme o filme anda e ela encontra as dificuldades da vida ela simplesmente não consegue mais falar com o gato
Que massa, vou procurar. :D
É um bom filme.
Nunca reparei nisso 😮
Repare que Kiki vai perdendo os poderes mágicos quando vai tendo Burnout com a luta de tentar começar seu pequeno negócio
O momento no qual ela recobra o poder de voar é simplesmente fenomenal. Quantas vezes não assisti a esse trecho específico...
Esses filmes do Studio Ghibli trazem uma sensação de nostalgia de algo que você nunca viveu, é estranho, mas traz um conforto na alma, é como se você já conhecesse aquele mundo fantástico, gosto muito disso.
Faz um vídeo sobre A viagem de Chihiro, Serviço de entregas da Kiki e O castelo animado por favor.
Mesmo nunca tive essa sensação 🤔
Curiosidade: essa "nostalgia de algo ou um tempo que você nunca viveu" se chama "Anemoia"
O caso aqui é que a nostalgia é de algo que a gente viveu sim, a infância.
pra mim o que fascina nas obras japonesa é capacidade de constituir novos mundos com funcionamento e regras especificas para tratar de questões filosóficas muito humanas
Mas esse n é o objetivo das artes em geral? Cinema, quadrinhos, desenhos ocidentais etc.
@@Pdpredo777De fato.
Mas acho divertido como os japoneses são bem inovadores nas suas regras e mundos. Exemplo: o folclore, religião e cultura histórica é extramamente utilizado por lado. Em quanto no ocidente só vemos filmes de guerra, ou histórias baseadas em histórias de guerra.
@@Pdpredo777 cara seu comentário abriu minha mente, obrigado!
Descreveu muito bem
@@gus8518 vc acha q eles são inovadores mt provavelmente por ser ocidental, lá as coisas são menos cristianizadas do q aqui.
Essa é uma apresentação muito emocionante. É impressionante como as culturas conversam pela raiz, ou melhor, pela psiquê.
😮
Obras asiáticas me conectam mais que outras obras, sou de uma cidade que tem muitos pescadores e é no interior. E geralmente as obras asiáticas tem um humor e um cultura até parecida, e eles comem muito peixe, e usam chinelo de dedo kkkk
Rizomático
Caramba, que análise lúcida. Sinto o mesmo xará, essa sensação de recuperação de origem, de fascínio pelo antigo, pelo ancestral que o brasileiro sente mas não possui, rapaz, belo caminho de raciocínio!
Praticamente temos mangakás vivos aqui entre nós.
Kkkkkkkk
Não é atoa que os primeiros habitantes do Brasil dividem semelhanças genéticas com os asiáticos no geral, principalmente a característica da dobra epicantica nos olhos.
Ótimo vídeo! Mas Miyazaki não é pessimista. É um profundo humanista. Um humanismo com os pés no chão, sem o romantismo ocidental, mas de uma delicadeza enorme.
Mononoke é um dos maiores exemplos desse humanismo! Toda a história, os personagens esféricos, o final...
o fato do Alê ter uma visão final pessimista é o exato sintoma do q ele tentou expor em sua análise. Hayao é um humanista otimista, e seus filmes são verdadeiras obras de arte
@@marcusschubert5087 Mononoke é maravilhoso. Fala sobre amadurecimento, guerra, politica, preservação ambiental, cultra ancestral.. varios temas. Pocahonta tenta fazer o mesmo mas no final acaba sendo sobre um romance entre uma india e um branco. Disney não chega nem aos pés da Ghibli.
Quem disse que o humanismo não tem uma consciência pessimista ?
@@urila99 Studio Ghibli >>>>>>>>>>> ?
isso de ver vida nas coisas quando criança é muito real. Quando criança eu imaginava vida dentro de TUDO, dentro das paredes, dentro de lâmpadas, eu acreditava que placa mãe era uma micro cidade pq a estrutura lembra uma cidadezinha kkkkk.
Eu diria que até hoje eu penso assim.
Ainda que seja de forma cerebral, como: quantos interagiram nesse espaço quanto de vida essa pedra morta teve interagindo.
Eu pedia desculpa quando batia o pé em alguma cadeira ou mesa, e ficava triste quando alguma lâmpada "morria" (queimava) porque pra mim era tão real que elas tinham vida ksksks as vezes eu queria poder voltar a ter essa empatia
Então não era só eu que achava esses circuitos de eletrônicos parecidos com mini cidades
Kkkkkk eu também vi isso acontecer, eu mostrei para o filho da minha madrasta, uma placa mãe e depois fiquei meia hora explicando pra ele que não era uma cidade, eu não tenho muitas lembranças sobre os meus pensamentos da minha infância então não sei como era sentir isso, mas é familiar.
O Hayao Miyazaki é um daqueles caras que me deixa abismado com o talento que ele tem. Eu gosto muito de aquarela e recentemente descobri o trabalho de aquarela do Miyazaki, com as páginas e ilustrações coloridas que ele fez pro mangá de Nausicaa. É maravilhoso, um trabalho de mestre mesmo.
Otaku não! Sou apreciador de produções audiovisuais animadas nipônicas! Dattebayo! Nani/! Nandayo?!!! Brincadeiras a parte, sou facinado por essas animações, paixão que nutro desde a infância, quando assistia e não distinguia das outras categorizando anime ou cartoon, mas me tocava mais os animes. Acho muito bom e enriquecedor ver e ler reflexões e estudos sobre tudo que envolve essas animações, e o seu canal e o do Ilha Kaiju, para mim são dois dos que mais enriquecem esse dialogo.
Bom, não preciso mais nem comentar, pois de fato isto era o que eu iria escrever também XD✌
Somos 2.
Eu prefiro o Ilha Kaiju mas energia aqui é melhor.
Subarashi oniichan
Ver essa história, dá uma sensação de que somos uma criança órfão procurando conhecer a história da própria família pela família dos outros...
Excelente compreensão do fascínio pela cultura arcaica. Desde cedo acostumei minha filha com os filmes do Miyazaki. Assim que nasceu comprei uma pelúcia do Totoro para ela. Queria acostumá-la com a estética e a sensibilidade do autor, mesmo sem saber se minha intenção iria frutificar. Quando mais novinha, até pela idade, adorou Ponyo. Hoje, tem assistido quase todos os dias "Meu amigo Totoro". Ontem perguntei a ela o porquê de ela estar assistindo tanto a ele e a resposta me surpreendeu. Depois de refletir um pouco, ela me falou "tem muito verde e marrom". Ela tem seis anos. Quanto ao filme, recomendo "O serviço de entrega da Kiki", "O túmulo dos vagalumes" ou "A viagem de Chihiro".
Isso me lembra que, quando totoro foi lançado nos cinemas do japão era uma sessão com dois filmes com intervalo entre eles e o filme seguinte era o túmulo dos vagalumes. Fico imaginando o turbilhão de emoções que as pessoas dessa sessão sentiram, quando assistiram essa dobradinha.
Penso da mesma forma, dois filmes excelentes que mostram a inocência e humanidade presente nas crianças.
Jkkkkkkkkk meu Deus desespero.
Você vê um filme bonitinho de um bicho peludo enorme e depois você vê um de guerra que retrata a realidade cruel pós guerra
Engraçado como o Link fala que é grosso, e truculento, mas é fala de certos assuntos de forma tão delicada. Ao menos eu vejo essa delicadeza esse cuidado, esse carinho.
Faz muito sentido tudo o que você disse, principalmente sobre o nosso fascínio sobre outras culturas, especialmente antigas. A coincidência é que eu estava pensando justamente sobre isso porque comecei a ler uma webtoon de um brasileiro - Forma ou Consciência - , que se passa numa espécie de Japão feudal fantástico e meio alienígena. Pensei que nossa, como seria legal ler ou fazer uma obra com algo mais próximo da cultura indígena do Brasil... Mas nossa, como é difícil pesquisar sobre mitos, lendas que estejam pouco ou só minimamente "contaminados" pela tradição cristã europeia... Adorei o vídeo, me deu no que pensar e refletir por um bom tempo... Sobre obras... Adoraria ver você comentando sobre A Viagem de Shihiro e Princesa Mononoke.
O foda é esse: Quando a colonização europeia aconteceu, uma bela parte (se não tudo) foi destruído pelos colonizadores portugueses e muito mais pelos brasileiros que vieram depois. Com isso, a gente perdeu muito do nosso passado mitológico (no sentido de um passado muito antigo e ancestral). Melhor ainda: Não perdemos tudo, mas o que sobrou não é devidamente explorado e estudado, pois como nação, o Brasileiro não se importa com a história e tradição das nossas nações indígenas. E muitos dos próprios indígenas, com toda a razão, se recusam a dividir sua cultura e sua história conosco, por vários motivos (a pesar de que eu tenho visto um tímido movimento de abertura e acesso à esse passado nos últimos anos).
E daí vem o nosso fascínio com culturas e práticas ancestrais: Nós não temos esse passado longínquo. Nós não temos essa cultura ancestral. Pra nós, isso é uma carência, e daí o que fazemos? Adotamos as culturas e histórias ancestrais de outros povos. E daí vem tanto Zé Cruzadinha, Ragnaldos e Otakus - da nossa necessidade coletiva de uma ancestralidade histórica.
As nossas obras de cultura popular focam muito mais em situações do nosso dia-a-dia, ou em períodos da nossa história não tão distante (bem como fantasias baseadas nas nossas inúmeras espiritualidades e folclore), e que tem obras aparecendo buscando valorizar isso aqui no Brasil, hoje em dia. A citar de exemplo Lampião do Heitor Amatsu - que é um excelente quadrinho feito nos moldes de um Seinen dos mais enxarcados de sangue, como é o caso de Berserk, e é levemente baseado na história de Lampião e seu bando de Cangaceiros. Mas o pessoal não quer Lampião e Maria Bonita, quer é esse mítico antigo de Néftis e Anúbis, de Take-Mikazuchi e Yamata-no-Orochi, de Heracles e os 12 trabalhos.
Claro: essa é só meu ponto de vista do assunto, que é muito complexo e definitivamente não é a minha alçada de pesquisa.
@@itsjonesh
Muitos já tentaram resgatar as antigas tradições ancestrais brasileiras, uma delas é o próprio Ariano Suassuna com a "Pedra do Reino".
Mas um fator inquestionável do brasileiro médio não gostar da própria cultura ancestral é o puro complexo de vira lata.
A nômade cósmica, membra do canal da sarjeta, já tentou criar um mundo fantástico com elementos da cultura dos povos originários, mas como o pessoal odeia os povos originários sem motivo algum, eles preferem ignorar e fingir que isso não existe.
O brasileiro não têm mais solução ninguém se importa com a própria cultura nativa.
Admito que ao ver essa tumb , cheguei com 4 pedras . Mas com todo a certeza foi a análise mais lúcida , grandiosa e genial que já ouvi sobre qualquer obra do Studio ghibli.... sinceramente obrigado
Faz muito sentido! Eu, em meu intimo, me sinto um ser "sem cultura". Vejo pessoas negras se apegando a cultura africana com toda a sua riqueza, pessoas brancas com algum parente europeu se apegando a cultura europeia com todas as forças, enquanto eu, uma parda, sou aquele meio termo, aquela que não pode chamar nada de "seu". Com o seu vídeo eu pude ver que não estou sozinha kkkk. A realidade é que nós brasileiros somos filhos bastardos arrancados dos braços de nossa mãe, somos entes "sem cultura" que adota para si, de uma forma quase antropofágica, a cultura de outros povos. Até mesmo os brasileiros com antecedência de outros povos também se agarram de alguma forma a cultura daquele seu antecessor.
Amei a análise!
A pintura Abaporu até diz isso pelo nome que é esse processo antofagico dos indígenas consumirem dos outros para obterem o poder do inimigo forte.
É o que torna nossa cultura tão sem rumo, mas que tem um poder de absorver dos outros pra si, está em nossas raízes.
Você diz isso como se fosse um problema...cuidado.
Mas é e não é um problema. Se torna um problema quando abandonamos a nossa cultura brasileira por outras culturas, inferiorizando toda a história do nosso povo no Brasil. Infelizmente isso acontece bastante.@@megumi5303
Gostei da sua observação dessa "antropofagia". A geração modernista de 1922, define bem essa essência de brasilidade que é "deglutir" o que é culturalmente externo para fortalecer o que é nosso. Nós misturamos cultura e somos uma nação culturalmente híbrida, religiosamente sincrética, etnicamente mestiça. Só não vejo, como você, essa mestiçagem como um lugar de não pertencimento. Muito pelo contrário. Mas acho que o Brasil tem uma tradição ancestral africana muito presente e de certa forma, aberta a quem esteja em busca de encontrar o que pode ser chamado de seu.
@@Sergiolrs2008 Eu creio que seja algo mais íntimo e interno essa sensação de não-pertencimento mesmo, não quero generalizar que todo mestiço se sinta assim. Mas é complicado, sabe? Principalmente na minha família que é uma mistura braba de português com africano, indígena e quem sabe até com alemão, o último é não confirmado.
Eu já via o Japão como uma espécie de país com uma cultura essencialmente indígena também. Achei a análise do vídeo muito perspicaz.
Se olharmos bem os povos do velho mundo são indígenas do velho mundo os únicos que não são em si indígenas são os países das Américas e Austrália e nova Zelândia .
@@atilaohuno1471-_.Nova Zelândia tem seu povo indígena, Australia também mais quase sempre eles são oprimidos e jogados de lado
Eu amo Nausicaa do vale do vento, mostra o amor como forma de resistência, lindo demais. E o conto da Princesa Kaguya marcou meu coração pela delicadeza e sensibilidade.
Analise magistral! Seu conteúdo é uma relíquia, amigo!
Sobre o porquê do brasileiro gosta tanto de cultura japonesa, tem um fator que foi muito marcante pra mim e acredito que outros sintam o mesmo: o fator de lutas de artes marciais levadas ao extremo. DBZ tinha algo que nenhum outro desenho do cartoon network tinha exatamente. Era uma luta selvagem completamente inedita, com poderes absurdos e velocidade incrível.
Princesa Mononoke e Meu vizinho Totoro são meus dois filmes favoritos da vida. Não tem como não se emocionar assistindo. São filmes que resgatam em nós aquilo não deveríamos nunca ter perdido.
Adorei a análise! Enquanto um povo que não parece ter uma "origem" ou "raiz" fixa, faz total sentido que nos interessemos pelo que vem de fora. Como sugestão de filme do Estúdio Ghibli, o "Serviço de Entregas da Kiki" é muito bacana, o meu favorito dentre os que eles produziram.
É sério Link, você precisa assistir "Castelo Animado" e "A Viagem de Chihiro". São filmes que a delicadeza é o fundamento deles, pois o que sobra quando você terminado de assisti-los é um encanto esquisito, por algo ainda mais esquisito e extremamente fantasioso, mas que não deixa de parecer extremamente real.
6:02 é interessante saber porque as casas são de tal forma, isso explica várias coisas de uma só vez .
Fala sobre um filme que não é muito comentado mas é muito massa, "Os Pequeninos". É lindíssimo, delicado e mostra como uma sociedade "maior" se sobrepõe as outras e dá pra ter várias outras reflexões.
Cara, parabéns pelo vídeo. Quase não conhecia seu canal, só tinha ouvido falar, mas confesso que fiquei até emocionado com a forma como você fez essas conexões e elas fizeram total sentido pra mim. Amo animações japonesas desde criança e hoje tenho 23 anos. Eu sempre tinha a impressão de que, de fato, pra alguém realmente admirar essas obras, a pessoa precisaria se abrir ao lado mais “coração” dela, uma certa infantilidade mesmo (não que isso seja algo negativo), e agora tudo fez muito mais sentido pra mim. Obrigado por isso!
Análise muito massa! Muito importante lembrar que esses animes partem de uma tradição oriental que muitas vezes atribuímos ideias ocidentais, não tinha parado para pensar nesse aspecto, quando for assistir novamente vai ser uma nova experiência. Obrigado, faça outras análises de outras obras do Ghibli
Querido, seu canal é maravilhoso! Tem traduzido um bocado de coisa que eu tô começando a estudar, fazendo uma síntese delicada. Um filme que traduz bem isso que vc trouxe nesse vídeo é o "Princesa Mononoke" TB do Miyasaki, de 1997, mas ele traz de uma forma mais direta, mais violenta, ainda assim bem complexa e algo sutil na mensagem.
Eu diria q esse vídeo poderia ter dois nomes: "Por que gostamos tanto de cultura japonesa?" e também "Por que como brasileiros gostamos tanto de histórias de fantasia?"
Porque não temos uma história própria que seja realmente interessante
@@LucasDosSantosdeAraujo as diversas formas com as quais o folclore brasileiro se apresenta são incríveis. Temos sim histórias muito boas, que de certa forma se assemelham com histórias e mitologias estrangeiras, principalmente pelo fato do homem tentar dar sentido a fenômenos da natureza através de heróis e divindades, como por exemplo, Thor e Tupã são duas divindades de povos antigos que foram idealizadas com o intuito de dar sentido e explicação aos trovões e tempestades. Se você acha mitologias e folclores de outros países interessantes, procure saber sobre o nosso, não irá se arrepender
É interessante como antes era muito comum elementos fantásticos nas novelas.
Porque não temos uma cultura de que possamos nos orgulhar e respeitar. Isso torna a nossa cultura e entretenimento moldada e bagunçada pela influencia estrangeira (Ex.: EUA e Japão).
@@LucasDosSantosdeAraujo na verdade temos, tanto como a ditadura militar, cangaço, a coisa radioativa em Goiás, vida no crime
PomPoko - A Grande Batalha dos Guaxinins é um filme sobre a modernidade e o avanço industrial, fortemente influenciado pelo grande boom do Japão pós-guerra, ele deixa um gosto amargo ao final e um dos melhores filmes que assisti do estúdio Ghibli
Eu não tenho indicação de anime, mas de um vídeo ensaio que pode te interessar:
"Why Do You Always Kill Gods in JRPGs?" do Moon Channel (infelizmente não dá pra colar link). Ele dá um panorama bem interssante da história das religiões no japão, antes de desenvolver o tema do título, talvez acrescente algo ou inspire alguma análise futura sua.
Esse foi o melhor vídeo ensaio no youtube que vi em anos. E como JRPG é um dos meus gêneros preferidos de videogame, ajudou a elucidar melhor uma dúvida que sempre tive e enriqueceu ainda mais a minha visão sobre os jogos que já gostava.
Esse vídeo é absurdamente interessante. Faço coro aqui também pra recomendação dele e reforço essa indicação. Muito do conteúdo não era exatamente novidade pra mim (especialmente depois de ter jogado Persona 5, que foi um dos jogos que mais me fez pensar nisso... e rejogar Final Fantasy VII), mas pensar a respeito da história mais antiga do Japão me ajudou a amarrar algumas dessas ideias umas na outra a respeito do tema.
Queria tanto um vídeo falando do melhor filme da ghibli e uma das melhores animações já feitas, aka princesa kaguya. 😢
Eu ia falar desse filme também. O conto da princesa Kaguya ❤ Fica a sugestão, Linck!
Apoio!
Princesa Mononoke
Esse filme do Isao Takahata seria digno de uma análise minuciosado Linck. Daria total pra falar sobre impermanência e sobre o xintoísmo.
É só procurar tem um monte falando sobre e de pessoas mais intelectuais...
Os animes me passam a idéia, de conservar o frescor e a curiosidade da infância, em harmonia, com o pragmatismo e o cansaço (que também são necessários) da vida adulta.
As obras que mais gosto do Studio Ghibili, são Nausicã do vale dos ventos e princesa Mononoke. Mas tudo que esse estúdio faz, é bom
O simples fato de existir uma obra como Totoro já faz do mundo um lugar melhor.
Uma coisa que apreendi lendo analise de fã. Sempre vai ter alguém que diz que está todo mundo morto kkk
Já fiquei fã desse canal, que conheci agora! Adorei o que vc falou sobre o filme do Totoro: no Ocidente, a cena do pai no banho com as filhas foi cortada, mas Rambo pode estraçalhar as pessoas com armas...
Excelente vídeo! E eu acho que um bom filme do Miyazaki pra ser comentado é um que ele dirigiu antes do Estúdio Ghibli, o Castelo de Cagliostro. A franquia Lupin III (baseada no Lupin do Maurice Leblanc) é uma das coisas que eu mais gosto dentro deste universo de cultura pop japonesa, vinda de um gekiga dos anos 60 que, diferente de todos os outros, sobrevive até hoje, tendo mais partes e temporadas do anime sendo lançadas (em 2021 saiu a parte 6 do anime, em 2022 o Lupin Zero, em 2019 teve o filme com a melhor animação 3d já feita no Japão, etc). E é interessante ver como o Miyazaki ajudou a moldar essa franquia com o Castelo de Cagliostro e com os episódios que ele dirigiu na parte 1, foi muito por influência dele que Lupin deixou esse ar mais adulto e sujo, típico dos gekigas, e se tornou a franquia mais divertida e galhofa que ela é hoje. Daria um bom vídeo. E, só pra quem não conhecia muito e se interessou, depois de assistir o Castelo de Cagliostro ASSISTAM A PARTE V DO ANIME, A DE 2018, pra mim é facilmente a melhor parte de Lupin.
Castelo de Cagliostro talvez seja o filme mais alto astral do Miyazaki e a animação é absurda de boa, acho tecnicamente melhor que a de Nausicaa, que veio depois, e até superior a vários animes atuais. Se não olhar que foi feita nos anos 70, dá pra pensar que foi nos anos 80 ou até 90.
Eu amo esse canal, obrigado Alexandre Linck, maratonar seus vídeos é meu hobby
Eu literalmente cresci com totoro, devia ter entre 4 e 5 anos quando ganhei a fita cassete. Fiz tanto meus pais assistirem e rebobinarem aquela fita, que até hoje, 24 anos depois, eles me dão lembrancinhas do tororo sempre que encontram.
Que vídeo ótimo! Não podia esperar menos do Linck.
Eu amo como cada filme do Miyazaki tem uma mensagem as vezes simples por fora, porém muito, muito complexa e ramificada por dentro. Certamente uma das coisas que mais me facina nas obras dirigidas por ele no estúdio...
Tava revendo O Serviço de Entregas da Kiki no começo do mês e sai do filme me questionando sobre burnout, esgotamento mental e como fazer o que a gente ama por vezes pode ser muito doloroso (tô passando por uma frustração no meu trabalho, pensando em mudar minha vida completamente, mas isso eu sei que é normal).
Recomendo o filme inclusive caso queira fazer uma análise!
Uma produção que eu gosto muito é Princesa Mononoke! Achei muito boa a análise e a proposta de buscar entender o fascínio do brasileiro pela cultura pop japonesa. Parabéns!
LInck, comenta sobre a viagem de Chihiro! Muito bom, e tbm sobre o Serviço de Entregas da Kiki. Muito bom.
Caramba esse interpretação me fascinou e vai me deixar pensando por um tempo. Um outro anime q a meu ver aborda essa visão de animismo seria princesa mononoke. Que inclusive mostra personagens integrados com essa natureza vivendo nela e a reverenciando, como também mostra outros personagens em conflito com essa natureza buscando apenas a sua dominação.
Vídeo incrível! Que interpretação meu querido. O texto desse vídeo foi extremamente reflexivo e profundo.
Princesa Mononoke e Porco Rosso são dois que valem muito a pena uma análise sua.
Uma coisa que queria entender melhor é qual é a da cultura deles com bruxas, que são personagens que aparecem no serviço de entregas da Kiki e no Aya e a Bruxa.
Eu ia dar a sugestão pra Viagem de Chihiro ou pro Cemitério dos Vagalumes, mas eu acho que fazer uma "série" analisando obras no geral do estúdio Ghibli seria incrível
Quando eu era criança eu dava vida a tudo, ficava horas vendo brasas saindo da fogueira e imaginando que elas viviam por segundos e pra elas aquilo era uma vida inteira
Gostei da analise, acho que é por aí mesmo, de certa forma tentamos nos conectar com um animismo perdido por meio de anime, rpg e outras coisas.
Fato curioso, passei um meu amigo totoro um dia para meu filho de 2 anos e ele adorou, aprendeu até as falas, e tb gosta de outras obras do estudio Gibli como Ponyo e Chihiro.
Eu amei o vídeo! Os animes de Miyazaki foram os primeiros com os quais eu tive contato. Você conseguiu sintetizar muito bem a sensação que é assistir a um desses filmes. Eu mesmo nunca soube explicar porque gosto tanto de animes, especialmente os do Studio Ghibli. Essa sensibilidade do olhar da cultura japonesa para o mundo é realmente muito peculiar. Adoraria ver uma análise sua de Princesa Mononoke ou Porco Rosso.
Como sugestão, acho que vale a pena fazer uma análise de Vidas ao Vento, anime mais "adulto" do Myiazaki. Também gostaria de colocar como sugestão análises dos filmes animados de Isao Takahata, o outro gênio (esquecido) do Studio Ghibli.
vídeo foda dms, estou muito feliz em ter encontrado o trabalho de vcs, com certeza se tornou um dos meus canais preferidos!!
Princesa Mononoke, A viagem de Chihiro, O Castelo Animado. Meus favoritos dele.
Excelente análise do Totoro e a relação dos animes com a gente. Dá o que pensar.
Achei espetacular o insight seu sobre a nossa admiração pelo arcaico de outras culturas motivada pela mutilação de nosso próprio arcaico. Chega a emocionar.
Curto muito as produções do estúdio Ghibli, sempre é bom falar sobre o imaginário presente nas obras. Fale de todos! Dois que eu gosto muito são: O Serviço de Entregas da Kiki e Princesa Mononoke
Cara, o teu canal e simplesmente muito bom. O vídeo passa e nem se percebe de tão envolvido que tu fica assistindo. Eu te recomendo o filme Vidas ao vento (Wind Rises) do Miyazaki que é um dos meus filmes favoritos dele (talvez o favorito). Ele te faz sentir coisas inexplicáveis, de verdade mesmo.
Pra mim é uma cultura midiática como todas as outras, que infelizmente os excessos gritaram mais alto no Mainstrean, mas eu não consigo me imaginar como essas pessoas que tem preconceito com a mídia.
Porque ela tem uma diversidade muito grande que simplesmente me magnetiza sem eu conseguir explicar, tanto as individualidades de representar designs, quando em espelhar o que vem de fora, japonês copiando Comics, naturalismo, dark fantasy, novele vague, apelam muito mais pra isso e se eu sou esquisito por gostar, infelizmente eu vou aceitar essa condição é a vida.
O melhor a se fazer na hora de apreciar o Ghibli é ver a dinamica das animações do Miyazaki vs as animações do Isao Takahata, recomendo vc ir assistindo os dois intercalados, e 1988 é um ano mágico pra isso, se a Magnum Opus do Miyazaki (não é unanime, mas é majoritário) saiu nesse ano, a Magnum Opus de Takahata também. Tumulo de Vagalumes deveria ser o próximo. (dica: ao chegar ao final, reasista o começo)
Amei a análise. Quero mais vídeos do ghibli😅😅
Conteúdos muito exclusivos, nada previsíveis, fascinantes, canal incrível
Gosto da cultura pop japonesa, que quando era mais jovem sempre quis casar com uma para poder ir pro Japão.
Mas depois que fiquei velho, pude, em parte realizar um dos meus objetivos, mas o outro já havia deixado para lá.
Só que depois que perdi minha esposa lá, esse desejo voltou, mais para poder ir para lá me despedir dela como deve ser feito.
E por mais que tenha se passado 8 (9 agora em Novembro), ainda não pude realiza-lo.
Espero muito mesmo nesse próximo ano, já que as cosias estão um pouco melhores do que nos anteriores.
muuuuuuito foda essa análise, que texto, vei! Parabéns pelo roteiro e como passar essas informações. Muito surpreso!
Quando eu assisti "meu amigo Totoro" eu pensei , como que eu nunca vi esse anime antes, a história é muito emocionante, a parte do banho do pai com as filhas no primeiro momento me assustou, mas depois percebi que era apenas a demonstração de uma cultura, é bem comum as pessoas tomarem banho em casas de banho e os pais tamarem banho com seus filhos, então pra mim aquela cena faz total sentido, principalmente sabendo que ele sempre tenta trazer para suas obras as coisas mais simples e belas no cotidiano. Me lembrei de quando eu era criança e meu pai na hora de me dá banho esfregava o sabonete nos meus pés, eu sentia muitas cócegas e caia na gargalhada, e ele anunciava que iria fazer cocegas no meu pé com o sabonete através de um "tam-tam-tam" kkkkk , eu ria tanto, ficou na memória até hj, um a das várias recordações alegres que tenho do meu "velhinho" , que infelizmente já faleceu. Quando assisti Totoro me lembrei muito da minha infância, e do meu pai que cuidou de mim.
Quando eu vi o anime, eu pensei: "que legal essa relação pai e filha". A cultura brasileira é ped0fil4 e muito, muito mesmo. Dá pra sentir isso indo numa praia europeia. Imagina a japonesa.
@@Fissit pior que eu não sei direito mas não senti tanta estranheza, eu sempre tomava banho com o meu pai até chegar um momento que eu queria ser independente na hora de tomar banho kkkkkkk ai eu comecei a tomar banho só.
Um filme do estúdio ghibli que gosto bastante, inclusive fez parte da minha infância é ponyo, assisti ele bem novo, com uns 5-6 anos e continuo assistindo de vez em quando até hoje, só por nostalgia, adoraria ver uma análise desse filme que gosto muito
Eu assisti esse anime completamente absorto. Como se tivesse tomado alguma substancia relaxante. Uma quase vontade de chorar. Totalmente entregue por aquelas imagens, como se eu fosse uma criança e minha vó estivesse na cozinha fritando banana pro café da tarde.
Totoro foi um grande evento pra minha filha qd ela tinha poucos anos... uma fita VHS locada e uma identificação quase instantânea dela. As poesias se fundem e se multiplicam ❤
Eu adoro como a definição de ser conceituado ou inteligente nos dias modernos se define por desconstruir algo que é merecidamente conhecido e admirado e exaltar coisas que são pouco influentes geralmente por serem tediantes e sisudas
Vídeo Lindo e Bem Explicativo!
Amo os filmes do Miyazaki e do estúdio Ghibli. São Incríveis!
Cara, eu sou uma aficionada estranha da cultura pop japonesa, porque sou uma moça velha. Eu comecei pela literatura tradicional, fui para a academia e fui convertida aos animes e mangás pelos meus colegas e alunos quando lecionava japonês. Achei sensacional vc escolher Totoro como a pedra fundamental de tudo isso, porque acho que é mesmo. (Para mim, ele é claramente um kami, pela maneira como faz as coisas germinarem usando os guizos, que são instrumentos sagrados, mas isso é só firulinha.) Eu poderia escrever alguns parágrafos aqui, mas vou tentar resumir. Acho que nos fascina esse conhecimento de um tempo que não existiu nesse país, essa antiguidade que não nos influencia porque não há. E o senso de coletivo e de comunidade. Pode ser influência do meu percurso que veio do tradicional, mas suspeito que não, ainda que seja um processo inconsciente. Totoro é fascinante para muitos de nós, talvez, porque apresenta um contato com o divino e com o fantástico sem medo, sem culpa, sem transgressão, sem necessidade de punição (que são típicos da nossa cultura). Totoro é fusão na natureza em ternura pura. E em maior ou menor grau, encontramos essa sensação de fusão com cultura e comunidade em todos esses elementos de cultura pop e nos fascinamos com isso. Miyazaki te recomendo todo. Mas como nunca te pedi nada, te sugiro uma espiada em outros três animes que conversam com isso: Mushishi (apenas sensacional), Mononoke e Ooku. Acho que tem tudo na Netflix. Amo esse canal.
Mushishi é maravilhoso! Já revi várias vezes. É de uma melancolia, de um mistério viciantes!
Bravo. Que analise maravilhosa.
Que vídeo belo, Linck! Me emocionou bastante, fico do lado da galera que gostaria de ver mais análises Ghibli
Eu sempre senti um pouco de Brasil no Japão kkkkkk, nunca soube explicar o porquê mas esse vídeo deu bastante sentido para esses meus pensamentos. Sempre achei incrível como que eles conseguiam misturar folclore antigo com o mundo moderno e criar histórias completamente pop tipo Naruto, Yu Yu Hakusho, Totoro. E sempre me perguntei se não seria possível fazer o mesmo com o Brasil. E é aí que eu percebo o quão pouco sabemos do que poderia ser um folclore intimamente brasileiro, e o quão pouco o Brasil preservou uma tradição originária, que não deriva da colonização. Por isso eu sinto que o Japão é uma espécie de Brasil que conseguiu preservar sua tradição apesar da tentativa de colonização, e isso me cativa bastante.
Os japoneses sofreram muito nos anos 80 com a “neocolonizacao” cultural provida do capitalismo financeiro emergente e a “imposição” de uma cultura que desprezava a cultura originaria japonesa. Eles la vivem em um grupo, onde todos sabem e agem como participantes ativos.
O que mais me fascina nas animações japonesa, são os princípios e valores dos personagens protagonistas, Lealdade, resiliência, força e etc. Valores esses que são utópicos na realidade que vivemos. Eu sonho em viver em um mundo onde as pessoas tem princípios e valores que não podem ser comprados, que lutam pelo que amam.
Ou que só querem a paz, como eu. O dia a dia já é uma luta, não preciso ter algum propósito sempre...
"O mundo dos pequeninos" e Ponyo são filmes lindíssimos e mexem muito com a gente assim como Meu amigo totoro
O mundo dos pequeninos tem um livro excelente melhor que filme
É uma ânsia por aquilo que não temos: autonomia em relação às condições humanas. Saber o que um japonês pensa dessas figuras imaginárias nos desperta senso de mistério. Tipon por que conservar essa noção? Para quais problemas um ser humano consolidou essa perspectiva? É uma forma de viajar, não para uma país, mas para um campo sensorial diferente
Adorei o vídeo e a sua interpretação sobre a necessidade do brasileiro de uma ligação com culturas arcaicas, pois somos um povo que foi em muitos casos destituído de sua ancestralidade cultural. O meu favorito do Ghibli é "A Viagem de Chihiro". Inclusive resolvi apresentar os animes para minha afilhada, na época com 7 anos, e ela ficou meio traumatizada com a cena em que os pais da Chihiro se transformam em porcos! Rs. Felizmente hj ela gosta de anime! 😅
Seria interessante uma análise da Viagem de Chihiro levando em conta a diferença no modo como os japoneses produzem conteúdo para as crianças, muitas vezes abordando situações amedrontadoras ou sobrenaturais, em contraste com a visão "asséptica" do ocidente em relação ao que a criança tem capacidade de lidar. Já dizia Bruno Bettelheim sobre a importância dos contos de fada e dos temas assustadores para que a criança possa trabalhar seus próprios medos e conflitos.
Exatamente. Eu diria que o grande apelo dos animes (e consequentemente dos mangás) mundo afora é que os japoneses são beeeem menos frescos que os ocidentais em seus desenhos, e a gente sente muita falta disso e toda essa energia dos japoneses em contraste a essa coisa toda contida e fraca típica de desenhos ocidentais fascina a muitos de nós
Esse canal é incrível kkkk riu dms e aprendo dms, queria ver um vídeo do serviços de entrega Kiki , se possível kk
Meu amigo Totoro é um dos meu filmes favoritos da vida , assim como A viagem de Chihiro. Hayao Miyazaki é um gênio, único !
Dizem por aqui ,que o Totoro foi um amigo imaginário do Miyazaki, quando ele era pequeno e solitário , pq a mãe dele estava sempre internada . E o nome foi inspirado em Tokorozawa ( cidade que ele cresceu )que o Hayao kun, não conseguia pronunciar direito quando criança e falava Totorozawa. 😊
Cara, faz um sobre O Mundo dos Pequeninos. Eu acho esse filme de uma sensibilidade sem fim. Minha filha ama e continua amando.
Não é quadrinho mas seria bom algum vídeo sobre Cangaço Novo, série fantástica do Prime Vídeo.
Eu amo os filmes do Studio Ghibli. Por favor fale de Ponyo!
Por favor, faça um video sobre o Porco Rosso!
Meus pais(que nasceram em 1987(minha mãe) e 1985(meu pai)) me contavam que passava na TV,Dragon Ball,Digimon,cavaleiro dos Zodíaco, etc,eles super amavam e ainda hoje gostam me passaram isso desde criança e me apeguei,aprendi muito com animes❤
Jesus.. meu irmao mais novo de 85 tem um filho de 1 ano e vc já escrevendo por aqui.
Enfim tem muito anime bom e a gente hj tem acesso a muito mais com os streamings. Isso é ótimo pra conhecer tanto os novos e os antigos... aproveita! :D
@@danielg.5070 vc tem 100 anos?
Me choca que alguém dos anos 80 seja pai/mãe de uma pessoa que já se expressa na internet kkkkk Me sinto não com 31 anos, mas com 80 vendo isso
@@danielg.5070 nossa kkkk eu tenho 18 😂
@@bordeauxcolor o tempo passa bem rápido mds
Que análise sensacional, meu amigo. Parabéns pela profundidade da abordagem.
Gosto muito de O Castelo no Céu, Porco Rosso, Princesa Mononoke e Nausicaa. Acho que seriam bons candidatos para vídeos do canal.
Parabéns 🙏🏽 sua dicção é muito boa , me envolveu e de fato sua análise está certa .
o miyazaki é um dos meus diretores favoritos! talvez até msm um dos meus artistas favoritos e ponto.
o filme dele que eu mais gosto é princesa mononoke. pra mim, é sua obra-prima. gostaria muito de uma análise desse filme, mas a verdade é que qualquer filme do mestre rende horas de discussão!
Gente que análise linda e bem construída me surpreendi positivamente! Ganhou uma inscrita
Uma característica desse fascínio que tenho em mente é a seguinte: os filmes do estúdio Ghibli (e vários outros animes/mangás) me remetem ao realismo mágico, uma vertente do fantástico muito forte em países hispano-americanos. Então, talvez, a gente tenha uma conexão peculiar com essas histórias que são contadas lá.
Pô o folclore tem praticamente criaturas assim povoando nosso folclore de forma diferentes é claro.
Me inscrevi, gostei muito desse conteúdo, bem explicado e sem pretensão, parabéns
Parabéns pela análise. Como renegamos nossa origem indígena, desconhecemos ou não valorizamos nossos próprios "Yokais tupiniquins".
Vale a pena assistir:
O Serviço de Entregas da Kiki (1989)
Porco Rosso (1992)
Nausicaä do Vale do Vento (1984)
O Castelo no Céu (1986)
Princesa Mononoke (1997)
Túmulo dos Vagalumes (1988)
Muito bom tema. Tem uma divindade no final de Ponyo que pode facilmente ser associada a Iemanjá. Em A Viagem de Chihiro essas alternancias entre realidade restrita e ampla tem uma construção muito interessante como elementos sensitivos que impulsionam um amadurecimento da garota. Aqui no Brasil, até poucas décadas, as lendas e mistério de seres da natureza eram bem presentes nas conversas e práticas, pelo menos aqui no Nordeste (talvez esteja se perdendo um pouco com a urbanização e massificação tecnológica, ou se transformando).
Muito rica sua interpretação, concordo demais. Porém as histórias da animação japonesa no Brasil é bem mais antiga, década de 70 e 80, e a popularização, nos anos 90, veio em consequência das décadas anteriores.
Já comentei sobre esse filme algumas vezes por aqui, mas seria muito legal uma análise sua sobre o filme Túmulo dos Vagalumes do Miyazaki, tenho certeza que vc vai gostar muito l❤
Talvez o interesse também venha de alguma forma do orientalismo dessa busca por entender o Oriente que nos parece sempre tão exótico.
Fala sobre O Túmulo dos Vagalumes e como o orgulho, a arrogância pode nos fazer perder o que amamos.
Consumo a uns 20 anos e indico e acho bão
Das animações do Ghibli, uma que me marcou foi Omohide Poroporo, porque doeu por dentro de um jeito diferente do Túmulo dos Vagalumes, que induzia a emoção em quem vê. Tem algo nele que me lembra o romance do eu, do Shiga Naoya.
É viciante essas obras japonesas
Curioso vc justamente pegar o Totoro para fazer essa análise, foi uma das primeiras animações japonesas que vi, com uns 6 anos, pq meus pais ganharam de brinde um VHS desse filme numa promoção numa farmácia local... reassisti muitas vezes, e mesmo criança, eu notava uma diferença ENORME entre desenhos como Totoro, e os desenhos americanos. Parece que ali era retratada uma "beleza" que não existia nas produções americanas. Outro VHS que veio na promoção eram os dois primeiros episódios do anime de Street Fighter, e toda construção audiovisual daquele desenho é incrível, lembro (mesmo criança) das músicas, das cenas, tudo muito bem desenhado, e com uma carga emocional muito diferenciada e cativante. Sou otaku desde essa época...
O Miyazaki é uma pessoa extremamente perspicaz, não impressiona que ele goste tanto de aviões e do céu, afinal você consegue ver tudo lá de cima de uma perspectiva única.
Eu recomendo explorar o quanto ele gosta do vôo e como isso está presente nos filmes dele, é um tema muito bonito.
Eu acho que uma das coisas que mais me fascina na cultura pop japonesa é justamente conhecer mais sobre a cultura e filosofia japonesa que são tão diferentes das nossas (obviamente pq eles tão do outro lado do mundo comparado ao Brasil), e até a interpretação de vista de alguém que cresceu rodeado por isso sobre a própria cultura ocidental.
Eu e os meus somos da época dos Cavaleiros do Zodíaco.
Caramba... que nostalgia.