Researchers in Brazil deserve a lot | Vlog 020
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- Опубликовано: 23 авг 2024
- Gil do Vigor represented us very well when he spoke of the frustrations and struggles of being a researcher in Brazil, especially in recent years. So, with your help, I decided to make a video based on shared experiences, from the heart, because we cite data and news that informs about the chaos in Brazilian education, but they are the people behind it all and these experiences need to be known as well.
References and indications: teseonze.com.br...
Datasheet:
Conception, research, script, direction and production: Sabrina Fernandes
Administrative assistance and communication: Ioná Ricobello
Video editing: Vitor Ávila and Sabrina Fernandes
Interpreting in Libras: Gilberth Santos
Portuguese subtitles: Rojú Soares
English subtitles: Read Marxists
Entrei na graduação esse ano e meu sonho é ser pesquisadora. Esse vídeo dá uma angustia mas ao mesmo tempo renova as energias para lutar pela educação pública. Vc é inspiração, Sabrina!
É necessário lembrar sempre que o ambiente acadêmico foi criado pela e para as elites brasileiras. Quando nós (pobres) conseguimos ingressar nesses espacos criou-se a necessidade de exterminar as condições que nos permitiram chegar e permanecer por lá. A luta por esses direitos deve ser diária e constante, afinal de contas direitos não caem do céu, são frutos de lutas sociais.
Cara, é o que sempre digo para alguns amigos. Nós que somos pobres temos que se moldar muita para tentar conseguir algo que democraticamente é nosso, mas sabemos que ainda é um tanto quanto utópico.
Próximo ano vou fazer ENEM, pra valer. Não sei o que eu quero mas preciso ajudar meus pais, não quero ver eles morrerem de trabalhar e não vejo nenhuma perspectiva de mudança que não seja por meio dos estudos, mas o cenário em que o país se encontra me desanima e me faz perder as esperanças.
Uow!!! Bem observado ...👏👏👏👏
Sabrina, você é linda demais. Não tô falando fisicamente não, isso é muito óbvio. Tô falando do que você transmite pra gente, do seu trabalho, seu comprometimento. Te agradeço pela oportunidade de aprender com você. Eu imagino o quanto deve ser sofrido pra você realizar tantas atividades, com o corpo reclamando. Eu espero muito que sua saúde seja completamente estabelecida, que você não precise mais sentir tantas dores. São tempos muito difíceis e você enfrenta muita coisa pesada. Desculpa meter minha religião no meio (sou espírita), mas vou lembrar de você nas minhas preces pra que a espiritualidade superior te acompanhe sempre, direcionando sua intuição no que for bom pra você, que te dê forças e que te mantenha sempre em união e em paz em casa. 🙏🏾✨
Agradeço o carinho e a empatia, Lívia. E mais ainda agradeço por conseguir ver o que tá por trás desse trabalho, da seriedade com que faço e trago o conteúdo pra vocês 💛 💛 💛
Sou estudante de graduação da USP, vinda do fundão da ZL de São Paulo, de escola pública e meu sonho é seguir na pesquisa. Em 2019 minha então orientadora me ofereceu uma bolsa de Iniciação Científica para trabalhar num projeto temático da Fapesp, provavelmente a melhor bolsa de IC do país, fiquei muito animada com as perspectivas futuras, poderia parar de trabalhar e me dedicar apenas aos estudos e pesquisa. Mas primeiro eu deveria passar pelo crivo do processo seletivo da Fundação que exige, dentre outras coisas, ter excelência acadêmica. Mas como ter excelência acadêmica trabalhando de dia e estudando de noite, tendo tempo de estudar apenas aos finais de semana, e vindo da escola pública com bases muito frágeis principalmente no ensino de exatas? Apesar de manter uma média ponderada alta e nunca ter reprovado, não tive bons desempenhos nas disciplinas de exatas do meu curso, resultado, tive a bolsa negada por este motivo. Isso me fez perceber como a seleção de bolsas é injusta e elitista, e reforça uma estrutura que mantém privilégios e dificulta a mobilidade social dentro do meio acadêmico.
Meu trabalho de doutorado está atualmente concorrendo ao prêmio tese CAPES 2021. Tenho 12 artigos publicados em periódicos internacionais, todos com qualis A1, A2 ou B1 e... Zero perspectiva de futuro na profissão. Voltei a morar com os meus pais e to vivendo de mesada nesse momento. Yay! :(
Força.
😔😔😔😔
Isso me deixa muito triste :(
Que bosta, Miguel. Força pra você e boa sorte com o prêmio.
Qual sua área de pesquisa, Miguel? Vc recebia algum auxílio financeiro da CAPES durante o doutorado?
Minha bolsa acabou e a dissertação não. A única coisa q me faz ter força de vontade pra terminar é a perspectiva de me livrar disso e tentar seguir outro caminho. O mais triste disso tudo é q eu realmente gosto de fazer pesquisa, mas não vejo sentido em me manter num ambiente q me adoece 😔
Nunca nem vi a bolsa 😕
tirando a parte de ter bolsa... O resto ta tudo igual aqui. Mesmo sentimento
Vim de uma realidade que para ter a oportunidade de se candidatar a uma bolsa eu teria de me deslocar mais de 500km e disputar com mais de 100 interessados. Realidade dos interiores dos interiores do Brasil.
Eu tive a mesma experiência, mas não tenho tido muita sorte fora da academia, tenho entrado e saído de contratos mas nada que dure mais de 2 anos, mas vai dar tudo certo, um abraço!
Me vi em todos e cada um desses relatos. A sensação de que eu tô nadando, nadando e provavelmente vou morrer na praia.
Eu desisti da carreira de pesquisadora, pelo menos no Brasil. Estou juntando grana para poder fugir do país e tentar a vida no exterior. O sentimento que predomina é que joguei todos os meus anos de estudo no lixo e que todo essa caminho foi em vão. Sou da periferia de São Paulo e cresci ouvindo que a gente só é "alguém" quando estuda, agora que cheguei até aqui pelo estudo percebo que esse caminho foi em vão. Lido com a vontade de mudar o Brasil ao mesmo tempo que rezo pra não acordar de manhã... tá foda, eu só quero sumir e voltar só quando essa sensação de fracasso desaparecer. Ouvi de uma pessoa que somos a geração que se estudou para um país que não existe mais... essa é a mais pura verdade
Eu já desisti daqui, embora não tenha tomado nenhuma decisão (ainda). O mais difícil é ver que o mesmo povo que anos atrás dizia que "pobre tem que estudar" é o mesmo que hoje desdenha da ciência (sem querer generalizar, mas já generalizando).
Eu também desisti após o mestrado. Hoje, estou trabalhando em outra área, não achei que foi tempo perdido completamente. Mas se eu pudesse voltar no tempo teria feito outra graduação. Enfim, também se pudesse iria embora do país pra um em que pudesse ter qualidade de vida pois aqui é desgastante.
Seu relato é muito real e muito triste ao mesmo tempo, espero que as coisas melhorem nesse país. Se vc pudesse voltar no tempo o que teria feito?
Somos alguém desde que nascemos! O estudo acrescenta muito, é verdade.
Te desejo toda sorte, que você consiga ser pesquisadora no exterior! 💪🏻💪🏻👏🏻👏🏻
A última frase é muito real. É assim q eu vejo o Brasil hoje. Queria me preparar para ingressar no doutorado, mas aí eu me pergunto, pra quê????
Chorei com os relatos. Estar na graduação e se sentir totalmente desiludido com o campo acadêmico, mas ao mesmo tempo ver que é isso que você quer é adoecedor. O Brasil, para além de milhares de vidas, matou sonhos, princípios e talentos.
Tive que pausar o vídeo para não chorar, defendo meu mestrado daqui 10 dias. Sinto ser um completo fracasso em tudo, descobri uma doença muito seria nos olhos e precisei operar durante a pandemia, isso afetou demais meu rendimento acadêmico.
Lucas, força! Você brilhará em sua defesa.💟
Desejo melhoras, Lucas
Forças, Lucas! Dará tudo certo na sua defesa! Que as melhores energias estejam com você. 💛
Lucas, você conseguiu muito. Muito difícil ser um fracasso com um mestrado feito! Boa sorte na defesa! Você é importante, como cada cientista e pesquisador é.
Lucas, espero que esteja recuperado da saúde. Desejo uma ótima defesa!
Sabrina, Sempre gosto muito de te ver e ouvir. Estou no meu primeiro ano do mestrado em Artes e, depois de festejar no primeiro dia que soube da notícia, parei pra pensar: "o que é estudar artes no brasil?" Estou nas três pastas mais desvalorizadas: Educação, Cultura e Ciência... Sigamos! Força a todos nós.
Não sou pesquisador. Mas gente, fiquei muito Bad. E também sem perspectiva de futuro, porque a gente precisa de pesquisa para tudo. O que vai ser da gente com todos esses muros para quem quer entregar esse trabalho que é tão importante?
Deu vontade de abraçar todos das mensagens.
Eu nem sei direito como reagir a isso. Sou estudante de Psicología na UFPE e não faço pesquisa, não por não querer, porque eu quero muito isso, mas com a falta de tempo dos professores e de bolsas é algo que se torna quase impossível de realizar. Cada vez que penso na carreira acadêmica sempre tenho que pensar em outras coisas, e a principal delas é viver com uma renda mínima que me permita viver mesmo... Às vezes falta esperança.
E viva a ciência, necessária sempre e é uma luta sacerdotal... Obrigado pelo desabafo do seu vídeo, me preencheu!!!✊🏽✊🏽✊🏽🌹🌺
Sabrina, não ter acompanhado o bbb fez bem a sua saúde.
Força a todos os pesquisadores! Parabéns pelo trabalho!!
Nem sei o que comentar, é tudo muito triste. Obrigado a todos pesquisadores que continuam fazendo pesquisa, apesar de tudo.
Estou no final da graduação em ciências sociais, fui bolsista de pesquisa, logo, desempregada porque vc não pode trabalhar e ganhar a incrível bolsa de R$ 400,00... O que já é ridículo. Veio a pandemia e tchau tchau bolsa. Me deixaram na mão. Eu, que tinha/tenho vontade de seguir carreira acadêmica, decidi parar de seguir esse caminho. Sai da pesquisa, mal tava estudando direito. Veio a época do TCC e voltei a escrever sobre o que me interesso demais e a vontade voltou. Fico pensando: será que eu tô louca de querer me enfiar em um caminho que todo mundo fala que é horrível? Ainda não tenho essa resposta mas decidi tentar, por desencargo de consciência. Se vai dar certo eu não sei, mas ainda tenho um pingo de esperança pra tentar. Vamos ver o que vai dar. Solidariedade a todos os pesquisadores desse país.
Sou estudante de biologia com o sonho de ser pesquisador, e a realidade desse trabalho me chocou muito quando entrei. Recebo uma bolsa de iniciação científica que não paga nem o aluguel de um quarto de república pra eu morar, já que na minha cidade não tem pesquisa. E sou só mais um em um milhão. Belo vídeo. Triste, comovente, mas necessário.
Sou estudante de Sociais no último ano em uma universidade federal e esse panorama afeta totalmente minha vontade de finalizar o curso. Vejo isso em muitos colegas também, que acabaram mudando de área ou ainda, na mesma situação que eu, só querem terminar mas já tentam projetar outros meios para se estabelecer. Quando iniciei a me mobilizar com um tema de pesquisa para TCC, iniciação nem passava pela minha cabeça a considerar o desprendimento que deveria ter para receber tão pouco. A pandemia tem afetado ainda mais, com tantas exigências e avalições que visam suprir a falta do presencial. Fui beneficiada por uma política de gestão petista e preciso me estabelecer profissionalmente diante de uma gestão neoliberal. Me pergunto lamentavelmente de que valeu então sonhar com o ingresso na universidade e mais ainda com as raras possibilidades de trabalhar efetivamente como pesquisadora. Que possamos sair desse ciclo tão desgastante. Forças a todos que investem tanto de si nesse meio.
Tão importante ter uma figura tão acessível quanto o Gil na TV e falando sobre a importância da pesquisa.
Eu só sei que como pesquisadora, nunca chorei tanto vendo um vídeo. Sem forças até para resistir. Obrigada Sabrina, por dar voz as nossas dores.
Força, Amanda! Vai dar certo!
Faço doutorado em educação, sou professora da rede pública, amo minha pesquisa, mas sempre me pego pensando pq estou fazendo isso? Onde isso vai me levar? Vale a pena investir tempo, mente, lágrimas a algo que não sei onde vai dar! É incrível perceber como as doenças mentais são recorrentes entre os alunos da pós-graduação
Qualquer impacto é impacto! Se você usa ciência e metodologia para aplicar e transformar, já te levou para algum lugar.
Também estou em um doutorado e nem mesmo aqui na prefeitura faz alguma diferença... bastante frustrante.
video da prof Sabrina p deixar o dia menos coisado. Amooo
Esses depoimentos me representam em muitos casos. A universidade foi o que me permitiu mudar de vida, mas a academia quebrou meu espírito de muitas maneiras. Eu acho lindo fazer pesquisa e as vezes tenho vontade de voltar, mas tenho a plena consciencia de que iria me fazer mal
Esse ano, com muita dor no coração, eu desisti de ser pesquisadora. Tenho uma filha de 5 anos e simplesmente não consegui mais ver perspectiva de futuro. Chorei do início ao fim desse vídeo.
Pois é, lutando aqui pra terminar o doutorado, sem bolsa e trabalhando e pensando que o futuro vai ser sombrio ainda...
Obg por estes depoimentos!
Fiz graduação, mestrado e doutorado em universidade pública, e vi as dificuldades das pessoas q precisavam de bolsa p concluírem s maiores dificuldades seu trabalho acadêmico. Eu me solidarizo c todas e com cd uma!
Cada comentário desse me representa e somando a isso o fato de ser uma mulher trans. Comecei o doutorado sem perspectiva de bolsa e de trabalho após formada. Realidade cruel e nefasta, assim como a política que cobre esse país.
Notificação de vídeo de Sabrina e Rita. Hj eu fecho a minha sexta com chave de ouro.
Só estou vendo o vídeo hoje. Estou chorando, porque a frustração que tem tomado conta de mim é a sensação mais potente que já senti em toda a minha vida. Estou há 11 anos na pesquisa científica. Hoje, faço pós-doutorado. Ouço sempre que tenho muita sorte porque sou professora substituta ganhando pouco mais de 40% do salário compatível com a minha formação. Eu nunca senti tanto medo na vida quando no doutorado, porque comecei em 2016, ano do golpe. Eu lembro de sentir náuseas o tempo todo, porque a bolsa era o meu salário e sem ela eu passaria fome. Hoje, eu trabalho, faço mil bicos, faço minha pesquisa, participo de coletivos feministas que fazem pesquisa. Minha tese é uma das concorrentes ao Prêmio CAPES de Tese. Mas eu estou absolutamente esgotada, porque nada faz sentido, porque não há perspectiva. Eu sei o que é a fome. Eu já passei toda sorte de humilhação na casa dos outros para conseguir estudar. Eu já fui doméstica, babá, manicure. Eu andava todos os dias 6 km para ir para minha universidade sob um sol escaldante no estado do Tocantins. Eu sinto muita raiva, porque eu e muitos como eu morremos na praia. Esse momento em que vivemos é perverso em todos os níveis. Quem tem a oportunidade de acompanhar a política de gestão da pós-graduação sabe que estamos descendo sem freio rumo ao sucateamento. Obrigada, Sabrina, por esse vídeo. Estou chorando muito, mas também me sinto acolhida pelas vozes de colegas que você mostrou.
Tá sendo tão difícil e...
"Onde ficam os nossos sonhos?!"
Vídeo extremamente necessário! Acho que poucos sabem (ou se importam) com as condições do pesquisador no nosso país. Passei pela iniciação científica e pelo mestrado, com apoio e privilégios completei essas etapas antes dos 25 anos, mas optei agora por um hiato até o doutorado (que penso em seguir fora do país), focando em pós-graduações lato sensu, que parecem fazer mais sentido para as empresas. Amo estudar, estou na terceira pós, mas lá no fundo há uma sensação de fracasso, porque por mais que tenha me dedicado todos esses anos aos estudos, ainda não tenho as condições financeiras que esperava. Outra questão importante é a falta de reconhecimento das pessoas que nos cercam, até mesmo as mais esclarecidas, que acham que um pesquisador não é um profissional de verdade. Vi muitos comentários de pessoas que sonham com a pesquisa, reitero que ela é muito gratificante, mas não dá pra negar que os percalços existem e muitas vezes nos esmagam. Sigo na esperança de dias melhores para a comunidade acadêmica e para o Brasil como um todo!
esse vídeo me pegou em um dia que estou extremamente pra baixo e desanimada. eu já nem sei mais exatamente pelo que! eu fiz iniciação científica na graduação e fiquei apaixonada por pesquisa, e pensei que com certeza faria mestrado. até comecei a assistir uma disciplina como aluna especial pra ir conhecendo o programa, e aí veio a pandemia e esse baque de realidade dos relatos do vídeo. eu tenho certeza que eu ainda vou fazer pesquisa, nem que for daqui 30 anos, mas eu VOU. lembrei de um primo que fez o ciências sem fronteiras, ele ficou dois anos na europa, bolsa super boa, até conseguiu comprar um notebook da apple... era meio que isso que eu estava esperando quando fosse a minha vez, sabe? mas enfim...
Como pesquisadora e que já passou por mestrado e doutorado, que desenvolveu uma doença autoimune nesse processo, só desejo força para quem está nesse caminho. Sou da área de psicologia do trabalho mas me coloco aqui disponível para acolher e auxiliar lendo os trabalhos para quem quiser conversar. Bjos a todos
Gostei muito do video. Eu fui a adolescente chata que lia carl sagan e sempre foi um sonho viver de pesquisa mas a realidade cobra bastante caro, ainda tenho esperanças de que as coisas vão melhorar, pq sem isso so me resta a apatia. Muito respeito a admiração a todos os pesquisadores brasileiros
Tive o desgosto de ouvir de um advogado recém formado, lá em 2019, que achava correto o desmonte na pesquisa, porque "não há pesquisa relevante que justifique mais investimentos"!!!!!!! Meu sangue ferveu, mas não tive tempo de responder!
Penso como seriam as respostas se fizesse essa pergunta há 10 anos atrás. Não era perfeito, mas tínhamos muito investimento e perspectivas. Em 2011 fiz intercambio na Argentina e percebi as diferenças, estávamos muito a frente em quantidade de bolsas que ajudaram a democratizar o acesso ao ensino superior público no Brasil. Hoje a maré virou e tá bem difícil de remar contra ela.
Eu passei pra faculdade esse ano e eu tava pesquisando sobre mestrado, doutorado e etc. Escolhi a minha área exatamente pra isso, ser pesquisadora. Sei que é difícil e espero até o final do vídeo encontrar alento pois sei o que me espera.
Sou pesquisadora na linha de Leituras Literárias com muito orgulho, sempre foi o meu sonho, e apesar de ter muitos privilégios como uma bolsa do CNPq, me sinto desgastada, agustiada, perdida. Dei duas aulas no Estágio Docência que me deram um fôlego de vida, os alunos da graduação também estão cansados, mas resistem. Vou continuar lutando com uma força e uma energia que muitos não possuem mais, rumo a uma educação transformadora e revolucionária. Eu acredito que dias melhores virão. Precisamos estender a mão aos colegas que estão nessa luta conosco, unir forças que por vezes já estão quase se esgotando e resistir. Terminei a aula semana passada dizendo isso à turma: estar aqui é um ato de resistência. Não contive a emoção no momento e os alunos me abraçaram (virtualmente). Força, meus companheiros!!
É galera, a desesperança tá reinando infelizmente 😞 Força pra todos nós!
Assistindo esse vídeo enquanto tomo uma Fluoxetina pra me ajudar a seguir "produtiva" em um mestrado onde não exergo mais perspectiva nenhuma. É isto Brasil.
Estou na mesma situação com exceção da Fluoxetina, mas que cogito diariamente haja visto a dificuldade e desespero que é ser mestrando no Brasil que frequentemente me trava de continuar produzindo. Um pesadelo. Força Carol e a todas e todos em situações análogas.
@@joaoboger Muito obrigada João. Força pra nós!
Fluoxetina me deixava com sono pesado. Não rendia nada nada nos estudos. 😞
@@fernandabarros9587 Sim! Comprimido antidepressivo é tipo "vc não vai se sentir angustiada se estiver dormindo" 😥 Mas aí como é q escreve a dissertação dormindo tbm? Kkkkkkk (rindo de nervoso)
Não perca a fé.
Foi um sufoco escrever, mas acho que as pessoas precisam saber das realidades. Eu, meus amiges, basicamente todos que me cercam estão abalados mentalmente, poucos ligam, tivemos que criar nossa própria rede de apoio. Forças para todes nós.
Dedo no like com vigor!
notificação de vídeo novo que melhora meu dia! obrigada pelo conteúdo, Sabrina 💕
Meus Deus, tão emocionante esse vídeo! Eu ainda não consegui entrar na universidade(to batendo na trave...) mas compartilho desse sonho em ser pesquisador. Vejo que a incerteza nessa país ja tomou conta de tudo e de todos, ainda nem entrei na universidade e não faço ideia se vou encontrar emprego depois, muito menos fazer pesquisa. Ser brasileiro é lutar, lutar pra tudo, isso cansa, e o único sentimento que vejo que pode nos mover agora é o ódio, o ódio de classe, o ódio politizado e organizado. Por isso é tão importante irmos para as manifestações, virar essa pais de cabeça pra baixo. Só uma resposta violenta, somente a violência revolucionária nos resta contra a violência empreendida pelo estado burguês, hoje fascista... Vamos lutar gente, vamos lutar não pelos nossos filhos não por um ''futuro melhor'' pois nem esse ''luxo'' temos direito, mas porque não temos escolha mesmo, pelas nossas vidas, pelo nosso presente, o que nos resta é lutar.
Enqnto enxugava aquí as lágrimas meu pensamento ia e vinha em:
J imaginou uma série *PRA QUE SERVE A CIÊNCIA?*
numa rede grande mesmo.... Falo par as pessoas em geral, para os muitos q nunca puderam estudar, que são a maioria ainda ano nosso país, creio eu.
Sabrina, esse vídeo foi muito pessoal! Meu pai e minha mãe são pesquisadores, ele em pedagogia e ela em bioquímica, trabalham na Universidade federal há mais de 20 anos. É muito vdd o que você fala, é uma área que sofre muito com as politicas neoliberais e também as vaidades da academia. Mas assim como o gil posso dizer que foi essa porta que mudou a vida deles. Sabrina, eu aprendo muito contigo, mal sabia o que era ecosocialismo, e a cada vídeo eu aprendo mais e mais, sua série da palestina é uma das minhas favoritas e digo que a não ser que você venha aqui em casa e bata nos pais vou continuar de apoiando, incluindo no apoia-se, é pouco o valor mas vale muito a pena pelo trabalho sensacional que você trás nas redes. Abraços!
Sabrina Fernandes e Rita Von Ruty postam vídeo no mesmo dia e na mesma hora, coincidência?! É claro. Você acha que as duas iriam ajustar a agenda de propósito?!
as duas atrasadas, porque sexta-feira não é dia de vídeo de nenhuma kkkkkkk
@@TeseOnze duas pessoas que adoro demais e admiro: você e a Rita!
Necessárias demais!
chorando aqui, tão difícil essa realidade
Meu sonho de criança era ser cientista. Me esforcei muito pra isso, desde que me lembro. Na escola pública, eu era um dos melhores da turma. Na graduação, na UFSC, eu era um dos melhores da turma. Passei em primeiro no mestrado da USP, e em segundo no doutorado na USP, ambos com bolsa.
Depois de quase 9 anos na academia, percebo claramente que os valores da comunidade acadêmica estão errados. E não acho que seja possível consertar ela de dentro pra fora.
Não vejo um futuro digno pra mim na carreira academia (principalmente a brasileira) por enquanto.
Essa semana eu desisti da pesquisa, e senti alívio. É cedo pra dizer, mas acho que foi a decisão certa.
Salve Sabrina
dureza ouvir o video de hj ... o desmonte do Brasil começa pela desconstrução das pessoas, seguida do comercio de seus sonhos e nao permissão de viver dignamente
Lutemos
Abraços equipe Tese Onze
Um colega da faculdade disse algo que nunca vou me esquecer: o mundo não gira, ele capota. Minha tia fazia mestrado e tinha um orientador escroto que atrasou bastante a monografia dela e até hoje não assinou um documento que comprova que ela terminou o mestrado (já faz uns 3 anos da defesa). No dia da defesa, meu primo era pequeno e ficou em casa com o pai, na verdade todos os homens da família se reuniram pra cuidar do meu primo já que as mulheres foram assistir a defesa da minha tia. Nunca vou esquecer daquele homem nojento dizendo que ele incentivou a minha tia a não desistir do mestrado quando ela passou por um problema de saúde grave, sendo que o problema de saúde grave a que ele estava se referindo foi o nascimento do meu primo. Até hoje quando alguém fala sobre o mestrado dela eu digo que a melhor coisa que aconteceu em nossas vidas foi o tal "problema de saúde" porque meu primo é o amor da minha vida todinha. O marido da minha tia é fotógrafo e há algumas semanas alugou um apartamento pra fazer umas fotos, disse que era um apartamento lindo e que o dono foi super simpático com ele e queria vender o apartamento. Meu tio chegou em casa rindo demais porque o tal dono do apartamento era o orientador do mestrado da minha tia e ele tava vendendo o apartamento porque se divorciou, enquanto isso meus tios estão felizes e vendo meu priminho crescer e nos trazer alegria todos os dias. O mundo não gira, ele capota
Esse vídeo deveria percorrer os comerciais das principais emissoras associado a outro destacando a fundamental importância da promoção da pesquisa para o desenvolvimento do país. Eu fiquei com o coração apertado e emocionado com os relatos. Obrigado, Sabrina!
Sempre estudei em escola pública. Meu sonho era ser professor da escola pública de periferia onde estudei. Passei no concurso e entrei lá! Ao perceber a corrupção sistêmica e ideológica do Sistema de Educação, consegui sobreviver por 3 anos, com muita greve e militância. Apesar de amar o que fazia, na fronteira do adoecimento completo, aceitei o desafio do Ensino Superior, pensando que poderia colaborar na formação de professor@s que pudessem mudar à realidade - corrompida e corruptora - da educação sistêmica. Estou ha 12 anos neste lugar, amo o que faço. Mas o baixo salário as exigências burocratizantes e imobilizantes, a pressão e persistente insegurança, impedem de desenvolver um bom trabalho. Estou decidindo sair do emprego e hoje me encontro bolsista CNPQ, com a bolsa de 2.200, numa universidade pública! O que para quem saiu da favela, mãe faxineira e pai metalúrgico é uma vitória! Mas sei o preço pago para chegar até aqui e o que minha família (filho7 anos e filha 6 anos) teremos que pagar para fazer uma boa pesquisa, com trabalhos diários de mais de 16h e a constante pergunta: E depois do doutoramento? E se eu não conseguir emprego, já que no Brasil não valorizam à pesquisa, à filosofia e a educação? Como ficará minha família? E se eu não resistir? Enfim! É isso. Educação no Brasil não é possível se não for com militância. E risco de adoecimento e morte constantes.
Ai é triste demais ser pesquisador nesse pais, chorei assistindo pq identifico todas situações sejam por experiencias proprias ou de pessoas proximas, e puts.. é isso
Que frio na barriga que deu agora!! Eu adoro pesquisar, tenho 19 anos, sou de uma família de colonos, aqui do ES e tenho esse sonho. Minha professora de Geografia disse que tenho essa habilidade, e q eu tinha essa vocação. Andei vendo o Pondé falando sobre a pesquisa, sobre a falta de incentivo e valorização. Sempre tenho esse dilema: Meu sonho paga contas? A bela e legítima virtude de conhecer paga minhas contas? Só tenho certeza de algo: Lutar pelo conhecimento é algo que sempre lutei. E lutar pelo conhecimento do outro é maior das lutas e a mais bela luta.
Você conhece a Bibi Bailas do Física e Afins? Ela fez uma série sobre maus orientadores.
Sabrina, sou filha da escola pública e tô na luta estudando para a seleção de mestrado desde o ano passado. Trabalho como autônoma, com períodos sem emprego, e me dedico aos frilas fora da minha área para fechar as contas. Às vezes nem sei por que insisto nisso, mas sigo (não sei até quando). Pesquisar é uma tarefa muitas vezes solitária, mas tomara que a criatividade inerente ao nosso fazer ilumine os caminhos da organização coletiva - para que, juntos, o trajeto seja menos duro. Te agradeço pelo trabalho sempre dedicado que fazes aqui.
Importante mostrar esses relatos, estou pensando em fazer um também a respeito da minha vida acadêmica na UnB, passamos por coisas ali que precisam ser relatadas;
Vejo esse vídeo com muita angústia. Estou finalizando o curso de biologia e pretendo entrar no mestrado, mas as oportunidades são tão escassas, pensar no futuro com tanta frequência me fez desenvolver uma crise de ansiedade severa. Video muito forte, mas necessário, seguimos em frente pelos nossos sonhos, na luta sempre!
Eu sinto-me igualmente como todas essas vozes quando vejo o caminho da pesquisa no Brasil 🇧🇷 >,
Esse vídeo conversou comigo de tantas formas. Tô aqui terminando uma graduação e cada dia mais com a certeza dilacerante que não vou conseguir seguir meu sonho na área acadêmica. É tanta ansiedade por ter que ficar o tempo todo dizendo “você vai TER que conseguir” e é tanta tristeza vendo que os fatos me dizem o contrário. Sigamos na luta, obrigada pro vídeo, Sabrina, te admiro muito. E obrigada a todes que participaram com seus relatos. Me fortaleceram.
Assisti ao vídeo todo chorando! É muito triste como me reconheci no relato de muitos desses colegas. Fiz um mestrado conturbado, adoecida, exausta, desanimada, sem perspectiva. Eu não quero desistir da pesquisa, mas está tão difícil, desanimador, triste. Força pra gente, galera!
Ótimo vídeo como sempre.
Eu amo esse difusorzinho que vc usa, sempre reparo. Tem nada melhor que um cheirinho relaxante e/ou reconfortante, ainda mais em tempos de estresse e ódio constante na vida, tá tenso.
Força aos pesquisadores
Eu me vi nesses relatos, principalmente no primeiro. Começo meu mestrado na segunda-feira. Fiquei desempregada logo no começo da pandemia e voltei a trabalhar em abril deste ano. Foi mais de um ano desempregada nesta pandemia caótica! Reuni forças para estudar e submeter um projeto e finalmente fui aprovada. Trabalho como professora de uma escola estadual em São Paulo, neste caos que está sendo o ensino remoto emergencial: com apenas uma mês de trabalho já me sinto péssima de tanto estresse. Imagina quando começar o mestrado!!!! O pior é que, não sei quando, mas sei que logo, a escola onde trabalho vai reabrir para as aulas presenciais e eu estou morrendo de medo: da COVID (não estou vacinada ainda) e do esgotamento que será o trabalho em dobro. Para piorar a situação, fomos noticiados que a mesma escola foi indicada para ser uma escola de período integral no próximo ano, assim como outras muitas escolas da rede. Isso vai me prejudicar muito, pois não posso trabalhar pelas tardes por conta das disciplinas do programa.
Enfim, ser pesquisador no Brasil é um trabalho para quem tem ousadia de se reerguer em meio a este caos generalizado.
É vergonhoso que os nossos pesquisadores passem por isso tudo. Desejo muita força a todos que responderam o forms da Sabrina.
P.s.: Vozinha abatida, hein, Sabrina! :( Muita saúde pra você!! Quando revejo algum vídeo antigo percebo uma diferença gritante. Fica bem aí!
Cada depoimento me atravessou de forma significativa. Senti-me representada nas dores, aflições, anseios. Obrigada por esse conteúdo valioso. Abraços !
viva os pesquisadores, especialmente os pesquisadores marxistas❤❤❤
Assisti seu vídeo num momento em que eu precisava muito! Tive um dia me sentindo extremamente mal com minha pesquisa, com preocupação sobre escrever, ler, publicar... com o sentimento de síndrome de impostora total, me perguntando como que eu consegui entrar no Mestrado e pensando que eu não merecia estar ali e que não tenho o conhecimento/habilidade que deveria ter estando no Mestrado. Assistir o vídeo me ajudou a entender que não estou sozinha, que não é minha culpa, que não preciso me sentir assim. Você é muito necessária! Obrigada!
Me vi em muitos relatos. E foi essa sensação de desrespeito total pela pesquisa e pelo pesquisador que me fez desistir do mestrado no ano passado, pelo menos por enquanto. Pesquisador no Brasil merece muito sim e você é uma inspiração para mim. Obrigada por toda a tua contribuição com o Tese Onze!
Parabéns pela escolha do intérprete. Profissional excelente!
Obrigado ! É muito bom ver o reconhecimento do nosso trabalho, sempre prezo para entregar o meu melhor, em meio a complexidade que permeiam o processo de tradução e interpretação entre LIBRAS / PORTUGUES. Gratidão!
sou pesquisador desde os 16 anos, produto dos institutos federais, e sempre convivi com esse conflito da falta de recursos financeiros. na verdade, muitas vezes nem era sobre ter ou não ter, e sim sobre a má distribuição. cito: recursos dedicados a manutenção esportiva eram bem maiores dos que os das pesquisas. isso sempre me incomodou muito, visto que estudava em um instituto federal de educação CIÊNCIA E TECNOLOGIA.
Me emocioneeeeeeei muito! E compartilhei nos grupos de pesquisadores. E com a minha mãe, que depois de 30 anos sem entrar numa escola, decidiu começar pedagogia, e todo dia se desespera com esse mundo estranho e desvalorizado da academia. 😪
Sabrina, uma luz na escuridão! Uma voz contra o mal que cala!
Esse vídeo é um soco na boca do estômago, mas extremamente necessário. Como está difícil acreditar em tempos melhores.
Esse vídeo me fez chorar de desespero ... Triste realidade é desesperador tive que trancar a faculdade no finalzinho sem trabalho sem dinheiro enfiada em dividas morando só ... Que fundo de poço o Brasil se enfiou as coisas que eram difíceis de tornaram impossíveis ...
Ver esse vídeo me faz refletir sobre a minha vida. Acabei de terminar o doutorado e estou desempregada, também "herdei" vários transtornos mentais e uma série de remédios para controlar o meu descontrole, os quais nem posso pagar. Sem qualquer perspectiva para o futuro e esgotada.
Obrigada por esse vídeo Sabrina! Estou terminando a graduação e não tenho idéia se vou continuar na academia, é meu sonho der pesquisadora mas não sei de eu vou conseguir segui-lo e sobrevivendo.
É o meu segundo ano em pesquisa, sou bolsista atualmente, mas é desgastante... Perdi um tio a 3 semanas de covid (não tive o tempo do luto) a semana é cheia de aulas e os finais de semana de pesquisa. É difícil e todo mês tenho minhas crises e penso em desistir, infelizmente me vejo em todos os relatos e sem perspectiva de um futuro digno e básico. Onde nem seus próprios parentes consideram que o que você faz é relevante ou possa ser entitulado de "trabalho", afinal estou em casa e ler e escrever não é muito bem "desgastante". Um abraço e um beijo a todos os pesquisadores, muita força pra nós!
Cada dia chego mais perto de defender minha tese e cada dia me questiono mais pelo motivo dessa dedicação, sem encontrar muitas respostas boas
esses relatos são de cortar o coração. é cruel como a academia está tão frágil, destruída e como isso destrói e adoece seus pesquisadores. muita força para vocês da área!
Muito interessante Sabrina. Me reconheci nos relatos. Fiz mestrado em Eng. e eu e quase nenhum dos colegas tínhamos bolsa. Muitos desistiram, mas consegui terminar mesmo depois de trocar de orientador, trabalhar em 2 empregos e conciliar semanas que iam de domingo a domingo.
Muito angustiante ouvir esses relatos. Ser pesquisadora era o meu sonho e não tive como conseguir entrar num programa de pós, pq tive q logo após me formar ter meios de me manter. Fico triste de ver amigos e colegas passando por essas angústia, porque a educação é um dos meios pelo qual a gente busca contribuir para uma transformação social. Espero que a pesquisa e a educação sejam mais valorizados
Só eu sei o quanto demorou pra eu conseguir concluir o ensino médio e posteriormente demorei também pra conseguir concluir minha graduação em Serviço Social aos 35 anos, foi difícil, cada dia uma luta levantando 4h da manhã e chegando em casa pra lá de meia noite, dependendo de trem da CPTM e vários ônibus na cidade, mas também sei o quanto privilegiado eu fui por conseguir uma bolsa Prouni de 50%. Tenho muita vontade de continuar estudando na área, mas como muitos relatos já ditos é muito difícil. Durante a graduação trabalhava num emprego melhor, mas tive que sair para concluir o estágio obrigatório, e agora estou num trabalho super precário (call center) para poder pagar as contas, pois não consigo emprego na área de formação. Enfim, a esperança as vezes some, mas quando vejo Sabrina e Rita, reacende.
eu desisti já. vou terminar o mestrado porque já estou no meio, mas vou focar na minha carreira profissional. sempre trabalhei, então consegui ir levando as duas coisas juntas.
pra mim, a universidade/pesquisa no Brasil já morreu, só falta enterrar.
talvez um dia, se eu tiver a oportunidade de fazer isso lá fora, eu pense em um doutorado.
é tudo muito triste por aqui.
Eu não vi a caixa de pergunta no insta. Mas tbem teria uma história pra contar. Li algumas aqui e ouvi essas que vc contou. Não fui a única, e me Senti mais acolhida e com menos sentimento de culpa agora. Obrigada.
Eu me formei na graduação em 2010, desde então quero fazer mestrado e desde então não consigo ter coragem de sair da empresa multinacional que trabalho desde que me formei. Meu salário, mesmo o inicial, sempre foi maior que uma bolsa de pesquisa de mestrado... É um sonho, mas não sei se vou conseguir realizar...
Quando me perguntam o que eu faria se pudesse fazer qualquer coisa, sempre digo que seria pesquisadora...
Eu estou no início da graduação de engenharia ambiental, e já vejo uma desvalorização aos pesquisadores. Nem consigo imaginar para as pessoas de humanas que precisam escutar que não é um curso necessário.
Poxa, saude e força. Voce tem todo o potencial!!! Te acompanho ha dois anos. espero voce...
Muito obrigado por esse vídeo, Sabrina!!!! Nossa me identifiquei em vários pontos. Terminei o mestrado (graças à Deus com uma excelente orientadora e bolsa - fui o último bolsista do programa).
A sensação que tive ao acabar o mestrado foi de total frustração e decepção. Estou a quase dois anos desempregado, com várias sequelas de tudo de ruim que sofri no programa: assédio moral (um professor de uma disciplina perseguiu eu e outros colegas para que perdêssemos nossas bolsas), esse ego do academicismo (a arrogância de vários docentes e até próprios colegas discentes em quererem criar um tipo de competição meramente produtivista).
Sempre digo que meu projeto de seguir a vida acadêmica está em "Stand by" (que acredito que passará muitos anos assim). A gana de tentar seguir essa já não existe, mesmo. Sou da área de saúde e na minha cidade para se conseguir emprego ou é por meio da velha política de curral eleitoral ou é por um altíssimo e complexado QI (quem indica quem). Foram tantas tentativas frustradas. Graças à Deus dependo da minha mãe, ela ainda não se aposentou por conta de mim e de meu irmão. Mas ela já está ficando cansada (quase 40 anos trabalhando). Sigo agora a vida de concurseiro, agarrando o que está ao meu alcance.
Fico feliz em saber que não estou só nesse barco.
Achei que só eu estava me sentindo assim. Pq eu penso "mas como q uma pesquisa pode me afetar tanto?" Achava q era questões minhas, mínimas. Os amigos q escutam constantemente meus desabafos falam "tem q ter coragem", "isso parece q te faz tão mal, como q vc quer fazer mestrado e doutorado ainda", "n vai pensar em fazer concurso público? Pq n da pra viver de pesquisa no Brasil." É gritante a diferença da saúde mental desde q entrei na graduação e na iniciação científica. Encontro forças em vídeos como esse, e em Bell hooks, pra quem não conhece recomendo, principalmente a obra "Ensinando a transgredir"
Parabéns pela coragem Sabrina!
Gratidão por esse esforço enorme que vcs todos fazem pela pesquisa💜💜
Ai Sabrina, eu tomo esses relatos como toda uma resistência. E realmente não tenho uma perspetiva de receber alguma bolsa no mestrado . O que faço agora é tentar pesquisar em meio a esse mar de impossibilidades. Acho que compartilhar essas falas me fazem entender bem mais o país em posso ou não produzir pesquisa. Obrigado , e ainda atento e sobrevivendo .🖤
Estou trilhando o caminho como pesquisadora, e já havia percebido que a maioria dos meus colegas de mestrado são muito mais velhos, o que me fez pensar que provavelmente eles tiveram que trabalhar até ter uma vida estável e poder se dedicar ao seu sonho de pesquisa, o que me deixou um pouco triste 😕
Larguei meus empregos para entrar no mestrado e a Capes cortou a bolsa justamente no ano que entrei. Tive que voltar para a casa dos meus pais para estudar e estou dando aula nos restritos horários que me sobraram, já que é praticamente integral o meu mestrado. Amo o que estudo, mas é tão cansativo. Obrigada por esse vídeo, Sabrina!
Eu chorei com os relatos. Me frustrei com a pesquisa acadêmica no Brasil. Após o término da minha pós, tive ansiedade e depressão. Fui para Argentina pesquisar no Doutorado. É chocante como um país, ao lado do Brasil, mesmo com suas contradições, leva a pesquisa acadêmica à sério. Obg por nos dar voz, Sabrina!
Estou no segundo ano de bacharelado em Física e tem sido bem difícil pensar no futuro. Não tenho perspectiva de volta tão cedo à universidade, me acho insuficiente (diante das disciplinas e da cobrança exagerada do curso) e impotente quanto às mudanças sociais e minha militância, que entre elas poderia dar mais segurança ao meu futuro como divulgador científico e pesquisador, que é meu sonho desde pequeno. Acho que a angústia é geral aos pesquisadores e espero continuar tendo a disposição para continuar nessa luta...
Muito bom!
Nossa! Esse vídeo é um exemplo do que estou passando após entrar na pós graduação. Passei em primeiro lugar da linha de mestrado que tentei, mas esta semana tive a notícia que as bolsas que já existiam para o programa foram canceladas. Há um edital aberto para novas bolsas no CNPQ, mas sem garantia que o programa de pós graduação que faço parte terá acesso. Não há para onde correr, porque emprego na minha área tá escasso, enquanto isso a ansiedade e o estresse só aumenta. Ainda a incerteza de quando seremos vacinados contra a COVID-19, o que aumenta ainda mais a nossa angústia.
Esse vídeo é um soco no estômago de todo(a) jovem pesquisador(a) deste país.