A ABERTURA DA NOVELA JOGO DO AMOR (SBT-1985)

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  • Опубликовано: 16 сен 2024
  • Jogo do Amor veio em um momento muito interessante da dramaturgia do SBT, que viu empolgada a boa repercussão da antecessora “Meus Filhos, Minha Vida”. Como toda “animação” do tipo por parte da emissora, Jogo do Amor mereceu investimentos acima das anteriores, inclusive na escalação de elenco.
    Até 1985, as novelas curtas exibidas pelo SBT, a imensa maioria delas dramalhações adaptados da obra de Marisa Garrido, traziam uma grande repetição de elenco. Em Jogo do Amor, buscou-se totalmente o contrário. Uma novela nacional, com elenco renovado e que saísse da linha do dramalhão.
    Foi então que o SBT conseguiu juntar Rosamaria Murtinho, Monique Lafond, Jonas Mello, Kito Junqueira, Ilka Soares, Célia Helena, Berta Zemmel e claro, ele, Jorge Dória. A novela foi escrita por Aziz Bajur (que já havia trabalho em alguns “Caso Verdade”, da Rede Globo e em adaptações de textos mexicanos no SBT), com direção-geral do saudoso Antonino Seabra e supervisão de Crayton Sarzy.
    Para reunir esse elenco, dizia Luciano Callegari, manda-chuva do SBT na época, mesmo com a predisposição em investir mais forte no setor, não foi fácil, mesmo cobrindo salário pago pela Globo. “A Globo detém 147 artistas sob contrato, mesmo que não estejam atuando. Para tirar alguns nomes de lá, foi um sacrifício, mesmo cobrindo o salário. De qualquer maneira, conseguimos abrir uma brecha, trouxemos pessoas que estão apostando em nós e nos dando a chance de mostrar que podemos fazer um bom trabalho”. Jorge Dória, portanto, ficou na história, com um dos primeiros globais a se arriscar no SBT (em 1984, ele fez Livre para Voar, na Globo).
    Callegari, à época, dizia que Jogo do Amor representava o fim de um ciclo no SBT, que só apostou nas adaptações mexicanas, de início, por falta de estrutura inicial dos estúdios da Vila Guilherme (nessa frase percebe-se a ironia do destino). “Meus Filhos, Minha Vida”, que já havia sido uma produção nacional trouxe esperança renovada a todos que o texto nacional tinha sim condições de vingar no SBT. A novela, inclusive, foi vendida para a Itália. E quando mexe no bolso, as coisas ficam muito mais fáceis de sair. Esse efeito pré-Jogo do Amor foi bastante benéfico nesse sentido.
    Detalhe que diversos setores do SBT começaram a se movimentar pró-dramaturgia. Haviam aqueles que já queriam o segundo horário de novelas com trama de época ou adaptações de clássicos, como “O Tronco do Ipê”, de José de Alencar. Outros queriam o fim do seriado Joana e trazer Regina Duarte para esse segundo horário de novelas, só que com produção independente.
    Era tudo muito novo. Comemorava-se que Jogo do Amor teria trilha sonora própria, vinhetas próprias, uma câmera a mais para externas. Crayton Sarzy negava que essa investida em qualidade em “Jogo do Amor” faria com que as novelas do SBT ficassem semelhantes às da Rede Globo: “Nossa linha é outra, nosso enfoque é outro. Quem quiser ver futilidade, liga na Globo, e quem quiser ver histórias que falem do dia a dia das pessoas, que lidem com a emoção, vai ligar na TVS. Nossa novela não tem nada a ver com a deles e isso não quer dizer que vamos atingir apenas a classe C. A classe A também tem coração, também se emociona”.
    #SBT #novela #teledramaturgia
    Post original do canal SBTpedia.
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