Adquira o livro "Pequeno Manual Antirracista", de Djamila Ribeiro amzn.to/2SwJeeC Você pode apoiar o canal através de uma dessas alternativas Apoie o canal pelo Catarse goo.gl/TdfuJ4 Apoie pelo PayPal bit.ly/2LqwTEE Apoie pelo PicPay picpay.me/azevedo.da.fonseca Conheça o curso Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire bit.ly/pedagogia-da-autonomia Inscreva-se goo.gl/c8umi9 Este vídeo foi realizado graças ao apoio de: Humberto e Silva Ribeiro de Lima Katryne Rabelo Inoue Natalia Ferreira Almeida Ramon Fernandes Lourenço Veja como apoiar goo.gl/TdfuJ4
4 года назад+3
Há duas coisas neste comentário. Primeiro: você o vídeo? Me lembro e ter mencionado. A diversidade em um ambiente de trabalho promove a criatividade e é bom para os negócios. Para a sociedade como um todo, o desperdício de talentos devido ao racismo é ruim para a coletividade. Mencionei meu caso em sala de aula: as políticas afirmativas trazem experiências enriquecedoras para as turmas. Fiz questão de demonstrar no vídeo que esta é uma perspectiva liberal. Segundo: este comentário confirma a parte mais importante do que a Djamila Ribeiro menciona: você percebe que você está mais preocupada com os interesses de um homem branco rico do que com a perspectiva de uma mulher negra, que você chama, de forma desdenhosa, de "essa mulher"? Certamente, homens brancos e ricos, que já são privilegiados, não têm muito interesse em transformar as estruturas que já os beneficiam, não acha? Nesse sentido, de fato, a perspectiva ético-política da Djamila Ribeiro é uma ameaça a quem prefere uma sociedade em que os outros continuem subalternos. Você percebe que está defendendo a perspectiva do homem branco rico?
"Acho agora que foi o choque de libertação que levou minhas ideias para o que poderia significar ser "livre" para as mulheres. Nos anos 80, esse debate ainda estava em curso: pagamento igual, tratamento igual, acesso a profissões, escolas... e escolha sem estigma. Casar ou não. Ter filhos ou não. Inevitavelmente, essas ideias me levaram à história diferente das mulheres negras neste país - uma história na qual o casamento era desestimulado, impossível ou ilegal; em que era exigido ter filhos, mas "ter" os filhos, ser responsável por eles - ser, em outras palavras, mãe deles - era tão fora de questão quanto a liberdade. A afirmação de paternidade nas condições peculiares da lógica da escravidão institucional constituía crime." - Trecho do prefácio do livro "Amada", de Toni Morrison (Nobel de Literatura em 1993).
Muito feliz pela sua volta no youtube, professor! Adoro suas contribuições.
4 года назад+9
"É impossível não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista. É algo que está em nós e contra o que devemos lutar sempre." TODO MUNDO tinha que ler este livro da Djamila Ribeiro. Aqueles que batem no peito para dizer que não são racistas estão, sem perceber, ocultando práticas violentas e contribuindo para a naturalização de um racismo estrutural que mascara privilégios sob o disfarce da meritocracia. Uma sociedade racista não depende da sua INTENSÃO PESSOAL para se manifestar. Leitura altamente recomendada para todos aqueles interessados em uma sociedade mais justa, diversa e criativa. amzn.to/2MugEqx
É de suma importância o tema partir de pessoas brancas e privilegiadas como o Prof. André Azevedo e aguardar o incomôdo que este vídeo causará. A antropóloga política Lélia Gonzalez elucidou e enegreceu temas de suma relevancia sobre as condições das pessoas negras do Brasil e da América Latina.
4 года назад+3
Essa é a palavra: incômodo. Este debate incomoda muito, sobretudo homens e brancos que temem reconhecer seus privilégios. E que por isso, temem encarar o fato de que aquilo que imaginam ser fruto de mérito pessoal pode ser resultado de uma distribuição desigual de oportunidades.
Esse argumento estruturalista é no mínimo desconfiável, já que há muitas e muitas estruturas dialogando numa única sociedade contemporânea. "É impossível não ser liberal tendo sido criado numa sociedade estruturalmente liberal." "É impossível não ser capitalista tendo sido criado numa sociedade estruturalmente capitalista." "É impossível não ser apegado à tecnologia tendo sido criado numa sociedade estruturalmente apegada à tecnologia." "É impossível não ser escravocrata tendo sido criado numa sociedade que estruturalmente utiliza escravos." Além dos casos acima serem claros equívocos, esse argumento é muito frágil (pra não dizer ruim ou nonsense), já que podemos utilizá-lo pra qualquer estrutura existente. Há duas formas de lidar com isso: ou abandonamos esse tipo de argumento pela sua falibilidade evidente e flexibilidade absurda (sua abrangência excessiva é um defeito epistemológico), ou estabelecemos outros critérios (auxiliares ou não) para determinar quais são as estruturas que podem ser contempladas nesse tipo de raciocínio. De toda forma, o raciocínio é claramente uma coisa: determinista. Determinismo cultural é tão ruim quanto determinismo biológico.
Eu mudaria para q é impossível não ser determinado pelo racismo numa sociedade estruturalmente racista e no caso ser antirracista tbm é ser determinado pelo racismo.
4 года назад+5
Desconfio que quem experimenta a discriminação racial diariamente sente essas estruturas com mais sensibilidade. Ao lado disso, eu substituiria tranquilamente isso que você chama de "determinismo" pela consciência de um forte "condicionamento", o que faria com que todos os exemplos que mencionou se tornassem absolutamente verdadeiros e historicamente corretos. A propósito, este é um dos papeis da ideologia: ocultar o essencial para legitimar desigualdades e naturalizar uma condição que é histórica. Por isso, desconfio também que desviar o debate e sugerir que o raciocínio histórico presente na frase da autora é comparável ao determinismo biológico que por muitos anos justificou o racismo é uma forma de desviar e ocultar o debate dos problemas que realmente importam: a discriminação racial, a naturalização dos estereótipos, os privilégios raciais, etc.
Gostei muito do vídeo. Vou ler o manual da autora Djamila. Indique mais autores negros O reitor da universidade a qual estudo é negro. Ele muito inteligente, capaz e profissional. Tenho grande admiração por ele. Que triste fazermos parte desse tipo de sociedade. Será que a morte é só para negros? A morte 💀 é ótima iguala a todos. Não sou negro, mas admiro e respeito quem é.
4 года назад+1
Exato! O empenho deliberado para indicar mais autores negros deve ser uma ação efetiva! Estou empenhado em descobri-los, estudá-los, aprender e compartilhar!
Sou de família pobre, se eu me descuidar posso parar na rua em questão de semanas. Você acha que o meu grande problema é não reconhecer meu privilégio? Acha que vivemos na Noruega?
Adquira o livro "Pequeno Manual Antirracista", de Djamila Ribeiro amzn.to/2SwJeeC
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Este vídeo foi realizado graças ao apoio de:
Humberto e Silva Ribeiro de Lima
Katryne Rabelo
Inoue
Natalia Ferreira Almeida
Ramon Fernandes Lourenço
Veja como apoiar goo.gl/TdfuJ4
Há duas coisas neste comentário. Primeiro: você o vídeo? Me lembro e ter mencionado. A diversidade em um ambiente de trabalho promove a criatividade e é bom para os negócios. Para a sociedade como um todo, o desperdício de talentos devido ao racismo é ruim para a coletividade. Mencionei meu caso em sala de aula: as políticas afirmativas trazem experiências enriquecedoras para as turmas. Fiz questão de demonstrar no vídeo que esta é uma perspectiva liberal. Segundo: este comentário confirma a parte mais importante do que a Djamila Ribeiro menciona: você percebe que você está mais preocupada com os interesses de um homem branco rico do que com a perspectiva de uma mulher negra, que você chama, de forma desdenhosa, de "essa mulher"? Certamente, homens brancos e ricos, que já são privilegiados, não têm muito interesse em transformar as estruturas que já os beneficiam, não acha? Nesse sentido, de fato, a perspectiva ético-política da Djamila Ribeiro é uma ameaça a quem prefere uma sociedade em que os outros continuem subalternos. Você percebe que está defendendo a perspectiva do homem branco rico?
A voz do André me prende ao vídeo de uma forma incrível, ele fala com uma naturalidade sem igual, André, faz mais vídeo, pfvr, não para.
"Acho agora que foi o choque de libertação que levou minhas ideias para o que poderia significar ser "livre" para as mulheres. Nos anos 80, esse debate ainda estava em curso: pagamento igual, tratamento igual, acesso a profissões, escolas... e escolha sem estigma. Casar ou não. Ter filhos ou não. Inevitavelmente, essas ideias me levaram à história diferente das mulheres negras neste país - uma história na qual o casamento era desestimulado, impossível ou ilegal; em que era exigido ter filhos, mas "ter" os filhos, ser responsável por eles - ser, em outras palavras, mãe deles - era tão fora de questão quanto a liberdade. A afirmação de paternidade nas condições peculiares da lógica da escravidão institucional constituía crime."
- Trecho do prefácio do livro "Amada", de Toni Morrison (Nobel de Literatura em 1993).
Muito feliz pela sua volta no youtube, professor! Adoro suas contribuições.
"É impossível não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista. É algo que está em nós e contra o que devemos lutar sempre." TODO MUNDO tinha que ler este livro da Djamila Ribeiro. Aqueles que batem no peito para dizer que não são racistas estão, sem perceber, ocultando práticas violentas e contribuindo para a naturalização de um racismo estrutural que mascara privilégios sob o disfarce da meritocracia. Uma sociedade racista não depende da sua INTENSÃO PESSOAL para se manifestar. Leitura altamente recomendada para todos aqueles interessados em uma sociedade mais justa, diversa e criativa.
amzn.to/2MugEqx
É de suma importância o tema partir de pessoas brancas e privilegiadas como o Prof. André Azevedo e aguardar o incomôdo que este vídeo causará.
A antropóloga política Lélia Gonzalez elucidou e enegreceu temas de suma relevancia sobre as condições das pessoas negras do Brasil e da América Latina.
Essa é a palavra: incômodo. Este debate incomoda muito, sobretudo homens e brancos que temem reconhecer seus privilégios. E que por isso, temem encarar o fato de que aquilo que imaginam ser fruto de mérito pessoal pode ser resultado de uma distribuição desigual de oportunidades.
Que aula meus amigos 👏👏❤
Esse argumento estruturalista é no mínimo desconfiável, já que há muitas e muitas estruturas dialogando numa única sociedade contemporânea.
"É impossível não ser liberal tendo sido criado numa sociedade estruturalmente liberal."
"É impossível não ser capitalista tendo sido criado numa sociedade estruturalmente capitalista."
"É impossível não ser apegado à tecnologia tendo sido criado numa sociedade estruturalmente apegada à tecnologia."
"É impossível não ser escravocrata tendo sido criado numa sociedade que estruturalmente utiliza escravos."
Além dos casos acima serem claros equívocos, esse argumento é muito frágil (pra não dizer ruim ou nonsense), já que podemos utilizá-lo pra qualquer estrutura existente. Há duas formas de lidar com isso: ou abandonamos esse tipo de argumento pela sua falibilidade evidente e flexibilidade absurda (sua abrangência excessiva é um defeito epistemológico), ou estabelecemos outros critérios (auxiliares ou não) para determinar quais são as estruturas que podem ser contempladas nesse tipo de raciocínio.
De toda forma, o raciocínio é claramente uma coisa: determinista. Determinismo cultural é tão ruim quanto determinismo biológico.
Eu mudaria para q é impossível não ser determinado pelo racismo numa sociedade estruturalmente racista e no caso ser antirracista tbm é ser determinado pelo racismo.
Desconfio que quem experimenta a discriminação racial diariamente sente essas estruturas com mais sensibilidade. Ao lado disso, eu substituiria tranquilamente isso que você chama de "determinismo" pela consciência de um forte "condicionamento", o que faria com que todos os exemplos que mencionou se tornassem absolutamente verdadeiros e historicamente corretos. A propósito, este é um dos papeis da ideologia: ocultar o essencial para legitimar desigualdades e naturalizar uma condição que é histórica. Por isso, desconfio também que desviar o debate e sugerir que o raciocínio histórico presente na frase da autora é comparável ao determinismo biológico que por muitos anos justificou o racismo é uma forma de desviar e ocultar o debate dos problemas que realmente importam: a discriminação racial, a naturalização dos estereótipos, os privilégios raciais, etc.
se eu n fosse branco, ja estaria com o emprego dos meu sonhos através de concurso público, mas existem as cotas raciais
Faz igual os negros, estude.
Gostei muito do vídeo.
Vou ler o manual da autora Djamila.
Indique mais autores negros
O reitor da universidade a qual estudo é negro.
Ele muito inteligente, capaz e profissional.
Tenho grande admiração por ele.
Que triste fazermos parte desse tipo de sociedade.
Será que a morte é só para negros?
A morte 💀 é ótima iguala a todos.
Não sou negro, mas admiro e respeito quem é.
Exato! O empenho deliberado para indicar mais autores negros deve ser uma ação efetiva! Estou empenhado em descobri-los, estudá-los, aprender e compartilhar!
Necessito desse livro
Vale muito! amzn.to/3hlvxbY
Sou de família pobre, se eu me descuidar posso parar na rua em questão de semanas. Você acha que o meu grande problema é não reconhecer meu privilégio? Acha que vivemos na Noruega?
Já quero esse livro 😍🤗
Mas ainda acredito que existam brancos mais brancos do que outros. Um nordestino branco é menos branco do que um gaucho p/ exemplo
Tem razão
Vc tem podcast? Se views não for uma prioridade seria mais acessível separar os áudios e lançar no tube ou em outra plataforma.
Sim, tenho Podcast. Mas de todo modo, a monetização não é um empecilho. open.spotify.com/show/5j1461lc4NBDG4EWztt1OS
Não existe privilégios, isso é coisa de quem gosta de se fazer de coitado.
👍🏽