Live - Como Captar Recursos por meio do FIAGRO-FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios)?

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  • Опубликовано: 24 авг 2024
  • O terceiro e último debate de uma série de lives da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) sobre o Fiagro (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), foi realizado na quinta (7).
    O tema do encontro foi “Como captar recursos por meio do Fiagro-FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios)?”. A assessora técnica da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, Fernanda Schwantes, conduziu a discussão.
    Os Fiagro-FIDC são uma das três categorias de Fiagros previstos pela Instrução CVM 39/2021, que regulamenta a Lei 14.130/2020 que criou esses fundos. São voltados para investidores que aplicam em direitos creditórios do agronegócio, como duplicatas, Cédulas de Produto Rural (CPRs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs).
    O sócio do VBSO Advogados e fundador do IBDA, Renato Buranello, fez uma retrospectiva do sistema de financiamento da produção agropecuária e afirmou que há uma tendência de aumento e incentivo ao crédito privado para o setor produtivo. “Há um movimento combinado e organizado para trazer mais recursos e aproximar o mercado de capitais da produção e, consequentemente, do produtor”.
    Para Renato, o Fiagro amplia o leque de instrumentos de captação de recursos privados para o agro. “Na esteira evolutiva, passando pelo crédito rural, Cédula de Produto Rural e títulos do agronegócio, previstos na Lei 11.076/2004 e aprimorados pela Lei do Agro (Lei 13.986/2020), o Fiagro fecha com chave de ouro e traz uma articulação muito firme para atrair maior volume de recursos para o setor”.
    Em sua apresentação, o sócio da XP Investimentos, Rodrigo Capato, explicou que a cadeia de negócios que envolve a constituição de um fundo tem de um lado os investidores e do outro quem precisa de financiamento. “Existe um grande volume de recursos a ser alocado nas operações. O que precisamos é desenhar uma estrutura que seja blindada, segura e eficiente e consiga atender as duas pontas. O desafio é juntar esses dois elos e, por isso, existe a figura dos estruturadores, distribuidores e gestores dos fundos, além de outros agentes”.
    Rodrigo também falou sobre o movimento de desbancarização, em que as operações financeiras migram dos bancos tradicionais para outros tipos de instituições. “Quando se pensa no crédito de pessoa física, a gente já consegue ver inúmeras fintechs operando nessa modalidade. E é questão de tempo para essa dinâmica chegar ao agro, principalmente através das agritechs, já que muitas estão direcionando suas atividades para o financiamento de custeio de safra. Será uma evolução natural”, disse.
    Por fim, o sócio fundador da Ecoagro, Moacir Teixeira, destacou a importância dos investidores do mercado de capitais conhecerem a necessidade do campo antes de realizar uma operação. “Entender a realidade do produtor rural é fundamental para o sucesso do retorno dos recursos dos investidores”.
    Sobre o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, Moacir acredita que será um grande instrumento financeiro para gerar liquidez às cooperativas e revendas de insumos. “Daqui há alguns anos veremos o crescimento dos fundos superar o dos CRAs, pois são alternativas diferentes e mais inclusivas aos investidores”.
    Fiagro - Os Fiagros foram instituídos com o objetivo de ampliar o portfólio de instrumentos de captação de recursos privados para o agronegócio. Do ponto de vista do investidor, um fundo possibilita a diversificação do risco assumido, o que tende a ampliar a liquidez do mercado. É um instrumento complementar a outras formas de financiamento que os agentes do agronegócio, incluindo os produtores rurais, já podem tomar.

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