O primeiro da platéia a comentar, em ~ 1:20:00, é o Felipe Catalani. Conhecedor da crítica de Spengler por Adorno, marcou seu estranhamento sobre a grande narrativa, a 'mega meta-historia, do primeiro silogismo aa bomba atômica'. O mesmo Spengler, cuja força assombrou Adorno, não se espantaria com a diferença no papel do intelectual na Inglaterra de Elizabeth e na França de Luís XVI. De fato, a diferença no desenvolvimento político das duas nações explicaria a contradição pela naturalidade da condição em cada caso. Uma análise muito materialista de alguém apodado de selvagemente metafísico. Eu me divirto muito vendo a dialética fazendo as contradições darem tiros nos próprios pés sem necessariamente uma síntese superior inédita...
20 дней назад+1
"As duas faces da ambígua história do século XX - tanto seus horrores como suas maravilhas - desempenharam indubitavelmente uma parte na formação da consciência pós-moderna; mas os horrores que minaram a antiga idéia de progresso são menos importantes para definir a natureza peculiar do pós-modernismo atual que as maravilhas da tecnologia moderna e as riquezas do capitalismo de consumo. O pós-modernismo se assemelha por vezes às ambigüidades do capitalismo tal como vistas da perspectiva daqueles que aproveitam seus benefícios e não sofrem seus custos." -- Ellen Wood, "Em defesa da História: o marxismo e a agenda pós-moderna", Zahar, p. 122.
Não há crítica aqui. Não no sentido moderno. Há liquefação da crítica e absolutização do relativo ("pós-modernismo"), cinismo, pessimismo e passividade de playboy.
Chamar kurz de metafísico é de um desconhecimento brutal . Por , Se não entende, não dá pitaco. Kurz é o maior crítico da metafísica real( uma descoberta dele esta metafísica real) do valor, do capital.
Nos próximos eventos favor disponibilizar para a mesa e público :para pós ouvinte ter qualidade de áudio;belessimo encontro na teoria e prática da filosofia no Brasil,bem realista, daqui de Salvador BA liberdade curuzú
Razão sangrenta é uma coletânea de texto do kurz onde ele trava uma crítica radical da filosofia e ideologia do iluminismo. A filosofia e ideologia do iluminismo é o que dá suporte a lógica do capital.
17 дней назад
Estranho não se empenharem numa história do irracionalidade ou do irracionalismo, como Lukács o fez... A palavra sequer aparece nessas discussões pós-modernas: a Razão é o alvo único, como o é do próprio irracionalismo. E o seu contrário?! É incorrer num erro grave de generalização: reduzir o iluminismo ao liberalismo. A expansão global do capital e sua contradição com relação à exploração econômica do trabalho alheio da maioria pouco ou nada tem a ver com o desejo universal de emancipação humana. Apenas ocorreram concomitantemente na história ao desenvolvimento da ciência, à superação do clero, da superstição, do obscurantismo, do feudalismo etc. Há bomba atômica, mas há também vacina.
Não, você pode ir para qualquer local do mundo sem passaporte e sem 1 centavo no bolso. Tampouco é proprietário ou despossuído dos meios de produção ou das forças produtivas... 🙄😒
Месяц назад+3
[1:42:44]: A Dona Lúcia "está fora do processo moderno"??!! Então, nada entendi do que foi dito antes... -- para mim, a D. Lúcia é a própria expressão do alcance do processo de civilização moderno. Quem acha que ela não está acredita na Belíndia, ou não inclusção de supostos excluídos: como se houvesse um Brasil que funciona para o qual devessemos transferir/fazer ascender todos os que estão num Brasil que não funciona, como se o que "funciona" não funcionasse precisamente porque há o que "não funciona".
Eles estão trabalhando na referência do Robert Kurz pelo que entendi ("o colapso da modernização") ela é uma alegoria da coisa da modernidade "acabada' vs modernidade em catástrofe (outro termo que esqueci), ela é a síntese dessas duas coisas (tipo a coisa da Belíndia que vc lembrou bem). O "não funcionar" significa bom funcionamento no caso. Aquela coisa do Darcy: o fracasso da educação é exatamente esse o projeto...
21 день назад+1
Pedro não acha mais possível encontrar-se com a "Dona Lúcia" em um movimento coletivo ou numa sociedade sem divisão de classes. Só é possível encontrar-se com ela através de fraseologia sem referencial dum psiquismo, "desreprimindo" o ódio ao moderno (mesmo ao saneamento que lhe falta?!). Óbvio: fora disso, virasse ela revolucionária, trocasse a bíblia pelo Manifesto Comunista, quem vai fazer a faxina do playboy carioca da zona sul?!
Sensacional! Nao vejo a hora de ler o livro. Autor super inteligente, tremenda aula e abordagem. O Paulo Arantes tava orgulhosíssimo do pupilo. (Pelo q entendi ele orientou o Pedro em algum trabalho outro). Dei gargalhadas com o Paulo. Também acho, tem uma galera nova boa pensando no Brasil de uns tempos pra cá.
Resumo vulgar: playboy da zona sul carioca que não faz a própria faxina, entusiasmado com a fenomenologia ingênua do poder ("pós-modernismo") e psiquismo. Isentão.
Que porcaria de palestra. Estas generalizações parece que têm apenas a função de "causar". Rosa Luxemburgo, por exemplo, seria parte de uma facção afastada do povo. Então porque tinham que matá-la? Se nós intelectuais comprometidos (as) com a insistência na verdade, como diz a Butler, se fôssemos tão dispensáveis porque nos perseguem tanto?
Ufa achei que era só eu! Pareceu um grande meia culpa com lavo minhas mãos kkkk e até essas opções é um privilégio. Se os mais esclarecidos estão assim, o que resta para o(a) trabalhador(a) que levanta todo dia as cinco da manhã pra ganhar um salário insuficiente e tentar viver ?
22 дня назад+1
Livro limitado e sem rigor pra pós-moderno se masturbar...
Você não entendeu, o Paulo gostou. De fato, salvo engano, Paulo já vinha elogiando a abordagem do Pedro há tempos antes desse encontro. Mostrar a relação entre homens e o maldito capitalismo sem os enfeites retóricos e enganosos é o melhor serviço aa causa do anticapitalismo.
O Paulo foi irônico e generoso ao mesmo tempo. Ele não poderia dizer abertamente que o livro é uma bosta. Então ele zombou delicadamente do livro lendo trechos
Interessante sua leitura. Como eu só conheço o Paulo por vídeos e ele de fato recomendou a compra do livro em pelo menos 5 vídeos (nenhum outro aluno dele foi tão citado), inclusive comprei seu livro anterior por conta do Paulo, não consegui sacar a ironia. Quando ela fala que "nós paulistas" somos mais inteligentes e que resta a ele ter um estilo "galhofeiro" tipo os modernista, e tipo Mario de Andrade, só consigo ver reconhecimento e elogio, e no caso tb auto-ironia com a turma da "Fefeléchi" (aqui em RJ fala assim kkk) dos leitores do caderno Mais da Folha que se acham tão inteligentes... Achei "machadiano" o trecho lido, mas não devo ter pescado essa sacação toda, afinal sou carioca...
O primeiro da platéia a comentar, em ~ 1:20:00, é o Felipe Catalani. Conhecedor da crítica de Spengler por Adorno, marcou seu estranhamento sobre a grande narrativa, a 'mega meta-historia, do primeiro silogismo aa bomba atômica'. O mesmo Spengler, cuja força assombrou Adorno, não se espantaria com a diferença no papel do intelectual na Inglaterra de Elizabeth e na França de Luís XVI. De fato, a diferença no desenvolvimento político das duas nações explicaria a contradição pela naturalidade da condição em cada caso. Uma análise muito materialista de alguém apodado de selvagemente metafísico. Eu me divirto muito vendo a dialética fazendo as contradições darem tiros nos próprios pés sem necessariamente uma síntese superior inédita...
"As duas faces da ambígua história do século XX - tanto seus horrores como suas maravilhas - desempenharam indubitavelmente uma parte na formação da consciência pós-moderna; mas os horrores que minaram a antiga idéia de progresso são menos importantes para definir a natureza peculiar do pós-modernismo atual que as maravilhas da tecnologia moderna e as riquezas do capitalismo de consumo. O pós-modernismo se assemelha por vezes às ambigüidades do capitalismo tal como vistas da perspectiva daqueles que aproveitam seus benefícios e não sofrem seus custos."
-- Ellen Wood, "Em defesa da História: o marxismo e a agenda pós-moderna", Zahar, p. 122.
Excelente, parabéns pela pesquisa
O livro é um anedotário?
Não há crítica aqui. Não no sentido moderno. Há liquefação da crítica e absolutização do relativo ("pós-modernismo"), cinismo, pessimismo e passividade de playboy.
Chamar kurz de metafísico é de um desconhecimento brutal . Por , Se não entende, não dá pitaco.
Kurz é o maior crítico da metafísica real( uma descoberta dele esta metafísica real) do valor, do capital.
Das Comunas italianas à Inglaterra?
Vídeo excelente. Mas isso não é novidade. Com Paulo Arantes e o autor do livro o Pedro , há vida inteligente no planeta.
Nos próximos eventos favor disponibilizar para a mesa e público :para pós ouvinte ter qualidade de áudio;belessimo encontro na teoria e prática da filosofia no Brasil,bem realista, daqui de Salvador BA liberdade curuzú
Quem mandava nas Comunas italianas era o povo?
Muito interessante.
A Utopia de Thomas Moore é a expressão da colonização e do domínio?
É o que eles dizem
As jacqueries eram levantes das pessoas comuns?
50:56 "o Pelourinho era uma instalação" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Pela mor de deus, deixem um suporte de microfone para cada participante numa próxima
Razão sangrenta é uma coletânea de texto do kurz onde ele trava uma crítica radical da filosofia e ideologia do iluminismo. A filosofia e ideologia do iluminismo é o que dá suporte a lógica do capital.
Estranho não se empenharem numa história do irracionalidade ou do irracionalismo, como Lukács o fez... A palavra sequer aparece nessas discussões pós-modernas: a Razão é o alvo único, como o é do próprio irracionalismo. E o seu contrário?! É incorrer num erro grave de generalização: reduzir o iluminismo ao liberalismo. A expansão global do capital e sua contradição com relação à exploração econômica do trabalho alheio da maioria pouco ou nada tem a ver com o desejo universal de emancipação humana. Apenas ocorreram concomitantemente na história ao desenvolvimento da ciência, à superação do clero, da superstição, do obscurantismo, do feudalismo etc. Há bomba atômica, mas há também vacina.
Idola tribus, idola fori, idola specus, idola theatri
Apresentação caricata do humanismo italiano
Quem é o povo nas Comunas italianas?
Pessoas comuns são expressão do povo miúdo?
É a substantivacao do nada
Paulo Arantes faz una leitura satirica e divertida de alguns trechos do livro em questão.
É bem a cara dele fazer isso
Quem é o povo???
Há vários elementos irracionais nesta discussão, além de desconsiderar a Filosofia da História
Existem classes sociais?
Não, você pode ir para qualquer local do mundo sem passaporte e sem 1 centavo no bolso. Tampouco é proprietário ou despossuído dos meios de produção ou das forças produtivas... 🙄😒
[1:42:44]: A Dona Lúcia "está fora do processo moderno"??!! Então, nada entendi do que foi dito antes... -- para mim, a D. Lúcia é a própria expressão do alcance do processo de civilização moderno. Quem acha que ela não está acredita na Belíndia, ou não inclusção de supostos excluídos: como se houvesse um Brasil que funciona para o qual devessemos transferir/fazer ascender todos os que estão num Brasil que não funciona, como se o que "funciona" não funcionasse precisamente porque há o que "não funciona".
Eles estão trabalhando na referência do Robert Kurz pelo que entendi ("o colapso da modernização") ela é uma alegoria da coisa da modernidade "acabada' vs modernidade em catástrofe (outro termo que esqueci), ela é a síntese dessas duas coisas (tipo a coisa da Belíndia que vc lembrou bem). O "não funcionar" significa bom funcionamento no caso. Aquela coisa do Darcy: o fracasso da educação é exatamente esse o projeto...
Pedro não acha mais possível encontrar-se com a "Dona Lúcia" em um movimento coletivo ou numa sociedade sem divisão de classes. Só é possível encontrar-se com ela através de fraseologia sem referencial dum psiquismo, "desreprimindo" o ódio ao moderno (mesmo ao saneamento que lhe falta?!). Óbvio: fora disso, virasse ela revolucionária, trocasse a bíblia pelo Manifesto Comunista, quem vai fazer a faxina do playboy carioca da zona sul?!
Quem são as pessoas comuns na Inglaterra?
Pelo que pude entender é a classe que existe antes dos proletariados. Acredito que seja o povo comum mesmo, as pessoas normais , trabalhadores etc..
Bacon é um intelectual orgânico?
Atualmente já tem a opção vegana também.
E as igrejas evangélicas? E neopentecolatismo?
É um niilismo sem fim
Safos?
Né né né né...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Sensacional! Nao vejo a hora de ler o livro. Autor super inteligente, tremenda aula e abordagem.
O Paulo Arantes tava orgulhosíssimo do pupilo. (Pelo q entendi ele orientou o Pedro em algum trabalho outro).
Dei gargalhadas com o Paulo.
Também acho, tem uma galera nova boa pensando no Brasil de uns tempos pra cá.
Ídolos são falsos deuses!!!
Não sobra nada
Não sobra nada.
Resumo vulgar: playboy da zona sul carioca que não faz a própria faxina, entusiasmado com a fenomenologia ingênua do poder ("pós-modernismo") e psiquismo. Isentão.
Inclusão social é populismo???!!!
Já usou 3 vezes o termo lulopetismo em 3 minutos de exposição
"Se toca", playboy, vá fazer faxina você mesmo! 🙄😒
Que porcaria de palestra. Estas generalizações parece que têm apenas a função de "causar". Rosa Luxemburgo, por exemplo, seria parte de uma facção afastada do povo. Então porque tinham que matá-la? Se nós intelectuais comprometidos (as) com a insistência na verdade, como diz a Butler, se fôssemos tão dispensáveis porque nos perseguem tanto?
Ufa achei que era só eu! Pareceu um grande meia culpa com lavo minhas mãos kkkk e até essas opções é um privilégio. Se os mais esclarecidos estão assim, o que resta para o(a) trabalhador(a) que levanta todo dia as cinco da manhã pra ganhar um salário insuficiente e tentar viver ?
Livro limitado e sem rigor pra pós-moderno se masturbar...
Lulopetismo???
O Paulo destruiu o livro do coitado rs Depois dessa não quero o livro nem de graça
Você não entendeu, o Paulo gostou. De fato, salvo engano, Paulo já vinha elogiando a abordagem do Pedro há tempos antes desse encontro. Mostrar a relação entre homens e o maldito capitalismo sem os enfeites retóricos e enganosos é o melhor serviço aa causa do anticapitalismo.
O Paulo foi irônico e generoso ao mesmo tempo. Ele não poderia dizer abertamente que o livro é uma bosta. Então ele zombou delicadamente do livro lendo trechos
@@solhando9054nossa, voce está, como costumam dizer os ingleses, completamente "clueless"...
Interessante sua leitura. Como eu só conheço o Paulo por vídeos e ele de fato recomendou a compra do livro em pelo menos 5 vídeos (nenhum outro aluno dele foi tão citado), inclusive comprei seu livro anterior por conta do Paulo, não consegui sacar a ironia. Quando ela fala que "nós paulistas" somos mais inteligentes e que resta a ele ter um estilo "galhofeiro" tipo os modernista, e tipo Mario de Andrade, só consigo ver reconhecimento e elogio, e no caso tb auto-ironia com a turma da "Fefeléchi" (aqui em RJ fala assim kkk) dos leitores do caderno Mais da Folha que se acham tão inteligentes... Achei "machadiano" o trecho lido, mas não devo ter pescado essa sacação toda, afinal sou carioca...
Livro limitado pra pós-moderno se masturbar...