Conheço pessoas que estão na universidade e não sabem escrever bem, o texto é quase ininteligível de tão desconexo. A educação básica no Brasil está respirando por aparelhos e creio que o ambiente familiar também colabore pra isso, muitas crianças não tem costume de ver os pais lendo, isso acaba se tornado uma bola de neve, só vai piorando.
Pois é, Lo. Acho que no meu vídeo sobre o curso de Letras comento sobre isso, mas tinha gente que dizia que "só gostava de gramática, não de ler" no curso de Letras, se preparando pra virar professora, professor. É complicadíssimo... Muito obrigado por comentar! Um abraço!
Meu professor de História, falava que na faculdade dele (USP), uma colega dele não reconhecia as letras onde se deveria colocar os acentos e crase. Achei impressionante, como alguém conseguiu entrar em uma das universidades mais difíceis de entrar no país e não entender a própria fonética/gramática da língua.
sou professor de geografia e vou dizer algo que vejo como senso comum entre professores, mas que deve ser reforçado a toda a comunidade. EDUCAÇÃO, LEITURA, DESEMPENHO E RESULTADOS SÃO REFLEXOS DO AMBIENTE E ESTIMULOS, não adianta socar materia em aluno, não adianta enfiar 90 textos e 50 exercicios por dia, se eles não sentarem e fazerem não adianta e os unicos que podem resolver a coisa são os pais. Se o pai não lê nada, muito provavelmente o filho tambem não irá, se a família não incentiva o estudo a criança não vai estudar, se a pessoa passa fome, não é colocando 7 horas da manha em sala que ele ira dar resultado, é necessario primeiro acabar com a fome dela, e assim por diante.
Ei Lucas! Creio que o letramento envolve muitos aspectos, posso dizer pela minha experiência. Minha mãe, apesar de ser uma pessoa simples, sem ensino superior, lia para mim e conversava muito comigo desde a gestação, assim comecei a falar aos 7 meses (poucas e pequenas palavras, tipo "nanãe", "papá" etc) e com 2 anos de idade já era uma tagarela. Por causa dela ler para mim, mesmo com pouco tempo disponível, pois ela trabalhava bastante, eu tinha muita vontade de aprender a ler. Desse modo, quando eu tinha cinco anos ela pediu as professoras da escolinha pra me ensinarem, porém elas disseram que só poderiam fazer isso no outro ano, de maneira que minha mãe foi quem me alfabetizou nesse período. Dessa forma, eu ganhei independência para ler quando quisesse e parei de "azucrinar" minha mãe para ela ler para mim. Além disso, no decorrer da minha vida tive incentivo, ótimos/as professores/as de português e de literatura, mesmo quando fui para escola pública no ensino fundamental II. Os professores eram tão criativos que chegamos a produzir um caderno de poesias autorais da sala, um caderno de receitas, um "telejornal", com direito a propaganda eleitoral e tudo nos comerciais, gravamos "trailer de livro", fizemos peça de teatro de "Dom Casmurro" e de alguns contos do Machado de Assis. Até a professora de inglês, teve a ideia de lermos e encenarmos "Romeu e Julieta", metade da sala como tragédia e a outra metade como comédia (apesar de até a tragédia ter ficado cômica) e o mais legal era que podíamos assistir às peças das outras turmas, era um deleite. Enfim, acredito que alguns profissionais da educação são mais que isso, são verdadeiros artistas e a família tem um papel fundamental no letramento de um indivíduo. Diante disso, concordo com a frase: "É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança" (dizem que é um provérbio africano).
Caramba, Maísa, que ensino impecável! Eu tive resumos de livros que iam cair no vestibular... 🥲 E não tenho como concordar mais: é muito mais que isso. Vou até anotar algumas dessas dinâmicas aqui haha Muito obrigado por compartilhar! Um abraço!
Tive uma experiência bem parecida com a que você relatou da infância. Minha mãe costumava comprar revistinhas da Turma da Mônica sempre que podia, também leu pra mim antes de dormir até os 9 anos, mas foi a partir dos 14 que peguei o gosto pela leitura no querido Wattpad( embora os romances independentes e fanfics de Harry Potter sejam mal vistos em geral) eu até comecei a escrever minhas próprias histórias influenciada pela plataforma. No ensino médio, esse hábito foi incentivado por várias professoras que até hoje lembro com carinho, foi quando ganhei um festival de poesia da escola❤ Contudo, veio a faculdade e apesar da escrita estar bem desenvolvida, a adolescência foi mais uma fase de assistir série do que ler livros. Como resultado: muita dificuldade em me adaptar aos textos acadêmicos, precisando fazer uma auto reeducação, voltando a ler os romances duvidosos e mesmo as clássicas histórias da infância como Alice no País das Maravilhas, algo fundamental para descobrir o prazer que um livro proporciona. Com o tempo e a maturidade acadêmica, ficou mais tranquilo, ao ponto de hoje estar tentando escrever meus próprios artigos. Meus colegas sempre relataram a mesma dificuldade, mas percebo em muitos deles a ausência do hábito de leitura anterior ao curso, o que porém atribuem à falta de tempo, mas como geração Z que somos, pode ser repensado, afinal é mais fácil passarmos 30 minutos rolando entre reels no Instagram, do que lendo 1 capítulo de livro- por sinal, eu mesma nesse momento, apesar de em outra rede social, estou fugindo do livro para me permitir uma procrastinação "produtiva", assistindo vídeos que me levam a pensar, como este seu.
Caramba, Fernanda. Vim parar nesse artigo aqui ip.rec.br/blog/letramento-ou-literacia-o-efeito-politico-de-chamar-as-coisas-pelo-seu-nome/ E amei! Eu nunca tinha ouvido falar dessa tensão política entre os usos de um e outro, mas faz muito sentido. Vou buscar mais algumas referências e ver se consigo fazer um vídeo não tão complicado sobre isso. Muito, muito obrigado por comentar. Um abraço!
Ter essas noções fundamentais sobre o funcionamento da própria língua não só te arma com várias técnicas de expressão para tornar suas ideias em coisas objetivas, como também te ajuda a analisar os textos alheios e identificar novas formas de expressão e novas ideias que você nem sabia que eram possíveis de serem expressas ou que mesmo existiam dentro de você.
100% Stephanie! É um daqueles casos em vale o clichê do "conhecimento é poder" haha Não só te mune de ferramentas pra se defender, como também te dá os meios de conseguir entender o outro. Muito obrigado pelo comentário. Um abraço!
Opa, tudo bem? Atualmente eu estou no quarto semestre de Letra, mas percebo que tenho uma grande dificuldade em escrever bons textos(sobre qualquer assunto, não somente acadêmicos). Seria de grande ajuda se você, um escritor, talvez fizesse algum conteúdo nos dando algumas dicas. Forte abraço! Adoro seus vídeos.
Valeu, João! Confesso que tô pensando nisso, mas voltado pra uma fala do "Lucas revisor". Acho que falar de escrita "como escritor", no meu caso, pode gerar uma rusga desnecessária, porque eu sou preguiçoso e só publiquei meus textos quando me convidaram ou em coisa de concursos literários, aí me faltam umas "instâncias de legitimação" #termosacadêmicos haha Sem contar que acho que posso ajudar mais com conceitos gerais de escrita. Vou ver se bolo alguma coisa aqui, começar com escrita enfática e talvez até analisar um pouco a escrita de alguns autores que já trouxe no canal. Fazer uma votação na comunidade do canal pra escolher por onde começar. Muito obrigado pelo carinho e pela ideia! Um abraço!
Me inscrevi, gostei dos vídeos que vi, sou professora do ensino fundamental 1, esse ano leciono 2° e 5° ano. Morrerei tentando rsrsrs aprender e ensinar.
Um absurdo é o BNCC junto com vestibular, acaba atolando os alunos de conteúdo para passar no vestibular.(Não vou falar da reserva de mercado forçada de cursinho pré vestibular). Minha sugestão seria cortar os 3 últimos anos BNCC junto com a cobrança desses conteúdos no vestibular, com esses professores disponíveis, reforçar Português,Matemática, inglês, Finanças, direitos sociais, política e programação.Geral uma solução utópica reconheço 😅
Muito obrigado, Karlla! Nesses vídeos tô tentando usar menos minha "licença poética" pra evitar brigas nos comentários, mas é bom saber que estão indo bem haha Um abraço!
Adorei o vídeo! E sobre gostar de usar palavras novas… depois que eu conheci a palavra “insípido”, tudo virou insípido, não porque o mundo tinha ficado chato, mas porque eu queria muito usar de novo esse termo, aproveitar essa novidade. Mas eu dificilmente uso palavras incomuns no meu dia a dia também, é mais quando escrevo 😅
Conheço muito bem essa sensação, Kamilli! Até hoje passo raiva de não ter motivos pra usar "recapeamento", o verbo mais nichado de todos, que basicamente só serve pra falar de renovação da camada de asfalto 🤣 Um abraço!
Muito interessante o vídeo, Lucas. Ele esbarra em questões que muito me incomodam há bastante tempo. Eu me atreverei a dizer algumas palavras aqui sobre isso. Eu sempre fui um indivíduo um tanto prolixo. Sempre tive muitas dificuldades na hora de comprimir mais os textos, sobretudo quando se trata de um assunto pelo qual eu nutro algum nível maior de respeito, carinho ou prazer. Sempre fui criticado por isso, mas também procuro me lembrar do fato de que, se houver espaço para isso e se as regras permitirem, eu tenho o direito exercer a minha liberdade em meus textos, o que inclui poder adotar uma abordagem menos concisa. Agora, a meu ver, o problema atual relacionado à prolixidade com o qual eu me esbarro com certa frequência é o de que, sobretudo via Internet, uma parcela muito grande do público passou a utilizar o termo "textão" para se referir a textos que, francamente, não me parecem sequer chegar perto de serem considerados longos. É uma questão altamente subjetiva, mas me soa um tanto preocupante. Como um texto com 20 palavras seria um "textão", por exemplo? E não me parece ser uma questão que afeta apenas nossos jovens; vejo isso entre pessoas mais velhas também; e, mais do que isso, vejo uma versão disso entre estrangeiros também, como no caso do "TL; DR", com o qual você talvez já tenha se deparado por diversas vezes via Internet. Eu me lembro de que, muitos anos atrás, diversas pessoas alertavam sobre "a geração dos 140 caracteres". Outro ponto é o da flexibilidade do rigor quantos às normas na comunicação. Acho que aqui há muitos pontos delicados. Por exemplo, um dos pontos é a alegação de que a língua é viva e, portanto, deveríamos aceitar que ela passe por transformações. Outro ponto é o de que, apesar de a língua poder passar por mudanças, tais mudanças deveriam ocorrer suavemente e organicamente ao longo do tempo. Um outro ponto é o de que a língua falada não deveria ser sufocada pelos rigores da língua escrita. Mais um outro ponto é o de que, a partir de um ponto de vista estritamente utilitarista e imediatista, o que importa é que o receptor consiga receber e compreender o teor da informação contida na mensagem enviada pelo emissor, mesmo que, para isso, tenha sido necessário adotar formas adaptadas da língua, que talvez sequer existam formalmente. Um outro ponto com o qual também me deparo vez ou outra é o de que, conforme o tempo passa, determinadas regras e determinados costumes linguísticos tendem a simplesmente cair em desuso, fazendo com que as pessoas se esqueçam ou, dependendo do caso, sequer saibam de sua existência, podendo fazer até com que haja estranhamentos que dificultem muito a comunicação, o que seria o oposto ao desejável e, portanto, em casos assim, adaptações que possam ser consideradas quebras de regras sejam vistas como soluções adequadas. E esses são apenas alguns dos pontos. Sobre o preconceito linguístico, eu entendo que ele exista e entendo que seja um problema a ser trabalhado. Penso, no entanto, que ele é um problema bidirecional, assim como, por exemplo, o etarismo. No caso do etarismo, tanto observamos pessoas mais jovens sendo preconceituosas com pessoas mais idosas quanto observamos pessoas mais idosas sendo preconceituosas com pessoas mais jovens. É um problema que pode afetar de A para B, mas também de B para A. O caso do preconceito linguístico me parece similar. Da mesma forma que vejo o elitismo e a soberba dos que se nutrem de erudição e maltratam os que têm dificuldades para decodificar essas mensagens propositadamente encriptadas, eu também vejo pessoas que só estão fazendo um uso natural, orgânico e nem um pouco pedante de recursos linguísticos totalmente corriqueiros sendo atacadas e humilhadas por aqueles que querem fazer uso de recursos de comunicação distintos, como o de um apelo extremado à concisão, o de um uso de Memes ou Emojis, ou mesmo o de um uso de versões propositadamente enxuto de palavras, criando uma espécie de mapeamento de termos de forma reduzida a uma sigla ou a um novo termo que comprima os termos originais. Entre as hostilidades, só para exemplificar aqui, vejo até o Meme "fala português alienígena" [sic]. Contudo, algo que sempre considero importante é a intenção. A meu ver, na comunicação, ao contrário do que vejo muitos defenderem, tanto o escritor quanto o leitor são agentes ativos, assim como tanto o orador quanto o ouvinte são agentes ativos. Penso dessa forma porque, a meu ver, há na leitura e na escuta um exercício de interpretação, que não é meramente inconsciente. É possível, consciemente, escolher por qual caminho seguir na hora de tentar entender o que o autor do texto, escrito ou falado, almejava ao sintetizar suas ideias. Vejo aí a importância da hermenêutica, por exemplo. Uma pessoa mal-intencionada, ao ouvir ou ao ler um discurso, poderia efetuar uma série de malabarismos interpretativos de modo a conduzir (ativamente) o resultado dessa sua tarefa de decodificação das ideias codificadas na forma de palavras, criando toda uma narrativa que lhe fosse conveniente. Mas eu não sou um especialista no assunto. Minha área de formação nem mesmo é próxima a essa. Trabalho com tópicos que pouco ou nada têm a ver com isso. Por isso, posso ter cometido uma miríade de erros nas ideias expostas. Ainda assim, ficam aí algumas de minhas ideias - que podem muito bem mudar em algum dia. Abraço
Eu sou do time textão também, Tito. (e acabei de descobrir o meme do "fala português, alienígena", ri sozinho aqui 🤣) Sobre adequação, emojis e etarismo: venho pensando bastante sobre isso, especialmente devido ao youtube. Eu não costumava usar emojis, até porque não uso nenhuma rede, então foi só no trabalho e aqui que comecei pegar essas nuances. Eu sempre escrevi "haha", mas pra algumas gerações - acima e abaixo da minha - vi que isso pode soar como irônico se vem sozinho. É um aprendizado e é o clichê da língua viva. Acho que se comentário expôs a minha própria abordagem, que eu acabei de descobrir: acho que dividi o que é "minha arte" e o que são as minhas tentativas de comunicar. Em uma, sou convidativo, na "arte", total e completamente egoísta, quem quiser que leia hahaha Vou pensar mais sobre isso. Muito obrigado por sempre elaborar as discussões nos comentários, Tito! Um abraço!
Eu tenho para mim que a leitura está fundamentada na atenção. Atenção é um músculo como qualquer outro. Ele se fadiga quando é posto em exercício por muito tempo, mas também se fortalece com isso. Então, acredito que os brasileros não foram ensinados a encarar a leitura como uma atividade lúdica, a qual se precisa de um investimento de tempo e interesse. Tempo todos têm, pois se costumar investir (não perder) horas e horas no Instagram, Ttk, etc... Também tem o fato de que leitura não é uma atividade muito popular, no sentido de que ninguém vai te admirar por ler um livro difícil e o expor; não da mesma forma com o cara que levanta 30kg no supino, vai na academia 6x na semana ou até mesmo conhece tudo sobre um determinada série de streaming. Leitura é uma atividade solitária em si mesma.
Tanto concordo, que criei um canal pra que a gente que gosta de ler possa "ficar sozinhos juntos" 🤣 #clichêsdeumsábadoàtarde Mas brincadeiras à parte, assisti a alguns vídeos de "leitura" em formato shorts recentemente, e foram tantas mudanças de câmera, efeitos sonoros e efeitos de edição em tão poucos segundos que, quando acabou, coisa de 30s, não me lembrava do que se tratava o bendito do vídeo. Essa questão de vídeos curtos é um fenômeno que eu não tenho a mínima ideia de como combater, não sei se é um caminho com volta. Muito obrigado por sempre participar da discussão nos comentários, Raphael. Um abraço!
É o "Teoria da Literatura", do Vitor Manuel de Aguiar e Silva. Antiquíssimo, década de 70, mas tenho um apego a ele, porque foi da minha mãe quando ela fez um semestre de Letras, e acabou desistindo pra ir trabalhar. Ele tem alguns capítulos interessantes, sobre funções da literatura e criação poética, mas não sei se chega a ser uma super pérola. Um abraço!
Olá! Jovem mestre Algum Lucas. Seu conteúdo é excelente e muito valioso. Sucesso nesta empreitada difícil. Gostaria de dizer que o áudio do seu vídeo está um pouco baixo; mas entre tanto, porem toda via, isso não diminui a qualidade do conteúdo.
Muito obrigado, Clemilton! Cara, e o pior é que era pra disfarçar uma obra do lado de casa, mas talvez era melhor ter deixado passar um barulho ou outro do que ter descido tanto a captação 🥲 Vivendo e aprendendo haha Muito obrigado por comentar! Um abraço!
Excelente! Muitos são os pontos que o colega chama atenção em torno da temática letramento. Vou me ater apenas ao último ponto. Já fui muito acusado de ser arrogante, quando, imagino, a pessoa queria dizer pedante. Seja arrogante ou pedante o sentido desejado, a meu ver, aqui é existe um probleminha. Uma pessoa é arrogante por fazer uma citação e, em seguida, a referência? Acusar o outro de arrogante, nesse contexto, não denota certo antiintelectualismo? Aliás, arrogante não é quem chama o outro de arrogante (lembro da cena de diálogo entre a personagem Grace e pai no filme Dogville)? Digamos que estejamos falando da aplicação correta da palavra, e o acusador dissesse: você é um pedante por fazer citação e referência de textos, filmes e músicas. Nesse caso, a acusação de pedante tem que ser necessariamente negativa? Ou seja, devemos encarar essa postura, fazer citação e referência, como abominável, chata, inadequada? Ora, com essa postura não estamos alimentando um mundo de não leitores e um antiintelectualismo terrível? Ou estamos negativando as palavras arrogante e pedante por conta das pessoas que exageram ao demonstrar bagagem cultural (livros, artes, música e afins)? Deve-se ter o cuidado em não irritar as pessoas com citação e referência em demasia? Penso que cada contexto estabelece o limite. Lembro de um dia assistir a algumas palestras e entrevistas do professor Paulo Arantes. A envergadura intelectual do filósofo Paulo é inequívoca. Mas, em dessas entrevistas, ele fez umas duas citações e as referenciou; em seguida, ele pediu desculpas. Fiquei algum tempo pensando na postura dele. Longe de estar aqui sugerindo o certo ou o errado, mas vejo como uma face do problema letramento.
Muito bom ponto, Airton! Eu até pensei em trazer esse ano um vídeo sobre antiintelectualismo, mas em tempos de eleição com coach e figuras polêmicas mundo afora, achei melhor fazer em 2025 haha Um abraço! (Anedota sobre Dogville: nunca consegui assistir até o final, o filme me deixa muito mal, eu tentei 2 vezes e realmente desisti 🥲)
@@AlgumLucas Toda a obra do diretor Lars von Trier me encanta; e o filme Dogville me deixa em transe. Gosto muito das obras dele. E se Dogville te deixa mal, imagino que Baixio das bestas, de Cláudio Assis te deixa ainda muito mais mal (se não viu esse filme ainda, corra dele; talvez não seja o tipo para você) Eu sou fã do diretor Cláudio Assis. Pra mim, ele o Lars von Trier brasileiro. Tranquilo, fugir de polêmicas quase sempre faz muito bem. Abração!
Nossa, Lucas, acho muito triste você ter de se explicar tanto a respeito dos seus pensamentos, opiniões e das matérias. É o que você falou, isso é um grande problema sobre esse assunto, letramento, bem como educação - já que não há respeito, empatia, por parte das pessoas que, ao verem algo do qual não concordam, simplesmente atacam, com palavras pesadas, cruéis, ao invés de exporem respeitosamente o que pensam e criar uma discussão legal. Muuuuuito interessante seus vídeos! Já tinha visto algo sobre a defasagem do Brasil com relação aos demais países sobre a aprendizagem dos nossos alunos... Assisti a vídeos com o prof Pierluigi - e olha que ele traz dados antigos, de anos e anos atrás. Triste saber que continuamos tão mal assim... Parabéns por trazer esse tipo de conteúdo/discussão aqui 👏🏽👏🏽👏🏽
Lucas, como professor de língua portuguesa, sofro pra colocar na cabeça dos alunos esse conceito básico de letramento. Esse tema tem que fazer do currículo do ensino básico. Parabéns pelo vídeo.
Muito obrigado, Marcos! Eu inclusive acabei de aprender nos comentários que ainda existe uma batalha entre o o uso de "letramento" e "literacia". É bem interessante, talvez eu faça um vídeo sobre. ip.rec.br/blog/letramento-ou-literacia-o-efeito-politico-de-chamar-as-coisas-pelo-seu-nome/ Um abraço!
@@AlgumLucas li, há algum tempo, uma entrevista com o professor e pesquisador Clecio Bunzen(UFPE) no site Saberes e Práticas, de 09.12.2019, em que ele responde a respeito de diferenças e semelhanças entre os dois termos, inclusive criticando. Muito esclarecedor e interessante. Um vídeo faria acrescer mais debate sobre um tema tão importante. Abraços, Lucas.
Também tem a questão, como ensinar a ler? A gostar de ler? Ensinar Literatura? Não é como o ensino da matemática, a qual é feita através de explicações teórica e mais ainda a aplicação da prática. Não sei se o modelo atual de ensino permite ensinar Literatura. Como ensinar Homero no ensino médio? Machado de Assis? Ou os russos, ingleses ou asiáticos? Tenho a opinião de que talvez fosse melhor apresentar primeiro boas obras de ficção - seja científica, fantástica, policial - e posteriormente obras mais """"sérias"""". Porém, no modelo atual não permite isso. Afinal, tem o Enem. Toda nossa tragetória do ensino é focada no Enem, o que mina qualquer tipo de iniciativa ou inovação. Tudo aqui é burocrático e engessado.
"Como ensinar Homero no Ensino Médio?" Pra mim, a resposta é: não ensine haha Concordo que um trabalho de encanto e criação de hábito é muito mais importante na adolescência do que meramente ensinar os clássicos "na marra".
Comece não dando lixo moderno. Trabalhar com os clássicos e sempre com textos literários. Do mais simples ao mais complexo. Hoje, boa parte da carga horária de português é composta por ensinar textos simples, como artigo de jornal ou científico, receitas e tirinhas da Mafalda. Se você sabe ler Camões, saberá ler quase qualquer coisa escrita em português. Não precisa saber escrever ou ler uma receita. Um artigo científico tem suas especificações, mas é inútil na escola.
No geral, sou do time que prefere o correto, só que alguns usos soam como pedantismo. Tipo o uso da segunda pessoa. Fica completamente artificial. É diferente do uso de alguma palavra específica ou de alguma norma gramatical que costumamos errar. Sobre o letramento, já li diversos trabalhos universitários de conclusão de curso, seja de graduação ou de pós-graduação, vergonhosos. Isso em curso presencial de universidade federal. Com problemas básicos, tipo parágrafo sem estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão de uma ideia. Num contexto profissional, acho difícil quem escreve assim ter credibilidade. Agora, se as pessoas já tem essa dificuldade na língua materna, como vão escrever trabalhos em outra língua? Acredito que seja necessária alguma disciplina obrigatória de produção escrita para todos os cursos pq depois fica feio até para a própria instituição de ensino.
Cara, isso é real DEMAIS, Leonardo. Fora situações que já rolaram no trabalho, me lembro de quando lidava com textos acadêmicos (e acho que até mostrei as IAs de artigo em outro vídeo), era assustadora a quantidade de trabalho que eu tinha pra tornar o texto legível. Muita gente pensa na revisão como um trabalho ortográfico, mas antes fosse. Mal dava pra entender os resumos e, como você apontou, muito menos o abstract. Uma birra que tenho com isso são as provas de proficiência em 2 idiomas pra doutorado, por exemplo. Que todo mundo passa, mas coloca nos linkedins da vida que "lê pouco, fala razoavelmente". Proficiência "pra inglês ver", o que é uma pena, porque sei que, nos problemas que temos atualmente, esse nem sequer chega perto dos prioritários. Muito obrigado por comentar! Um abraço!
@@AlgumLucas sim, são problemas de base msm. Independe da língua. Até pq um trabalho de conclusão de curso na minha área é um texto engessado. Não é questão de estilo e criatividade. É fazer parágrafos grandes deixando tudo claro! Agora, sobre a correção, às vezes me dava vontade de chorar msm. Se a qualidade do texto está muito ruim, não adianta só mudar uma coisa ou outra. Dá vontade apagar tudo e reescrever, só que isso também é fazer o trabalho dos outros... Fora que me sentia até desconfortável em fazer isso.
Você não acha que na formação dos professores, independente da área, eles deveriam ser aptos a interpretar esses gráficos? Bacharéis e Licenciados não deveriam ter repertório para ler e interpretar produções acadêmicas? Hoje está tudo tão disponível de forma legal ou não para estudar...
Primeiro: não sei o que aconteceu em outro vídeo mas achei engraçado seu trauma de ser mal interpretado segundo: pelo que li a pesquisa começou em 2020 em outros países mas só foi aplicada no Brasil no final de 2021, levando em consideração que o lockdown começou mais ou menos em abril de 2020, os alunos já estavam a quase dois anos sem aulas quando participaram da pesquisa. Acho que isso realmente influenciou. terceiro (e completando o segundo): Na pesquisa, que eu não li, só passei o olho, tem alguns dados sobre uma disparidade de médias entre estudantes de ensino publico e privado. Isso é o que mais me entristece, cresci pobre e estudei a vida toda em escolas públicas horrorosas, e entendo muito bem a falta de acesso não somente a livros, mas a internet, a bibliotecas e outros tipos de entretenimento que poderiam auxiliar no "letramento" pra ajudar o português é difícil de aprender.
Muito obrigado por comentar, Lele! Não é que eu traumatizei, mas se você passar o olho nos comentários do vídeo do Apagão das licenciaturas, vai ficar BEM claro qual bolha ele furou 🤣 E eu nem tinha me ligado nisso, geralmente processo que "a pandemia acabou em 2021", mas foi só pro final. São tempos nebulosos na minha memória, tudo fica misturado. Sobre o abismo entre ensino público e privado, somos o campeão em disparidade, quanto mais um piora, mais o outro melhora, e em alguns vídeos a gente consegue perceber até pelos comentários como isso altera as perspectivas em alguns temas. Um abraço!
Conheço pessoas que estão na universidade e não sabem escrever bem, o texto é quase ininteligível de tão desconexo. A educação básica no Brasil está respirando por aparelhos e creio que o ambiente familiar também colabore pra isso, muitas crianças não tem costume de ver os pais lendo, isso acaba se tornado uma bola de neve, só vai piorando.
Pois é, Lo. Acho que no meu vídeo sobre o curso de Letras comento sobre isso, mas tinha gente que dizia que "só gostava de gramática, não de ler" no curso de Letras, se preparando pra virar professora, professor.
É complicadíssimo...
Muito obrigado por comentar!
Um abraço!
Meu professor de História, falava que na faculdade dele (USP), uma colega dele não reconhecia as letras onde se deveria colocar os acentos e crase. Achei impressionante, como alguém conseguiu entrar em uma das universidades mais difíceis de entrar no país e não entender a própria fonética/gramática da língua.
Eu mesmo estou na universidade e não consigo escrever bem!! Isso é frustrante.😅
têm* (kkk)
Além de muita outras coisas. Talvez também parte do problema seja a pedagogia e o próprio currículo dos cursos de pedagogia e licenciatura.
sou professor de geografia e vou dizer algo que vejo como senso comum entre professores, mas que deve ser reforçado a toda a comunidade. EDUCAÇÃO, LEITURA, DESEMPENHO E RESULTADOS SÃO REFLEXOS DO AMBIENTE E ESTIMULOS, não adianta socar materia em aluno, não adianta enfiar 90 textos e 50 exercicios por dia, se eles não sentarem e fazerem não adianta e os unicos que podem resolver a coisa são os pais. Se o pai não lê nada, muito provavelmente o filho tambem não irá, se a família não incentiva o estudo a criança não vai estudar, se a pessoa passa fome, não é colocando 7 horas da manha em sala que ele ira dar resultado, é necessario primeiro acabar com a fome dela, e assim por diante.
Ei Lucas! Creio que o letramento envolve muitos aspectos, posso dizer pela minha experiência. Minha mãe, apesar de ser uma pessoa simples, sem ensino superior, lia para mim e conversava muito comigo desde a gestação, assim comecei a falar aos 7 meses (poucas e pequenas palavras, tipo "nanãe", "papá" etc) e com 2 anos de idade já era uma tagarela. Por causa dela ler para mim, mesmo com pouco tempo disponível, pois ela trabalhava bastante, eu tinha muita vontade de aprender a ler. Desse modo, quando eu tinha cinco anos ela pediu as professoras da escolinha pra me ensinarem, porém elas disseram que só poderiam fazer isso no outro ano, de maneira que minha mãe foi quem me alfabetizou nesse período. Dessa forma, eu ganhei independência para ler quando quisesse e parei de "azucrinar" minha mãe para ela ler para mim. Além disso, no decorrer da minha vida tive incentivo, ótimos/as professores/as de português e de literatura, mesmo quando fui para escola pública no ensino fundamental II. Os professores eram tão criativos que chegamos a produzir um caderno de poesias autorais da sala, um caderno de receitas, um "telejornal", com direito a propaganda eleitoral e tudo nos comerciais, gravamos "trailer de livro", fizemos peça de teatro de "Dom Casmurro" e de alguns contos do Machado de Assis. Até a professora de inglês, teve a ideia de lermos e encenarmos "Romeu e Julieta", metade da sala como tragédia e a outra metade como comédia (apesar de até a tragédia ter ficado cômica) e o mais legal era que podíamos assistir às peças das outras turmas, era um deleite. Enfim, acredito que alguns profissionais da educação são mais que isso, são verdadeiros artistas e a família tem um papel fundamental no letramento de um indivíduo. Diante disso, concordo com a frase: "É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança" (dizem que é um provérbio africano).
Caramba, Maísa, que ensino impecável!
Eu tive resumos de livros que iam cair no vestibular... 🥲
E não tenho como concordar mais: é muito mais que isso.
Vou até anotar algumas dessas dinâmicas aqui haha
Muito obrigado por compartilhar!
Um abraço!
Tive uma experiência bem parecida com a que você relatou da infância. Minha mãe costumava comprar revistinhas da Turma da Mônica sempre que podia, também leu pra mim antes de dormir até os 9 anos, mas foi a partir dos 14 que peguei o gosto pela leitura no querido Wattpad( embora os romances independentes e fanfics de Harry Potter sejam mal vistos em geral) eu até comecei a escrever minhas próprias histórias influenciada pela plataforma. No ensino médio, esse hábito foi incentivado por várias professoras que até hoje lembro com carinho, foi quando ganhei um festival de poesia da escola❤ Contudo, veio a faculdade e apesar da escrita estar bem desenvolvida, a adolescência foi mais uma fase de assistir série do que ler livros. Como resultado: muita dificuldade em me adaptar aos textos acadêmicos, precisando fazer uma auto reeducação, voltando a ler os romances duvidosos e mesmo as clássicas histórias da infância como Alice no País das Maravilhas, algo fundamental para descobrir o prazer que um livro proporciona. Com o tempo e a maturidade acadêmica, ficou mais tranquilo, ao ponto de hoje estar tentando escrever meus próprios artigos. Meus colegas sempre relataram a mesma dificuldade, mas percebo em muitos deles a ausência do hábito de leitura anterior ao curso, o que porém atribuem à falta de tempo, mas como geração Z que somos, pode ser repensado, afinal é mais fácil passarmos 30 minutos rolando entre reels no Instagram, do que lendo 1 capítulo de livro- por sinal, eu mesma nesse momento, apesar de em outra rede social, estou fugindo do livro para me permitir uma procrastinação "produtiva", assistindo vídeos que me levam a pensar, como este seu.
E quanto a pergunta depende de quem é seu interlocutor. Polidez onde é necessário, relaxamento onde não causa nenhum estrago 😊
Confesso que tenho TOC com quem escreve errado, me seguro pra não corrigir! 🤭Mas dá uma vontade! Hahaha
😌
✨️
🫂
Sugiro que procure a diferença entre letramento e literacia. 😊
Caramba, Fernanda. Vim parar nesse artigo aqui ip.rec.br/blog/letramento-ou-literacia-o-efeito-politico-de-chamar-as-coisas-pelo-seu-nome/
E amei!
Eu nunca tinha ouvido falar dessa tensão política entre os usos de um e outro, mas faz muito sentido.
Vou buscar mais algumas referências e ver se consigo fazer um vídeo não tão complicado sobre isso.
Muito, muito obrigado por comentar.
Um abraço!
Na escola eu tinha aulas de Português e Letramento
Caraca, que legal!
Como eram essas aulas de letramento, Fernanda?
Agora fiquei curioso aqui.
Ter essas noções fundamentais sobre o funcionamento da própria língua não só te arma com várias técnicas de expressão para tornar suas ideias em coisas objetivas, como também te ajuda a analisar os textos alheios e identificar novas formas de expressão e novas ideias que você nem sabia que eram possíveis de serem expressas ou que mesmo existiam dentro de você.
100% Stephanie!
É um daqueles casos em vale o clichê do "conhecimento é poder" haha
Não só te mune de ferramentas pra se defender, como também te dá os meios de conseguir entender o outro.
Muito obrigado pelo comentário.
Um abraço!
Opa, tudo bem? Atualmente eu estou no quarto semestre de Letra, mas percebo que tenho uma grande dificuldade em escrever bons textos(sobre qualquer assunto, não somente acadêmicos). Seria de grande ajuda se você, um escritor, talvez fizesse algum conteúdo nos dando algumas dicas. Forte abraço! Adoro seus vídeos.
Valeu, João!
Confesso que tô pensando nisso, mas voltado pra uma fala do "Lucas revisor".
Acho que falar de escrita "como escritor", no meu caso, pode gerar uma rusga desnecessária, porque eu sou preguiçoso e só publiquei meus textos quando me convidaram ou em coisa de concursos literários, aí me faltam umas "instâncias de legitimação" #termosacadêmicos haha
Sem contar que acho que posso ajudar mais com conceitos gerais de escrita.
Vou ver se bolo alguma coisa aqui, começar com escrita enfática e talvez até analisar um pouco a escrita de alguns autores que já trouxe no canal.
Fazer uma votação na comunidade do canal pra escolher por onde começar.
Muito obrigado pelo carinho e pela ideia!
Um abraço!
Enquanto não resolver as questões sociais não teremos nenhum avanço nos índices educacionais.
Pois é, Thiago.
Por enquanto, toda solução é paliativa.
Muito obrigado por comentar.
Um abraço!
Me inscrevi, gostei dos vídeos que vi, sou professora do ensino fundamental 1, esse ano leciono 2° e 5° ano. Morrerei tentando rsrsrs aprender e ensinar.
Vou te mandando energias positivas, então, Andréa! É graças a pessoas como você que a educação respira.
Força por aí.
Um abraço!
Obrigado por compartilhar, Lucas!
Bom final de semana!
Abraço!
Como sempre, eu que agradeço, Eduardo!
Fim de semana de gravações aqui, os comentários me dão força pra gravar haha
Um abraço!
@@AlgumLucas É um prazer, Lucas! Ótimo dia de trabalho!
Excelente vídeo! Acredito que a escrita irá depender do nicho desejado.
Obrigado, Gabriel!
Tenho dias em que pendo mais pra um lado que o outro, mas, na média, tô contigo nessa 🤣
Um abraço!
Um absurdo é o BNCC junto com vestibular, acaba atolando os alunos de conteúdo para passar no vestibular.(Não vou falar da reserva de mercado forçada de cursinho pré vestibular). Minha sugestão seria cortar os 3 últimos anos BNCC junto com a cobrança desses conteúdos no vestibular, com esses professores disponíveis, reforçar Português,Matemática, inglês, Finanças, direitos sociais, política e programação.Geral uma solução utópica reconheço 😅
LUCAS, VOCÊ É UM ARTISTA NAS LETRAS
Muito obrigado, Karlla!
Nesses vídeos tô tentando usar menos minha "licença poética" pra evitar brigas nos comentários, mas é bom saber que estão indo bem haha
Um abraço!
@@AlgumLucasVOCÊ REALMENTE É UM ARTISTA NAS LETRAS. TODOS OS CURSOS SUPERIORES ESTÁ RELACIONADA A ARTE.
@@AlgumLucasComo assim o pessoal briga nos comentários?? Você é super amigável e o mais justo possível!! Eu hein!!
Adorei o vídeo! E sobre gostar de usar palavras novas… depois que eu conheci a palavra “insípido”, tudo virou insípido, não porque o mundo tinha ficado chato, mas porque eu queria muito usar de novo esse termo, aproveitar essa novidade. Mas eu dificilmente uso palavras incomuns no meu dia a dia também, é mais quando escrevo 😅
Conheço muito bem essa sensação, Kamilli!
Até hoje passo raiva de não ter motivos pra usar "recapeamento", o verbo mais nichado de todos, que basicamente só serve pra falar de renovação da camada de asfalto 🤣
Um abraço!
Muito interessante o vídeo, Lucas.
Ele esbarra em questões que muito me incomodam há bastante tempo. Eu me atreverei a dizer algumas palavras aqui sobre isso.
Eu sempre fui um indivíduo um tanto prolixo. Sempre tive muitas dificuldades na hora de comprimir mais os textos, sobretudo quando se trata de um assunto pelo qual eu nutro algum nível maior de respeito, carinho ou prazer. Sempre fui criticado por isso, mas também procuro me lembrar do fato de que, se houver espaço para isso e se as regras permitirem, eu tenho o direito exercer a minha liberdade em meus textos, o que inclui poder adotar uma abordagem menos concisa.
Agora, a meu ver, o problema atual relacionado à prolixidade com o qual eu me esbarro com certa frequência é o de que, sobretudo via Internet, uma parcela muito grande do público passou a utilizar o termo "textão" para se referir a textos que, francamente, não me parecem sequer chegar perto de serem considerados longos. É uma questão altamente subjetiva, mas me soa um tanto preocupante. Como um texto com 20 palavras seria um "textão", por exemplo? E não me parece ser uma questão que afeta apenas nossos jovens; vejo isso entre pessoas mais velhas também; e, mais do que isso, vejo uma versão disso entre estrangeiros também, como no caso do "TL; DR", com o qual você talvez já tenha se deparado por diversas vezes via Internet. Eu me lembro de que, muitos anos atrás, diversas pessoas alertavam sobre "a geração dos 140 caracteres".
Outro ponto é o da flexibilidade do rigor quantos às normas na comunicação. Acho que aqui há muitos pontos delicados. Por exemplo, um dos pontos é a alegação de que a língua é viva e, portanto, deveríamos aceitar que ela passe por transformações. Outro ponto é o de que, apesar de a língua poder passar por mudanças, tais mudanças deveriam ocorrer suavemente e organicamente ao longo do tempo. Um outro ponto é o de que a língua falada não deveria ser sufocada pelos rigores da língua escrita. Mais um outro ponto é o de que, a partir de um ponto de vista estritamente utilitarista e imediatista, o que importa é que o receptor consiga receber e compreender o teor da informação contida na mensagem enviada pelo emissor, mesmo que, para isso, tenha sido necessário adotar formas adaptadas da língua, que talvez sequer existam formalmente. Um outro ponto com o qual também me deparo vez ou outra é o de que, conforme o tempo passa, determinadas regras e determinados costumes linguísticos tendem a simplesmente cair em desuso, fazendo com que as pessoas se esqueçam ou, dependendo do caso, sequer saibam de sua existência, podendo fazer até com que haja estranhamentos que dificultem muito a comunicação, o que seria o oposto ao desejável e, portanto, em casos assim, adaptações que possam ser consideradas quebras de regras sejam vistas como soluções adequadas. E esses são apenas alguns dos pontos.
Sobre o preconceito linguístico, eu entendo que ele exista e entendo que seja um problema a ser trabalhado. Penso, no entanto, que ele é um problema bidirecional, assim como, por exemplo, o etarismo. No caso do etarismo, tanto observamos pessoas mais jovens sendo preconceituosas com pessoas mais idosas quanto observamos pessoas mais idosas sendo preconceituosas com pessoas mais jovens. É um problema que pode afetar de A para B, mas também de B para A. O caso do preconceito linguístico me parece similar. Da mesma forma que vejo o elitismo e a soberba dos que se nutrem de erudição e maltratam os que têm dificuldades para decodificar essas mensagens propositadamente encriptadas, eu também vejo pessoas que só estão fazendo um uso natural, orgânico e nem um pouco pedante de recursos linguísticos totalmente corriqueiros sendo atacadas e humilhadas por aqueles que querem fazer uso de recursos de comunicação distintos, como o de um apelo extremado à concisão, o de um uso de Memes ou Emojis, ou mesmo o de um uso de versões propositadamente enxuto de palavras, criando uma espécie de mapeamento de termos de forma reduzida a uma sigla ou a um novo termo que comprima os termos originais. Entre as hostilidades, só para exemplificar aqui, vejo até o Meme "fala português alienígena" [sic].
Contudo, algo que sempre considero importante é a intenção. A meu ver, na comunicação, ao contrário do que vejo muitos defenderem, tanto o escritor quanto o leitor são agentes ativos, assim como tanto o orador quanto o ouvinte são agentes ativos. Penso dessa forma porque, a meu ver, há na leitura e na escuta um exercício de interpretação, que não é meramente inconsciente. É possível, consciemente, escolher por qual caminho seguir na hora de tentar entender o que o autor do texto, escrito ou falado, almejava ao sintetizar suas ideias. Vejo aí a importância da hermenêutica, por exemplo. Uma pessoa mal-intencionada, ao ouvir ou ao ler um discurso, poderia efetuar uma série de malabarismos interpretativos de modo a conduzir (ativamente) o resultado dessa sua tarefa de decodificação das ideias codificadas na forma de palavras, criando toda uma narrativa que lhe fosse conveniente.
Mas eu não sou um especialista no assunto. Minha área de formação nem mesmo é próxima a essa. Trabalho com tópicos que pouco ou nada têm a ver com isso. Por isso, posso ter cometido uma miríade de erros nas ideias expostas.
Ainda assim, ficam aí algumas de minhas ideias - que podem muito bem mudar em algum dia.
Abraço
Eu sou do time textão também, Tito.
(e acabei de descobrir o meme do "fala português, alienígena", ri sozinho aqui 🤣)
Sobre adequação, emojis e etarismo: venho pensando bastante sobre isso, especialmente devido ao youtube.
Eu não costumava usar emojis, até porque não uso nenhuma rede, então foi só no trabalho e aqui que comecei pegar essas nuances. Eu sempre escrevi "haha", mas pra algumas gerações - acima e abaixo da minha - vi que isso pode soar como irônico se vem sozinho.
É um aprendizado e é o clichê da língua viva.
Acho que se comentário expôs a minha própria abordagem, que eu acabei de descobrir: acho que dividi o que é "minha arte" e o que são as minhas tentativas de comunicar. Em uma, sou convidativo, na "arte", total e completamente egoísta, quem quiser que leia hahaha
Vou pensar mais sobre isso.
Muito obrigado por sempre elaborar as discussões nos comentários, Tito!
Um abraço!
Irei trocar os quatro porquês por "pq". Hi hi, levei vantagi.
🤯🤯🤯
Eu tenho para mim que a leitura está fundamentada na atenção. Atenção é um músculo como qualquer outro. Ele se fadiga quando é posto em exercício por muito tempo, mas também se fortalece com isso. Então, acredito que os brasileros não foram ensinados a encarar a leitura como uma atividade lúdica, a qual se precisa de um investimento de tempo e interesse. Tempo todos têm, pois se costumar investir (não perder) horas e horas no Instagram, Ttk, etc... Também tem o fato de que leitura não é uma atividade muito popular, no sentido de que ninguém vai te admirar por ler um livro difícil e o expor; não da mesma forma com o cara que levanta 30kg no supino, vai na academia 6x na semana ou até mesmo conhece tudo sobre um determinada série de streaming. Leitura é uma atividade solitária em si mesma.
Tanto concordo, que criei um canal pra que a gente que gosta de ler possa "ficar sozinhos juntos" 🤣 #clichêsdeumsábadoàtarde
Mas brincadeiras à parte, assisti a alguns vídeos de "leitura" em formato shorts recentemente, e foram tantas mudanças de câmera, efeitos sonoros e efeitos de edição em tão poucos segundos que, quando acabou, coisa de 30s, não me lembrava do que se tratava o bendito do vídeo.
Essa questão de vídeos curtos é um fenômeno que eu não tenho a mínima ideia de como combater, não sei se é um caminho com volta.
Muito obrigado por sempre participar da discussão nos comentários, Raphael.
Um abraço!
Vídeo interessante. Trouxe bons pontos.
Que livro verde é esse escrito na lombada Teoria da Literatura?
É o "Teoria da Literatura", do Vitor Manuel de Aguiar e Silva.
Antiquíssimo, década de 70, mas tenho um apego a ele, porque foi da minha mãe quando ela fez um semestre de Letras, e acabou desistindo pra ir trabalhar.
Ele tem alguns capítulos interessantes, sobre funções da literatura e criação poética, mas não sei se chega a ser uma super pérola.
Um abraço!
Olá! Jovem mestre Algum Lucas. Seu conteúdo é excelente e muito valioso. Sucesso nesta empreitada difícil. Gostaria de dizer que o áudio do seu vídeo está um pouco baixo; mas entre tanto, porem toda via, isso não diminui a qualidade do conteúdo.
Muito obrigado, Clemilton!
Cara, e o pior é que era pra disfarçar uma obra do lado de casa, mas talvez era melhor ter deixado passar um barulho ou outro do que ter descido tanto a captação 🥲
Vivendo e aprendendo haha
Muito obrigado por comentar!
Um abraço!
Excelente!
Muitos são os pontos que o colega chama atenção em torno da temática letramento. Vou me ater apenas ao último ponto. Já fui muito acusado de ser arrogante, quando, imagino, a pessoa queria dizer pedante. Seja arrogante ou pedante o sentido desejado, a meu ver, aqui é existe um probleminha. Uma pessoa é arrogante por fazer uma citação e, em seguida, a referência? Acusar o outro de arrogante, nesse contexto, não denota certo antiintelectualismo? Aliás, arrogante não é quem chama o outro de arrogante (lembro da cena de diálogo entre a personagem Grace e pai no filme Dogville)? Digamos que estejamos falando da aplicação correta da palavra, e o acusador dissesse: você é um pedante por fazer citação e referência de textos, filmes e músicas. Nesse caso, a acusação de pedante tem que ser necessariamente negativa? Ou seja, devemos encarar essa postura, fazer citação e referência, como abominável, chata, inadequada? Ora, com essa postura não estamos alimentando um mundo de não leitores e um antiintelectualismo terrível? Ou estamos negativando as palavras arrogante e pedante por conta das pessoas que exageram ao demonstrar bagagem cultural (livros, artes, música e afins)? Deve-se ter o cuidado em não irritar as pessoas com citação e referência em demasia? Penso que cada contexto estabelece o limite. Lembro de um dia assistir a algumas palestras e entrevistas do professor Paulo Arantes. A envergadura intelectual do filósofo Paulo é inequívoca. Mas, em dessas entrevistas, ele fez umas duas citações e as referenciou; em seguida, ele pediu desculpas. Fiquei algum tempo pensando na postura dele.
Longe de estar aqui sugerindo o certo ou o errado, mas vejo como uma face do problema letramento.
Muito bom ponto, Airton!
Eu até pensei em trazer esse ano um vídeo sobre antiintelectualismo, mas em tempos de eleição com coach e figuras polêmicas mundo afora, achei melhor fazer em 2025 haha
Um abraço!
(Anedota sobre Dogville: nunca consegui assistir até o final, o filme me deixa muito mal, eu tentei 2 vezes e realmente desisti 🥲)
@@AlgumLucas Toda a obra do diretor Lars von Trier me encanta; e o filme Dogville me deixa em transe. Gosto muito das obras dele. E se Dogville te deixa mal, imagino que Baixio das bestas, de Cláudio Assis te deixa ainda muito mais mal (se não viu esse filme ainda, corra dele; talvez não seja o tipo para você) Eu sou fã do diretor Cláudio Assis. Pra mim, ele o Lars von Trier brasileiro.
Tranquilo, fugir de polêmicas quase sempre faz muito bem. Abração!
Nossa, Lucas, acho muito triste você ter de se explicar tanto a respeito dos seus pensamentos, opiniões e das matérias. É o que você falou, isso é um grande problema sobre esse assunto, letramento, bem como educação - já que não há respeito, empatia, por parte das pessoas que, ao verem algo do qual não concordam, simplesmente atacam, com palavras pesadas, cruéis, ao invés de exporem respeitosamente o que pensam e criar uma discussão legal. Muuuuuito interessante seus vídeos!
Já tinha visto algo sobre a defasagem do Brasil com relação aos demais países sobre a aprendizagem dos nossos alunos... Assisti a vídeos com o prof Pierluigi - e olha que ele traz dados antigos, de anos e anos atrás. Triste saber que continuamos tão mal assim...
Parabéns por trazer esse tipo de conteúdo/discussão aqui 👏🏽👏🏽👏🏽
Muito obrigado, Vivi!
Um abraço!
Lucas, como professor de língua portuguesa, sofro pra colocar na cabeça dos alunos esse conceito básico de letramento. Esse tema tem que fazer do currículo do ensino básico. Parabéns pelo vídeo.
Muito obrigado, Marcos!
Eu inclusive acabei de aprender nos comentários que ainda existe uma batalha entre o o uso de "letramento" e "literacia". É bem interessante, talvez eu faça um vídeo sobre.
ip.rec.br/blog/letramento-ou-literacia-o-efeito-politico-de-chamar-as-coisas-pelo-seu-nome/
Um abraço!
@@AlgumLucas li, há algum tempo, uma entrevista com o professor e pesquisador Clecio Bunzen(UFPE) no site Saberes e Práticas, de 09.12.2019, em que ele responde a respeito de diferenças e semelhanças entre os dois termos, inclusive criticando. Muito esclarecedor e interessante. Um vídeo faria acrescer mais debate sobre um tema tão importante. Abraços, Lucas.
Também tem a questão, como ensinar a ler? A gostar de ler? Ensinar Literatura? Não é como o ensino da matemática, a qual é feita através de explicações teórica e mais ainda a aplicação da prática. Não sei se o modelo atual de ensino permite ensinar Literatura. Como ensinar Homero no ensino médio? Machado de Assis? Ou os russos, ingleses ou asiáticos? Tenho a opinião de que talvez fosse melhor apresentar primeiro boas obras de ficção - seja científica, fantástica, policial - e posteriormente obras mais """"sérias"""". Porém, no modelo atual não permite isso. Afinal, tem o Enem. Toda nossa tragetória do ensino é focada no Enem, o que mina qualquer tipo de iniciativa ou inovação. Tudo aqui é burocrático e engessado.
"Como ensinar Homero no Ensino Médio?" Pra mim, a resposta é: não ensine haha
Concordo que um trabalho de encanto e criação de hábito é muito mais importante na adolescência do que meramente ensinar os clássicos "na marra".
Comece não dando lixo moderno. Trabalhar com os clássicos e sempre com textos literários. Do mais simples ao mais complexo. Hoje, boa parte da carga horária de português é composta por ensinar textos simples, como artigo de jornal ou científico, receitas e tirinhas da Mafalda. Se você sabe ler Camões, saberá ler quase qualquer coisa escrita em português. Não precisa saber escrever ou ler uma receita. Um artigo científico tem suas especificações, mas é inútil na escola.
No geral, sou do time que prefere o correto, só que alguns usos soam como pedantismo. Tipo o uso da segunda pessoa. Fica completamente artificial. É diferente do uso de alguma palavra específica ou de alguma norma gramatical que costumamos errar. Sobre o letramento, já li diversos trabalhos universitários de conclusão de curso, seja de graduação ou de pós-graduação, vergonhosos. Isso em curso presencial de universidade federal. Com problemas básicos, tipo parágrafo sem estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão de uma ideia. Num contexto profissional, acho difícil quem escreve assim ter credibilidade. Agora, se as pessoas já tem essa dificuldade na língua materna, como vão escrever trabalhos em outra língua? Acredito que seja necessária alguma disciplina obrigatória de produção escrita para todos os cursos pq depois fica feio até para a própria instituição de ensino.
Cara, isso é real DEMAIS, Leonardo.
Fora situações que já rolaram no trabalho, me lembro de quando lidava com textos acadêmicos (e acho que até mostrei as IAs de artigo em outro vídeo), era assustadora a quantidade de trabalho que eu tinha pra tornar o texto legível. Muita gente pensa na revisão como um trabalho ortográfico, mas antes fosse. Mal dava pra entender os resumos e, como você apontou, muito menos o abstract.
Uma birra que tenho com isso são as provas de proficiência em 2 idiomas pra doutorado, por exemplo. Que todo mundo passa, mas coloca nos linkedins da vida que "lê pouco, fala razoavelmente".
Proficiência "pra inglês ver", o que é uma pena, porque sei que, nos problemas que temos atualmente, esse nem sequer chega perto dos prioritários.
Muito obrigado por comentar!
Um abraço!
@@AlgumLucas sim, são problemas de base msm. Independe da língua. Até pq um trabalho de conclusão de curso na minha área é um texto engessado. Não é questão de estilo e criatividade. É fazer parágrafos grandes deixando tudo claro! Agora, sobre a correção, às vezes me dava vontade de chorar msm. Se a qualidade do texto está muito ruim, não adianta só mudar uma coisa ou outra. Dá vontade apagar tudo e reescrever, só que isso também é fazer o trabalho dos outros... Fora que me sentia até desconfortável em fazer isso.
Melhor ser pedante e não escrever errado . Para adultos , crianças pequenas é diferente
Você não acha que na formação dos professores, independente da área, eles deveriam ser aptos a interpretar esses gráficos? Bacharéis e Licenciados não deveriam ter repertório para ler e interpretar produções acadêmicas? Hoje está tudo tão disponível de forma legal ou não para estudar...
Tenta manter o microfone mais próximo da sua boca.
Tô vacilando demais no áudio, né? 😓
Vou voltar a caprichar.
Muito obrigado por comentar.
Um abraço!
Primeiro: não sei o que aconteceu em outro vídeo mas achei engraçado seu trauma de ser mal interpretado
segundo: pelo que li a pesquisa começou em 2020 em outros países mas só foi aplicada no Brasil no final de 2021, levando em consideração que o lockdown começou mais ou menos em abril de 2020, os alunos já estavam a quase dois anos sem aulas quando participaram da pesquisa. Acho que isso realmente influenciou.
terceiro (e completando o segundo): Na pesquisa, que eu não li, só passei o olho, tem alguns dados sobre uma disparidade de médias entre estudantes de ensino publico e privado. Isso é o que mais me entristece, cresci pobre e estudei a vida toda em escolas públicas horrorosas, e entendo muito bem a falta de acesso não somente a livros, mas a internet, a bibliotecas e outros tipos de entretenimento que poderiam auxiliar no "letramento"
pra ajudar o português é difícil de aprender.
Muito obrigado por comentar, Lele!
Não é que eu traumatizei, mas se você passar o olho nos comentários do vídeo do Apagão das licenciaturas, vai ficar BEM claro qual bolha ele furou 🤣
E eu nem tinha me ligado nisso, geralmente processo que "a pandemia acabou em 2021", mas foi só pro final. São tempos nebulosos na minha memória, tudo fica misturado.
Sobre o abismo entre ensino público e privado, somos o campeão em disparidade, quanto mais um piora, mais o outro melhora, e em alguns vídeos a gente consegue perceber até pelos comentários como isso altera as perspectivas em alguns temas.
Um abraço!
Cérebros digitais! A cada dia que passa a humanidade perde a sua originalidade e independência cognitiva.
Tragico !
Pois é, Ricardo, e as perspectivas não são muito animadoras também.
Muito obrigado por comentar.
Um abraço!
Melhor garantir o português correto e parecer pedante.
Gostei da convicção que o ponto-final passou ali haha
Um abraço, Sensui!