Que privilégio assistir uma aula como esta! Além de didático, o professor Robert de Brose traz reflexões muito pertinentes sobre a compreensão da literatura clássica em nosso tempo histórico.
Eu, como apaixonado pela lingua portuguesa (principalmente em sua forma mais classica), me apaixonei pela traduçao do Odorico Mendes, e estranhei quando li Homero nas traduçoes mais comuns. Realmente, a traduçao de Odorico é um tesouro escondido na literatura brasileira. Sua forma, arranjo textual que privilegia a maneira classica lusitana de escrever, sem tomar como base os galicismos e a maneira francesa de escrita, faz com que suas traduçoes pareçam mais ricas e detalhadas em suas formas, adornando ainda mais a historia que está narrando. Nao consigo expressar maiores palavras que possam descrever o tamanho da riqueza de suas traduçoes. Parabens pelo vídeo!
Eu gostaria de ter o poder de, apenas em palavras, expressar o quão agradecido estou por poder acessar este conteúdo, um trabalho de extrema habilidade e de profundo conhecimento. Na descrição outro modelo exemplar e ímpar de dedicação na montagem de um produto de excelência. Conheci o canal por pura sorte e fico imaginando que essa experiência é muito menos que um mero fruto do acaso e muito mais uma maneira dos deuses me agraciar. Talvez existam palavras para descrever minha admiração por este trabalho, contudo, na falta que tenho delas agora, resumirei num "muito obrigado, professor"! Já virei seguidor assíduo do canal.
Eita, só gente linda e querida no canal! Já expressaram o que penso sobre si e Odorico. Minha primeira incursão com Homero e Virgílio foi com ele. Desafiador e estimulante. E você, meu caro, é soberbo. Inquieta, provoca, desafia também. Bom vê-lo por aqui.
Obrigado!!! Eu não sou especialista em literatura, mas amo mitologia e decide buscar as fontes mais "originais", estou ficando apaixonado pela literatura grega e romana clássica.
Acabei de adquirir um exemplar da Ilíada, trad. de Odorico Mendes, revisão de Fernanda R. Braga Simon.Editora Princips, ed. 2020. Me causou estranheza e curiosidade, agora é pesquisar e aprender...Parabéns pela iniciativa, estamos no aguardo das próximas aulas.
Conheci o canal hoje. Já li as traduções de Carlos Alberto Nunes e Haroldo de Campos. Ouvi sua excelente leitura do primeiro canto na tradução de Manuel Odorico Mendes e gostei muito, embora talvez fosse melhor ouvi-la tendo o texto em mãos ou contar com uma legenda em algumas passagens. De qualquer forma, pretendo continuar ouvindo. Tenho uma pergunta: o que justifica a opção de alguns tradutores pelos nomes latinos dos deuses se a tradução é a partir do grego?
Nas minhas pesquisas em paratextos de tradutores de poemas latinos e gregos para o português no séc. XX, fiquei com a impressão de que, depois do Sílvio Romero, todo mundo queria dar mais um golpe no Odorico. Mas a passagem que me pareceu mais infame foi a J. B. Mello e Souza: "Enquanto nosso patrício Odorico Mendes assim se exauria para redigir aqueles imortais poemas em versos rudes, pesados, inteiramente destituídos de musicalidade, Leconte, exímio poeta francês, traduzia a obra de Homero em magnífica prosa, dúctil, fluente, cantante, que transmite a quem lê impressão muito próxima da que produzia o texto grego dos hexâmetros. Tais considerações justificam, à saciedade, a preferência dada, na elaboração do presente volume, às traduções em prosa [...]"
Sílvio Romero é o cara que detonou Machado de Assis. Só digo isso. E o Sálvio Nielkoetter tá coberto de razão qdo diz que o Antonio Cândido foi na onda dele por preguiça de pensar. Mas tenho me intetessado muito por esse negócio da influência francesa, do "se não for claro não é francês " na nossa crítica e literatura. Você tem fontes falando disso aí? Tive pensando mesmo em me aconselhar com vc!
Parabéns pela vídeo, sua erudição é enorme e ele se torna uma aula para aqueles que não mais tem condições de adentrar num curso de letras clássicas. A bem da verdade, as traduções de Odorico Mendes são muito difíceis para a nossa época, mas quem se obstina nela se enriquece de palavras. Prefiro a sua tradução para a Eneida, mas em relacão à Ilíada e à Odisseia, as de Carlos Alberto Nunes, as quais nem de longe considero prolixas e por demais prosáicas, como o Haroldo de Campos se referiu a elas. Apetecem-me todas as que conheci: Carlos Alberto, Odorico, Haroldo e Trajano Vieira. Seria bom que as comentasse depois num vídeo! Continue com o conteúdo e grande abraço!!!
Ola Robert. Conhece o trabalho da Cia Iliadahomero de Teatro, de Curitiba? A trupe dedica-se à oralização dos textos homéricos na tradução de Manoel Odorico Mendes. A primeira récita integral da Ilíada ocorreu na Mostra Oficial do Festival de Curitiba em 2016. Veja lá! iliadahomero.wordpress.com/
Que ótimo vídeo, Robert! Muito obrigado por ele e por todas essas referências! Com relação ao mito de que o quinto pé deveria ser obrigatoriamente dátilo, qual o seu fundamento? Por acaso esses 5% de espondeus nos quintos pés dos versos é consideravelmente inferior à porcentagem de espondeus nos outros pés?
Obrigado queridão! Sim, os espondeus são mais comuns em todas as outras posições. Historicamente, a coda do verso, nesse caso a porção depois da diérese bucólica, tende a preservar a cadência fundamental do ritmo, nesse caso _ v v _ _. Essa tendência no hex arcaico só é quebrada em casos, especiais, como por exemplo no v. 11, em que o poeta salienta que quem fora respeitado não era qualquer um, mas o.*sacerdote*: ārētērā. Algo similar aparece, p. ex, nesse verso das Metamorfoses (1.732): "Et gemitū et lacrimīs et luctisonо̄ mūgītū" É só com os helenísticos que a tendência do 5 pé ser dátilo se torna uma regra. O Korzeniewiski (Grieschiche Metrik) traz todas as estatísticas.
Professor, tudo bem? Uma pergunta: você poderia, por favor, indicar alguma bibliografia sobre essa língua inexistente de Homero? Essa aspecto de construto tirado da realidade, mas também dela distante pela elaboração poética. Muito obrigado!
Oi Filipe, tudo bem! Se você tiver acesso, dá uma olhada na Introdução da tradução da Ilíada do Christian Werner, onde ele aborda essa questao de maneira sinóptica. Tb valeria a pena ler o artigo da Luciene Lopes sobre o epíteto em Homero (www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=periodicos.ufes.br/contexto/article/download/6487/4738&ved=2ahUKEwjb0IrOq9frAhWzBtQKHdTgCsEQFjABegQIBRAB&usg=AOvVaw0YxaVwzD-HDAR4Ftrpbh3m). Além disso, se vc lê em inglês, eu recomendaria o livro do Richard Martin, The language of Heroes, disponível no site do CHS: nrs.harvard.edu/urn-3:hul.ebook:CHS_Martin.The_Language_of_Heroes.1989
@@RobertdeBrose Obrigado! Vou dar uma olhada em tudo. Perguntei porque a sua descrição me lembrou bastante o que diz o Dante no "De Vulgari Eloquentia" sobre a constituição da língua vernácula, tópico que tenho estudado. Mais uma vez: obrigado!
Para quem quiser escutar os cantos lidos por mim, disponibilizei-os no seguinte link: soundcloud.com/robert_de_brose/sets/a-iliada-de-odorico-mendes
Vídeo extraordinário e belíssima defesa da tradução de Odorico.
Que privilégio assistir uma aula como esta! Além de didático, o professor Robert de Brose traz reflexões muito pertinentes sobre a compreensão da literatura clássica em nosso tempo histórico.
Obrigado Kenia!
Eu, como apaixonado pela lingua portuguesa (principalmente em sua forma mais classica), me apaixonei pela traduçao do Odorico Mendes, e estranhei quando li Homero nas traduçoes mais comuns. Realmente, a traduçao de Odorico é um tesouro escondido na literatura brasileira. Sua forma, arranjo textual que privilegia a maneira classica lusitana de escrever, sem tomar como base os galicismos e a maneira francesa de escrita, faz com que suas traduçoes pareçam mais ricas e detalhadas em suas formas, adornando ainda mais a historia que está narrando. Nao consigo expressar maiores palavras que possam descrever o tamanho da riqueza de suas traduçoes.
Parabens pelo vídeo!
Eu gostaria de ter o poder de, apenas em palavras, expressar o quão agradecido estou por poder acessar este conteúdo, um trabalho de extrema habilidade e de profundo conhecimento. Na descrição outro modelo exemplar e ímpar de dedicação na montagem de um produto de excelência. Conheci o canal por pura sorte e fico imaginando que essa experiência é muito menos que um mero fruto do acaso e muito mais uma maneira dos deuses me agraciar. Talvez existam palavras para descrever minha admiração por este trabalho, contudo, na falta que tenho delas agora, resumirei num "muito obrigado, professor"! Já virei seguidor assíduo do canal.
@@alexandroleandrodacruz2357 poxa, Alexandro, obrigado por esse retorno tão gentil!
Nossa! Que maravilhoso!
Conteúdo excelente!
Excelente! Obrigado, Robert!
Obrigadp, Rafa
Excelente projeto! Muito obrigada pela ótima iniciativa e estimulante apresentação!
Obrigado querida Cecília!
Muito bom, parabéns!!!!!!!!!!!!!
Professor, o senhor é sem igual! Incrível mesmo! Obrigado por partilhar conosco seu conhecimento.
Obrigado Adílio, mas o crédito é todo de Homero! Fique ligado que já já tem o terceiro episódio sobre o Canto II! Grande abraço!
Interessante saber dessas coisas.
Que vídeo completíssimo! Gratidão!
Muito bom, continue.
Excelente iniciativa, Robert! Muito obrigada por partilhar esse material tão rico! Espero o próximo video!
Obrigado, Tati!
Muito bacana!
Obrigado Vitor!
Ansioso pelos próximos episódios. Ótimo vídeo.
Obrigado, Pedro!
Vou empreender a Íliada do Odorico com vc. Continue, por favor
Bora! Logo sai a segunda parte do 2o episódio!
Canal maravilhoso! Obrigado por esta iniciativa.
Obrigado Rodrigo! Se você puder compartilhar com seus amigos, vai ajudar muito o canal a crescer! Grande abraço!
Eita, só gente linda e querida no canal! Já expressaram o que penso sobre si e Odorico. Minha primeira incursão com Homero e Virgílio foi com ele. Desafiador e estimulante. E você, meu caro, é soberbo. Inquieta, provoca, desafia também. Bom vê-lo por aqui.
Excelente e muito didático. Meus parabéns, professor!
Obrigadp, Leonardo!
Obrigado!!! Eu não sou especialista em literatura, mas amo mitologia e decide buscar as fontes mais "originais", estou ficando apaixonado pela literatura grega e romana clássica.
Acabei de adquirir um exemplar da Ilíada, trad. de Odorico Mendes, revisão de Fernanda R. Braga Simon.Editora Princips, ed. 2020.
Me causou estranheza e curiosidade, agora é pesquisar e aprender...Parabéns pela iniciativa, estamos no aguardo das próximas aulas.
O que achou da Obra?
o que achou da obra?
Magnífico.
Sensacional, prof. Robert. Não o conhecia e fiquei encantado com sua aula e com a qualidade do conteúdo. Estou ansioso pelos próximos vídeos.
Obrigado, Robson!
Parabéns pelo seu canal.
Obrigado, Alexandre!
Uau! Muito bom! Parabéns. Já me inscrevi no canal. Muito obrigado pelo conteúdo oferecido
Obrigado, Marcelo!
Parabéns pela iniciativa, Prof. Robert 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Obrigado, Erimar!
Pessoal, não deixem de se inscrever no canal!
Conheci o canal hoje. Já li as traduções de Carlos Alberto Nunes e Haroldo de Campos. Ouvi sua excelente leitura do primeiro canto na tradução de Manuel Odorico Mendes e gostei muito, embora talvez fosse melhor ouvi-la tendo o texto em mãos ou contar com uma legenda em algumas passagens. De qualquer forma, pretendo continuar ouvindo. Tenho uma pergunta: o que justifica a opção de alguns tradutores pelos nomes latinos dos deuses se a tradução é a partir do grego?
Ah, acabo de ver que você fala sobre isso no segundo vídeo.
Ó sócios do Pelides, De quem sois recordai-vos, com façanhas!
Continua, de Jove aluno!
Nas minhas pesquisas em paratextos de tradutores de poemas latinos e gregos para o português no séc. XX, fiquei com a impressão de que, depois do Sílvio Romero, todo mundo queria dar mais um golpe no Odorico. Mas a passagem que me pareceu mais infame foi a J. B. Mello e Souza: "Enquanto nosso patrício Odorico Mendes assim se exauria para redigir aqueles imortais poemas em versos rudes, pesados, inteiramente destituídos de musicalidade, Leconte, exímio poeta francês, traduzia a obra de Homero em magnífica prosa, dúctil, fluente, cantante, que transmite a quem lê impressão muito próxima da que produzia o texto grego dos hexâmetros. Tais considerações justificam, à saciedade, a preferência dada, na elaboração do presente volume, às traduções em prosa [...]"
Sílvio Romero é o cara que detonou Machado de Assis. Só digo isso. E o Sálvio Nielkoetter tá coberto de razão qdo diz que o Antonio Cândido foi na onda dele por preguiça de pensar. Mas tenho me intetessado muito por esse negócio da influência francesa, do "se não for claro não é francês " na nossa crítica e literatura. Você tem fontes falando disso aí? Tive pensando mesmo em me aconselhar com vc!
@@RobertdeBrose, é bem isso msm! Vou te enviar um e-mail ;-)
Adorei a exposição, já me inscrevi na canal
você tem Canto III ?
Parabéns pela vídeo, sua erudição é enorme e ele se torna uma aula para aqueles que não mais tem condições de adentrar num curso de letras clássicas. A bem da verdade, as traduções de Odorico Mendes são muito difíceis para a nossa época, mas quem se obstina nela se enriquece de palavras. Prefiro a sua tradução para a Eneida, mas em relacão à Ilíada e à Odisseia, as de Carlos Alberto Nunes, as quais nem de longe considero prolixas e por demais prosáicas, como o Haroldo de Campos se referiu a elas. Apetecem-me todas as que conheci: Carlos Alberto, Odorico, Haroldo e Trajano Vieira. Seria bom que as comentasse depois num vídeo!
Continue com o conteúdo e grande abraço!!!
Show, querido! Como sempre.
Aguardando ansiosa o próximo capítulo... ;)
Cara lança mais vídeos por favor!!
Saiu um novo! Dá uma olhada na playlist!
Poxa, esperava que de fato ela fosse lida toda. O projeto continua?
Ola Robert. Conhece o trabalho da Cia Iliadahomero de Teatro, de Curitiba?
A trupe dedica-se à oralização dos textos homéricos na tradução de Manoel Odorico Mendes. A primeira récita integral da Ilíada ocorreu na Mostra Oficial do Festival de Curitiba em 2016.
Veja lá!
iliadahomero.wordpress.com/
Conheço sim! São sensacionais!
Que ótimo vídeo, Robert! Muito obrigado por ele e por todas essas referências! Com relação ao mito de que o quinto pé deveria ser obrigatoriamente dátilo, qual o seu fundamento? Por acaso esses 5% de espondeus nos quintos pés dos versos é consideravelmente inferior à porcentagem de espondeus nos outros pés?
Obrigado queridão! Sim, os espondeus são mais comuns em todas as outras posições. Historicamente, a coda do verso, nesse caso a porção depois da diérese bucólica, tende a preservar a cadência fundamental do ritmo, nesse caso _ v v _ _. Essa tendência no hex arcaico só é quebrada em casos, especiais, como por exemplo no v. 11, em que o poeta salienta que quem fora respeitado não era qualquer um, mas o.*sacerdote*: ārētērā. Algo similar aparece, p. ex, nesse verso das Metamorfoses (1.732):
"Et gemitū et lacrimīs et luctisonо̄ mūgītū"
É só com os helenísticos que a tendência do 5 pé ser dátilo se torna uma regra. O Korzeniewiski (Grieschiche Metrik) traz todas as estatísticas.
Eita! Maravilha!
Ouvi uma crítica à tradução de Trajano Vieira ou foi impressão minha? Excelente exposição.
Como pudera se não a li ainda? ;)
Maravilhoso, ótimos vídeos, Robert. Você vai continuar essa série?
Professor, tudo bem? Uma pergunta: você poderia, por favor, indicar alguma bibliografia sobre essa língua inexistente de Homero? Essa aspecto de construto tirado da realidade, mas também dela distante pela elaboração poética. Muito obrigado!
Oi Filipe, tudo bem! Se você tiver acesso, dá uma olhada na Introdução da tradução da Ilíada do Christian Werner, onde ele aborda essa questao de maneira sinóptica. Tb valeria a pena ler o artigo da Luciene Lopes sobre o epíteto em Homero (www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=periodicos.ufes.br/contexto/article/download/6487/4738&ved=2ahUKEwjb0IrOq9frAhWzBtQKHdTgCsEQFjABegQIBRAB&usg=AOvVaw0YxaVwzD-HDAR4Ftrpbh3m). Além disso, se vc lê em inglês, eu recomendaria o livro do Richard Martin, The language of Heroes, disponível no site do CHS: nrs.harvard.edu/urn-3:hul.ebook:CHS_Martin.The_Language_of_Heroes.1989
@@RobertdeBrose Obrigado! Vou dar uma olhada em tudo. Perguntei porque a sua descrição me lembrou bastante o que diz o Dante no "De Vulgari Eloquentia" sobre a constituição da língua vernácula, tópico que tenho estudado. Mais uma vez: obrigado!
Mais difícil que a ilíada do Odorico são as Geórgicas do Odorico; esse sim ė um texto do capiroto kkkk..